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AFETIVIDADE NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

BORBA1, Valdinéa R. S. – CUML – valrsborba@yahoo.com.br


SPAZZIANI2, Maria de Lourdes – UNESP – spazziani@ibb.unesp.br
GT: Educação de Crianças de 0 a 6 anos / n.07
Agência Financiadora: SEE-SP
Introdução
[...] como professor [...] preciso estar aberto ao gosto de
querer bem aos educandos e à própria prática educativa de que
participo. Esta abertura ao querer bem não significa, na
verdade, que, porque professor, me obrigo a querer bem a
todos os alunos de maneira igual. Significa, de fato, que a
afetividade não me assusta que tenho de autenticamente selar o
meu compromisso com os educandos, numa prática específica
do ser humano. Na verdade, preciso descartar como falsa a
separação radical entre “seriedade docente” e “afetividade”.
Não é certo, sobretudo do ponto de vista democrático, que serei
tão melhor professor quanto mais severo, mais frio, mais
distante e “cinzento” me ponha nas minhas relações com os
alunos, no trato dos objetos cognoscíveis que devo ensinar.
(FREIRE, 1996, p.159)
A temática aqui apresentada e as reflexões dela decorrentes resultam
de um
recorte da pesquisa: A afetividade no discurso das professoras de
Educação Infantil.
Assim, o objetivo é identificar e analisar as concepções sobre a
afetividade no contexto
escolar, de docentes de uma rede escolar municipal no interior de
São Paulo.
Assumimos neste estudo que a interação social é fator fundante dos
processos
psicológicos superiores e que estes se constituem da
indissociabilidade entre afeto e
cognição. As proposições da corrente psicológica representada por
Vygotsky e Wallon
sobre esses dois processos centram estudos na infância, em especial,
quando discorrem
sobre as etapas de evolução da criança, suas relações com o meio
sócio-cultural e o
papel da linguagem neste desenvolvimento. Portanto, as análises dos
dados obtidos são
referendadas nessa perspectiva teórica que contribuem para a
compreensão dessa
temática no contexto da Educação Infantil.
Afetividade, cognição e o papel das interações sociais
1 Mestre em Educação pelo Centro Universitário Moura Lacerda de Ribeirão Preto
(2005).
2 Professora assistente doutor da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita
Filho.
2
Wallon se debruçou, durante grande parte de sua vida, sobre o
estudo das
emoções e da afetividade, em busca de fundamentar a sua pesquisa
sobre a psicogênese
da pessoa completa, considerada em todos os aspectos: afetivo,
cognitivo e motor.
Identificou as primeiras manifestações afetivas do ser humano e suas
características.
Estudou, também, a grande complexidade que a afetividade e as
emoções sofrem no
decorrer do desenvolvimento, assim como suas múltiplas relações
com outras atividades
psíquicas.
Para ele, a afetividade é fator fundamental na constituição do sujeito.
É
entendida como instrumento de sobrevivência do ser humano, pois
corresponde à
primeira manifestação do psiquismo, propulsiona o desenvolvimento
cognitivo ao
instaurar vínculos imediatos com o meio social, abstraindo deste o
seu universo
simbólico, culturalmente elaborado e historicamente acumulado pela
humanidade. Por
conseguinte, os instrumentos mediante os quais se desenvolverá o
aprimoramento
intelectual são, irremediavelmente, garantidos por estes vínculos,
estabelecidos pela
consciência afetiva.
Desde pequeno, ainda recém-nascido, o ser humano utiliza a emoção
para
comunicar-se com o mundo. O bebê, antes mesmo da aquisição da
linguagem, consegue
estabelecer relação com a mãe, ou pessoa que dele cuida, através de
movimentos de
expressão, primeiramente fisiológica:
O recém-nascido não tem ainda outras formas de se comunicar
com o outro, que não a emoção [...] Cada movimento, cada
expressão corporal dessa criança, acaba por receber um
significado, atribuído pelo outro, significado esse do qual ela
se apropria. Uma criança que chora porque seu estômago dói
de fome, não chora inicialmente para alguém vir alimentá-la,
mas chora por causa da dor. Ao receber a atenção que
necessita, vai construindo os significados de cada ação sua.
(GONÇALVES, 2003, p. 14-15)
Portanto, o ser humano é produtor de cultura e só depois se torna
produto dela.
Ou seja, a linguagem do choro, que é uma produção cultural, e os
movimentos e gestos
do recém-nascido são carregados de significados afetivos, sendo
expressões da
necessidade alimentar e do humor. Assim, o bebê estabelece uma
comunicação com a
mãe (ou substituta) através das manifestações não-verbais. Dessa
forma, as reações
corporais, antes limitadas ao próprio espaço corporal, agora se
dirigem ao mundo social.
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Para Wallon (1979), a personalidade é constituída por duas funções
básicas:
afetividade e inteligência. A afetividade está vinculada às
sensibilidades internas e
orientada para o mundo social, para a construção da pessoa; a
inteligência, por outro
lado, está vinculada às sensibilidades externas e orientada para o
mundo físico, para a
construção do objeto. Desta forma, a afetividade assume papel
fundamental no
desenvolvimento humano, determinando os interesses e
necessidades individuais da
pessoa; é um domínio funcional, anterior à inteligência.
Com relação a este tema, estudos sociogenéticos e antropológicos
comprovam
que, desde os primórdios, a expressão das emoções foi de
fundamental importância para
a evolução do homem enquanto pessoa social. A emoção possibilitou
ao homem a
formação de grupos, através de sua capacidade de despertar o
espírito de colaboração e
cumplicidade de interesses entre seus pares.
As emoções representam um papel de destaque também nas
interações entre os
bebês e os adultos:
Se comparado com as demais espécies animais, o bebê é o mais
indefeso e despreparado para lidar com os desafios de seu
meio. A sua sobrevivência depende dos sujeitos mais
experientes de seu grupo, que se responsabilizam pelo
atendimento de suas necessidades básicas (locomoção, abrigo,
alimentação, higiene etc.), afetivas (carinho, atenção) e pela
formação do comportamento tipicamente humano. Devido à
característica imaturidade motora do bebê é longo o período
de dependência dos adultos. (REGO, 1995, p.59)
Wallon (1978) destaca a alternância existente entre as funções razão
(cognitiva) e emoção (afetividade), apresentadas no decorrer do
desenvolvimento da
pessoa. A razão e a emoção estão imbricadas, ou seja, uma não
acontece sem a outra,
mas sempre uma se sobrepõe predominando.
Dantas (1992) enfatiza que, além de ser uma das dimensões da
pessoa, a
afetividade é também a mais arcaica fase do desenvolvimento.
Afirma que, no início da
vida, afetividade e inteligência estão sincreticamente misturadas com
predomínio da
primeira. Conclui que o ser humano, desde o nascimento, é um ser
afetivo, e que
gradativamente, esta afetividade inicial vai diferenciando-se em vida
racional.
Para Vygotsky (2000):
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O aspecto emocional do indivíduo não tem menos importância
do que os outros aspectos e é objeto de preocupação da
educação nas mesmas proporções em que o são a inteligência e
a vontade. O amor pode vir a ser um talento tanto quanto a
genialidade, quanto a descoberta do cálculo diferencial.
(p.146)
Tanto Vygotsky quanto Wallon afirmam que não se pode separar
afetividade e
cognição. Para Wallon, ambas não se mantém como junções
exteriores uma à outra, [...]
estão envolvidas em um processo de integração e diferenciação.
(GALVÃO, 1999, p.
45).
Vygotsky enfoca que o pensamento tem sua origem na esfera da
motivação, a
qual inclui inclinações, necessidades, interesses, impulsos, afeto e
emoção.
Também em relação à manifestação da consciência, estes autores se
aproximam. Vygotsky é quem concebe a consciência como
emergindo na participação
em práticas sócio-culturais.
A emoção não é uma ferramenta menos importante que o
pensamento. A preocupação do professor não deve se limitar
ao fato de que seus alunos pensem profundamente e assimilem
a geografia, mas também que a sintam. [...] as reações
emocionais devem constituir o fundamento do processo
educativo. (VYGOTSKY, 2003, p. 121)
Afirmar que a afetividade precede a inteligência equivale a dizer que
as
relações sociais precedem a relação com o mundo físico. Nestas
relações interpessoais a
emoção tem papel fundamental, pois, é ela que possibilita ao bebê
provocar a ajuda do
outro, garantindo sua sobrevivência. São suas emoções que a unem
ao meio social.
No desenvolvimento do indivíduo, as necessidades afetivas tornam-se
cognitivas, e a integração afetividade e inteligência permite à criança
atingir níveis de
evolução cada vez mais elevados. Aos poucos, a linguagem passa a
substituir a
expressão corporal, a sensibilidade orgânica passa a ser substituída
pela sensibilidade
oral e moral e o carinho é substituído pelo elogio.
Pode-se dizer, então, que há relação de complementaridade entre
emoção e
inteligência e que o predomínio exacerbado, durante um longo
período, de alguma das
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duas pode ser prejudicial no sentido de provocar um desequilíbrio no
desenvolvimento do sujeito.
Aportando nos estudos feitos por Vygotsky e Wallon, por seus
seguidores e
outros autores, podemos afirmar que a afetividade é vital em todos os
seres humanos,
de todas as idades, mas, especialmente, no desenvolvimento infantil.
A afetividade
está sempre presente nas experiências empíricas vividas pelos seres
humanos, no
relacionamento com o “outro social”, por toda a sua vida, desde seu
nascimento.
Quando entra na escola, torna-se ainda mais evidente seu papel na
relação professoraluno.
As reações emocionais exercem uma influência essencial e
absoluta em todas as formas de nosso comportamento e em
todos os momentos do processo educativo. Se quisermos que os
alunos recordem melhor ou exercitem mais seu pensamento,
devemos fazer com que essas atividades sejam emocionalmente
estimuladas. A experiência e a pesquisa têm demonstrado que
um fato impregnado de emoção é recordado de forma mais
sólida, firme e prolongada que um feito indiferente.
(VYGOTSKY, 2003, p.121)
Temos então, que Vygostsky e Wallon consideram,
fundamentalmente, o
aspecto sócio-histórico-cultural na formação do homem. Refutam
posturas prédeterministas,
inatistas. Para eles, o homem não é um ser pré-concebido, pronto e
acabado, mas um ser que se constitui como sujeito na relação com o
outro, na e com a
cultura, num processo histórico e em suas experiências individuais
neste contexto (VAN
DER VEER & VALSINER, 1996). Assim, são considerados
interacionistas.
Entendem que somente a estrutura fisiológica do ser humano, que é
inata, não
garante que o indivíduo, sem a interação com o ambiente social, vá
se transformar em
humano. Assim, as características do funcionamento psicológico
serão construídas ao
longo da vida do indivíduo através de um processo de interação com
o seu meio social,
que possibilita a apropriação da cultura elaborada pelas gerações
precedentes.
Cada indivíduo aprende a ser um homem. O que a natureza lhe
dá quando nasce não basta para viver em sociedade. É-lhe
preciso adquirir o que foi alcançado no decurso do
desenvolvimento histórico da sociedade humana. (LEONTIEV,
1978, p.267).
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E este é um dos papéis da escola e da atuação do profissional da
Educação,
propiciar, no contexto escolar, atividades de interações entre os
diferentes sujeitos com
finalidade de promoção social e educativa. Isto porque, as
características individuais e
essencialmente humanas, como forma de pensar, agir, sentir, entre
outras, estão
relacionadas e dependem, sistematicamente, da interação do ser
humano com o meio
físico e social ao qual pertence.
Para ilustrar esta idéia, cabe lembrar o caso verídico, citado por Rego
(1995),
das duas “meninas-lobas”, que foram encontradas na Índia vivendo
no meio de uma
manada de lobos. Elas apresentavam comportamentos característicos
de animais, como
andar com o apoio das mãos, alimentarem-se de carne crua e até
mesmo estragada,
ausência da linguagem verbal, não conseguir permanecer com o
corpo ereto, não
conseguir pensar com lógica, não saber usar copo, garfo, etc.
Também se podem confirmar o papel das interações sociais e os
efeitos da
privação do contexto social sobre o ser humano, analisando as
reflexões de Galvão e
Dantas (2000) sobre os relatórios de Jean Itard. Ele foi o médico que
estudou um
menino que foi encontrado, depois de vários anos, vivendo isolado
numa floresta e que
foi chamado de Victor de Aveyron:
Assim, se o caso de Victor ilustra, com certeza, a extensão e a
profundidade dos danos resultantes do isolamento durante as
fases iniciais do desenvolvimento, não permite, porém, afirmar
que tais perdas são irreversíveis, uma vez que muitas das
possibilidades pedagógicas que ocorrem facilmente a uma
consciência contemporânea não foram tentadas. (GALVÃO,
2000, p. 102).
Corroborando com este pensamento, Oliveira (1995) afirma que o
indivíduo
nasce portador de funções psicológicas elementares que lhes
possibilitam construir
funções psicológicas superiores. Este processo acontece nos espaços
interativos.
Góes (1995) advoga também a favor desta tese, ao explicar que, para
Vygotsky a constituição do conhecimento dá-se através da mediação,
da relação sujeitosujeito-
objeto. Para ele, as características especificamente humanas não
estão presentes
no indivíduo desde seu nascimento, tampouco apareceram somente
devido às
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influências do meio exterior, elas são produtos da interação dialética
do homem e seu
meio sócio-cultural (VYGOTSKY, 1998). Complementa que o homem
ao transformar o
meio ambiente para atender às suas necessidades primárias, acaba
conseqüentemente,
transformando a si mesmo.
Assim, na perspectiva da psicologia histórico-cultural a aprendizagem
envolve
sempre a construção do eu e do outro, entrelaçada à construção do
conhecimento. Ou
seja, a criança, inserida num grupo, constitui seu conhecimento com
ajuda do adulto e
de seus pares. Desta forma, as experiências vivenciadas com outras
pessoas é que vão
determinar a qualidade do objeto internalizado. Estas experiências
acumuladas,
constituindo a história de vida de cada um, é que possibilitarão a
ressignificação
individual do conhecimento internalizado, ou seja, a construção do
próprio “eu”.
Em consonância com o pensamento de Vygotsky, o sócio–histórico
para
Wallon é como um processo em que todo o mundo cultural apresenta-
se ao sujeito
como “o outro”. O outro social pode apresentar-se por meio de
objetos, da organização
do ambiente, do mundo cultural que rodeia o indivíduo. O “outro”
com quem ele se
relaciona é referência externa que permite ao homem constituir-se
como ser humano.
Este processo de internalização do material cultural define os limites
e possibilidades da
construção pessoal, permitindo assim, a constituição do ser
autenticamente humano: na
ausência do outro, o homem não se constrói (GALVÃO, 1995).
Para eles, ao longo do desenvolvimento do indivíduo, as relações
mediadas
passam a predominar sobre as relações diretas, o processo simples
estímulo-resposta é
substituído por um ato complexo, mediado. Portanto, a construção do
conhecimento
acontece como uma interação mediada por várias relações e, por
isso, o conhecimento
não deve ser visto como uma ação do sujeito sobre a realidade, mas
sim pela mediação
feita por outros sujeitos.
O desenvolvimento cognitivo é produzido pelo processo de
internalização da
significação da interação social promovida por meio dos materiais
fornecidos pela
cultura, sendo que o processo vai se construindo de fora para dentro.
A pesquisa
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A investigação utilizou os pressupostos da pesquisa qualitativa,
porque a
intenção desta não é quantificar, mas sim, trabalhar com aspectos
mais profundos das
relações e processos de fenômenos, como explica Minayo (2001).
A pesquisa investigou as concepções e reflexões das docentes sobre
a
afetividade em uma Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) e
em 7 Creches a
ela vinculadas, situadas em uma cidade no interior do Estado de São
Paulo, durante o 2º
semestre do ano de 2003 e o 1º semestre de 2004.
Ao todo, entre EMEI e Creches, foram investigadas 60 docentes
responsáveis
pelas interações escolares de aproximadamente 1.155 alunos.
Das 60 docentes pesquisadas, 47 delas têm formação universitária e
as demais
possuem graduação no Magistério (Ensino Médio).
Quanto à experiência em Educação Infantil, 16 docentes atuam há
três anos; 15
têm 10 anos de docência com crianças de quatro a seis anos de
idade; 27 lecionam entre
13 e 20 anos nesta etapa; e duas estão em final de carreira no
Magistério.
Como o professor é elemento chave no processo educativo, esta
pesquisa
iniciou-se buscando compreender como as docentes vêem a questão
da afetividade na
relação professor-aluno. O instrumento selecionado foi aplicação de
questionário
individual e escrito. Posteriormente, fez a discussão sobre “O que
você entende por
afetividade?” organizada em grupos focais.
A proposta de ensino que orienta as práticas pedagógicas das
docentes traz
explicitada que o foco central da Educação Infantil é a formação de
cidadãos críticos,
autônomos, atuantes, preocupados com as causas humanitárias e
ambientais (BRASIL,
1999). Por isso, a instituição de Educação Infantil segue os preceitos
gerais da educação
escolar e desenvolve seu projeto político-pedagógico de forma ampla,
visando
oportunizar aos alunos a construção de conceitos, a apropriação de
valores e a formação
de hábitos e atitudes.
A proposta pedagógica das instituições de Educação Infantil, em
atendimento às
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (BRASIL,
1999), reconhece
a importância da identidade pessoal de alunos, suas famílias,
professores e outros
profissionais que irão, em ação conjunta, construir a identidade de
cada unidade
educacional no contexto de sua organização. Buscam desenvolver
práticas pedagógicas
de qualidade, para que as crianças e suas famílias sejam incluídas em
uma vida de
cidadania plena.
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Esses parâmetros são norteadores das práticas desenvolvidas pelas
docentes no
âmbito da Educação Infantil. Portanto, procurou-se na análise das
respostas considerar
esses pressupostos como eixos de condução da atividade
pedagógica. No entanto, para
efeito de análise classificamos as respostas obtidas em duas
categorias: afetividade
como expressão de sentimentos e atitudes exclusivamente positivos
ou ‘do bem’; e
afetividade que envolve uma complexidade e diversidade maior de
sentimentos e
atitudes.
Afetividade, como expressão só do bem
Analisando os conteúdos das respostas e as unidades de significado
decorrentes
destas, verificou-se que das 60 docentes investigadas 40, ou seja, a
maioria delas
compreende o termo ‘afetividade’ como sinônimo ou expressão de
sentimentos
positivos, tais como carinho, querer bem ao outro, amizade, amor,
afeto, entre outros.
A profissão que escolhi me exige amor, carinho e paciência e,
graças a Deus, tenho as crianças com as quais trabalho, que me
passam muito isso também... (PROFESSORA DE EMEI)
A afetividade deles comigo e vice-versa acho que ocorre em
todos os momentos da aula, mais fortemente quando estamos
mais descontraídos, por exemplo: quando cantamos, dançamos,
quando conto uma história ou mesmo quando falo algo
engraçado só pra descontrair (PROFESSORA DE EMEI).
O predomínio desta compreensão expressa nos depoimentos das
docentes da
Educação Infantil pode ser interpretado como decorrente do
atendimento exclusivo à
faixa etária das crianças que trabalham. Ou seja, nessa etapa, dos
quatro aos seis anos, a
criança comunica-se pela expressividade corporal e aceita bem os
toques físicos e
afagos. Ela se sente querida quando tocada com carinho. Outro fator
que pode ter
influenciado respostas com esse significado consiste no próprio
histórico da Educação
Infantil retratado por ocasião dos Jardins de Infância. As jardineiras
(docentes)
cuidavam das crianças pequenas como se fossem plantinhas que
necessitavam ser
“regadas” diariamente com carinho e amor, desde a mais tenra idade
(BASTOS, 2001).
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Isto tudo é reforçado pela predominância de mulheres como
profissionais da Educação
Infantil, que se reportam ao ‘instinto maternal’ para o exercício do
magistério.
Verificou-se, que a maioria das docentes fundamenta e justifica seus
argumentos
no senso comum, relacionando a afetividade como expressões
amorosas, demonstrando
desconhecimento das teorias mais atuais que discutem esta relação
de forma mais
complexa e menos linear, como apresentadas em seus discursos.
Afetividade para além da ternura
Uma parte das docentes (23,3% ou 14 docentes) acredita que a
afetividade
ocorre em relações escolares, preferencialmente, interações entre
professor-aluno, bem
como em relações ocorridas no âmbito familiar, no dia-a-dia, na
convivência em
sociedade.
Nessas concepções as docentes destacam a afetividade como
inerente às relações
humanas e se aproximam de uma compreensão mais complexa e
mais próxima do que
acontece na vida real. Embora sem explicitarem ou estabelecerem
relações com
enfoques teóricos aprofundados suas concepções parecem partir de
suas observações e
vivências no fazer educativo.
Cinco docentes, mais de 8% do total, atribuíram à afetividade o papel
de
facilitadora da aprendizagem. Para elas, a afetividade é entendida
como pré-condição
para a apropriação de novas aprendizagens. E colocaram o professor
como mediador
neste processo. Pareciam estarem de fato, conscientes da
necessidade de buscar seu
papel como educadoras, frente à concepção de Educação Infantil que
retrata o educando
como um sujeito em fase de formação, com características peculiares
e que necessita,
desta forma, de educação e cuidados que favoreça sua constituição
como pessoa
completa e não apenas intelectual (BRASIL, 1999).
Desse modo, a prática pedagógica é entendida como prática
social que oportuniza, através da ação mediada entre professor
e alunos, relacionar os processos sociais aos processos
psicológicos. (SPAZZIANI, 2003, p.73).
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Na discussão realizada nos grupos focais, uma parte das docentes (13
delas ou
21,6%), destacou os efeitos que a prática afetiva pode acarretar aos
alunos. Afirmaram
que esta norteia o desenvolvimento do aluno, em especial de sua
personalidade,
auxiliando na formação de seu caráter. Para elas a afetividade
também tem o poder de
ampliar a interação social, solidificar laços de amizade e promover
qualidade nos
relacionamentos. Também age favoravelmente à constituição do
indivíduo, ao resgatar
e/ou fortalecer sua auto-estima, ao ajudá-lo na superação de
obstáculos e promoção de
seu sucesso.
O entendimento dessas 13 docentes, ao destacarem o papel da
afetividade nas
relações humanas e destas no desenvolvimento do ser humano, vem
ao encontro das
premissas defendidas, dentre outros, pelos autores Vygotsky e
Wallon, que pertencem à
abordagem da Psicologia Histórico-Cultural. Estes consideram a
constituição social do
sujeito dentro de uma cultura concreta, conforme vimos
anteriormente.
Ainda nas discussões coletivizadas nos grupos focais, verificou-se que
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docentes (41,6%), afirmam que a postura assumida e as atitudes do
professor são
explicitações de afetividade. Ou seja, o interesse do professor pelos
seus alunos, o seu
envolvimento, a atenção demonstrada, o respeito pelos alunos e com
seus problemas, a
compreensão e, ainda, o fato de expressar-se com palavras, olhares e
gestos carinhosos,
de ouví-los e dar voz a esses pequenos sujeitos, são atitudes que
marcam positivamente
os seus alunos, contribuindo para sua formação.
Percebe-se que ampliam o significado do que seja o termo afetividade
na relação
escolar, mas anda permanece uma compreensão extremamente e
exclusivamente
positiva do conceito.
Em contrapartida, quatro docentes (6,6%) abordam que a afetividade
seria,
também, a expressão de conflitos, discordâncias e desafetos entre
professora e alunos e
entre os próprios alunos. Estas docentes apontam que afetividade é
por elas entendida
como a presença de aspectos que norteiam as relações humanas,
tanto as brigas e
confusões, como as expressões de agrado e concordância.
Verificou-se que no cotidiano escolar se deflagram muitas expressões
de
afetividade: momentos de carinho, afeição, solidariedade, mas
também situações de
embate, desentendimento entre os próprios alunos, entre professor e
aluno. Estas são
cenas corriqueiras em qualquer instituição onde ocorrem várias
interações entre pessoas
advindas de meios sócio-culturais diferentes, com características,
desejos, motivos e
interesses tão diversos. E não seria diferente nas instituições de
Educação Infantil.
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Isto porque a afetividade é uma dimensão sempre presente em todos
os
processos interativos, inclusive e, especialmente, nas dinâmicas de
sala de aula onde
também a interação social é indispensável para a apropriação de
novos conhecimentos.
Assim, se as interações próprias da sala de aula são carregadas de
afetividade,
seguramente, esta carga afetiva vai exercer uma influência na
aprendizagem, seja ela
positiva ou negativa.
Esta concepção mais ampliada do conceito da afetividade envolve
compreensão
de que a troca entre indivíduos de sua espécie é salutar, pois, através
da interação social,
própria do aprendizado construído historicamente entre humanos, é
que há possibilidade
única e imprescindível para despertar os processos internos do
indivíduo, propiciando o
seu desenvolvimento na medida em que propicia a sua relação com o
ambiente sóciocultural
no qual está inserido.
Esta pequena porcentagem de docentes que assumem uma
compreensão mais
complexa e dialética do termo afetividade nos remete a reflexão
sobre o que leva a
maioria das docentes a um entendimento limitado e restrito do
termo. Será que não
estão apresentando dificuldades para aceitar e lidar com os conflitos,
tão comuns nas
relações humanas? Ou será que em suas repostas preferem abordar
somente os aspectos
considerados, por elas, como “positivos” nas relações?
Para Wallon (1979), a criança, desde o seu nascimento, vai
vivenciando fases de
desenvolvimento onde predominam ora a afetividade, ora a cognição.
De acordo com
ele, a criança, que hoje freqüenta a Educação Infantil, dos três aos
cinco anos de idade,
está vivenciando a fase personalista, onde há predominância da
afetividade. Nessa fase,
a criança vai constituindo seu Eu, sua subjetividade, sua
personalidade. Este processo de
individuação, de distinção entre o Eu e o Outro acontece através de
atividades de
oposição ao outro e, ao mesmo tempo, de sedução e de imitação, tão
comuns nas
relações infantis.
Wallon (1978) ressalta que a criança muitas vezes necessita negar e
opor-se ao
adulto. Por isso, obviamente, durante essa fase da criança fazem-se
presentes além dos
afetos positivos, também os entendidos como negativos (a raiva,
tristeza, ciúme, inveja,
dor e tantas outras).
Pelo que se pode constatar pela análise das respostas das docentes,
se
dependesse do modo como estas expressam o conceito sobre
afetividade, estas crianças
não experimentariam emoções e afetos negativos, como se isso fosse
possível. Porque
estes sentimentos e emoções são formas complexas de expressão da
nossa humanidade,
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tanto nos aspectos positivos e negativos e que, portanto, os conflitos
também fazem
parte do desenvolvimento e da constituição do sujeito como pessoa
completa.
Com relação a este aspecto, Galvão (1998), referindo à proposição de
Heloysa
Dantas, sobre os professores de Educação Infantil a partir da
concepção de Wallon
sobre a função social e a natureza das emoções, sugere que estes
tomem este tema como
objeto de estudo e reflexão. Quanto à natureza das emoções, enfatiza
que seu imenso
poder de contágio e seu antagonismo à atividade intelectual são
responsáveis por seu
poder regressivo, isto é, por dificultar a percepção do exterior e por
conseqüência, do
raciocínio.
Conclui-se, destarte, que a emoção, presente nos conflitos das
relações sociais,
faz parte do processo de constituição do sujeito. Por outro lado,
sabendo que a emoção
precisa de um espectador vale refletir sobre a postura do adulto
frente às manifestações
de crises emocionais das crianças, considerando que na ausência da
platéia as crises
emocionais tendem a perder sua força. (GALVÃO, 1995, p.64).
Em outras palavras, as emoções modificam-se e evoluem no contato
social,
sendo que quem dá sentido às manifestações emocionais da criança
é o outro.
Corroborando essas afirmações, no Referencial Curricular Nacional
para a
Educação Infantil (BRASIL, 1998) há o destaque para que os aspectos
emocionais e
afetivos sejam tão relevantes quanto os cognitivos. Em decorrência
disso, entende-se
que devem existir vínculos estreitos entre razão e emoção para que o
desenvolvimento
infantil não seja comprometido.
Vale destacar que apenas em uma resposta apareceu a questão dos
limites
infantis e da necessidade de demarcá-los com os alunos como uma
expressão de
afetividade. Observou-se, também, a resposta de uma única docente
que relacionou a
afetividade com as expressões físicas das emoções e com suas
reações orgânicas, tais
como aceleração do batimento cardíaco, brilho nos olhos, sorriso e
vozes alegres.
Acreditamos que no desenvolvimento das crianças, a afetividade, a
motricidade, o cognitivo e o social desempenham papéis de extrema
importância. A
relação ensino-aprendizagem é um fenômeno complexo, em que
diversos fatores de
ordem social, política e econômica interferem na dinâmica da sala de
aula. Isso é,
estando inserida no contexto social, a escola não é uma instituição
independente. Por
isso, uma educação voltada para a realidade existencial do sujeito e
fundamentada nela,
tem maior significado pelo fato já visto de que nossa compreensão
está radicada na
vivência que temos do mundo.
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Considerações finais
Tendo em vista a importância da afetividade deflagrada pelos
resultados
obtidos na pesquisa, conclui-se que há uma forte preocupação destas
docentes em
“afetar” positivamente seus alunos, oportunizando momentos e
espaços adequados ao
estabelecimento de interações sociais capazes de promover o
desenvolvimento do
sujeito em todas as suas dimensões, ou seja, cognitiva, afetiva,
motora e social.
Retoma-se, neste contexto, que para Wallon (1975), a afetividade
desempenha
um papel fundamental na constituição e funcionamento da
inteligência, determinando os
interesses e necessidades individuais, possibilitando avanços
progressivos no campo
intelectual, ou seja, para ele, são os motivos, necessidades, desejos
que dirigem o
interesse da criança para o conhecimento e conquista do mundo
exterior.
Desta forma, faz-se necessária a conscientização do professor quanto
ao seu
importante papel na relação com os alunos: é o principal mediador
em sala de aula, é
quem planeja as aulas, organiza todos os espaços, disponibiliza
materiais, promove e
participa das brincadeiras, mediando a construção do conhecimento.
Posto isso, é imprescindível que o professor e toda a equipe escolar,
incluindo os
profissionais que trabalham em creches, estejam em constante
capacitação, refletindo
sobre suas práticas e atualizando-se com os estudos mais recentes
sobre as crianças da
faixa etária com que trabalham. O ideal é que esta formação em
trabalho seja oferecida
pelos órgãos competentes em parceria com os poderes públicos. Por
vezes o que ocorre,
é o profissional que comprometido com sua prática tem buscado
capacitar-se
independentemente dos apoios e fomentos para sua formação
continuada. Suas buscas
têm objetivado compreender, entre outros assuntos, o processo de
construção de novos
conhecimentos, novos conceitos a partir das interações em sala de
aula e fora dela.
Conseqüentemente, se o profissional da Educação Infantil estiver
sempre
atualizando seus conhecimentos teóricos, fundamentando sua
prática, observando direta
e objetivamente seus alunos, bem como lançando mão das reflexões
resultantes deste
processo, poderá orientar o aprendizado no sentido de promover o
desenvolvimento
potencial de uma criança, tornando-o real.
Como se constatou pelos estudos e pelas respostas analisadas, o
professor,
dentro da sala de aula, é o principal mediador do processo ensino-
aprendizagem. Ocupa
uma função ímpar e privilegiada no desenvolvimento da criança,
podendo contribuir
para o sucesso ou o fracasso do aluno na escola. Ele pode estabelecer
vínculos afetivos
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muito fortes com e entre os alunos. Através de seu comprometimento
profissional, das
sondagens dos conhecimentos prévios da turma, das intervenções
adequadas e
pertinentes, dos elogios, das correções que faz, dos incentivos que
dá, da ajuda na
resolução de problemas, pode ensinar muito a seus alunos. Nas
atitudes de respeito à
diversidade e limitações específicas de cada ser humano, bem como
na valorização dos
diferentes saberes e na disseminação de valores éticos e de
solidariedade, conquista a
admiração, a simpatia e o respeito de seus alunos.
Como vimos, na teoria e na prática, as interações entre as docentes e
os alunos
não se limitam apenas aos aspectos cognitivos. Elas são impregnadas
de afetividade e
esta orienta o processo e pode se tornar aliada de qualquer professor.
Portanto, analisar o processo de construção de novos conceitos,
sejam eles
matemáticos, lingüísticos, artísticos e outros, a partir das interações
em sala de aula,
direcionando o olhar para os aspectos afetivos inerentes à relação
professor-aluno, é um
grande desafio que deve ser estendido a todos os que abraçam o
Magistério.
Assim, faz-se necessário que as instituições de Educação Infantil,
articuladas às
políticas públicas sociais, se constituam num espaço onde as formas
de expressão da
criança de 0 a 6 anos, dentre elas a linguagem verbal e corporal
ocupem lugar
privilegiado. Num contexto lúdico e prazeroso de jogos e brincadeiras,
onde as famílias
e as equipes de educadores possam conviver intensa e
construtivamente, cuidando e
educando, objetiva-se promover o desenvolvimento individual, social
e cultural destas
crianças. Torna-se premente que exista uma progressiva articulação
das atividades de
comunicação e ludicidade com o ambiente escolarizado, no qual
desenvolvimento,
socialização, constituição de identidades e construção de
conhecimentos possam
ocorrer. (BRASIL, 1999)
Concluindo, as instituições escolares, e neste caso específico, as de
Educação
Infantil, devem ser sempre “locus” de investigação por parte do
professor de sua própria
prática pedagógica. Devem ser também, um espaço dinâmico e vivo,
no qual as crianças
alcancem o pleno desenvolvimento de suas capacidades e
potencialidades corporais,
cognitivas, afetivas, emocionais, estéticas, éticas, de relação
interpessoal e inserção
social. As instituições de Educação Infantil que primam pela qualidade
da educação e
cuidados oferecidos, que propiciam interações sociais afetivas
contribuem para a
formação de crianças saudáveis, inteligentes e, acima de tudo,
felizes.
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