Sei sulla pagina 1di 4

II – Dos fatos:

Como foi exposto na exordial, de fato, o Requerido e a representante do


Requerente de inicio tiveram relações sexuais durante uma noite da qual é
provável que tenha sido gerado e que alguns meses depois ambos tiveram uma
relação afetiva mais estável, publica e notória por decorrência da noticia da
gravidez.
Ao que se vislumbra, após a criança ser concebida durante os dois anos de
convivência harmoniosa, de apoio conjunto, viagens, passeios e um laço familiar
notável, rompeu-se a relação. Ainda sim, o suplicado não só continuou com o seu
dever de cumprir as obrigações como pai presente materialmente, mas também
aumentou os seus laços familiares com o suplicante, ambos sempre sendo felizes
na presença um do outro.
Logo após a sua possível descoberta de que não poderá ser pai por
problemas genéticos em sua relação atual, o requerido entrou com a AÇÂO
NEGATORIA DE PATERNIDADE em face do suplicante, requerido por conta
disso o Requerido cortou qualquer tipo de vinculo com o Requerente, tanto com
as obrigações sociais como os laços de convivências de pai e filho, sendo está o
principal motivo para a contestação. Destaca-se que essa mudança de
relacionamento tem causado grandes danos emocionais e psicológicos no
suplicante, podendo agravar ainda mais esses, de maneiras que podem ser
irreversíveis e prejudicial a sua vida adulta, ou seja, ter um pai, e perde-lo por
conta de um papel( exame de DNA) que diz ele não ser o filho biológico, mas
nem sempre este termo “técnico” não significa ser o pai ou não.
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO
DA______VARA DA FAMILIA, SUCESSÕES E INTERDITOS DA
COMARCA DE ITABUNA – BAHIA.

Autos N°_________________

DANILO EMANUEL SANTOS, menor impúbere, ( certidão de


nascimento em anexo - doc. _____),cujo represntante legal é a Sra. MARIA
SILVA, brasileira, solteira, estudante, CIRG N° ______________, CPF
________________ ambos domiciliados no Bairro_________,
cidade__________, estado____________, vem por meio do seu advogado,
(procuração em anexo – doc. _______), contestar, as alegações contidas na
exordial formulada por RICARDO ALBERTO SANTOS, conforme razões de
fato e de direito a seguir expostas.

I – Considerações preliminares:

Registra-se que o autor é pobre na acepção jurídica da palavra. Vem perante


Vossa Excelência requerer a assistência jurídica gratuita a pedido da lei
1.060/50.
III – Do direito:

Ao que se vislumbra o Requerente vinha mantendo uma relação afetiva


publica e notória com o Requerido que a deixou de exercer como também tem
faltado da parte material logo após descobrir em suu presente relação que não
poderá ser pai.
O fato é que pelo fato de não haver por meio de um dado o liame biológico
entre ambos a paternidade pode exigir muito mais do que laços sanguíneos.
Existe ai a PATERNIDADE SOCIO-AFETIVA que se capta juridicamente na
expressão da posse do estado de filho, os cuidados na alimentação, na instrução,
o carinho no tratamento tanto seja este em casa como principalmente em
PULBLICO revelam no comportamento a base da paternidade. Por meio disto a
verdade sociológica da filiação se constrói. Essa dimensão da relação paterno-
filial não se explica apenas na descendência genética.
Numa perspectiva constitucional, pode-se dizer que a
afetividade nada mais é do que uma das formas de consagração do princípio
da dignidade da pessoa humana.
È preciso observa que o principio da afetividade,por sua vez, está consagrado na
Constituição Federal, nos artigos 226, §4º e 227, §6º. Fica bem claro que a
previsão de proteção integral à entidade familiar tutela não apenas a
família formada pelo casamento, mas também todas aquelas que se
Forman pela comunhão do afeto, principalmente as relações
estabelecidas entre pessoas que se unem numa verdadeira relação de
pai e filho, independentemente da existência da ou não de vinculo
biológico.
O próprio Código Civil, no art. 1.593, prevê a possibilidade da
consagração da paternidade sócio-afetiva, aos prescrever o seguinte:
“Art. 1593 – O parentesco é natural ou civil, conforme
resulte de consangüinidade ou outra origem.”
Acerca da matéria exposta nos autos, venho ainda a
complementar perante Vossa Excelência a exposição de uma
Jurisprudência, inclusive no STJ, nos quais á consagração da
importância do vínculo sócio-afetivo como elemento caracterizador da
paternidade.
Com efeito, no REsp. n.º 878941/DF, cuja Relatora foi a
Excelentíssima Ministra Nancy Andrighi, restou destacado que o
“reconhecimento de paternidade é válido se reflete a existência
duradoura do vínculo sócio-afetivo entre pais e filhos.”
Diante dos princípios que norteiam nosso ordenamento jurídico, e
dos fatos expostos em epigrafe, verifica-se que, numa possível tensão
entre o vínculo sócio-afetivo e o vínculo biológico, deverá prevalecer,
para fins de determinação da paternidade o aspecto afetivo.

Potrebbero piacerti anche