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Leonardo F. Stahnke
Girino: vida aquática. Girino com poucos dias de Anuro que acaba de Anuro jovem com
vida iniciando a metamorfose. deixar a vida na água e metamorfose
Reparem que as pernas está iniciando a fase completa, sem
posteriores já cresceram. de vida na terra. a cauda.
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Perereca
* Ordem Caudata: possui cauda e, em geral, dois pares de patas na fase adulta, embora essas
possam ser reduzidas dependendo do hábito de vida do animal. Está representada pelas
salamandras.
Salamandra
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Questionário organizado por JANINE DA SILVA DEMENIGHI, a partir das dúvidas mais freqüentes
trazidas ao Laboratório.
* Ordem Gymnophiona ou Ápoda: apresentam o corpo vermiforme e não possuem patas. Por viverem
quase sempre no ambiente subterrâneo, são raras as oportunidades de nos depararmos com a
cecília ou cobra-cega, que é assim chamada por ter olhos vestigiais, às vezes recobertos por uma
membrana. Ela é confundida com as serpentes pelo formato sem patas de seu corpo, sendo
diferenciada pelo fato de não possuir escamas.
Cobra-cega
Leonardo F. Stahnke
Leonardo F. Stahnke
* Pererecas: apresentam discos adesivos na ponta dos dedos, usados para subir na vegetação e em
paredes. Possuem pele lisa e úmida e locomovem-se rapidamente através de saltos, como seu
próprio nome em tupi indica (pere’reg = ir aos saltos).
Leonardo F. Stahnke
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Questionário organizado por JANINE DA SILVA DEMENIGHI, a partir das dúvidas mais freqüentes
trazidas ao Laboratório.
Como o som é produzido pelos anuros?
O macho possui um ou dois sacos vocais que se enchem de ar e funcionam como uma caixa
amplificadora do som produzido pelas cordas vocais. Isso faz com que o som possa ser ouvido a
grandes distâncias.
Leonardo F. Stahnke
Macho vocalizando
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Questionário organizado por JANINE DA SILVA DEMENIGHI, a partir das dúvidas mais freqüentes
trazidas ao Laboratório.
De que se alimentam os anuros?
Os anuros são predadores e nutrem-se principalmente de invertebrados, como insetos. Algumas
espécies maiores podem comer vertebrados, como outras rãs, cobras pequenas, pássaros ou ratos.
Os sapos mordem?
Não. Mesmo que quisessem morder, os sapos não conseguiriam. Eles não
usam a boca para morder ou mastigar os insetos e outros bichos que
comem, como faz a maioria dos animais; usam somente a língua (fixada na
parte da frente da boca, na maioria das espécies) de forma muito rápida,
que a gente nem consegue acompanhar. Tudo acontece num piscar de
olhos. Quando o sapo vê o inseto ele se aproxima ou espera que o inseto
venha até ele. Numa certa distância do inseto, o sapo projeta seu corpo e
lança sua língua, que tem a ponta pegajosa para que o inseto grude nela.
Em seguida, retrai sua língua, puxando o inseto para dentro da boca, que é
engolido inteiro.
* Película de gel
Estratégia de reprodução da maioria das pererecas
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Questionário organizado por JANINE DA SILVA DEMENIGHI, a partir das dúvidas mais freqüentes
trazidas ao Laboratório.
E as cobras-cegas e salamandras como se reproduzem?
Nas cecílias (cobras-cegas) existe um órgão copulador, que o macho introduz na fêmea; enquanto
que em certas salamandras o macho deposita, no chão, bolsas contendo os espermatozóides, que
são então recolhidos pela fêmea através da cloaca.
Os anuros enxergam?
Sim, mas não como nós. Os olhos dos anuros apresentam adaptações ao ambiente terrestre. É a
partir desse grupo que surgem as pálpebras móveis e as glândulas lacrimais, que lubrificam, limpam
e protegem os olhos em um ambiente seco e com partículas em suspensão no ar.
O Sapo-martelo (Hyla faber), que não é um sapo e sim uma perereca, tem
esse nome popular porque quando os machos vocalizam, o som produzido é
similar às batidas de um martelo.
Leonardo F. Stahnke
∗ Antigamente, dizia-se que o medicamento infalível para a picada de serpente era abrir um sapo
vivo, pelo lombo e aplicar no local da picada.
∗ Dizia-se também que os sapos vingavam-se das serpentes da seguinte forma: enquanto ela dormia,
eles começavam a volteá-la, fazendo ao redor dela um ciclo de baba. Após isso, os sapinhos
começavam a cantar em frente à vítima. Essa logo despertava e ao se ver presa dentro do círculo de
baba ficava com muita raiva e suicidava-se.
∗ Outra superstição era que os ovos secos e pulverizados de sapos curavam a desinteria. Mas o
curioso é que os supostos ovos de sapos nem eram na verdade de sapos, e sim de um caramujo.
∗ Diziam também que a carne do sapo-pipa, torrada num espeto, era usada contra as feitiçarias e
para ajudar nos trabalhos de parto.
∗ O sapo era visto também como casamenteiro, pois para conseguir se casar, a mulher teria que
pegar uma agulha com linha verde, fazer com ela uma cruz no rosto do homem pretendido, enquanto
esse dormia, e costurar depois os olhos do sapo. O resultado seria mais rápido ainda se a mulher
vivesse com um sapo debaixo da cama.
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Questionário organizado por JANINE DA SILVA DEMENIGHI, a partir das dúvidas mais freqüentes
trazidas ao Laboratório.
∗ Diziam também que quando um sapo era morto e virado com a barriga para cima, ele atrairia a
chuva.
∗ Há uma lenda na Amazônia que diz que o Aru (sapo na língua tupi) é um sapo que vive nas
clareiras do mato e aparece sempre que um roçado é aberto. É o protetor dos roçados e, quando ele
aparece, a colheita está garantida. Conta a lenda, que o sapo Aru, transforma-se em homem bonito
para conquistar a Mãe da Mandioca. Ela mora nas cabeceiras do rio e ele vai buscá-la para visitar as
plantações. As roças limpas e bem plantadas agradam à Mãe da Mandioca, fazendo com que esta
traga chuva oportunamente para que as roças prosperem. Se a roça estiver mal cuidada, as pragas
impedirão que se retire da terra o sustento.
∗ Os índios acreditam que a perereca Cunauaru seja produtora de uma secreção cerosa, a cera de
cunauaru, dotada de propriedades medicinais e mágicas. Mas a cera nada mais é do que a resina da
árvore onde ela se aloja e faz seu ninho.
∗ Outra história diz que a perereca Cunauaru transforma-se em onça. Para ter certeza de que ocorria
a transformação, colocavam-se cinzas junto da árvore em que ela vivia. No dia seguinte, havendo
rastros de onça, era certo de que a perereca havia se transformado nela. Tal lenda existe devido ao
corpo malhado da perereca, que se assemelha a da onça.
∗ Há uma lenda que diz que no começo do mundo, os arus (sapos na língua tupi) eram homens,
como nós. Seu chefe, o seu Tuixauá, era muito atrevido; correndo as matas, importunava a todos que
encontrava pelo caminho. Certo dia, esse Tuixauá caçava na floresta quando, à beira de um rio,
encontrou uma índia, entretida a pegar guarus (sapos). Era linda, diferente das outras; sua pele,
branca como a luz da lua; os olhos verdes, da cor da esmeralda, brilhavam como as estrelas no céu;
o cabelo era negro. No mesmo instante, o Tuixauá-Aru sentiu o coração bater com toda a força: tinha
se apaixonado por ela. Escondeu-se atrás de umas moitas e ficou à espreita. Daí a pouco, sentindo-
se cansada, a moça deitou-se à sombra de uma árvore; o índio, sem perder tempo, aproximou-se e
deu-lhe um beijo. Ela assustou-se. De um salto, pôs-se de pé. "Para que fizeste tal coisa?" Gritou ela.
"Não sabes que não sou gente comum? Sou Seucy, filha da lua e mãe das plantas! Olha para o rio e
vê o que aconteceu ao teu rosto! Está queimado! Doravante não poderá mais ser homem. Será um
sapo, o sapo aru. Uma vez, no ano, voltará a ser novamente um homem e andará pelas margens dos
rios, a espalhar plantas e armadilhas para peixe". Assim que terminou de falar, a moça estendeu a
mão e pegou um sapo cururu. Espremeu-o e esfregou-o no rosto do tuixauá; pintando-lhe a face com
as cores que conserva até hoje. Com o sapo cururu que torceu, fez uma gaita que os índios chamam
de "membi", e entregou-a ao índio, agora já transformado em sapo: "Leva esta membi e, não
esqueças, meu nome é Seucy!" Dizendo assim, transformou-se num punhado de estrelas e subiu
para o céu. O tuixauá voltou para sua taba. Chegando lá, tocou a membi. Ouvindo a estranha música,
os índios, amedrontados, correram para o rio. Imediatamente viraram sapos. Desse modo surgiram
os sapos arus-cururus.
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Questionário organizado por JANINE DA SILVA DEMENIGHI, a partir das dúvidas mais freqüentes
trazidas ao Laboratório.
Letras de músicas de sapo
Sapo cururu A mulher do sapo
Já foi lá pra dentro
Sapo cururu Aprontar os doces, maninha,
da beira do rio para o casamento
Quando sapo canta, ó
maninha, Sapo cururu,
diz que está com frio... ele já morreu...
Se jogou no mato, ó maninha,
Olha quanto sapo! bicho já comeu!
Olha quanto gia!
Na beira do rio, ó
maninha, O sapo não lava o pé
fazendo folia...
O sapo não lava o pé
Sapateiro novo Não lava porque não quer
fazei um sapato Ele mora lá na lagoa
de couro macio, ó Não lava o pé
maninha, Porque não quer
pra dançar o sapo. Mas que chulé!
BIBLIOGRAFIA
BASTOS, Rogério Pereira... [et al.]. Anfíbios da Floresta Nacional de Silvânia, estado de Goiás.
Goiânia: R.P. Bastos, 2003. 82p.
CARDOSO, João Luiz Costa... [et al.]. Animais peçonhentos no Brasil: biologia, clínica e terapêutica
dos acidentes. São Paulo: SARVIER, 2003. 470p.
ETEROVICK, Paula C. Anfíbios da Serra do Cipó. Belo Horizonte: PUC Minas, 2004. 152p.
KWET, Axel. Anfíbios = Amphibien = Amphibians. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1999. 107p.
SANTOS, Eurico. Zoologia Brasílica: Anfíbios e Répteis. Belo Horizonte: Itatiaia Limitada, 1981.
267p.
http://www.ra-bugio.org.br
http://www.butantan.gov.br
http://www.novohamburgo.rs.gov.br/sec/semam
http://www.ibama.gov.br
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Quando apropriado, citações escritas devem seguir o seguinte formato:
Demenighi, J. S. 2005. Curiosidades sobre Anfíbios.
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(data e hora da consulta).
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Questionário organizado por JANINE DA SILVA DEMENIGHI, a partir das dúvidas mais freqüentes
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