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Arquiteturas Urbanas: Higiene, Estética e Construções Civis em São

Paulo no início do século XX.


Itinerário profissional de Alexandre Albuquerque e o debate sobre a cidade.1

Resumo: Focalizo os temas que instigaram debates sobre a cidade no início do século XX, a
partir dos estudos do arquiteto Alexandre Albuquerque (1880-1949). A despeito da importância
das discussões diretamente ligadas à Arquitetura em sua obra, em seu amplo espectro de
atuação nota-se o relevo das preocupações sobre a cidade, aproximando debates sobre
construções civis e sobre o próprio urbanismo. Proponho sublinhar essas aproximações entre
arquitetura e urbanismo analisando alguns elementos discutidos pelo próprio Albuquerque e
também com outros especialistas no período. Entre os estudos do arquiteto, vários debatem as
relações entre as edificações e o espaço urbano. Estudos sobre higiene, higiene da residência
urbana, insolação na construção urbana, sobre a questão da habitação e ainda sobre os efeitos
da legislação urbana na vida na cidade permitem assinalar no percurso do arquiteto contribuições
distintas nas discussões que configuraram o urbanismo em São Paulo. Albuquerque analisa
detalhadamente as condições de incidência dos raios solares nos edifícios da cidade, condições
existentes e desejáveis para a salubridade urbana; sintetiza o problema da salubridade da
habitação e da cidade em três elementos: a rua, a janela, o aposento. Interessa-me nessa
discussão entender a configuração desse campo disciplinar e especializado, sobretudo
considerando a interlocução do arquiteto com os saberes da medicina, com os estudos
acadêmicos que envolvem a temática, dentro e fora da cidade, com os congressos internacionais
– também voltados ao debate sobre a salubridade, a higiene e as edificações urbanas – e a
discussão que instigou com os especialistas contemporâneos a ele sobre a cidade.

A discussão conceitual e histórica sobre o urbanismo tem incorporado como pressupostos a


multiplicidade de dimensões que ele contém: a um só tempo, discurso, prática, diagnóstico,
projeto. Pode ser tomado como discurso específico sobre a cidade, na medida em que busca
linguagens, saberes e parâmetros fundamentalmente ligados às dinâmicas da vida urbana; ou
entendido como prática, que põe em questão, orienta e normatiza tais energias; em sentido mais
amplo, pode ser compreendido como diagnóstico, sistemático e técnico, dos problemas e dilemas
gerados pelas grandes transformações ocorridas no ambiente urbano na contemporaneidade; ou
visto como perspectiva, como saber técnico capaz de proposições e projetos objetivos para a
melhoria da vida nas cidades. Todas essas concepções, entre outras, têm sido associadas à
palavra urbanismo, que condensa por diferentes percursos e ênfases a configuração de uma
atitude de ingerência na/sobre a cidade. Desde seu aparecimento, a dimensão crítica e a
finalidade prática de intervenção do urbanismo indicam a especificidade desse discurso sobre a

1
Pesquisa integrante do Projeto Temático financiado pela FAPESP: Saberes Eruditos e Técnicos na Configuração e Reconfiguração
do Espaço Urbano – Estado de São Paulo, séculos XIX e XX.
cidade (CHOAY, 1993), bem como a amplitude de seu conteúdo, que abrange as transformações
do território, os modos como acontecem/aconteceram, as escolhas técnicas, os problemas, as
metas e os sujeitos envolvidos etc. (SECCHI, 2006). O estudo desse múltiplo e amplo percurso de
conformação da disciplina urbanismo tem indicado, também, a relevância do diálogo entre os
especialistas de nacionalidades e formações diversas na formulação dos pressupostos
fundamentais desse campo disciplinar – especialistas que debatem diferentes opções em
instituições de ensino especializado, nos livros, revistas e manuais técnicos, nas exposições e
congressos internacionais, bem como na circulação dos profissionais por diversos países,
atuantes na interlocução, colaboração, proposição ou execução de projetos (CALABI, 2000).

Tomando-se as origens plurais desse campo disciplinar, a discussão sobre o urbanismo também
tem destacado os contatos e trocas profícuos entre os saberes ligados à saúde e à construção,
que conferem papel significativo às aproximações entre medicina, engenharia e arquitetura nas
definições do próprio urbanismo, ao longo de sua configuração. Até como sintoma dessas
aproximações, é possível acompanhar a persistência e a força das imagens do corpo relacionadas
à cidade e seu funcionamento, mesmo nas palavras e representações da cidade e do urbanismo,
associadas à medicina e à biologia, desde a mais simples idéia de “crescimento urbano”.2 Ao
tratar dos percursos do urbanismo e de sua formação como conhecimento e área de atuação
profissional, especificamente em São Paulo, na passagem do século XIX para o XX, grosso modo
tem se reiterado tal pluralidade e movimento, e alguns estudos têm apontado a constância e
importância dessas aproximações entre profissionais e campos disciplinares nas definições e
escolhas que envolvem a cidade, desde a esfera administrativa (LEME, 2001). Essa pluralidade e
movimento são notados mesmo quando não é a cidade ou o urbanismo o foco central de estudo,
seja pelas análises da questão do saneamento urbano, tematizado com especial insistência nas
discussões sobre a legislação e habitação urbanas, seja ainda nos trabalhos sobre a engenharia
sanitária, sobretudo por meio do estudo da extensa obra do engenheiro Saturnino de Brito e sua
abrangência no meio urbano (ANDRADE, 1992).

Considerações como essas sobre a discussão conceitual e histórica acerca do urbanismo


interessam-me sobremaneira para o estudo que proponho. No caso da capital paulista no início do
século XX, momento de convergência de significativas transformações materiais, políticas e
simbólicas, o entendimento dessa caracterização do urbanismo – múltiplo no entendimento, plural
na configuração – torna-se crucial para a compreensão da formação de um campo de saberes
técnicos e de atuação profissional sobre/na cidade. Os debates e as definições acerca do urbano
eram intensos no período, de modo constante e crescente nas esferas administrativas municipais
e estaduais e nos espaços de formação de organização profissionais, como a Escola Politécnica e
o Instituto de Engenharia, por exemplo. Mais que embates de posições pessoais dos profissionais
2
Em relação às origens plurais dos saberes sobre a cidade, refiro-me aos estudos de Bresciani sobre o urbano, ao menos desde 1992,
e tomo como síntese o texto de 2002 sobre história e cidade. Pontualmente sobre a relação entre corpo e cidade, tomo aqui as
interessantes ligações expostas por Gunn e Correia (2001), em uma coletânea sobre as palavras da cidade.
da cidade e/ou dos dirigentes da administração, esses debates são fortes indícios da inserção da
discussão “paulista” sobre o urbano nas amplas dinâmicas de conformação do urbanismo nos
seus inícios. Entre os muitos debates na época, alguns relacionados ao itinerário profissional do
engenheiro-arquiteto Alexandre Albuquerque (1880-1940) permitem problematizar importantes
embates do incipiente urbanismo em São Paulo no início do século XX, bem como pontuar
elementos do trânsito duradouro entre as áreas da arquitetura e do urbanismo, sobretudo nas
discussões ligadas ao ensino profissional e à normatização das edificações urbanas.

Entre as revistas técnicas e os debates públicos ligados diretamente à engenharia e à arquitetura,


é possível localizar pelo menos cerca de trinta textos de Alexandre Albuquerque editados em São
Paulo no período. São textos sobre o exercício da profissão de arquiteto e engenheiro, sobre a
história da arquitetura, trabalhos técnicos sobre construções civis e outras edificações, pereceres
técnicos a partir de demandas da administração municipal, transcrições de conferências sobre
questões urbanas e profissionais ou ainda obras acadêmicas, como os estudos sobre o
renascimento italiano (ALBUQUERQUE, 1909) etc.3 Alguns desses textos foram publicados na
revista Revista Polytechnica, órgão do Grêmio Politécnico organizado pelo próprio Albuquerque e
outros colegas em 1903, quando era aluno na Escola Politécnica de São Paulo.4 Agrimensor pela
Escola Militar do Rio de Janeiro, Alexandre Albuquerque foi diplomado engenheiro-arquiteto e civil
pela Politécnica paulista em 1905. Como tantos outros politécnicos seus contemporâneos, foi
ligado ao Liceu de Artes e Ofícios, trabalhou em escritórios técnicos (como vários ex-alunos de
Ramos de Azevedo, também passou pelo escritório arquiteto), envolveu-se na estruturação de
sociedades profissionais (como a pioneira Sociedade dos Arquitetos e Engenheiros, formada em
1911 e de curta duração, o Instituto de Engenharia, organizado em 1916 e posteriormente
presidido por Albuquerque, na década de 1920) e tomou parte junto a órgãos legislativos e
executivos na capital. Além disso, merece destaque sua constante participação em sociedades
vinculadas às artes, como a Academia (depois Escola) de Belas Artes de São Paulo e a
Sociedade Paulista de Belas Artes, bem como o exercício de sua profissão em sentido estrito,
como projetista e construtor de obras particulares e públicas por meio da organização de
escritórios de arquitetura (como a firma Albuquerque & Longo). Foi também o primeiro ex-aluno da
Escola Politécnica a tornar-se professor na instituição, inicialmente como substituto na Seção de
Artes (1917) e, posteriormente, catedrático da cadeira História da Arquitetura (1926).5

Esse breve panorama permite fazer alguns apontamentos para se entender a inserção desse
arquiteto nos debates sobre a cidade e seus especialistas. Dos percursos profissionais de
Albuquerque, costumam ser destacados três aspectos nos estudos sobre o período: sua atuação
na proposta de reforma viária para o centro da capital paulista chamada de “As novas Avenidas de
3
Um levantamento abrangente dos textos de Albuquerque está em Leme (1995) e também no banco de dados sobre urbanismo no
Brasil disponível em www.urbanismobr.org.
4
Contribuiu também nas revistas Arquitetura e Construções (desde 1929) e no Boletim do Instituto de Engenharia.
5
Era responsável pela cadeira 11, em 1932: Construções Civis. Higiene das Habitações. Noções de Arquitetura. História da Arquitetura
(Cursos de Engenheiros Civis e Arquitetos).
São Paulo”, feita em 1910 e encaminhada por um grupo de capitalistas; sua função como diretor
das obras da catedral metropolitana por mais de 20 anos; seu empenho para a regulamentação
do exercício da profissão de arquiteto, desde o discurso proferido nas solenidades de sua
formatura como engenheiro-arquiteto e civil.6 Mesmo o pioneiro Congresso de Habitação de São
Paulo, presidido por ele em 1931, em geral é associado à iniciativa de outro engenheiro e
professor da Politécnica, Anhaia Mello, na época prefeito da capital. Em extensivo estudo sobre a
trajetória do curso de Arquitetura na Escola Politécnica e a formação do arquiteto nessa
instituição, Sylvia Ficher apresenta um levantamento abrangente sobre a atuação de Albuquerque,
situando-o entre os profissionais formados pela Escola e também atuantes nela (FICHER, 2005).
A autora ressalta o papel de Albuquerque nas discussões ligadas ao campo da Arquitetura,
sobretudo os escritos em torno da história da Arquitetura e os posicionamentos do arquiteto em
relação aos estilos construtivos (p.99-113). Identifica marcas nacionalistas e racionalistas no
profissional, e aponta certo caráter diletante nos projetos e estudos de Albuquerque, que ao longo
da carreira teria passado do ecletismo ao moderno, como professor e como projetista, sendo
ainda responsável pela difusão da arquitetura neocolonial tanto entre os estudantes da Politécnica
quanto entre as edificações da capital.7

Não tenho dúvidas de que cada um dos temas ligadas ao itinerário de Albuquerque merece ser
analisado, entendendo-se o dinamismo da formação desses campos disciplinares e profissionais
do urbanismo e da arquitetura, como indicado inicialmente. Mas considero pontualmente
relevantes para este estudo os temas que instigaram debates sobre a cidade. A despeito da
evidente importância das discussões diretamente ligadas à Arquitetura na obra de Albuquerque,
percebo nesse amplo espectro de atuação o papel especial das preocupações sobre a cidade e
seu gerenciamento, aproximando debates sobre construções civis e sobre o próprio urbanismo.
Diante desse panorama e dos interessantes indícios pontuados nos estudos sobre o período,
proponho sublinhar essas aproximações entre arquitetura e urbanismo analisando alguns
elementos discutidos pelo próprio Albuquerque e com outros especialistas, a partir desses
elementos. Entre as conferências e textos do arquiteto, sobretudo na década de 1910, vários
colocam em debate as relações entre as edificações e o espaço urbano. Estudos sobre higiene
(ALBUQUERQUE, 1919), higiene da residência urbana (1917), cálculo e benefícios da insolação
na construção urbana (1916), sobre a questão da habitação (1931) e ainda sobre os efeitos da
legislação urbana na vida na cidade (1951) permitem assinalar no percurso do arquiteto
contribuições distintas nas discussões que configuraram o urbanismo em São Paulo. Partindo dos
mesmos preceitos do engenheiro civil e diretor de obras públicas da capital Victor da Silva Freire

6
O discurso de formatura, publicado no Anuário da Politécnica para o ano de 1906, é majoritariamente citado quando se discute a
questão da regulamentação profissional. Também são constantemente lembradas as tentativas de associações profissionais de
arquitetos e a autoria de uma lei municipal regulamentando o exercício profissional nas construções da cidade – lei 2986 de 7/7/1926
(FICHER, 2005; TELLES, 1994).
7
Outros estudos recentes, em nível de mestrado, debruçaram-se sobre a obra de Albuquerque: abordando sua atuação como
arquiteto, por meio de um extenso levantamento das obras projetadas e construídas por ele (GRAZIOSI, 2001) e estudando os escritos
teóricos sobre habitação e preceitos do urbanismo (ALBUQUERQUE, 2006).
(1869-1951), que em conhecida conferência sobre as qualidades necessárias à cidade salubre
(FREIRE, 1914), tomou o ar e o sol como fator de salubridade, Albuquerque analisa
detalhadamente as condições de incidência dos raios solares nos edifícios da cidade, condições
existentes e desejáveis para a salubridade urbana. Em Hygiene da Residencia Urbana (1917),
afirma que “o problema da casa salubre resume-se em fazer com que os raios solares penetrem
no interior dos aposentos” (p.8), e desse modo sintetiza o problema da salubridade da habitação
na cidade em três elementos: a rua, a janela, o aposento. Analisa separadamente a rua e a casa,
e discute a influência da largura das ruas, da altura e recuo dos prédios, das características das
construções e, pontualmente, do posicionamento e proporção das janelas, assim como a
cubagem de ar dos aposentos, como variáveis da salubridade urbana.

Como Freire, estuda as condições de insolação que devem satisfazer a rua e a casa. Não aborda
a questão como engenheiro ou como artista, “mas sim do ponto de vista da salubridade da rua e
da casa”, como pontua. Satisfeitas essas condições higiênicas, declara: “entregamo-la aos artistas
para que sonhem as ruas do modo mais prático possível” (p.7). Para Albuquerque, a abertura de
qualquer via urbana deve estar condicionada à “aprovação das repartições sanitárias”, seguindo
uma série de critérios técnicos e cálculos específicos para cada caso – daí a importância do
especialista para as edificações. A orientação da via, por exemplo, sempre buscando a melhor
incidência de luz solar, é decisiva na fixação da altura dos prédios e na largura da rua. As
determinantes básicas de todas as proposições do arquiteto para a higiene da residência urbana
são as condições de iluminação e insolação, premissas para a cidade salubre reiteradas ao longo
do estudo. As avaliações de Albuquerque pressupõem interlocutores com algum domínio de
conhecimentos científicos, não apenas para compreensão dos dados que analisa, mas sobretudo
para a apreensão dos critérios técnicos que deveriam orientar a formulação de soluções
construtivas salubres na residência no espaço urbano. Distante de qualquer noção de
zoneamento ou funcionalismo, e também crítico em relação às definições prévias e à rigidez dos
regulamentos sanitários, o arquiteto insiste na observação de critérios que permitam ao
administrador e ao construtor priorizar conscientemente a salubridade ao tomar suas decisões e
projetar na cidade. Ao longo de todo o texto, após analisar as variáveis que envolvem a
salubridade de cada elemento focalizado – a rua, a janela e o aposento –, registra breves
conclusões, sintetizadas em dez pontos ao final de seu estudo, que figuram como orientadoras
das decisões construtivas. Sobre a largura das vias, por exemplo, conclui: “deve ser variável e
calculada, para cada caso, de acordo com a orientação e de modo a atender aos interesses dos
poderes públicos e aos dos particulares” (p.17). São espécies de aconselhamentos que
pressupõem a análise das situações por olhares técnicos, profissionais.

Não se encontra nele a fixação de regras, mas a ponderação a partir de critérios claramente
expostos. “A primeira solução”, afirma Albuquerque a propósito do arruamento, “é recuar o prédio
do alinhamento, que acarretará a criação de um jardim, nova fonte de salubridade” (p.8). Entende
a arborização também como uma “necessidade higiênica e estética”, dependente das definições
sobre a largura das ruas e sobre a existência dos recuos para as construções. Nas ruas de
dezesseis metros, com edificações seguindo o alinhamento das calçadas, a arborização poderia
resultar em incômodo aos moradores e à salubridade, considerando-se o fator umidade, devido à
proximidade em relação às casas: os moradores gostariam que a “árvore estivesse em frente à
casa...do vizinho”, comenta. A redução da largura das ruas para doze metros, sempre em
concordância com as características de uso e ocupação das mesmas além de sua orientação,
para ele permitiria a adoção de um recuo condizente com o futuro da via, e desse modo “a
arborização continuará a prestar os seus serviços pois todas as casas estarão longe das árvores”
(p.8). Outra variável analisada pelo arquiteto é o tamanho dos quarteirões. Para ele, deve ser
sempre pensado em relação aos prédios construídos em cada um – se palacetes, se “modestas”,
se indústrias etc. Um quarteirão de cem por cinqüenta metros permitiria a edificação de várias
residências de quatro a seis cômodos, utilizando-se até seis metros de frente, o que só garantiria
a iluminação e a insolação adequada apelando-se ao uso de saguões e corredores na disposição
dos cômodos. Porém, assim como Freire, não incentiva a adoção desses dispositivos, tampouco a
fixação de tamanhos mínimos para eles. “Sendo perfeita a orientação da rua, a casa salubre será
aquela que tiver cômodos para o exterior e para o quintal, sem saguões e corredores de
iluminação” (p.9). Para isso, sugere atenção à profundidade dos terrenos e destaca a necessidade
de se estudar, tecnicamente, cada caso. Freire ainda iria além nesse caso, afirmando que com a
orientação das ruas no sentido norte-sul seria possível conseguir a insolação salubre, sem o uso
de saguões, com pés-direitos de três metros – o que seria uma economia na construção e
também “naquele que deixam de levar médico, boticário e... coveiro”. Continua Freire: “os
saguões a que conduziu a supressão das alcovas só são úteis quando o solo os purificar
amplamente” (FREIRE, 1914, p.335-336) Segundo Albuquerque, a alteração da lei municipal
sobre os saguões, ainda em 1916, poupou ao proprietário “um sacrifício inútil”, pois nas posturas
anteriores a insolação continuava insuficiente para certas orientações. Com isso, defende que não
se deve, como na nova lei, fixar um tamanho mínimo para os saguões, mas calcular a insolação e
a osculação do sol para cada caso.

Outros dois textos de Albuquerque, sobre higiene e sobre insolação, apontam aspectos
semelhantes a esse e apresentam mesmo cálculos e diagramas de insolação específicos para o
clima e a latitude de São Paulo.8 O papel do conhecimento sobre o meio nas definições técnicas
sobre construções higiênicas é fundante em todos eles. As condições geográficas, comerciais e
sociais no país são referência inicial, para ele, nas definições sobre construções. “Para criar
preceitos puramente nossos, precisamos, primeiro, estudar o problema astronômico para a
latitude local, e examinar o clima, os hábitos do povo etc.”, afirma Albuquerque, “para que as
conclusões teóricas estejam de acordo com as necessidades da vida e as condições gerais de

8
Textos de 1916 e 1919, sendo o primeiro precedido de uma detalhada apresentação de Victor da Silva Freire.
salubridade” (1917, p.4). Victor Freire, agora em comentário ao texto de Albuquerque, mais uma
vez concorda com o arquiteto e reitera a necessidade de observações rigorosas e estudos em
laboratórios especiais.9 Mesmo anos mais tarde, quando faz uma conferência sobre o Código de
Obras da capital, conhecido como Código Saboya, de 1929, Albuquerque retoma a questão das
especificidades do meio e da preponderância dos critérios técnicos próprios dos especialistas
como preceitos fundamentais para a definição e a aplicação dos regulamentos de obras.10 Porém,
apesar de elementos congruentes e complementares no pensamento do autor sobre a edificação
e a cidade, pode-se dizer que o Hygiene da Residencia Urbana se distingue dos demais sobre o
assunto no detalhamento desses critérios em relação a um elemento construtivo julgado essencial
para Albuquerque: a janela. No texto de 1917, após as observações sobre a rua e a casa, focaliza
a janela como fator de salubridade, entendendo-a como fonte de luz e de calor. Sua posição e sua
altura, depois de consideradas a orientação das ruas e a proporção dos quarteirões, são variáveis
decisivas para uma maior insolação e iluminação interna dos aposentos. Nas definições sobre a
“superfície iluminante”, conclui Albuquerque, “não deve ser considerada, apenas, a superfície do
piso, mas também a posição e orientação da janela, e o destino do aposento” (p.17). Para todos
esses cálculos, porém, julga indispensáveis os estudos sobre as características da iluminação e
do clima no hemisfério sul.11 Embora seja um estudo destacado, por apresentar a janela como
elemento de saneamento da casa, dissecando-lhe todos os aspectos, o trabalho do arquiteto
esbarra na deficiência desses dados positivos – dados sobre insolação, clima, geografia e
também levantamentos cadastrais e sanitários da cidade.

Em A Cidade Salubre, Freire já chamava atenção, três anos antes, para a importância do que
chamou “cadastro sanitário” da cidade, que, segundo afirma, poderia até mudar os juízos bastante
críticos que tinha no momento sobre os saguões, os corredores, os pés-direitos e as regras
construtivas assinadas pelos legisladores. O diálogo de ambos sobre o assunto, aliás, vinha se
estendendo pelo menos desde 1911, já a partir das análises de Freire sobre os efeitos do ar e da
luz na salubridade das cidades. Os dois especialistas preocupam-se com aspectos julgados
centrais na questão da salubridade: primeiro, ajustar as normatizações e orientações técnicas no
Brasil às decisões debatidas nos congressos internacionais, especialmente reunidas para esse
fim; segundo, incentivar a realização de rigorosas pesquisas no país para que, de posse dos
conhecimentos técnicos imprescindíveis, se pudesse orientar de modo confiável as edificações na
cidade. Além dos congressos nacionais e internacionais dos especialistas, colocados em debate
por ambos com freqüência12, chama atenção a insistência de ambos nos levantamentos técnicos

9
Publicado junto ao Hygiene da Residencia, como comentário de Freire sobre o texto.
10
Conferência feita em 1931 e reeditada pelo Boletim do Instituto de Engenharia em 1951, quando o código de obras passava por nova
reformulação.
11
. Os cálculos que utiliza e que foram adotados nas leis do período baseiam-se nas observações feitas durante o solstício de inverno,
com insolação mínima devido à obliqüidade de direção dos raios solares, mas carecem de análises detalhadas e, segundo afirma, de
apontamentos mais conclusivos feitos a partir de estudo.
12
Albuquerque (1917) cita enfaticamente as conclusões do Primeiro Congresso de Saneamento e Salubridade da Habitação, realizado
em Paris em 1904, que anuncia como fundamental a preocupação com a orientação das vias como critério de salubridade. Freire
(1914), cita o Congresso Internacional de Higiene de Viena, de 1897, como um dos divulgadores dos primeiros estudos sistemáticos
e estudos sistemáticos necessários à definição dos critérios salubres. No período, a Politécnica
paulista já havia definido a necessidade imperante do uso de laboratórios de estudo na instituição,
dadas as características e demandas dos cursos, sobretudo das engenharias, mas os resultados
disso em termos práticos não parecem ter sido imediatos13. Justificando a criação, por exemplo,
de cadeiras especiais dedicadas ao serviço municipal em universidades estadunidenses, a fim de
se estudar sistemática e praticamente a questão urbana, Freire enfatiza: “a cidade tornou-se um
organismo tão complexo; garantir-lhe a salubridade, a segurança, a circulação passou a ser de tal
modo delicado;” que as administrações não podem mais acumular erros “a olho” (1914, p.349).

Por caminhos específicos, Freire e Albuquerque acabavam por reivindicar o mesmo tipo de
tratamento da questão: aquele possível por meio do saber especializado. Para Albuquerque, mais
que isso, era o saber do especialista, do profissional, entendido como o único capaz de analisar
as variáveis envolvidas nas decisões de salubridade urbana. Segundo Freire, o estudo de
Albuquerque tem o mérito de destacar “a grave falha que existe nas normas oficiais que regulam a
higiene das nossas construções urbanas”: por desconsiderarem fatores como o lote, a rua e o
plano da cidade, além desprezarem os métodos de observação.14 Apesar de serem apontados
como pioneiros por alguns estudiosos, inclusive pelas contribuições que os próprios Albuquerque
e Freire trouxeram para a definição de critérios de salubridade urbana (LEMOS, 1999; TELLES,
1994), os códigos de obras de São Paulo apresentavam limites, não só pelos aspectos apontados
por esses dois especialistas, mas as também por terem sido revogadas algumas medidas desses
regulamentos em vista de pressões das mais diversas. Um novo código completo (também
conhecido como padrão municipal) foi aprovado em 1920, com estudos técnicos feitos pelo
Instituto de Engenharia, fundado no mesmo ano de publicação do Hygiene da Residencia Urbana.
É possível que parte das reivindicações dos dois profissionais estivessem, ao menos em relação
aos princípios, presentes nesse código discutido entre especialistas, mas é preciso considerar que
o próprio Albuquerque foi um crítico reiterado, por exemplo, do código Saboya, que substituiu e,
em tese, aprimorou o padrão de 1920, indicando a persistência dos debates para além de
quaisquer unanimidades técnicas que pudessem ser supostamente esperadas. Ou, talvez, um
outro princípio por eles defendido pudesse orientar as decisões: “O essencial é não aplicar a regra
de modo mecânico” (FREIRE, 1914, p.335). Porém, o que me parece mais relevante para se
entender a configuração desse campo disciplinar é anotar as bases da compreensão de ambos
sobre a salubridade – questão fundante e perene na história do urbanismo. Ou seja, a noção de
que a casa e rua são, para eles, duas incógnitas da mesma equação na configuração da cidade
salubre. Para isso, chamam à responsabilidade o técnico e o legislador, insistindo para que a casa
salubre – urbana – continue a ser estudada pelos especialistas.

sobre insolação e salubridade urbana, além de analisar criticamente as indicações do Congresso de Engenheiros do Rio de Janeiro, de
1900.
13
Sobre a fundação da Politécnica, seu conteúdo político e os perfis dos cursos nos momentos iniciais da instituição ver Cerasoli
(1998) e Santos (1985).
14
Citado em Albuquerque, 1917, p. 17.
O estudo Hygiene da Residencia Urbana e os comentários a ele feitos por Freire foram
apresentados no Primeiro Congresso Médico Paulista, realizado em 1916. Não deve passar sem
nota o fato de Freire reclamar sobre a pequena presença de engenheiros no evento médico, cujas
discussões seriam, segundo ele, de fundamental importância para a arte da edificação. Outras
vezes os saberes da engenharia e da medicina, lado a lado, colocaram em debate questões
relativas à cidade. Dois outros importantes congressos discutiram a habitação na cidade de São
Paulo, na década de 1930 e 1940, e reuniram entre os especialistas esses profissionais. Porém,
parece-me que a singularidade deste debate que busco analisar aqui está mesmo na indefinição
acerca dos campos de investigação específicos de cada área do conhecimento. No Congresso
Médico de 1916, embora faltem mais dados para análise, parece-me que os temas de
preocupação e investigação dos profissionais definiam as possibilidades de diálogo, e não
propriamente as chamadas áreas do conhecimento. A disciplina chamada urbanismo, assim,
parecia mais claramente um campo disciplinar plural, no qual a medicina, a engenharia, a
arquitetura dialogavam ativamente, compondo um lugar de investigação e elaboração de saberes
especializados. Até mesmo os diálogos entre arquitetura e urbanismo – hoje, no campo do ensino
profissional, usualmente unidas na nomenclatura mas talvez em parte divorciadas como campos
de investigação e pesquisa – pareciam mais próximos nessas discussões do começo do século
XX em São Paulo. Segawa (2003), em breve e interessante estudo sobre os percursos da questão
do conforto térmico nas construções, analisa os diálogos entre médicos, engenheiros e arquitetos,
desde o início do século XX, passando pelas preocupações com os excessos de exposição solar,
que caracterizarão, segundo o autor, a retomada desse diálogo na década de 1940,
considerando-se as condições climáticas do Brasil e os novos materiais e volumetrias
empregados pela arquitetura moderna15. Apresenta elementos para se entender as aproximações
entre médicos e engenheiros que compartilham “práticas salubristas” que partem da compreensão
da insolação como profilaxia, como terapêutica. Tais práticas, afirma Segawa, nortearam os
códigos sanitários e de obras, impondo orientações para edifícios, aberturas de janelas e tempos
mínimos de insolação, orientação e dimensionamento de ruas e quarteirões, afastamentos
mínimos, alturas de prédios.

É precisamente neste ponto que se insere a discussão aqui exposta16. O que Segawa aponta,
todavia, entre outros aspectos interessantes sobre a questao é uma mudança na escala desse
problema. Ele volta da cidade para a residência. Embora o discurso médico continue a dialogar
com o construtivo, e a busca da assepsia promovida pelos raios solares continue presente, o
argumento sobre a chamada “arte da aclimatação” ganhou terreno. Aliás, ganhou e mudou de
terreno, pois deixou aos poucos de ser uma preocupação com as características potencialmente

15
Cita, por exemplo, a tese pioneira do médico Aluízio Bezerra Coutinho, “O problema da habitação hygienica nos paizes quentes em
face da Architectura Viva”, que defende o uso de controles de iluminação nas janelas, por exemplo, como medidas de controle
ambiental e, afinal, conforto térmico, diferentemente de Albuquerque, que vê nas janelas uma questão de salubridade.
16
Além dos textos aqui citados sobre a questão no início do século, Segawa lembra outros estudos pioneiros: "Da Orientação e
Insolação das Ruas e Edifícios", do engenheiro Domingos Cunha, apresentado ao IV Congresso Médico Latino-americano em 1908, o
artigo na Revista de Engenharia e na Gazeta Clínica, ambos de 1911, do engenheiro paulista Lúcio M. Rodrigues, "Uma Questão de
Hygiene".
perigosas dos trópicos úmidos e converteu-se aos poucos em especificidade construtiva da
arquitetura que se pratica nesses trópicos. O excesso de exposição ao sol – novo problema
debatido na área da edificação – tomou lugar de destaque na pauta dos debates dos arquitetos,
sobretudo na difusão da arquitetura moderna, e passou a lugar de destaque nas definições
construtivas. Não como salubridade urbana, como no início do século XX, mas como diferencial
estético e técnico, presente, por exemplo, na aplicação do brise-soleil, tão divulgado entre os
modernos. O próprio Albuquerque, aliás, indicava em 1931 alguns elementos para já se pensar
essa mudança de escala, embora não o tratasse nos termos que aqui apresento. Ainda
comentando o Código Saboya, critica a rigidez dos regulamentos que não são capazes de
acompanhar os efeitos da engenharia sobre a arquitetura. Segundo ele, o aço e o concreto
permitem separar as funções da parede (insoladora) e da janela (agora, iluminadora), o que trouxe
novas orientações ao caráter técnico e estético. “A janela é elemento dominante na formação
dessa nova estética” (1951, p. 469). A citação nos permite acompanhar o que acrescenta ao
entendimento da questão urbana, como aqui apresentada: “Hoje (...) ela [a janela] deve ser
abolida nesta função de renovadora de ar. Para que respirar, no interior das casas, o ar viciado
das cidades, carregado de pó e de bactérias, veículos de tantas doenças penosas?” (p.470). Não
há dúvidas de que este breve indício nos impõe a necessidade de novas investigações, seja sobre
as relações entre engenharia e arquitetura, seja sobre questão da salubridade urbana, mas para
os objetivos destas análises apenas querem sublinhar a necessidade de se compreender a
historicidade deste campo disciplinar para se entender seu alcance e seus territórios.

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