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Camaradas

Todos quantos aqui estamos, temos consciência que os motivos


para uma mudança na orientação de voto dos portugueses nas
próximas eleições de 5 de Junho são mais que muitos.
O diagnóstico está feito e tem sido relembrado em muitas das
intervenções desta Convenção.
O Bloco tem vindo a apresentar propostas que mostram aos
portugueses que existem política alternativas às que têm sido
desenvolvidas pela troika de Partidos que tem governado o País,
desde as primeiras eleições legislativas em 1976, ou seja, nos
últimos 35 anos.
Mas não basta termos razão e não basta sabermos da existência
de motivos mais que muitos para que os portugueses se
mobilizem para o voto e se mobilizem para penalizar o PS, o PSD
e o CDS.
Nada cai de maduro e não seria a primeira vez que os
portugueses dariam o voto aos que tudo prometendo, apenas
acabam por provocar mais miséria e mais desemprego.
Tem estado em curso uma campanha ideológica e de marketing
muito forte, fazendo a apologia da inevitabilidade do FMI, na
necessidade de austeridade e de ataque cerrado às forças
politicas que apresentam propostas concretas de rompimento
com estas politicas.
Estamos precisamente a 4 semanas das eleições legislativas e
creio que a partir de amanhã todos os que aqui estamos e todo
o Bloco deve ser mobilizado para o trabalho eleitoral e em
particular para o contacto directo com os trabalhadores e as
populações, sendo esta em minha opinião, uma forma crucial,
que pode contribuir decisivamente para o esclarecimento e a
mobilização do nosso povo para o voto.
Precisamos de convencer em primeiro lugar todo o eleitorado
que há dois anos votou no Bloco. Mas temos também que
contribuir para a mobilização cívica dos cerca de 3 milhões de
cidadãos que deixaram de votar, descontentes e descrentes. É
frequente ouvirmos que não foi para isto que se fez o 25 de Abril
e mais recentemente circula na net e não só a mensagem que a
forma de protestar pelo estado a que chegou o País é não
votarmos.
Temos o dever de sermos porta-vozes da esperança e dizermos
que precisamente para repor as esperanças abertas com a
Revolução de Abril é preciso que os portugueses vão ás urnas e
votem. Mas votem em mudanças e precisamente usando este
direito que Abril nos trouxe, não permitam que a manutenção no
poder dos partidos que provocaram o descalabre da economia
e da vida dos portugueses.

É uma batalha difícil e confesso-vos mesmo, que nas


circunstâncias actuais, considero que um bom resultado para o
Bloco, será a manutenção do resultado de há dois anos e do
respectivo número de deputados.
Admito que poderá ser para alguns, um objectivo modesto,
sabendo que as condições objectivas evidenciam fortíssimas
possibilidades para o crescimento. Mas se temos limitações que
nos são impostas a partir dos nossos inimigos e adversários
políticos, também me parece que continuamos a ter limitações
internas que pouco contribuem para dar voz ao Bloco nos locais
de trabalho e nos bairros, contribuindo assim para um
crescimento sustentável. Vários camaradas têm-se referido a
estas questões e eu próprio na ultima Convenção levantei
estas questões da organização , da estruturação e da
participação dos militantes e aderentes na vida colectiva do
Bloco.
Sei que não é um tema fácil ou mesmo pacífico. Alguns
camaradas dizem que o Bloco é uma organização que cresceu
de forma desorganizada e como tal não atribuem qualquer
importância a este tipo questões.
Não acompanhando este ponto de vista, parecia-me muito
importante que depois das eleições se pudesse reflectir sobre
estas matérias e que possam ajudar todas as estruturas
regionais e concelhias a tomarem algumas medidas nestes
domínios.
No meu ponto de vista é essencial conseguirmos termos mais
aderentes activos, termos mais activismo local, dinamizando o
funcionamento dos núcleos e coordenando melhor a actividade
a nível concelhia, mas também incentivando e motivando à
participação nas estruturas representativas dos trabalhadores
nas empresas, bem como na vida associativa local, da
colectividade, á Comissão de Utentes da saúde, á associação de
moradores ou Associação de Pais. Ou então animando
movimentos locais reivindicativos que mobilizem os cidadãos
para causas de interesse e ou de serviços público

Camaradas
No próximo mês de Outubro passam dois anos do mandato
autárquico em curso. Apesar de termos garantido uma razoável
representação autárquica no País, ficámos aquém das nossas
expectativas e das nossas possibilidades reais.
Também nesta área precisávamos de uma reflexão crítica e de
avaliação sobre o trabalho que temos desenvolvido e acima de
tudo sobre o que precisamos de fazer para reforçar a
aproximação dos eleitos do Bloco às suas comunidades e para
que não seja apenas em cima da campanha que prestamos
contas da nossa actividade e que em plena campanha sejamos
vistos como mais uns que só se lembram das pessoas em cima
das campanhas para lhes pedir o voto.
Deixo á consideração dos órgãos nacionais do Partido a
pertinência ou não para a realização de uma Conferencia
Nacional sobre esta área de trabalho a realizar até ao final do
ano em curso.
Por último quero fazer uma sugestão:
Que o Bloco deve ter mais presente nas suas intervenções os
problemas dos micro empresários, que é grave e preocupante,
também como resultado das politicas que têm desgovernado o
país e quase o levaram à bancarrota. Todos os dias assistimos
ao enceramento de empresas e muitos ficam numa situação
dramática.
São algumas centenas de milhar de pessoas que importa
defender e dar voz. Não podemos deixar este sector ao sabor da
demagogia do PS e da direita portuguesa.
É essencial que os micros e pequenos empresários conheçam e
reconheçam nas propostas dos Bloco as que também melhor os
defendem a eles, bem como à economia nacional que eles
ajudam a construir.

Obrigado

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