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Os primeiros gregos
Nos séculos XVI a.C. e XV a.C., sucessivas levas de povos guerreiros vindos da
atual Rússia meridional, denominados aqueus, entraram pela Tessália e ocuparam a
Grécia central e o Peloponeso*, destruindo povoações, que depois reconstruíam,
segundo outro padrão cultural. Disso são exemplos as cidades de Micenas e Tirinto.
Trouxeram consigo o uso do cobre, e logo aprenderam a metalurgia do bronze.
Através da navegação, entraram em contato com a civilização da ilha de Creta, da
qual absorveram conhecimentos que levaram para a Grécia continental. Mais tarde,
fortaleceram-se militarmente e dominaram importantes cidades cretenses, como
Cnossos. Substituíram o sistema de escrita cretense por um sistema silábico, que os
lingüistas decifraram e concluíram ser um dialeto do grego arcaico, muito utilizado
para registros contábeis. Esse sistema de escrita foi denominado linear B.
A partir do século XIII a.C., segundo a datação dos arqueólogos, essas cidades
passaram a ser fortificadas por muralhas altas e espessas. Esse fato coincide com
agressões e pilhagens dos aqueus nas costas da Anatólia meridional e de Chipre,
segundo registros de documentos escritos, entre os quais os relatos gregos da Ilíada,
que conservaram a memória de uma coligação micênica contra a cidade de Tróia,
mostrando o desenvolvimento do expansionismo militar de Micenas.
A Ilíada, escrita bem depois dessa época, já no século VIII a.C., conta como o rei de
Micenas e Argos, Agamêmnon, Os artesãos eram chamados demiurgos, o que em
grego significa "aquele que exerce um trabalho público". Diferentemente do que ocorre
em nossa sociedade, o domínio técnico de cada uma dessas atividades possuía um
caráter religioso. O conhecimento provinha de uma iniciação, relacionada com alguma
divindade - os construtores navais, por exemplo, eram inspirados por Atena -, e a
execução de um ofício incluía uma série de rituais, que conferiam poderes aos objetos
fabricados, ou seja, apenas um ferreiro iniciado poderia forjar armas realmente
eficazes.
Atenas
A primeira forma de governo em Atenas foi uma monarquia na qual o rei, um chefe
militar, assumia toda a responsabilidade pelas decisões tomadas, acumulando as
funções de chefe militar, político e religioso. O rei podia consultar uma assembléia da
qual participavam outros guerreiros e pessoas comuns, mas a decisão final era sua.
Essa forma de governo foi substituída por outra na qual as decisões cabiam a um
pequeno grupo, ou seja, constituiu-se uma aristocracia, que quer dizer "governo dos
melhores".
Essas mudanças, feitas pelo legislador Sólon, não eliminaras as diferenças entre as
classes sociais, mas distribuíram o poder de acordo com as riquezas, o dinheiro
substituiu a terra como fonte de poder. Sua reforma estabeleceu quatro classes de
cidadãos, de acordo com a renda: a primeira, os pentakosiomédimnoi (capazes de
possuir o equivalente a 500 medidas de grãos); a segunda, os hippeis, ou cavaleiros
(300 medidas); a terceira, os zeugîztai (200 medidas); e a quarta classe, os tetas, ou
thétes (sem rendimento, a não ser o salário).
No exército essa divisão se fazia sentir, pois só as duas primeiras classes
contribuíam com impostos específicos para despesas militares e participavam da
cavalaria, mantendo o próprio cavalo. A terceira classe (zeugîtai) pagava as
contribuições ordinárias e participava da infantaria pesada, dos hoplitas, com
armamento próprio. Os tetas estavam isentos de impostos, mas tinham o direito de
participar da infantaria ligeira, cujo equipamento podiam custear, e de ser remadores
na marinha.
Depois do período das tiranias, surgiu um outro reformador, Clístenes, que atacou
diretamente o princípio do direito familiar, que Sólon deixara intocado, e redividiu o
território ateniense com o intuito de misturar pessoas de diferentes classes sociais.
Esparta
Do século V a.C. ao século IV a.C., essas duas cidades, Atenas e Esparta, tiveram
poder de liderança sobre as demais cidades-estados. Uniram-se para vencer os
persas, porém, uma vez vitoriosas, tornaram-se forças rivais. Esparta passou a se
impor às cidades do Peloponeso, formando uma liga que levou o nome de Liga do
Peloponeso; e Atenas impôs seu domínio liderando a Confederação de Delos, através
da qual se fortaleceu militar e culturalmente, atraindo muitos pensadores e artistas de
vários pontos da Grécia. As duas ligas enfrentaram-se mutuamente, enfraqueceram-se
e permitiram o surgimento de outras lideranças: a cidade de Tebas, por um curto
período, e depois o reino da Macedônia, situado ao norte da Grécia e que mantinha
com ela relações amigáveis.
No século IV a.C. o trono da Macedônia foi ocupado por Filipe, que tinha como
objetivo estender seus domínios para o sul, adotando para isso a estratégia de ocupar
as cidades gregas, a partir de um sistema de alianças, que tinham como justificativa
investir contra os persas. Muitas cidades gregas, porém, não se interessaram pela
proposta, uma vez que não havia real ameaça persa. Nos casos em que os acordos
não foram feitos, as pretensões de Filipe da Macedônia realizaram-se através de
conquistas militares, como ocorreu com Tebas e com a maioria das cidades gregas,
que passaram a constituir o Império Macedônico. Esse período é chamado de
helenístico.
· época homérica: entre os anos 1100 e 800 a.C.; período em que os poemas
Ilíada e Odisséia , atribuídos ao poeta Homero, teriam aparecido;
· época arcaica: entre os anos 800 e 500 a.C.; período de formação da cidade-
Estado grega, a pólis;
O Mundo Grego Antigo, ou Hélade, como era chamado pelos próprios gregos
(Grécia é uma nomenclatura romana), ocupava a parte sul da península
balcânica, as ilhas do mar Egeu, as costas da Ásia Menor e o sul da Itália. A
Grécia setentrional (norte) tinha três importantes regiões: Tessália, Fócida e
Etólia (ou Epiro). Na Grécia peninsular, ligada à central pela faixa de terra
chamada Corinto, estavam a Lacônia e a Messênia. Na Grécia central,
encontravam-se a Beócia e a Atica. Fora do continente, havia a Grécia insular.
AS CIVILIZAÇÕES PRÉ-GREGAS:
CRETENSES E MICENICOS
Entre 2500 e 1400 a.C., desenvolveu-se no Mediterrâneo uma cultura bastante
importante para a História, cujo principal centro era a ilha de Creta. Essa
civilização expandiu-se, chegando à costa da Ásia Menor, às ilhas do mar Egeu
e parte da península balcânica (Grécia).
A civilização cretense distinguiu-se por sua intensa produção artesanal, de
caráter luxuoso, o que indica que já dominava técnicas de fabricação mais
sofisticadas. Essa produção era comercializada através de estradas que ligavam
suas cidades-palácios e também era exportada ao Oriente Médio.
Na civilização cretense, as cidades-palácios que mais se destacaram foram
Cnossos e Faestos, que eram governadas por reis e funcionavam como se
fossem pequenos Estados independentes.
Como vimos anteriormente, foi do contato dos aqueus com os cretenses que
surgiu a civilização micênica. Os aqueus estabeleceram-se em pequenos
Estados independentes, govemados por príncipes ou chefes militares religiosos.
Esses governantes tinham suas "cortes" de nobres guerreiros e eram
sustentados pelo trabalho dos camponeses servis.
Construíram castelos fortificados em locais bastante altos, para facilitar a defesa.
Eram as acrópoles, isto é, cidades altas". As mais famosas dessas cidades
foram Tirinto e Micenas, esta quase inacessível.
Por volta de 1400 a.C., os micênicos invadiram Creta e destruíram Cnossos.
Micenas passou a ocupar o lugar de Creta no comércio e na produção artesanal.
A civilização micênica tinha várias características da civilização grega: sua
língua era semelhante ao grego, por exemplo. No entanto, a existência de uma
forte burocracia e de um poder central que controlava a economia dava à
civilização micênica características das civilizações orientais.
A religião micênica era uma fusão de deuses indo-europeus com deuses
cretenses. Alguns transformaram-se em deuses gregos. Zeus e Posêidon são
dois exemplos.
Mesmo com o desaparecimento da civilização micênica, notamos que os gregos
preservaram várias raízes dessa cultura: a língua, os principais deuses e a
herança dos feitos históricos da Guerra de Tróia.
O PERÍODO HOMÉRICO
A formação da civilização
grega no Período Homérico
O PERÍODO ARCAICO
A Grécia antiga não era um "país" centralizado e unificado como o de hoje. Era
formada por um grande número de pequenos Estados independentes entre si,
que ficaram conhecidos com o nome de cidades-Estados ou, em grego, pólis.
O nascimento da pólis
Não havia terras para todos e os alimentos eram escassos para uma população
crescente. As melhores terras ficavam em mãos de poucos, que também eram
os donos do poder político.
Entre os séculos VIII e VII a.C.. os gregos saíram em busca de terras fora da
Grécia. Ocuparam várias regiões do Mediterrâneo, como o sul da Itália e a
Sicília. A organização dessas colônias era semelhante à das cidades-Estados,
com as quais mantinham estreitos vínculos culturais e religiosos.
A colonização ajudou a diminuir um pouco as tensões na Grécia, mas não
resolveu as questões principais.
A queda da monarquia e as
transformações econômicas e sociais
O PERÍODO CLÁSSICO:
A POLIS DE ATENAS
A região da Ática havia sido pouco atingida pelas invasões dóricas. Isso
contribuiu para que as pequenas aldeias que formavam essa região se
agrupassem pacificamente sob a hegemonia de uma delas: Atenas. A esse
processo de união das aldeias deu-se o nome de sinecismo. E foi desse
fenômeno que se formou a cidade-Estado de Atenas.
As tiranias
O governo da cidade ficou nas mãos da famflia dos Alcmeônidas, liderado por
Clístenes. Esse aristocrata organizou um governo baseado na isonomia, ou seja,
na igualdade dos cidadãos perante a lei.
Clístenes dividiu a população da Ática para evitar alianças entre famílias
eupátridas. Estabeleceu dez tribos, em lugar das quatro anteriores, tomando por
base o domicílio de cada cidadão. As tribos eram formadas pelos demos, a
menor unidade de divisão criada por Clístenes. O demo era a base do sistema,
daí o nome democracia. O poder executivo era exercido pelo bulé (Conselho dos
500), composto por 50 elementos de cada tribo.
Fortaleceu-se a assembléia popular, eclésia, e foi criado o ostracismo, ou seja, a
cassação dos direitos do cidadão que conspirasse contra o Estado; essa
cassação era votada pela eclésia.
A aristocracia (eupátridas) conservadora não admitia as reformas de Clístenes e
aliou-se a Esparta, invadindo Atenas novamente. A população inteira de Atenas
pegou em armas e defendeu sua cidade e sua democracia, derrotando
espartanos e aristocratas em 508 a.C.
A sociedade ateniense era então composta de três classes: os cidadãos, que
gozavam de completa liberdade e participavam das decisões políticas: os
metecos, estrangeiros que se dedicavam ao comércio e não gozavam de direitos
no sistema democrático grego; e os escravos, comprados ou conquistados nas
guerras, que também não tinham direitos. Vale ressaltar que também as
mulheres eram excluídas da democracia ateniense.
O PERÍODO CLÁSSICO:
A PÓUS DE ESPARTA
Antecedentes
Da enciclopédia Barsa
C.