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Índice......................................................................................................................................1
Introdução...............................................................................................................................2
Importância e razão da escolha do tema.............................................................................3
Problema Científico:...........................................................................................................4
Objectivo geral:..................................................................................................................4
Objectivos específicos:.......................................................................................................4
CAPITULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................8
– Análise dos principais conceitos relacionados com o tema estudado.............................8
1.2 Abordagem histórica e conceitual da filosofia da educação......................................10
1.2.1 - Importância da filosofia da educação no processo de ensino-aprendizagem.......12
1.2.2 Objectivos e metas da disciplina de Filosofia da Educação....................................15
1.3 - Criticidade e criatividade. Análise conceitual e importância...................................17
1.3.1 Criticidade, Criatividade e a filosofia..................................................................23
1.4 Filosofia da Educação e a Formação de Professores.................................................26
2.1 - Modelo de investigação..........................................................................................33
2.2 Tipo de Investigação: Ex-post-fact.............................................................................33
2.3 Métodos de Investigação............................................................................................34
2.4 Caracterização do local de estudo..............................................................................35
2.5 POPULAÇÃO E AMOSTRA:...................................................................................36
2.6 TIPO DE AMOSTRA................................................................................................37
2.7 Critério de amostragem..............................................................................................37
2.8 Considerações éticas...................................................................................................37
2.9 Análise dos resultados dos inquéritos aplicados aos estudantes do 4º ano de
pedagogia do ISCED – Huambo......................................................................................38
2.10 Resultados da Observação das Aulas do Curso de Pedagogia do 4º ano do ISCED -
Huambo............................................................................................................................51
Conclusões ...........................................................................................................................54
Recomendações....................................................................................................................55
Referências Bibliográficas ..................................................................................................56
ANEXOS..............................................................................................................................61
Introdução
A filosofia é, antes de mais nada, uma atitude e uma tarefa das quais resultam
“filosofias” como produto. Atitude ou disposição de amor à verdade, que supõe,
sobretudo, muita humildade e nenhuma arrogância de espírito, como afirma Jaspers
(1977. p 14), ao explicar o significado, a um tempo etimológico e histórico, do termo:
“A palavra grega ‘philósophos’ foi formada em oposição a ‘sophós’ e significa “o que
ama o saber”, em contraposição a ao possuidor de conhecimentos (dono da
verdade) que se designava por sábio. Este sentido da palavra manteve-se até hoje:
é a demanda da verdade e não a sua posse que constitui a essência da filosofia...”
Talvez seja mais pertinente perguntar: para que filosofia na educação? A resposta é
simples: porque educação é, afinal de contas, o próprio “tornar-se homem” de cada
homem num mundo em crise (VIERO, TREVISAN e CONTE, 2004).
A grande importância da filosofia da educação reside no facto de ser uma ciência que
busca por analisar os processos educativos de maneiras adaptá-los a realidade do
processo de ensino-aprendizagem. E um dos grandes problemas que vem a resolver
é a formação do homem útil não só para a sociedade mas apto para a vida, tendo
como questões centrais a critica e a criatividade. (CHAGAS et al., 2009).
Mas como ser criativo no contexto escolar? O que configura um professor criativo?
Suas características e os respectivos factores facilitadores da criticidade e
criatividade no processo de ensino-aprendizagem na sala de aula? Como formar a
criticidade e criatividade nos estudantes? Qual é a importância da criticidade e
2
criatividade na formação do homem novo de formas a que seja emancipado e apto
para os desafios da vida e do desenvolvimento do seu país? Qual é a o papel da
Filosofia da Educação na formação da criticidade e criatividade nos estudantes
(FERREIRA, 2004)?
A cada dia, surgem mais pesquisas e estudos sobre maneiras mais eficazes de
ensinar, que levem em consideração não só a expressividade, como também a
criticidade e criatividade dos estudantes. Esta é uma das alternativas mais relevantes
para tornar o ensino mais inovador e flexível, pois através dela o estudante pode
desenvolver sua “sensibilidade, percepção e imaginação”, além de ter uma visão
global do mundo e de contribuir activamente no processo de ensino-aprendizagem e
na formação do conhecimento (LOIOLA, GREATTI e MORELLI, 2004).
3
potencialidades das pessoas. Desenvolver a criticidade e criatividade é mesmo
urgente" (MARTINS, 2000).
Problema Científico:
Objectivo geral:
Objectivos específicos:
4
3. Analisar a importância da Filosofia da Educação na formação da criticidade
e criatividade nos estudantes do 4º ano do curso de pedagogia do ISCED –
Huambo no ano lectivo de 2009.
Ideia a Defender
Estrutura da Tese:
A presente tese está estruturada por uma introdução, dois capítulos, conclusões e
recomendações e referências bibliográficas.
5
O primeiro capítulo da fundamentação teórica espelha um conteúdo científico
testemunhado por várias obras de diferentes autores.
Contributo teórico.
Contributo prático.
6
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CAPITULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Filosofia: Filosofia é o resultado e o meio pelo qual o homem tenta produzir sua
realidade e identidade. Isto posto que o homem, por meio de sua relação com o
meio em que vive, seja capaz de estabelecer e consolidar conhecimentos a partir
do pensamento ao longo de sua história (ZAMARO, 2008).
Filosofia (do grego Φιλοσοφία: philos - que ama + sophia - sabedoria, «que ama a
sabedoria») é a investigação criticidade e racional dos princípios fundamentais
relacionados ao mundo e ao homem. Filosofia consiste no estudo das
características mais gerais e abstractas do mundo e das categorias com que
pensamos: Mente (pensar), matéria (o que sensibiliza noções como quente ou frio
sobre o realismo), razão (lógica), demonstração e verdade. Pensamento vem da
palavra Epistemologia "Episteme" significa "ter Ciência" "logia" significa Estudo.
8
Filosofia da Educação: filosofia da educação é portanto, um ramo do
pensamento que se dedica à reflexão sobre os processos educativos, à análise
do(s) sistema(s) educativo(s), sistematização de métodos didácticos, entre
diversas outras temáticas relacionadas com a pedagogia. O seu escopo principal
é a compreensão das relações entre o fenómeno educativo e o funcionamento da
sociedade.
Existem várias definições diferentes para criatividade. Para GHISELIN (1952), "é
o processo de mudança, de desenvolvimento, de evolução na organização da
vida subjectiva". Segundo Flieger (1978), "manipulamos símbolos ou objectos
externos para produzir um evento incomum para nós ou para nosso meio". Outras
definições:
9
• "O termo pensamento criativo tem duas características fundamentais, a saber:
é autónomo e é dirigido para a produção de uma nova forma" (SUCHMAN,
1981)
10
primeiro a estabelecer uma filosofia da educação." (MOREAU, PLATÃO e a
educação, in: CHATEAU, s.d.:13)
Com certeza, a filosofia não é inútil: ela é útil. Vale lembrar o que diz CHAUÍ a
respeito da utilidade da filosofia. Qual seria, então, a utilidade da Filosofia? Se
abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum, for útil; se não se
deixar guiar pela submissão às ideias dominantes e aos poderes estabelecidos,
for útil; se conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciências e na
política, for útil; se dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para
serem conscientes de si e de suas acções numa prática que deseja a liberdade e
11
a felicidade para todos, for útil, então podemos dizer que a Filosofia é o mais útil
de todos os saberes de que os seres humanos são capazes. (CHAUÍ, 1994, p. 18)
A filosofia não é importante somente para o educando, que graças a ela critica
todas as verdades e tem um fluxo de pensamento adequado para que chegue aos
seus conceitos, mas também para o educador que com ela aprende a utilizar as
praticas pedagógicas certas nos momentos exactos sabendo tirar o melhor de seu
estudante (CHAVES (2000).
12
1. A filosofia da educação merece, pela importância do seu objecto de estudo,
um lugar relevante entre as várias áreas da filosofia, a par de todas as
restantes, contrariamente ao que por vezes se pensa.
Quanto a primeira tese JOHN LOCKE que afirma: "Penso poder dizer de todos os
seres humanos que nove décimos daquilo que eles são, bons ou maus, úteis ou
inúteis, devem-no à sua educação. Esta é a causa das grandes diferenças entre
os seres humanos." É por isso mesmo que vale a pena fazer filosofia da
educação — enquanto valor intrínseco que todo o saber tem (no caso, o saber
filosófico educacional), obviamente, mas também em termos do seu valor
instrumental.
13
história da filosofia da educação. O que a autora quer dizer é que a história da
filosofia não é apenas a história das teorias epistemológicas, políticas, éticas,
estéticas, metafísicas, etc., produzidas pelos diversos pensadores que dela
constam.
CUNHA (2003) apresenta ainda uma outra razão justificativa do valor da filosofia
da educação, que AMÉLIE OKSENBERG RORTY não aborda: a sua
interdisciplinaridade. De facto, a filosofia da educação é um espaço interdisciplinar
por excelência: ela tanto é uma área relevante da filosofia, como é uma área
daquilo a que no mundo anglo-saxónico se chama educational studies ou
"Ciências da Educação".
14
A filosofia da educação propõe um movimento de auto-reflexão, isto é, uma
postura reflectida da educação, onde a educação não de se deve desvincular da
realidade, mas se propõe a buscar seus fundamentos na praxis. Assim, a
educação se auto-avalia e é avaliada a partir de uma filosofia da educação. A
filosofia instiga um olhar crítico, nesse caso o foco deste olhar é a educação
(BECKER, 2005).
15
• Indicar o sentido do processo educativo (filosofia da história)
a) Análise dos termos - Qual o sentido de " ensino ", de " escola ", de " mestre ",
de " aprender ", de " cultura " etc. Importa revelar a polissemia destes termos e as
suas diversas conotações.
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vezes contraditórios entre si, discernir os valores aos quais cada um destes
sentidos se refere e, por fim, compreender as suas implicações práticas.
c) Análise dos discursos - Toma-se um " corpus ", por exemplo as instruções
oficiais sobre determinada matéria, ou um conjunto de manuais escolares, ou
relatórios de inspecção, e procura-se dar conta da ideologia que lhe está
subjacente. Este método constitui um poderoso meio de tomada de consciência.
Mas, tem dois grandes inconvenientes. Primeiro, repousa demasiado sob a
suspeita, e a suspeita é um método de polícia, não de filósofo. Segundo, se é
exclusivo, conduz directamente ao niilismo: se tudo é ideologia, a ideologia não é
nada; se acusamos todo o mundo, desculpamos todo o mundo; se não
estabelecemos diferenças entre a lição de moral e a lavagem ao cérebro,
acabamos por justificar a lavagem ao cérebro.
4º O método " a contrario " - Com efeito não basta saber " o que se quer dizer ".
É também necessário saber o que se pode dizer partindo para tal do que não se
pode dizer. Este método repousa sob um consenso que, por ser negativo, nem
por isso é menos real.
17
educação é criar pessoas que são capazes de fazer novas coisas, não simplesmente
de repetir o que outras gerações já fizeram – pessoas que são criativas, inventivas e
exploradoras. O papel da escola vai muito além de ensinar o domínio de técnicas e
uso de ferramentas e de simplesmente regurgitar conhecimento. O papel primordial é
o de desenvolver nos estudantes a engenhosidade e a capacidade de raciocinar, de
questionar e de criar (GORCEIX, 2008).
Para WECHSLER (2002), um professor criativo é aquele que está aberto a novas
experiências e, assim sendo, é ousado, curioso, tem confiança em si próprio,
além de ser apaixonado pelo que faz. Trabalha com idealismo e prazer, adotando
uma postura de facilitadora e quebrando paradigmas da educação tradicional.
Algumas atitudes do professor que possibilitam o desenvolvimento da criatividade
em sala de aula são: ouvir idéias diferentes das suas, encorajar os estudantes a
realizar seus próprios projectos; estimular o questionamento, dando-lhes tempo
para pensar e para testarem hipóteses; estimular a curiosidade; criar um ambiente
sem pressões, amigo, seguro; usar a criticidade com cautela; e buscar descobrir o
potencial de cada estudante.
18
fracasso, de tal forma que tenham coragem para tentar o novo e o inusitado e
promove a auto-avaliação pelos estudantes.
19
Como se ensina criatividade?
Desbloqueios:
20
Evidenciar a abertura de emoções, visando a flexibilidade e proporcionar a busca
do novo. Os desbloqueios permitem o rompimento de barreiras mentais que
dificultam o entendimento de um problema, até a tomada de solução. Os
bloqueios dificultam o gerenciamento, geralmente de atividades que fogem à
rotina.
21
5. Soluções de Problemas e Descobertas de Oportunidades: A solução de
problemas e a descoberta de oportunidades se dá a partir de alguns aspectos
segundo (GORCEIX, 2008):
• Estar motivado;
• Ter percepção; e
10. Exploração e Casos: Esta etapa visa explorar a percepção, direcionada aos
negócios, partindo de situações banais até as mais complexas. Ou seja, visa o
grau de interesse e postura criticidade em saber enfrentar diversas situações.
22
11. Explorar Hipóteses: É mais uma ferramenta de concretização das habilidades
criativas, pois trabalha-se muito com a fantasia e a percepção, explorando o maior
números de hipóteses possíveis.
23
A imaginação focada na criação de algo surge de uma necessidade e do
interesse por algo substancialmente palpável ou não, a descrição ou percepção
visual de algo se expande mais através de um determinado nível de experiência.
Toda criatividade humana torna-se em elemento cultural; a criatividade pode partir
do espírito imaginativo, mas ganha um maior alcance quando estimulada através
de pesquisas, experiências e execuções do fato do “criar”. O estudo quer-se
criativo, aberto a novas ideias, crítico e formativo. E a filosofia é uma disciplina
cujo estudo perde o sentido se não se orientar por estes ideais — porque ao
contrário do que acontece noutras disciplinas, não há "A Filosofia" para ser
estudada.
MARTINS (2003) resume: que a analise pode ser formal e informal. A formal, que
é predominante da linguagem das ciências, tem como critério primordial a
verificabilidade das proposições, ou seja, uma afirmação so é significativa,
quando se verificada empiricamente no presente ou no futuro. A análise informal é
24
do campo das ciências humanas, usa a lógica informal, com o critério da utilidade,
no saber.
25
Muitos são os desafios que se enfrentan no que diz respeito às mediações
didático-pedagógicos para a iniciação dos sujeitos educandos, de todas as faixas
etárias, à reflexão filosófica. Trata-se de um campo aberto a variadas iniciativas
de criticidade e criatividade, para a implementação de estratégias que possam
assegurar a fecundidade da formação filosófica a partir das mediações
curriculares (SEVERINO, 2002).
Como cita a "Declaração de Paris para a Filosofia", "a educação filosófica deve
ser preservada ou estendida onde já exista, criada onde ainda não exista, e
denominada explicitamente ‘filosofia’; a educação filosófica deve ser assegurada
por professores competentes, especialmente formados para esse fim, e não pode
estar subordinada a nenhum imperativo econômico, técnico, religioso, político ou
ideológico." [op. cit. p.13].
Desse modo, a filosofia da educação se faz exercício que não explica, não
legitima, não consolida. Escapa à tentação de constituir-se como lei e como
verdade. Pelo contrário: dessacraliza, polemiza, interroga. Impede que ensinemos
da forma como ensinávamos, que pensemos a educação da forma como a
pensávamos, que sejamos os mesmos educadores que éramos. Permite-nos
pensar, ser e ensinar de outro modo. Essa é, no meu entender, a força
emancipadora do mestre ignorante. Esse é seu valor filosófico e pedagógico:
mergulhar o leitor em um círculo do qual só pode sair valendo-se de sua própria
inteligência. Construtor dos círculos do óbvio, do normal e do inquestionável que
habita em nós, esse outro círculo faz da emancipação uma questão de
sobrevivência (KOHAN, 2003).
26
imersão do indivíduo é só no fora de si, mas quando também abarca o dentro de
si (NUNES, 1999).
No entanto será que isto está a acontecer nas nossas escolas? Os professores
estão problematizando as questões ou continuam calados diante das injustiças,
trabalham para quem? Estabelecem uma relação dialogica com o saber buscando
uma sociedade democrática e colectiva, ou reproduzem a lógica do sistema nas
escolas através de selecções, exclusões, de estimulo a individualidade e a
27
competitividade? O papel do professor precisa ser repensado, pois os estudantes
esperam uma actuação destes nos problemas sociais (RUIZ, 2003)
28
comunidade em que a escola situa-se, mas também quais são os anseios do
próprio professor. A partir desse critério parece ser bastante confiável já que a
proposta a ser trabalhada requer uma análise adequada da importância da
Filosofia da Educação no processo formativo (Ibidem).
29
conteúdos filosóficos. Entretanto, só isso não é suficiente, é importante que os
estudantes, na condição de sujeitos autônomos e críticos, junto com o professor,
atuem na perspectiva de buscar uma situação de diálogo reflexivo e emancipador
frente as diferentes situações quotidianas da cultura contemporânea.
30
poderá contribuir para o desenvolvimento crítico na formação da opinião pública.
A proposta de Habermas é reconstruir alternativas viáveis na construção de um
modelo estritamente racional que tenha a finalidade emancipatória do indivíduo,
enquanto sujeito inserido no processo formativo coletivo da crítica na opinião
pública. Em meio a essas possíveis alternativas, a saída do sujeito de sua
resignação para uma práxis discursiva possibilitará um maior desempenho
empreendedor na sua caminhada em direção de sua emancipação crítica e
humana. Sendo assim, a validade objetiva, enquanto agir comunicativa se
determina necessariamente por vontades subjetivas enquanto sujeitos críticos
conscientes.
Além disso, é importante para o educador ter pleno domínio dos conteúdos
filosóficos a serem trabalhados em sala de aula. Fazendo uso de uma
metodologia que venha atender as necessidades do estudante dentro de sua
realidade quotidiana, ou seja, de sua cultura. Também, há de ser levado em
consideração que não se pode ter como conhecimento a priori que estratégia de
ensino terá mais sucesso nas praticas educativas, isto é, uma questão empírica,
só a prática poderá decidir sobre qual a melhor estratégia de ensino de filosofia
que possibilita a criticidade na opinião pública.
31
estudantes têm com a disciplina. São bem conhecidas, pelo professor de filosofia
da educação, perguntas como: “— Para que serve a filosofia da educação?”, ou
ainda “— Se vou dar aula de matemática (ou química, por exemplo) por que tenho
que estudar filosofia da educação?” (BARBOSA, 2007).
32
CAPÍTULO II – Fundamentação metodológica
33
2.3 Métodos de Investigação
Métodos teóricos
Análise - síntese: Estes métodos foram utilizados para fazer um dado geral, dos
elementos, necessários para fundamentação desta investigação e chegar
generalização e conclusões sobre o objecto de estudo. Permitiu também
descobrir as características do objecto de estudo e as relações entre cada parte
integrante deste objecto de estudo.
Métodos empíricos
34
ópticos, de mensuração, etc.). Observação é uma das etapas do método
científico. Consiste em perceber, ver e não interpretar. A observação é relatada
como foi visualizada, sem que, a princípio, as ideias interpretativas dos
observadores sejam tomadas. A realização da observação isolada do método
experimental sucede por, em determinadas ocasiões e por motivos práticos ou
deontológicos, não ser possível o recurso ao método experimental (WIKIPÉDIA,
2009)
Foi feita para observar as aulas aos professores do Curso de Pedagogia em geral
no intuito de perceber a aplicação das questões levantadas pela Filosofia da
Educação na formação da criticidade e criatividade, do ponto de vista dos
métodos de ensino aplicados e da interacção professor-estudante.
O ISCED- Huambo teve a sua reabertura no ano de 2001 e, desde esta data vem
facultando os cursos de Geografia, Psicologia, Matemática, Biologia e Pedagogia.
No seu início havia apenas cursos diurnos, sendo que em 2005 foi aberto o curso
nocturno vulgo Pós - Laboral.
35
2.5 POPULAÇÃO E AMOSTRA:
POPULAÇÃO
AMOSTRA.
Estudantes
A distribuição da amostra por sexo mostra que, maior parte desta é do sexo
feminino, representando 64,3% da amostra o que corresponde a 27 estudantes
inquiridos. O sexo masculino está representado em 35,7% que corresponde a 15
estudantes.
Professores
36
2.6 TIPO DE AMOSTRA
37
2.9 Análise dos resultados dos inquéritos aplicados aos estudantes do 4º
ano de pedagogia do ISCED – Huambo
Respostas Frequência %
Educação isolada 23 54,8%
Filosofia isolada 7 16,7%
Filosofia aplicada à educação 12 28,6%
Total 42 100,0%
Gráfico n.º 1
28,60%
Educação isolada
Filosofia isolada
Filosofia aplicada à educação
16,70%
54,80%
38
processo de decisão sobre o que fazer com tais factos e como ligá-los com
valores educacionais
Respostas Frequência %
Através da aplicação de um único método de ensino 13 31,0%
considerado eficaz
Através da aplicação de uma combinação de métodos 26 61,9%
de ensino
Através da reflexão pessoal 3 7,1%
Total 42 100,0%
Gráfico n.º 2
Atravésda aplicação de um
7,1% único método de ensino
considerado eficaz
39
apenas a combinação dos métodos de ensino e a reflexão pessoal pode ser
adaptativa e engendrar a criticidade e criatividade no seio dos estudantes.
Respostas Frequência %
Sim 15 35,7%
Não 27 64,3%
Total 42 100,0%
Gráfico n.º 3
64,30%
40
espírito crítico -criativo, dai que há a necessidade da combinação entre a
didáctica e a filosofia (SILVA, 2008).
Respostas Frequência %
Sim 33 78,6%
Não 9 21,4%
Total 42 100,0%
Gráfico n.º 4
21,40%
Sim Não
78,60%
Maior parte dos estudantes, isto 33 que corresponde a 78,6% concorda com a
afirmação de que qualquer curso de pedagogia deveria processar-se de forma
integrada entre a ciência e filosofia, sendo que pelo menos 9 estudantes que
correspondem a 21,4% não concordam com a mesma afirmação.
41
Outrossim, também cabe a filosofia a tarefa de fomentar a interdisciplinaridade,
inserindo os componentes curriculares na intencionalidade do projecto
educacional (BECKER, 2005).
Respostas Frequência %
Através da recepção /ministração de imensos 9 21,4%
conteúdos
Através de uma orientação suficiente e eficaz 33 78,6%
Total 42 100,0%
Gráfico n.º 5
21,40%
Sim Não
78,60%
Maior parte dos estudantes, isto é 33, que corresponde a 78,6% acham que
acham a melhor forma de aprender para a vida é através de uma orientação
suficiente e eficaz e pelo menos 9 estudantes que corresponde a 21,4% acham
que é através da recepção /ministração de imensos conteúdos.
42
Pergunta n.º 6 – Como caracterizas o ensino no ISCED – Huambo?
Respostas Frequência %
Um ensino que leva os estudantes a exercitar o 6 14,3%
raciocínio
Um ensino que leva os estudantes a questionar e a 23 54,8%
investigar
Um ensino fechado com imensos conteúdos e 13 31,0%
respostas preparadas
Total 42 100,0%
Gráfico n.º 6
43
Pergunta n.º 7 – Como acha que deve ser desenvolvido o processo educativo?
Respostas Frequência %
Orientado a emancipação individual 16 38,1%
Orientado a subserviência e sistema de governo 26 61,9%
Total 42 100,0%
Gráfico n.º 7
61,90%
Orientado a subserviência e
sistema de governo
Os dados da tabela e gráfico n.º 9 mostram uma maior aderência de opinião para
a condução do sistema de ensino orientado a subserviência e sistema de governo
em detrimento do orientado a emancipação individual. Isto demonstra um fraco
conhecimento dos inquiridos sobre os princípios básicos da filosofia da educação
e da própria educação que orienta que o sistema de ensino deve sempre na
medida do possível ser orientado a emancipação individual, porque é o indivíduo
que é o cerne do processo de ensino – aprendizagem, e é ele que no fim será o
produto do mesmo.
Pergunta n.º 8 – Entre as instituições formais e não-formais qual achas que tem
um papel preponderante na formação do espírito crítico e criativo?
44
Respostas Frequência %
Escola 15 35,7%
Igreja 11 26,2%
Família 4 9,5%
Meios de comunicação 1 2,4%
Educação à distância 2 4,8%
A combinação de todos acima 9 21,4%
Total 42 100,0%
Gráfico n.º 8
Escola
21,40%
35,70%
4,80% Igreja
2,40% Família
9,50%
Meiosde comunicação
No que toca as opiniões dos estudantes sobre quais instituições formais e não-
formais tem um papel preponderante na formação do espírito crítico e criativo,
maior parte dos estudantes, ou seja 15 que corresponde a 35,7% afirmaram que é
a Escola seguidos daqueles que acham que é a Igreja com 26,2% e dos que
acham que é a combinação de todos as outras instituições, representando 21,4%
das opiniões dos estudantes. Segundo MATIAS (2001), lista todos os ambientes
educativos apresentados na tabela e gráfico n.º 10 não dando preferência a
nenhum deles em particular.
45
Pergunta n.º 9 – Quais são as vantagens da aplicação do juízo crítico na
educação?
Respostas Frequência %
Desenvolvimento do pensamento analítico 13 31,0%
A busca de conhecimento puro e empírico 9 21,4%
Desenvolvimento do espírito sintético 3 7,1%
Desenvolvimento do espírito indutivo-dedutivo 13 31,0%
Desenvolvimento do juízo estético 4 9,5%
Total 42 100,0%
Gráfico n.º 9
9,50%
Desenvolvimento do
31,00% pensamento analítico
A busca de conhecimento puro
e empírico
31,00% Desenvolvimento do espírito
sintético
Desenvolvimento do espírito
indutivo-dedutivo
7,10% 21,40% Desenvolvimento do juízo
estético
46
conhecimento puro e empírico e no espírito indutivo-dedutivo sendo fraco o
conhecimento desta influencia no espírito sintético e no juízo estético.
47
Gráfico n.º 10
Pelo seu carácter pensante a filosofia da educação tem uma forte influencia no
pensamento crítico, maneira de agir, de ser e no desenvolvimento das
capacidades e habilidades. A avaliação que se faz do nível de conhecimento dos
estudantes a respeito deste tema é boa uma vez que maior parte dos alunos, isto
é acima dos 60% conhecem esta influencia que a filosofia da educação tem no
seu processo educativo,
48
Pergunta n.º 11 – A filosofia da educação desperta para o desenvolvimento
profissional; a mesma pode:
Respostas Frequência %
Despertar para o seu posicionamento profissional 15 35,7%
Desenvolver a sua capacidade de síntese 10 23,8%
Desenvolver a sua capacidade criativa 17 40,5%
Total 42 100,0%
Gráfico n.º 11
40,50% 35,70%
Despertar para o seu
posicionamento profissional
De acordo com a opinião dos estudantes, na sua maioria, isto é 40,5% que
corresponde a 17 estudantes, acham que a filosofia da educação desperta para o
desenvolvimento da capacidade criativa, seguidos dos que acham que a mesma
pode despertar para o desenvolvimento profissional, 35,7%, e 23,8% que acham
que pode desenvolver a sua capacidade de síntese.
49
Pergunta n.º 12 - Os teus docentes têm aceitado algumas criticidades
acerca, do quilo que são:
Sim Não
Respostas
Fa % Fa %
Os conteúdos elaborados 32 76,2% 10 23,8%
Como ela vai sendo dinamizada ou explicada 19 45,2% 23 54,8%
Como ela tem sido avaliada 24 57,1% 18 42,9%
80,00%
60,00%
40,00%
20,00%
Sim
0,00% Não
rd
sbe
la
o
O
lid
a
v
d
ún
te
o
c
s
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a p
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x
lic
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ud
in
a
o
m
z
m
C
id e
la
tso
C
d
n e
la
v
iso
Na opinião dos estudantes inquiridos 54,8% que corresponde a 23, maior parte
dos professores não aceita criticas sobre como a disciplina vai sendo dinamizada
ou explicada, seguidos de 42,9% que corresponde a 18 estudantes que acham
que os professores não aceitam criticas sobre como a disciplina tem sido
avaliada.
50
ISCED, mas também sobre os conteúdos elaborados e como ela tem sido
avaliada.
Para DAVIS, SILVA e ESPÓSITO (1989), interacções educativas são aquelas que
exigem coordenação de conhecimentos e acções em torno de objectivos comuns
e que sejam pautadas pela simetria, ou seja, pela distribuição relativamente
equivalente, entre os alunos, de oportunidades de participação, no tempo e
espaço interactivo, para a superação de contradições, para a expressão individual
e para a troca de experiências. A implementação de interacções educativas entre
os alunos em sala de aula requer, portanto, além de um razoável "controlo da
classe" (no sentido tradicional de disciplina), um conjunto de habilidades
interpessoais do professor para conceber, planejar, participar [de] e coordenar as
interacções educativas com e entre os alunos.
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Segundo DEL PRETTE et all, (1998) considerando-se a estruturação da
participação, pode-se constatar que, nas práticas tradicionais de ensino, as
configurações interactivas se dão, quase exclusivamente, entre o professor e a
classe e, em menor frequência, entre o professor e alunos específicos. Neste
contexto, as interacções sociais entre os alunos são geralmente vistas como um
obstáculo, um indicador de indisciplina que, muitas vezes, os professores utilizam
como justificativa para manter um padrão ritualístico de prática pedagógica. O
desafio do PRODIP, de articular conteúdo e participação, foi, em parte,
encaminhado através da promoção de acções organizativas do professor, tais
como: a explicitação dos objectivos e das condições gerais da actividade, o
estabelecimento de motivação e incentivo, a atenção a comportamentos
orientados para a tarefa, etc. Esperava-se que uma maior competência na
estruturação de actividades pudesse reduzir a resistência do professor em alterar
as configurações interactivas tradicionais (professor-aluno e professor-classe) na
direcção de configurações interactivas entre os alunos, díades ou grupos.
Nem todas as aulas são acompanhadas de debate apenas são explicativas e nem
sempre os professores citaram tópicos ou perguntaram aos estudantes por
dúvidas sobre a matéria explicada e nem sempre orientaram trabalhos de
pesquisa ou de grupo após as aulas sobre os conteúdos apresentados.
No que toca qualidade dos conteúdos e orientação, boa parte dos professores
ditaram muita matéria ou pelo menos de forma razoável, não citaram tópicos ou
solicitar os estudantes para investigar uma vez que já haviam resumido a matéria
e, não lançaram o tema dando argumentos e levando os estudantes ao debate de
forma conclusiva.
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apoiar e incentivar a participação do aluno, além de reduzir a quantidade e
melhorar a qualidade das acções do professor enquanto apresentador, ele
próprio, dos conteúdos. Entre os objectivos de desempenho que foram alvo do
PRODIP, podem ser destacados: fazer perguntas e pedidos (de diferentes formas
e funções), recolocar ou parafrasear a fala do aluno, fornecer feedback positivo,
fornecer ajuda verbal mínima etc., além de acções mais amplas como planejar e
coordenar actividades interactivas em sala de aula.
Maior parte dos professores não deram espaço a polémica e não dirigiram as
aulas de forma interrogativa.
Ele aponta dois importantes papéis educativos do filosofar: provocar e manter vivo
o interesse pelos problemas humanos fundamentais e provocar para a reflexão,
para a crítica, para o exame rigoroso das ideias e para a problematização. Não só
provocar, mas ajudar a desenvolver uma tal forma de pensamento: “A filosofia
deve contribuir eminentemente para o desenvolvimento do espírito
problematizador. A filosofia é, acima de tudo, uma força de interrogação e de
reflexão, dirigida para os grandes problemas do conhecimento e da condição
humana.
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Conclusões
Tendo em conta o problema científico, os objectivos e a ideia a defender, com
base na investigação desenvolvida chegamos as seguintes conclusões.
54
Recomendações
55
Referências Bibliográficas
1. ________EM DEFESA DA FILOSOFIA NO SEGUNDO GRAU, Campo
Grande, 30 de Janeiro de 1996.
56
o ambiente criativos, Contrapontos - volume 8 - n.2 - p. 295-306 - Itajaí,
Mai./Ago. 2008.
18. KOHAN, Walter Omar, Três Lições de Filosofia da Educação, Educ. Soc.,
Campinas, vol. 24, n. 82, p. 221-228, Disponível em:
<http://www.cedes.unicamp.br>, Abril 2003
25. NETO, Octávio Silvério de Souza Vieira, A Formação Humana: para além
da Bildung Moderna, Inverno de 2009.
58
31. SEVERINO, António Joaquim, A filosofia na formação do jovem e a
ressignificação de sua experiência existencial, 2002
36. ZAMARO, Mauro, Filosofia da Educação, Uma visão ácida, mas honesta,
Outubro de 2008.
59
Sites:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Observa%C3%A7%C3%A3o
http://www.prof2000.pt/users/isis/psique/unidade1/metodos/observacao.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Question%C3%A1rio
http://www.unirondon.br/grad/dir/doc/pdf/modelo_projeto_pesquisa.pdf
http://pt.wikipedia.org/wiki/Educação.
60
ANEXOS
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