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GPS: funcionamento e uso1

Márcio Dottori
Muitos de você já devem ter entrado em contato com o GPS, se não entraram vão entrar. Hoje o
GPS é uma ferramenta... eu não diria indispensável, mas quase a bordo. Eu não conheço nenhum barco
de navegação costeira que não tenha pelo menos um GPS a bordo, navegação oceânica nem se fala. O
GPS é um sistema mundial, global de posicionamento que funciona em qualquer lugar do mundo a cada
segundo. Eu considero o GPS depois da bússola e do sextante claro, a grande invenção na navegação.
Quem pegou a navegação sem o GPS e depois conheceu essa maquininha um pouco maior que o
celular; isso daqui é a maior revolução: você poder ter sua posição independente do tempo,
independente da visibilidade, da Costa, do sextante, embora depois eu vou comentar que é sempre bom
ter outras fontes de navegação, mas poder ter sua posição precisa em qualquer lugar do mundo, a
qualquer instante é uma coisa maravilhosa. Sempre foi um dos grandes desafios do homem saber onde
estava.
O GPS começou com finalidades militares; foi desenvolvido pelo Departamento de Defesa
americano, e por volta dos anos 80 – o projeto já é relativamente antigo, ele sofreu um atraso devido à
queda de um ônibus espacial, depois reformularam todo o programa da NASA, ele começou a se tornar
operacional se não me engano em 92 e em 94 foram colocados todos os satélites em órbita. Existem 24
satélites orbitando há pouco mais de 20 mil quilômetros; desses 24, 21 estão em operação e 3 ficam em
reserva.
Como é que funciona o GPS?
Esses satélites tem a posição, a órbita muito bem definida, sabendo-se a velocidade de
transmissão do sinal do satélite, cronometrando o tempo que esse sinal leva do satélite até o nosso
receptor, então tendo tempo e velocidade a gente tem a distância. Essa distância ela gera uma esfera, o
encontro dessas esferas, quatro esferas são quatro satélites e o encontro gerado por essas esferas dá
um ponto, então é assim que funciona baseado na velha equação e= v x t . Só que a coisa é bem
complexa porque orbitando há pouco mais de 20 mil quilômetros um pequeno desvio do tempo dá um
erro de milhares de quilômetros; os satélites do GPS eles tem relógios atômicos, não quer dizer que eles
funcionam com energia atômica, mas que se baseiam na oscilação de um átomo e a precisão é de
bilhonésimos de segundo, é um relógio muito preciso então com o controle total do tempo a gente
consegue uma precisão hoje eu diria de 15m – a precisão do GPS, depende do sistema pode ser melhor
que isso. Até alguns anos atrás o governo americano propositadamente interferia no tempo de emissão
do satélite e nós considerávamos a precisão em torno de 100m, hoje quando eles diminuíram essa
interferência está em torno de 15m.
Existe o sistema chamado de diferencial (DGPS) que a Guarda Costeira americana deu início
aproveitando as velhas estações dos radiogoniômetros, que é um sistema corretor de posição que é o
sistema diferencial, a maioria dos GPS tem esse recurso. O sistema diferencial a precisão é de 3 a 5
metros num raio de 200 milhas das estações, são as estações onde vocês encontram nas cartas
náuticas estações radiogonométricas.
Depois o sistema GPS foi se tornando cada vez mais universal e a precisão foi se tornando
crítica até que a aviação entrou, aviação comercial também começou a utilizar o GPS, aí mais uma vez
tivemos uma ajuda da ciência e lançaram nos EUA, no hemisfério Norte alguns satélites que auxiliam
mais ainda a precisão é o sistema WAAS (Wide Area Amplitude System). Esse sistema a priori está
disponível no hemisfério Norte, quer dizer EUA e Europa, ele melhora a precisão para 3 m, precisão que
eu digo em termos latitude e longitude, em altitude a precisão é sempre pior, mas a precisão de latitude e
longitude hoje com esse sistema WAAS é em torno de 3 m; oficialmente não está disponível para o
Brasil, mas parece já tive alguns contatos de que o sistema WAAS já está funcionando para o Brasil, isso
daí acontece talvez por causa da Guerra do Golfo onde é necessário maior precisão. Isso aconteceu em
92 na 1ª Guerra do Golfo. Isso daí com o sistema WAAS 3m, cá para nós numa navegação oceânica não
precisamos de 3m, 1000 m tá bom demais, mas se vocês forem entrar num porto, num lugar muito
estreito, num canal a noite, quanto mais preciso melhor. Então essa ferramenta tem uma precisão que a
gente não alcança em nenhum outro meio exceto talvez por alinhamentos, quando a gente consegue
achar uma pedra, um ponto, alinhando pontos em terra; fora isso é a melhor precisão que já se obteve
na navegação.
Existem sistemas mais precisos utilizados pelos topógrafos, sistema geodésico e submétrico, o
submétrico o próprio nome fala nesse sistema a precisão do GPS chega a menos que um metro e no

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Palestra apresentada no Rio Boat Show 2003
geodésico chega a centímetros, pode chegar a milímetros, mas isso daí não vem ao caso, não é bem o
nosso uso do GPS.
Essa máquina chamada GPS ele tem algumas estações em terra que são usadas para corrigir
alguma distorção nos satélites, a principal fica no Colorado (Colorado Springs) e há outras estações
espalhadas pelo mundo.
Hoje não é só o americano que tem o GPS, os europeus estão desenvolvendo um sistema
próprio, o russo já tinha um sistema que não sei se ainda está em operação chamado Glonass, que era
um sistema na época do GPS ele não era disponível a cada segundo, mas era muito preciso, mas o que
a gente usa é o sistema americano e é o que todo mundo usa e eu não imagino como seria o mundo
hoje sem o GPS não só por causa da nossa navegação, mas a navegação aérea (os aviões), o pessoal
de topografia e diversas atividades relacionadas a esse aparelho.
Ele sofre interferência?
Sofre a antena por exemplo, se você tiver um GPS portátil leva-se para onde quiser a bordo, se
tiver um GPS fixo nós vamos ter que colocar a antena em algum lugar, alguns aparelhos eles
conseguem receber o sinal através do teto da cabine da superestrutura de fibra de vidro do veleiro ou da
lancha, mas as vezes você perde o sinal, então for colocar um GPS no painel ou na mesa de navegação
é interessante colocar uma antena externa.
Onde eu vou colocar essa antena?
Nunca no topo do mastro, porque ele vai balançar bastante, o sinal vai se perder. A antena tem
que ficar baixa, e longe por exemplo do alternador do motor, o alternador do motor é a pior interferência
para o GPS (campo eletromagnético), compressor de geladeira, não se recomenda deixar a antena de
GPS no mesmo nível da antena de radar e muito próxima da antena do rádio VHF ou SSB, mas a pior
interferência por enquanto que se sabe é do alternador do motor. Isso aí é fácil porque a gente não vai
colocar a antena normalmente perto do motor, mas só para vocês lembrarem devido ao tamanho do
barco e a antena do GPS é um ponto importante para obter a precisão do aparelho a bordo.
Quando a gente usa o GPS quais são, eu não vou entrar tanto em detalhes de operação,
mas quais são os cuidados...o que me fornece em primeiro lugar, como que eu uso e quais são
os cuidados básicos com esse aparelho?
1. Ele fornece a posição que para nosso uso no mar só interessa a longitude e latitude, mas ele
também mostra a altitude, lembrando que a altitude não é tão precisa;
2. Ele fornece também a velocidade e a velocidade a precisão é de décimo de nó ou décimo de milhas
ou de décimo de km/h;
3. Juntamente com isso existe um processador aqui dentro que faz as principais funções de
navegação, por exemplo eu posso armazenar nesses GPS's pequenos eu posso armazenar cerca
de 500 pontos chamados de waypoints – são coordenadas que você armazena no aparelho;
4. Você pegando essas coordenadas você pode planejar uma determinada rota, já sei os pontos que
eu tenho para algum lugar então eu posso juntar essas coordenadas numa determinada rota;
5. Se eu for mais além e conectar o GPS com essa rota programada no piloto automático ele pode
comandar o piloto para diversos pontos, eu posso sair da Marina da Glória programar uma rota,
deixando a Cotunduba a bombordo, passar por dentro das Palmas, por dentro das Tijucas, e vou por
Pedra de Guaratiba, Ilha Grande e chego por exemplo na Enseada das Palmas. Teoricamente eu
posso programar inteiro um aparelho desse e ele me leva até lá ligado ao piloto automático.
Os recursos do GPS são amplos. Na verdade qualquer aparelhinho desse, esse aqui deve estar
custando uns R$ 850,00 (Garmin 12) vocês tem mais do que a gente normalmente precisa. Eu
nunca utilizei 500 waypoints, quem utiliza e quem precisa mais e o pessoal profissional, pessoal da
pesca que precisa guardar os lugares bons onde tem peixe. Na nossa navegação tradicional
memória para 500 pontos é uma coisa muito boa.
6. Outro recurso do GPS é a função chamada Plotter, plotter não é a carta náutica digitalizada, plotter é
o nosso traçado, ele marca o seu traçado isso aqui é muito útil por exemplo se você estiver numa
represa cheia braços, ele grava o caminho e você consegue voltar utilizando o caminho traçado,
sempre te quem marcar obrigatoriamente todos os pontos de passagem. A função plotter é muito
importante no GPS e hoje ele faz isso automaticamente, e depois você programa o GPS e ele te dá
o caminho de volta, não precisa jogar pedrinha nem pedaço de isopor no mar;
7. Outra função do GPS é o Chartplotter; na verdade o chartplotter não tem a ver com GPS. O
chartplotter seria um aparelho, um mostrador que tem uma carta náutica digitalizada, qual a
diferença do GPS comum? Esse GPS que tem aqui (Garmin 76) ou o 12 tem um plotter, ele te marca
o traçado, mas ele não tem o chartplotter. O chartplotter vocês tem a carta náutica da Baía da
Guanabara e os cartuchos; um cartucho pega de Salvador até Porto Alegre, ou até Buenos Aires.
Então nos chartplotters você tem as cartas náuticas digitalizadas, não são tão precisas e nem tanta
informação quanto as cartas de papel da Marinha, mas o chartplotter é ótimo para o
acompanhamento da navegação; para o planejamento da navegação. Eu vou daqui para Caravelas,
em vez de pegar uma carta náutica e calcular a distância tudo num GPS com chartplotter você já
marca a distância e prevê os pontos de abastecimento, facilita muito a navegação. Quando você
está por exemplo a noite ou em condições de visibilidade ruim você pode perfeitamente pegar a
posição no GPS plotar numa carta náutica, mas é complicado demora muito, o barco está jogando.
Quando você tem o chartplotter você já faz o acompanhamento da navegação, isso é muito útil em
condição de visibilidade precária ou a noite quando você está entrando no Rio. Você está sabendo
onde você está sem ter que pegar sua posição numa carta náutica. Num chartplotter você para
marcar uma rota simplesmente vai na tela e vai clicando os pontos de passagem no próprio aparelho
você já tem sua rota; é muito prático a utilização, é óbvio que mais caro um chartplotter que um GPS
comum e também os cartuchos são caros;
8. Depois disso vocês tem os softwares para navegação talvez vocês já tenham visto o Nasareh aqui
na feira está a disposição. O software para navegação ele é superior a nível de detalhes aos
chartplotter, por que? Porque vocês usam o computador que tem muito mais memória e que recebe
uma carta da Marinha digitalizada, aí você ligando um GPS ao computador com o software de
navegação vocês tem o acompanhamento de toda a navegação numa carta do mesmo nível de
detalhamento que uma carta da Marinha, ou melhor a própria carta da Marinha escaneada. Falando
um pouquinho em softwares para navegação vocês já tem praticamente toda a costa brasileira
digitalizada em disquete, e hoje o padrão internacional para navegação precisa é o padrão S-57,
existe duas maneiras de digitalizar uam carta: uma maneira Raster que na verdade é um
escaneamento, uma cópia da carta (escaneia a carta e joga no disquete) e outra é o padrão vector
onde você constrói a carta em várias camadas, uma camada é a profundidade, outra são por
exemplo os perigos, outros são acidentes geográficos, então na verdade você muito mais recursos
numa carta padrão vector para mexer do que numa carta raster. Então quando vocês forem adquirir
as cartas digitalizadas se encontrarem as cartas padrão vector é muito melhor que as raster, as duas
são válidas. Agora na navegação profissional se um navio tiver cartas no padrão vector S-57 ele fica
dispensado lá fora as cartas de papel, e se quebrar? Quebra mas eles tem que ter um ou dois
sistemas back up para se queimar o computador principal tem um segundo e até um terceiro para
substituir. Para isso que está caminhando a nossa navegação, caminha muito para a eletrônica, mas
com algumas restrições, isso que eu falei é para navegação profissional de longo curso.
Agora na nossa navegação normal nós temos um desse aqui (GPS portátil) e um chartplotter,
qual o primeiro cuidado quando eu tenho um GPS?
Bom uma coisa muito importante no GPS é a programação, vocês podem programar unidades (nós,
km/h, milhas terrestres/h) e tem que programar também a referência de construção das cartas náuticas,
o chamado datum. O GPS já vem com o datum internacional que o Brasil deve adotar que é o WGS-84,
quando vocês compram um GPS ele já vem com essa referência de construção, mas se vocês forem
utilizar as cartas de papel da Marinha é melhor programar o datum para Córrego Alegre porque aí a
posição que vocês vão obter no GPS é mais próxima da carta náutica, nunca bate, dificilmente bate com
a carta náutica a posição do GPS mas chega mais perto.2 Esses softwares para navegação, essas
cartas vetoriais estão usando todo o padrão WGS-84, que é o padrão internacional. Então o primeiro e o
grande cuidado que eu acho é com o datum do GPS.
- Platéia: o datum é a referência?
- Márcio: Sim o datum é a referência de construção da carta náutica, como a carta náutica é um
sistema de Mercator você tem uma projeção e tem alguns pontos de projeção. Eu falei Córrego Alegre,
mas algumas cartas brasileira, principalmente no Sul, não utilizam Córrego Alegre. Então toda carta
náutica brasileira, toda carta da Marinha existe a referência do datum, se não for Córrego Alegre tem que
ver qual é o datum e ver se este datum tem na biblioteca de datum do GPS. Se vocês não encontrarem
esse datum vocês deixem em WGS-84 porque nas cartas náuticas vêm sempre com a informação de
como você deve fazer para corrigir para plotar o GPS para a carta náutica. Se vocês usarem o software
para navegação ele faz tudo isso sozinho.
Eu falei nos waypoints, falei nas rotas; agora vocês têm também outras funções no GPS, além
de rotas, waypoints, plotters, tracks; vocês têm os alarmes, o alarme por exemplo: eu estou entrando
num canal, num lugar que eu não conheço direito, eu vejo que eu tenho 100m do centro do canal que eu
tenho segurança, se eu passar de 100m eu posso entrar em águas rasas ou ter alguma pedra, isso daí é
um pouco importante quando a gente tem correnteza, se o canal não for reto, for curvo a correnteza joga
a gente para umas das margens, então você pode programar alarme do GPS para se a gente se desviar
mais do que você programou para o eixo do canal o aparelho dá um alarme para te avisar. Você pode
programar o GPS para você dormir e ele tocar um alarme se você sair da rota por mais de 20m de onde
você está, na verdade 20m é pouco, se você estiver ancorado você gira, mas por exemplo você não vai
girar mais de 100m. Então você tem esse recurso de segurança que são os alarmes.

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As cartas náuticas da Marinha do Brasil já estão sendo editadas para os principais portos e rotas com o
datum WGS-84 e espera-se que todas já estejam assim até o final de 2003.
Se vocês tiverem... quando a gente usa o GPS para navegação costeira um GPS é o suficiente,
se pifar tudo bem, navegação costeira estamos perto de terra, a gente faz navegação estimada, a gente
vai acabar se virando, agora se forem fazer uma navegação oceânica e forem confiar... primeiro eu não
confiaria totalmente no GPS, primeira coisa quando você olha o manual do GPS tem um aviso para você
não confiar no GPS como fonte única de navegação. Se for utilizar isso aqui para sair em águas
oceânicas eu recomendo 3 GPS's e GPS's novos. Eu fiz um erro na minha navegação que eu peguei
GPS's novos e um GPS usado, velho e a bateria interna, a pilha interna, hoje é diferente, mas
antigamente durava 5 anos e meu GPS já estava quase no final disso e eu perdi um GPS porque a
bateria interna dele ficou fraca e eu acabei perdendo o aparelho. Isso daqui sofre quebra, se tiver no
barco e a gente deixar cair, se for fixo ele vai tomar sol e água, ele pode se quebrar. Então 3 GPS's
novos é uam maneira de navegar com segurança e recomendo também a quem for fazer uma
navegação oceânica que saiba manusear o sextante pelo menos utilizando o sol; a passagem meridiana
que a gente pega a posição do sol próximo do meio dia você tem a posição do barco em latitude e
longitude. Sabendo fazer uma retas de altura do sol você tem sua posição também, é uma garantia se
isso aqui pifar. Eu levei 3 GPS's e quebraram 2, na minha viagem em que atravessei o Atlântico e se eu
for fazer qualquer coisa, qualquer viagem longa com certeza eu vou levar um sextante também. Sextante
e a navegação astronômica não é difícil e a bordo tem um grande professor Fábio Reis. Depois que
vocês aprendem a manusear o sextante a navegação astronômica é mais ou menos a mesma
dificuldade da navegação costeira; a coisa se processa de maneira automática.
Agora alguns cuidados a gente tem que ter com esse aparelhinho a bordo:
 Não deixem no sol;
 Não deixem diretamente exposto a água, chuva e respingos d'água, ele pifa. É a prova d'água?
Teoricamente sim, mas não agüenta se ficar direto na água. Imagine se isso aqui ficar direto no
sol, esquenta, esquenta é preto, escuro, esquenta e de repente cai um jato d'água contrai, nessa
contração os O'rings podem ceder e a água pode entrar. Eu já tive uns 12 ou 13 GPS's muitos
quebraram por causa de sol e água, então se tiver... quem tiver um GPS fixo a bordo deixe uma
toalha, um pano quando não em uso e evita direto o contato com a água; e a parte dos cabos, as
vezes a gente usa isso aqui no painel, o cabo de força é ligado aqui atrás, isso aqui é uma parte
vulnerável a água, enquanto você está com isso aqui no painel a água entra por trás;
- Platéia: e aquela sacolinha que vende que é vedada?
- Márcio: existem algumas embalagens né para o GPS, essa aqui é uma delas; essa aqui na
verdade ele molha, mas não entra totalmente e bóia. Tem também aquela embalagem
impermeáveis utilizada no Talk about, aquele radinho da Motorola, aquela embalagem é muito
boa, ela tem um fecho com duas barras e parafuso, aquilo lá segura bem.
Agora outro cuidado...outro item muito importante é que tipo de GPS que eu vou usar? Que
GPS eu preciso? Fixo ou portátil?
O portátil é o mais barato, é o mais acessível, você pode levar para casa para programar, você
tendo dois portáteis..., para quem tiver 2 GPS's aconselho da mesma marca e modelos compatíveis que
você possa passar os dados de um para outro. A Garmin que é o GPS mais popular em nossas águas e
talvez no mundo tem essa série 12 é compatível com a série 76, eu posso jogar dados de um para outro.
Isso é importante porque se você tem muitos waypoints você não vai pegar o seu livrinho e passar um
por um joga no GPS, então se tiverem que comprar mais de um GPS procurem modelos compatíveis. O
GPS portátil ele tem a facilidade, a versatilidade no uso dele, agora o visor é pequeno; esse aqui por
exemplo que é a série 12, acho que uma das séries mais populares em todo mundo é pequeno o visor.
O GPS fixo você tem os números grandes é mais fácil de ver de longe no barco, você não tem que ir até
o console ou a mesa de navegação para ler a posição, é mais cômodo o uso. A nível de precisão fixo e
portátil a precisão é a mesma. Recursos os fixos podem ter mais memória, você pode jogar mais pontos,
mas como eu falei uma memória para 500 waypoints é mais que o suficiente para o uso comum do
aparelho. Além disso vocês têm o chartplotter; o chartplotter hoje tem sempre um GPS embutido. O GPS
hoje com uma antena de uns 10/12 cm altura já tem o GPS ali quem pode ter um GPS fixo eu aconselho
a já comprar com chartplotter, assim você já tem a carta náutica digitalizada, nào tem muito sentido hoje
você ter só um GPS fixo, a única vantagem o GPS fixo é muito barato hoje comparado ao que era antes.
Eu se tive diversos GPS's fixo, eu tenho GPS fixo e eu já pus com chartplotter que é mais prático para
acompanhar a navegação.
- Platéia: existe relógio no GPS?
- Márcio: o relógio do GPS... só um comentário o relógio atômico, o relógio do satélite manda um
sinal para o GPS, quando o GPS recebe o sinal ele é muito preciso, quando ele não recebe ele
usa um relógio interno dele que é um relógio de quartzo que nem o nosso. Então quando você liga
e até pegar a posição ele não é preciso, mas depois que pega a posição ele é preciso, tem que
ser. Dá para fazer uma banquinha na esquina e cobrar para acertar o relógio de todo mundo com o
GPS.
Bom quando for adquirir o GPS: algumas dicas.
Vocês têm GPS's feitos para uso em navegação e têm GPS's feitos para uso geral: alpinismo por
exemplo, o pessoal que faz trilha, ou o pessoal que precisa do GPS para posição ou altitude, tem GPS's
com barômetro, GPS's com bússola magnética. Agora para navegação, quando forem comprar um GPS
verifiquem se ele foi feito para uso náutico, por quê? Por exemplo o Garmin, a série 12 da Garmin é
náutica, o que quer dizer que é náutica, quer dizer que vocês têm recursos aqui para serem utilizados na
nossa navegação e vocês têm também aquela série Etrex que são aparelhos pequenos, e essa série
não é feita principalmente para uso náutico, é feita para alpinismo, par quem faz trilha, então ele dá a
posição? Dá. Dá a velocidade? Dá. Mas tentem usar por exemplo a função "Go to". Quando você tem
rota, todo GPS tem rota, mas o que a gente usa na prática mesmo não é programar uma rota,
dificilmente, você pode até fazer uma rota em casa, mas na prática você tem os waypoints de passagem
e de repente eu to num lugar e eu quero ir para aquele lugar, então eu uso a função "Go to". Essa função
"Go to" em navegação é uma das funções mais utilizadas no GPS, é muito fácil utilizar isso aqui num
GPS desse (no 12), ou na série 76, esse aqui é mais moderno que a série 12, mas no GPS da série
Etrex não é fácil utilizar o "Go to", você tem que manusear umas teclas as mais. Então essa é a
diferença do GPS náutico para o GPS de uso geral, eu recomendo no nosso caso sempre o GPS
náutico, por exemplo o GPS náutico dessa série 76 o visor já é maior, você já tem aqui os principais
faróis e faroletes da costa brasileira já vem nesse aparelho, esse aparelho recebe o sinal diferencial
WAAS, a hora que tiver WAAS aqui no Brasil, eu falei que parece que já está funcionando; a precisão
aqui é muito maior do que lá. A programação e o setup tem mais recursos nesse aparelho do que no
outro. Só para vocês terem uma idéia um 12 está na faixa de R$ 850,00 e o 76 na faixa de R$ 1,5 mil,
acima desse você tem o GPS com mapa, com chartplotter só que com um tela pequena 3. Vocês têm
recursos também de comprar... adquirir um CD com as cartas náuticas e trocar informação com o
computador. Existem softwares de navegação gratuitos que você pode em vez de armazenar, como
segurança fazer uma cópia de todos os seus waypoints no computador é o Trackmaker, é um programa
que tem na internet; a Revista Náutica já deu o endereço disso se alguém precisar depois eu consigo,
mas são programa que te auxiliam bastante, você joga toda a sua memória nesse programa.
Bom vou falar um pouquinho da localização a bordo:
O ideal de ter tanto o GPS como os outros os aparelhos de navegação, quem tem veleiro por
exemplo o ideal seria ter um aparelho lá fora e outro na mesa de navegação. Porque quando você
precisa de um GPS é quando você está entrando por exemplo num lugar difícil; numa barra por exemplo
o Porto de Paranaguá que tem correnteza ter informação ali fora perto do leme com o visual de toda
região para você tomar a decisão certa. O interessante é não ter só o GPS, mas o GPS, uma sonda (o
ecobatímetro ou o fishfinder) e o radar. O GPS te mostra onde você está com muita precisão, agora o
radar te mostra aonde estão os outros obstáculos, principalmente os barcos. Ë muito importante para
navegação segura utilizar esse aparelhinho, mas junto com o radar e uma sonda para marcar
profundidade. Isso daí se tiver... quem tem veleiro recomendo que tenha tudo lá dentro e tudo lá fora ou
repetidor pelo menos. Porque quando você precisa mesmo deste aparelho ele tem que estar lá fora junto
de você, junto do comando. Lancha é mais fácil, porque você tudo ali, toda a aparelhagem está perto de
você, no veleiro normalmente a gente reserva a mesa de navegação que é protegida das intempéries
para a instalação dos instrumentos principais, mas o ideal é que vocês tenham tudo no cockpit também é
muito mais seguro e muito mais útil na navegação.
Aqui os últimos recursos de GPS estão ligados às cartas, as fontes de dados, você que
acompanha aí a Garmin você tem as cartas digitalizadas da Bluewater, existem basicamente duas, dois
sistemas de cartas digitalizadas são Navionics e C-Map. Para o Brasil as cartas digitalizadas da C-Map
têm mais informações, a Navionics não tem... parece que eles perderam um pouquinho de interesse na
costa brasileira. Então quando forem adquirir um modelo as cartas da C-Map tem mais informações da
nossa costa, mais atualizadas ei diria que as cartas Navionics; é uma dica para quem for adquirir um
aparelho desses.
Só um outro lembrete: existe um livrinho; e fui um dos autores, que já está no mercado há algum
tempo e aqui a gente fala do básico do GPS, como é que funciona o sistema, os termos náuticos da
navegação, o "português" do GPS a linguagem do GPS. Uma das maiores dificuldades que a gente tem
é saber o que quer dizer SOG, DPG, a linguagem do GPS e ela varia muito de aparelho para aparelho
por exemplo: em alguns GPS a velocidade é speed e em outros speed over ground, em outros é velocity;
depois o GPS tem uma função de navegação que é o tempo de navegação para chegar a um
determinado ponto, em alguns essa informação é TTG (time to go), em outros é ETE que é tempo
estimado de navegação é a tradução em inglês. Então é muito importante vocês se familiarizarem com a
linguagem do GPS, o que vocês aprenderem no GPS é mais ou menos o que vão aprender no curso de
navegação costeira, mas se vocês não interpretarem essa linguagem isso aqui vai parecer um aparelho
muito difícil de utilizar e na verdade não é, então nos manuais tem essa linguagem e nesse livrinho que a

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Ele se refere aos outros modelos da série 76 da Garmin.
gente fez eu procurei explicar um pouco da linguagem do GPS que eu acho que é uma das principais
dificuldades para entender esse aparelho, se eu não me engano a Regatta tem. Prof. Fábio Reis tem os
manuais traduzidos, para quais modelos Fábio?
- Fábio: para o Garmin 45, 12...
Manual traduzido também é muito importante, ter isso tudo em português, onde a gente encontra esses
manuais? No site? Qual o site? www.escolanautica.com.br Esse é um site importante para vocês
encontrarem manuais traduzidos de alguns aparelhos.
- Platéia: No manual, no livrinho que eu comprei na Regatta ele explica melhor como eu faço para
limpar, no GPS eu ainda não consegui limpar todos os pontos e rotas, nem no manual explica bem
isso.
- Márcio: É a memória do GPS, quando por exemplo você usa a função track, ela vai gravando os
seus pontos, chega a uma hora em que ela enche toda a memória do GPS, alguns aparelhos você
pode programar o intervalo que você quer que o aparelho grave sua posição: a cada segundo, a
cada 10 segundos, a cada 20 segundos, em outros aparelhos isso aqui é automático, então se
você vai fazer uma navegação e depois de 10 horas a memória dele encheu e aí o que acontece
ele vai apagando os pontos iniciais. Agora se você quiser, eu vou sair agora e quero limpar todo o
GPS, eu vou sair e quero voltar pelo mesmo caminho, então eu quero ter o aparelho limpo, aí
você basicamente vai na função plotter, lá na função plotter tem como apagar, ele vai te perguntar
se quer apagar todos os pontos, aí você vai limpar todos os pontos na função plotter. Se você
estiver com o aparelho aí eu vou te mostrar depois, qual o aparelho? É um 12, então sem
problema, eu só aproveitei isso daí para falar como é que processa essas informações.
- Platéia: e carta náutica, qual é o tipo de carta que usa no chartplotter Furuno?
- Márcio: Furuno usa Navionics, usa C-Map e usa as próprias cartas da Furuno também.
- Platéia: e a Raytheon?
- Márcio: A Raytheon: C-Map. O pessoal da Raytheon ajudou muito no desenvolvimento junto com
o pessoal da C-Map das cartas brasileira. Eu gosto mais das cartas da C-Map, tem mais
informações. Nas primeiras cartas digitalizadas brasileiras eles trocavam os nomes das ilhas,
quem navega na região de São Paulo: Queimada Grande está no lugar da Laje de Santos, fica a
mais de 20 milhas uma da outra de distância. As Ilhas na Barra do Saí no litoral norte de São
Paulo se não me engano nas primeiras cartas Navionics não existiam as ilhas. Confiar cegamente
no chartplotter eu não recomendo, já aconteceram casos, eu acredito que tudo isso deva ter sido
atualizado, mas já houve casos em que alguém navegando confiar cegamente no aparelho e ter
uma laje na frente e haver uma discussão a bordo tem, no aparelho não tem e nessa discussão
acabaram passando em cima da laje e o barco bateu.
- Platéia: Então a carta de papel é a carta da Marinha Brasileira? Tem também da Marinha...quem
edita na Inglaterra as cartas sobre as costa brasileira?
- Márcio: É as cartas do Almirantado Britânico são ótimas, mas as cartas brasileiras são
reconhecidas internacionalmente são muito boas, eu por exemplo quando eu fui para a África do
Sul eu tive que comprar uma carta do Atlântico Sul para voltar, mandei minha carta para a revista
para fazer o traçado e tive que comprar outra para a viagem de volta, paguei muito caro e depois
que eu vi atrás que foi impressa no Brasil para o Almirantado inglês, essas cartas náuticas são
reconhecidas. O GPS não dispensa, o chartplotter não dispensa a carta náutica, legalmente não
dispensa.
- Platéia: Existe uma dúvida também sobre a velocidade, o VTO, qual a diferença entre a
velocidade do VTO e a do GPS?
- Márcio: A velocidade do GPS é velocidade em relação à Terra; é a velocidade em que realmente
você está navegando, a velocidade em relação a água, por exemplo se você estiver descendo um
rio e estiver navegando a 5 nós e o rio tiver uma correnteza de 2 nós (que é o normal), então você
está navegando na verdade a 7 nós a favor da correnteza, o GPS vai te marcar 7 nós agora o seu
odômetro, sue velocímetro vai te marcar 5 nós, essa seria a diferença.
- Platéia: O datum usado pela Revista Náutica na publicação dos naufrágios na região da Ilha
Grande é o Córrego Alegre?
- Márcio: Córrego Alegre, nós da Revista Náutica não informamos qual é o datum, mas vamos
passar a informar, mas quando não for dado o datum é porque é sempre Córrego Alegre. O certo
seria informar.
- Magalhães: Márcio no início você falou da transmissão que o aparelho fixo que a antena não
poderia ficar perto do alternador, mas no aparelho portátil não ocorreria a mesma coisa?
- Márcio: Sim, mas no aparelho... por exemplo o aparelho portátil se você está entrando na cabine e
está em cima do motor aquela não é uma boa posição para utilizar o aparelho, agora com o
aparelho portátil você pode sair daí e ir para um local longe do motor, o aparelho fixo você tem
várias possibilidades de instalar a antena a bordo, então nunca instale a antena próximo do motor
ou de outros aparelhos eletrônicos ou por exemplo compressor de geladeira, nunca instale a
antena como eu falei no topo do mastro ou na cruzeta; instale a antena alguns barcos tem no
próprio púlpito da popa ou as vezes num pequeno mastro ou tem na targa. Onde você instalou
Cabinho?
- Cabinho: no mesmo lugar que você...
- Márcio: Eu instalei num mastrinho na popa.
- Cabinho: não, não eu instalei em cima da cabine.
- Márcio: ah eu tenho outro lá também, meu segundo GPS está lá eu instalei em cima da cabine,
mas embaixo do dodger que é uma lona e aí o sinal é perfeito.
- Platéia: e numa lancha com fly e com targa?
- Márcio; na targa.
- Platéia: o primeiro e o segundo GPS?
- Márcio: um de cada lado da targa. Se for GPS fixo; se for portátil no flybridge você pode ter a
antena no próprio aparelho; alguns aparelhos fixos tem antena no próprio aparelho, se ficar a céu
aberto é mais simples. Tipo Navman, essa linha Navman 5500 um dos aparelhos, são GPS
produzidos na Nova Zelândia e são bons aparelhos, um deles a antena é no próprio aparelho.
- Platéia: você falou que a Europa também está construindo um sistema de navegação por satélite.
Europa não está fazendo isso por amor a arte e também as companhias de navegação aérea não
homologaram os GPS ainda porque não é prático, porque num determinado momento, isso
aconteceu em 92, fecharam a comunicação com os satélites e o pessoal ficou a ver navios, então
a questão que se coloca é dentro de quanto tempo você prevê que o sistema europeu será
operacional e aí se vão a surgir GPS's mistos?
- Márcio: GPS's mistos já existiram quando no final da Guerra Fria quando alguns GPS's
começaram a usar o sistema russo, mas eu acredito que no máximo em 3 anos os GPS's possam
usar os 2 sistema: o europeu e o americano. Fábio?!?!
- Fábio Reis: Márcio eu não conheço, um aluno meu apareceu com um Garmin 5, pode ser usado
em náutica o Garmin 5, porque parece que é para automóvel?
- Márcio: para automóvel vocês tem aquele streetpilot da Garmin que foi feito para automóvel, o
cinco pode ser usado para automóvel, mas eu não sei se tem recursos náuticos, como o "Go to" e
outras funções para navegação. O GPS para automóvel é uma coisa que muitos utilizam e alguns
fabricantes já têm no Brasil mas ainda não está operacional. O problema do GPS para automóvel é
a atualização, umas das vantagens é que ele te dá todo o mapa, você não precisa consultar o guia
de ruas, você tem tudo isso no GPS; se você quiser ir para algum lugar no GPS automotivo ele te
programa o traçado e você vai seguindo, o problema é que tem que ter uma comunicação muito
boa entre o fabricante e o departamento de trânsito porque de repente muda uma rua e o GPS vai
te mandar entrar numa contramão, aí se você bater você vai poder culpar o fabricante do GPS.
- Platéia: Você não vai fazer nenhuma referência a uma comparação relativa aos diversos
fabricantes?
- Márcio: o Garmin é o mais popular, agora eu vou falar dos outros fabricantes. Os aparelhos de
grande porte no Brasil, os mais comuns são da Furuno e da Raytheon, existem outras marcas:
Sailtrack, Seared, mas no Brasil os que mais tem são Raytheon e Furuno. Vocês tem também a
nível profissional uma companhia grande chamada JRC -Japan Radio Corporation ou coisa assim
- e é difícil ter no meio civil. Então para grandes barcos se utilizam Furuno e Raytheon e a linha
popular de GPS's menores Garmin. Está entrando os Navman da Nova Zelândia, são bons
aparelhos fixos e com uma boa relação custo/benefício.
- Platéia: Você tem alguma coisa contra os Magellan?
- Platéia: Aqui no Brasil está se desenvolvendo um sistema de GPS brasileiro. Já foi testado e está
funcionando.
- Márcio: Eu não sabia.
- Platéia: mas só para uso militar.
- Márcio: a tendência é você não depender totalmente dos EUA.
- Platéia: O Garmin 72 é um bom aparelho?
- Márcio: sim o 72 é o 76 um pouco mais simples, algumas funções são simplificadas, mas tem o
mesmo visor e é um bom aparelho, não tem tantos recursos.
- Platéia: ele vem com a função WAAS desabilitada, eu posso deixar habilitada que não tem
problema?
- Márcio: Sim.
- Platéia: 76 é o 72 mais simples?
- Márcio: o 76, a série 76 compõe esse daqui, depois tem o 76 map, depois tem o 76 map-s; o 72 é
esse aparelho um pouco simplificado. Só um lembrete na serie 12 esse daqui é o mais popular e o
mais acessível dos Garmin a nível náutico, o 12 comum ele não tem saída para antena externa,
não tem alarme, mas ele em custo/benefício para que não tiver necessidade de muitas funções de
navegação esse é um bom aparelho, custa metade desse daqui (76), quando você usa os dois,
você vê o visor desse sente que é melhor, mas pela quase metade do preço o 12 é melhor.
- Platéia: Márcio eu tenho um Garmin 48e ele com um pouco mais de um ano ele apresentou
aquele defeito que deu no seu de Low Memory Battery, eu quero saber o seguinte: isso tem
manutenção ou é lixo?
- Márcio: se você entrar no site da Garmin se não engano tem alguns representantes no Brasil um
deles é GPS Sailor de São Paulo estes representantes podem te consertar o aparelho; alguns são
descartáveis, o 48 eu não tenho certeza, teria que olhar para ver.
- Platéia: esses aparelhos são fechados a nitrogênio, isso é verdade?
- Márcio: alguns são, o 48 realmente eu não sei. Eles são fechados a nitrogênio para não embaçar,
aí tem que ser aberto num laboratório da própria fábrica e fechado novamente com esse gás se
não ele vai embaçar por causa da variação de temperatura, vai condensar a tela. O GPS... eu
tenho um 12 cx, esse daqui com um pouco mais de memória (acho que tem um 1000 waypoints), a
bateria dura o dobro e não é esse aparelho; é igual a esse mas é o cx, ele é um pouco mais fácil
de usar e toda vez que eu uso ele diz que a bateria da memória está fraca, mas funciona a um ano
assim.
- Platéia: O que aconteceu com a Magellan?
- Márcio: a Magellan foram na verdade quase pioneiros né no GPS. Para você ter uma idéia o
primeiro Magellan o Nav 1000 custava US$ 3 mil, o primeiro GPS, hoje isso deve custar US$ 150/
US$ 200 aqui no Brasil, mas a Magellan sumiu um pouco do mercado, foi vendida uma ou duas
vezes e agora estão retomando no Brasil ainda de maneira tímida. Quem trabalha com a Magellan
é a Real Marine Depot, são bons aparelhos, mas é que eles não são tão populares no Brasil que
nem os Garmins, mas são bons aparelhos.
- Platéia: é que eu tenho Magellan, tenho dois Magellan e a gente não encontra nada sobre eles.
- Márcio: para quem tem Magellan é Real Marine Depot que é a representante.
- Magalhães: Márcio voltando aquela história de captação, você falou de colocar na targa...
- Márcio: Sim.
- Magalhães: como as antenas de rádio comunicação são colocadas na targa não há interferência?
- Márcio: não se recomenda deixar ao mesmo nível a antena do GPS com a antena de radar, e pelo
menos 30 cm da antena do VHF, eu tenho diferença de altura entre o radar e o GPS, na verdade
eu nunca pus no mesmo nível para descobrir se daria interferência ou não, mas é uma
recomendação de alguns fabricantes.
- Magalhães: uma coisa, você já ouviu falar do Icom?
- Márcio: sim, a Icom tem GPS's que não são comercializados no Brasil, quem representa é a
Radiomar, mas eles trazem só os rádios, eu não tenho experiência com esse GPS. Lá fora tem um
GPS chamado North Star, que é muito famoso nos EUA mas aqui também a gente não tem
nenhum representante e não tem muita informação.
- Magalhães: eu tenho um antigo, acredito que seja daqueles primeiros e essa questão do bug que
houve há alguns anos atrás...
- Márcio: ah! O bug do milênio porque chegou no final das semanas de programação do GPS,
alguns GPS's... alguns fabricantes você entrava na internet e fazia um download de um programa
para corrigir o teu aparelho, eu não sei o da Icom, você talvez tenha que entrar no site...
- Magalhães: o meu é Icom e não precisou de nada. Continua funcionando...
- Márcio: continua funcionando, foi programado ou depois ou com um intervalo maior. Só um
momento: o nosso tempo está encerrado e eu posso ficar aqui até as 7 h, mas se alguém quiser
sair está liberado, eu gostaria de continuar e responder as perguntas. Vamos continuar.
- Platéia: o tempo para ter posição?
- Márcio: vocês tem no GPS a função de reinicialização, a inicialização do GPS varia de fabricante
para fabricante. No Garmin você pode determinar a região em que você está, por exemplo: Brasil
norte, Brasil sul, Brasil centro, se você não selecionar ele vai pegar a posição de qualquer maneira
mas se você fizer isso na primeira vez quando comprar GPS colocar as coordenadas aproximadas
do local ele vai te dar essa posição num tempo menor.
- Platéia: Márcio o 76 indica maré, mas...
- Márcio: não funciona para o Brasil.
- Platéia: pois é o Brasil... a Marinha brasileira não tem como botar isso... tem previsão sei lá 5, 10
anos.
- Márcio: Acredito que não. A situação é a seguinte: aqui vocês teriam no GPS informações
relativas a altura das marés, mas isso aqui não vale pro Brasil, provavelmente não teve uma troca
de informações entre a DHN e a Garmin... Não tenho certeza na Europa, mas deve ter; o Caribe
que é mais ligado aos EUA acredito que sim, mas não todo o Caribe. Existem informações também
relativas ao nascer e pôr do sol no GPS.
- Platéia: As cartas vetorizadas são usadas com o GPS vinculado ao chartplotter?
- Márcio: As cartas vetorizadas você usa um software de navegação, descarrega essas cartas no
software e aí você usa o GPS para te dar posição na carta ou pode trabalhar no computador.
- Platéia: e o GPS e o Palm?
- Márcio: o GPS para ser usado em Palmtop ou da Compaq; existem empresas que fizeram
módulos que você acopla na agenda digital com a função GPS, na verdade é uma antena que
você liga na função GPS. Para o Palmtop não sei mas acho que é Magellan, e para o Compaq se
não me engano é o Navman. A Magellan aqui na Real Marine Depot deve ter esse módulo.
- Maribel: a Garmin já tem um Palm com GPS.
- Márcio: A Garmin já tem?!? Se vocês entrarem no site da Garmin todo mês tem novidade, os
próprios fabricantes não conseguem acompanhar... os próprios revendedores não conseguem
acompanhar a Garmin, tem muita novidade, mas a Navman eu sei que tem para Compaq e a
Magellan para Palm.
- Platéia: o cabeamento do radar junto ao do GPS pode causar interferência?
- Márcio: eu tenho a bordo o cabeamento passando junto e não gera interferência, o que poderia
gerar interferência é o ecobatímetro, esse tem que tomar cuidado e seguir as recomendações de
cada fabricante. Uma recomendação para quem tem GPS portátil eu recomendo trocar as pilhas a
cada seis meses.
- Platéia: você navegar com ele na mão num inflável atrapalha alguma coisa da interferência no
sinal ou não?
- Márcio: não os primeiros GPS's quando você aproximava do corpo ele perdia o sinal, hoje esses
GPS's com 12 canais acabou esse problema. Nos GPS's de um ou de três canais você tinha que
afastar ele do corpo para obter um sinal, hoje isso acabou. Bom pessoal agradeço a atenção de
todos.

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