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Constitucional
3° Período de Direito
Grupo:
Ângela Maria Gontijo
César Augusto Silva Santos
José Ferreira de Oliveira
Samara Dimas
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL:
CAPÍTULO I __________________________________________________________________
DISPOSIÇÃO GERAL
Art. 193 - A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça
sociais.
CAPÍTULO II __________________________________________________________________
DA SEGURIDADE SOCIAL
Previdência Social
A previdência social é um conjunto de direitos relativos à seguridade social, sendo um seguro
coletivo, público, compulsório, destinado a estabelecer um sistema de proteção social, mediante
contribuição, que tem por objetivo proporcionar meios indispensáveis de subsistência ao segurado e a
sua família, quando ocorrer certa contingência prevista em lei.
Conceitua a previdência social "como a técnica de proteção social que visa propiciar os meios
indispensáveis à subsistência da pessoa humana – quando esta não pode obtê-los ou não é socialmente
desejável que os aufira pessoalmente através do trabalho, por motivo de maternidade, nascimento,
incapacidade, invalidez, desemprego, prisão, idade avançada, tempo de serviço ou morte – mediante
contribuição compulsória distinta, proveniente da sociedade e de cada um dos participantes".
O sistema previdenciário público utiliza o modelo de repartição simples, na qual os ativos
contribuem para os inativos. Logo, existe uma solidariedade entre os participantes no custeio do sistema,
cujos valores arrecadados destinam-se aos benefícios futuros.
O art. 201 da Constituição Federal dispõe que a previdência social será organizada sob a forma
de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados os critérios que preservem o
equilíbrio financeiro e atuarial, nos termos da lei, e atenderá a:
I - cobertura de eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiros e dependentes.
Cabe destacar também a previdência privada, denominada de previdência complementar
prevista no art. 202 da Carta de 1988. Caracteriza-se por ser um sistema de seguro complementar ao
regime oficial, de caráter facultativo, de natureza contratual. A Lei Complementar nº 109/2001 dispõe
sobre o regime de previdência complementar ao benefício pago pelo INSS.
Valor do beneficio salário-familia
O trabalhador que ganhar até R$ 500,40 o valor do salário-família será de R$ 25,66, por filho, ou
equiparado, de até 14 anos incompletos ou inválidos. Para o trabalhador que receber de
R$ 500,40 até 752,12, o valor do salário-família por filho, ou equiparado, de até 14 anos incompletos ou
inválido, será de R$ 18,08. Se a mãe e o pai estão nas categorias e faixa salarial que têm direito ao
salário-família, os dois recebem o benefício.
Tabelas de contribuição mensal previdência social
A partir da competência abril/2007, os segurados contribuinte individual (autonômo, que trabalha por
conta própria), que optarem pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de
contribuição, poderão contribuir com 11% sobre o valor de salário mínimo (LC 123, de 14/12/2006).
Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, para
pagamento de remuneração a partir de 1º de fevereiro de 2009:
Assistência Social
Assenta outra característica da seguridade social: a solidariedade financeira, sendo os recursos
procede do orçamento geral da seguridade social e não de contribuições especificas de eventuais
destinatários. A assistência social foi inserida na Constituição de 1988 nos arts. 203 e 204. Encontra-se
regulamentada pela Lei nº 8.742/93 ( Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS). É uma política social
destinada a atender as necessidades básicas dos indivíduos, traduzidas em proteção à família, à
maternidade, à infância, à adolescência, à velhice e à pessoa portadora de deficiência. As prestações de
assistência social são destinadas aos indivíduos sem condições de prover o próprio sustento de forma
permanente ou provisória, independentemente de contribuição à seguridade social. Define a assistência
social como "um conjunto de atividades particulares e estatais direcionadas para o atendimento dos
hipossuficientes, consistindo os bens oferecidos em pequenos benefícios em dinheiro, assistência à
saúde, fornecimento de alimentos e outras pequenas prestações. Não só complementa os serviços da
Previdência Social, como a amplia, em razão da natureza da clientela e das necessidades providas".
A principal característica da assistência social é ser prestada gratuitamente aos necessitados. As
ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com os recursos dos orçamentos
dos entes federativos e mediante o recolhimento das contribuições previstas no art. 195 da Constituição.
Saúde
A Constituição de 1988 tratou da saúde como espécie da seguridade social. Dispõe o art. 196 que a
saúde é direito de todos e dever do Estado. A saúde é garantida mediante políticas sociais e econômicas
que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações
e aos serviços para sua promoção, proteção e recuperação. A execução das ações de saúde pode ser
realizada diretamente pelo Estado ou através de terceiros, pessoa física ou jurídica de direito privado, de
forma complementar, conforme preconiza o art. 199 da Constituição.
O art. 198 da Lei Maior dispõe sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), que é um conjunto de ações e
serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da
administração direta e indireta e das fundações públicas, e instituições privadas de forma complementar,
com as seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços
assistenciais;
III - participação da comunidade.
A Lei nº 8.080/90 é a principal norma que trata da saúde. O art. 2º da Lei nº 8.212/91 dispõe que a saúde
é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à
redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e aos
serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
A saúde pública é dever do Estado, logo a prestação do serviço é gratuita, independentemente de ser o
paciente contribuinte ou não da seguridade social.
O sistema de saúde será financiado pelo orçamento da seguridade social, além de outras fontes (art.
198, § 1º da Constituição).
Portanto, os mecanismos de fomento e proteção do nosso “patrimônio cultural”, por meio dos
chamados incentivos fiscais, são relativamente recentes no Brasil.
Muitas empresas, hipnotizadas pelo fôlego das leis de incentivo, hoje existentes em âmbito
federal, estadual e municipal, passaram a incluir em suas pautas “a tal da cultura” como item estratégico
para a divulgação de sua imagem no mercado. No entanto, a recente história da aplicação das normas
insertas em tais leis, alicerçadas nas noções esparsas de cultura presentes no texto constitucional,
acabou por converter-se em distorções de toda ordem. Tais desalinhos devem-se, muitas vezes, à
própria incompreensão do conceito de cultura esboçado nas normas do instrumento normativo máximo
do ordenamento jurídico – a Constituição da República.
A cultura é um termo que designa algo não-presente no mundo natural, que, com o
aparecimento da Constituição de 1988, passou a desfrutar de um tratamento normativo jamais dantes
visto. A cultura encabeça o capítulo III do título VIII, da Constituição Federal, junto à “educação” e ao
“desporto”, e possui seção própria que estabelece minúcias até então olvidadas pelos enunciadores
constituintes precedentes. Há, portanto, a criação de novas realidades em torno da noção de cultura.
Percebe-se que a noção de cultura na Constituição da República é sempre talhada segundo
articulações valorativas de sentido, sendo referida em diversas acepções, como: bem, patrimônio, valor,
ação, produto, status de desenvolvimento social, e até mesmo sendo homologada às idéias de
Idoneidade moral e etnia.
Assim, com a promulgação da constituição de 1988, o desporto foi materializado como norma
constitucional, estando, hoje, consagrado no artigo 217, abaixo transcrito:
Art.217 - É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de
cada um, observados:
I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto a sua organização e
funcionamento;
II - a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto educacional e, em
casos específicos, para a do desporto de alto rendimento;
III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não-profissional;
IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional.
§ 1º - O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas
após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, reguladas em lei.
§ 2º - A justiça desportiva terá o prazo máximo de sessenta dias, contados da instauração do
processo, para proferir decisão final.
§ 3º - “O Poder Público incentivará o lazer, como forma de promoção social.”
CAPÍTULO IV __________________________________________________________________
DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
O direito a inclusão digital é uma realidade que não pode ficar adstrita à discussão dos bancos
acadêmicos. O Poder Público é responsável pela elaboração e implementação de políticas públicas para
a efetivação desse direito. A Constituição da República de 1988, demonstrando mais uma vez seu
caráter inovador e avançado, prevê a promoção da Ciência e da Tecnologia em seu art. 218:
Art. 218. O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa e a capacitação
tecnológicas.
(...)
§ 3.º O Estado apoiará a formação de recursos humanos nas áreas de ciência, pesquisa e tecnologia, e
concederá aos que delas se ocupem meios e condições especiais de trabalho.
A efetivação dos direitos humanos não depende só da atuação estatal, mas, principalmente, da
sociedade organizada, seja através da implementação de políticas públicas, com os novos termos de
parceria, contratos de gestão, e outras atividades, mas também da defesa judicial, dos direitos difusos.
Agora também da inclusão digital.
CAPÍTULO V __________________________________________________________________
DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
O assunto comunicação social é relativamente novo no texto constitucional, visto que foi tratado pela
primeira vez em uma constituição brasileira em 1988. A CRFB promulgada no final de 1988 e que entrou
em vigor em primeiro de janeiro de 1989. Foi fruto da convocação de uma Assembléia Nacional
Constituinte que durante cerca de três anos (86, 87 e 88) dedicou-se à elaboração do novo texto
constitucional, do que resultou uma Carta com 250 artigos (denominada de “Constituição Cidadã”), cinco
destinados a regulamentar a Comunicação Social.
Há outros pontos da constituição com referências à Comunicação Social, José Afonso da Silva, cita que
“Já estudamos a liberdade de manifestação do pensamento, da criação, da expressão e da informação,
de maneira a abranger as questões fundamentais do capítulo da Comunicação Social. O único aspecto
que ficou para considerar foi o art. 222, que estatui que a propriedade de empresa jornalística e de
radiodifusão sonora e de sons”.
Não obstante as exposições, apresentamos alguns entendidos sobre o assunto, que muitos entendem
com resposta a mais de duas décadas de arbítrio e carência de liberdades públicas no Brasil:
O artigo 220, está organizado de modo a não deixar dúvidas sobre a indissociabilidade entre liberdade e
Comunicação, ao afirmar que “A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação,
sob qualquer forma, processo ou veículo, não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta
Constituição”. Com efeito, os parágrafos seguintes deixam clara a intenção de não criar nenhum
embaraço à “...plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social...”
(parágrafo. 1°.-art.220). E o parágrafo 2°. do mesmo artigo sepulta a odiosa e odiada censura que por
quase 20 anos assolou as redações dos meios de comunicação do Brasil: “É vedada toda e qualquer
censura, de natureza política, ideológica e artística”. O parágrafo. 3°. esclarece melhor o assunto,
deixando claro que a classificação de programas e esclarecimentos prévias sobre seu conteúdo (cenas
de violência, material pornográfico, etc) não se confundem com a censura. O parágrafo. 4°. em
reconhecimento ao que hoje é uma tendência mundial cada vez mais consagrada, chama atenção para
as restrições legais referentes à propaganda de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos e
terapias. O parágrafo 5°. determina que a comunicação não pode ser objeto de monopólio ou oligopólio.
No Brasil, esta é uma questão polêmica, que ainda precisa ser revista e melhor analisada e que supõe
caucionamentos relacionados à audiência e participação no bolo publicitário. Tecnicamente, não há
monopólio, mas é difícil dizer o mesmo em relação a oligopólios, especialmente de televisão aberta,
especialmente se for levado em conta que há no Brasil grupos de TV que, sozinhos, amealham em
determinados programas e horários mais de 50% da audiência e também mais da metade dos
investimentos publicitários. Por fim, o parágrafo. 6°. acentua que os veículos impressos (comunicação
escrita) independem de licença da autoridade.
O artigo 221 encontra-se dividido em 4 incisos e enuncia em seu caput quais os princípios que deverão
estar atendidos pela programação das emissoras de rádio e TV do Brasil. Tais princípios são: “I-
preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas; II- promoção da cultura nacional
e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação; III- regionalização da
produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei; e IV- respeito aos
valores éticos e sociais da pessoa e da família”.
O artigo 222, em seu caput e nos 5 parágrafos seguintes, trata dos regimes de propriedade das
empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens, determinando que apenas
brasileiros natos ou há mais de 10 anos naturalizados ou pessoas jurídicas constituídas sob as leis
brasileiras e com sede no País possam ser proprietárias de tais empresas. Já há nisso uma alteração em
relação ao tratamento histórico deferido à matéria, vez que até a redação original de 1988 apenas
brasileiros natos podiam conduzir tais empresas.
A emenda constitucional nº.36, de 28/05/2002, também alterou a redação dos 2 primeiros parágrafos e
introduziu 3 novos dispositivos neste artigo, criando a possibilidade de que os naturalizados há mais de
uma década tenham igual tratamento que os nacionais natos. A principal alteração ficou por conta da
nova redação do parágrafo. 1°. do art. 222, quando se reduz de 100% para 70% o percentual mínimo de
capital votante em tais empresas que deve ser controlado por brasileiros natos ou naturalizados há mais
de 10 anos, ou seja, desde 2002 é possível o ingresso de até 30% de capitais estrangeiros nas
empresas brasileiras de Comunicação Social. Houve, a rigor, três razões básicas que explicam a
abertura para o ingresso de capital do exterior: esta é uma tendência muito clara observada na grande
maioria dos países, impulsionada pela onda globalizante dos mercados que se instaura a partir do meio
da década de 90, inclusive naqueles de economia tradicionalmente mais fechada; em segundo lugar,
empresas e empresários brasileiros vêem com bons olhos o aporte de recursos do exterior, permitindo
construir parcerias que fortaleçam suas organizações e, por fim, a questão da reciprocidade, ou seja,
empresas brasileiras ligadas à convergência da comunicação social também são sócios (majoritárias ou
minoritárias) em empreendimentos do gênero, na América Latina e Europa, especialmente. Sendo
assim, tornava-se difícil manter 100% ‘nacionalizadas’ tais empresas. Os parágrafos 3º, 4º. e 5º.
introduzidos no artigo 222, acrescidos pela emenda supra mencionada., determinam, respectivamente,
que se garanta prioridade aos profissionais brasileiros nas produções nacionais, a regulamentação de
recursos estrangeiros nas empresas e a obrigatoriedade de que as alterações do controle societário das
empresas deverão ser comunicadas ao Congresso Nacional.
O artigo 223 é aquele que determina ser da competência do Poder Executivo a outorga e renovação de
concessão, permissão e autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens,
observado o princípio da complementaridade dos sistemas privados, público e estatal. A leitura deste
dispositivo e de seus 5 parágrafos reguladores confirma a idéia de que o sistema de comunicação social
no Brasil foi idealizado para funcionar de maneira mista, ou seja, enquanto a comunicação impressa
independe de qualquer autorização, o sistema de rádio e TV necessita de concessão e renovação de
canais (embora os investimentos para tal sejam privados). Ao mesmo tempo, o ente federal pode
conceder e instalar emissoras para si mesmo (caso da rede de TVs educativas, por exemplo). A iniciativa
de conceder canais é do Executivo, por meio do Ministério das Comunicações, cabendo ao Congresso
Nacional apreciar o ato, aprovando-o ou não. As renovações ou cassações também dependem da
manifestação do Congresso Nacional.
No artigo 224 deste capítulo, uma novidade, considerada à época da redação e promulgação da CF do
Brasil como um grande avanço: trata-se da instituição, pelo Congresso Nacional, como órgão auxiliar, do
Conselho de Comunicação Social. A Lei no.8389, de 30/12/1991, instituiu o Conselho e estabeleceu o
regulamento para seu funcionamento (BITELLI, 2001:179-80). A idéia do Conselho existe em poucos
países e parte do pressuposto que, sendo a Comunicação Social algo tão relevante e peculiar, deva
existir um órgão técnico-profissional capaz de supletivar as ações do Congresso Nacional em tal matéria.
Representantes de categorias profissionais e de empresários do setor são eleitos nacionalmente para
integrarem tal Conselho, mas as funções do mesmo ainda carecem de melhor compreensão e maior
divulgação junto à sociedade e aos próprios integrantes das comunidades comunicacionais brasileiras.
Uma novidade recente, foi que o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a Lei de Imprensa, uma das
últimas legislações do tempo da ditadura que continuavam em vigor. Os ministros do STF decidiram
tornar sem efeitos a totalidade da lei ao concluírem que ela, que foi editada em 1967, era incompatível
com a democracia e com a atual Constituição Federal. Portanto, inconstitucional. A ação contra a lei
5.250/67 foi ajuizada pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista).
CAPÍTULO VI __________________________________________________________________
DO MEIO AMBIENTE
O capítulo do meio ambiente é considerado um dos mais importantes avanços da Constituição de 1988,
que define o meio ambiente ecologicamente equilibrado como direito de todos e dá a natureza bem de
uso comum do povo como elemento essencial à qualidade de vida, incumbindo ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Nota-se que é o assunto da moda, principalmente pelas grandes áreas desmatadas no pantanal Mato-
grossense para o cultivo de gado. Onde algumas empresas exigem o certificado de procedências dos
animais para certificarem de que não se trata de animais oriundos de áreas de desmatamentos ilegais.
Cotidianamente reforçado organizações pro meio ambiente.
No art. 225, § 1º, cita as medidas e providências que incubem ao Poder Público tomar para assegurar a
efetividade do direito reconhecido no caput, quais sejam:
“ I – preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies
e ecossistemas;
II – preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades
dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
III – definir, em todas as Unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem
especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada
qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
IV – exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de
significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade;
V – controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que
comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;
VI – promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a
preservação do meio ambiente;
VII – proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função
ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade.”
A constituição, além desses meios de atuação do Poder Público, impõe condutas preservacionistas a
quantos possam direta ou inderetamente gerar danos ao meio ambiente, exigindo a recuperação do
meio ambiente degradado, segundo especificações técnicas do órgão público competente. Além de que
as usinas que operarem com reator nuclear terá sua localização definida pela união, sem esta não
poderão se instalar. Também há medidas repressivas que exigem a recuperação do meio ambiente
degradado por atividades regulares e especialmente ao sujeitar as condutas e atividades lesivas ao meio
ambiente a sanções penais e administrativas.
O paráfrago 4º, do mesmo artigo, declara patrimônio nacional a Floresta Amazônica brasileira, a Mata
Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira, não para torná-las
estaticamente preservadas, mas para sua utilização econômica, inclusive quanto ao uso dos recursos
naturais e atendendo condições que preservem o meio ambiente.
Com isso, se discute a tutela da qualidade do meio ambiente, que é o instrumento que protege um valor
maior: a qualidade de vida.
Família : a família, grupo social primário e não constituída apenas pelo casamento, como ocorria no
direito anterior, a constituição equipara a união estável entre homem ou mulher.
Os direitos e deveres são exercidos igualmente sendo que a celebração do casamento civil é gratuito e
no religioso tem efeito civil , nos termos da lei .
O planejamento familiar é livre decisão do casal, ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos
para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou
privadas.
O casamento civil pode ser dissolvido por divórcio após mais de um ano, nos caso previsto em lei, ou
comprovada separação por mais de dois anos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Teoria do Estado e Ciência Política. 4. ed., São Paulo:
Saraiva, 1999.
BOAVENTURA, Edivaldo. A Educação Brasileira e o Direito. Salvador: Editora Ciências
Jurídicas, 1997.
BOBBIO, Norberto. A Era dos Direitos. Rio da Janeiro: Campus, 1992.
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 10. ed. São Paulo: Malheiros, 2000.
REALE, Miguel. Questões de Direito. São Paulo: Sugestões Literárias, 1981.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 17. ed., rev. e atual. São
Paulo: Malheiros Editores, 2000.
CARVALHO, Kildare Gonçalves, Direito Constitucional, Editora DelRey
Regulações da comunicação social na Constituição Federal do Brasil
Sadi Macêdo Sapper, Jornalista, doutor em Ciências da Comunicação, professor adjunto
EBRAPA/UCPel, RS
Antônio Luiz O. Heberlê Jornalista, doutor em Ciências da Comunicação, professor adjunto
EBRAPA/UCPel, RS
CONSTITUIÇÃO da República Federativa do Brasil.
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,stf-derruba-lei-de-imprensa,363661,0.htm
Doutrina Jus Navigandi
CONSTITUIÇÃO da República Federativa do Brasil.
http://www.previdência.gov.br