Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Nos dias atuais pode-se dizer que a mudança é um dos grandes acontecimentos. Essas
mudanças provêem de contínuas transformações que ocorrem em todos os ramos da
sociedade. Qualquer organização está sujeita a sofrer uma mudança. Várias pesquisas sobre
mudança estão sendo realizadas, dentre os pesquisadores destacam-se Adizes e Kotter.
De acordo com Ichak Adizes é necessário saber administrar as mudanças e se antecipar a
elas, ou seja, se preparar para a transformação. Para ele a mudança está atrelada á
crescimento, portanto, sem mudança não há crescimento.
Já sob o ponto de vista de John P. Kotter, a partir das transformações que ocorrem no
mercado, na sociedade, as organizações são pressionadas a mudar. Para Kotter o ponto mais
importante a ser considerado em um processo de mudança é desenvolver um sentido de
urgência, não deixar que a complacência domine.
Fundamentado nesses dois pesquisadores se propõe uma abordagem para o processo de
mudança o qual prescreve que é necessário que um grupo de pessoas seja responsável pela
mudança, esse grupo escolha um processo ou uma metodologia para administrar a mudança.
Esse processo deve ser escolhido baseado no ambiente organizacional, nas metas
estabelecidas, traçando então um plano estratégico para concretizar a mudança.
1- Introdução
O fenômeno da Mudança pode ser considerado um dos grandes marcos do mundo
contemporâneo. Mudança essa que provêem das contínuas transformações que se dão nos
campos político, econômico, filosófico e tecnológico. Mudar passou a ser a palavra de ordem
para a sobrevivência organizacional.
De acordo com a definição de Marcos Kissil, (1998), é necessário entender que
mudança:
• é um processo que envolve pessoas, organizações e sistemas sociais;
• requer que se conheça a razão de mudar e as forças desestabilizadoras do atual
“status quo”;
• exige conhecer o que se quer mudar;
• significa que se conheça onde se está partindo e aonde se quer chegar;
• exige organizar e gerenciar o processo de mudança;
• exige de quem tem autoridade a decisão de mudar.
2 - Desenvolvimento
O trabalho se desenvolve a partir da análise das teorias de dois renomados autores que
falam sobre mudança organizacional. Esses são Ichak Adizes e John p. Kotter. A partir de
então é feita uma terceira análise unindo idéias e expondo outras.
uma mudança pode ser uma ameaça, mas também pode ser uma oportunidade, deve encarar
os fatos e perceber que problemas são sinais de crescimento.
Quando uma organização se adapta às mudanças ela está sobrevivendo ao momento,
para se sobressair a essa mudança a organização deve se antecipar à transformação, ou seja,
ser mais rápida do que ela. Mas considerando que toda mudança gera conflitos, a empresa não
deve de maneira alguma interrompê-los, pois assim ela irá interromper a mudança e
conseqüentemente não haverá crescimento.
Dentro da organização é necessário que haja uma cultura de confiança e respeito, onde
as opiniões de diferentes pessoas são ouvidas e respeitadas, assim os resultados serão
melhores e todos os funcionários se sentirão de certa forma, responsáveis pelas mudanças.
Quando essa cultura de confiança e respeito não existe dentro da organização é necessário
mudar a estrutura da mesma, o processo de tomada de decisão e o comportamento das
pessoas, ou seja, mudando a estrutura e os processos com determinada freqüência, as pessoas
tendem a mudar também, o comportamento passa a ser diferente, mas aquelas que não
conseguirem mudar com certeza abandonarão a organização.
O processo de mudança deve ter início na alta administração, a qual terá o papel de
fazer com que toda a organização acredite e queira muda-la.
Primeiramente deve-se identificar os funcionários insatisfeitos, aqueles que não aceitam a
situação, esses sim têm a característica fundamental para serem pioneiros na mudança, eles
podem se transformar em funcionários construtivos (Adizes, 1998). Daí em diante deve-se
seguir, segundo Adizes (1998), as seis fases do processo de mudança:
1. Diagnosticar, ou seja, perceber que a organização tem um problema e não pode continuar
como está;
2. Construir o empowerment, ou seja, selecionar falhas pequenas para solução rápida,
aumentando a confiança dos funcionários para poder lhes delegar poder e responsabilidade;
3. Estudar a missão e os valores, ou seja, estudar a missão da organização, para esclarecer o
que deve fazer e que valores deve ter;
4. Realinhar a estrutura com a estratégia, ou seja, analisar a estrutura da organização,
levando em conta que talvez ela deva ser modificada para poder cumprir a missão e criar os
valores desejados;
5. Reorganizar os sistemas de informação, ou seja, examinar os sistemas de informação
com o objetivo de assegurar que a estrutura funcione corretamente;
6. Reorganizar os sistemas de recompensa, ou seja, atualizar o sistema de remuneração para
que as pessoas sintam que foram recompensadas por sua contribuição para a mudança.
Mas como tudo na vida, as organizações também têm seu ciclo de vida e perante a
todas essas mudanças que ocorrem atualmente as empresas tendem a terem seu ciclo
diminuído.
Para Adizes (1998), as organizações que estão sempre mudando são muito
vulneráveis, a solução é mudar sem perder a unidade, levando a cultura da confiança, o que
não é fácil, pois mudança e integração não ocorrem simultaneamente, para conseguir essa
interação é necessário diversificar, sendo que essa diversificação funciona como elemento de
coesão.
Infelizmente, o que se vê na realidade, é que a organização decide mudar quando são
escassas suas alternativas de sobrevivência, na maioria das vezes ela já está sob uma grande
ameaça, a partir dessa situação os funcionários percebem que se não fizerem nada os
problemas continuarão e com certeza sua sobrevivência pode ser afetada.
XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 08 a 10 de novembro de 2004
Para Kotter (1998) talvez o maior erro entre os citados seja o de não criar um sentido
de urgência, ou seja, deixar que a complacência domine. Para isso, Kotter (1998) criou cinco
maneiras para ampliar o sentido de urgência:
• A organização deve por a crise em evidência e fazer com que todos vejam que os
erros são corrigidos no último momento;
• Fixar objetivos altíssimos de vendas, produtividade, lucros e satisfação do cliente,
assim irão entender que não tem mais como a organização continuar como está;
XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 08 a 10 de novembro de 2004
Complementa Kotter (1998) que sem o envolvimento da alta gerência é muito difícil
conseguir uma mudança. Essas pessoas devem se comprometer com a melhoria e trabalharem
juntas. É a alta gerência que deve direcionar a mudança, impulsionar a urgência, ou seja,
liderar a transformação. Para que isso ocorra com sucesso as pessoas envolvidas na liderança
da mudança devem ter poder, experiência, credibilidade e capacidade de liderança. Ainda em
relação aos oito erros fundamentais, o poder de visão corporativa é o terceiro erro mais
cometido, para Kotter a visão tem três finalidades: esclarecer a direção geral da mudança e
simplificar decisões, motivar as pessoas a agir na direção correta e ajudar a coordenar as
ações de maneira rápida e eficiente, mas juntamente a essas finalidades a visão deve ser
sensata e eficaz, ou seja, vinculada a realidade. Em relação ao quarto erro, não comunicar a
visão, ou seja, não proporcionar aos funcionários um entendimento claro a respeito da
mudança.Se isso ocorrer, os funcionários não irão se sacrificar se não acreditarem na
possibilidade da mudança. Por isso é necessário comunicar a todos os funcionários, para que
todos possam falar sobre o que pensam. Depois de comunicada a mudança e fixado um rumo
á ela é preciso retirar os obstáculos. Os obstáculos mais comuns são a falta de entendimento
da mudança, a falta de capacitação e recursos necessários para enfrenta-la.
Para Kotter (1998) o processo de mudança leva um certo tempo, dois a quatro anos,
mas se não apresentar resultados a curto prazo as pessoas ficarão desestimuladas. As vezes
são necessários mecanismos que estimulem os funcionários a produzir resultados a curto
prazo. O ideal é uma mudança permanente, ou seja, consolidar os sucessos e gerar mais
mudanças.
De acordo com o último erro, a não incorporação das mudanças à cultura da
organização, faz com que a mudança seja menos cobrada, ou seja, haverá menos pressão para
mudar, assim a mudança irá se degradar.Quando há tentativa de incorporar novas normas a
cultura da organização, é preciso ter muito cuidado quanto ao novo quadro de gerentes, deve-
se ter pessoas que incorporem a nova cultura; é necessário também que se deixe claro aos
funcionários que algumas novas atitudes irão ajudar a melhorar a empresa.
Para Kotter (1998), Gerenciar e Liderar a mudança são bem diferentes, gerenciar a
mudança é saber mantê-la sob controle e liderar a mudança é fazer todo esforço possível para
que ocorra a mudança e que tenha sucesso.
Concluindo a teoria, Kotter (1998) diz que nem todas as mudanças dão certo e o
melhor a fazer é reconhecer o fracasso e aprender com os erros. O certo é comunicar a todos
as falhas e não desistir da mudança.
As mudanças sociais são mudanças em crenças, valores e atitudes que despertam nos
membros de cada sociedade a necessidade de se adaptar a novas situações buscando o bem
estar.
Já as mudanças políticas são determinadas pela opção ideológica do grupo que detém
o poder.
As mudanças econômicas são determinantes de uma série de mudanças na sociedade,
como por exemplo, numa época de expansão pode haver também aumento da demanda. Para
isso as organizações devem aprender a lidar com as flutuações do mercado. Essas mudanças
devem ser tomadas dentro de uma ética prevalecente na sociedade em geral e também na
organização em particular.
As forças desestabilizadoras internas são encontradas dentro da organização. Essas
podem se originar de profissionais que são constantemente informados por novas práticas,
tecnologias as quais podem afetar a organização. Podem também se originar de novas metas
estabelecidas para a organização, podendo ser que sejam necessárias mudanças até na direção
da organização. Outro caso pode ser o excedente de recursos, implicando em redefinição do
uso desses recursos e de pessoal também.
Independente da mudança que está sendo proposta é necessário encará-la como um
processo que precisa ser gerenciado, começando por exemplo em saber quem são, ou é, os
responsáveis pelo processo, ou seja, quem decide sobre a mudança passa a ser uma
necessidade organizacional.
Dependendo do tipo da mudança e da sua complexidade, é necessário definir uma
equipe de mudança, que, sob liderança do gerente da mudança, possa identificar a situação da
organização, traçar os planos de mudança e supervisionar sua implantação. Nesse caso, de
acordo com a definição de Kotter (1998), é necessário se ter um gerente com capacidade para
liderar uma equipe, não somente gerenciar o processo. Isso implica que o gerente tenha uma
boa capacidade de comunicação com os funcionários, clientes e fornecedores para que o
processo se dê nas diferentes unidades da organização.
A direção do processo deve tomar uma cuidado especial. Na alta gerência, onde
geralmente se tomam as decisões de planejamento e de onde se deve comandar o processo de
mudança, surgem incertezas, muitas vezes conflitantes entre os membros da direção, isso
pode resultar em situações de pressão para o nível médio da empresa. Isso porque estes se
sentem pressionados pela alta gerência em fazer a organização mudar, em apresentar
resultados, sendo que estão tendo deficiência nas orientações, e também pressionados pelo
nível mais baixo, porque estes sendo obrigados a mudar muitas vezes se sentem “traídos” pela
organização, e como não recebem explicações satisfatórias acabam resistindo a mudança e se
tornam desmotivados para trabalhar.
Vale ressaltar que qualquer mudança oferece incertezas, mas também oportunidades.
As mudanças criam pressões dentro de qualquer organização, principalmente quando os
gerentes não estão habituados a lidar com mudanças.
Reciclar-se passa a ser necessariamente a preocupação de qualquer funcionário e criar
oportunidades para isso, um dever da organização. Todos precisam aprender diferentes tarefas
e saber que devem mudá-las de maneira continuada e permanente.
Antes de mudar é necessário traçar um diagnóstico da situação presente da
organização.
Como por exemplo dentre as força desestabilizadoras externas, verificar quais irão
atacar a organização diretamente e quais indiretamente, ou a longo prazo. Verificar também
os recursos envolvidos na organização, se humanos, materiais, financeiros, entre outros, e
relaciona-los com os impactos da mudança.
O gerente deve aprender ter uma visão da organização como um todo, relacionar todas
as partes da empresa, pois mudar uma unidade isoladamente não funciona, esta implica mudar
XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 08 a 10 de novembro de 2004
Juntar
Sugestões
Formulação informações Analise das
para ações
do problema sobre o informações
futuras
problema
Feito um diagnóstico e tendo claro o porquê da mudança, é necessário então que sejam
traçadas algumas estratégias de mudança. Formular um plano estratégico de mudança envolve
determinar ações apropriadas para alcançar os objetivos estabelecidos para a mudança. Isso
XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 08 a 10 de novembro de 2004
3.CONCLUSÃO
Esse artigo não pretende ser conclusivo, mas exploratório, pois a situação atual do
mundo em que vivemos é de profundas transformações e para acompanhar esse cenário é
preciso mudar, mudar as pessoas, as metas, os objetivos, os processos, etc. Além das
pesquisas de Adizes (1998) e Kotter (1998), outros pesquisadores têm se preocupado com o
processo de mudança, como J. D. Thompson, P. R. Lawrence e J. W. Lorsch.
Para Ichak Adizes é necessário se preparar para as mudanças, ou seja, saber
administrá-las e se preparar para enfrentá-las o mais rápido possível.É importante não
interromper o processo de mudança, pois ao fazê-lo, a organização fica impossibilitada de
crescer.
De acordo com John P. Kotter, a mudança provém de transformações na sociedade, no
mercado, na tecnologia. Para acompanhar esse processo é necessário criar um senso de
urgência nas pessoas, não deixar que elas se acostumem com a situação e acabem não se
esforçando para mudá-la.
Paralelamente aos conceitos de Adizes e Kotter, é necessário esclarecer o enfoque da
mudança, devemos ter certeza de onde queremos chegar.
XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 08 a 10 de novembro de 2004
Referências
ADIZES, Ichak; É preciso mudar antes. HSM Management, n 11, p. 64-68, ano 2, novembro-
dezembro, 1998.
KOTTER, John P.; Oito Erros Fatais. HSM Managememt, n 11, p. 70-74, ano 2, novembro-
dezembro, 1998.
WOOD, Thomas Jr.; Mudança Organizacional. 2o edição. Editora Atlas, São Paulo, 2000.