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Estruturas de cobertura

Mauro César de Brito e Silva1

Basicamente os elementos que compõem uma cobertura são:

– Elementos de vedação: telhas, lajes, outros


– Estrutura portante: é o conjunto de elementos que suporta os elementos de
vedação atendendo as características geométricas do espaço a ser coberto.
A estrutura pode ser: metálica, concreto armado, madeira, estruturas mistas e
outras.
– Acessórios: calhas, condutores, elementos de fixação, peças especiais de
ventilação e iluminação, etc.
– Fechamentos laterais: telhas, vidro, alvenaria, outros

1.1 – Elementos de vedação

Os elementos de vedação mais utilizados nas coberturas de estrutura


metálicas são as telhas de aço, alumínio e fibrocimento.
Nos projetos de telhados devem-se observar as características e
propriedades das telhas a serem utilizadas, tais como: Inclinação
recomendada, recobrimentos lateral e longitudinal, vão máximo admissível,
tipos de fixação, acessórios (cumeeiras, rufos, calhas, etc.). A melhor
maneira de obter estes dados é consultando os manuais dos fabricantes. É
importante e indispensável seguir as especificações contidas nos catálogos,
pois em caso contrário o fabricante fica isento de qualquer responsabilidade.

1.2 – Estruturas portante

As estruturas portante das coberturas podem ser divididas em:

1.2.1 – Elementos de sustentação das telhas – terças (figura 1.1): sua


principal função é de servir de apoio das telhas de cobertura e de elemento
estabilizante das peças em que se apóiam.

Figura 1.1
1
Professor Assistente III, Departamento de Artes e Arquitetura, Universidade Católica de
Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil

1
As seções usuais das terças são os perfis do tipo “U” laminado e de chapa
dobrada do tipo “U” enrijecido. Existe a possibilidade de utilização de outros
perfis e outras configurações dependendo do tipo de telha e cargas atuante.

1.2.2 – Estrutura principal: são aquelas que recebem as cargas devidas aos
elementos de vedação, terças, vento e eventuais cargas suspensas. A seguir
uma relação de alguns sistemas estruturais comumente utilizados:

1.2.2.1 – “Telhado em uma água” (figura 1.2) – vãos pequenos e


coberturas secundárias

Figura 1.2

1.2.2.2 – “Tesouras de duas águas” (figura 1.3) – vãos até 30 metros,


treliças trapezoidais, triangulares e especiais. As alturas (H) das tesouras
variam de L/7 a L/20, considerando o espaçamento entre tesouras (Le) em
torno de no máximo 6 a 8 metros.

Figura 1.3

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1.2.2.3 – Estrutura espacial – este sistema é predominantemente usado em
coberturas planas de grandes vãos, sendo que eles são vencidos em duas
direções horizontais principais.
A estrutura pode ser formada por treliças planas que se interceptam
como mostrado na figura 1.4.

Figura 1.4

A figura 1.5 ilustra “Willes, Faber & Dumas Office” localizado em


Ipswich, Inglaterra, projetado pelo Arquiteto Norman Foster e pelo engenheiro
estrutural Anthony Hunt. Esta é uma edificação que faz uso de um sistema
espacial treliçado formado por treliças planas que se interceptam.

Figura 1.5

A estrutura espacial também pode ser idealizada por barras que são
trianguladas de tal forma que o conjunto destas barras define uma malha
verdadeiramente espacial como é ilustrado na figura 1.6. Notar que as
unidades que formam o sistema verdadeiramente espacial podem ter a forma
piramidal ou tetraédrica.

Figura 1.6

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Um exemplo do sistema verdadeiramente espacial pode ser visto na
figura 1.7, que é a cobertura do “St. Francis Hospital” projetado por “American
Building Systems”.

Figura 1.7

É importante saber que no primeiro sistema as treliças podem ser


dispostas ortogonalmente ou obliquamente e as treliças também podem ser
de uma camada, que são usadas para vãos de até 30 metros ou com treliças
de duas camadas, que são recomendadas para vãos maiores que 30 metros,
estes sistemas são mostrados na figura 1.8.

Figura 1.8

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As estruturas espaciais são sistemas de alta eficiência estrutural
devido basicamente dois fatores: o grau muito alto de indeterminação estática
e a triangulação interna de suas barras. Entretanto o projeto estrutural e a
construção desse sistema estrutural são muito complicados, fazendo dele um
sistema estrutural de custo mais elevado do que o das estruturas de treliças
planas. Para vãos maiores de 20 metros as estruturas verdadeiramente
espaciais são economicamente competitivas com as estruturas
convencionais. Já as estruturas espaciais formada por interseção de treliças
planas normalmente são usadas para vãos variando de 15 a 20 metros.
Considerando que o sistema verdadeiramente espacial vence vãos em
duas direções, a forma do plano quadrada é a mais indicada como mostra a
figura 1.9.

Figura 1.9

Via de regra as barras das estruturas espaciais são pequenas e leves,


fazendo delas estruturas de fácil transporte e montagem; freqüentemente as
barras dessas estruturas são ligadas umas as outras através de parafusos no
nível do terreno da obra, e na seqüência o conjunto estrutural é içado até sua
posição final.
A principal desvantagem das estruturas espaciais é sua complexidade.
Em particular, a dificuldade de elaboração do projeto e da fabricação dos nós
por conta do alto grau de complexidade de sua geometria, e a tolerância de
fabricação dos componentes deve ser pequena devido ao alto grau de
indeterminação estática.
Existem algumas estruturas espaciais que os elementos de ligação
das barras, os nós, são patenteados. A estrutura espacial “Mero” e “Nodus”
são exemplos desses sistemas.
A tabela 1 pode ser usada objetivando o estabelecimento de alturas
aproximadas de treliças espaciais tipo “Mero”.

Tabela 1
Vão (m) Modulo (m) Altura da treliça (m)
Até 15 2a3 Até 1,5
15 a 27,5 2,4 a 3 1,5 a 2,1
27,5 a 36 2,4 a 3,6 2,1 a 2,5
36 a 50 3,6 a 4,8 2,5 a 4,0
50 a 100 4,8 a 6,0 3,6 a 4,8

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1.2.2.4 – “Arcos” (figura 1.10) – vãos maiores que 30 metros e grandes
cargas verticais. Espaçamento entre arcos (Le) em torno de 6 metros e altura
do arco igual a vão/20. É uma estrutura muito flexível, e constituída
normalmente por treliças de banzos paralelos de pequena altura.

Figura 1.10

1.2.2.5 – “Shed” (figura 1.11) – vãos até 40 metros onde é necessária uma
iluminação mais ou menos uniforme no plano de trabalho. São estruturas
formadas por estruturas principais em forma de treliças de banzos paralelos
(vigas mestras), que recebem as traves (peças de alma cheia ou treliçadas)
com vãos em torno de 5 metros e que por sua vez recebem as terças.

Figura 1.11

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1.3 – Contraventamentos

As estruturas metálicas são formadas por elementos muito esbeltos e


é necessário que sua estabilidade seja garantida. Uma das maneiras de
garantir esta estabilidade é através de elementos secundários que diminuem
os seus comprimentos de flambagem e absorvem possíveis cargas fora do
plano de trabalho das estruturas principais. A figura 1.12 mostra as diagonais
de contraventamento de um sistema de cobertura.

Figura 1.12

1.4 – Tirantes (Linhas de correntes)

Os tirantes das terças garantem a estabilidade e absorvem a


componente de carga permanente no plano do telhado, diminuindo o vão da
terça neste plano, como mostra a figura 1.13.

Figura 1.13

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1.5 – Cargas na cobertura

1.5.1 – Cargas permanentes (G)

São constituídas pelos pesos próprios: da estrutura [terças, estrutura


principal, contraventamentos, etc.] + telhas + peças especiais (calhas, rufos,
lanternim) + instalações penduradas na estrutura + forro + outras.
- O peso próprio das telhas é obtido nos catálogos dos fabricantes
- As outras cargas segundo projetos específicos

1.5.2 – Cargas acidentais – ação do vento (W)

As cargas de vento são obtidas conforme determinação da NBR


6123/80 (NB 599/87).

1.5.3 – Cargas tecnológicas

São decorrentes da fixação de equipamentos de movimentação de


cargas na estrutura de cobertura conforme projeto específico, tais como:
guinchos em monovias, correia transportadoras, pontes rolantes, outras.

1.5.4 – Sobrecargas em coberturas


(NBR 8800/86)

Nas coberturas comuns, não sujeitas a acúmulos de quaisquer


material, e na ausência de especificação em contrário, deve ser prevista uma
sobrecarga nominal mínima de 0,25 kN/m2, em projeção horizontal.

2 – Telhados de “duas águas”


2.1 – Introdução

Os telhados de “duas águas” são normalmente estruturados através


de tesouras, que recebem as cargas devidas ao material de cobrimento, peso
das terças, vento, peso próprio e eventuais cargas suspensas.
A distância entre tesouras é geralmente dada pelos espaçamentos
entre colunas, que dependem, basicamente, da função a que se destina a
edificação. Quando o espaçamento entre colunas é muito grande, torna-se
mais econômico o uso de tesouras intermediarias.
A corda ou banzo superior das tesouras treliçadas é projetado paralelo
à cobertura. A inclinação da cobertura vai depender do material utilizado ou
do efeito arquitetônico que se deseja obter, dentro dos limites da declividade
mínima permitidas pelo material. Já a corda ou banzo inferior das treliças
geralmente são horizontais.

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1 – Tesoura de alma cheia com altura variável (figura 2.1)

→ As tesouras de alma cheia apresentam algumas vantagens, tais como:


pequena altura, facilidade de limpeza, pintura e conservação, entretanto são
estruturas mais pesadas que as tesouras treliçadas.

Figura 2.1

2 - Tesoura trapezoidal (figura 2.2)

→ Resultam em tesoura mais alta que as triangulares e obviamente com


esforços axiais menores nos banzos.
→ Resolvem melhor os detalhes de apoio no que diz respeito o encaixe das
calhas.
→ Podem ser articuladas ou engastadas.

Figura 2.2

3 - Tesoura triangular (figura 2.3)

→ Elas só podem ser articuladas, o que resulta em esforços elevados nos


banzos junto aos apoios, entretanto elas são tesouras com menores alturas
totais de construção se comparada com as trapezoidais.

Figura 2.3

4 - Tesouras especiais (figura 2.4)

→ Para grandes inclinações podem-se usar treliças com banzo inferior não
horizontal ou treliças de banzos paralelos.
→ Estas estruturas são muito flexíveis e os apoios devem ser rígidos e fixos.

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→ A rigidez da estrutura pode ser melhorada com adição de tirantes ligando
os apoios. Entretanto esta solução tem dois inconvenientes: o tirante só
trabalha a tração e a obstrução do espaço interno.

Figura 2.4

2.2 – Determinação do esquema geral dos telhados

O esquema geral dos telhados de “2 águas” é determinado a partir dos


seguintes dados:
- vão da tesoura (L);
- inclinação do telhado;
- tipo de telha (espaçamento entre apoios, recobrimentos, largura útil,
fixações);
- tipo de apoio;
- altura econômica da treliça (L/7 a L/20)
- disposição das diagonais;
- fechamento lateral
- calhas e outros

2.2.1 – Distribuição de telhas e espaçamento entre terças

O recobrimento longitudinal mínimo das telhas faz parte das


especificações técnicas contidas nos catálogos fornecidos pelos fabricantes.
Portanto, é necessário verificar se o espaçamento entre terças estabelecido
no esquema geral do telhado respeita este recobrimento. Em função da
inclinação do telhado, tipo de calha e dos detalhes de fixação, a equação 2.1
pode ser usada para fazer esta verificação como ilustra a figura 2.5.

d = c (recobrimento) – L (comprimento da telha) (2.1)

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Figura 2.5

Exemplo
Determinar o esquema geral de uma cobertura de “2 águas”, figura 2.6,
usando como vedação telha trapezoidal de aço zincado.

Dados:

- Largura da edificação = 24,9 m


- Comprimento da edificação = 73 m
- Altura da coluna = 5 m (CS 300 x 32 kg/m)

Solução - considerando que a face das colunas está no limite da largura da


edificação e o apoio da estrutura de cobertura esta no eixo das colunas,
teremos:

Figura 2.6

→ Vão: L = 24900 – 300 = 24600 mm

→ Telha aço zincado trapezoidal (trapézio de 40 # 0,5 mm):


(Dados obtidos no catálogo do fabricante):
a - Espaçamento entre apoios (terças) = 2500 mm
b - Sobreposição longitudinal para inclinação igual a 15% = 150 mm
c - Largura útil = 1020 mm

→ Terças em perfil chapa dobrada com vão máximo de 6 m


- Perfil adotado: U enrijecido 150 mm de altura

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→ Pode-se determinar o comprimento (L1), usando teorema de Pitágoras
(figura 2.7):

Figura 2.7

L12 = 123002 + 1845 2 = 12437,6 mm

→ Espaçamento entre terças (figura 2.8): Como a distância entre apoios (terças)
= 2500 mm, então o número de espaçamentos deverá ser maior ou igual:

12437,6 / 2500 ≥ 4,98, adotar = 5 espaçamento

Então, o espaçamento deverá ser igual:

12437,6 / 5 = 2487,52, adotar = 2490 mm, portanto: L1 = 2490 x 5 = 12450 mm

Figura 2.8

2.2.2 – Possíveis tipos de treliças

Lembrando que as treliças são estruturas constituídas por barras de


eixo retilíneo, articuladas entre si em suas extremidades, formando malhas
triangulares. Essas articulações são designadas NÓS e as cargas externas
devem ser sempre aplicadas nestes pontos.

2.2.2.1 – Triangular (figuras 2.9 e 2.10)

Figura 2.9

12
Figura 2.10

2.2.2.2 – Trapezoidal (figuras 2.11 e 2.12)

Figura 2.11

Figura 2.12

2.2.2.3 – Especial – Banzos paralelos (figura 2.13)

Figura 2.13

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2.3 – Determinação dos comprimentos e quantidade de telhas
(adotando treliça trapezoidal – figura 2.11)

Figura 2.14

→ Cálculo do comprimento da telha:

Considerando: os detalhes do beiral, cumeeira (figura 2.14) e os


comprimentos das telhas (máximo e recomendado)

Ltelha = 12000 mm (máximo) e Ltelha = 9000 mm (recomendado):

Ltelha = 5 x 2490 – 50 + 250 – 150 + 100 = 12600 > 12000 mm (usar duas telhas)
Banzo Beiral cumeeira

Considerando a sobreposição longitudinal ilustrado na figura 2.15:

Figura 2.15

Primeira telha: Ltelha = 3 x 2490 – 50 + 250 + 75 = 7745 mm


Beiral

Segunda telha: Ltelha = 2 x 2490 – 150 + 100 + 75 = 5005 mm


Cumeeira

→ Cálculo da quantidade de telhas:

Comprimento da cobertura = 73000 mm e largura útil da telha = 1020 mm

Então: 7300 / 1020 = 71,57 → adotar: 72 telhas ∴144 x 7745 e 144 x 5005

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2.4 – Cargas no telhado

2.4.1 – Cargas permanentes (G)

São constituídas pelos pesos próprios: da estrutura [terças (tabela 1),


tesouras (tabela 2), contraventamentos (tabela 3), etc.] + telhas + peças
especiais (calhas, rufos, lanternim) + instalações penduradas na estrutura +
forro + outras

Tabela 2
2
Peso próprio das terças = gt (kN/m )
Vão da terça (m)
Tipo 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 6,0
Chapa dobrada 0,020 0,023 0,026 0,029 0,033 0,040
Laminada 0,023 0,026 0,030 0,034 0,038 0,046

Tabela 3
2
Peso próprio das tesouras = gT (kN/m )
Vão da tesoura (m)
Tipo 15 20 25 30
Soldada 0,040 0,048 0,056 0,064
Parafusada 0,050 0,058 0,066 0,074

Tabela 4
Peso próprio dos contraventamentos = gctv (kN/m2)
Vão da tesoura (m)
15 20 25 30
0,010 0,013 0,016 0,020

- O peso próprio das telhas é obtido nos catálogos dos fabricantes


- As outras cargas segundo projetos específicos

2.4.2 – Cargas acidentais – ação do vento (W)

As cargas de vento são obtidas conforme determinação da NBR


6123/80 (NB 599/87).
As cargas devido à ação de vento podem ser obtidas na tabela 4. Esta
tabela considera apenas “Terreno plano ou fracamente acidentado”, as
categorias II, III e IV, o grupo 2 e a classe A. Portanto, ela estabelece valores
de carga de vento necessário para avaliação de pré-dimensionamento das
barras das treliças de coberturas de “2 águas” nos projetos de arquitetura.

a) Velocidade básica do vento, Vo, varia no Brasil entre 30 a 50 m/s,


sendo que o valor estabelecido pela norma NBR 6123/80 para a cidade de
Goiânia igual a 33 m/s.

b) A altura “z” considera o nível acima do terreno

c) A rugosidade do terreno é classificada em 5 categorias:


- Categoria I - superfícies lisas: lagos e rios; pântanos sem
vegetação
15
- Categoria II - terrenos abertos em nível, obstáculos máximos a
1 m de altura: pântanos com vegetação rala; campos de aviação; pradarias e
charnecas; fazendas sem sebes ou muros

- Categoria III – terrenos planos, obstáculos com altura média


de 3 m: granjas e casas de campo, com exceção das partes com matos;
fazendas com sebes e/ou muros; subúrbios a considerável distância do
centro, com casas baixas e esparsas

- Categoria IV – terrenos cobertos por obstáculos numerosos e


pouco espaçados, com obstáculos de média altura igual a 10 m: zonas de
parques e bosques com muitas árvores; subúrbios densamente construídos;
áreas industriais plena ou parcialmente desenvolvidas

- Categoria V – terrenos cobertos por obstáculos numerosos,


obstáculos com altura mínima de 25 m: centro da cidade; complexos
industriais bem desenvolvidos; florestas com árvores altas de copas isoladas

d) A classe das edificações é dividida em:

- Classe A: toda edificação com a maior dimensão horizontal ou


vertical menor que 20 m

- Classe B: toda edificação com a maior dimensão horizontal ou


vertical da superfície frontal esteja entre 20 e 50 m

- Classe C: toda edificação com a maior dimensão horizontal ou


vertical da superfície frontal maior que 50 m

e) Os grupos são classificados nas seguintes edificações:

- Grupo 1: hospitais, quartéis de bombeiros e de forças de


segurança, centrais de comunicação, etc.

- Grupo 2: hotéis e residências

- Grupo 3: depósitos, silos, construções rurais, etc.

- Grupo 4: telhas, vidros, painéis de vedação, etc

- Grupo 5: estruturas dos grupos 1 a 3 durante a construção

Tabela 5
2
Pressão dinâmica "q" (kN/m ) - Terreno plano ou fracamente acidentado
Classe A
CATEGORIA GRUPO
3 6 9 12
II 0,59 0,60 0,54 0,69
III 2 0,52 0,53 0,58 0,62
IV 0,42 0,43 0,48 0,52

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2.4.3 – Cargas tecnológicas
→ São decorrentes da fixação de equipamentos de movimentação de cargas
na estrutura de cobertura conforme projeto específico, tais como: guinchos
em monovias, correia transportadoras, pontes rolantes, outras.

2.4.4 – Sobrecargas em coberturas


(NBR 8800/86)
→ Nas coberturas comuns, não sujeitas a acúmulos de quaisquer material, e
na ausência de especificação em contrário, deve ser prevista uma
sobrecarga nominal mínima de 0,25 kN/m2, em projeção horizontal.

2.5 – Determinação das cargas nos nós

2.5.1 – Cargas permanentes: são cargas concentradas aplicadas nos nós


onde as terças estão conectadas e sua intensidade é igual à carga
permanente total (G) multiplicada por: comprimento de influência (d) do nó,
espaçamento entre tesoura (Le) e co-seno do ângulo de inclinação do telhado
(α). Ver ilustração 2.16 e equação 2.2.

Figura 2.16

G2 = Le x d x cosα x G (2.2)

2.5.2 – Cargas de vento: também são cargas concentradas aplicadas nos


nós onde as terças estão conectadas e sua intensidade é igual às cargas de
vento (W) multiplicadas por: comprimento de influência (d) do nó e o
espaçamento entre tesoura (Le). Ver figura 2.17 e equação 2.3.

Figura 2.17

W2 = Le x d x W (2.3)

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2.5.3 – Outras cargas: serão determinadas de maneira análoga as
anteriores

2.5.4 – Exemplo

A figura 2.18 ilustra o esquema geral de uma cobertura, sendo que as


terças estão posicionadas nos nós do banzo superior da treliça.

Dados:

- Telha de aço galvanizada com peso de 0,05 kN/m2


- Aço MR-250 – Laminado e soldado
- Terças em chapa dobrada com vão = 5 m
- Localização: no subúrbio de Goiânia
- Edificação para indústria
- Altura máxima da edificação = 6 m

Figura 2.18

→ Determinação dos carregamentos atuantes:

A – Permanente:

gtelha = 0,05 kN/m2


gterça = 0,033 kN/m2
gtesoura = 0,056 kN/m2
gctv = 0,016 kN/m2

G = 0,05 + 0,033 + 0,056 + 0,016 = 0,155 kN/m2


B – Acidental - Vento: (segundo tabela 4)
W = 0,43 kN/m2

→ Determinação das cargas nos nós da treliça:

A – Permanente:

Usando a formula 2.2 (Gi = Le x d x cosα x G):

Nós 1 e 21 (figura 2.19):


G1 = G21 = Le x d x cosα x G = 5 x 1,25 x (12300/12450) x 0,155 = 0,96 kN

18
Nós 3, 5, 7, 9, 11, 13, 15, 17 e 19 (figura 2.19):
G3 ... G19 = Le x d x cosα x G = 5 x (2.1,25) x (12300/12450) x 0,155 = 1,91 kN

Figura 2.19

B – Acidental - Vento:
Usando a formula 2.3 (Wi = Le x d x W):

Nós 1, 11 (x2) e 21 (figura 2.20):

W1 = W11 = W21 = Le x d x W = 5 x 1,25 x 0,43 = 2,69 kN


Nós 3, 5, 7, 9, 13, 15, 17 e 19 (figura 2.20):

W3 ... W9 = W13 ... W19 = Le x d x W = 5 x (2.1,25) x 0,43 = 5,38 kN

Figura 2.20

2.6 – Cálculo isostático dos esforços nas barras da treliça anterior

Os esforços nas barras que compõem uma treliça, devido às


solicitações dos diversos carregamentos, poderão ser encontrados
algebricamente usando o “Método dos Nós”, que será utilizado neste
exemplo, ou graficamente usando o “Processo de Cremona”.

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2.6.1 – Carga permanente:
→ Cálculo das reações de apoio (figura 2.21):

Figura 2.21

A - aplicando as equações da estática (Ver apostila – Análise Estrutural):

ΣFx = 0 → RxA = 0
ΣFy = 0→ RyA + RyB – (2x0,96) - (9x1,91) = 0∴ RyA + RyB = 19,11 kN
ΣMA = 0 → RyB.24,6 – 1,91x2,46x45 – 0,96x24,6 = 0 ∴ RyB = 235,05/24,6 = 9,56 kN
B – substituindo o valor de RyB na segunda equação:

RyA + 9,56 =19,11 ∴RyA = 9,56 kN

Devido à simetria da estrutura e do carregamento → a solução considerará somente


um dos lados da tesoura como ilustrado na figura 2.22:

Figura 2.22

C – começando por um nó com no máximo duas barras com esforços


desconhecidos, o nó “A” por exemplo:

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- Usando as equações de equilíbrio:

ΣFx = 0 → FAB = 0

ΣFy = 0→ 9,56 + FAM = 0∴ FAM = -9,56 kN

D – outro nó com no máximo duas barras com esforços internos


desconhecidos, o nó “M” por exemplo:

α = 81,097º e β = 67,878º

- Usando as equações de equilíbrio:

ΣFx = 0 → FMN sen81,097+ FMBsen67,878 = 0∴ FMN = - FMBsen67,878/sen81,097 (I)

ΣFy = 0→ 9,56 – 0,96 - FMBcos67,878 + FMNcos81,097 = 0 (II)


Substituindo (I) em (II):

8,6 - FMBcos67,878 – (FMBsen67,878/sen81,097)cos81,097 = 0 → FMB = 16,49 kN

Substituindo o valor FMB em (I):

FMN = - 16,49sen67,878/sen81,097 → FMN = - 15,46 kN

E – outro nó com no máximo duas barras com esforços internos


desconhecidos, o nó “B” por exemplo:

β = 67,878º

- Usando as equações de equilíbrio:

ΣFx = 0 → FBC – 16,49sen67,878 = 0∴ FBC = 15,28 kN

ΣFy = 0→ FBN + 16,49cos67,878 = 0 ∴ FBN = - 6,21 kN

21
F – outro nó com no máximo duas barras com esforços internos
desconhecidos, o nó “N” por exemplo:

α = 81,097º e γ = 60,614º

- Usando as equações de equilíbrio:

ΣFx = 0 → FNP sen81,097+ FNCsen60,614 + 15,46sen81,097 = 0 →

FNP = – (15,46 + 0,882FNC) → FNP = -24,19 kN

ΣFy = 0→ 6,21 + 15,46cos81,097 + FNPcos81,097 - FNCcos60,614 = 0 →

8,603 + 0,155FNP – 0,491FNC = 0 (I)

Substituindo o valor FNP em (I):

FNC = - (15,46 + 0,882FNC)0,155/0,491 + 17,532 → FNC = 9,90 kN

G – outro nó com no máximo duas barras com esforços internos


desconhecidos, o nó “C” por exemplo:

γ = 60,614º

- Usando as equações de equilíbrio:

ΣFx = 0 → FCD – 9,90sen60,614 - 15,28 = 0 → FCD = 23,91 kN

ΣFy = 0→ 9,90cos60,614 + FCP = 0 → FCP = - 4,86 kN

22
H – outro nó com no máximo duas barras com esforços internos
desconhecidos, o nó “P” por exemplo:

α = 81,097º e r = 54,254º

- Usando as equações de equilíbrio:


ΣFx = 0 → FPR sen81,097+ FPDsen54,254 + 24,19sen81,097 = 0 →

FPR = – (24,19 + 0,822FPD) → FPR = -27,59 kN


ΣFy = 0→ 4,86 – 1,91 + 24,19cos81,097 + FPRcos81,097 – FPDcos54,254 = 0 →

6,694 + 0,155FPR – 0,584FPD = 0 (I)

Substituindo o valor FPR em (I):

FPD = - (24,19 + 0,822FPD)0,155/0,584 + 11,462 → FPD = 4,14 kN

I – Utilizando o mesmo procedimento anterior os valores dos esforços das


outras barras podem ser encontrados:
Banzo superior:
FRS = -29,93 kN, FST = -30,05 kN, FTU = -30,15 kN, FUV = -28,94 kN,
FVX = -27,95 kN, FXY = -26,07 kN e FYZ = -24,50 kN;

Banzo inferior:
FDE = 27,23 kN, FEF = 29,57 kN, FFG = 29,69 kN, FGH = 29,78 kN,
FHJ = 28,59 kN, FJK = 27,62 kN e FKL = 25,76 kN;

Montantes:
FRD = -2,42 kN, FSE = -2,05 kN, FTF = -0,13 kN, FUG = -0,11 kN,
FVH = 1,61 kN, FXJ = 1,46 kN, FYK = 3,07 kN, FZL = 5,67 kN;

Diagonais:
FRE = 3,11 kN, FSF = 0,18 kN, FTG = 0,14 kN, FUH = -2,01 kN,
FVJ = -1,76 kN, FXK = -3,60 kN e FYL = -3,23 kN

23
2.6.2 – Carga acidental - vento:
→ Cálculo das reações de apoio (figura 1.23):

Figura 2.23

A - aplicando as equações da estática (Ver apostila – Análise Estrutural):


ΣFx = 0 → RxA = 0

ΣFy = 0→ RyA + RyB – (4x2,69xsen81,097) - (8x5,38xsen81,097) = 0

∴ RyA + RyB = 53,152 kN

ΣMA = 0→ RyB.24,6 – (5,38x2,46x40 + 2,69x2x24,6)sen81,097 = 0

∴ RyB = 653,77/24,6 = - 26,576 kN

B – substituindo o valor de RyB na segunda equação:

RyA + 26,576 = 53,152 ∴RyA = - 26,576 kN

Devido à simetria da estrutura e do carregamento → a solução considerará somente


um dos lados da tesoura como ilustrado na figura 2.24:

Figura 2.24

24
C – começando por um nó com no máximo duas barras com esforços
desconhecidos, o nó “A” por exemplo:

- Usando as equações de equilíbrio:


ΣFx = 0 → FAB = 0
ΣFy = 0→ -26,58 + FAM = 0∴ FAM = 26,58 kN

D – outro nó com no máximo duas barras com esforços internos


desconhecidos, o nó “M” por exemplo:

α = 81,097º e β = 67,878º

- Usando as equações de equilíbrio:

ΣFx = 0 → FMN sen81,097+ FMBsen67,878 – 2,69cos81,087 = 0

∴ FMN = - 0,938FMB + 0,421 (I)

ΣFy = 0→ 2,69sen81,097 – 26,58 - FMBcos67,878 + FMNcos81,097 = 0 (II)

Substituindo (I) em (II):

– 23,922 - FMBcos67,878 + (- 0,938FMB + 0,421)cos81,097 = 0 → FMB = -45,72 kN

Substituindo o valor FMB em (I):

FMN = - 0,938(-45,72) + 0,421 → FMN = 43,31 kN

25
E – Utilizando o mesmo procedimento anterior os valores dos esforços das
outras barras podem ser encontrados:

Banzo superior:

FNP = 67,45 kN, FPR = 77,58 kN, FRS = 84,04 kN, FST =85,02 kN, FTU = 85,12 kN,

FUV = 82,37 kN, FVX = 79,46 kN, FXY = 74,86 kN e FYZ = 70,29 kN;

Banzo inferior:

FBC =- 42,28 kN, FCD =-66,22 kN, FDE =-75,40 kN, FEF =-81,77 kN, FFG =-81,91 kN,

FGH = -82,00 kN, FHJ = -78,46 kN, FJK = -75,59 kN e FKL = -70,21 kN

Montantes:

FNB = 17,21 kN, FPC = 13,48 kN, FRD = 6,60 kN, FSE = 5,60 kN, FTF = 0,14 kN,

FUG = 0,11 kN, FVH = -4,77 kN, FXJ = -4,33 kN, FYK = -8,91 kN e FZL = -16,42 kN

Diagonais:

FNC = -27,47 kN, FPD = -11,31 kN, FRE = -8,48 kN, FSF = -0,20 kN, FTG = -0,14 kN,

FUH = 5,94 kN, FVJ = 5,20 kN, FXK = 10,43 kN e FYL = 9,35 kN

26
2.6.3 – Resumo dos esforços atuantes:

Barras Perm. (kN) Vento (kN) P. + V. (kN)


FMN - 15,46 43,31 27,85
FNP -24,19 67,45 43,26
FPR

Banzo Superior
-27,59 77,58 49,99
FRS -29,93 84,04 54,11
FST -30,05 85,02 54,97
FTU -30,15 85,12 54,97
FUV -28,94 82,37 53,43
FVX -27,95 79,46 51,51
FXY -26,07 74,86 48,79
FYZ -24,50 70,29 45,79

Barras Perm. (kN) Vento (kN) P. + V. (kN)


FAB 0 0 0
FBC 15,28 - 42,28 - 27,00
FCD 23,91 - 66,22 - 43,31
Banzo Inferior

FDE 27,23 - 75,40 - 48,17


FEF 29,57 - 81,77 - 52,20
FFG 29,69 - 81,91 - 52,22
FGH 29,78 - 82,00 -52,22
FHJ 28,59 - 78,46 - 49,87
FJK 27,62 - 75,59 - 47,97
FKL 25,76 - 70,21 - 44,45

Barras Perm. (kN) Vento (kN) P. + V. (kN)


FMA -9,56 26,58 17,02
FNB -6,21 17,21 11,00
FPC -4,86 13,48 8,62
FRD -2,42 6,60 4,18
Montantes

FSE -2,05 5,60 3,55


FTF -0,13 0,14 0,01
FUG -0,11 0,11 0
FVH 1,61 -4,77 - 3,16
FXJ 1,46 -4,33 - 2,87
FYK 3,07 -8,91 - 5,84
FZL 5,67 -16,42 - 10,75

Barras Perm. (kN) Vento (kN) P. + V. (kN)


FMB 16,49 -45,72 - 29,23
FNC 9,90 -27,47 - 17,57
FPD 4,14 -11,31 - 7,17
FRE
Diagonais

3,11 -8,48 - 5,37


FSF 0,18 -0,20 - 0,02
FTG 0,14 -0,14 0
FUH -2,01 5,94 3,93
FVJ -1,76 5,20 3,44
FXK -3,60 10,43 6,83
FYL -3,23 9,35 6,12

27
2.7 – Pré-dimensionamentos das barras críticas da treliça anterior

2.7.1 – Banzo superior:

Solução: Considerando as informações contidas na apostila “Pré-


dimensionamento de elementos estruturais para projetos de arquitetura”
pode-se obter um perfil adequado: (usar aço ASTM A-36 e cantoneira de
abas iguais):
a → O esforço máximo de tração no banzo superior, barra ST = 54,97 kN
ft = P / A ≤ 146 Mpa
A ≥ 54970 / 146 ≥ 376,5 mm2 = 3,77 cm2

2xL 1 1/4” x 1 1/4” # 1/8” (3,00 kg/m) → Ag = 3,86 cm2, rx = 0,98 cm, ry = 1,45 cm

É recomendável que as barras apresentem rigidez suficiente para evitar deformações


ou vibrações → Lx/rx = 125/0,98 = 128 < 350; Ly/ry = 250/1,45 = 172 < 350

b → O esforço máximo de compressão no banzo superior, barra TU = 30,15 kN


1º Passo: Adotar um perfil (pode ser o anterior):
2xL 1 1/4” x 1 1/4” # 1/8”
2º Passo: Calculando o parâmetro de esbeltez:
Lflx = 125 cm, Lfly = 250 cm (considerando o BS contraventado a cada terça),

= 125 / 0,98 = 128


= 250 / 1,45 = 172

3º Passo: Em função do maior parâmetro λ, determina-se o valor da tensão


admissível de flambagem:
Para λ = 172 → ffl = 35 Mpa
4º Passo: Calcula-se a tensão atuante e compara-se com a tensão
admissível de flambagem:
fat = 30150 / 386 = 78,1 Mpa > ffl = 63 Mpa → O perfil não é suficiente

5º Passo: Adotar outro perfil:


2xL 1 3/4” x 1 3/4” # 1/8” (A = 5,42 cm2, rx = 1,39 cm, ry = 1,96 cm )
6º Passo: Calculando o parâmetro de esbeltez:
Lflx = 125 cm, Lfly = 250 cm (considerando o BS contraventado a cada terça),

= 125 / 1,39 = 90
= 250 / 1,96 = 128

28
7º Passo: Em função do maior parâmetro λ, determina-se o valor da tensão
admissível de flambagem:

Para λ = 128 → ffl = 63 Mpa


8º Passo: Calcula-se a tensão atuante e compara-se com a tensão
admissível de flambagem:
fat = 30150 / 542 = 55,6 Mpa < ffl = 63 Mpa → O perfil é suficiente
Perfil adotado para o Banzo superior: 2xL 1 3/4” x 1 3/4” # 1/8”

2.7.2 – Banzo inferior:


Solução: Fazendo as mesmas considerações anteriores:
a → O esforço máximo de tração no banzo inferior, barra GH = 29,78 kN
ft = P / A ≤ 146 Mpa
A ≥ 29780 / 146 ≥ 204 mm2 = 2,04 cm2

2xL 7/8” x 7/8” # 1/8” (2,08 kg/m) → Ag = 2,64 cm2, rx = 0,66 cm, ry = 1,05 cm
Verificando a esbeltez da peça:
Lflx/rx = 123/0,66 = 186 < 350; Lfly/ry = 246/1,05 = 234 < 350

b → O esforço máximo de compressão no banzo inferior, barra GH = 52,22 kN

1º Passo: Adotar um perfil (pode ser o anterior):


2xL 7/8” x 7/8” # 1/8”

2º Passo: Calculando o parâmetro de esbeltez:


Lflx = 123 cm, Lfly = 246 cm (considerando o BI contraventado na direção da terça),

= 123 / 0,66 = 186


= 246 / 1,05 = 234 > 200 (adorar outro perfil)

3º Passo: Adotar outro perfil:


2xL 2” x 2” # 3/16” (A = 9,16 cm2, rx = 1,58 cm, ry = 2,32 cm )

4º Passo: Calculando o parâmetro de esbeltez:


Lflx = 123 cm, Lfly = 246 cm (considerando o BI contraventado na direção da terça),

= 123 / 1,58 = 77
= 246 / 2,32 = 106

29
5º Passo: Em função do maior parâmetro λ, determina-se o valor da tensão
admissível de flambagem:

Para λ = 106 → ffl = 92Mpa


6º Passo: Calcula-se a tensão atuante e compara-se com a tensão
admissível de flambagem:
fat = 52220 / 916 = 57 Mpa < ffl = 92 Mpa → O perfil é suficiente
Perfil adotado para o Banzo inferior: 2xL 2” x 2” # 3/16”

2.7.3 – Montante:
Solução: Fazendo as mesmas considerações anteriores:
a → O esforço máximo de tração no montante, barra MA = 17,02 kN
ft = P / A ≤ 146 Mpa
A ≥ 17020 / 146 ≥ 116,6 mm2 = 1,17 cm2

2xL 7/8” x 7/8” # 1/8” (2,08 kg/m) → Ag = 2,64 cm2, rx = 0,66 cm, ry = 1,05 cm
Verificando a esbeltez da peça: L/rmin = 50/0,66 = 76 < 350

b → O esforço máximo de compressão no montante, barra ZL = 10,75 kN


1º Passo: Adotar um perfil (pode ser o anterior):
2xL 7/8” x 7/8” # 1/8”
2º Passo: Calculando o parâmetro de esbeltez:
Lflx = Lfly = 243 cm
λ = Lfl / rmin = 243 / 0,66 = 368 > 200 (adotar outro perfil)
3º Passo: Adotando outro perfil:
2xL 1 3/4” x 1 3/4” # 1/8” (A = 5,42 cm2, rx = 1,39 cm, ry = 1,96 cm )
4º Passo: Calculando o parâmetro de esbeltez:
Lflx = Lfly = 243 cm
λ = Lfl / rmin = 243 / 1,39 = 175
5º Passo: Em função do maior parâmetro λ, determina-se o valor da tensão
admissível de flambagem:

Para λ = 175 → ffl = 34 Mpa


6º Passo: Calcula-se a tensão atuante e compara-se com a tensão
admissível de flambagem:

fat = 17020 / 542 = 31,4 Mpa < ffl = 34 Mpa → O perfil é suficiente
Perfil adotado para o Montante: 2xL 1 3/4” x 1 3/4” # 1/8”

30
2.7.4 – Diagonal:
Solução: Fazendo as mesmas considerações anteriores:
a → O esforço máximo de tração na diagonal, barra MB = 16,49 kN
ft = P / A ≤ 146 Mpa
A ≥ 16490 / 146 ≥ 112,9 mm2 = 1,13 cm2

2xL 7/8” x 7/8” # 1/8” (2,08 kg/m) → Ag = 2,64 cm2, rx = 0,66 cm, ry = 1,05 cm
Verificando a esbeltez da peça: L/rmin = 133/0,66 = 202 < 350

b → O esforço máximo de compressão no montante, barra MB = 29,23 kN


1º Passo: Adotar um perfil (pode ser o anterior):
2xL 7/8” x 7/8” # 1/8”
2º Passo: Calculando o parâmetro de esbeltez:
Lflx = Lfly = 133 cm

λ = Lfl / rmin = 133 / 0,66 = 201 > 200 (adotar outro perfil)
3º Passo: Adotando outro perfil:
2xL 1 3/4” x 1 3/4” # 1/8” (A = 5,42 cm2, rx = 1,39 cm, ry = 1,96 cm )
4º Passo: Calculando o parâmetro de esbeltez:

λ = Lfl / rmin = 133 / 1,39 = 96


5º Passo: Em função do maior parâmetro λ, determina-se o valor da tensão
admissível de flambagem:

Para λ = 96 → ffl = 99 Mpa


6º Passo: Calcula-se a tensão atuante e compara-se com a tensão
admissível de flambagem:

fat = 29230 / 542 = 53,9 Mpa < ffl = 99 Mpa → O perfil é suficiente
Perfil adotado para a Diagonal: 2xL 1 3/4” x 1 3/4” # 1/8”

2.7.5 - Resumo dos perfis adotados:

Banzo Superior 2xL 1 3/4” x 1 3/4” # 1/8”


Banzo inferior 2xL 2” x 2” # 3/16”
Montante 2xL 1 3/4” x 1 3/4” # 1/8”
Diagonal 2xL 1 3/4” x 1 3/4” # 1/8”

31
Observações:

1 – Não existe a possibilidade de utilização de perfis flexíveis (cabos) na composição da treliça, pois
os esforços finais, ver item 2.6.3, nas barras são tanto de tração como de compressão;
2 – Apesar de ter sido utilizado dupla cantoneira laminada como seção transversal das peças que
compõem a treliça é possível a utilização de outros tipos de perfil, tais como perfil “U” em chapa
dobrada;
3 – Os perfis adotados anteriormente devem ser utilizados somente como referencia para definição do
projeto de arquitetura da estrutura;
4 – Carga de vento adotada, que foi estabelecida na tabela 4, tem como referencia a cidade de
Goiânia.

3 – Referencias bibliográficas
1 – Rebello, Y.C.P., Estruturas de Aço, Concreto e Madeira – Atendimento da Expectativa
Dimensional, Zigurate Editora, São Paulo, 2005.

2 – MacDonald, A.J., Structural Design for Architecture, Reed Educational and Professional
Publishing Ltd., Great Britain, 1997.

3 – Robbin, T., Engineering a New Architecture, Yale University Press, New Haven and
London, 1996.

4 – McCormac, J.C., Structural Steel Design-LRFD Method, Harper Collins College


Publishers, New York, 1995.

5 – Thornton, C. H., Exposed Structure in Building Design, McGraw-Hill Inc., U.S.A., 1993.

6 – Queiroz, G., Elementos das Estruturas de aço, Belo Horizonte, 1991.

7 – Pfeil, W., Estruturas de Aço – Dimensionamento prático, Livros Técnicos e Científicos


Editora Ltda., Rio de Janeiro, 1988.

8 – MIC, Manual Brasileiro para Cálculo de Estruturas Metálicas, Rio de Janeiro, 1986.

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