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Introdução ao
01 Direito Tributário
Noções Gerais
Conceito de Direito Tributário:
Direito Tributário é o ramo do Direito Público que disciplina as relações entre o Estado e o particular
no campo da imposição, fiscalização e arrecadação de tributos (impostos, taxas, contribuições de
melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições sociais).
Instituto ! No direito, instituto consiste na disciplina integral de uma determinada relação jurídica.
Princípio ! Princípio é uma proposição diretora, a qual todo desenvolvimento seguinte deve estar
subordinado.
Fontes Formais:
Encontramos as fontes formais do Direito Tributário no conjunto de normas e estudos que incidem
sobre os fatos e situações existentes. As fontes formais podem ser diretas ou indiretas. As fontes
indiretas são a doutrina e a jurisprudência. As fontes diretas podem ser classificadas em principais
(ou primárias) e fontes formais secundárias.
Direito Civil:
O Direito Civil, pelas normas que fornece para a sua aplicação e interpretação, guarda uma estreita
relação com o Direito Tributário. O CTN, por exemplo, trata da restituição de tributos indevidamente
pagos, preceito inspirado na figura do enriquecimento sem causa prevista no Código Civil.
Direito Penal:
O Direito Penal pune diversas condutas relacionadas com o Direito Tributário, como o contrabando,
descaminho, sonegação e a apropriação indébita.
Art. 150 – Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
CONSTITUIÇÃO
FEDERAL
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
Exceções:
Conforme o art. 153, § 1º da Constituição Federal, os impostos sobre importação, exportação,
IPI e IOF poderão ter suas alíquotas alteradas por ato do Poder Executivo (decreto).
Lei Complementar:
Via de regra a lei para criar, extinguir, aumentar ou reduzir tributo é ordinária, mas há duas exceções,
onde se é exigido lei complementar:
" empréstimo compulsório: pode ser instituído somente através de lei complementar;
Princípio da Anterioridade
Noções Iniciais:
Os tributos devem ser conhecidos com antecedência pelos contribuintes, possibilitando que estes
possam planejar sua vida financeira com razoável antecedência. Assim, de acordo com o princípio da
anterioridade, nenhum tributo pode ser cobrado no mesmo exercício financeiro em que foi instituído
ou aumentado. Um tributo criado em agosto, por exemplo, terá que aguardar o mês de janeiro do
próximo ano para ser cobrado.
Art. 150 – Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
CONSTITUIÇÃO Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
FEDERAL ................................................................................................................................................................
III – cobrar tributos:
................................................................................................................................................................
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou:
Princípio da Anualidade:
O princípio da anterioridade não deve ser confundido com o princípio da anualidade. O princípio da
anterioridade sucedeu ao princípio da anualidade, que, na verdade, não mais existe, embora seja
freqüentemente referido. O antigo princípio da anualidade era mais exigente que o da anterioridade.
Por ele, tornava-se necessário que cada tributo, para ser cobrado, tivesse sido previsto na lei
orçamentária elaborada e aprovada no exercício antecedente ao da cobrança.
Medidas Provisórias:
A medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos
nos arts. 153, I, II, IV, V e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se
houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
Exceções:
São exceções ao princípio da anterioridade (Constituição Federal, art. 150, § 1º):
" a instituição de empréstimos compulsórios para atender as despesas extraordinárias decorrentes
de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência (CF, art. 148, inciso I);
" a possibilidade de serem alteradas as alíquotas de certos impostos (imposto de importação,
exportação, IPI e IOF) por ato do Poder Executivo;
" os impostos extraordinários (CF, art. 154, inciso II).
Noventena:
Além do princípio da anterioridade, existe um prazo mínimo de 90 dias (nonagesimal) exigido para a
cobrança de tributo após a sua instituição. Este prazo busca promover uma maior segurança jurídica,
evitando-se as hipóteses em que o tributo era instituído às vésperas da virada no ano. Assim como já
existia para as contribuições sociais, como já visto, foi estabelecido o mesmo prazo para os tributos,
através da Emenda Constitucional nº 42, de 31 de dezembro de 2003, só que ao contrário das
contribuições sociais, a instituição dos tributos deve obedecer o prazo mínimo de 90 dias e observar
também a regra da anterioridade.
Verificamos que em relação à regra da noventena foram feitas quase as mesmas exceções
impostas aos princípios da legalidade e anterioridade, havendo, entretanto, pequenas
diferenças. É importante observar que:
" o IPI está sujeito à regra da noventena, mas não ao princípio da anterioridade;
" o Imposto de Renda está sujeito ao princípio da anterioridade, mas não à regra da
noventena.
Princípio da Irretroatividade
Este princípio estabelece a proibição de cobrar tributos sobre fatos geradores ocorridos antes da
instituição ou aumento de tributos, ou seja, a lei tributária só vale em relação a fatos geradores
ocorridos depois do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado (CF, art. 150,
III). Admite-se, porém, a retroatividade quando favorecer o contribuinte, chamada de retroatividade
benéfica (CTN, art. 106).
Abrangência do princípio:
Aplica-se o princípio da capacidade contributiva:
" aos tributos tributos vinculados e não vinculados;
" aos tributos diretos e indiretos;
" aos impostos pessoais e reais.
Princípio da Progressividade
É o princípio segundo o qual as alíquotas devem ser crescentes conforme se eleva a base de cálculo
do tributo. Conforme o art. 153, §2º, inciso I da Constituição Federal o Imposto de Renda deve ser
progressivo.
Confisco
Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
CONSTITUIÇÃO Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
FEDERAL
................................................................................................................................................................
LImitação de Tráfego
Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
CONSTITUIÇÃO Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
FEDERAL
................................................................................................................................................................
Existe a proibição constitucional aos entes tributantes de estabelecer limitações ao tráfego de pessoas
ou bens por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais.
Procedência ou Destino
CONSTITUIÇÃO
FEDERAL
Art. 152 - É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença
tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
Não é permitido aos Estados, Distrito Federal e Municípios estabelecer diferença nos tributos de bens
e serviços face sua origem ou destino.
Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
CONSTITUIÇÃO Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
FEDERAL
................................................................................................................................................................
................................................................................................................................................................
§ 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda
e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas
aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços
ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto
relativamente ao bem imóvel.
§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a
renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
Noções Iniciais:
Imunidade é uma vedação ao poder de tributar estabelecida no texto da Constituição Federal, que
impede seja este poder exercido em situações específicas que seriam, em princípio, passíveis de
tributação. Embora nunca utilize a expressão “imunidade tributária”, a Constituição exclui
diretamente a pessoa ou a situação da possibilidade de tributação.
Imunidades de Impostos:
Os casos previstos no art. 150, VI da Constituição não são hipóteses de imunidade absoluta (relativa
a todos os tributos), são casos de imunidade previstos exclusivamente para os impostos. Outros
tributos, como as taxas e as contribuições, podem incidir sobre o patrimônio, renda ou serviços
dessas pessoas. Veremos a seguir cada uma das hipóteses de imunidade:
04 - (Magistratura/SP – 173) No que pertine aos princípios constitucionais tributários, é certo que
( ) a) o princípio da anualidade impede a cobrança de tributos no mesmo exercício
financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.
( ) b) as contribuições sociais destinadas ao custeio da seguridade social, diferentemente das
contribuições de melhoria, estão sujeitas ao princípio da anterioridade nonagesimal.
( ) c) por força do princípio de estrita legalidade, a lei tributária não poderá alterar os
conceitos e as formas de direito privado.
( ) d) o princípio da uniformidade geográfica impede a concessão de incentivos fiscais
quando estes estiverem apenas voltados para a correção de desequilíbrios regionais.
05 - (Procurador da República - 21) Dispositivo de lei que altera, antecipando o prazo de recolhimento
de obrigação tributária:
( ) a) apenas tem aplicação no ano seguinte ao da data da sua edição;
( ) b) recai sobre as exações fiscais de imediato;
( ) c) incide a partir da vigência da lei desde que a alteração do prazo propicie algum
benefício ao contribuinte;
( ) d) implicando aumento do tributo, indiretamente, fica sobrestada a sua eficácia para o
ano seguinte ao da sua edição se se trata de tributo cujo lançamento é por
homologação.
01.D 02.B 03.D 04.B 05.B 06.A 07.C 08.D 09.B 10.D
Bibliografia
Direito Tributário
01 – Introdução ao Direito Tributário
Atualizada em 10.08.2006