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REVISÃO DE DIREITO CIVIL PARA TRF 2ª REGIÃO – 3a PARTE

Organizador: Dicler Forestieri Ferreira

Neste terceiro Toque, antes das questões, queria agradecer o e-mail de Anna
Gloria, enviado para a Editora Ferreira, agradecendo e parabenizando pela revisão de
direito civil. Saibam que é um prazer poder ajudá-los, pois há pouco tempo eu estava
dividindo as ansiedades e agonias que todo concurseiro possui e, por isso, entendo
perfeitamente o que vocês estão passando nas vésperas de um concurso tão importante
como esse.
Mantenham a calma e vamos à revisão.

5. Dos fatos jurídicos: do negócio jurídico; dos atos jurídicos lícitos; dos atos ilícitos.

(TÉCNICO JUDICIÁRIO TJ-PE/ 2007)

21. No que concerne ao negócio jurídico, é correto afirmar:

(A) a impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio jurídico se cessar antes de realizada a
condição a que ele estiver subordinado.
(B) a validade da declaração de vontade, em regra, depende de forma especial para produzir
efeitos.
(C) a manifestação de vontade, em regra, não subsiste se o seu autor fez reserva mental de não
querer o que manifestou.
(D) o silêncio importa anuência, inclusive quando o negócio jurídico exigir declaração de vontade
expressa.
(E) os negócios jurídicos, que trazem algum benefício, devem ser interpretados de forma
extensiva.

(OFICIAL DE JUSTIÇA TJ-PE/ 2007)

22. No que concerne ao negócio jurídico é correto afirmar:

(A) a impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio jurídico se cessar antes de realizada a
condição a que ele estiver subordinado.
(B) basta a existência de agente capaz e objeto lícito, determinado ou determinável, para a
validade do negócio jurídico.
(C) a incapacidade relativa de uma das partes, em regra, pode ser invocada pela outra em
benefício próprio.
(D) a validade da declaração de vontade dependerá, em regra, de forma especial, em razão da
subjetividade existente.
(E) em regra, a manifestação de vontade não subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva
mental de não querer o que manifestou.

(ANALISTA JUDICIÁRIO TJ-PE/ 2007)

23. O negócio jurídico NÃO é nulo quando

(A) for preterida alguma solenidade que a lei considera essencial para sua validade.
(B) for indeterminável o seu objeto.
(C) celebrado por pródigos.
(D) o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito.
(E) não revestir da forma prescrita em lei.

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(AUDITOR – TCE-CE/ 2006)

24. No que concerne aos defeitos do negócio jurídico é correto afirmar:

(A) O falso motivo vicia a declaração de vontade em qualquer hipótese, causando a anulação do
negócio jurídico por erro.
(B) A transmissão errônea da vontade por meios interpostos não é anulável nos mesmos casos em
que o é a declaração direta.
(C) A ameaça do exercício normal de um direito e o temor reverencial podem gerar a anulação do
negócio jurídico por coação.
(D) O dolo acidental não gera a anulação do negócio jurídico, podendo ensejar, apenas, reparação
por perdas e danos.
(E) Não subsistirá o negócio jurídico, se a coação decorrer de terceiro, sem que a parte a que
aproveite dela tivesse ou devesse ter conhecimento.

(ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRE-MS/ 2007)

25. De conformidade com o Código Civil é nulo o negócio jurídico

(A) por vício resultante de lesão.


(B) praticado por agente relativamente incapaz.
(C) por vício resultante de fraude contra credores.
(D) quando for indeterminável o seu objeto.
(E) se praticado mediante coação.

(ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRE-PB/ 2007)

26. No que concerne ao erro, um dos defeitos do negócio jurídico, é correto afirmar:

(A) O erro será substancial quando sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for
o motivo único ou principal do negócio jurídico.
(B) O falso motivo sempre viciará a declaração de vontade e gerará a anulação do negócio jurídico.
(C) A transmissão errônea de vontade por meios interpostos não é anulável nos mesmos casos em
que o é a declaração direta.
(D) O erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se referir a declaração de vontade, viciará o
negócio jurídico em qualquer hipótese.
(E) O erro de cálculo poderá gerar a anulação do negócio jurídico, uma vez que restou viciada a
declaração de vontade.

(TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO – ESPECIALIDADE: DIREITO – TCE-MG/ 2007)

27. Considere as seguintes afirmações:

I. A manifestação da vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não
querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento.
II. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao
sentido literal da linguagem.

(A) Somente a afirmação II é correta.


(B) Somente a afirmação I é correta.
(C) As afirmações I e II são corretas.
(D) As afirmações I e II são incorretas.

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(E) As afirmações I e II são colidentes entre si e nenhuma delas corresponde a regra jurídica em
vigor.

(ANALISTA ADMINISTRATIVO – TRF 1a REGIÃO/ 2006)

28. Nos negócios jurídicos, se a coação decorrer de terceiro, sem que a parte a que aproveite dela
tivesse ou devesse ter conhecimento,

(A) não subsistirá o negócio jurídico e o autor da coação responderá por todas as perdas e danos
que houver causado ao coacto.
(B) subsistirá o negócio jurídico, mas, não haverá ressarcimento por perdas e danos, em razão dos
riscos inerentes aos negócios jurídicos.
(C) não subsistirá o negócio jurídico, não havendo, também, ressarcimento por perdas e danos, em
razão dos riscos inerentes aos negócios jurídicos.
(D) subsistirá o negócio jurídico, mas o autor da coação responderá por todas as perdas e danos
que houver causado ao coacto.
(E) não subsistirá o negócio jurídico, e o autor da coação bem como a parte a quem aproveite,
responderão solidariamente por perdas e danos.

(SUBPROCURADOR – SE/ 2002)

29. Não se considera ilícito o ato, entretanto, o agente poderá em alguma circunstância ser
compelido a indenizar a vítima, quando praticá-lo

(A) no exercício regular de um direito.


(B) em legítima defesa.
(C) com imprudência ou imperícia.
(D) com negligência.
(E) em estado de necessidade.

30. Segundo o Código Civil,

(A) todas as regras pertencentes aos negócios jurídicos aplicam-se aos atos jurídicos lícitos.
(B) atos jurídicos e negócios jurídicos são expressões sinônimas.
(C) se aplicam aos atos jurídicos lícitos, quando couber, as disposições referentes aos negócios
jurídicos.
(D) em nenhuma hipótese se aplicam aos atos jurídicos as regras pertinentes aos negócios
jurídicos.
(E) todas as regras pertinentes aos negócios jurídicos aplicam-se aos atos ilícitos.

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GABARITO
21-A 22-A 23-C 24-D 25-D 26-A 27-C 28-D 29-E 30-C

Dispositivos legais do Código Civil que amparam as questões:

QUESTÃO 21 QUESTÃO 22 QUESTÃO 23


(A) Artigo 104, II (A) Artigo 104, II (A) Artigo 166, V
(B) Artigo 107 (B) Artigo 104, I, II e III (B) Artigo 166, II
(C) Artigo 110 (C) Artigo 105 (C) Artigo 166, I c/c 4o, IV
(D) Artigo 111 (D) Artigo 107 (D) Artigo 166, III
(E) Artigo 114 (E) Artigo 110 (E) Artigo 166, IV

QUESTÃO 24 QUESTÃO 25 QUESTÃO 26


(A) Artigo 140 (A) Artigo 171, II (A) Artigo 139, III
(B) Artigo 141 (B) Artigo 171, I (B) Artigo 140
(C) Artigo 153 (C) Artigo 171, II (C) Artigo 141
(D) Artigo 146 (D) Artigo 166, II (D) Artigo 142
(E) Artigo 155 (E) Artigo 171, II (E) Artigo 143

QUESTÃO 27 QUESTÃO 28 QUESTÃO 29*


I. Artigo 110 Artigo 155 Artigo 188 c/c 929
II. Artigo 112

QUESTÃO 30
Artigo 185

* A meu ver, a questão 29 é a única que merece um comentário mais detalhado. Todas as outras
são mera reprodução da literalidade do Código Civil.

Vejamos o que diz os artigos que são a base legal da questão:

Art. 188. Não constituem atos ilícitos:


I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover
perigo iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as
circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do
indispensável para a remoção do perigo.

Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não
forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.

Ou seja, a questão pede uma situação em que o agente, mesmo tendo praticado um ato sem ser
ilícito, poderá ser compelido a indenizar a vítima por dano decorrente desse ato.

O inciso II do artigo 188, apesar de não estar explícito, caracteriza o estado de necessidade. Dessa
forma, o estado de necessidade (excludente de ilicitude) consiste na ofensa do direito alheio para
remover perigo iminente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário e quando
não exceder os limites do indispensável para a remoção do perigo.

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O artigo 929 diz que, mesmo quando o agente atue em estado de necessidade, é cabível o direito à
indenização dos prejuízos que sofreram. O mesmo não acontece quando o agente atua em legítima
defesa ou exercício regular de direito.

Enfim, para finalizar reproduzirei abaixo o que preconiza o Novo Código Civil Comentado sobre o
artigo 929:

“Este artigo assegura ao prejudicado o direito à indenização mesmo que o ato praticado seja
havido como lícito, porque praticado em estado de necessidade, que é uma das excludentes
da responsabilidade, conforme o art. 188, II, deste Código Verifica-se no estado de
necessidade um conflito de interesses, em que uma pessoa, para evitar lesão a direito seu,
atinge direito alheio. Embora haja certa semelhança com a legítima defesa, dela o estado de
necessidade se distingue, já que naquela há uma ameaça de agressão à pessoa ou a seus
bem, enquanto não há agressão, mas uma situação de fato, em que a pessoal um bem seu
na iminência de sofrer um dano. É para evitar o dano que a pessoa deteriora ou destrói coisa
alheia. Esse ato seria ilícito, mas é justificado pela lei desde que sua prática seja
absolutamente necessária para a remoção do perigo (v. Calo Mário da Silva Pereira,
Responsabilidade civil, 9. ed., Rio de Janeiro, Forense, 1998, p. 297). Por outras palavras, se
o único meio de evitar um mal é causar um mal menor, há estado de necessidade. Vê-se,
assim, que cessa a justificativa do ato quando o direito sacrificado é hierarquicamente
superior àquele que se pretende proteger. Típico exemplo de estado de necessidade é o
seguinte: motorista de um veículo, dirigindo com o cuidado necessário, para não atropelar um
pedestre que atravessa inopinadamente a rua, projeta seu carro sobre outro veículo. O ato do
motorista justifica-se plenamente, mas, já que o proprietário do veículo abalroado não foi o
causador do perigo, terá direito a indenização, a ser paga pelo autor do dano, sendo que este
último terá direito regressivo conta o terceiro — pedestre — que causou o acidente, conforme
o art. 930, a seguir. Ainda se deve acentuar que o artigo que regulamenta o estado de
necessidade refere somente a deterioração ou destruição de coisa alheia, de modo que, se
houver conflito entre o direito à vida de uma pessoa e de outra, não pode ser sacrificada a
vida de uma delas. Assim, se são mantidos vários reféns num seqüestro, descabe a escolha
de um deles para ser morto, de modo a preservar a vida dos demais.”.

Percebam que, de modo geral, as questões sobre fatos jurídicos giram em torno dos
mesmos artigos do Código Civil. Uma vez ou outra é utilizado algum artigo diferente.

Espero que na revisão de hoje tenha sido possível visualizar o estilo “literal” das questões da FCC.

Qualquer dúvida é só acessar o fórum concurseiros (www.forumconcurseiros.com).

Até a próxima.

Dicler Forestieri Ferreira

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