Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
09
anual
Relatório
09
anual
índice
Índice
Projectos Formativos 50 3.4 Parecer do Conselho Fiscal 96
Projectos de Inserção ou Reinserção na Vida 50
Activa 4 Perspectivas Futuras 98
Parcerias com outras instituições 54 3
5 Agradecimentos 102
2.3 Ambiente 58
Reciclagem de Radiografias 59
Recolha de Óleos Alimentares Usados 59
Reutilização de Consumíveis Informáticos 59
e Telemóveis
[ CA P ]
[ CA P ]
1 1
CARta
do Presidente
”
e capacidade de fazer a diferença.
4
ami relatório anual ‘09
5
Carta do Presidente
1
O ano de 2009 foi particularmente importante para – Indonésia, no Quénia e no Ruanda, continuámos
a Fundação AMI, ao completar 25 anos ao serviço da com o apoio a mais 24 projectos de ONG’s locais em
Humanidade, com perseverança, humildade e capaci- 12 países, e expandimos a Missão Aventura Solidária a
dade de fazer a diferença. dois novos destinos: o Brasil e a Guiné-Bissau.
Para celebrar a efeméride, a instituição promoveu Em Portugal, as consequências da crise econó-
várias iniciativas, das quais se destacam o Fórum Inter- mica, que se reflectiram num aumento considerável do
nacional “Encontro de Culturas – Ouvir para Integrar”, desemprego, fizeram-se sentir fortemente no aumento
realizado em parceria com a Fundación Academia Euro- dos pedidos de ajuda à AMI, verificando-se um acrés-
pea de Yuste, e o “Concerto Contra a Indiferença”, pro- cimo de 32% no número de pessoas que procuraram
tagonizado pela Orquestra Metropolitana de Lisboa. pela primeira vez os apoios sociais disponibilizados
Foi, no entanto, com um ano de intenso trabalho pela instituição. Por essa razão, a AMI, ciente das difi-
humanitário que a AMI melhor assinalou este 25.o Ani- culdades que se agravam nas camadas mais frágeis
versário, registando-se na área internacional, um total da sociedade, aposta numa solidariedade activa atra-
de 46 missões internacionais, em 24 países do Mundo, vés dos 12 equipamentos sociais (estando 2 em cons-
sendo de destacar a intervenção em alguns cenários trução em Almada e Ponta Delgada) espalhados pelo
de catástrofe, com a implementação de 5 missões de país desde 1994, destacando-se o Centro Porta Amiga
emergência, nomeadamente, no Zimbabué, de com- de Chelas, que comemorou o seu 10.0 aniversário em
bate ao surto de cólera, na Indonésia, de auxílio às víti- 2009 e o trabalho das Equipas de Rua, premiado com o
mas do terramoto na ilha de Sumatra, nas Filipinas, de terceiro lugar dos Prémios Hospital do Futuro. Inaugu-
apoio às vítimas dos tufões e em Cabo Verde, nas Ilhas rámos, ainda, a terceira Infoteca contra a Infoexclusão,
do Fogo e de S. Nicolau, 2 missões com equipas expa- desta vez no Centro Porta Amiga do Porto e sempre em
triadas, com o objectivo principal de travar uma epide- parceria com a FNAC, a HP, a Galileu e a Microsoft.
mia de dengue. Mantivemos, ainda, a nossa presença No que diz respeito à missão da AMI na área
6 em Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e ambiental, cujo objectivo primordial reside em pro-
República Democrática do Congo, onde continuámos mover as boas práticas ambientais das empresas, das
ami relatório anual ‘09
a desenvolver projectos vocacionados para a formação instituições e dos cidadãos, revelou-se mais uma vez,
de técnicos de saúde e de activistas comunitários, edu- bem sucedida.
cação para a saúde às populações, nutrição, além dos A 14.a edição da Campanha de Recolha de Radio-
cuidados médicos e de enfermagem ainda necessários. grafias permitiu recolher 59 toneladas de radiografias,
Definimos, ainda, o alargamento da nossa intervenção, um total de 1.153 toneladas desde 1996. A recolha de
através do financiamento a novos projectos de ONG’s óleos alimentares usados faz-se desde 2008 , tendo-
locais no Bangladesh, na Bolívia, no Burundi, na Papua -se angariado este ano perto de 40 toneladas, dando
assim o nosso contributo para a produção de alternati- colocou perante a necessidade de construir uma nova
vas ecológicas aos combustíveis fósseis e favorecendo, sede e, finalizado o processo do concurso público para
de alguma forma, a independência energética do país. elaboração do projecto do edifício, estamos prontos
Finalmente, e face à cada vez maior adesão da socie- para dar início à construção.
dade civil a este projecto, recolhemos 248.676 consu- Apesar do contexto de crise económica e finan-
míveis informáticos e 1.659 telemóveis, com a parti- ceira, a AMI conseguiu manter o nível global da sua
cipação, em 2009, de 6.000 entidades colectivas de actividade de anos anteriores, com rigor, prudência e
todos os sectores de actividade. Com estes três projec- sustentabilidade.
tos, angariámos um total de 144 mil euros. Assente na vontade de concretizar o sonho de alar-
É notável, também, o dinamismo da sociedade civil. gar ao mundo as fronteiras da solidariedade, a Funda-
Falo dos voluntários, nacionais e internacionais; falo ção AMI pretende continuar a lutar com tenacidade,
dos núcleos, pequenas organizações de voluntários uma equipa incansável e o apoio de muitos amigos,
em todo o território nacional, que promovem abnega- por uma Humanidade mais forte, mais bela, mais justa
damente a divulgação dos objectivos da AMI, de que e mais sustentável, de forma a permitir um futuro dife-
é exemplo o Núcleo de Lousada, que gere um centro rente e melhor para as próximas gerações e construir a
social com excelentes infra-estruturas e serviços; falo desejável paz no mundo.
também das empresas, nomeadamente, a Ibersol, que
promoveu, novamente, a campanha contra a fome no
mundo, a favor da AMI e do Programa Alimentar Mun-
dial, a SIBS, cuja parceria inclui a AMI num grupo res-
trito de entidades listadas numa nova operação mul-
tibanco destinada à angariação de fundos, o BES, que
Missões de Emergência
Missões de Desenvolvimento
10
ami relatório anual ‘09
[ CA P ]
45
40
35
30
25
No ano em que comemorou 25 anos de Ajuda 20
15
Humanitária, a AMI efectuou um total de 46 missões 10
internacionais, em 24 países do Mundo. 5
0
Afeganistão (2) ∏ Angola ∏ Bangladesh (2) ∏ 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Bolívia ∏ Brasil (2) ∏ Burundi ∏ Cabo Verde (5)
∏ China ∏ Filipinas (2) ∏ Guiné-Bissau (3) ∏ Indoné- Microprojectos
sia (6) ∏ Líbano ∏ Libéria ∏ Malásia (2) ∏ Panamá ∏
Quénia (2) ∏ República Centro Africana ∏ República
Democrática do Congo ∏ Ruanda ∏ S. Tomé e Príncipe
∏ Senegal (2) ∏ Sri Lanka (3) ∏ Timor (3) ∏ Zimbabué Missões de Desenvolvimento
Recursos Humanos
165
para possíveis partidas com a AMI em missão.
160
14 80
69
34
60
ami relatório anual ‘09
42
40
22
17
20
13
9
6
0
Cabo Cabo R.D.Congo Guiné- Zimbabué São
Verde Verde -Bissau Tomé
(São (Ilha do
Nicolau) Fogo)
Acções de Formação Acções de sensibilização
Pedidos de Ajuda
60
56
50
40
28
30
20
20
11
10
4
4
3
2
2
0
África Ásia Médio América Europa 15
Oriente
de 1400 palestinianos perderam a vida, e milhares de uma equipa da sede em missão de avaliação a micropro-
pessoas ficaram desalojadas. A Palestina foi também jectos na Indonésia, a AMI avançou com uma missão de
atingida por cortes de fontes de energia, impedimento emergência de apoio às vítimas do sismo na Ilha de Suma-
do acesso a medicamentos e alimentos e impedimento tra. Além de dois elementos da sede, a equipa foi constitu-
de acesso a assistência médica e ajuda humanitária. ída por 1 médico e 1 enfermeiro. Felizmente, neste caso, as
Face a este contexto, e em resposta a um pedido de autoridades indonésias reagiram prontamente, não tendo
ajuda da Delegação da Palestina em Portugal, a AMI sido necessária uma presença continuada no terreno.
Zimbabué
Gokwe (Apoio à situação crítica da saúde no Zim-
babué)
Este projecto, aliás a primeira intervenção da AMI
neste país, foi motivado pelo surto de cólera que atin-
giu o Zimbabué em Agosto de 2008 e se prolongou até
Abril de 2009. A partir de Dezembro, com o começo da
Também em Outubro, a AMI avançou com uma época das chuvas, a situação agravou-se. Entre Agosto
missão de emergência às Filipinas, na sequência dos de 2008 e Julho de 2009, foram registados 98.592
tufões de grande dimensão que atingiram o país (Ket- casos de cólera, dos quais 4.288 fatais, de acordo com
sana e Parma) no final de Setembro e início de Outubro, dados oficiais divulgados.
tendo afectado mais de 3,5 milhões de pessoas, desalo- Perante esta situação, foi traçada em Novembro de
jando 890 mil famílias e provocado mais de 2000 mor- 2008, a partir de Harare, uma estratégia que pretendia
tes. A AMI interveio em campos de deslocados na Pro- integrar os diversos organismos num esforço comum
víncia de Zambales, com dois elementos da sede e em de combate à cólera, tendo sido criado um Grupo de
estreita parceria com uma missão católica local. trabalho (Health Cluster), liderado pela Organiza-
Em Novembro, face ao surto de dengue que defla- ção Mundial de Saúde (OMS) em colaboração com o
adamente o município de Botolan como zona de inter- 1 médico e 2 enfermeiros, este reforço da Missão de
venção. Botolan é um meio rural que tem várias aldeias Desenvolvimento da AMI na Ilha do Fogo teve como
dispersas. Algumas das aldeias pertencentes à primeira objectivo o combate à grave epidemia de dengue que
comunidade indígena das Filipinas, os “Aetas”, fica- assolou este arquipélago do Continente Africano.
ram totalmente destruídas e parte desta comunidade Para além dos profissionais de saúde, a AMI disponi-
ficou sem habitação e sem terras de cultivo. Desde o bilizou material médico, equipamentos para um hospital
mês de Agosto, existiam neste município 9 campos de campanha, meios de deslocação e medicamentos.
A missão contou com um orçamento
de € 58.931,92, dos quais €45.707,46
foram financiados pela ECHO e €
11.426,86 pelo IPAD.
Missões de Desenvolvimento
ção adequada sobre as consequências de certos hábi- Pública, e dados do ICASE (Instituto Cabo-verdiano de
tos e comportamentos. Acção Social Escolar) de 1996, revelavam uma preva-
Os principais problemas de saúde referenciados lência de cárie dentária em cerca de 59,5 % dos alunos
podem ser evitados ou solucionados através da pro- do EBI (Ensino Básico Integrado). Assim, a linha de
moção da saúde junto das populações, grupos-alvo e actuação deste projecto passa por promover o hábito
agentes educativos. A consciencialização para estes da escovagem de dentes às crianças do pré-escolar da
problemas surge como instrumento mais adequado zona sul dos concelhos de S. Filipe e Santa Catarina.
23
Brasil
Milagres (Saúde Social)
Em 2009, a AMI alargou a área de intervenção na dois aparelhos necessários ao laboratório, na medida
Indonésia, apoiando um projecto na Papua Ocidental, em que possibilitam a realização das principais análises
para o qual disponibilizou um orçamento de €4.900. médicas na própria Policlínica, evitando a deslocação
O projecto é desenvolvido pela Yasumat – Fundação dos utentes para infra-estruturas de saúde distantes.
para o Desenvolvimento dos Povos Isolados, com quem O orçamento disponibilizado para este projecto é
a AMI já desenvolveu uma parceria em 2004, apontando de €90.000 para um período de 3 anos.
como principal objectivo a melhoria da qualidade dos
Este projecto tem como beneficiá-
rios cerca de 10.000 refugiados, maiori-
tariamente crianças, que vivem na região
de Kuala Lumpur, os Orang Ulu (pes-
soas a nascente do rio), tribos como Lun
Bawang, Tagal and Murut, assim como
crianças refugiadas em Sarawak, e a
minoria indígena do Oeste da Malásia,
em Perak e Pahang, espalhadas por mais
de 500 aldeias.
Com a duração de 12 meses, o projecto
está orçado em €11.000.
Malásia
Em 2009, a AMI apoiou 2 projectos na Malásia, Melaka (Saúde – HIV/SIDA)
um nas regiões de Sentul e Penang e outro em Melaka, Em Melaka, o apoio da AMI, no total de €15.000,
direccionados para a formação de professores e para o permitiu a construção de uma casa para alojar 12 doen-
auxílio a doentes infectados com o HIV/SIDA. tes infectados com o HIV/SIDA, para além dos doentes
Quénia
Mombaça (Educação e Saúde)
melhorar a subsistência do lar, de forma a poder a 120 crianças órfãs da sida, das quais 67 a frequentar a
chegar a mais crianças desfavorecidas, através da escola secundária e 53 a frequentar a escola primária.
construção de 2 salas de aulas no infantário (que O programa de assistência escolar vem responder às
tem actualmente 6 salas e uma capacidade para necessidades das crianças não escolarizadas, permitindo-
154 crianças). As salas terão capacidade para cerca lhes integrar o sistema educativo existente e contribuindo
de 25 crianças cada. O infantário pertence à Mji wa para reduzir as disparidades, em matéria de educação.
Salama Children’s Home e está aberto à comuni- Pretende-se com este projecto, orçado em €15.000
Katack desde 2006, prevendo-se a sua inauguração em
2010, após as obras terem sido interrompidas devido
ao recrudescer do conflito. De notar que o Centro de
Saúde de Djignaky foi de primeira importância no tra-
tamento dos feridos de guerra.
Este projecto conta com um orçamento de €20.000
e a duração de 2 anos.
e com a duração de 1 ano, contribuir para a melhoria
das condições de vida de 120 orfãos da SIDA que se Réfane (Capacitação Feminina, Reabilitação de
encontram em situação vulnerável e assegurar cuida- Estruturas de Saúde e Educação)
dos de saúde médicos às 120 crianças afectadas ou Perante o sucesso das edições anteriores da “Mis-
infectadas pelo VIH\SIDA. são Aventura Solidária”, a AMI continuou a promover
a iniciativa, que em 2009 ocorreu em Abril, Junho e
Senegal Outubro e permitiu a construção de 2 centros de saúde
Apesar da sua longa história de participação em e um centro de costura em 3 aldeias de Réfane.
missões internacionais de peacekeeping e como Este projecto, bem como os microprojectos de
mediador regional, o Senegal enfrenta internamente apoio à população local são desenvolvidos em parce-
Timor-Leste
Apesar da crise financeira global, a eco-
nomia timorense continua a recuperar forte-
mente da escalada de violência que assolou
o país em 2006.
Cabo Verde (Campanha de Vacinação)
Fogo
No âmbito de uma campanha nacional de vacina-
ção contra a poliomielite e o sarampo, foram vacinadas
2.213 crianças no concelho de S. Filipe e Santa Cata-
rina, o que corresponde a cerca de 96,6% das crian-
ças com idades compreendidas entre os 9 meses e os
5 anos.
Outros Projectos Esta campanha resultou de uma parceria da AMI
com a Delegacia de Saúde de S. Filipe.
À semelhança de anos anteriores, foram atribuídos
apoios pontuais em ajuda humanitária a mais 5 projec- Guiné-Bissau (Educação)
tos em 5 países. A Iniciativa “Dino e o Carro Azul” é um movimento
criado em Portugal que tem como objectivo angariar
Palestina (Saúde) material escolar e enviá-lo para países em desenvolvi-
Gaza mento. Esta iniciativa tem vindo a crescer e tem hoje
Em 2009, a AMI enviou medicamentos no valor um conjunto de escolas associadas e ainda de outras
será o cenário desta parte do projecto na qual os acto- da Cruz Vermelha, a Federação Internacional da Cruz
res portugueses irão trabalhar. Vermelha e do Crescente Vermelho, a VOICE (Organi-
zações voluntárias de cooperação em emergência), e
Estudo das águas em Bolama o ICVA (Conselho Internacional de Agências Voluntá-
Em 2009, a AMI continuou a apoiar financeira e rias). Em 2009, esteve em curso um processo de revi-
logisticamente a ida de uma equipa de 3 elementos do são do “Projecto Esfera”, prevendo-se o lançamento da
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) nova edição em 2010. Este processo envolveu ONG’s
A formação foi co-financiada pela Comissão Euro-
peia através da DG ECHO (Direcção Geral de Ajuda
Humanitária).
Os cursos foram ministrados pela Punto.Sud, ins-
tituição italiana especializada em formações na área
humanitária, e pelo Instituto de Higiene e Medicina
Tropical (IHMT), e contaram com um total de 58 par-
e organizações internacionais de várias áreas de inter- ticipantes.
venção, além de um conjunto de consultores seleccio-
nados para o efeito. A AMI deu o seu contributo para o Logística
capítulo V relativo à intervenção em saúde.
O envio programado de medicamentos para as
Formação a Voluntários Internacionais AMI diferentes missões fora do país materializou-se num
É uma preocupação crescente da AMI a adequada total de 10 despachos de medicamentos, a partir da
preparação dos voluntários internacionais, num con- Holanda, via IDA, em mão, ou via mala diplomática
texto em que a ajuda humanitária e a ajuda ao desen- (envio urgente), num total de 5.502 Kg e 53.878 Euros.
volvimento exigem uma actuação cada vez mais pro-
63
40
43
35
29 4
7
91
49
25
30
79
57
29
29
63
66
23
17
17
17
72
17
11
e em Coimbra acorreram respectivamente 629 (mais ao ano de 2004. Da restante população, seguem-se os
15% que o ano anterior) e 373 (mais 3% que no ano naturais dos PALOP (12 %).
anterior) pessoas. No Centro Porta Amiga de Angra do No que diz respeito ao estado civil, os valores são
Heroísmo, os serviços da AMI foram solicitados por semelhantes aos de 2008, com uma população cons-
336 pessoas, mais 44% que em 2008. tituída por indivíduos solteiros, divorciados e viúvos
(57%), ou seja, maioritariamente uma população de
isolados. Apesar de os homens (52%) estarem em
Frequência Total da População Atendida Segundo Áreas Geográficas
População Sem-abrigo
Locais de Pernoita (segundo o sexo)
A naturalidade da população sem-abrigo que pro- 424
Homens Mulheres
[ CA P ]
Imigrantes
Em 2009, a população imigrante continuou a recor-
300
200
100
0
PALOP Europa Outros Outro
de Leste Países País Africano
06
04
02
07
03
05
09
99
01
08
98
97
244
20
20
20
20
20
20
20
19
20
19
20
19
20
06
09
04
08
02
07
03
05
20
20
20
20
20
20
20
20
43
[ CA P ]
Abrigos Nocturnos
Com o objectivo de dar uma resposta de interven-
que trabalham com situações que se podem definir dos outros que estavam nos Abrigos desde o ano pas-
como de sem-abrigo (de que são exemplo as Equipas sado, ou que tinham já saído e regressaram. Assim,
de Rua e os Centros Porta Amiga da AMI). o número total de pessoas apoiadas por estes dois
Devido à diversidade das problemáticas apresen- equipamentos sociais foi de 135, o que representa um
tadas pelos indivíduos, às diferentes histórias de vida aumento de 7% em relação a 2008.
e capacidades que cada um apresenta, o acompanha- Os escalões etários com maior peso situam-se
mento, muito mais que a admissão, é um processo entre os 30 e os 49 anos (60%) e entre os 50 e os 59
“
A Fundação AMI tem em funcionamento dois Centros de Alojamento
Temporário, um em Lisboa, Abrigo da Graça (desde 1997)
“
e outro no Porto, Abrigo do Porto (desde 2006).
da Graça, Lisb
oa]
[Foto: Abrigo
2 lidade estrangeira.
Da população imigrante apoiada pelos Abrigos,
os PALOP são os que têm maior expressão (32%)
seguidos do grupo de imigrantes da Europa de Leste
(28%).
De salientar que esta população é marcada por Nas questões de saúde, 34% necessitou de cuida-
uma acentuada solidão, já que a maioria (83%) é sol- dos: medicamentos (78%); acompanhamento psiqui-
teira (57%), divorciada (24%) ou viúva (2%) sendo que átrico (41%); consulta médica (65%). Por outro lado,
55% vivia só antes da sua entrada para o abrigo. Apesar verificou-se que 41% tem médico de família e 14%
de haver 9% de homens casados, apenas 2% se encon- não tem. O VIH/SIDA afecta 7% dos homens apoia-
trava a residir com o cônjuge. dos nos Abrigos, havendo ainda uma elevada percen-
Relativamente às habilitações literárias, estas são tagem de desconhecimento (30%). De referir também
muito baixas contabilizando-se que a maioria tem o 2.0 que 36% destes homens são consumidores de subs-
ciclo (30%), segue-se o 1.0 ciclo ou menos (27%) e o 3.0 tâncias aditivas.
ciclo (21%). Verifica-se ainda que um elevado número Dentro dos motivos que levaram esta população a
não possui qualquer formação profissional (59%). procurar apoio nos Abrigos pode-se considerar que a
Dos Recursos Económicos salienta-se o recurso à precariedade financeira (96%), o desemprego (70%)
mendicidade como aquele com maior expressão (33%). e a falta de habitação (48%) foram os que registaram
Traduzem-se ainda no acesso a vários subsídios: RSI maior peso.
(22%) e apoios institucionais (10%). Existe ainda uma Num quadro de satisfação de necessidades bási-
percentagem que sobrevive com um salário temporá- cas pode-se considerar que o apoio em alojamento,
rio (10%) e salário fixo (11%), se bem que precário, pois vestuário, alimentação e cuidados de higiene foram as
não permite a saída imediata desta situação. carências às quais estes equipamentos responderam.
No que diz respeito aos locais de pernoita prévios No que diz respeito às necessidades de alimentação,
à sua entrada nos Abrigos Nocturnos, grande parte os dois Abrigos serviram 35.768 refeições durante o
(37%), e ao contrário do ano anterior, encontrava-se na ano de 2009.
rua (espaço onde se incluem: carros e prédios abando- Dentro das necessidades de inserção/reinserção
46 nados, escadas/átrios de edifícios, contentores e esta- social, a de obter alojamento próprio a curto prazo
ções de comboio). Havia ainda 20% que pernoitava evidenciou-se em 96%. O facto de se tratar de indi-
ami relatório anual ‘09
3.626
420 limpezas de habitação, 204 acções de tratamento de
roupa, 129 saídas e acompanhamentos ao exterior e 153
acompanhamentos sociais e encaminhamentos. 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
RVCC – Reconhecimento, Validação e Certifica-
ção de Competências
O Centro Porta Amiga do Porto continuou a dispo-
nibilizar o Reconhecimento, Validação e Certificação de
Competências (RVCC), tendo os 5 alunos beneficiado
de mais 85 aulas. Todos finalizaram o curso com distin-
ção, tendo assim obtido o 3.0 ciclo de escolaridade.
Educação, Formação Profissional
e Emprego Alfabetização
No Centro Porta Amiga das Olaias, este projecto
Projectos de Educação foi iniciado em Fevereiro de 2006 e foi de encontro a
Ensino 1.º Ciclo um pedido tantas vezes expresso pelos mais idosos.
No Centro Porta Amiga do Porto, através da cedência Em 2009, contou com o apoio de duas professoras
de um professor pela Escola Ramalho Ortigão, foi possí- duas vezes por semana. Continuam a ser os idosos
vel ministrar o ensino do 1.0 ciclo de escolaridade a pes- e os estrangeiros quem mais recorre a este serviço.
soas que nunca tinham ido à escola ou ficaram marcadas Durante o ano, esta valência foi frequentada por 15 pes-
pelo insucesso neste nível, não o tendo completado. soas, entre portugueses e estrangeiros.
Projectos Formativos
A AMI renovou no dia 30 de Janeiro de 2009, por
O objectivo geral desta acção de formação foi pro- tenham conseguido manter os postos de trabalho.)
mover e apoiar o desenvolvimento de competências • Programas Ocupacionais/Contratos Emprego
das equipas técnicas da AMI e de outras entidades sem Inserção
fins lucrativos, através de acções formativas de curta e • Estágios Profissionais
média duração nos domínios da aprendizagem, quali- • Empresa de Inserção
ficação e especialização, de forma a colmatar as suas • Programa Vida-Emprego
necessidades específicas.
ção de outras pessoas, em especial familiares e amigos
(48) que já tenham recorrido a este serviço.
Na prática, procura-se estabelecer com cada utente
uma meta ou um objectivo a alcançar tendo em conta as
suas expectativas e ambições. Assim, aqueles que procu-
ram obter a escolaridade obrigatória são encaminhados
para os Centros Novas Oportunidades (CNO), e aqueles
UNIVA (GIP), Clube de Emprego e Gabinete que procuram outro tipo de formação, para centros de
de Apoio ao Emprego formação profissional e/ou centros de emprego. Os que
Centro Porta Amiga de Chelas apenas procuram trabalho são acompanhados no GIP
Desde o final de 2006 que a UNIVA do Centro na procura activa de emprego. Desse modo, foram rea-
Porta Amiga de Chelas não se tem limitado apenas lizadas 105 sessões de técnicas de procura de emprego
ao serviço de apoio na procura de emprego e orienta- (TPE´S), tendo sido 56 utentes colocados no mercado de
ção profissional e vocacional, mas também assegura trabalho e 72 encaminhados para os CNO e para o IEFP.
as apresentações quinzenais dos indivíduos desem- Nas sessões de informação colectivas participaram
pregados, residentes na freguesia de Marvila e Oli- 97 utentes com o intuito de definir o seu plano pessoal
vais, que se encontram a receber a prestação de sub- de emprego ou formação profissional e aprendizagem.
este serviço 184 utentes, mais 28% que no ano anterior, aguardar resposta e um pedido de prorrogação de um
na sua maioria mulheres, e de nacionalidade portuguesa. projecto também à espera de resposta.
A grande maioria encontra-se nas faixas etárias entre os No total passaram pelos vários projectos, ao longo
30 e os 49 anos de idade. Há ainda uma pequena per- do ano de 2009, 23 pessoas, tendo transitado para
centagem de utentes com idade inferior a 16 anos. Trata- 2010, 14 pessoas.
se de jovens que estão no sistema tradicional de ensino Nas ilhas, através destas medidas, foram integra-
e que procuram alternativas. De um modo geral, as habi- das duas pessoas, das quais uma transitou de 2008.
No ano de 2009 não houve novas candidaturas ao
Programa Vida-Emprego. Os 4 elementos que a AMI
mantém correspondem a integrações realizadas em
anos anteriores (2006 e 2007), havendo obrigatoriedade
de manutenção dos postos de trabalho por 4 anos.
Estágios profissionais
Programas N.º de Beneficiários
A AMI enquadrou, em 2009, 19 Estágios Profissio-
nais, 13 dos quais representam novos projectos, e 6 UNIVA ou GIP 289
transitaram de 2008. Clube de Emprego 252
Gabinete de Apoio ao Emprego 184
Empresa de Inserção Programas Ocupacionais / CEI 23
O projecto de apoio domiciliário “Simpatia à Porta” Estágios Profissionais 19
continua a ser apoiado em parte pelo IEFP, uma vez Empresa de Inserção 4
que se enquadra no perfil de Empresa de Inserção,
Programa Vida-Emprego 4
cujos objectivos são:
Programa Vida-Emprego
No âmbito das medidas activas de emprego e for-
mação foi criado o programa Vida-Emprego, que visa
potenciar a (re)inserção socioprofissional de toxicode-
pendentes, como parte integrante e essencial do pro- 53
cesso de tratamento. As acções desenvolvidas incidem
nas vertentes de informação, orientação e formação
profissional, bem como integração socioprofissio-
nal. As medidas específicas são: estágio de integra-
ção socioprofissional, apoio ao emprego e prémio de
integração.
[ CA P ]
2 Cais
O Projecto CAIS é um projecto que tem em vista
o apoio a pessoas socialmente excluídas, de que são
exemplo os Sem-Abrigo, desempregados, indivíduos
com problemas de saúde, como o alcoolismo e o VIH/
SIDA. Este projecto permite-lhes obter meios económi- RSI – Rendimento Social de Inserção
cos para a satisfação das suas necessidades básicas, O Rendimento Social de inserção é uma medida
através da venda da Revista Cais. Em 2009, tivemos 24 que tem por objectivo promover a inclusão, através da
vendedores, menos 4 que no ano transacto. No âmbito atribuição de uma prestação pecuniária que inclui um
da animação sócio-cultural, ambos os Abrigos partici- programa de inserção que visa favorecer a integração
param no peddy paper, promovido pela CAIS, “Aventu- socioprofissional dos indivíduos. O objectivo consiste
rarte” que decorreu no mês de Junho, tendo a equipa em conferir às pessoas e aos seus agregados familiares
do Abrigo do Porto ganho o 2.0 lugar. apoios adaptados à sua situação no sentido da satis-
fação das necessidades básicas e da progressiva inser-
CPCJ – Comissão de Protecção ção laboral, social e comunitária.
de Crianças e Jovens em Risco Em 2009, os Centros Porta Amiga da AMI acompa-
- Lisboa Oriental – Modalidade Alargada nharam 1.503 pessoas que estavam a receber o RSI e
Há já vários anos que a AMI está representada na 371 que estavam a aguardar resposta ao pedido.
CPCJ Alargada de Lisboa Oriental. À comissão alargada
compete desenvolver acções de promoção dos direitos Rede Social
e de prevenção das situações de perigo para a criança O Programa Rede Social foi criado por Resolução
e jovem, nomeadamente: do Conselho de Ministros que o define como um fórum
• Informar a comunidade sobre os direitos da criança de articulação e congregação de esforços baseado na
e do jovem e sensibilizá-la para os apoiar sempre adesão livre por parte das autarquias e das entidades
que estes conheçam especiais dificuldades; públicas ou privadas sem fins lucrativos, que quei-
• Promover acções e colaborar com as entidades ram participar. Os esforços destas entidades encon-
competentes, tendo em vista a detecção dos fac- tram-se concentrados na erradicação ou atenuação da
54 tos e situações que afectem os direitos e interes- pobreza e da exclusão social e na promoção do desen-
ses da criança e do jovem; volvimento social.
ami relatório anual ‘09
• Colaborar com as entidades competentes no estudo Todos os Centros Sociais da AMI continuam a par-
e elaboração de projectos inovadores no domínio ticipar nas Redes Sociais Locais. Ainda importante
da prevenção primária dos factores de risco, bem referir, no âmbito da implementação da Rede Social de
como na constituição e funcionamento de uma Lisboa, a eleição do Abrigo da Graça como represen-
rede de respostas sociais adequadas. tante dos equipamentos com resposta de alojamento
no Grupo de Trabalho para a População Sem-abrigo.
Rede Alargada de Instituições
de Acolhimento e Integração de Refugiados
Ao longo deste ano, a AMI participou, mais uma vez,
em reuniões bimensais com as instituições que fazem
parte desta rede e em acções de formação temáticas.
As instituições que fazem parte da Rede são: AMI,
OIM (Organização Internacional das Migrações), APAV
REAPN – Rede Europeia Anti-Pobreza (Associação de Apoio à Vítima), CAVITOP (Centro de
A Rede Europeia Anti-Pobreza de âmbito nacio- Apoio às Vítimas de Tortura em Portugal), CEPAC (Cen-
nal (REAPN) representa em Portugal a European Anti tro Padre Alves Correia), Centro Distrital da Segurança
Poverty Network (EAPN), desde a sua fundação em Social de Lisboa, CIC Portugal, Comissão Nacional de
1990. A EAPN é uma associação sem fins lucrativos, Protecção de Crianças e Jovens em Risco, CPR (Conse-
sediada em Bruxelas, estando representada em cada lho Português para os Refugiados), Exército de Salva-
um dos Estados - Membros da União Europeia por ção, IEFP (Instituto de Emprego e Formação Profissio-
Redes Nacionais. nal), Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Médicos
A missão da REAPN é defender os direitos huma- do Mundo, SCML (Santa Casa da Misericórdia de Lis-
nos fundamentais e garantir que todos tenham as con- boa) e o Serviço de Jesuítas aos Refugiados.
em circunstâncias de maior vulnerabilidade. Apesar da desta população, sendo que 42% possui o primeiro
crescente democratização dos suportes informáticos que ciclo de escolaridade e 23%, o segundo ciclo. De salien-
facilitam o acesso à informação, verifica-se que determi- tar ainda que a grande maioria não exerce qualquer
nados grupos de pessoas portadores de deficiência, iletra- actividade profissional (88%) e os que exercem fazem-
dos e/ou iletrados tecnológicos, com limitações econó- no de forma precária (12%).
micas ou em situação de marginalidade social – idosos,
imigrantes – ficam de fora da actual sociedade digital.
57
2.3
Ambiente
2
Reutilização de Consumíveis
Recolha de Óleos Alimentares Usados Informáticos e Telemóveis
Os óleos alimentares usados são recolhidos em esta- Os consumíveis informáticos e os telemóveis são
belecimentos do canal Horeca - hotéis, restaurantes e recolhidos em escritórios e também directamente do
cantinas -, em escolas, juntas de freguesia, e também público, através de parcerias com estabelecimentos
através de oleões instalados pelas câmaras municipais comerciais. Estes equipamentos são regenerados e enca-
na via pública. São depois transformados em biodiesel minhados para reutilização em mercados onde existe
que é utilizado por empresas de camionagem. dificuldade na aquisição de equipamentos novos.
Este projecto permite evitar, quer a contaminação Este projecto permite poupar recursos naturais
das águas residuais, quando o óleo é despejado na rede essenciais ao fabrico destes equipamentos, ao mesmo
pública de esgotos, quer a deposição dos óleos alimen- tempo que evita a sua deposição em aterro.
tares usados em aterro, quando colocados nos contento- Em 2009, participaram neste projecto 6.000 enti-
res de resíduos comuns. O biodiesel produzido constitui dades colectivas de todos os sectores de actividade, 59
uma alternativa ecológica aos combustíveis fósseis, con- tendo sido recolhidos 248.676 consumíveis informáti-
tribuindo adicionalmente para reduzir as emissões de cos e 1.659 telemóveis, e gerados €38.229,95 de fun-
CO2. Ao contrário do que por vezes acontece com o bio- dos. Desde o início deste projecto em 2004, foram
diesel de produção agrícola, esta forma de produção não encaminhados para reutilização 787.534 consumíveis
implica a desflorestação para afectação de terrenos, nem informáticos e 18.859 telemóveis, de que resultou a
concorre com o mercado da alimentação. São gerados angariação de €247.879,37.
[ CA P ]
2.4
Alertar Consciências
2
em que todos são em simultâneo, volvimento local, através do seu financiamento, mas
”
também da sua participação no terreno, foram lança-
centro e periferia. dos em 2009 dois novos destinos.
[Mia Couto in Pensatempos] O grupo de aventureiros contou sempre com o
acompanhamento de 2 elementos da AMI.
No Brasil, a AMI mantém há largos anos uma rela-
Iniciativas AMI ção estreita com a ONG ACOM, facto que facilitou o
arranque do projecto.
60 As Redes Sociais Esta Missão piloto contou com a participação de
Em 2009, a AMI alargou a utilização destas novas 5 aventureiros, tendo sido feita a reabilitação do Audi-
ami relatório anual ‘09
ferramentas de comunicação passando a utilizar, para tório da Instituição e também da sala onde funciona a
além do You Tube, o Facebook, o Twitter e o blog AMI. Oficina de Artes Visuais.
No que diz respeito ao blog da AMI, criado em Setem- Outro dos novos destinos lançados em 2009 foi
bro de 2009 com o apoio da SAPO, até final de 2009 a Guiné-Bissau, país onde a AMI mantém uma mis-
contou com 3.458 visitas provenientes de várias partes são de Desenvolvimento e onde decorreram 2 Missões
do globo: Portugal, França, Cabo Verde, Espanha, Reino Aventura Solidária nesse ano.
Unido, França, Alemanha, Brasil, Canadá, entre outros. A Missão piloto contou com a participação de 11
aventureiros, que possibilitou a reabilitação da escola
de Madina e equipamento da Biblioteca da ONG Cabás
Garandi.
Por sua vez, a segunda missão contou com a par-
ticipação de 7 elementos, permitindo a reabilitação da
Escola Primária na comunidade do Wato.
Ao Senegal, realizaram-se em 2009, 3 Missões
Aventura Solidária.
A 6.a Missão Aventura Solidária contou com a partici-
pação de 12 aventureiros e 1 jornalista que contribuíram
Iniciativas Terceiros
vidades desenvolvidas pela Fundação. Depois de seis décadas, e pela segunda vez, esta
conferência não se realizou na sede das Nações Uni-
Fórum de Cooperação das, em Nova Iorque. A escolha do México teve como
para o Desenvolvimento objectivo promover a participação de mais ONG’s da
A AMI participa no Fórum da Cooperação para o América Latina neste evento.
Desenvolvimento desde a sua primeira reunião plená-
ria em Novembro de 2008.
Plataforma Comemorativa dos 50 anos
da Declaração dos Direitos da Criança
A AMI foi convidada a integrar a Plataforma Come-
morativa dos 50 anos da Declaração dos Direitos da
Criança e 20 anos da Convenção sobre os Direitos da
Criança, que terá a duração de um ano (2009/2010) e
contará com várias iniciativas entre as quais a criação
de um micro site, materiais de divulgação e interpreta-
ção dos direitos da criança, eventos e espaços de refle-
xão, entre outras que ainda estão a ser equacionadas.
Prémios e Distinções
2 Atribuídos
Prémio AMI – Jornalismo Contra a Indiferença
O Prémio AMI – Jornalismo Contra a Indiferença
destina-se a destacar os trabalhos jornalísticos que,
pela sua excepcional qualidade, representem um teste-
munho e uma contribuição válida para que a indiferença Relativamente aos trabalhos concorrentes por cate-
não permita cobrir com um manto de silêncio situações gorias, de 1999 a 2009, concorreram já ao Prémio AMI
intoleráveis, do ponto de vista humano, social, econó- – Jornalismo Contra a Indiferença 254 trabalhos de
mico ou outro, em qualquer parte do mundo. imprensa, 196 de televisão, 54 de rádio e 22 online.
Com uma periodicidade anual, o Prémio AMI – Jor- De notar que, nos dois últimos anos, a tendência
nalismo Contra a Indiferença é atribuído no primeiro tem-se alterado. Desde o início, o maior número de tra-
semestre do ano seguinte ao qual respeitam os traba- balhos concorrentes era de imprensa (49%), seguida
lhos em concurso. de televisão (37%), depois rádio (10%) e por último
O autor do trabalho jornalístico vencedor do 10 prémio, online (4%).
recebe 15.000 Euros e uma escultura de João Cutileiro. Em 2008 e 2009 houve mais trabalhos de televisão
Na 11.a edição do Prémio, estiveram a concurso 58 do que de imprensa.
trabalhos (20 de imprensa, 31 de televisão e 7 de rádio)
de 48 jornalistas de 15 órgãos de comunicação social
diferentes. Trabalhos Concorrentes
por categoria 1999-2009
70
Trabalhos Concorrentes por categoria 2009
60
Rádio
12%
50
40
30
Imprensa Televisão
66 35% 53% 20
10
ami relatório anual ‘09
0
00
04
02
03
05
99
01
06
09
08
07
20
20
20
20
20
20
19
20
20
20
20
Online
0%
Imprensa Televisão Rádio Online
Recebidos
AMI galardoada com o Prémio Municipal
Madalena Barbosa
O Prémio Municipal Madalena Barbosa distingue
projectos que se destaquem no desenvolvimento de acti-
vidades que promovam a igualdade de género na cidade
de Lisboa, mediante a apresentação de um projecto.
Desde 1999 já concorreram a este prémio 328 jor- O júri da primeira edição deste Prémio, presidido
nalistas com um total de 526 trabalhos. por Maria Antónia Palla, em representação da Câmara
A média de jornalistas concorrentes é de 29,8 e de Municipal de Lisboa, e por Elza Pais, em representa-
trabalhos de 47. Assim, em 2009, tanto o número de ção da CIG (Comissão para a Cidadania e Igualdade de
jornalistas concorrentes (48) como o número de traba- Género), e constituído por Manuela Tavares (investiga-
lhos (58) está acima da média. dora), Maria Teresa Horta (escritora), e Sofia Branco
Desde a primeira edição desta iniciativa já foram (jornalista), deliberou por unanimidade atribuir ex-
galardoados 51 trabalhos (22 de imprensa, 23 de tele- -aequo o Prémio Municipal Madalena Barbosa a 3 ins-
visão e 6 de rádio). tituições, entre as quais a AMI, pelo trabalho de inves-
As vencedoras da 11.a edição foram em ex-aequo tigação “Mulheres Sem Abrigo na Cidade de Lisboa”,
6.000
5.000
4.000
3.000
69
2.000
1.000
0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Alunos
[ CA P ]
entregar kits escolares e prendas de Natal às crianças lando aos membros do programa Vitoria para que doas-
dos Centros Porta Amiga, bem como a doação regu- sem as milhas acumuladas nos seus cartões a uma de
lar de bens e serviços do hipermercado Continente, da três entidades sem fins lucrativos de entre as quais a
Companhia das Cores, da Young & Rubicam, da Lisgrá- AMI. O sucesso da campanha levou a TAP a realizar
fica, da Visão, da Sociedade de Revisores Oficiais de esta iniciativa pelo segundo ano consecutivo no final
Contas PKF & Associados e da Sociedade de Advoga- de 2009. A campanha estender-se-á até 2010, sendo os
dos Uria Menendez, para além de outras iniciativas. resultados apurados no 2.0 trimestre do ano.
donativo de igual valor ao entregue pelos seus clientes.
Num mês de campanha, a iniciativa permitiu angariar
€149.543 destinados a financiar os projectos de nutri-
ção das Nações Unidas e da AMI em São Tomé e Prín-
cipe. Deste valor, a AMI aplicará directamente €74.771,
transferindo o restante para o PAM.
3.1
Origem e Utilização de Recursos
3
Receitas Também outras instituições como a J.B. Fernandes
Memorial Trust que apoia a Porta Amiga do Funchal
A crise económica e financeira que se verificou nos e a Fundação Stanley Ho que apoia a Porta Amiga de
últimos anos na generalidade dos países afectou tam- Cascais mantiveram o seu importante contributo. O
bém fortemente a realidade portuguesa, arrastando-nos Governo Regional dos Açores ajudou por mais um ano
para uma conjuntura macro-económica muito difícil. a suportar as actividades gerais da AMI.
O Produto Interno Bruto teve em 2009 um decrés- Para além do apoio indispensável de todas estas
cimo de 2,7%. entidades, os donativos particulares e as actividades
Esta contracção económica levou a um aumento desenvolvidas directamente pela AMI, tais como o Car-
considerável da taxa de desemprego com as inevitá- tão de Crédito, o Cartão de Saúde e várias parcerias
veis consequências de âmbito social. com empresas e instituições das quais se destacam,
Os efeitos dessa situação fizeram-se sentir forte- entre outras, a Ibersol, a TAP, a Y&R, a FNAC, a Galileu,
mente no aumento dos pedidos de apoio nos equipa- a Microsoft, a Lisgráfica, a PT e o Grupo Auchan consti-
mentos sociais da AMI. tuem importantes fontes de financiamento regulares.
Também as solicitações provenientes de outros países Na área ambiental manteve-se a preocupação de
continuaram a verificar-se, merecendo resposta da Fun- conciliar o objectivo de protecção do ambiente com
dação quer com o envio de médicos, enfermeiros e nutri- a angariação de fundos através da venda de resíduos
cionistas, quer através do apoio a organizações locais. recolhidos. Nesse âmbito, prosseguiu-se com a reco-
Neste contexto muito exigente, a AMI conseguiu lha de radiografias, tinteiros, toners e telemóveis e
manter o nível global da sua actividade de anos anterio- alargou-se a intervenção ao aproveitamento de óleos
res. Os apoios concedidos por parte do sector público, alimentares usados e resíduos de equipamentos eléc-
sector privado e sociedade civil foram imprescindíveis tricos e electrónicos.
76 para o cumprimento dos propósitos sociais e humani- A possibilidade de consignar à AMI 0,5% do IRS liqui-
tários da Fundação. dado tem proporcionado verbas significativas. Note-se
ami relatório anual ‘09
Pelo seu carácter continuado, destaca-se o Ministério que esta é uma forma de contribuir que não tem qual-
do Trabalho e da Solidariedade Social, o Instituto Portu- quer custo directo para o contribuinte e que tem assu-
guês de Apoio ao Desenvolvimento, algumas autarquias mido uma importante parcela no total dos recursos.
como a Câmara Municipal de Palmela que apoia a mis- Por último, é de salientar que devido a uma mode-
são de Cabo Verde, a de Cascais que coopera com o Cen- rada recuperação dos mercados financeiros e a uma ges-
tro Porta Amiga do concelho e a de Lisboa que mantém o tão criteriosa e rigorosa de todas as aplicações, a AMI
seu apoio às actividades do Abrigo Nocturno da Graça. conseguiu fortalecer os seus resultados nesta área.
Despesas
Outras Receitas
Proveitos Financeiros 14%
18% Em termos financeiros, a AMI disponibiliza 73% do
União Europeia seu orçamento no apoio à população mais carenciada,
1%
quer no nosso país, quer nas missões que tem disper-
sas pelo mundo.
Donativos em Espécie Entidades Públicas
17% 23% O restante é utilizado nos custos de estrutura e
acções de divulgação e sensibilização dos doadores
que são de elevada importância na obtenção dos indis-
Entidades Privadas
Donativos 5% pensáveis recursos.
22%
Acção Social
45%
Evolução da Repartição das Receitas
Informação /
A proporção do sector público no conjunto dos Comunicação /
Marketing
financiadores da Fundação manteve-se semelhante 10%
ao que se verificou em anos anteriores, representando Missões Internacionais
28% Estrutura
23% do total das receitas. 17%
As contribuições do sector empresarial privado
continuam estáveis, ao nível dos últimos anos. As pre-
União Europeia 0% 0% 1%
Entidades Públicas 23% 22% 23% Despesas
77
Entidades Privadas 5% 5% 5%
2007 2008 2009
Donativos 17% 33% 22%
Donativos em Espécie 13% 13% 17% Missões Internacionais 33% 26% 28%
Proveitos Financeiros 22% 9% 18% Acção Social 44% 49% 45%
Outras Receitas 20% 18% 14% Inform./ Comunicação/ MKT 9% 11% 10%
Estrutura 14% 14% 17%
[ CA P ]
3.2
Balanço
3 Activo
CEE POC ACTIVO Activo bruto Amort. e ajust. Activo líquido Activo líquido
C (a) IMOBILIZADO:
I Imobilizações incorpóreas:
1 431 Despesas de instalação 0,00 0,00 0,00 0,00
1 432 Desp. de invest. e desenvolvimento 0,00 0,00 0,00 0,00
2 433 Prop. industrial e out. direitos 0,00 0,00 0,00 0,00
3 434 Trespasses 0,00 0,00 0,00 0,00
4 441/6 Imobilizações em curso 0,00 0,00 0,00 0,00
4 449 Adiant. p/c de imob. incorpóreas 0,00 0,00 0,00 0,00
II Imobilizações corpóreas:
1 421 Terrenos e recursos naturais 1 004 095,80 0,00 1 004 095,80 1 004 095,80
1 422 Edifícios e outras construções 5 858 161,00 1 014 847,24 4 843 313,76 4 960 476,96
2 423 Equipamento básico 269 079,00 254 559,05 14 519,95 21 563,59
2 424 Equipamento de transporte 651 341,63 591 362,22 59 979,41 61 687,38
3 425 Ferramentas e utensílios 9 340,84 5 183,55 4 157,29 5 651,00
3 426 Equipamento administrativo 397 246,58 358 119,18 39 127,40 46 833,74
3 427 Taras e vasilhame 0,00 0,00 0,00 0,00
0 429 Outras imobilizações corpóreas 44 001,46 43 566,96 434,50 710,21
4 441/6 Imobilizações em curso 307 451,65 0,00 307 451,65 54 045,02
4 448 Adiant. p/c de imobil. corpóreas 0,00 0,00 0,00 0,00
D CIRCULANTE:
I Existências:
1 36 Matér.-primas, sub. e de consumo 0,00 0,00 0,00 0,00
2 35 Produtos e trabalhos em curso 0,00 0,00 0,00 0,00
3 34 Subp., desp., resíduos e refugos 0,00 0,00 0,00 0,00
3 33 Produtos acabados e intermédios 0,00 0,00 0,00 0,00
3 32 Mercadorias 752 102,09 678 675,81 73 426,28 69 664,02
4 37 Adiantamentos p/c de compras 0,00 0,00 0,00 0,00
CEE POC ACTIVO Activo bruto Amort. e ajust. Activo líquido Activo líquido
II(a) Dívid. de terc. – Médio e longo prazo:
24 Estado e outros entes públicos 0,00 0,00 0,00 0,00
E Acréscimos e diferimentos:
271 Acréscimos de proveitos 108 665,07 108 665,07 283 872,48
272 Custos diferidos 11 086,96 11 086,96 11 838,47 79
TOTAL DO ACTIVO 34 312 979,66 4 187 361,35 30 125 618,31 27 075 016,42
[ CA P ]
Balanço
3 Capital Próprio e Passivo
PASSIVO:
B Provisões para riscos e encargos:
1 291 Provisões para pensões 0,00 0,00
2 292 Provisões para impostos 0,00 0,00
3 293/8 Outras provisões para riscos e encargos 591 064,52 509 350,80
0,00 0,00
Código das contas
CEE POC CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 31/12/09 31/12/08
C (a) Dívidas a terceiros – Curto Prazo
1 Empréstimos por obrigações:
2321 Convertíveis 0,00 0,00
2322 Não convertíveis 0,00 0,00
D Acréscimos e diferimentos:
273 Acréscimos de custos 461 458,11 429 091,43
274 Proveitos diferidos 1 018 408,59 1 261 832,85
81
Resumo:
Resultados operacionais: (B)-(A)= 1 389 734,08 3 012 749,11
Resultados financeiros: (D-B)-(C-A)= 833 570,30 (2 915 814,79) 83
Resultados correntes: (D)-(C)= 2 223 304,38 96 934,32
Resultados antes de impostos: (F)-(E)= 2 222 849,88 57 564,59
Resultado líquido do exercício: (F)-(G)= 2 222 849,88 57 564,59
neste anexo não são aplicáveis à Fundação. .1) Imobilizações Financeiras – As Imobilizações
As Demonstrações financeiras foram prestadas financeiras são constituídas por:
segundo a convenção dos custos históricos, e na base da a) Participações financeiras valorizadas pelo
continuidade das operações da Fundação, em conformi- método de equivalência patrimonial.
dade com os princípios contabilísticos fundamentais da b) Investimentos em imóveis valorizados ao custo
prudência, consistência, substância sobre a forma, mate- de aquisição sendo as respectivas amortizações
rialidade e especialização dos exercícios. calculadas pelo método das quotas constantes,
b) Os bens que foram doados à Fundação encon-
tram-se registados pelo valor da doação, normal-
mente o valor contabilístico da entidade doadora
ou o valor corrente de mercado, sendo as respecti-
vas amortizações calculadas nos mesmos termos
do número anterior.
c) Os terrenos e edifícios adquiridos até 31 de
regime mensal, com base nas taxas máximas de Dezembro de 1999 foram reavaliados com base em
amortizações fiscalmente aceites decorrentes das avaliação económica efectuada por entidade credí-
tabelas do DR 2/90 de 12 de Janeiro (actualizado vel e independente, tendo as respectivas amortiza-
pelo DR 16/94 de 12 de Junho), as quais são coinci- ções tido por base o valor reavaliado.
dentes com a vida útil esperada dos bens. As taxas anuais de amortizações utilizadas foram
c) Investimentos em valores filatélicos valorizados as seguintes, por percentagem:
ao custo de aquisição. Quando o valor actual de
mercado esperado é inferior ao registado conta-
bilisticamente foi criado o correspondente ajusta- Edifícios e outras construções 2
mento de modo a que aqueles valores se igualem. Equipamento básico 10 – 20
d) Investimentos em obras de arte valorizados ao Equipamento de transporte 25 – 50
Ferramentas e utensílios 25 – 12,25
valor de doação. Quando o valor actual de mer-
Equipamento administrativo 10 – 33,33
cado esperado é inferior ao registado contabilisti-
Bens em estado de uso 50
dos do exercício.
10. Movimento do Activo Imobilizado
O movimento ocorrido nas contas de imobilizações corpóreas e financeiras durante o exercício findo em 31
de Dezembro de 2009, bem como nas respectivas amortizações acumuladas, foi o seguinte:
Alienações
Saldo Inicial Aumentos Transferências Saldo final
e abates
Imobilizações corpóreas:
Terrenos e recursos naturais 1 004 095,80 1 004 095,80
Edifícios e outras construções 5 858 161,00 5 858 161,00
Equipamento básico 265 839,85 3 239,15 269 079,00
Equipamento de transporte 608 941,63 42 400,00 651 341,63
Total imobilizado corpóreo 8 220 074,63 320 643,63 0,00 0,00 8 540 717,96
Investimentos financeiros
Partes de capital em empresas associadas 2 013 726,84 49 500,00 41 880,00 2 021 346,84
Outras aplicaç. financeiras – Imóveis 1 346 896,31 1 346 896,31
Outras aplicaç. financeiras – Obras arte 126 751,12 48 350,00 175 101,12
Outras aplicaç. financeiras – Val. filatelicos/Arte 656 844,68 656 844,68
Total imobilizado incorpóreo 4 144 218,95 97 850,00 41 880,00 0,00 4 200 188,95 87
Total imobilizado 12 364 293,28 418 493,63 41 880,00 0,00 12 740 906,91
[ CA P ]
3
Saldo Inicial Reforço Diminuição Transferências Saldo final
De imobilizaçöes corpóreas:
Terrenos e recursos naturais
Edifícios e outras construções 897 684,04 117 163,20 1 014 847,24
Equipamento básico 244 276,26 10 282,79 254 559,05
Equipamento de transporte 547 254,25 44 107,97 591 362,22
Ferramentas e utensílios 3 689,84 1 493,71 5 183,55
Equipamento admnistrativo 329 034,90 29 084,28 358 119,18
Outras imobilizações corpóreas 43 071,34 495,62 43 566,96
Total amort imobilizado corpóreo 2 065 010,63 202 627,57 0,00 2 267 638,20
Investimentos financeiros
Partes de capital em empresas do grupo
Partes de capital em empresas associadas 0,00 57 600,00 57 600,00
Outras aplicações financeiras – Imóveis 122 334,03 20 128,44 142 462,47
Outras aplicações financeiras – Obr arte 28 976,12 28 976,12
Outras aplicações financeiras – Val filatelicos 360 250,71 360 250,71
Total imobilizado incorpóreo 511 560,86 77 728,44 0,00 0,00 589 289,30
Total AMORTIZAções do imobilizado 2 576 571,49 280 356,01 0,00 0,00 2 856 927,50
88
ami relatório anual ‘09
12 – Reavaliações de Imobilizações
Corpóreas (Legislação)
Valores contabilistic
Custos históricos Reavaliação reavaliados
De imobilizaçöes corpóreas:
Terrenos e recursos naturais 127 816,96 183 978,05 311 795,01
Edifícios e outras construçöes 630 911,67 970 100,32 1 601 011,99
Total de amortiz do imobil corpóreo 758 728,63 1 154 078 ,37 1 912 807 ,00
Sede
Cruz da Bota, Alvor
Concelho de Portimão
€9.516.071,32
Capitais Próprios
(em 31-12-2008)
2009 2008
Contas a receber
Pacaça Lda. 190 602,88 180 295,84
Hotel Salus S.A.
Percentagem detida
20 – Valorização de Activo Circulante
2,5 % (em 31-12-2009)
a valor inferior ao do mercado
Prejuizo de €1.903,79
Resultado apurado
(em 31-12-2008) No que se refere às existências de mercadorias que
se destinam às missões nacionais e internacionais e
€ 1.497.161,14
Capitais Próprios que fazem parte do activo circulante e dado que na sua
(em 31-12-2008)
grande maioria foram oferecidas e não se destinam a
comercialização, foi decidido constituir uma provisão
Valencia Arte Contemporaneo e Inversion, S.L.
pelo seu valor global, para que o valor líquido deste
Plaza de Alfonso activo seja nulo.
Sede el Magnanimo, 12
90 Valência Espanha
ami relatório anual ‘09
Lucro de € 86.873,11
Resultado apurado
(em 31-12-2008)
€ 4.572.797,74
Capitais Próprios
(em 31-12-2008)
21 – Movimento de Ajustamentos ao Activo Circulante
Existências
Mercadorias 286 333,38 419 848,59 27 506,16 678 675,81
Dívidas de terceiros
Empresas do grupo 180 295,84 180 295,84
Outros devedores 56 923,83 56 923,83
Total 237 219,67 0,00 0,00 237 219,67
3
34 – Movimento de Provisões
92
ami relatório anual ‘09
41 – Demonstração das existências 2009 2008
vendidas e consumidas Existências iniciais 355 997,40 382 101,63
Entradas 503 839,46 106 805,91
93
[ CA P ]
3
46 – Demonstração dos Resultados 48 – Outras informações adicionais
Extraordinários 48.1. Outros devedores
24 027,19 63 499,38
Resultados extraordinários -454,50 -39 369,73 48.2. Outros credores
23 572,69 24 129,65
2009 2008
Ajudas custo pessoal expatriado 22 548,99 13 390,00
2009 2008 PAM 74 771,26
Proveitos e ganhos Outros credores 6 099,07 999,72
2009 2008
Seguros diferidos 11 086,96 10 450,55
Outros 1 387,92
2009 2008
Fundo Ásia 518 720,27 786 711,10
Fundo Libano 22 934,31 46 367,99
Projecto S. Tomé Ibersol 74 771,26
IPAD Projectos Internacionais 2 637,87 151 892,80
Financiamento Projectos Internacionais 5 000,00
Financiamento Obras Gaia 52 800,00 54 000,00
Financiamento Obras Abrigo Porto 108 100,00 110 400,00
Financiamento Imobilizado Abrigo Porto 15 625,00 18 750,00 95
Financiamento Obras Ponta Delgada 57 129,10
Financiamento Obras P. A. Almada 16 098,00
C. M. Lisboa – Abrigo da Graça 144 592,78 84 507,14
Rendas Imóveis alugados 754,00
Diversos 8 449,82
3.4
Parecer do Conselho Fiscal
3
1. No cumprimento das disposições legais e esta- 4. Na sequência dos exames a que procedemos, e
tutárias o Conselho Fiscal emite o seu Parecer sobre uma vez que o Balanço e Demonstração de Resultados
o Relatório, Balanço e Demonstração de Resultados reflectem com rigor a situação financeira e patrimo-
apresentados pelo Conselho de Administração, e rela- nial da Fundação, o Conselho Fiscal dá parecer posi-
tivos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2009. tivo à aprovação das contas apresentadas pela Admi-
nistração.
2. Acompanhámos durante o ano as actividades da
Fundação e verificámos que foi visível o aumento das Lisboa, 29 de Março de 2010
solicitações, quer na vertente externa quer na satisfa-
ção das necessidades básicas dos utentes que em Por-
O Conselho Fiscal
tugal se dirigem aos nossos equipamentos sociais.
A confiança que continuou a ser depositada na AMI
permitiu, todavia, o aumento da resposta a essas soli-
citações sem pôr em risco a sua solidez financeira. Manuel Dias Lucas
(Presidente)
3. Para se conseguirem estes resultados foi impor-
tante o apoio das entidades governamentais, princi-
palmente do Ministério do Trabalho e Solidariedade Maria Inês Castelo Feliciano Manuel
Social, o contributo dos Doadores e Amigos da AMI, Branco Lisboa Leitão Antunes
a procura de financiadores para uma grande parte dos
projectos desenvolvidos e a concretização de diversas
iniciativas geradoras de receitas.
96
ami relatório anual ‘09
97
”
da opinião pública.
98
ami relatório anual ‘09
99
Perspectivas Futuras
4
“ Quase 84 milhões de europeus vivem em risco de pobreza,
o que significa que enfrentam insegurança e vivem sem aquilo
que a maioria das pessoas toma como garantido.
Viver na pobreza pode resultar numa variedade de problemas,
desde não ter dinheiro suficiente para comida e vestuário até viver
em alojamentos precários ou mesmo em situação de sem-abrigo.
A pobreza significa também ter que lidar com opções de estilo
de vida limitadas que podem levar à exclusão social. Inspirada pelo
seu princípio fundador de solidariedade, a União Europeia reu-
niu esforços entre os seus Estados-Membros para assinalar 2010
como o Ano Europeu de Combate à Pobreza e Exclusão Social.
[www.2010againstpoverty.eu] ”
Desde a sua fundação, que a AMI estabeleceu Em Portugal, pretende inaugurar uma residência
como um dos seus primordiais objectivos, lutar con- social em Ponta Delgada que se destinará a receber
tra a pobreza em Portugal e no Mundo. doentes e/ou familiares de crianças residentes noutras
Após dez anos a intervir em situações de crise e ilhas do arquipélago que tenham que ser internadas ou
emergência e a combater o subdesenvolvimento e a submeter-se a tratamentos no Hospital de Ponta Del-
fome nos quatro cantos do mundo, em 1994, consciente gada, lançar a 4.a Infoteca FNAC/AMI Contra a Infoex-
da realidade vivida em Portugal, a AMI começou a inter- clusão no Funchal, e concluir as novas instalações do
100 vir a nível nacional, visando minimizar os efeitos dos Centro Porta Amiga de Almada.
fenómenos da pobreza e da exclusão social no país. Consciente de ser apenas uma gota de água no
ami relatório anual ‘09
Em 2010, a AMI pretende continuar a promover vasto oceano da pobreza e exclusão em que vive
acções de educação para o desenvolvimento, promo- grande parte da população mundial, a AMI acredita
ção da saúde, valorização do ambiente e sensibilização que salvar um ser humano, único e insubstituível, é
da opinião pública. Marcará, por isso, presença em paí- um forte contributo para a construção de um mundo
ses com elevados índices de pobreza como o Bangla- diferente e melhor.
desh, o Zimbabué, a Guiné-Bissau, São Tomé e Prín-
cipe, o Senegal, a Libéria, entre outros.
CAP .4 Perspectivas futuras
101
[ CA P ]
[ CA P ]
45
Agradecimentos
102
para a construção de um mundo diferente e melhor.
”
ami relatório anual ‘09
CAP .4 Perspectivas futuras
103
[C
[CAA
PP] ]
5
5 Ministério do Trabalho e Solidariedade Social Esegur
ECHO – Direcção-Geral de Ajuda Humanitária Estreia
da Comissão Europeia Fnac
Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento Galileu
Governo Regional dos Açores Global Estratégias
Câmara Municipal de Cascais Grupo Auchan
Câmara Municipal de Lisboa Ibersol SGPS SA
Câmara Municipal de Palmela Instituto Profitecla
Câmara Municipal de Viseu International House
Imprensa Nacional Casa da Moeda J A Santos Carvalho
Fundação Stanley Ho Modalfa
Fundação Calouste Gulbenkian Natura Invicta
Fundação Millennium BCP NPF
Fundação Portugal Telecom Orquestra Metropolitana de Lisboa
Fundação AXA Petrotec
J B Fernandes Memorial Trust Sanofi Aventis
Amigos e Doadores da AMI Staples Office Centre
Banco Espírito Santo TAP
Banco Português de Investimento TNT
Barclays Bank PLC Farmalux/Tecnifar, SA
Bivac Ibérica Valorsul
Busquets Visão
Colégio Moderno Westimber(Sodefor)
Companhia das Cores Y&R Redcell
104