Sei sulla pagina 1di 49

SEMINÁRIO

MÉTODO DA RESISTÊNCIA
DIRETA

Palestrante: Gladimir de Campos Grigoletti

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


MLE – MÉTODO DAS LARGURAS EFETIVAS

As expressões de von Kármán nas quais se fundamenta o método das


larguras efetivas são apresentadas a seguir:

b ef se f ≤ f cr
=1
b

b ef fcr
= se f > fcr
b f

Agora, multiplicando o numerador e o denominador do primeiro membro da


expressão anterior pelo produto t.f (espessura do elemento (t) x tensão aplicada
(f)) e o numerador e o denominador do segundo membro pela área A do
elemento esta expressão fica:

b ef ( t f ) fcr A
=
b (t f ) fA

Novembro
(4) de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS
Desta forma se f toma o valor limite de colapso (f = flim) de todo o perfil, que pode
ser a tensão de colapso plástico, a tensão crítica de algum modo de flambagem
elástica ou uma interação entre as duas formas de colapso citadas é possível
reescrever a equação anterior como:

b ef ( t flim ) fcr A pnl pcr


= ou =
b ( t flim ) flim A plim plim

onde:
pnl - carga de compressão resistente nominal (carga última de colapso) do
elemento analisado, considerando que o elemento só é formado pela sua área
efetiva (bef x t), e que a tensão aplicada toma seu valor limite (f = flim).
plim - carga limite obtida considerando que a totalidade da área da seção
transversal do elemento (b x t) colabora com a resistência e que a tensão
aplicada é a tensão limite (f = flim).
pcrl - carga de flambagem elástica local do elemento (placa) analisada

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


Trabalhos experimentais realizados por Winter (1947, 1968) e aperfeiçoados por
outros pesquisadores tem permitido modificar a expressão original de von
Kármán, a qual em função das cargas é possível escrever como segue:

pnl pcrl pcrl p ⎡ pcrl 0,5 ⎤


= (1 − 0,22 ) = ( crl )0,5 ⎢1 − 0,22 ( ) ⎥
plim plim plim plim ⎣ plim ⎦

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


DESVANTAGENS DO MLE E MOTIVAÇÃO PARA EXPLORAÇÃO DE
UM NOVO MÉTODO

9 determinação da seção efetiva é trabalhosa Ö necessidade de se


realizar cálculos iterativos
9 complexidade e limitações das normas atuais Ö dificuldade no
dimensionamento de PFF nos modos de FL e FD
9 desenvolvimento de novas tecnologias Ö peças PFF com geometria vez
mais complexas Ö modelagem matemática mais difícil
9 dificuldadede incluir no cálculo o modo de flambagem distorcional
(algumas normas de cálculo contornam este problema limitando as
dimensões e os tipos de perfis que podem ser utilizados)
9 dificuldade no aprendizado do método de dimensionamento porque o
grande volume de cálculo algébrico envolvido faz perder o foco do
assunto.

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


MRD - Método da Resistência Direta

SCHAFER E PEKOZ (1998)


Adeus!!
PROPUSERAM
bef

Método da Resistência Direta - MRD


Resistência de PFF à compressão e/ou à flexão

Utiliza curvas de resistência ajustadas


experimentalmente para calcular as cargas de
colapso, a partir da carga de flambagem
elástica de todo o perfil, e não do elemento
isolado.
Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS
MRD - Método da Resistência Direta
Utiliza curvas de resistência ajustadas experimentalmente para a partir da carga
de flambagem elástica, considerando o perfil como uma unidade, calcular a
carga de colapso. Os elementos que compõem o perfil trabalham de maneira
conjunta, e não como elementos isolados. Essas curvas de resistência são, a
priori, as mesmas curvas utilizadas pelo método das larguras efetivas

Pnl P ⎡ Pcrl 0,5 ⎤


= ( crl )0,5 ⎢1 − 0,22 ( ) ⎥ (1)
Plim Plim ⎣ Plim ⎦

onde:
Plim é a carga crítica de flambagem elástica global ou de escoamento e que interage
com a flambagem local;
Pnl é a carga de compressão resistente nominal por flambagem local considerando
que a forma de colapso é do perfil como um todo e que leva em conta a interação
entre a flambagem local e o colapso determinado pela carga Plim;
Pcrl é a carga crítica de flambagem elástica local do perfil como um todo.

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


Como obter o Pcrl?

• Para obtenção da carga Pcrl podem-se utilizar


métodos analíticos ou numéricos.
• Para a análise da flambagem elástica de perfis
formados a frio (determinação de Pcrl, modos de
flambagem, etc.), Schafer desenvolveu um programa
computacional, baseado no método das faixas
finitas, o qual denominou de CUFSM - Finite Strip
Method - Cornell University.
• Este programa é freeware, encontrando-se no
endereço eletrônico www.ce.jhu.edu/bschafer/cufsm.

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

• Para a flambagem local da seção como um todo se utilizam


atualmente as curvas de resistência propostas por Schafer e
Peköz, obtidas modificando-se a equação (1) a partir de
resultados obtidos experimentalmente, resultando as
expressões abaixo:

Para λl ≤ 0,776 ⇒ Pnl = Plim (2)

Pnl P ⎡ Pcrl 0,4 ⎤ (3)


Para λ l > 0,766 ⇒ = ( crl )0,4 ⎢1 − 0,15 ( ) ⎥
Plim Plim ⎣ Plim ⎦

Onde : λ l = Plim Pcrl (4)

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
• Para determinar a carga de colapso por flambagem distorcional
(Pnd) Hancock et al., propuseram curvas de resistência
modificadas dadas pela equação abaixo:
Para λd ≤ 0,561 ⇒ Pnd = Py (5)

P P ⎡ Pcrd 0,6 ⎤ (6)


Para λ d > 0,561 ⇒ nd = ( crd )0,6 ⎢1 − 0,25 ( ) ⎥
Py Py ⎣ Py ⎦
Onde : λ d = Py Pcrd (7)

Py = A fy (8)

Pcrd - carga crítica de FD do perfil como um todo.

Ö Segundo Hancock et al. a interação entre a FD e a FG não


existe, logo Plim = Py

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
• No caso de perfis solicitados a flexão as equações (2) a (3) também
podem ser utilizadas trocando-se Pnl por Mnl, Pnd por Mnd, Pcrl por Mcrl,
Pcrd por Mcrd, e Plim por Mlim, Py por My e A por W, onde:

- Mnl é o momento fletor resistente nominal considerando que a forma


de colapso é por flambagem local;

- Mnd é o momento fletor resistente nominal considerando que a forma


de colapso é por flambagem distorcional;

- Mcrl é o momento crítico de flambagem elástica local do perfil como


um todo;

- Mcrd é o momento crítico de flambagem elástica distorcional do perfil


como um todo;

- Mlim é o momento fletor resistente nominal considerando que a forma


de colapso do perfil pode ocorrer por flambagem lateral com torção ou
por escoamento.

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
• Expressões que relacionam as variáveis do MLE com aquelas do MFF

SOLICITAÇÃO
FORÇA NORMAL MOMENTO FLETOR
Pnl Plim Mnl Mlim
flim = = flim = =
A ef A Wef W
Pcrl Mcrl
fcrl = fcrl =
A W
Pcrd Mcrd
fcrd = fcrd =
A W

onde:
A - área bruta da seção transversal da barra
Aef - área efetiva da seção transversal obtida utilizando o método das larguras efetivas
W - módulo de resistência elástico da seção bruta
Wef - módulo de resistência elástico da seção efetiva

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


NECESSIDADE DE NOVOS AJUSTES
DAS CURVAS DE RESISTÊNCIA E
NOVAS CURVAS

NOVOS ENSAIOS E PESQUISAS

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


CURVAS DE RESISTÊNCIA PARA O MÉTODO DA RESISTÊNCIA DIRETA
EM BARRAS BI-ROTULADAS CARREGADAS AXIALMENTE X
RESULTADOS EXPERIMENTAIS (SCHAFER, (2004))

1,5
Local: Equação (3)

Distorcional: Equação (6)

Local
⎛ Pnl ⎞
⎜⎜ ⎟⎟ 1,0
P
⎝ lim ⎠l Distorcional

ou
⎛ Pnd ⎞
⎜ ⎟
⎜P ⎟
⎝ y ⎠d 0,5

0 1 2 3 4 5 6 7 8

λ l = Plim Pcrl ou λ d = Py Pcrd

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


CURVAS DE RESISTÊNCIA PARA O MÉTODO DA RESISTÊNCIA DIRETA
EM VIGAS CONTRAVENTADAS LATERALMENTE X RESULTADOS
EXPERIMENTAIS (SCHAFER, (2004))

1,5
Local: Equação (3)

Distorcional: Equação (6)

Local
⎛ Mnl ⎞
⎜⎜ ⎟⎟ 1,0
M
⎝ lim ⎠l
Distorcional

ou
⎛ Mnd ⎞
⎜ ⎟
⎜M ⎟
⎝ y ⎠d 0,5

0 1 2 3 4 5 6 7 8

λ l = Mlim Mcrl ou λ d = My Mcrd

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


OBSERVAÇÕES COM RELAÇÃO AOS EXPONTES DAS EQUAÇÕES DE
RESISTÊNCIA

Pnl P ⎡ Pcrl 0,5 ⎤


= ( crl )0,5 ⎢1 − 0,22 ( ) ⎥ Ö Equação de Winter
Plim Plim ⎣ Plim ⎦

- AJUSTE MELHOR PARA CAPTURAR O COLAPSO POR FD

- CONSIDERA QUE NA FD HÁ COLABORAÇÃO ENTRE ELEMENTOS


CONTÍGUOS

- 0,6 REFLETE A BAIXA RESERVA PÓS-FLAMBAGEM DA


SEÇÃO COMPLETA NO MD QUANDO COMPARADO COM O ML

Pnd P ⎡ Pcrd 0,6 ⎤


= ( crd )0,6 ⎢1 − 0,25 ( ) ⎥ Ö Equação FD Ö MRD
Py Py ⎣ P y ⎦
- CAPTURA MELHOR O COMPORTAMENTO REAL, JÁ QUE COM
EXPOENTE 0,5 NÃO SE LEVAVA EM CONTA CORRETAMENTE A
ALTA RESERVA PÓS-FLAMBAGEM DA SEÇÃO COMPLETA QUANDO
COMPARADA COM UM ELEMENTO ISOLADO

Pnl P ⎡ Pcrl 0,4 ⎤


= ( crl )0,4 ⎢1 − 0,15 ( ) ⎥ Ö Equação FL Ö MRD
Plim Plim ⎣ Plim ⎦

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


VANTAGENS DO MRD:
Æ Não há determinação de propriedades geométricas efetivas (Aef e Wef)
Æ Não há cálculos iterativos;
Æ Os cálculos não precisam ser feitos para elementos individualmente;
Æ No cálculo se utiliza as propriedades geométricas da seção bruta;
Æ Há interação dos elementos que compõem a seção ⇒ interação da mesa
com alma;
Æ FD é explicitamente tratada no projeto como um modo de colapso único;
Æ Proporciona um procedimento de projeto mais abrangente e flexível;
Æ É aplicável a um grupo maior de geometria de seções transversais;
Æ Permite e estimula a otimização de seções transversais;
Æ Métodos numéricos e análises racionais são trazidas para o dia-a-dia do
projetista;
Æ Integra os métodos numéricos disponíveis e estabelecidos em um
procedimento de projeto único.
Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS
OBSERVAÇÕES:

¬ O uso do MRD requer:


(1) a determinação das cargas críticas de flambagem elástica do perfil como um
todo e,
(2) aplicando-se esta informação junto com uma série de curvas de resistência
determinar-se a resistência última do perfil.

¬ O MRD já é utilizado pelas normas Australiana e Neo-Zelândesa, desde 1996,


para a determinação da resistência à FD de barras fletidas e barras
comprimidas.
¬ O AISI Ö 2004 passou a adotar MRD como uma alternativa ao MLE.

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


ROTEIRO DE CÁLCULO
1) Obtenção dos valores Pcrl , Pcrd , Plim , Mcrl , Mcrd e Mlim
correspondentes à FL, FD e FG Ö CU-FSM

2) Análise dos resultados fornecidos pelo CU-FSM

3) Análise da FG

4) Cálculo de Nc,Rd = φc Nn
Nn= mín(FG, FL, FD)

Fim

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


OBSERVAÇÕES:
¬ É importante salientar que qualquer outro programa computacional que
faça a análise da estabilidade elástica (ANSYS, ABAQUS, etc.), pode ser
utilizado, bem como soluções analíticas fechadas existentes na literatura
(somente para seções transversais simples (Bulson)).

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


CUFSM – Análise de resultados

¬ O CU-FSM permite fazer a análise da estabilidade elástica de


perfis de parede fina, submetidos a qualquer distribuição de
tensões normais nas extremidades. Permite, ainda, considerar a
restrição ao empenamento da seção bem como restringir os graus
de liberdade dos nós extremos. É importante ressaltar que ao
longo do comprimento não pode haver aplicação de
carregamentos, variação da seção e das condições de contorno
(condições intrínsecas ao método das faixas finitas).

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


CUFSM – Análise de resultados

GRÁFICO TENSÃO x COMPRIMENTO DE MEIA-ONDA PARA UMA


BARRA SOB COMPRESSÃO CENTRADA

Flambagem Local
Fator de Carga (Ncr/Ny)

Flambagem Global
Flexo Torcional
Flambagem
Distorcional

A
Flambagem Local
D Flambagem Global
Flexional (Euler)

B
E

LA LB LC LD
102 103
LE
104
Comprimento da semi-onda (mm)

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


CUFSM – Análise de resultados

GRÁFICO TENSÃO x COMPRIMENTO DE MEIA-ONDA PARA UMA


BARRA SOB FLEXÃO SIMPLES
Fator de Carga (Mcr/My)

Flambagem Local
Flambagem
Distorcional

Flambagem Lateral
com Torção

A
B

102 103 104


Comprimento da semi-onda (mm)

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


CUFSM – Análise de resultados

¬ Note-se que o valor da carga crítica (Ncr ou Mcr) é obtido através


das relações a seguir:
Ncr = fator de carga x Ny
Ny = A fy
Mcr = fator de carga x My
My = W fy
onde:
fy é o limite de escoamento do aço
fator de carga é o fator de tensão ou carga (obtido diretamente do
gráfico tensão x comprimento de semi-onda)

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


CUFSM – Análise de resultados

ANÁLISE DA FLAMBAGEM GLOBAL


Para a determinação da força normal de flambagem elástica global
(Ne) ou do momento fletor de flambagem elástica (Me) serão
usadas soluções analíticas apresentadas nos itens 7.7 e 7.8 da
norma brasileira NBR-14762/01. A razão para usar a norma ao
invés de uma análise pelo método das faixas finitas (MFF) é que
este método utiliza somente condições de contorno com apoios
simples. Além disso, para barras fletidas, momentos que variam ao
longo da barra não podem ser considerados no método das faixas
finitas (MFF). Já as equações de verificações prescritas na norma
podem facilmente levar em conta outras condições de contorno
usando-se comprimentos efetivos de flambagem (Lfl = KL) e
momentos que variam ao longo da barra usando-se o fator Cb
descrito no item 7.8.1.2 da NBR 14762/01.

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


FORMULAÇÃO - COLUNAS

I) FÔRÇA RESISTENTE DE CÁLCULO DE BARRAS COMPRIMIDAS


A força normal resistente de cálculo é dada pela equação:
Nc,Rd = φc Nn
onde:
φc = 0,85 para barras comprimidas que satisfazem as relações geométricas dadas
na tabela 1;
φc = 0,75 para todas as outras barras comprimidas, quando da utilização de uma
análise racional padrão;
Nn é o valor da força normal de compressão resistente nominal, devendo ser
adotado o menor valor entre Nlim , Nnl e Nnd calculados como indicado a seguir.

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


COLUNAS PRÉ-QUALIFICADAS (EXTRAÍDA DO APÊNDICE B DA AISI)

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


ROTEIRO DE CÁLCULO
II) FLAMBAGEM POR FLEXÃO, POR TORÇÃO E POR FLEXO-TORÇÃO
Formulação dada pela NBR-14762/01, item 7.7.2, onde nestas se fez Aef = A,
ficando:
Nlim = ρ Ny

1
ρ= ≤ 1,0
β + (β2 − λ2o )0,5

β = 0,5[1 + α( λ o − 0,2) + λ2o ]

onde:
Ny = A fy
α é o fator de imperfeição inicial (ítem 7.7.2 da NBR-14762/01);
λo é o índice de esbeltez reduzido para barras comprimidas;
Ne é a carga crítica de flambagem elástica global

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


ROTEIRO DE CÁLCULO
III) FLAMBAGEM LOCAL
O valor da força normal de compressão resistente nominal Nnl, para
flambagem local é
Nnl = Nlim para λl ≤ 0,776

⎡ N ⎤ N
Nnl = ⎢1 − 0,15 ( crl )0,4 ⎥ ( crl )0,4 Nlim para λ ≥ 0,776
⎣ Nlim ⎦ Nlim

onde:
λ l = Nlim Ncrl
Ncrl é a força normal de flambagem elástica local da barra comprimida
Nlim é a força normal de compressão resistente nominal definida pela equação (xx)

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


ROTEIRO DE CÁLCULO

IV) FLAMBAGEM DISTORCIONAL


O valor da força normal de compressão resistente nominal Nnd, para a flambagem
distorcional é
Nnd = Ny para λd ≤ 0,561

⎡ Ncrd 0,6 ⎤ Ncrd 0,6


Nnd = ⎢1 − 0,25 ( ) ⎥( ) Ny
⎣ N y ⎦ N y

onde:
λ d = Ny Ncrd
Ncrd é a carga crítica de flambagem elástica distorcional da coluna
Ny = A fy

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


FORMULAÇÃO - VIGAS

I) MOMENTO FLETOR RESISTENTE DE CÁLCULO PARA VIGAS


O momento fletor resistente de cálculo é dada pela equação:

MRd = φb Mn
onde:

φb = 0,90 para barras fletidas que satisfazem as relações geométricas


dadas na tabela 2;

φb = 0,80 para todas as outras barras, quando da utilização de uma análise racional
padrão.

Mn é o valor do momento fletor resistente nominal, que será adotado o menor valor
entre Mlim, Mnl e Mnd calculado como indicado a seguir.

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


VIGAS PRÉ-QUALIFICADAS (EXTRAÍDA DO APÊNDICE B DA AISI)

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


ROTEIRO DE CÁLCULO
II) FLAMBAGEM LATERAL COM TORÇÃO
O valor do momento fletor resistente nominal Mlim, para flambagem lateral com
torção, tomando-se um trecho compreendido entre seções contidas lateralmente, é
calculado utilizando-se a formulação dada pela NBR-14762/01, item 7.8.1.2, onde
nestas se fez o Wc,ef = Wc, ficando:

Mlim = ρFLT My

ρFLT = 1,0 para λo ≤ 0,6

ρFLT = 1,11 (1 - 0,278λ2o ) para 0,6 < λo ≤ 1,336

ρFLT = 1/ λ2o para λo ≥ 1,336


0,5
⎛W f ⎞
λ o = ⎜⎜ c y ⎟⎟
⎝ Me ⎠
onde:
ρFLT - fator de redução associado à flambagem lateral com torção
My = Wc fy, onde Wc é o módulo de resistência elástico da seção bruta calculado
em relação à fibra comprimida
Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS
ROTEIRO DE CÁLCULO

III) FLAMBAGEM LOCAL


O valor do momento fletor resistente nominal Mnl, para flambagem local é
Mnl = Mlim para λl ≤ 0,776

⎡ M ⎤ M
Mnl = ⎢1 − 0,15 ( crl )0,4 ⎥ ( crl )0,4 Mlim para λl > 0,776
⎣ Mlim ⎦ Mlim

onde:
λ l = Mlim Mcrl
Mcrl é o momento crítico de flambagem elástica local
Mlim é definido quando da análise da flambagem lateral com torção

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


ROTEIRO DE CÁLCULO

IV) FLAMBAGEM DISTORCIONAL

O valor do momento fletor resistente nominal Mnd, para flambagem distorcional é

Mnd = My para λd ≤ 0,673

⎡ Mcrd 0,5 ⎤ Mcrd 0,5


Mnd = ⎢1 − 0,22 ( ) ⎥( ) My para λd > 0,673
⎣ M y ⎦ M y

onde:
λ d = My Mcrd
Mcrd é o momento crítico de flambagem elástica distorcional
My é o momento do início da plastificação da seção

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


EXEMPLO
Determinar o momento fletor resistente de cálculo utilizando o MRD.
⎧E = 205.000 MPa = 20.500 kN/cm2
Propriedades do aço utilizado: ⎨
⎩ fy = 380 MPa = 38 kN/cm
2

Contraventamento lateral e torcional

q = 0,60 kN/m
3,81 m 3,81 m

7,62 m

(a)

Ly = Lt

L/4 L/4 L/4 L/4


MA

MB

MC

Mmáx

(b)

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


y
Propriedades geométricas da seção bruta:
bf

A = 5,46 cm2 Wx = 33,737 cm3 D


xcg = 1,80 cm Wy = 6,558 cm3
ycg = 0,00 cm It = 0,0420 cm4
xo = 4,73 cm Cw = 2.793,87 cm4
x

bw
ct cg x
yo = 0,00 cm bw = 203 mm
Ix = 339,87 cm4 bf = 70 mm
Iy = 33,14 cm4 D = 16 mm t

rx = 7,89 cm t = 1,52 mm
xcg
ry = 2,46 cm
xo
y

Figura 6 - Perfil U enrijecido

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


Resolução:
1) Cálculo do momento fletor de flambagem elástica Me (flambagem lateral com
torção) conforme o item 7.8.1.2 da NBR 14762/01:

Me = Cbro NeyNet

12,5 Mmax
Cb = =
2,5 Mmax + 3 MA + 4 MB + 3 MC
12,5 x 435,48
=
2,5 x 435,48 + 3 x 190,52 + 4 x 326,61 + 3 x 408,25

Cb = 1,30

Cálculo do raio de giração polar da seção bruta em relação ao centro de torção:

2 2 2 2
ro = rx + ry + x o + y o = 7,89 2 + 2,46 2 + 4,73 2 + 0,00 2 = 9,52 cm

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


Continuação...

Comprimentos efetivos de flambagem (ver anexo H da NBR 8800/04):


KyLy = 1 x 381 = 381 cm
KtLt = 1 x 381 = 381 cm

π 2 E Iy π2 x 20500 x 33,1
Ney = 2
= 2
= 46,19 kN
(K y L y ) 381

1 ⎡ π2 E C w ⎤ 1 ⎡ π2 x 20500 x 2793,9 ⎤
Net = 2 ⎢ 2
+ G It⎥ = 2 ⎢ 2
+ 7893 x 0,042 ⎥ = 46,59 kN
ro ⎣ (K t L t ) ⎦ 9,52 ⎣ 381 ⎦

Me = Cb ro Ney Net = 1,30 x 9,52 46,19 x 46,59 = 573,81 kN.cm

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


Continuação...

2) Determinação do momento fletor resistente nominal Mlim, para


flambagem lateral com torção (ítem 7.8.1.2 da NBR 14762/02):

Wc fy 33,74 x 38
λo = = = 1,49
Me 573,94

como λo ≥ 1,336 ⇒ ρFLT = 1/λo2 = 1/1,492 = 0,45


Mlim = ρFLT My = 0,45 x 1282,12 = 576,90 kN.m

3) Determinação dos momentos de FL e FD


⎧ Mcrl
⎪ = 0,84
My
⎪⎪
CUFSM Ö ⎨
⎪ Mcrd
⎪ = 0,74
⎪⎩ My

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


Continuação...

Utilizou-se como momento de referência o momento My, sendo:


My = W fy = 33,737 x 38 = 1.282,01 kN.cm

Ficando então:
Mcrl = 0,84 x 1282,01 = 1.076,89 kN.cm
Mcrd = 0,74 x 1282,01 = 948,69 kN.cm

4) Determinação do momento fletor resistente nominal Mnl, para FL:

576,90
λ l = Mlim Mcrl = = 0,732
1076,88

como λl ≤ 0,776 ⇒ Mnl = Mlim = 576,90 kN.cm

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


Gráfico tensão x comprimento de semi-onda para uma barra sob flexão simples
(Gráfico plotado com os dados obtidos pelo programa CU-FSM)
Fator de Carga

Mcrl/My = 0,84
Mcrd/My = 0,74

Comprimento da semi-onda (mm)

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


Continuação...

5) Determinação do momento fletor resistente nominal Mnd, para FD:


1282,01
λ d = My Mcrd = = 1,162
948,69
⎡ M ⎤ M
como λd > 0,673 ⇒ Mnd = ⎢1 − 0,22 ( crd )0,5 ⎥ ( crd )0,5 My
⎣ My ⎦ My

⎡ 948,69 0,5 ⎤ 948,69 0,5


Mnd = ⎢1 − 0,22 x ( ) ⎥x ( ) x 1282,01 = 894,12 kN.cm
⎣ 1282,01 ⎦ 1282,01

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


Continuação...
6) Determinação do momento fletor resistente nominal Mn
Mn = mín (Mlim, Mnl e Mnd) = mín (576,90; 576,90; 894,12) = 576,90 kN.cm

FLT é a crítica

7) Valor do momento fletor resistente de cálculo:

MRd = φbMn = 0,90 x 576,90 = 519,21 kN.cm

Comparação com o valor obtido pelo MLE utilizando a NBR 14762/01:

MRd = 495,32 kN.cm (MLE)


Ö Diferença (%) = 4,6 %
MRd = 519,21 kN.cm (MRD)

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


Continuação...
Agora resolvendo-se o mesmo problema, mas considerando que a viga esteja
com contenção lateral continua.

1) Determinação do momento fletor resistente nominal Mlim, para FLT (ítem


7.8.1.2 da NBR 14762/02):
Como a viga tem contenção lateral continua, não há FLT, e o momento fletor
nominal Mlim = My, onde:
My = W fy = 33,737 x 38 = 1.282,01 kN.cm

Wc fy 33,74 x 38
λo = = ≅0
Me Me → ∞

como λo ≤ 0,6 ⇒ ρFLT = 1,0


Mlim = ρFLT My = 1,0 x 1282,01 = 1.282,01 kN.cm

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


Continuação...

2) Determinação dos momentos de FL e FD


⎧ Mcrl
⎪ = 0,84
My
⎪⎪
CUFSM Ö ⎨
⎪ Mcrd
⎪ = 0,74
⎪⎩ My

Utilizou-se como momento de referência o momento My, sendo:


My = W fy = 33,737 x 38 = 1.282,01 kN.cm

Ficando então:
Mcrl = 0,84 x 1282,01 = 1.076,89 kN.cm
Mcrd = 0,74 x 1282,01 = 948,69 kN.cm

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


Continuação...
3) Determinação do momento fletor resistente nominal Mnl, para FL (eq. (x) e (x)):
1.282,01
λ l = Mlim Mcrl = = 1,091
1.076,89
⎡ M ⎤ M
como λl > 0,776 ⇒ Mnl = ⎢1 − 0,15 ( crl )0,4 ⎥ ( crl )0,4 Mlim
⎣ Mlim ⎦ Mlim

⎡ 1.076,89 0,4 ⎤ 1.076,89 0,4


Mnl = ⎢1 − 0,15 ( ) ⎥( ) 1.282,01 = 1.028,38 kN.cm
⎣ 1.282,01 ⎦ 1.282,01

4) Determinação do momento fletor resistente nominal Mnl, para FD (eq. (x) e (x)):
1.282,01
λ d = My Mcrd = = 1,166
948,69
⎡ M ⎤ M
como λd > 0,673 ⇒ Mnd = ⎢1 − 0,22 ( crd )0,5 ⎥ ( crd )0,5 My
⎣ My ⎦ My
⎡ 948,69 0,5 ⎤ 948,69 0,5
Mnd = ⎢1 − 0,22 x ( ) ⎥x ( ) x 1.282,01 = 894,12 kN.cm
⎣ 1.282,01 ⎦ 1.282,01

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


Continuação...
6) Determinação do momento fletor resistente nominal Mn
Mn = mín (Mlim, Mnl e Mnd) = mín (1.282,01; 1.028,38; 894,12) = 894,12 kN.cm

FD é a crítica

7) Valor do momento fletor resistente de cálculo:

MRd = φn Mn = 0,9 x 894,12 = 804,71 kN.cm

Utilizando-se a equação (16) pode-se determinar o módulo de resistência efetivo


(Wef) utilizado no MDR, conforme abaixo:

Mnl 1.028,38
Wef = W = 33,737 = 27,06 cm3
Mlim 1.282,01

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS


COMPARAÇÃO COM OS VALORES OBTIDOS PELO MLE

MRd (kN.cm) Wef (cm3)


1 - MRD 804,71 -
2 - MRD** 934,89** 27,06**
3 - MLE 940,32 27,22
Diferença (%) entre 2 e 3 -0,58 -0,59

** - valores obtidos pelo método da resistência direta desconsiderando a flambagem distorcional


para efeito de comparação com os valores encontrados pela NBR 14762/2001, visto que este modo
de flambagem também foi desconsiderado quando da utilização desta norma.

A desconsideração do modo de flambagem distorcional neste problema se deve ao fato de que o


perfil analisado tem relações bf/bw (= 0,34) e bw/t (= 133,55) não cobertas pela tabela D.2 do anexo
D da referida norma, que dá o valor mínimo da relação D/bw para dispensar a verificação da
flambagem por distorção. Portanto pela NBR 14762/2001, não daria para verificar este perfil.

Novembro de 2006 GMAp - Grupo de Mecânica Aplicada - UFRGS

Potrebbero piacerti anche