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Alguém e não me pergunte quem, disse certa vez que as imagens valem mais que mil palavras, isso
é verdade, como também tudo aquilo que disse em meu último post sobre a “greve na UERN”. Não
estamos enquanto representantes estudantis dirimir a imagem da instituição, não se trata disso, é
algo mais intenso e importante, nossa vida e segurança. Onde está a segurança?
Hoje pela manhã um carro de um professor foi arrombado no Campus do Natal. Ontem um aluno no
Campus Central assaltado. E o que nos protege? Em Mossoró apenas uma cerca frágil, com cordas
plásticas, os vulgarmente conhecidos 'fitilhos', ajudam a segurar os arames na cerca, que me muito
lembra comunidades rurais. O aspecto mais cruel não está fora ou no muro que ainda não existe,
reside dentro das salas. Infiltrações, problemas elétricos, verdadeiras crateras em salas de aula. Esse
cenário de chuva que não se sabe quando acabará, nos sufoca e as vezes precisamos nos rebaixar por
necessidade. Um que busca as residências universitárias assim o fazem por estarem distantes de suas
famílias, vindos de outras cidades, esperase no mínimo um ambiente saudável, não é esse o caso da
UERN. Estamos com bolsas atrasadas desde setembro de 2010. Sem apoio a eventos científicos e o
que dizer dos esportivos? Alguém saberia dizer quantos atletas a UERN inscreve nas olimpíadas
universitárias? Com um único ônibus fica difícil imaginar nossa participação maciçamente. Poucos
livros, baixa linha de pesquisa e extensão, feita basicamente por um pequeno grupo de professores
que devotam corpo e alma a essa instituição. Não temos cursos de engenharias, nem tecnológicos ou
agrícolas, mesmo tendo campus na região da ZPE do Sertão assim intitulada a ZPE de controle
privado no vale do Açu, ainda muito distante dos 50 mil empregos prometidos, isso claro pela
infraestrutura deficiente e com poucas perspectivas de melhorias a curto prazo, mais uma vez
emergência, esse tem sido o dilema e tema da UERN. Remediar cada problema, adotar paliativos e
adiar ao máximo soluções sistemáticas e globais. Os problemas são grandes, os investimentos
poucos, as obras paralisadas (caso do Campus de Natal ao lado do Complexo Cultural de Natal que
desde outubro está parado). Queremos acordar e sentir prazer não apenas em assistir as aulas dos
cursos preteridos, mas e principalmente sentir vontade ainda que de forma voluntária em participar
do processo de criação e inovação da UERN. Em projetos de pesquisa e extensão. O que queremos é
um ambiente que não represente risco de morte ou qualquer perigo a integridade física. Um pouco
de liberdade com segurança. Uma vida acadêmica produtiva e dinâmica. Um teto seguro, sem
infiltrações ou buracos, e que guardachuva precise ser usado somente no lado de fora da sala, de
preferência também do prédio, mas para isso é necessário cuidados e reparos e que sejamos levados
a sério. Somos seres humanos, pedindo humanidade, esperando solidariedade e acreditando no valor
da transformação que somente a educação pode exercer e que infelizmente poucos podem ter, e nós
que temos sofremos para manter. Onde estão os políticos que espalharam a UERN pelo estado sem
preocuparse com o básico? Certamente estão em algum lugar fazendo uso de regalias
parlamentares enquanto nós somos covardemente suprimidos e ignorados. Queremos lembrar que
apesar da idade, não somos covardes e iremos lutar por aquilo que acreditamos: a liberdade, a
igualdade, a segurança e o bemestar.
Atenciosamente,
Joel Gonçalves de Oliveira
Presidente do Centro Acadêmico Ada Byron
Movimento Pela Qualidade do Ensino na UERN
Contatos: jogonoli@gmail.com
(84)99332768/91157782