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A VIDA DE SANTA RITA DE CÁSSIA

O NASCIMENTO

Santa Rita nasceu num pequeno povoado chamado Roccaporena, a 5 km de Cássia,


bem no alto do montes Apeninos, na província da Úmbria.

A Úmbria, embora fosse na época uma região pouco povoada, se tornou berço de
muitos filhos ilustres, entre eles São Francisco de Assis, São Bento e Santa Clara, além
de Santa Rita. Os pais de Santa Rita, Antonio Lotti e Amata Ferri, formavam um casal
exemplar e eram conhecidos pelos seus amigos como "pacificadores de Jesus Cristo".
Gozavam de imenso prestígio e autoridade no meio daquela gente, por suas virtudes.
Sua ocupação diária era visitar os vizinhos mais necessitados, levando a eles ajuda
espiritual e material. Para que sua felicidade fosse completa, faltava ao casal um filho.
Apesar da idade avançada de Amata (62 anos) Deus atendeu às suas preces: conta a
história que um anjo apareceu a ela e lhe revelou que daria à luz uma menina que seria a
admiração de todos, escolhida por Deus para manifestar os seus prodígios. Em 1381,
nasceu esta admirável criatura, que foi batizada em Santa Maria dos Pobres, em Cássia,
porque o pequeno povoado de Roccaporena teve uma pia batismal somente em 1720. O
nome de Rita, diminutivo de Margherita, foi revelado pelo anjo, com o qual a Santa se
tornou conhecida para sempre. Quando Antonio e Amata iam trabalhar nos campos,
colocavam sua filhinha num cesto de vime e abrigavam-na à sombra das árvores. Um
dia, a criança sonhava, com os olhos voltados para o céu azul, quando um grande
enxame de abelhas brancas a envolveu, fazendo um zumbido especial. Muitas delas
entravam em sua boca e aí depositavam mel, sem a ferroar, como se não tivessem
ferrões. Nenhum gemido da criança para chamar seus pais; ao contrário, dava gritinhos
de alegria. Enquanto isso, um lavrador que estava próximo feriu-se com uma foice,
dando um grande talho na mão direita. Dirigindo-se imediatamente para Cássia, a fim
de receber os necessários cuidados médicos, ao passar perto da criança viu as abelhas
que zumbiam ao redor de sua cabeça. Parou e agitou as mãos para livrá-la do enxame.
No mesmo instante, sua mão parou de sangrar e o ferimento se fechou. Gritou de
surpresa, o que chamou a atenção de Antonio e Amata que acorreram ao local. O
enxame, por alguns instantes disperso, voltou ao seu lugar e mais tarde, quando Rita foi
para o mosteiro de Cássia, as abelhas ficaram nas paredes do jardim interno. Este fato é
relatado pelos biógrafos da santa e transmitido pelas tradições e pinturas que a ele se
referem. A Igreja, tão exigente para aceitar as tradições, insere esta circunstância nas
lições do Breviário. Tendo atribuído o nascimento de Rita a um milagre, seus pais
também atribuíram este acontecimento a um prodígio divino.

A INFÂNCIA E A JUVENTUDE

Rita era para seus pais um precioso dom concedido à sua fé e orações. Analfabetos,
procuravam transmitir à criança seus conhecimentos da vida de Nosso Senhor Jesus
Cristo, da Santa Virgem Maria e dos santos populares. Apenas chegara à idade da
razão, apareceram em Rita os primeiros sinais de virtude que, sob influência da graça
divina, ia-se desenvolvendo em sua bela alma. Rita era um anjo, dócil, respeitosa e
obediente para com seus velhos pais. Os ensinamentos que eles lhe davam levaram-na a
decidir consagrar a sua virgindade a Jesus Cristo.
Gostava tanto da vida retirada que seus pais lhe permitiram ter um oratório dentro de
casa; ali passava os dias meditando no amor de Jesus, castigando seu inocente corpo
com duras penitências. Aos 16 anos, pensava no modo de confirmar definitivamente sua
consagração a Jesus Cristo por meio dos votos perpétuos. Rita chegou a pedir, de
joelhos, licença para entrar no convento. Seus pais, porém, com a idade avançada e
guiados pelo amor natural, não querendo deixá-la só no mundo, resolveram casá-la com
um jovem que pedira sua mão. Que lutas, que dores para o coração dessa jovem, entre o
amor à virgindade e a obediência devida a seus pais! Não tinha coragem de dar a um
homem o coração que desde a infância consagrara a Deus e, por outro lado, causavam-
lhe piedade seus velhos pais, muito idosos, aos quais se acostumara a obedecer nas
mínimas coisas.

O CASAMENTO

O jovem que pedira a mão de Rita se chamava Paolo di Ferdinando Mancini, descrito
como um homem pervertido, de caráter feroz e sem temor a Deus, que seria capaz de
provocar um verdadeiro escândalo se Rita e seus pais não aceitassem esse casamento.
Assim, Rita se viu obrigada a se casar. Quanto padeceu ela no longo período de 18 anos
que viveu com seu esposo! Injuriada sem motivo, não tinha uma palavra de
ressentimento; espancada, não se queixava e era tão obediente que nem à Igreja ia sem a
permissão de seu brutal marido. A mansidão, a docilidade e prudência da esposa,
porém, suavizaram aquela rude impetuosidade, conseguindo transformar em manso
cordeiro aquele leão furioso. Fernando não pôde resistir a tanta abnegação e mudou
completamente de vida, tornando-se um marido respeitoso. Rita sentia-se muito feliz
por ver o seu marido convertido ao bom caminho. Sentia-se feliz por educar nos
princípios da religião os dois filhinhos que o céu lhe dera: Giovanni Tiago e Paolo
Maria. Mas durou pouco tempo aquela felicidade de santa esposa e mãe! Quando
menos esperava, seu marido foi ferozmente assassinado pelos inimigos que fez em sua
vida de violência. Rita tomou todas as providências para um sepultamento digno para
seu marido. Praticou, ainda, o supremo ato de perdoar os seus assassinos. Refeita da
primeira dor causada pela morte do marido, a piedosa mulher concentrou toda sua
atenção e solicitude em seus dois filhos. A mãe atenta percebia que os dois jovens
apresentavam sintomas de desejos de vingança. Quando se viu em tal situação, ela
tomou uma resolução heróica e pediu a Jesus Crucificado que levasse os seus filhos
inocentes, se fosse humanamente impossível evitar que se tornassem criminosos. Um
após outro, caíram doentes os meninos e Rita os tratou com o máximo cuidado, velando
para que nada lhes faltasse, procurando todos os remédios necessários para lhes
conservar a vida. Sabia que era seu dever socorrê-los e queria cumprir generosamente
esse dever. Os meninos morreram, com pequeno intervalo, um após o outro, cerca de
um ano depois da morte de seu pai. Rita depositou os corpos de seus filhos ao lado de
seu marido e ficou só no mundo; só, mas com seu Deus.
EM BUSCA DO ANTIGO SONHO

Desligada dos laços do matrimônio e dos cuidados maternais pela morte do esposo e
filhos, Rita passou a se dedicar com afinco à prática das virtudes, às obras de caridade e
à oração. A caridade para com o próximo era inesgotável. Não se contentando em dar o
que tinha, trabalhava com suas próprias mãos para poder dar mais. Tudo isto, porém,
não bastava para aquela alma inflamada pelo amor divino. Quando ia à cidade, ao passar
diante das portas dos mosteiros onde teria podido servir a Deus com todas as suas
forças, parecia-lhe que uma força interior e poderosa a atraía. Rita encorajou-se e
resolveu fazer uma tentativa. Bateu à porta do convento das agostinianas de Santa
Maria Madalena, às quais ela tinha profunda admiração pela devoção que tinha a Santo
Agostinho e por ter sido Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho, seu modelo nos
diversos estados de vida e tão parecida com ela no sofrimento. Expôs à superiora do
convento o seu ardente desejo. Seu aspecto humilde e piedoso causou excelente
impressão na religiosa; mas o convento, que somente recebia jovens solteiras, jamais
havia aberto suas portas a uma viúva, e a pobre mulher se viu rejeitada. Imaginem em
que estado de alma Rita voltou a Roccaporena. Voltou às suas orações e boas obras e,
tendo retomado a confiança, voltou ainda por duas vezes à porta do mosteiro de Santa
Maria Madalena, sofrendo duas novas rejeições. Rita se abandonou à vontade de Deus,
recomendando-se mais do que nunca a seus santos protetores. Quando Deus a viu
perfeitamente resignada e confiante, teve compaixão dela e, uma noite, quando estava
em oração, ouviu chamar: "Rita! Rita!". Ela não viu ninguém e, pensando ter se
enganado, voltou às suas orações. Mas, pouco depois, ouviu novamente: "Rita! Rita!".
Levantando-se, abriu a porta e foi à rua. Eram 3 homens e Rita não tardou a reconhecê-
los: eram seus protetores São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolau de Tolentino,
que a convidaram para segui-los. Em êxtase, como num sonho, ela os seguiu e logo
estava em Cássia, diante do convento de Santa Maria Madalena. As religiosas dormiam
e a porta estava bem trancada. Era impossível abri-la por meios humanos, mas os santos
que Deus enviara para acompanhá-la fizeram com que ela se encontrasse no interior do
mosteiro. Quando as religiosas desceram para se reunir no coro, ficaram estupefatas ao
encontrar a santa mulher que tinha sido insistentemente rejeitada. Como entrara ela, se
o mosteiro estava completamente fechado e não havia sinal algum de abertura ou
arrombamento?

"Sou eu mesma - dizia, chorando - aquela que tantas vezes pediu para entrar aqui e
não me aceitastes como digna de tanta felicidade! Santas esposas de Jesus; sabei
como a divina Majestade me fez este singular favor, enviando na noite passada o
Santo Precursor, acompanhado do glorioso Patriarca Santo Agostinho e S. Nicolau,
meus protetores, que me trouxeram aqui de maneira milagrosa. Eu vos rogo, por
aquele Senhor que tão liberal foi comigo, que me recebais em vossa companhia".

As freiras ficaram impressionadas com o relato que Rita fez do acontecido e, diante de
um milagre tão estupendo, reconheceram os desígnios de Deus e admitiram jubilosas
em sua companhia aquela criatura mais angelical que humana.
A VIDA NO CONVENTO

A primeira coisa que Rita fez, ao ser admitida no convento, foi repartir entre os pobres
todos os bens que possuía. Para colocar à prova a obediência da noviça, a superiora do
convento ordenou-lhe que regasse de manhã e à tarde um ramo de videira ressequido e
já destinado ao fogo. Rita não ofereceu dificuldade alguma e, de manhã e de tarde, com
admirável simplicidade, cumpria essa tarefa, enquanto as irmãs a observavam com
irônico sorriso. Isso durou cerca de um ano, segundo certas biografias da santa.
Um belo dia, as irmãs se assombraram: a vida reapareceu naquele galho ressequido,
surgiram brotos, apareceram folhas e uma bela videira se desenvolveu
maravilhosamente, dando a seu tempo deliciosas uvas. E essa videira, velha de cinco
séculos, ainda hoje está viçosa no convento.

Em 1443, veio a Cássia para pregar a Quaresma, São Tiago de La Marca. O sermão da
paixão de Nosso Senhor sensibilizou profundamente Rita. Voltando ao convento,
profundamente emocionada com o que ouvira, prostrou-se diante da imagem do
crucifixo que se achava em uma capela interior, e suplicou ardentemente a Jesus que lhe
concedesse participar de suas dores. E eis que um espinho se destacou da coroa do
crucifixo, veio a ela e entrou tão profundamente em sua testa que a fez cair desmaiada e
quase agonizante.

Quando voltou a si, a ferida lá estava, atestando o doloroso prodígio. Enquanto as


chagas de São Francisco e de outros santos tinham a cor do sangue puro e não eram
repugnantes, a de Rita se converteu numa ferida purulenta e fétida, de maneira que a
pobre vítima, para não empestear a casa, teve de ser recolhida a uma cela distante, onde
uma religiosa lhe levava o necessário para viver. Ela suportou a ferida durante 15 anos.
Em 1450 foi celebrado o jubileu em toda a Cristandade e como algumas irmãs estavam
se preparando para ir a Roma, Rita manifestou um ardente desejo de as acompanhar,
mas seu estado de saúde estava se agravando devido a ferida que o espinho havia
deixado em sua testa. As irmãs acharam que Rita não deveria ir, mas ela pedindo a
Deus para a ferida desaparecer, foi mais uma vez atendida e conseguiu acompanhar as
irmãs a Roma, com grande proveito para sua alma. Mas logo que voltou da viagem a
ferida reapareceu e também uma enfermidade incurável que lhe causava um grande
sofrimento. Em meio as dores, ela conservava a alegria do espírito e um sorriso
encantador que brilhava em seu rosto.

A MORTE DE SANTA RITA

Na última enfermidade, que durou quatro anos, veio visitá-la uma sua parenta; a Santa
agradeceu-lhe a visita e, ao se despedir pediu:
- Vá à horta que fica perto de tua casa, por amor de Jesus, e traga-me uma rosa.
Era o mês de janeiro, quando os campos estão cobertos de neve e a vegetação morta. A
parenta não deu crédito, pensando que a Santa delirasse; contudo, para ser agradável, se
dispôs a atende-la, certa porém de que não encontraria rosa alguma. Rita percebeu suas
dúvidas e lhe disse:
- Vá, não duvides.
Entrando na horta ela encontrou uma linda rosa. Cortou-a e levou à enferma; Rita
pediu-lhe que voltasse à mesma horta e lhe trouxesse dois figos. Foram achados numa
figueira que lá havia.
Esses fatos explicam o costume de se enfeitar a imagem da Santa com rosas, figos,
cachos de uvas e abelhas.
A Santa Igreja mesmo parece querer perpetuar o milagre das rosas, aprovando a
Bênção das Rosas que se faz no dia da Festa ou no dia 22 de cada mês, para alívio dos
enfermos. A doença da Santa estava cada dia piorando e as dores tinham se tornado
insuportáveis. Com orações e santas aspirações ela se preparou para receber os
sacramentos e entre expressões de amor a Jesus e Maria sua alma se libertou dos
vínculos que a prendiam à terra.

"Chegou o tempo, minhas queridas irmãs, de sair deste mundo. Deus assim o quer.
Muito vos ofendi por não vos ter amado e obedecido como era de minha obrigação;
com toda a minha alma vos peço perdão por todas as negligências e descuidos;
reconheço que vos tenho molestado por causa desta ferida da fronte; rogo-vos tenhais
piedade das minhas fragilidades; perdoai minhas ignorâncias e rogai a Deus por
mim, para que minha alma alcance a paz e a misericórdia da clemência divina..."

No convento só se ouviam os soluços das freiras. O rosto pálido da enferma começou a


tomar viva cor: transformou-se de repente, voltando a recuperar a formosura dos anos
juvenis. As freiras a contemplavam extasiadas. Ela abriu novamente os olhos e, olhando
para as irmãs em volta com suavidade e doçura, disse-lhes que a esperavam os Santos,
seus protetores, e acrescentou:

"Amai a Deus, minhas irmãs, sobre todas as coisas, porque a sua bondade e
formosura são inigualáveis e só Ele deve merecer o vosso amor; observai a regra que
haveis professado, venerai o nosso grande pai Santo Agostinho por nos ter dado nela
um caminho real para a glória".

Este foi o seu testamento; e, levantando as mãos, assim prosseguia:

"Ficai com Deus, em paz e caridade fraterna".

Sorriu, pareceu adormecer e... acordou no céu entre os anjos.


Finalmente, com 76 anos de idade e 40 de vida religiosa, faleceu Santa Rita em Cássia,
no velho Convento das Agostinianas, no dia 22 de maio de 1457, depois de ter recebido
com muita piedade os últimos sacramentos. Neste momento mãos invisíveis tangeram
os sinos do convento e da vila de Cássia, entoando um hino triunfal das esposas eternas,
convidando a comunidade para fazer um coro na glorificação da alma daquela que viveu
e morreu na santidade...
A morte de Rita foi acompanhada de muitos milagres. Na cela onde ela faleceu,
apareceu uma luz de grande esplendor e um perfume especial se fez sentir em todo o
mosteiro, e a ferida do espinho, antes de aspecto repugnante tornou-se brilhante, limpa,
cor de rubi. Centenas de pessoas compareciam ao convento para ver a "Santa", cujo
cadáver ficou em exposição além do tempo legal.
As freiras trataram de sepultar o corpo da Santa, mas eis que a providência de Deus fez
com que em toda a cidade não se achasse mais que um carpinteiro, e este tão doente que
estava não podia pegar nas ferramentas.
- Que a Santa me cure - disse ele -, e eu farei o caixão.
De fato, Francesco Barbari sentiu-se repentinamente curado e cumpriu a sua promessa.
As irmãs entoavam hinos de agradecimento a Deus por ter exaltado no céu e na terra sua
serva.
Rita foi venerada como santa imediatamentre após a sua morte, como atestam o
sarcófago e o Códex Miraculorum, documentos de 1457 e 1462. Seus ossos, desde 18
de maio de 1947, repousam no Santuário, na urna de prata e cristal fabricada em 1930.
Quase 550 anos se passaram desde que a alma de Rita deixou de animar aquele corpo;
não obstante, o poder de Deus ainda o conserva. As vestes que lhe serviam de mortalha
estão tão perfeitas como no dia em que a envolveram.

Recentes exames médicos afirmaram que sobre a testa, à esquerda, existem traços de
uma ferida óssea (osteomielite). O pé direito apresenta sinais de uma doença sofrida nos
últimos anos, talvez uma inflamação no nervo ciático. Sua altura era de 1,57m. O rosto,
as mãos e os pés estão
mumificados, enquanto que sob o hábito de religiosa agostiniana existe, intacto, o seu
esqueleto.

BEATIFICAÇÃO E CANONIZAÇÃO
O culto à bem aventurada da vila de Cássia rapidamente se estendeu pela Itália, Portugal
e Espanha, onde devido aos milagres obtidos por sua intercessão o povo lhe deu o nome
de "Santa das causas impossíveis". O papa Urbano 8º, então bispo de Espoleto, a cuja
diocese pertence Cássia, presenciou vários milagres. Assim que foi elevado à cátedra de
São Pedro, mandou iniciar o processo de beatificação. Em 1627 aprovou a reza e missa
em honra da Santa.
Muitos contratempos fizeram com que se protelasse a canonização, que só aos 24 de
Maio de 1900 se realizou sob o pontificado de Leão 13. Contudo, já em 1577 se erguia
em Cássia uma igreja à Santa das causa desesperadas e impossíveis.
O Brasil não foi das últimas nações em cultuá-la, pois a atual matriz de Santa Rita da
arquidiocese do Rio de Janeiro, data da era remota de 1724.
Além desta, existem no Brasil várias outras igrejas dedicadas a Santa Rita, provando a
grande veneração que o povo Católico Brasileiro tem por ela.

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ORAÇÕES
PROTEÇÃO DE SANTA RITA
Ó Santa Rita, filha obediente, esposa amável de um homem difícil, mãe paciente de
filhos indomáveis, irmã bondosa e compreensiva das religiosas do convento, mulher
sofredora e fiel a Jesus, modelo de vida para todas as famílias, dignai-vos mostrar aqui
vosso auxílio poderoso.
Vós conheceis a humanidade e seu sofrimento. Vós sabeis também das minhas
necessidades e do pedido que venho depositar a vossos pés, confiando na vossa
poderosa intercessão junto a Deus.
Concedei-me a graça mais importante: a de viver sempre na amizade de Deus e com os
irmãos, ouvindo a Palavra do Evangelho, participando dos Sacramentos, crescendo na
Fé e na vida de Comunidade. Inúmeras pessoas ajudastes, em casos desesperados e
quase impossíveis, tornando-se assim um refúgio seguro para todos os que rezam com
fé.
Não esqueçais meu fervoroso pedido, vós que, como ninguém, tivestes o privilégio de
se identificar com Cristo no mistério da cruz. Ajudai-me a carregar a minha cruz e a
seguir com coragem o meu caminho.
Ó poderosa Santa Rita, sede minha protetora. Amém!

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CASOS DIFÍCEIS

Ó poderosa Santa Rita, chamada Santa das Causas Impossíveis, advogada dos casos
desesperados, auxiliadora da última hora, refúgio e abrigo da dor que arrasta para o
abismo do pecado e do desespero, com toda a confiança no vosso poder junto ao
Coração Sagrado de Jesus, a Vós recorro no caso difícil e imprevisto, que
dolorosamente oprime o meu coração.
Vós bem sabeis, vós bem conheceis o que seja o martírio do coração. Pelos sofrimentos
atrozes que padecestes, pelas lágrimas amargosíssimas que santamente chorastes, vinde
em meu auxílio. Falai, rogai, intercedei por mim que não ouso fazê-lo ao Pai de
misericórdia e fonte de toda a consolação, e obtende-me a graça que desejo. (fazer o
pedido)
Apresentada por vós a minha oração, o meu pedido, por vós que sois tão amada por
Deus, certamente serei atendido. Dizei a Nosso Senhor que me valerei da graça para
melhorar a minha vida e os meus costumes e para cantar na terra e no céu a divina
misericórdia. Amém!

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ORAÇÃO EM HONRA DE SANTA RITA

Ó Deus, que Vos dignastes comunicar a Santa Rita tanta graça, que Vos imitou no
amor aos seus inimigos, trazendo no seu coração e na sua fronte os sinais da Vossa
caridade e Paixão, nós Vos rogamos nos concedais, Por sua intercessão e méritos, amar
os nossos inimigos e contemplar continuamente, com o espinho da compunção, as dores
da Vossa paixão. Vós que viveis e reinais pelos séculos. Amém.

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POR TODOS OS QUE SOFREM

Deus, nosso Pai e Amigo, sois o criador e conservador da vida e do mundo, sois a fonte
de onde brotam todas as graças e bênçãos. Abençoai Vossos filhos que, confiantes, vos
dirigem esta prece, pela intercessão de Santa Rita de Cássia.
Socorrei os pobres, as viúvas, os órfãos, e dai-nos um coração pobre e generoso. Curai
os doentes, os alcoólatras, os drogados, e dai-nos um coração puro e misericordioso.
Confortai os aflitos, convertei os pecadores, iluminai os que andam nas trevas do erro,
da ignorância e da mentira, e dai-nos um coração sábio e verdadeiro. Abençoai nossas
famílias nossos amigos, os que conosco trabalham e todos aqueles por quem somos
obrigados a rezar, e dai-nos um coração justo e fraterno.
Ajudai-nos em todas as nossas dificuldades, para que levemos uma vida digna da
vocação cristã e construamos um mundo que seja verdadeiro sinal do Vosso Reino.
Rogai por nós, Santa Rita de Cássia, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos: Ó Deus, nosso Pai, Santa Rita correspondeu plenamente às vossas graças e
imitou de tal modo o Vosso Filho, no perdão e no amor aos inimigos, que mereceu
trazer um seu coração e em sua fronte os sinais da paixão. Concedei-nos, por sua
intercessão e exemplo, que amemos a Vós de todo o coração e aos irmãos com a mais
perfeita caridade, a fim de recebermos, uma dia, a recompensa prometida no Evangelho.
Por Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém!

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PELA FAMÍLIA

Ó gloriosíssima Santa Rita, padroeira e advogada nossa, consolação das almas aflitas,
modelo de esposa e mãe cristã. Vós que tivestes nesta vida um esposo terreno que
purificou a Vossa virtude e agora sois esposa amantíssima de Jesus Cristo, alcançai-me
de Deus a graça de conservar meu coração puro e limpo de todo pecado e levar com
santa resignação a cruz do matrimônio.
Guardai, como anjo do paraíso, a religião e a piedade em minha casa e em minha
família. <br>Compadecei-vos de meu esposo e muito especialmente dos meus tenros e
amados filhos. Não me abandoneis na vida e na morte para que, imitando Vossos
exemplos e virtudes, possa gozar em Vossa amável companhia, da glória eterna. Amém!

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SÚPLICA A SANTA RITA DE CASSIA PARA O DIA


22 DE MAIO

Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo - Amém.


Ó gloriosa Santa Rita, uma prece fervorosa brota espontaneamente do nosso coração
neste dia consagrado a vós pela Igreja, nossa Mãe.
Nesta hora solene, na qual milhares de corações se dirigem a vós cheios de fé e santa
confiança de experimentarem vossa celeste proteção, eu também uno minha prece ao
Sacratíssimo Coração de Jesus e à sua Mãe Maria Imaculada, para obter as graças de
que tanto preciso.
Ó grande Santa da Igreja de Deus, não será possível que minha confiança em vosso
patrocínio seja frustrada! Não sois vós aquela que o povo denomina a Santa dos
Impossíveis, a advogada dos casos desesperados? Eu justamente me acho em tão tristes
condições por causa dos meus pecados! Não afasteis de mim o vosso olhar, não me
fecheis o coração; eu estou certo que experimentarei a vossa poderosa intercessão.
Reconheço-me indigno por causa dos meus pecados; pois bem, mostrai a vossa
caridade, o vosso grande amor, obtendo-me a salvação para a minha alma.
Esta é a graça que principalmente peço a Deus pela vossa intercessão, neste dia
comemorativo da vossa entrada no Paraíso. Com esta graça, alcançai-me também as
outras, que me são necessárias, segundo a vontade divina.
Ó boa Santa Rita, recebei os meus votos, ouvi os meus gemidos, enxugai as minhas
lágrimas e eu também proclamarei ao mundo o amor de Deus (aqui se apresenta o
pedido a Deus por meio da Santa Rita de Cássia, que certamente será atendido)Neste
dia de glória, no qual aumenta e mais viva se faz a confiança no Vosso patrocínio, peço-
vos: obtende de Deus a bênção que imploro, para mim, para os presentes, para o Vigário
de Jesus Cristo, o Episcopado Católico, o Sacerdócio, para os vossos Religiosos, Irmãos
e Irmãs de hábito, que formam a ordem do grande Santo Agostinho, para os benfeitores
do vosso Santuário e Mosteiro de Cássia, para os propagadores do vosso culto, para os
enfermos, os pobres, os aflitos, os pecadores, para todos e para as Almas do Purgatório.
Ó Santa Rita, esposa amabilíssima de Jesus Crucificado, de quem recebestes como
dom um espinho de sua sacratíssima coroa, neste dia de triunfo ajudai-me e com vossa
proteção acompanhai-me até a hora da minha morte. Assim seja.
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SÚPLICA A SANTA RITA

Ó poderosa e gloriosa Santa Rita, eis a vossos pés uma alma desamparada que,
necessitando de auxílio, a vós recorre com a doce esperança de ser atendida. Por causa
da minha indignidade e de minhas infidelidades passadas, não ouso esperar que minhas
preces cheguem a mover o coração de Deus e é por isto que sinto a necessidade de uma
medianeira toda poderosa, e foi a vós que me dirigi, Santa Rita, com o incomparável
título de "Santa das Causas Impossíveis e Desesperadas". Ó cara Santa, interessai-vos
pela minha causa, intercedei junto a Deus para que me conceda a graça de que tanto
necessito e que ardentemente desejo. (fazer o pedido)
Não permitais que me afaste de vossos pés sem ser atendido. Se houver em mim algum
obstáculo que me impeça de obter a graça que imploro, auxiliai-me para que o afaste;
envolvei minha prece em vossos preciosos méritos e apresentai-a a vosso celeste esposo
em união com a vossa. Assim, enriquecida por vós, esposa fidelíssima entre as mais
fiéis, por vós que sentistes as dores da sua paixão, como poderá Deus repeli-la ou deixar
de atendê-la?
Ó cara Santa Rita, que jamais diminua a confiança e esperança que em vós coloquei;
fazei com que não seja vã a minha súplica; obtende-me de Deus o que peço; a todos
farei, então, conhecer a bondade do vosso coração e a onipotência da vossa intercessão.
E vós, coração admirável de Jesus, que sempre vos mostrastes tão sensível às menores
misérias da humanidade, deixai-vos enternecer pelas minhas necessidades e, sem olhar
minha fraqueza e indignidade, concedei-me a graça que tanto desejo e que por mim e
comigo vos pede vossa fiel esposa Santa Rita.
Oh! sim, pela fidelidade com que Santa Rita sempre correspondeu à graça divina, por
todos esses dons com os quais quisestes cumular sua alma, por tudo quanto sofreu em
sua vida de esposa, de mãe, e como participante de vossa dolorosa paixão, concedei-me
esta graça que me é tão necessária.
E vós, ó Virgem Maria, como nossa boa Mãe do céu, depositária dos tesouros divinos e
dispensadora de todas as graças, sustentai com vossa poderosa intercessão a de vossa
grande devota Santa Rita, para me alcançar de Deus a graça desejada. Assim seja!

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PROTEÇÃO DO LAR

Poderosa Santa Rita, a quem Deus constituiu Auxiliadora dos Cristãos, nós vos
escolhemos como Senhora e Protetora desta casa. Dignai-vos mostrar aqui o vosso
poderoso auxílio. Preservai esta casa de todo perigo: do incêndio, da inundação, do raio,
das tempestades, dos ladrões, dos malfeitores, da guerra e de todas as outras
calamidades que conheceis.
Abençoai, protegei, defendei e guardai como coisa vossa as pessoas que vivem nesta
casa. Sobretudo, concedei-lhes a graça mais importante: a de viverem sempre na
amizade de Deus, evitando o pecado. Dai-lhes a fé que tivestes na Palavra de Deus e o
amor que nutristes para com o vosso Salvador Jesus Cristo e para com todos aqueles
pelos quais Ele morreu na cruz.
Gloriosa Santa Rita, rogai por todos os que moram nesta casa que vos foi consagrada.
Amém!

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AGRADECIMENTO A SANTA RITA

É com o coração profundamente comovido e perturbado que hoje venho a vós, ó


gloriosa e poderosa Santa Rita. Na hora do perigo, no momento em que estava
ameaçada a minha felicidade e a dos que me são caros, a vós roguei com a alma aflita e
cheia de apreensão. A vós supliquei, a vós que todos chamam de Santa dos
Impossíveis, Advogada nos Casos Desesperados, Refúgio na Última Hora... Não foi
iludida a minha confiança em vós.
Agora volto a vós, não mais com as lágrimas do sofrimento nos olhos, mas com alegria
e serenidade no coração, para vos ofertar meu infinito reconhecimento. Esta alegria, esta
serenidade, a vós as devo, cara Santa, a vós que intercedestes em meu favor junto a
Deus, apesar da minha indignidade, e me alcançastes a graça desejada.
Quisera poder melhor exprimir-vos o profundo sentimento de gratidão que enche meu
coração, ó Santa milagrosa, ó consoladora dos aflitos, mas a própria emoção causada
pela felicidade de ter obtido esta graça paralisa minhas expressões e somente sei
murmurar: graças vos dou, muitas graças, mil graças, Santa Rita.
Para vos demonstrar, então, de maneira mais eficaz meu infinito reconhecimento,
prometo-vos propagar com zelo cada vez maior o vosso culto, fazer-vos amada por
aqueles que não vos conhecem ainda e que não têm, como eu, a felicidade de ter
experimentado vossa infinita benevolência. Prometo-vos auxiliar, segundo as minhas
possibilidades, a manutenção do vosso culto e participar, sempre que possível, das
cerimônias celebradas em vossa honra. Para tornar-me sempre mais digno do auxílio do
céu e da vossa santa proteção, tomo a partir de hoje a resolução de cumprir com maior
zelo e fervor os meus deveres cristãos.
Ó cara Santa Rita, a vós confio o cuidado de apresentar a Deus estas sinceras
resoluções e de lhe agradecer por mim a graça generosamente concedida. Dignai-vos,
enfim, não me desamparar jamais e continuai a dispensar-me vossa santa e ativa
proteção, a fim de que possa um dia encontrar-vos no céu e dizer-vos melhor todo o
meu reconhecimento. Amém!

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LADAINHA
Senhor, compadecei-vos de nós !
Cristo, compadecei-vos de nós!
Senhor, compadecei-vos de nós !
Cristo, ouvi-nos !
Cristo, escutai-nos !
Pai celestial, que sois Deus,
tende misericórdia de nós !
Filho, Redentor do mundo, que sois Deus,
tende misericórdia de nós !
Espírito Santo que sois Deus,
tende misericórdia de nós !
Trindade Santa, que sois um só Deus,
tende misericórdia de nós !
Santa Maria,
rogai por nós !
Santa Mãe de Deus,
rogai por nós !
Santa Virgem das virgens,
rogai por nós !
Santa Rita, sol luminoso para guiar ao porto da salvação,
rogai por nós !
Santa Rita, intercessora dos aflitos,
rogai por nós !
Santa Rita, Anjo de caridade,
rogai por nós !
Santa Rita, serafim inflamado no amor divino,
rogai por nós !
Santa Rita, modelo exemplar das esposas,
rogai por nós !
Santa Rita, coroada com os espinhos de Cristo crucificado,
rogai por nós !
Santa Rita, valioso auxílio em todas as necessidades,
rogai por nós !
Santa Rita, sol brilhante da Igreja católica,
rogai rogai por nós !
Pelo inexplicável gozo que tivestes no dia da vossa profissão,
amparai esta súplica !
Pelas particulares consolações que gozou a vossa alma,
amparai esta súplica !
Pelas graças que recebestes do Santíssimo Sacramento da Eucaristia,
amparai esta súplica !
Pela cruz de um marido incompatível,
amparai esta súplica !
Pelas dores crudelíssimas que sofreste em vossa fronte,
amparai esta súplica !
Por todas as vossa tribulações,
amparai esta súplica !
Pela vossa vida paciente, penitente e solitária,
amparai esta súplica !
Vós, cujo coração foi um trono da majestade divina,
amparai esta súplica !
Vós que, sendo uma criatura terrena, pareceis um querubim celeste,
amparai esta súplica !
Vós que recebestes o poder de triunfar dos impossíveis,
amparai esta súplica !
Vós que sois a consoladora dos necessitados,
amparai esta súplica !
Vós que fostes assinalada com o selo de Jesus Cristo,
amparai esta súplica !
Vós que tudo podeis junto a Jesus e Maria,
amparai esta súplica !
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
perdoai-nos, Senhor !
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
ouvi-nos, Senhor !
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
tende misericórdia de nós !
V. - Assinalastes, Senhor, a vossa serva Rita.
R - Com o sinal de vossa caridade e paixão.

OREMOS
Deus, que vos dignastes conferir à Santa Rita tamanha graça que, havendo ela vos
imitado no amor aos seus inimigos, trouxe no coração e na fronte os sinais de vossa
caridade e sofrimento, concedei, nós vo-lo suplicamos, que pela sua intercessão e
merecimento amemos os nossos inimigos e com espinho da compunção, perenemente
contemplemos as dores de vossa paixão e mereçamos receber a recompensa prometida
aos mansos e humildes. Amem.

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NOVENA DE SANTA RITA

PRIMEIRO DIA
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó gloriosa Santa Rita, protetora nos casos impossíveis, diante de vós me prosto com
humildade e confiança, a fim de que intercedais em meu favor junto do trono de Deus.
Compadecei-vos das minhas dificuldades e dores por aquela consolação celestial
experimentada pelos vossos piedosos pais, quando, estéreis, dada a idade avançada que
tinham, mereceram conceber-vos, qual dádiva preciosa do céu. Por isso e mais por
aquele milagre das abelhas de doce sussurro, que enxamearam em derredor de vossos
lábios ao recém-nascer, alcançai-me com o favor que imploro, a graça de compreender
o sentido sobrenatural da dor, para poder utilizá-la em bem de minha salvação.
Três Pai Nossos, Ave e Glória.
Antífona – Exultou o espírito de Rita em Deus, seu Salvador, ao receber o Espinho de
Cristo, seu Esposo.
V - Assinalastes, Senhor a vossa serva Rita.
R - Com o sinal da vossa caridade e paixão.

OREMOS
Ó Deus, que vos dignastes conceder à Santa Rita tamanha graça, que havendo ela vos
imitado no amor de seus inimigos, trouxesse no coração e na fronte os sinais da vossa
caridade e sofrimento, concedei, nós vos suplicamos, que pela sua intercessão e
merecimentos amemos os nossos inimigos e, com o espinho da compunção,
perenemente contemplemos as dores da vossa paixão. Por Cristo, Nosso Senhor Amém.

SEGUNDO DIA
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó ditosa Santa Rita, advogada e consoladora dos atribulados, com grande confiança
recorro à vossa intercessão a fim de que obtenhais de Deus o favor de que necessito.
Pela heróica submissão aos vossos pais e ao vosso diretor espiritual, mediante a qual
sacrificastes o lírio da virginal pureza ao estado matrimonial; assim como pela dor que
experimentastes ao deixar o doméstico e solitário abrigo onde tantas consolações
gozastes em contínuo colóquio com Deus - oh ! por tantos motivos de sofrimento, vos
rogo que me alcanceis com a graça que imploro, o desprendimento das coisas mundanas
e a mais firme esperança nas divinas promessas de Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

TERCEIRO DIA
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó Santa Rita, estupendo prodígio de fortaleza: com o coração nos lábios torno a pedir-
vos que intercedais por mim a Deus, a fim de que, benigno, volva o seu olhar
misericordioso sobre a minha atual atribulação.
Pelos gravíssimos insultos que recebestes, durante dezesseis anos de vosso esposo
colérico e impetuoso, e pela dor que padecestes, quando barbaramente o mataram; e
ainda mais pelo que sofrestes com a obstinada resolução dos vossos filhos determinados
a vingar a morte do pai, peço-vos que obtenhais de Deus a necessária fortaleza para que
a minha vontade, sempre animosa, nunca desfaleça no meio dos sofrimentos. Amém.

QUARTO DIA
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó Santa Rita, modelo de mansidão e intercessora poderosa nos casos impossíveis, de
todo o coração me dirijo, outra vez a vossa valiosa proteção, para suplicar-vos auxilio
nesta minha grande necessidade.
Pela profunda humildade com que superastes as repetidas repulsas da Superiora do
Convento de Cássia, até merecerdes o milagre extraordinário de ser introduzida no
mosteiro, a portas fechadas, pelos santos protetores, obtende-me de Deus que resiste aos
soberbos e com os humildes distribui as suas dádivas, a graça de alcançar uma
verdadeira humildade que me seja fundamento de todas as virtudes. Amém.

QUINTO DIA
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó Santa Rita vítima da caridade, pelo amor divino de que ora vos inflamais no céu
escutai as minhas preces e tornai-as aceitáveis ao Senhor fazendo com que, benigno,
volva o olhar, não sobre a minha indignidade, mas sobre a grande necessidade que me
angustia.
Por todas as lágrimas que derramastes pelos pecadores, ocasião em que se vos
manifestou a eficiência da oração para afastar da terra os divinos castigos que
provocamos, rogai também por min ao Senhor, para que eu me torne digno de receber,
com o favor que almejo, um verdadeira zelo e um constante amor pelas almas
resgatadas pelo preciosíssimo sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

SEXTO DIA
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó Santa Rita, perfeito modelo de obediência, favorecida com o dom dos milagres para
serdes invocada nas extremas necessidades da vida pelos filhos da dor, - por amor da
exatíssima obediência com que durante um ano inteiro regastes um lenho seco, de que
milagrosamente brotou robustíssima videira, e bem assim pelos muitos milagres que
Deus operou para premiar a vossa submissão às ordens dos vossos superiores - ó minha
doce advogada, alcançai-me de Deus que eu submeta sempre a minha vontade ao seu
divino querer, repetindo com a mente e o coração as palavras de Nosso Senhor "- Não a
minha, mas a vossa vontade se faça!" Amém.

SÉTIMO DIA
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó Santa Rita, verdadeira mártir do Redentor, novamente vos imploro e não cessarei de
fazê-lo até que me tenhais alcançado do vosso Divino Esposo a graça que tanto almejo.
Pelo dulcíssimo êxtase e pela acerba dor que sofrestes, quando em penhor de afeto o
celeste Esposo vos transpassou a fronte com um dos espinhos de sua coroa alcançai-me
do divino Redentor a graça que venho pedindo, e a de meditar frutuosamente a sua
amarga paixão. Amém.

OITAVO DIA
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó afortunadíssima Santa Rita, que tão privilegiada fostes na terra, com grande amor e
confiança venho rogar-vos que me tornei propício o Senhor Deus, concedendo-me a
graça que imploro.
Pelos suavíssimos colóquios que de continuamente gozastes com Jesus e Maria, e pela
vossa freqüente familiaridade com os bem-aventurados Anjos. Oh! alcançai-me de Jesus
e Maria, a quem tanto amastes na terra, a graça que espero, e especialmente a de vê-los
benignos nesta vida e favoráveis no momento da minha morte. Amém.

NONO DIA
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó querida Santa Rita, angustiado pela desventura, a vós me recomendo para que me
não abandoneis junto do trono do Altíssimo, nesta tribulação demasiado amarga.
Eu vo-lo peço ditoso momento em que a vossa alma se apresentou perante o divino Juiz,
rica de méritos, rica de virtudes; pelo inefável convite de aditar-vos na beatífica
eternidade; pelos numerosos prodígios operados por Deus, mediante a vossa
intercessão; assim pelo fausto anúncio do sino do mosteiro, o qual tangido por mãos
angélicas, durante horas soou, magnificando o vosso ingresso triunfal no céu.
Ó minha querida advogada e doce protetora, em vós, depois de Deus, ponho o meu
refúgio na minha atual necessidade. Com a encomenda da vida passada, alcançai-me o
perdão de todos os meus pecados, para que me seja dado encontrar-me convosco um ma
no céu. Amém.
ORAÇÃO PARA 0 DIA DO ENCERRAMENTO
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Angustiado e com a alma oprimida por graves infortúnios, apresento-me perante a vossa
santa imagem, ó minha advogada, Santa Rita, para que não cesseis de interceder por
mim.
Agora, que sois ditosa na fruição do Sumo Bem, orai por mim, para que Deus se digne
de conceder-me a graça que infatigavelmente solicito, a fim de poder repetir com alegria
e em verdade que sois de fato a "Advogada dos casos desesperados e impossíveis."
Amém.

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CONTATO

A VIDA DE SANTA RITA DE CÁSSIA

O NASCIMENTO

Santa Rita nasceu num pequeno povoado chamado Roccaporena, a 5 km de Cássia,


bem no alto do montes Apeninos, na província da Úmbria.
A Úmbria, embora fosse na época uma região pouco povoada, se tornou berço de
muitos filhos ilustres, entre eles São Francisco de Assis, São Bento e Santa Clara, além
de Santa Rita. Os pais de Santa Rita, Antonio Lotti e Amata Ferri, formavam um casal
exemplar e eram conhecidos pelos seus amigos como "pacificadores de Jesus Cristo".
Gozavam de imenso prestígio e autoridade no meio daquela gente, por suas virtudes.
Sua ocupação diária era visitar os vizinhos mais necessitados, levando a eles ajuda
espiritual e material. Para que sua felicidade fosse completa, faltava ao casal um filho.
Apesar da idade avançada de Amata (62 anos) Deus atendeu às suas preces: conta a
história que um anjo apareceu a ela e lhe revelou que daria à luz uma menina que seria a
admiração de todos, escolhida por Deus para manifestar os seus prodígios. Em 1381,
nasceu esta admirável criatura, que foi batizada em Santa Maria dos Pobres, em Cássia,
porque o pequeno povoado de Roccaporena teve uma pia batismal somente em 1720. O
nome de Rita, diminutivo de Margherita, foi revelado pelo anjo, com o qual a Santa se
tornou conhecida para sempre. Quando Antonio e Amata iam trabalhar nos campos,
colocavam sua filhinha num cesto de vime e abrigavam-na à sombra das árvores. Um
dia, a criança sonhava, com os olhos voltados para o céu azul, quando um grande
enxame de abelhas brancas a envolveu, fazendo um zumbido especial. Muitas delas
entravam em sua boca e aí depositavam mel, sem a ferroar, como se não tivessem
ferrões. Nenhum gemido da criança para chamar seus pais; ao contrário, dava gritinhos
de alegria. Enquanto isso, um lavrador que estava próximo feriu-se com uma foice,
dando um grande talho na mão direita. Dirigindo-se imediatamente para Cássia, a fim
de receber os necessários cuidados médicos, ao passar perto da criança viu as abelhas
que zumbiam ao redor de sua cabeça. Parou e agitou as mãos para livrá-la do enxame.
No mesmo instante, sua mão parou de sangrar e o ferimento se fechou. Gritou de
surpresa, o que chamou a atenção de Antonio e Amata que acorreram ao local. O
enxame, por alguns instantes disperso, voltou ao seu lugar e mais tarde, quando Rita foi
para o mosteiro de Cássia, as abelhas ficaram nas paredes do jardim interno. Este fato é
relatado pelos biógrafos da santa e transmitido pelas tradições e pinturas que a ele se
referem. A Igreja, tão exigente para aceitar as tradições, insere esta circunstância nas
lições do Breviário. Tendo atribuído o nascimento de Rita a um milagre, seus pais
também atribuíram este acontecimento a um prodígio divino.

A INFÂNCIA E A JUVENTUDE
Rita era para seus pais um precioso dom concedido à sua fé e orações. Analfabetos,
procuravam transmitir à criança seus conhecimentos da vida de Nosso Senhor Jesus
Cristo, da Santa Virgem Maria e dos santos populares. Apenas chegara à idade da
razão, apareceram em Rita os primeiros sinais de virtude que, sob influência da graça
divina, ia-se desenvolvendo em sua bela alma. Rita era um anjo, dócil, respeitosa e
obediente para com seus velhos pais. Os ensinamentos que eles lhe davam levaram-na a
decidir consagrar a sua virgindade a Jesus Cristo.
Gostava tanto da vida retirada que seus pais lhe permitiram ter um oratório dentro de
casa; ali passava os dias meditando no amor de Jesus, castigando seu inocente corpo
com duras penitências. Aos 16 anos, pensava no modo de confirmar definitivamente sua
consagração a Jesus Cristo por meio dos votos perpétuos. Rita chegou a pedir, de
joelhos, licença para entrar no convento. Seus pais, porém, com a idade avançada e
guiados pelo amor natural, não querendo deixá-la só no mundo, resolveram casá-la com
um jovem que pedira sua mão. Que lutas, que dores para o coração dessa jovem, entre o
amor à virgindade e a obediência devida a seus pais! Não tinha coragem de dar a um
homem o coração que desde a infância consagrara a Deus e, por outro lado, causavam-
lhe piedade seus velhos pais, muito idosos, aos quais se acostumara a obedecer nas
mínimas coisas.

O CASAMENTO

O jovem que pedira a mão de Rita se chamava Paolo di Ferdinando Mancini, descrito
como um homem pervertido, de caráter feroz e sem temor a Deus, que seria capaz de
provocar um verdadeiro escândalo se Rita e seus pais não aceitassem esse casamento.
Assim, Rita se viu obrigada a se casar. Quanto padeceu ela no longo período de 18 anos
que viveu com seu esposo! Injuriada sem motivo, não tinha uma palavra de
ressentimento; espancada, não se queixava e era tão obediente que nem à Igreja ia sem a
permissão de seu brutal marido. A mansidão, a docilidade e prudência da esposa,
porém, suavizaram aquela rude impetuosidade, conseguindo transformar em manso
cordeiro aquele leão furioso. Fernando não pôde resistir a tanta abnegação e mudou
completamente de vida, tornando-se um marido respeitoso. Rita sentia-se muito feliz
por ver o seu marido convertido ao bom caminho. Sentia-se feliz por educar nos
princípios da religião os dois filhinhos que o céu lhe dera: Giovanni Tiago e Paolo
Maria. Mas durou pouco tempo aquela felicidade de santa esposa e mãe! Quando
menos esperava, seu marido foi ferozmente assassinado pelos inimigos que fez em sua
vida de violência. Rita tomou todas as providências para um sepultamento digno para
seu marido. Praticou, ainda, o supremo ato de perdoar os seus assassinos. Refeita da
primeira dor causada pela morte do marido, a piedosa mulher concentrou toda sua
atenção e solicitude em seus dois filhos. A mãe atenta percebia que os dois jovens
apresentavam sintomas de desejos de vingança. Quando se viu em tal situação, ela
tomou uma resolução heróica e pediu a Jesus Crucificado que levasse os seus filhos
inocentes, se fosse humanamente impossível evitar que se tornassem criminosos. Um
após outro, caíram doentes os meninos e Rita os tratou com o máximo cuidado, velando
para que nada lhes faltasse, procurando todos os remédios necessários para lhes
conservar a vida. Sabia que era seu dever socorrê-los e queria cumprir generosamente
esse dever. Os meninos morreram, com pequeno intervalo, um após o outro, cerca de
um ano depois da morte de seu pai. Rita depositou os corpos de seus filhos ao lado de
seu marido e ficou só no mundo; só, mas com seu Deus.

EM BUSCA DO ANTIGO SONHO

Desligada dos laços do matrimônio e dos cuidados maternais pela morte do esposo e
filhos, Rita passou a se dedicar com afinco à prática das virtudes, às obras de caridade e
à oração. A caridade para com o próximo era inesgotável. Não se contentando em dar o
que tinha, trabalhava com suas próprias mãos para poder dar mais. Tudo isto, porém,
não bastava para aquela alma inflamada pelo amor divino. Quando ia à cidade, ao passar
diante das portas dos mosteiros onde teria podido servir a Deus com todas as suas
forças, parecia-lhe que uma força interior e poderosa a atraía. Rita encorajou-se e
resolveu fazer uma tentativa. Bateu à porta do convento das agostinianas de Santa
Maria Madalena, às quais ela tinha profunda admiração pela devoção que tinha a Santo
Agostinho e por ter sido Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho, seu modelo nos
diversos estados de vida e tão parecida com ela no sofrimento. Expôs à superiora do
convento o seu ardente desejo. Seu aspecto humilde e piedoso causou excelente
impressão na religiosa; mas o convento, que somente recebia jovens solteiras, jamais
havia aberto suas portas a uma viúva, e a pobre mulher se viu rejeitada. Imaginem em
que estado de alma Rita voltou a Roccaporena. Voltou às suas orações e boas obras e,
tendo retomado a confiança, voltou ainda por duas vezes à porta do mosteiro de Santa
Maria Madalena, sofrendo duas novas rejeições. Rita se abandonou à vontade de Deus,
recomendando-se mais do que nunca a seus santos protetores. Quando Deus a viu
perfeitamente resignada e confiante, teve compaixão dela e, uma noite, quando estava
em oração, ouviu chamar: "Rita! Rita!". Ela não viu ninguém e, pensando ter se
enganado, voltou às suas orações. Mas, pouco depois, ouviu novamente: "Rita! Rita!".
Levantando-se, abriu a porta e foi à rua. Eram 3 homens e Rita não tardou a reconhecê-
los: eram seus protetores São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolau de Tolentino,
que a convidaram para segui-los. Em êxtase, como num sonho, ela os seguiu e logo
estava em Cássia, diante do convento de Santa Maria Madalena. As religiosas dormiam
e a porta estava bem trancada. Era impossível abri-la por meios humanos, mas os santos
que Deus enviara para acompanhá-la fizeram com que ela se encontrasse no interior do
mosteiro. Quando as religiosas desceram para se reunir no coro, ficaram estupefatas ao
encontrar a santa mulher que tinha sido insistentemente rejeitada. Como entrara ela, se
o mosteiro estava completamente fechado e não havia sinal algum de abertura ou
arrombamento?

"Sou eu mesma - dizia, chorando - aquela que tantas vezes pediu para entrar aqui e
não me aceitastes como digna de tanta felicidade! Santas esposas de Jesus; sabei
como a divina Majestade me fez este singular favor, enviando na noite passada o
Santo Precursor, acompanhado do glorioso Patriarca Santo Agostinho e S. Nicolau,
meus protetores, que me trouxeram aqui de maneira milagrosa. Eu vos rogo, por
aquele Senhor que tão liberal foi comigo, que me recebais em vossa companhia".

As freiras ficaram impressionadas com o relato que Rita fez do acontecido e, diante de
um milagre tão estupendo, reconheceram os desígnios de Deus e admitiram jubilosas
em sua companhia aquela criatura mais angelical que humana.

A VIDA NO CONVENTO

A primeira coisa que Rita fez, ao ser admitida no convento, foi repartir entre os pobres
todos os bens que possuía. Para colocar à prova a obediência da noviça, a superiora do
convento ordenou-lhe que regasse de manhã e à tarde um ramo de videira ressequido e
já destinado ao fogo. Rita não ofereceu dificuldade alguma e, de manhã e de tarde, com
admirável simplicidade, cumpria essa tarefa, enquanto as irmãs a observavam com
irônico sorriso. Isso durou cerca de um ano, segundo certas biografias da santa.
Um belo dia, as irmãs se assombraram: a vida reapareceu naquele galho ressequido,
surgiram brotos, apareceram folhas e uma bela videira se desenvolveu
maravilhosamente, dando a seu tempo deliciosas uvas. E essa videira, velha de cinco
séculos, ainda hoje está viçosa no convento.

Em 1443, veio a Cássia para pregar a Quaresma, São Tiago de La Marca. O sermão da
paixão de Nosso Senhor sensibilizou profundamente Rita. Voltando ao convento,
profundamente emocionada com o que ouvira, prostrou-se diante da imagem do
crucifixo que se achava em uma capela interior, e suplicou ardentemente a Jesus que lhe
concedesse participar de suas dores. E eis que um espinho se destacou da coroa do
crucifixo, veio a ela e entrou tão profundamente em sua testa que a fez cair desmaiada e
quase agonizante.

Quando voltou a si, a ferida lá estava, atestando o doloroso prodígio. Enquanto as


chagas de São Francisco e de outros santos tinham a cor do sangue puro e não eram
repugnantes, a de Rita se converteu numa ferida purulenta e fétida, de maneira que a
pobre vítima, para não empestear a casa, teve de ser recolhida a uma cela distante, onde
uma religiosa lhe levava o necessário para viver. Ela suportou a ferida durante 15 anos.
Em 1450 foi celebrado o jubileu em toda a Cristandade e como algumas irmãs estavam
se preparando para ir a Roma, Rita manifestou um ardente desejo de as acompanhar,
mas seu estado de saúde estava se agravando devido a ferida que o espinho havia
deixado em sua testa. As irmãs acharam que Rita não deveria ir, mas ela pedindo a
Deus para a ferida desaparecer, foi mais uma vez atendida e conseguiu acompanhar as
irmãs a Roma, com grande proveito para sua alma. Mas logo que voltou da viagem a
ferida reapareceu e também uma enfermidade incurável que lhe causava um grande
sofrimento. Em meio as dores, ela conservava a alegria do espírito e um sorriso
encantador que brilhava em seu rosto.

A MORTE DE SANTA RITA

Na última enfermidade, que durou quatro anos, veio visitá-la uma sua parenta; a Santa
agradeceu-lhe a visita e, ao se despedir pediu:
- Vá à horta que fica perto de tua casa, por amor de Jesus, e traga-me uma rosa.
Era o mês de janeiro, quando os campos estão cobertos de neve e a vegetação morta. A
parenta não deu crédito, pensando que a Santa delirasse; contudo, para ser agradável, se
dispôs a atende-la, certa porém de que não encontraria rosa alguma. Rita percebeu suas
dúvidas e lhe disse:
- Vá, não duvides.
Entrando na horta ela encontrou uma linda rosa. Cortou-a e levou à enferma; Rita
pediu-lhe que voltasse à mesma horta e lhe trouxesse dois figos. Foram achados numa
figueira que lá havia.
Esses fatos explicam o costume de se enfeitar a imagem da Santa com rosas, figos,
cachos de uvas e abelhas.
A Santa Igreja mesmo parece querer perpetuar o milagre das rosas, aprovando a
Bênção das Rosas que se faz no dia da Festa ou no dia 22 de cada mês, para alívio dos
enfermos. A doença da Santa estava cada dia piorando e as dores tinham se tornado
insuportáveis. Com orações e santas aspirações ela se preparou para receber os
sacramentos e entre expressões de amor a Jesus e Maria sua alma se libertou dos
vínculos que a prendiam à terra.

"Chegou o tempo, minhas queridas irmãs, de sair deste mundo. Deus assim o quer.
Muito vos ofendi por não vos ter amado e obedecido como era de minha obrigação;
com toda a minha alma vos peço perdão por todas as negligências e descuidos;
reconheço que vos tenho molestado por causa desta ferida da fronte; rogo-vos tenhais
piedade das minhas fragilidades; perdoai minhas ignorâncias e rogai a Deus por
mim, para que minha alma alcance a paz e a misericórdia da clemência divina..."

No convento só se ouviam os soluços das freiras. O rosto pálido da enferma começou a


tomar viva cor: transformou-se de repente, voltando a recuperar a formosura dos anos
juvenis. As freiras a contemplavam extasiadas. Ela abriu novamente os olhos e, olhando
para as irmãs em volta com suavidade e doçura, disse-lhes que a esperavam os Santos,
seus protetores, e acrescentou:

"Amai a Deus, minhas irmãs, sobre todas as coisas, porque a sua bondade e
formosura são inigualáveis e só Ele deve merecer o vosso amor; observai a regra que
haveis professado, venerai o nosso grande pai Santo Agostinho por nos ter dado nela
um caminho real para a glória".

Este foi o seu testamento; e, levantando as mãos, assim prosseguia:


"Ficai com Deus, em paz e caridade fraterna".

Sorriu, pareceu adormecer e... acordou no céu entre os anjos.


Finalmente, com 76 anos de idade e 40 de vida religiosa, faleceu Santa Rita em Cássia,
no velho Convento das Agostinianas, no dia 22 de maio de 1457, depois de ter recebido
com muita piedade os últimos sacramentos. Neste momento mãos invisíveis tangeram
os sinos do convento e da vila de Cássia, entoando um hino triunfal das esposas eternas,
convidando a comunidade para fazer um coro na glorificação da alma daquela que viveu
e morreu na santidade...
A morte de Rita foi acompanhada de muitos milagres. Na cela onde ela faleceu,
apareceu uma luz de grande esplendor e um perfume especial se fez sentir em todo o
mosteiro, e a ferida do espinho, antes de aspecto repugnante tornou-se brilhante, limpa,
cor de rubi. Centenas de pessoas compareciam ao convento para ver a "Santa", cujo
cadáver ficou em exposição além do tempo legal.
As freiras trataram de sepultar o corpo da Santa, mas eis que a providência de Deus fez
com que em toda a cidade não se achasse mais que um carpinteiro, e este tão doente que
estava não podia pegar nas ferramentas.
- Que a Santa me cure - disse ele -, e eu farei o caixão.
De fato, Francesco Barbari sentiu-se repentinamente curado e cumpriu a sua promessa.
As irmãs entoavam hinos de agradecimento a Deus por ter exaltado no céu e na terra sua
serva.
Rita foi venerada como santa imediatamentre após a sua morte, como atestam o
sarcófago e o Códex Miraculorum, documentos de 1457 e 1462. Seus ossos, desde 18
de maio de 1947, repousam no Santuário, na urna de prata e cristal fabricada em 1930.
Quase 550 anos se passaram desde que a alma de Rita deixou de animar aquele corpo;
não obstante, o poder de Deus ainda o conserva. As vestes que lhe serviam de mortalha
estão tão perfeitas como no dia em que a envolveram.
Recentes exames médicos afirmaram que sobre a testa, à esquerda, existem traços de
uma ferida óssea (osteomielite). O pé direito apresenta sinais de uma doença sofrida nos
últimos anos, talvez uma inflamação no nervo ciático. Sua altura era de 1,57m. O rosto,
as mãos e os pés estão
mumificados, enquanto que sob o hábito de religiosa agostiniana existe, intacto, o seu
esqueleto.

BEATIFICAÇÃO E CANONIZAÇÃO
O culto à bem aventurada da vila de Cássia rapidamente se estendeu pela Itália, Portugal
e Espanha, onde devido aos milagres obtidos por sua intercessão o povo lhe deu o nome
de "Santa das causas impossíveis". O papa Urbano 8º, então bispo de Espoleto, a cuja
diocese pertence Cássia, presenciou vários milagres. Assim que foi elevado à cátedra de
São Pedro, mandou iniciar o processo de beatificação. Em 1627 aprovou a reza e missa
em honra da Santa.
Muitos contratempos fizeram com que se protelasse a canonização, que só aos 24 de
Maio de 1900 se realizou sob o pontificado de Leão 13. Contudo, já em 1577 se erguia
em Cássia uma igreja à Santa das causa desesperadas e impossíveis.
O Brasil não foi das últimas nações em cultuá-la, pois a atual matriz de Santa Rita da
arquidiocese do Rio de Janeiro, data da era remota de 1724.
Além desta, existem no Brasil várias outras igrejas dedicadas a Santa Rita, provando a
grande veneração que o povo Católico Brasileiro tem por ela.

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ORAÇÕES
PROTEÇÃO DE SANTA RITA
Ó Santa Rita, filha obediente, esposa amável de um homem difícil, mãe paciente de
filhos indomáveis, irmã bondosa e compreensiva das religiosas do convento, mulher
sofredora e fiel a Jesus, modelo de vida para todas as famílias, dignai-vos mostrar aqui
vosso auxílio poderoso.
Vós conheceis a humanidade e seu sofrimento. Vós sabeis também das minhas
necessidades e do pedido que venho depositar a vossos pés, confiando na vossa
poderosa intercessão junto a Deus.
Concedei-me a graça mais importante: a de viver sempre na amizade de Deus e com os
irmãos, ouvindo a Palavra do Evangelho, participando dos Sacramentos, crescendo na
Fé e na vida de Comunidade. Inúmeras pessoas ajudastes, em casos desesperados e
quase impossíveis, tornando-se assim um refúgio seguro para todos os que rezam com
fé.
Não esqueçais meu fervoroso pedido, vós que, como ninguém, tivestes o privilégio de
se identificar com Cristo no mistério da cruz. Ajudai-me a carregar a minha cruz e a
seguir com coragem o meu caminho.
Ó poderosa Santa Rita, sede minha protetora. Amém!

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CASOS DIFÍCEIS

Ó poderosa Santa Rita, chamada Santa das Causas Impossíveis, advogada dos casos
desesperados, auxiliadora da última hora, refúgio e abrigo da dor que arrasta para o
abismo do pecado e do desespero, com toda a confiança no vosso poder junto ao
Coração Sagrado de Jesus, a Vós recorro no caso difícil e imprevisto, que
dolorosamente oprime o meu coração.
Vós bem sabeis, vós bem conheceis o que seja o martírio do coração. Pelos sofrimentos
atrozes que padecestes, pelas lágrimas amargosíssimas que santamente chorastes, vinde
em meu auxílio. Falai, rogai, intercedei por mim que não ouso fazê-lo ao Pai de
misericórdia e fonte de toda a consolação, e obtende-me a graça que desejo. (fazer o
pedido)
Apresentada por vós a minha oração, o meu pedido, por vós que sois tão amada por
Deus, certamente serei atendido. Dizei a Nosso Senhor que me valerei da graça para
melhorar a minha vida e os meus costumes e para cantar na terra e no céu a divina
misericórdia. Amém!

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ORAÇÃO EM HONRA DE SANTA RITA

Ó Deus, que Vos dignastes comunicar a Santa Rita tanta graça, que Vos imitou no
amor aos seus inimigos, trazendo no seu coração e na sua fronte os sinais da Vossa
caridade e Paixão, nós Vos rogamos nos concedais, Por sua intercessão e méritos, amar
os nossos inimigos e contemplar continuamente, com o espinho da compunção, as dores
da Vossa paixão. Vós que viveis e reinais pelos séculos. Amém.

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POR TODOS OS QUE SOFREM

Deus, nosso Pai e Amigo, sois o criador e conservador da vida e do mundo, sois a fonte
de onde brotam todas as graças e bênçãos. Abençoai Vossos filhos que, confiantes, vos
dirigem esta prece, pela intercessão de Santa Rita de Cássia.
Socorrei os pobres, as viúvas, os órfãos, e dai-nos um coração pobre e generoso. Curai
os doentes, os alcoólatras, os drogados, e dai-nos um coração puro e misericordioso.
Confortai os aflitos, convertei os pecadores, iluminai os que andam nas trevas do erro,
da ignorância e da mentira, e dai-nos um coração sábio e verdadeiro. Abençoai nossas
famílias nossos amigos, os que conosco trabalham e todos aqueles por quem somos
obrigados a rezar, e dai-nos um coração justo e fraterno.
Ajudai-nos em todas as nossas dificuldades, para que levemos uma vida digna da
vocação cristã e construamos um mundo que seja verdadeiro sinal do Vosso Reino.
Rogai por nós, Santa Rita de Cássia, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos: Ó Deus, nosso Pai, Santa Rita correspondeu plenamente às vossas graças e
imitou de tal modo o Vosso Filho, no perdão e no amor aos inimigos, que mereceu
trazer um seu coração e em sua fronte os sinais da paixão. Concedei-nos, por sua
intercessão e exemplo, que amemos a Vós de todo o coração e aos irmãos com a mais
perfeita caridade, a fim de recebermos, uma dia, a recompensa prometida no Evangelho.
Por Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém!

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PELA FAMÍLIA

Ó gloriosíssima Santa Rita, padroeira e advogada nossa, consolação das almas aflitas,
modelo de esposa e mãe cristã. Vós que tivestes nesta vida um esposo terreno que
purificou a Vossa virtude e agora sois esposa amantíssima de Jesus Cristo, alcançai-me
de Deus a graça de conservar meu coração puro e limpo de todo pecado e levar com
santa resignação a cruz do matrimônio.
Guardai, como anjo do paraíso, a religião e a piedade em minha casa e em minha
família. <br>Compadecei-vos de meu esposo e muito especialmente dos meus tenros e
amados filhos. Não me abandoneis na vida e na morte para que, imitando Vossos
exemplos e virtudes, possa gozar em Vossa amável companhia, da glória eterna. Amém!

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SÚPLICA A SANTA RITA DE CASSIA PARA O DIA


22 DE MAIO

Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo - Amém.


Ó gloriosa Santa Rita, uma prece fervorosa brota espontaneamente do nosso coração
neste dia consagrado a vós pela Igreja, nossa Mãe.
Nesta hora solene, na qual milhares de corações se dirigem a vós cheios de fé e santa
confiança de experimentarem vossa celeste proteção, eu também uno minha prece ao
Sacratíssimo Coração de Jesus e à sua Mãe Maria Imaculada, para obter as graças de
que tanto preciso.
Ó grande Santa da Igreja de Deus, não será possível que minha confiança em vosso
patrocínio seja frustrada! Não sois vós aquela que o povo denomina a Santa dos
Impossíveis, a advogada dos casos desesperados? Eu justamente me acho em tão tristes
condições por causa dos meus pecados! Não afasteis de mim o vosso olhar, não me
fecheis o coração; eu estou certo que experimentarei a vossa poderosa intercessão.
Reconheço-me indigno por causa dos meus pecados; pois bem, mostrai a vossa
caridade, o vosso grande amor, obtendo-me a salvação para a minha alma.
Esta é a graça que principalmente peço a Deus pela vossa intercessão, neste dia
comemorativo da vossa entrada no Paraíso. Com esta graça, alcançai-me também as
outras, que me são necessárias, segundo a vontade divina.
Ó boa Santa Rita, recebei os meus votos, ouvi os meus gemidos, enxugai as minhas
lágrimas e eu também proclamarei ao mundo o amor de Deus (aqui se apresenta o
pedido a Deus por meio da Santa Rita de Cássia, que certamente será atendido)Neste
dia de glória, no qual aumenta e mais viva se faz a confiança no Vosso patrocínio, peço-
vos: obtende de Deus a bênção que imploro, para mim, para os presentes, para o Vigário
de Jesus Cristo, o Episcopado Católico, o Sacerdócio, para os vossos Religiosos, Irmãos
e Irmãs de hábito, que formam a ordem do grande Santo Agostinho, para os benfeitores
do vosso Santuário e Mosteiro de Cássia, para os propagadores do vosso culto, para os
enfermos, os pobres, os aflitos, os pecadores, para todos e para as Almas do Purgatório.
Ó Santa Rita, esposa amabilíssima de Jesus Crucificado, de quem recebestes como
dom um espinho de sua sacratíssima coroa, neste dia de triunfo ajudai-me e com vossa
proteção acompanhai-me até a hora da minha morte. Assim seja.
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SÚPLICA A SANTA RITA

Ó poderosa e gloriosa Santa Rita, eis a vossos pés uma alma desamparada que,
necessitando de auxílio, a vós recorre com a doce esperança de ser atendida. Por causa
da minha indignidade e de minhas infidelidades passadas, não ouso esperar que minhas
preces cheguem a mover o coração de Deus e é por isto que sinto a necessidade de uma
medianeira toda poderosa, e foi a vós que me dirigi, Santa Rita, com o incomparável
título de "Santa das Causas Impossíveis e Desesperadas". Ó cara Santa, interessai-vos
pela minha causa, intercedei junto a Deus para que me conceda a graça de que tanto
necessito e que ardentemente desejo. (fazer o pedido)
Não permitais que me afaste de vossos pés sem ser atendido. Se houver em mim algum
obstáculo que me impeça de obter a graça que imploro, auxiliai-me para que o afaste;
envolvei minha prece em vossos preciosos méritos e apresentai-a a vosso celeste esposo
em união com a vossa. Assim, enriquecida por vós, esposa fidelíssima entre as mais
fiéis, por vós que sentistes as dores da sua paixão, como poderá Deus repeli-la ou deixar
de atendê-la?
Ó cara Santa Rita, que jamais diminua a confiança e esperança que em vós coloquei;
fazei com que não seja vã a minha súplica; obtende-me de Deus o que peço; a todos
farei, então, conhecer a bondade do vosso coração e a onipotência da vossa intercessão.
E vós, coração admirável de Jesus, que sempre vos mostrastes tão sensível às menores
misérias da humanidade, deixai-vos enternecer pelas minhas necessidades e, sem olhar
minha fraqueza e indignidade, concedei-me a graça que tanto desejo e que por mim e
comigo vos pede vossa fiel esposa Santa Rita.
Oh! sim, pela fidelidade com que Santa Rita sempre correspondeu à graça divina, por
todos esses dons com os quais quisestes cumular sua alma, por tudo quanto sofreu em
sua vida de esposa, de mãe, e como participante de vossa dolorosa paixão, concedei-me
esta graça que me é tão necessária.
E vós, ó Virgem Maria, como nossa boa Mãe do céu, depositária dos tesouros divinos e
dispensadora de todas as graças, sustentai com vossa poderosa intercessão a de vossa
grande devota Santa Rita, para me alcançar de Deus a graça desejada. Assim seja!

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PROTEÇÃO DO LAR

Poderosa Santa Rita, a quem Deus constituiu Auxiliadora dos Cristãos, nós vos
escolhemos como Senhora e Protetora desta casa. Dignai-vos mostrar aqui o vosso
poderoso auxílio. Preservai esta casa de todo perigo: do incêndio, da inundação, do raio,
das tempestades, dos ladrões, dos malfeitores, da guerra e de todas as outras
calamidades que conheceis.
Abençoai, protegei, defendei e guardai como coisa vossa as pessoas que vivem nesta
casa. Sobretudo, concedei-lhes a graça mais importante: a de viverem sempre na
amizade de Deus, evitando o pecado. Dai-lhes a fé que tivestes na Palavra de Deus e o
amor que nutristes para com o vosso Salvador Jesus Cristo e para com todos aqueles
pelos quais Ele morreu na cruz.
Gloriosa Santa Rita, rogai por todos os que moram nesta casa que vos foi consagrada.
Amém!

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AGRADECIMENTO A SANTA RITA

É com o coração profundamente comovido e perturbado que hoje venho a vós, ó


gloriosa e poderosa Santa Rita. Na hora do perigo, no momento em que estava
ameaçada a minha felicidade e a dos que me são caros, a vós roguei com a alma aflita e
cheia de apreensão. A vós supliquei, a vós que todos chamam de Santa dos
Impossíveis, Advogada nos Casos Desesperados, Refúgio na Última Hora... Não foi
iludida a minha confiança em vós.
Agora volto a vós, não mais com as lágrimas do sofrimento nos olhos, mas com alegria
e serenidade no coração, para vos ofertar meu infinito reconhecimento. Esta alegria, esta
serenidade, a vós as devo, cara Santa, a vós que intercedestes em meu favor junto a
Deus, apesar da minha indignidade, e me alcançastes a graça desejada.
Quisera poder melhor exprimir-vos o profundo sentimento de gratidão que enche meu
coração, ó Santa milagrosa, ó consoladora dos aflitos, mas a própria emoção causada
pela felicidade de ter obtido esta graça paralisa minhas expressões e somente sei
murmurar: graças vos dou, muitas graças, mil graças, Santa Rita.
Para vos demonstrar, então, de maneira mais eficaz meu infinito reconhecimento,
prometo-vos propagar com zelo cada vez maior o vosso culto, fazer-vos amada por
aqueles que não vos conhecem ainda e que não têm, como eu, a felicidade de ter
experimentado vossa infinita benevolência. Prometo-vos auxiliar, segundo as minhas
possibilidades, a manutenção do vosso culto e participar, sempre que possível, das
cerimônias celebradas em vossa honra. Para tornar-me sempre mais digno do auxílio do
céu e da vossa santa proteção, tomo a partir de hoje a resolução de cumprir com maior
zelo e fervor os meus deveres cristãos.
Ó cara Santa Rita, a vós confio o cuidado de apresentar a Deus estas sinceras
resoluções e de lhe agradecer por mim a graça generosamente concedida. Dignai-vos,
enfim, não me desamparar jamais e continuai a dispensar-me vossa santa e ativa
proteção, a fim de que possa um dia encontrar-vos no céu e dizer-vos melhor todo o
meu reconhecimento. Amém!

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LADAINHA
Senhor, compadecei-vos de nós !
Cristo, compadecei-vos de nós!
Senhor, compadecei-vos de nós !
Cristo, ouvi-nos !
Cristo, escutai-nos !
Pai celestial, que sois Deus,
tende misericórdia de nós !
Filho, Redentor do mundo, que sois Deus,
tende misericórdia de nós !
Espírito Santo que sois Deus,
tende misericórdia de nós !
Trindade Santa, que sois um só Deus,
tende misericórdia de nós !
Santa Maria,
rogai por nós !
Santa Mãe de Deus,
rogai por nós !
Santa Virgem das virgens,
rogai por nós !
Santa Rita, sol luminoso para guiar ao porto da salvação,
rogai por nós !
Santa Rita, intercessora dos aflitos,
rogai por nós !
Santa Rita, Anjo de caridade,
rogai por nós !
Santa Rita, serafim inflamado no amor divino,
rogai por nós !
Santa Rita, modelo exemplar das esposas,
rogai por nós !
Santa Rita, coroada com os espinhos de Cristo crucificado,
rogai por nós !
Santa Rita, valioso auxílio em todas as necessidades,
rogai por nós !
Santa Rita, sol brilhante da Igreja católica,
rogai rogai por nós !
Pelo inexplicável gozo que tivestes no dia da vossa profissão,
amparai esta súplica !
Pelas particulares consolações que gozou a vossa alma,
amparai esta súplica !
Pelas graças que recebestes do Santíssimo Sacramento da Eucaristia,
amparai esta súplica !
Pela cruz de um marido incompatível,
amparai esta súplica !
Pelas dores crudelíssimas que sofreste em vossa fronte,
amparai esta súplica !
Por todas as vossa tribulações,
amparai esta súplica !
Pela vossa vida paciente, penitente e solitária,
amparai esta súplica !
Vós, cujo coração foi um trono da majestade divina,
amparai esta súplica !
Vós que, sendo uma criatura terrena, pareceis um querubim celeste,
amparai esta súplica !
Vós que recebestes o poder de triunfar dos impossíveis,
amparai esta súplica !
Vós que sois a consoladora dos necessitados,
amparai esta súplica !
Vós que fostes assinalada com o selo de Jesus Cristo,
amparai esta súplica !
Vós que tudo podeis junto a Jesus e Maria,
amparai esta súplica !
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
perdoai-nos, Senhor !
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
ouvi-nos, Senhor !
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
tende misericórdia de nós !
V. - Assinalastes, Senhor, a vossa serva Rita.
R - Com o sinal de vossa caridade e paixão.

OREMOS
Deus, que vos dignastes conferir à Santa Rita tamanha graça que, havendo ela vos
imitado no amor aos seus inimigos, trouxe no coração e na fronte os sinais de vossa
caridade e sofrimento, concedei, nós vo-lo suplicamos, que pela sua intercessão e
merecimento amemos os nossos inimigos e com espinho da compunção, perenemente
contemplemos as dores de vossa paixão e mereçamos receber a recompensa prometida
aos mansos e humildes. Amem.

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NOVENA DE SANTA RITA

PRIMEIRO DIA
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó gloriosa Santa Rita, protetora nos casos impossíveis, diante de vós me prosto com
humildade e confiança, a fim de que intercedais em meu favor junto do trono de Deus.
Compadecei-vos das minhas dificuldades e dores por aquela consolação celestial
experimentada pelos vossos piedosos pais, quando, estéreis, dada a idade avançada que
tinham, mereceram conceber-vos, qual dádiva preciosa do céu. Por isso e mais por
aquele milagre das abelhas de doce sussurro, que enxamearam em derredor de vossos
lábios ao recém-nascer, alcançai-me com o favor que imploro, a graça de compreender
o sentido sobrenatural da dor, para poder utilizá-la em bem de minha salvação.
Três Pai Nossos, Ave e Glória.
Antífona – Exultou o espírito de Rita em Deus, seu Salvador, ao receber o Espinho de
Cristo, seu Esposo.
V - Assinalastes, Senhor a vossa serva Rita.
R - Com o sinal da vossa caridade e paixão.

OREMOS
Ó Deus, que vos dignastes conceder à Santa Rita tamanha graça, que havendo ela vos
imitado no amor de seus inimigos, trouxesse no coração e na fronte os sinais da vossa
caridade e sofrimento, concedei, nós vos suplicamos, que pela sua intercessão e
merecimentos amemos os nossos inimigos e, com o espinho da compunção,
perenemente contemplemos as dores da vossa paixão. Por Cristo, Nosso Senhor Amém.

SEGUNDO DIA
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó ditosa Santa Rita, advogada e consoladora dos atribulados, com grande confiança
recorro à vossa intercessão a fim de que obtenhais de Deus o favor de que necessito.
Pela heróica submissão aos vossos pais e ao vosso diretor espiritual, mediante a qual
sacrificastes o lírio da virginal pureza ao estado matrimonial; assim como pela dor que
experimentastes ao deixar o doméstico e solitário abrigo onde tantas consolações
gozastes em contínuo colóquio com Deus - oh ! por tantos motivos de sofrimento, vos
rogo que me alcanceis com a graça que imploro, o desprendimento das coisas mundanas
e a mais firme esperança nas divinas promessas de Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

TERCEIRO DIA
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó Santa Rita, estupendo prodígio de fortaleza: com o coração nos lábios torno a pedir-
vos que intercedais por mim a Deus, a fim de que, benigno, volva o seu olhar
misericordioso sobre a minha atual atribulação.
Pelos gravíssimos insultos que recebestes, durante dezesseis anos de vosso esposo
colérico e impetuoso, e pela dor que padecestes, quando barbaramente o mataram; e
ainda mais pelo que sofrestes com a obstinada resolução dos vossos filhos determinados
a vingar a morte do pai, peço-vos que obtenhais de Deus a necessária fortaleza para que
a minha vontade, sempre animosa, nunca desfaleça no meio dos sofrimentos. Amém.

QUARTO DIA
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó Santa Rita, modelo de mansidão e intercessora poderosa nos casos impossíveis, de
todo o coração me dirijo, outra vez a vossa valiosa proteção, para suplicar-vos auxilio
nesta minha grande necessidade.
Pela profunda humildade com que superastes as repetidas repulsas da Superiora do
Convento de Cássia, até merecerdes o milagre extraordinário de ser introduzida no
mosteiro, a portas fechadas, pelos santos protetores, obtende-me de Deus que resiste aos
soberbos e com os humildes distribui as suas dádivas, a graça de alcançar uma
verdadeira humildade que me seja fundamento de todas as virtudes. Amém.

QUINTO DIA
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó Santa Rita vítima da caridade, pelo amor divino de que ora vos inflamais no céu
escutai as minhas preces e tornai-as aceitáveis ao Senhor fazendo com que, benigno,
volva o olhar, não sobre a minha indignidade, mas sobre a grande necessidade que me
angustia.
Por todas as lágrimas que derramastes pelos pecadores, ocasião em que se vos
manifestou a eficiência da oração para afastar da terra os divinos castigos que
provocamos, rogai também por min ao Senhor, para que eu me torne digno de receber,
com o favor que almejo, um verdadeira zelo e um constante amor pelas almas
resgatadas pelo preciosíssimo sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

SEXTO DIA
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó Santa Rita, perfeito modelo de obediência, favorecida com o dom dos milagres para
serdes invocada nas extremas necessidades da vida pelos filhos da dor, - por amor da
exatíssima obediência com que durante um ano inteiro regastes um lenho seco, de que
milagrosamente brotou robustíssima videira, e bem assim pelos muitos milagres que
Deus operou para premiar a vossa submissão às ordens dos vossos superiores - ó minha
doce advogada, alcançai-me de Deus que eu submeta sempre a minha vontade ao seu
divino querer, repetindo com a mente e o coração as palavras de Nosso Senhor "- Não a
minha, mas a vossa vontade se faça!" Amém.

SÉTIMO DIA
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó Santa Rita, verdadeira mártir do Redentor, novamente vos imploro e não cessarei de
fazê-lo até que me tenhais alcançado do vosso Divino Esposo a graça que tanto almejo.
Pelo dulcíssimo êxtase e pela acerba dor que sofrestes, quando em penhor de afeto o
celeste Esposo vos transpassou a fronte com um dos espinhos de sua coroa alcançai-me
do divino Redentor a graça que venho pedindo, e a de meditar frutuosamente a sua
amarga paixão. Amém.

OITAVO DIA
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó afortunadíssima Santa Rita, que tão privilegiada fostes na terra, com grande amor e
confiança venho rogar-vos que me tornei propício o Senhor Deus, concedendo-me a
graça que imploro.
Pelos suavíssimos colóquios que de continuamente gozastes com Jesus e Maria, e pela
vossa freqüente familiaridade com os bem-aventurados Anjos. Oh! alcançai-me de Jesus
e Maria, a quem tanto amastes na terra, a graça que espero, e especialmente a de vê-los
benignos nesta vida e favoráveis no momento da minha morte. Amém.

NONO DIA
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó querida Santa Rita, angustiado pela desventura, a vós me recomendo para que me
não abandoneis junto do trono do Altíssimo, nesta tribulação demasiado amarga.
Eu vo-lo peço ditoso momento em que a vossa alma se apresentou perante o divino Juiz,
rica de méritos, rica de virtudes; pelo inefável convite de aditar-vos na beatífica
eternidade; pelos numerosos prodígios operados por Deus, mediante a vossa
intercessão; assim pelo fausto anúncio do sino do mosteiro, o qual tangido por mãos
angélicas, durante horas soou, magnificando o vosso ingresso triunfal no céu.
Ó minha querida advogada e doce protetora, em vós, depois de Deus, ponho o meu
refúgio na minha atual necessidade. Com a encomenda da vida passada, alcançai-me o
perdão de todos os meus pecados, para que me seja dado encontrar-me convosco um ma
no céu. Amém.
ORAÇÃO PARA 0 DIA DO ENCERRAMENTO
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Angustiado e com a alma oprimida por graves infortúnios, apresento-me perante a vossa
santa imagem, ó minha advogada, Santa Rita, para que não cesseis de interceder por
mim.
Agora, que sois ditosa na fruição do Sumo Bem, orai por mim, para que Deus se digne
de conceder-me a graça que infatigavelmente solicito, a fim de poder repetir com alegria
e em verdade que sois de fato a "Advogada dos casos desesperados e impossíveis."
Amém.

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CONTATO

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