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POLÍTICAS PÚBLICAS:

FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO1

Tânia Maria Stoffel


Mestranda UFMT/CUR/PPGEdu
Membro do Grupo de Pesquisa InvestigAção
tania.stoffel@terra.com.br

Dra. Sílvia de Fátima Pilegi Rodrigues


Professora UFTM/CUR/PPGEdu
Vice-Coordenadora do Grupo de Pesquisa InvestigAção
silviapr@terra.com.br
EIXO 1: FORMAÇÃO DE PROFESSORES

RESUMO
Para melhor compreender o processo educacional brasileiro, fez-se um levantamento das
políticas públicas vigentes para a formação do profissional da educação da rede estadual de
ensino, especificamente do gestor escolar, em nível nacional e do estado de Mato Grosso.
Especificamente, objetiva-se apresentar uma coleta de dados sobre as leis, planos e programas
de formação docente vigentes na legislação educacional brasileira para informar o leitor sobre
o que está legalmente posto, em termos de formação, sem, no entanto, esgotar o assunto, dada
a sua dimensão e múltiplos aspectos de análise. Este breve estudo visa contribuir com a
ampliação do conhecimento dos estudantes, docentes e gestores escolares sobre o assunto,
fornecendo um panorama da questão legal que rege a realidade educacional brasileira que está
voltada para a melhoria da qualidade da educação. Momento de se questionar sobre a relação
entre os programas de formação docente e de gestores escolares e a qualidade do ensino
brasileiro. A metodologia adotada no processo constituiu-se num levantamento, do tipo
varredura de dados, realizado em dois momentos distintos. Primeiro: contato telefônico com a
direção do Centro de Formação e Atualização dos Professores da Educação Básica
(CEFAPRO) e a Assessoria Pedagógica da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso
(SEDUC-MT) de Rondonópolis para saber qual é a legislação/programas vigentes sobre
formação de professores/gestores. Segundo: acesso aos portais de órgãos governamentais,
principalmente o do Ministério da Educação (MEC) e da SEDUC, em busca das informações
para compor este estudo. Os resultados apontam que as políticas públicas brasileiras sobre
formação do profissional docente e do gestor escolar são muitas, extensas e dispostas em
lugares esparsos. Não há, nem em nível nacional, um site que informe, na íntegra, a legislação
que regulamenta a educação brasileira e estadual. Quanto aos programas de formação do
profissional docente e do gestor, constatou-se predominância da modalidade a distância
(Educação à Distância – EAD), justificada pela questão de custo e acessibilidade. Percebeu-
se, com clareza, que objetivam melhorar a educação a partir da formação do profissional
docente.

Palavras-chave: Políticas Públicas. Formação do Profissional da Educação. Gestor escolar.

1
STOFFEL, Tânia Maria e RODRIGUES, Sílvia de Fátima Pilegi. A centralidade do gestor escolar
na implantação das políticas públicas educacionais. In: SEMIEDU - Seminário de Educação -
Educação, Formação de Professores e suas Dimensões Sócio-Históricas: Desafios e
Perspectivas, 2010, UFMT. Anais... Comunicações – GT7 – Políticas Educacionais. Cuiabá-
MT:UFMT, 2010. CD-ROM
1 INTRODUÇÃO

A Constituição Federal Brasileira (CF/1988), em seu artigo 205, preconiza:


A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida
e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1998)

A regulamentação da educação brasileira é feita pelo Governo Federal por meio do


Ministério da Educação (MEC) que define os princípios educacionais que devem ser seguidos
pelos governos federal, estaduais e municipais no estabelecimento das políticas educacionais.
A CF/1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB-Lei 9394/96)
determinam que a organização e a gestão da educação brasileira ocorram em cada nível de
governo: federal (MEC), estadual (Secretarias de Estado de Educação, em nosso caso, de
Mato Grosso-SEDUC-MT) e municipal (Secretarias Municipais de Educação, neste estudo,
SEMEC-Rondonópolis).
Tomando por base o conceito cunhado por Guareschi et al (2004), as políticas
públicas são entendidas como um conjunto de ações coletivas voltadas para a garantia dos
direitos sociais, propõem-se a suprir determinada demanda, sendo também consideradas:
[...] como o conjunto de planos e programas de ação governamental voltados
à intervenção no domínio social, por meio dos quais são traçadas as
diretrizes e metas a serem fomentadas pelo Estado, sobretudo na
implementação dos objetivos e direitos fundamentais dispostos na
Constituição. (CRISTÓVAM, 2005, p.01)

Neste estudo, para compreender melhor o processo educacional brasileiro, far-se-á um


levantamento das políticas públicas vigentes para a formação do profissional da educação da
rede estadual de ensino, especificamente do gestor escolar. Objetiva-se apresentar uma coleta
de dados sobre os programas de formação docente vigentes na legislação educacional
brasileira a fim de informar o leitor sobre o que está legalmente posto na educação, em termos
de formação, sem, no entanto, esgotar o assunto, dada a sua dimensão e múltiplos aspectos de
análise.
Delimitou-se o levantamento às políticas que definem a educação no Brasil,
especificamente sobre a formação do professor enquanto gestor escolar. Justifica-se tal recorte
por ser o direcionador do projeto de pesquisa para o Mestrado em Educação da UFMT/CUR
que está sendo desenvolvido.
Este breve estudo visa contribuir com a ampliação do conhecimento dos estudantes,
docentes e gestores escolares sobre a legislação vigente. Ele é relevante para que se possa ter
um panorama da questão legal que rege a realidade educacional brasileira que está voltada
para a melhoria da qualidade da educação. Momento de se questionar sobre a relação entre os
programas de formação docente e de gestores escolares e a qualidade do ensino brasileiro.

2 Caminhos metodológicos percorridos

A metodologia adotada no processo constituiu-se num levantamento do tipo varredura


de dados realizado em dois momentos distintos. Primeiro: contato telefônico com a direção do
Centro de Formação e Atualização dos Professores da Educação Básica (CEFAPRO) e a
Assessoria Pedagógica da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (SEDUC-MT)
de Rondonópolis para saber qual é a legislação/programas vigentes sobre formação de
professores/gestores e modelo de gestão adotado. Segundo: acesso aos sites do Ministério da
Educação (MEC) e da SEDUC em busca das informações para compor este estudo.
Atividades estas realizadas durante os meses de março a junho de 2010 e que
resultaram num volumoso arquivo de dados, uma vez que são muitas as políticas instituídas e,
na maioria das vezes, bastante amplas. Motivo pelo qual, limitou-se a apresentar um descrição
sucinta dos órgãos, programas e da legislação vigente.

3 Formação do profissional da educação

O levantamento sobre as políticas públicas que definem a formação do profissional da


educação da rede estadual de ensino, com foco no gestor escolar, objetivo deste trabalho,
iniciou-se a partir do contato com a direção do CEFAPRO, Profa. Ms. Flávia Martins
Gonçalves, que informou que atualmente coordena, junto aos docentes da rede estadual, a
formação relativa aos programas Progestão, Proinfantil, Pro-info, Pro-letramento, Sala do
Professor e Olimpíada da Língua Portuguesa2. Ao passo que na Assessoria Pedagógica, a Sra.

2
Realizado pelo Ministério da Educação, em parceira com a Fundação Itaú Social e o Centro de Estudos e
Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC), o concurso tem como objetivo contribuir para
a melhoria da qualidade de ensino e para o aperfeiçoamento da escrita dos alunos das 4ª e 5ª séries do Ensino
Fundamental (5º e 6º anos do Ensino Básico de 9 anos), das 7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental (8º e 9º anos
do Ensino Básico de 9 anos) e 2º e 3º anos do Ensino Médio. Disponível em:
<http://olimpiadadelinguaportuguesa.mec.gov.br/olimpiada/>. Acesso em 10 jun. 2010.
Ernani Pessoa informou que a formação fica a cargo do CEFAPRO enquanto a Assessoria
encarrega-se da questão administrativa das escolas. Comentou, ainda, que desde 1998, com a
promulgação da lei 7.040, adota-se no estado a gestão democrática de ensino público.
No segundo momento, realizou-se a consulta aos sites para a coleta dos dados. Foram
realizados muitos acessos a órgãos governamentais e universidades, como Casa Civil, Senado
Federal, Diário Oficial da União, MEC, FNDE, FUNDEB, CONAE, CONSED, CAPES,
Secretarias de Educação Estaduais, CEFAPRO, Assessoria Pedagógica de MT, PUC e UNB.
A legislação segue uma hierarquia onde a Constituição Federal é a lei maior, da qual
emanam/derivam as demais leis. Desse modo serão abordadas inicialmente as políticas
nacionais, depois as estaduais que tratam da educação, com olhar para a formação docente.
Por fim, as políticas que enfocam a formação do gestor escolar.

3.1 Políticas Nacionais

As políticas nacionais sobre formação do profissional da educação encontram-se


sucintamente descritas a seguir, assim como as secretarias e programas responsáveis por sua
elaboração/implementação e avaliação.

a) Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB): Sancionada sob o nº


9394/96, é a lei que dita as diretrizes e as bases da organização do sistema
educacional. A primeira LDB foi criada em 1961. Uma nova versão foi aprovada
em 1971 e a terceira, é a atualmente vigente no Brasil. Alguns pontos da LDB
vigente são considerados ganhos importantes para os cidadãos: "a União deve
gastar no mínimo 18% e os estados e municípios no mínimo 25% de seus
orçamentos na manutenção e desenvolvimento do ensino público" (art. 69); o
Ensino fundamental passa a ser obrigatório e gratuito (art. 4) e; a educação infantil
(creches e pré-escola) se torna oficialmente a primeira etapa da educação básica.
(BRASIL, 1996)
b) Plano Nacional de Educação (PNE): Regido pela Lei 10.172/2001, estabelece,
por uma década (2002-2011), diretrizes, metas e prioridades para o setor
educacional brasileiro. Objetiva melhorar a qualidade de ensino em todo o país a
partir da universalização do ensino e da criação de incentivos para que todos os
alunos concluam a educação básica. (BRASIL, 2001). Novo plano será elaborado
pelo MEC a partir das propostas amplamente discutidas em nível nacional na
Conferência Nacional de Educação – CONAE, que ocorreu em Brasília, de 23 a 27
de abril de 2010. (CONAE, 2010)
c) Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE): Lançado em 2007 pelo MEC,
tem como objetivo melhorar a educação oferecida às crianças, jovens e adultos.
Sistematiza várias ações na busca de uma educação eqüitativa e de boa qualidade e
se organiza em torno de quatro eixos: educação básica; educação superior;
educação profissional e alfabetização. (BRASIL, 2007)
d) Plano de Metas Compromisso Todos Pela Educação: Integra o PDE, foi
implementado pelo Decreto nº 6.094/2007, tem como prioridade: “uma educação
básica de qualidade.”, oferece um indicador comparável entre todas as redes de
ensino: o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Apresenta um
conjunto de diretrizes a serem adotadas pelos Estados, Distrito Federal e
Municípios na gestão de suas redes e escolas e nas práticas pedagógicas. (BRASIL,
2007b). O Guia de Programas do Plano de Metas é um documento que contém a
descrição sucinta de todos os programas do Plano de Metas Compromisso Todos
pela Educação, agrupados por temas: Gestão educacional; Programas de formação
de professores e profissionais da educação e Infra-estrutura de apoio educacional.
Dentre os temas gestão e programas de formação, destaque para:
- Programa Formação pela Escola: É uma ação de capacitação de gestores,
técnicos e conselheiros escolares, na modalidade de educação a distância, visando à
adequada utilização dos recursos do Fundo Nacional Desenvolvimento da
Educação – FNDE, nos programas: Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE;
Programa Nacional da Alimentação Escolar – PNAE; Programa Livro Didático –
PLi e Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar – PNATE. Está
regulamentado pela Resolução nº 9, de 26/4/2010; Resolução nº 5, de 16/4/2010;
Resolução nº 47, de 31/8/2009 e Resolução nº 12, 25/4/2008.
- Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB: Criado pela Emenda
Constitucional nº 53/2006 e regulamentado pela Lei nº 11.494/2007 e pelo Decreto
nº 6.253/2007, em substituição ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do
Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério - Fundef, que vigorou de 1998
a 2006.
- Pro-letramento: Programa de Formação Continuada de Professores para
melhoria da qualidade de aprendizagem da leitura/escrita e matemática nas séries
iniciais do Ensino Fundamental.
- Rede Nacional de Formação Continuada de Professores de Educação Básica:
Constituída por uma rede de Centros de Pesquisa e Desenvolvimento da Educação
em universidades públicas e comunitárias que desenvolvem programas de formação
continuada para o atendimento da demanda dos sistemas de educação em cinco
áreas: alfabetização e linguagem, educação matemática e científica; ensino de
ciências humanas e sociais; artes e educação física; e gestão e avaliação da
educação.
- Programa Universidade Aberta do Brasil (UAB): instituído pelo Decreto
5.800, de 8 de junho de 2006, com ação prioritária na formação de professores, na
modalidade de educação a distância.
- Programa Nacional de Informática na Escola (PROINFO): criado pela
Portaria nº 522/MEC, de 9 de abril de 1997, para promover o uso pedagógico de
Tecnologias de Informática e Comunicações (TICs) na rede pública de ensino
fundamental e médio.
e) Plano de Ações Articuladas (PAR): planejamento multidimensional da política de
educação que os municípios, os estados e o DF devem fazer para um período de
quatro anos - 2008 a 2011, após sua adesão ao plano de metas Compromisso Todos
pela Educação. É regulamentado pelo Decreto nº 6.094, de 24/4/2007; Resolução nº
47, de 20/9/2007 e a Resolução nº 29, de 20/6/2007.
f) Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR):
Sob a responsabilidade da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior – Capes, visa assegurar a formação exigida na LDB/96 para todos os
professores que atuam na educação básica. Foi instituído pelo Decreto nº
6.755/2009 com a finalidade de organizar, em regime de colaboração da União com
os estados, Distrito Federal e municípios, a formação inicial e continuada desses
profissionais.
g) Programa de Consolidação das Licenciaturas (PRODOCÊNCIA): Objetiva
elevar a qualidade dos cursos de licenciatura, por meio de fomento a projetos
institucionais, na perspectiva de valorizar a formação e reconhecer a relevância
social dos profissionais do magistério da educação básica. O edital 028/2010 é a
segunda edição do programa no âmbito da Capes.
h) Programa Gestão da Aprendizagem Escolar (GESTAR I e II): Regulamentado
pela Resolução/CD/FNDE nº 10 de 02 de abril de 2009 e Resolução CD-FNDE nº
35 - de 13.07.2009, o programa é composto por um conjunto de ações articuladas a
serem desenvolvidas junto a professores habilitados para atuar da 1ª à 4ª série ou do
2º ao 5º ano do Ensino Fundamental (GESTAR I) e oferece formação continuada
em língua portuguesa e matemática aos professores dos anos finais (do 6º ao 9º
ano) do ensino fundamental, ambos em exercício nas escolas públicas brasileiras
(GESTAR II).
i) Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID): Oferece
bolsas para aprimorar a formação docente e contribuir para elevação do padrão de
qualidade da educação básica.
j) Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente: Instituído pela Portaria
Normativa nº 14, de 21 de Maio de 2010, regido pelo Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP. “Constitui-se de uma avaliação
de conhecimentos, competências e habilidades para subsidiar a contratação de
docentes para a educação básica no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.” (BRASIL, 2010, art. 1º)
k) Secretarias e Programas Nacionais Vinculados à Formação Docente
- Secretaria de Educação Básica (SEB): zela pela educação infantil, ensino
fundamental e ensino médio. É responsável pelos programas: Rede Nacional de
Formação de Professores; Pró-Letramento; Pró-Licenciatura; Pró-Infantil e Rede de
Educação para a Diversidade.
- Banco Internacional de Objetos Educacionais (SEED): é um portal para
assessorar o professor. Atua com o programa Mídias na Educação.
- Secretaria de Educação Especial (SEESP): integra programas, projetos e ações a
fim de implementar no país a Política Nacional de Educação Especial. Desenvolve:
Programa de Formação Continuada de Professores na Educação Especial -
presencialmente e a distância, Programa de Implantação de Salas de Recursos
Multifuncionais, Programa Escola Acessível (adequação de prédios escolares para a
acessibilidade), Programa BPC na Escola e o Programa Educação Inclusiva: Direito à
Diversidade.
- Secretaria de Educação Superior do MEC (SESU): responsável pelos programas:
Prodocência; Prolind e Uniafro.
- Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD):
atua no programa Educação Indígena.

3.2 Políticas Estaduais

Em menor número que as nacionais, as políticas estaduais sobre educação, com


enfoque na formação do profissional da educação e gestão escolar, estão sucintamente
descritas a seguir.

a) Sistema de Ensino de Mato Grosso: Regido pela Lei Complementar N° 49, de 1º


de Outubro de 1998, têm como função disciplinar a educação escolar que se
desenvolve por meio de ensino em instituições próprias. Trata, além dos “princípios
e fins da educação”, da “gestão única de educação básica das redes Estadual e
Municipal de ensino público de Mato Grosso”, assim como “da organização do
sistema estadual de ensino e da gestão democrática, dos níveis e das modalidades
de educação e ensino, dos profissionais da educação e dos recursos financeiros.”
(MATO GROSSO, 1998).
b) Plano Estadual de Educação (PEE) 2006-2016: Conta com um diagnóstico,
diretrizes político-pedagógicas, metas e objetivos para a educação de MT. Aborda
os seguintes assuntos: Educação Infantil; Ensino Fundamental; Ensino Médio;
Educação Superior; Educação de Jovens e Adultos; Educação Profissional e
Tecnológica; Educação Especial; Educação Escolar Indígena; Educação Ambiental;
Educação do Campo; Educação a Distância (EAD) e Tecnologias Educacionais;
Educação das Relações Étnico-Raciais; Formação dos Profissionais e Valorização
do Magistério; Gestão e Financiamento e Propostas de Acompanhamento e
Avaliação do Plano. (MATO GROSSO, 2006).
c) Fóruns Estaduais Permanentes de Apoio à Formação Docente: regidos pela
Portaria nº 883, de 16 de setembro de 2009 que estabelece as diretrizes nacionais
para o funcionamento dos Fóruns Estaduais e a Portaria nº 931, de 29 de setembro
de 2009 que indica os representantes do MEC e da CAPES em todas as unidades
federativas. Os fóruns têm “a atribuição de elaborar e acompanhar os Planos
Estratégicos de formação inicial e continuada, articular ações, otimizar recursos e
potencializar esforços, em interação com os sistemas de ensino e instituições
formadoras sediadas no Estado.” (CAPES, 2009, p.1)
d) Gestão Democrática do Ensino Público Estadual: instituída pela Lei 1.070, de 1º
de outubro de 1998 que especifica também a autonomia na gestão administrativa,
financeira e pedagógica das escolas, bem como a escolha para diretores da escola
pública estadual. (MATO GROSSO, 1998b)
e) Programa Sala do Professor: proposta de formação continuada desenvolvida pela
Seduc, através da Superintendência de Desenvolvimento e Formação.
f) Batáru: Portal3 que divulga os atos do Conselho Estadual de Educação,
disponibilizando via on-line seus pareceres e resoluções.

3.3 Gestor escolar: algumas políticas nacionais

Relação das políticas levantadas:


a) Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica: Abarca os Cursos
de Especialização em: Gestão Escolar e em Coordenação Pedagógica. É regido pela
seguinte legislação: Portaria nº 145, de 11 de fevereiro de 2009; Resolução/
FNDE/CD/ nº 037 de 30 de julho de 2007.
b) Diretrizes Nacionais do Programa Escola de Gestores da Educação Básica
Pública 2009: disciplinado pela Portaria Ministerial nº 145 de 11/02/2009.
c) Programa de Capacitação a Distância para Gestores Escolares – Progestão:
Programa de formação continuada realizado em parceria com o do Conselho
Nacional de Secretários da Educação (CONSED), tem como objetivo “formar
lideranças educacionais comprometidas com a construção de um Projeto de Gestão
Democrática.”4
d) Gestão Escolar e Tecnologias – Progestão On-Line: nova configuração do
Progestão5, onde é formatado o conteúdo online a partir dos textos originais.
e) Curso Superior de Tecnologia em Processos Escolares: regido pela Portaria Nº
72, de 6 de Maio de 2010.

3
Disponível em: < http://www.sinepe-mt.org.br/bataru/bataru.php?Pag=8>. Acesso em 07 jun. 2010.
4
Maiores informações no portal do Conselho Nacional de Secretários da Educação (CONSED). Disponível em:
<http://www.consed.org.br/> Acesso em 07 jun. 2010
5
Veja detalhes no site da Razão Social. Disponível em: < http://www.razaosocial.org.br/progestao.html> Acesso
em 07 jun. 2010.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

É notável que muitos sites são atualizados constantemente, especialmente os dos


órgãos públicos nacionais em detrimento dos locais, como Assessoria Pedagógica e
CEFAPRO, por exemplo, que deixam a desejar neste quesito. No entanto, a maioria apresenta
uma gama de informações que, para um usuário da tecnologia com conhecimento razoável e
sem hábito de consultá-los, torna-se um processo moroso e, por vezes, infrutífero. Em âmbito
estadual, a página da SEDUC na internet é exemplar, contém muitas informações sobre
educação, no entanto, não foi possível localizar, nem a nível nacional, um site que informe, na
íntegra, a legislação que regulamenta a educação brasileira e estadual.
Apesar do Ministério da Educação e as secretarias estaduais terem a função de
aglutinar “tudo” o que se refere à educação, percebe-se que as políticas brasileiras de
formação do profissional docente são muitas, extensas e dispostas em lugares esparsos. Fato
que tornou o levantamento árduo e demorado.
O grande número de políticas sobre formação ocorre, talvez pela dimensão continental
do nosso país, com o intuito de abranger as diversidades regionais, urbanas, rurais, étnicas
(quilombolas, afrodescentes, indígenas), entre outras. Mas, leva também a questionamentos
como: São proporcionadas as condições estruturais necessárias ao desenvolvimento da
formação oferecida pelo sistema educacional brasileiro? Atingem a totalidade dos docentes
brasileiros? Atendem às necessidades formativas dos docentes considerando seu estágio de
formação, sua experiência profissional e o local onde atuam? Apresentam reflexos positivos
no ensino aprendizagem dos docentes-cursistas? E os alunos, percebem melhoria no ensino a
partir da formação de seus docentes?
Respostas somente serão equacionadas com pesquisas empíricas sobre a vivência e os
resultados das formações apresentadas. Portanto, que não são encontradas neste estudo, mas
que podem direcionar outros, no intuito de conhecer a realidade e os efeitos dos programas de
formação docente.
Quanto aos programas de formação do profissional docente, constatou-se
predominância da modalidade a distância (Educação à Distância – EAD). Percebe-se que é
uma questão de custo e acessibilidade. Mas, novamente, levanta-se o questionamento: O
docente destinatário desse programa foi devidamente preparado para usar a “nova”
tecnologia? A estrutura necessária está a seu dispor?
Os resultados do IDEB indicam baixos índices de conhecimento por parte do
estudante brasileiro. E quais são os índices de aproveitamento dos docentes que participam
dessas formações? Qual o percentual de egressos desse programas formativos? Como esses
programas são avaliados? Por quem? Para quê?
Muitas dúvidas surgem ao se deparar com as propostas de formação docente em
vigência e percebe-se, com clareza, que muitas intenções são colocadas no papel quanto à
melhoria da formação do profissional docente, o que leva a uma reflexão: se o resultado
apresentado pelas avaliações nacionais dos estudantes indica baixo desempenho, será que a
questão da qualidade educacional não está além da formação do professor e da direção da
escola? De quais outros fatores a qualidade da educação brasileira depende?

REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil:


promulgada em 5 de outubro de 1988. Contêm as emendas constitucionais posteriores.
Brasília, DF: Senado, 1988.

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<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em 07 maio de 2010

______. Ministério da Educação. Lei 10.172, de 9 de Janeiro de 2001. Aprova o Plano


Nacional de Educação. 2001. Disponível em: <
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm>. Acesso em 06 jun. 2010.

______. Ministério da Educação. Decreto nº 5.800, de 8 de Junho de 2006. Dispõe sobre o


Sistema Universidade Aberta do Brasil - UAB. 2006. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D5800.htm> Acesso
em 06 jun. 2010.

______. Ministério da Educação. Decreto nº 6.094, de 24 de Abril de 2007. Dispõe sobre a


implementação do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, pela União Federal,
em regime de colaboração com Municípios, Distrito Federal e Estados, e a participação das
famílias e da comunidade, mediante programas e ações de assistência técnica e financeira,
visando a mobilização social pela melhoria da qualidade da educação básica. 2007.
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-
2010/2007/Decreto/D6094.htm>. Acesso em 06 jun. 2010.

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