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Introdução
A construção de uma edificação começa pela sondagem e a locação do terreno sobre o
qual ela será erguida. Esta sondagem, é uma espécie de radiografia do terreno, identifica as
camadas do solo e sua resistência, além de detectar a presença do lençol freático (água), e
informações fundamentais para que o calculista projete adequadamente as fundações.
Estas devem alcançar a camada de solo de resistência média.

As sondagens geralmente são ensaios geotécnicos indispensáveis e específicos,


normalizados pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) através da NBR-
6484/01, destinados à determinação dos parâmetros físicos do solo onde se pretende edificar
algo como residências, edifícios, galpões, etc. Assim, percebemos que não é possível definir a
fundação de uma edificação sem sondagem de solo. Sem as informações obtidas nos ensaios
de sondagem tais como: natureza, perfil e resistência do solo, ausência ou não de lençol de
água, etc., não há como se projetar ou especificar corretamente a fundação da nova obra.

Mas, infelizmente, existem fundações que em grande parte dos casos acarretam
trincas, fissuras e até rachaduras, mas isso não se limita a fundações (Trincas também
ocorrem por defeitos estruturais e construtivos). Além desses “males” as fundações mal
projetadas podem acarretar desmoronamentos e outros problemas. É o caso da reportagem a
seguir:

Prédio que desabou em Rio das Pedras tinha problema em


fundações

“O subsecretário de Defesa Civil do município do Rio, coronel Sérgio Simões, informou que um
problema com as fundações do prédio de cinco andares que caiu nesta quarta-feira em Rio das
Pedras, na Zona Oeste, causou o desabamento. Segundo ele as fundações do imóvel não
eram compatíveis com o número de pavimentos do imóvel.
- Nós presenciamos a queda e vimos a forma como ele desabou. Os pilares estouraram, não
suportaram a carga do prédio.
Segundo o RJTV, a Defesa Civil diz que o prédio desmoronou porque só tinha estrutura para
dois andares e não para cinco, como foi construído. O órgão interditou outros seis prédios
vizinhos ao que desabou, por medida de segurança.
- Vamos fazer uma vistoria detalhada para checar as condições dos outros prédios, mas eles
não têm problemas visíveis.

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Segundo o coronel, nem o prédio que desabou nem os seis vizinhos têm engenheiro
responsável pelas edificações. O subsecretário afirmou que os prédios interditados podem ser
liberados em até uma semana. Os moradores dos edifícios estão abrigados em casa de
parentes.
De acordo com o RJTV, moradores mostraram casas próximas ao local, onde já começam a
aparecer rachaduras.
Os moradores do edifício que desabou conseguiram escapar a tempo, mas levaram um grande
susto.
- Parecia fogos. Tudo escuro e poeira no mundo - contou Iraneide Brito, moradora do prédio ao
lado do que desmoronou, ao RJTV.
A Secretaria de Ordem Pública informou ao telejornal da TV Globo que vai fazer um
mapeamento nas favelas para impedir que construções irregulares sejam exploradas
comercialmente.
- É um aviso que a gente tem dado para as pessoas não construírem sem licença. Quem
construir sem licença, o risco de ter seu imóvel demolido é muito grande - adverte o secretário
de Ordem Pública, Rodrigo Bethlem.
Bombeiros de Jacarepaguá foram ao local e informaram não haver feridos.
Moradores, no entanto, disseram ter ouvido estalos e abalos na estrutura do prédio e deixaram
o local.
O edifício ficava na Rua do Canal, no local conhecido como Areal 2, próximo a um ponto final
de vans. Com cinco apartamentos por andar, ele era ocupado por seis famílias de
desabrigados de um incêndio que destruiu casas na favela há cerca de dois anos. Os
moradores sentiram estalos e tremores durante o dia, por isso já tinham deixado o edifício e
ninguém se feriu no desabamento. (...)”
07/01/2009 às 19h58 Marcelle Ribeiro, Sergio Duran e Cristiane de Cássia - O Globo, RJTV e CBN

2. Recuperação de Fundações (Reforço de Fundações)

Para que não aconteçam situações assim, é utilizado métodos para reforço de
fundações que, são em boa parte, adaptações dos sistemas já existentes para a execução dos
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alicerces. Os reforços de fundações muitas vezes complementam o processo de recuperação
de uma obra, sendo muitas vezes aplicados em edificações que sofrem patologias decorrentes
de recalques. Isso ocorre pela erosão de material ou alteração nas características do solo.

No caso de solos porosos, o maior risco é o atrito negativo, decorrente do excesso de


umidade: o adensamento "puxa" a fundação para baixo. A alteração das características de
resistência e deformidade do solo pode surgir por rebaixamento do lençol freático ou pela
lavagem do terreno, como acontece no caso de rompimento de tubulações da rede pública.

Em especificações, projetos e execução, dependem das condições de cada local


empregados em elementos com desempenho inadequado ou em edificações que passarão por
ampliação, os reforços de fundações nem sempre adotam tecnologia própria. A maior parte dos
métodos empregados são os processos para execução de fundações tradicionais, adaptados
às condições exigidas em cada caso, dentre eles:

2.1 - As “Estacas Mega” e suas Características

Também conhecido como estacas de reação, esse sistema consiste na introdução de


cilindros de metal ou concreto sob a fundação existente. Os trabalhos são realizados a partir de
acessos escavados até cerca de 1,5 m abaixo da fundação original. Como o macaco hidráulico
que crava as estacas toma a base da fundação como ponto de apoio, a capacidade de carga
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aumenta a cada aplicação. Outra vantagem do sistema é não provocar vibrações no solo ou na
estrutura. No entanto, o método tem difícil aplicação fora da projeção da estrutura existente.
Nesses casos, seria necessário criar uma extensão da estrutura para integrar o novo ponto de
apoio às cargas do edifício.

Características da Estaca Mega:

 Possibilidade de substituição das fundações existentes simultâneas ao uso da


edificação;

 Acréscimo da capacidade suporte das fundações existentes;

 Modificação parcial de fundações existentes em virtude de uma eventual deficiência


localizada (recalques diferenciais);

 Execução em locais pequenos e de difícil acesso a pessoas e equipamentos;

 Isenção de vibrações durante a cravação, reduzindo os riscos de uma eventual


instabilidade que por ventura venha a ocorrer, devido à precariedade de fundações
existentes;

 Aumento imediato da segurança da obra após a cravação sucessiva de cada estaca


Mega;
 Limpeza da obra durante a execução, sem adição de água ou formação de lama.

2.2 As “Estacas-Raiz”
São estacas pré-moldadas, comuns, usadas para reforço quando se dá deformação ou
inclinação na estrutura durante ou após a execução. Poderá ser acoplado um macaco
hidráulico ou não, vai depender da situação. O que existe de especial nesta estaca é o
equipamento de cravação, pois a laje do primeiro pavimento estará pronta, impedindo o uso de
máquinas altas.

2.3 O uso de “Alargamento de base”


Possível em fundações com base alargada e transferência de carga por contato
horizontal com o solo - como tubulões, sapatas, etc. - o reforço de base consiste no aumento da
área de apoio. Como as armaduras existentes não são dimensionadas para a peça aumentada,
é realizado o chumbamento de ferragens com o emprego de resinas colantes para a aderência
entre o concreto original e o novo. Segundo o professor da Poli-USP Cláudio Wolle, O uso
dessa solução é raro por causa das dificuldades operacionais resultantes, como o acesso e a
concretagem subterrânea.

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2.4 “Enrijecimentos estruturais”- Implantação de Vigas de
Rigidez

É um método que visa apenas diminuir


eventuais recalques diferenciais (ou seja,
uma parte da obra rebaixa mais que outra gerando
esforços estruturais não previstos e podendo até
levar a obra à ruína. Ex.; Torre de Pisa). Esse
efeito pode ser atingido com a colocação de
vigas de rigidez interligando as
fundações, ou de peças que travem a estrutura.

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3. Conclusão

A solução de reforço de fundação a ser adotada para uma obra poderá ser o reforço
das fundações existentes ou também a execução de novas fundações (sub-fundações),
desprezando-se as existentes como elemento resistente.
Vale destacar que no canteiro e obras, devem existir vários cuidados em relação ao
reforço de fundações. As principais dificuldades enfrentadas nesses reforços são as condições
de trabalho. Como o objeto de estudo e intervenção está enterrado, é necessária a abertura de
poços de inspeção sem que se comprometam ainda mais a estabilidade da edificação. Esse é
um dos principais fatores que devem ser levados em conta para a especificação do reforço. Em
prédios, por exemplo, as intervenções têm de ser realizadas por dentro do edifício,
impossibilitando o uso de bate-estacas de grande porte.

4. Bibliografia

Revista Téchne
http://revistatechne.com.br/engenharia-civil/57/imprime32429.asp

Empresa IndaMega ® – Especializada em Recuperação de Fundações

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