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ANO 2

Nº 12

MARÇO DE 2 0 0 9
www.esec-se-guarda.rcts.pt
e-mail: jornalolhar@gmail.com

O Mundo e a Ciência...
EDITORIAL
O ano de Darwin
Vivemos dependentes dos outros, vivendo em siste- No intuito de assinalar o bicentenário do nascimento de
mas que se apoiam no trabalho e na solidariedade colec- Charles Darwin, o Departamento de Ciências Naturais fez
tiva. Temos assim responsabilidades individuais e pes- no dia 12 de Fevereiro uma exposição de fotografias, revis-
soais que devemos distinguir das responsabilidades tas, livros e passou um documentário sobre a vida e obra
colectivas. Cada um tem de assumir as suas responsabili- do referido Naturalista.
dades pessoais ( em gestos cívicos, na escola, no traba-
lho, em gestos de solidariedade para com os outros), já
que essa é a única forma de minimizar os problemas e os
conflitos que dividem os sujeitos e as sociedades.
A responsabilidade passa pelas instituições, não se
reduz apenas às responsabilidades individuais. Esta pode
ser colectiva e cada vez mais o sentido de responsabili-
dade é de grande importância para a maturidade moral e
espiritual do ser humano. O homem define-se pela res-
ponsabilidade que assume perante os seus irmãos e a
história. As nossas escolas são espaços onde todos têm
que assumir deveres e responsabilidades, onde têm de
se cumprir regras. Não há verdadeiro mérito naqueles
que procuram o bem-estar na quebra de deveres e valo-
res de solidariedade e de responsabilidade. José Manuel Saraiva vai estar pela
Por tudo isto reconheçamos a importância da legitimi-
dade nas relações circulares e recíprocas, na postura segunda vez na Escola Secundária da Sé
comunitária, na doação, no cumprimento de regras
colectivas, porque só assim seremos testemunhas de um O bom filho à casa torna sem medo de ventos e marés que
novo humanismo. possam abalar o seu conforto e agora com obra renovada: Aos
Olhos de Deus.

Professora Carla Tavares Desportos de


Inverno
Tudo começou há um ano
atrás, no dia 20 de Fevereiro
de 2008, quando os alunos do
11º Ano participaram numa
actividade de Introdução aos
Desportos de Inverno.
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EM DEBATE

Prefácio de uma História


que os homens utilizam desde tem-
pos remotos até à actualidade.
Chega-se então à maravilhosa mas
polémica altura em que uma faísca se
acende na alma dessa personagem
encorajada pelo Homem...e ela pas-
sa a existir. Assim que isso lhe acon-
tece, ela é quase esmagada pela avas-
saladora liberdade que uma mente
humana alberga, uma vez que os
limites da imaginação são infindá-
veis. Dá-se muito espaço àqueles que
lá habitam, ainda mais do que o pró-
prio Homem tem a seu dispor.
Então, se se partir do pressuposto
que uma personagem moldada pen-
sa, ela saberá que é o ser pensante
mais livre de todos.
Pode alguém criar personagens
inevitavelmente, pode familiarizar-
se com elas por acidente, mas a deci-
são de escrever uma história é toma-
da de forma livre, consciente e
intencional. Uma personagem pode
Há muitos motivos para construir tuir ideias desordenadas e complica- ser prudentemente conservada em
uma história. Mas quais os mecanis- das de entender, por cor, imagens e, palavras, e as que melhor a conser-
mos escondidos por detrás de uma por fim, por máscaras. vam são as escritas. Quando um
obra? Por conseguinte, o Homem tem Homem opta por escrever as suas
Exponho aqui uma teoria relativa a dentro de si uma torrente de peque- personagens, este torna-se Escritor.
essa questão. O Homem tem múlti- nas almas, simples e planas como As personagens são o prefácio da
plas dimensões, de entre elas a racio- panquecas, que aparecem e desapa- história.
nal, e tal facto é indiscutível. Dado recem a proveito do seu criador, Depois do Escritor as vincular a
que a racionalidade faz parte dele, é- sem este se aperceber inteiramente uma acção, a um tempo e espaço, a
lhe inato interpretar a realidade do que surge e morre para o ajudar a sua liberdade é drasticamente res-
envolvente, tentar compreendê-la à pensar. Se, no entanto, ele reparar tringida: essa será a derradeira trans-
sua maneira, reescrevê-la na sua numa personagem (ou porque esta formação das personagens. Elas
mente. lhe agrada, ou porque ela foi dema- transformam-se em nós.
Tendo isto em conta, a dependên- siado persistente para desaparecer E se fôssemos personagens escritas
cia do ser humano nas suas persona- com as restantes) o Homem molda- por um Escritor que é Deus? O ver-
gens é transparente e clara. As per- a. dadeiro dilema: será que escrever
sonagens nascem enquanto imagina- De início, uma personagem é algo nos torna livres? Ou será que esse
mos, enquanto reflectimos através singelo que representa, momenta- acto nos aprisiona apenas, numa
de exemplos animados, à medida neamente e nunca depois desse ins- gaiola dourada donde conseguimos
que inventamos piadas com os ami- tante inicial, a realidade que o ser ver o céu?
gos ou mesmo quando recontamos a humano pensa e repensa. Contudo, Valerá a pena ser-se escritor?
história de outrem com um toque uma personagem a que é induzida Há muitos motivos para construir
pessoal: temo-las lá, na nossa cabe- complexidade – sentimentos, prefe- uma história.
ça. Criá-las é essencial para estrutu- rências, dogmas, um passado e um
rar o nosso pensamento, para substi- futuro – tem um poder espantoso Ana Isabel Varelas , nº1, 11ºC
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EM DEBATE

200 Anos de Darwin


O Homem. Charles Robert
Darwin nasceu em Shrewsbury,
Inglaterra, em 12 de Fevereiro de
1809, no seio de uma abastada e
proeminente família. Foi o quinto
dos seis filhos do médico Robert
Darwin e sua esposa Susannah Dar-
win.
Na escola, que frequentou em
Shrewsbury, os seus maiores interes-
ses estavam relacionados com a caça,
tornando-se mais tarde um exímio
caçador, com os cães e com as colec-
ções de minerais, de insectos ou ovos
de pássaros.
Em 1825, Darwin foi estudar
medicina na Universidade de Edim-
burgo. No entanto, a sua aversão às
cirurgias, praticadas na época, levou-
o a negligenciar os estudos médicos.
Em contrapartida, tornou-se um
activo participante de sociedades
estudantis para naturalistas. A histó-
ria natural era o seu mundo.
Em 1827, o seu pai decepcionado
com a falta de interesse de Darwin
pela medicina, matriculou-o na Uni-
versidade de Cambridge para que ele
se tornasse um clérigo. Nessa época,
os clérigos recebiam uma renda que
lhes permitia uma vida confortável e
muitos eram naturalistas porque,
para eles, “explorar as maravilhas da
criação de Deus” era uma das suas
obrigações. Contudo, uma vez mais,
Darwin preferia andar a cavalo, caçar
e coleccionar besouros… Como os
seus interesses tinham a ver com a naturalista e teria um impacto pro- Ciência, que ia enviando para Ingla-
história natural, Darwin ingressou fundo em muitas áreas da Ciência. terra. Assim, quando regressou, em
no curso de história natural do reve- A viagem do Beagle durou quatro 2 de Outubro de 1836, Darwin era
rendo Henslow, professor de botâni- anos e nove meses, dois terços dos já uma celebridade no meio científi-
ca e especialista em besouros, o qual, quais Darwin passou em terra firme, co, tendo sido eleito, antes de com-
mais tarde, viria a ser seu tutor. estudando uma enorme variedade de pletar 30 anos, membro da Royal
Foi por recomendação de Henslow características geológicas de fósseis Society.
que Darwin, com 22 anos, embarcou de seres vivos. Metodicamente, Dar- Em 29 de Janeiro de 1839, Darwin
no navio inglês HMS Beagle, numa win escrevia, anotava e coleccionava casou com a sua prima Emma Wedg-
viagem que lhe proporcionou o um enorme número de espécimes, wood.
desenvolvimento da sua carreira de muitos deles desconhecidos para a
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EM DEBATE

200 Anos de Darwin


Os Darwin tiveram dez filhos, publicações e trabalhos, especialmen- cas como as religiosas e consciente
três dos quais morreram prematura- te os de Jean-Baptiste LamarcK, que que a publicação destas ideias poderia
mente. defendiam ideias sobre evolução, a significar o fim da sua reputação e a
Em 1842, a família mudou-se para chamada transmutação de espécies. sua ruína, Darwin passou mais de
a sua casa de campo – Down House – Essas ideias eram vistas como uma vinte anos desenvolvendo esta teoria,
que serviria de “refúgio” a Darwin, blasfémia, associadas a agitadores experimentando e tentando encon-
de onde pouco saiu, tanto mais que políticos radicais e rejeitadas pela trar respostas convincentes para
passou a sofrer repetidamente de comunidade científica. todos os contra-argumentos que con-
dores estomacais, vómitos, graves Quando Darwin embarcou no Bea- seguia antever.
tremores, palpitações e outros sinto- gle era criacionista, acreditava num Contudo, o conhecimento de que
mas, que se agravavam em alturas de “projecto divino”. Mas, na América um outro cientista, Alfred Russel
maior stress, como, por exemplo, do Sul, descobriu fósseis de animais Wallace, tinha desenvolvido uma
quando tinha de lidar com as contro- extintos em estratos que não mostra- teoria semelhante, levou cientistas
vérsias relacionadas com a sua teoria. vam quaisquer sinais de catástrofe ou amigos a pressionarem Darwin no
Não se sabe, ao certo, qual a causa da mudanças climáticas e muito seme- sentido de publicar a sua teoria.
doença de Darwin. lhantes a animais não extintos que Assim, em 22 de Novembro de
Charles Darwin faleceu a 19 de viviam na mesma região (preguiças e 1859, é publicado “A Origem das
Abril de 1882. Foi enterrado na Aba- tatus); nas ilhas Galápagos, observou Espécies” ( no original, On the Origin
dia de Westminster, sendo uma das tartarugas e tentilhões com seme- of Species by Means of Natural Selec-
cinco pessoas não ligadas à família lhanças mas com diferenças de ilha tion).
real a ter tal honra, no século XIX. para ilha; na Austrália encontrou o Estava assim publicada a primeira
Charles Darwin foi um homem rato-canguru e o ornitorrinco, ani- verdadeira e testável teoria científica
conservador, metódico, avesso a con- mais tão estranhos que o levaram a sobre evolução por Selecção Natural.
trovérsias. pensar que “Um incrédulo… poderia Para além de inúmeros livros sobre
Já a sua teoria sobre a evolução das dizer que seguramente dois criadores plantas e animais, Darwin escreveu,
espécies – Darwinismo - foi revolu- diferentes estiveram em acção”. Estas ainda, “A Descendência do Homem e
cionária e controversa, na altura em e outras observações deixaram Dar- Selecção em relação ao Sexo”, dois
que foi publicada. win muito intrigado, mas com espíri- volumes publicados em 1871, onde
to científico e com o seu dom para a aborda a origem do Homem e a sua
teorização, foi acreditando e desen- evolução a partir de outros animais.
volvendo, em segredo, a teoria que Darwin achava que, apesar de todas
O Cientista. Em Biologia, é
as espécies se modificaram, evoluí- as “qualidades nobres” e “capacidades
comum falarmos em pré-Darwin e
ram, ao longo do tempo, por selec- sublimes” da humanidade, “o Homem
pós-Darwin.
ção natural. A partir de um ancestral ainda traz na sua estrutura física a
Este facto evidencia o enorme
comum, em cada meio, eram selec- marca indelével da sua origem primi-
impacto que Charles Darwin teve na
cionados os indivíduos que apresenta- tiva.”
Biologia Moderna.
vam as características mais adequadas
No século XIX, o paradigma aceite
a esse meio (os mais aptos), os quais Darwin
pela generalidade da comunidade
se reproduziam mais e passavam essas
científica era o Criacionismo. Todas
características aos descendentes; pelo
as espécies eram uma criação divina,
contrário, os menos aptos, com o
logo perfeitas, não se modificando ao
tempo, acabavam por se extinguir. Professor José Faustino
longo do tempo.
Temendo tanto as críticas científi-
Embora já tivesse havido algumas
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EM DEBATE

Charles Robert Darwin


No intuito de assinalar o bicentenário do nas-
cimento de Charles Darwin, o Departamento
de Ciências Naturais fez no dia 12 de Fevereiro
uma exposição de fotografias, revistas, livros e
passou um documentário sobre a vida e obra
do referido Naturalista. Estiveram presentes
alguns alunos e professores.
Charles Robert Darwin nasceu no dia 12 de
Fevereiro de 1809 em Shrewsbury. O seu pai
Robert Darwin era um médico bem sucedido.
O seu avô paterno era Erasmus Darwin, médi-
co, filósofo, botânico e poeta e o primeiro
autor a propor uma teoria evolucionista, pro-
gressista e divinamente dirigida. No entanto,
Erasmus havia-o feito de modo muito pouco
científico. A sua teoria limitava-se a sugerir
uma origem comum para todos os seres vivos,
sem especificar nenhum mecanismo concreto
sobre como é que ocorriam as alterações evo-
lutivas.
Em 1825 , o pai mandou-o para Edimburgo
para aí estudar medicina. Porém a falta de
entusiasmo de Darwin pela medicina, levaram
o seu pai a sugerir que entrasse para a Igreja
Anglicana e assim conciliar os seus deveres
eclesiásticos com os seus interesses pela histó-
ria Natural. Como para tomar ordens era çou a publicação conjunta das duas teorias,
necessário um grau académico numa universi- num arranjo delicado.
dade inglesa, ingressou em Cambridge em Em 1859, foi publicado “ A Origem das
finais de 1827. Darwin obteve em Cambridge Espécies”.Após esta publicação, Darwin dedi-
uma sólida preparação científica. cou-se a persuadir a comunidade científica a
A sua viagem de cinco anos a bordo do Bea- aceitar as suas ideias. Continuou a publicar
gle permitiu-lhe observações da natureza obras cujo objectivo era completar o que ficara
levando-o ao estudo da diversificação das espé- por fazer.
cies e, em 1838, ao desenvolvimento da teoria Darwin morreu no dia 19 de Abril de 1882.
da Selecção Natural. Consciente de que pode- Foi enterrado na Abadia de Westminster perto
ria ser severamente contestado pela comunida- do monumento a Newton.
de científica continuou o seu estudo. Contudo,
a informação de que Alfred Russel Wallace Professora Luísa Queiroz
tinha desenvolvido uma Teoria semelhante for-
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POR CÁ

Grupo de Ginástica da Escola


Parabéns ao Grupo de Ginástica! as outras provas de Ginástica de Solo incidentes.
No dia 27 de Fevereiro, o Grupo foram também muito boas mas, é A participação nestas actividades e
de Ginástica da nossa escola deslo- claro, não podíamos ser nós a alcan- os próprios treinos no salão da escola
cou-se à EB 2, 3 de Fornos de Algo- çar todos os primeiros lugares. permitem-nos fazer novos amigos,
dres (no âmbito do Desporto Esco- Nem todos os elementos do grupo ocupando saudavelmente algum do
lar) para participar numa competição puderam participar nas provas, pelo nosso tempo livre, em prol da
com outros grupos do distrito da que integraram o júri. melhor representação da nossa esco-
Guarda. Contámos com a dedicação do la.
Conseguimos um honroso primei- Professor Miguel Figueiredo, trei-
ro lugar em Ginástica de Grupo, nando com motivação e esquecendo
Mini-Trampolim e Tumbling. Todas por vezes o cansaço ou pequeninos Mara Pacheco,nº18,10ºB

Acção de formação – Suporte Básico de Vida


Quando surge uma paragem car- casa, no centro comercial ou no fazer “SBV”.
díaca e/ou respiratória as hipóteses meio de uma estrada, na sequência Neste sentido, a Escola Secundária
de sobrevivência para a vítima de um acidente ou de uma doença com 3ºCEB da Sé, fazendo-se repre-
variam em função do tempo de súbita. A probabilidade de sobrevi- sentar pelos Professores António
intervenção. A medicina actual tem vência e recuperação nestas situações Vicente e Marco Araújo e a aluna
recursos que permitem recuperar depende da capacidade de, quem Vera Gonçalves, participou numa
para a vida activa, vítimas de para- presencia o acontecimento, saber acção de formação promovida pelo
gem cardíaca e respiratória desde quando e como pedir ajuda e iniciar INEM no dia 14 de Outubro de 2008
que sejam assegurados os procedi- de imediato Suporte Básico de Vida. no Sabugal.
mentos adequados em tempo opor- (SBV). A acção de formação contou com a
tuno. Se o episódio ocorrer num A chegada de um meio de socorro presença de várias escolas do distri-
estabelecimento de saúde, em princí- ao local, ainda que muito rápida to, onde o clima descontraído e boa
pio, serão iniciadas de imediato pode demorar tanto como… 6 disposição contribuíram para uma
manobras de suporte básico e avan- minutos! As hipóteses de sobrevivên- tarde bem passada e marcada pela
çado de vida, pelo que existe uma cia da vítima terão caído de 98% aprendizagem de competências que
maior probabilidade de sucesso. para… 11%, se os elementos que nos enriqueceram como cidadãos.
No entanto, a grande maioria das presenciaram a situação não soube-
paragens cardiorespiratórias ocorre rem actuar em conformidade.
fora de qualquer estabelecimento de Em condições ideais, todo o cida- Vera Gonçalves, n.º 27, 10ºC
saúde. No mercado, no café, em dão devia estar preparado para saber
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POR CÁ

O Meu Primeiro Estágio


Em Janeiro do corrente ano Após o lanche, encaminhei-os eles para a Alameda de Santo André
comecei o meu estágio na Fundação para a casa de banho com ajuda de e para o Jardim José de Lemos,
Augusto Gil. onde fizemos algumas actividades
No primeiro dia, conheci as insta- físicas.
lações, os directores que são a Dra. Estou a gostar muito desta expe-
Marília Raimundo e o Dr. Raimun- riência porque estas pessoas preci-
do, os funcionários e os utentes. sam de apoio, carinho e atenção,
Pelas 16 horas, dei o lanche aos pois são seres humanos especiais
utentes, pois alguns estão sentados que nasceram com alguns proble-
em cadeiras de rodas e há alguns mas.
que têm outros problemas físicos e,
por isso, necessitam de mais apoio. auxiliares. A seguir, fui passear com Marco Bandeirinha,nº12

A Guarda em progresso…
No dia 7 de Março, realizou-se a tora da Instituição, Drª Marília Rai-
inauguração da Residencial Sénior mundo, o Senhor Ministro do Tra-
que pertence à Fundação Augusto balho e da Solidariedade Social, Dr.
Gil. Esta instituição tem como Vieira da Silva, secretários de esta-
objectivo integrar pessoas da tercei- do, deputados, autarcas e muitas
ra idade que possuem determinadas figuras conhecidas da Guarda.
doenças.
Estiveram presentes os Senhor
Presidente da Câmara Municipal da Marco Bandeirinha,nº12
Guarda, Dr. José Valente, a Direc- 9ºB

Sessão de Esclarecimento com os alunos


do Ensino Especial
No dia 2 de Março realizou-se uma PS e PSD: Sr. Deputado Fernando sobre os seus direitos como cidadãos
sessão de Esclarecimento com os Cabral, Sra. Deputada Rita Miguel e da sociedade e esclarecer alunos
Srs. Deputados representantes do Sra. Deputada Ana Manso. acerca das funções desempenhadas
Estiveram envolvidos nesta activi- pelos Srs. Deputados na Assembleia.
dade os alunos com Necessidades Esta sessão serviu também de prepa-
Educativas Especiais que questiona- ração para a visita a realizar à
ram os Srs. Deputados acerca de Assembleia da República no próxi-
problemas que os preocupam. Esta mo dia 29 de Abril.
actividade está inserida no Plano
Anual de Actividades e tem como Professora Carla Tavares
objectivos: informar os alunos com Intérprete Joana Silva
Necessidades Educativas Especiais
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POR CÁ

A Música e a Matemática
No passado dia 30 de Janeiro de actividades lúdicas relacionadas com Mozart.
2009, realizou-se, na Escola Secun- a Música essencialmente de Mozart. Os presentes tiveram, ainda, o
dária c/3º CEB da Sé – Guarda, Para uma melhor compreensão do privilégio de escutar os temas de
uma palestra intitulada “A Mate- tema deve referir-se que as primei- Mozart abordados na palestra, que
mática e a Música”. ras composições de Mozart datam foram apresentados pelas violinistas
Esta actividade constava do Plano de 1761, quando este tinha apenas Olena Sokolovska, professora do
Anual de Actividades do Departa- cinco anos de idade. Ao longo da Conservatório de Música da Guarda
mento de Matemática e foi dinami- sua curta vida, Mozart compôs cer- e Ana Filipa Varela, aluna do 8º ano
zada e organizada por um grupo de ca de seiscentas obras, entre elas de escolaridade na nossa escola, e
docentes do Departamento. várias óperas, sinfonias e missas. aluna da Professora Olena, no Con-
Depois de alguma reflexão sobre Assim, surgem as seguintes ques- servatório.
o tema escolhido, “A Matemática tões: A adesão à actividade foi grande, o
e a Música”, e pretendendo dar a - Quanto tempo levaria um copista que nos deixou orgulhosas, pois a
conhecer à comunidade educativa a a copiar, toda a obra de Mozart? sala dois ficou sobrelotada.
ligação entre o estudo da Matemáti- - Que simetrias se podem encontrar No final, as pessoas mostravam-se
ca e da Música, surgiu a ideia de numa sonata? Ou num dueto de satisfeitas, surpreendidas e agrada-
convidar a Professora Doutora Car- Mozart? das com o que viram e escutaram.
lota Simões, Professora Auxiliar do - Que números mágicos se escon- A todos o nosso bem-haja.
Departamento de Matemática da dem em símbolos e se revelam em
Universidade de Coimbra, que ao sons na ópera, «A Flauta Mágica»? Professoras
longo da sua brilhante carreira aca- Nesta palestra, a Doutora Carlota Fernanda Nascimento
démica tem desenvolvido e divulga- Simões respondeu a estas e outras Maria Augusta Machado
do trabalhos no âmbito da Matemá- perguntas, associando números e Maria da Graça Rodrigues
tica, através de artigos, palestras e padrões matemáticos à obra de
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Área de Projecto 12ºB

A música como terapia


No passado dia 15 de Novem- pouco mais à vontade, visto A participação nesta acção de
bro de 2008, o nosso grupo de estarmos entre pessoas desco- formação foi, na nossa opinião,
Área de Projecto participou na nhecidas. Seguidamente, passá- bastante proveitosa uma vez
Acção de Formação mos para a abordagem teórica que, para além de nos propor-
“Musicoterapia – Abordagem da Musicoterapia. Ficámos cionar um dia fantástico, tam-
Teórico-Prática e suas Aplica- espantados quando nos aperce- bém nos permitiu conhecer
ções” que decorreu no TMG. bemos dos efeitos, tanto físicos mais profundamente, os pode-
Achámos por bem fazê-lo uma como psicológicos, da música res terapêuticos tanto da músi-
vez que o nosso projecto se no ser humano percebendo, ca, como dos sons em geral.
centra nas Terapias Alternativas, assim, porque é que esta já é Ansiamos portanto, que estes
tendo em vista a obtenção de utilizada como terapia desde conhecimentos adquiridos nos
conhecimentos referentes à uti- tempos ancestrais. permitam a realização de um
lização da música como tera- Passada esta fase, fomos à trabalho mais completo e
pia. prática. Fizemos vários exercí- abrangente dado que nos per-
Esta oficina foi orientada por cios, desde imitar os passos de mitiu constatar que a música
dois musicoterapeutas, Maria dança dos outros, dançar livre- pode ser uma terapia utilizada
Nogueira e o espanhol José mente entre outros, que nos com pessoas com as mais varia-
Serrano, e contou com a parti- permitiram relaxar. Terminou das patologias.
cipação de um grupo de 24 assim o turno da manhã.
pessoas maioritariamente liga- À tarde, as actividades reali-
das à Saúde e à Educação Espe- zadas prenderam-se, essencial- Ana Raquel Fonseca
cial. mente, com a componente prá- Ana Rita Martins
Cláudia Hilário
Numa fase inicial da activida- tica da Musicoterapia, tendo-
Cristiano Santos
de, começámos por nos apre- nos sido propostos alguns exer- Joana Madeira
sentar de uma forma lúdica e cícios que se costumam fazer
original, o que nos despertou a numa sessão de Musicoterapia Grupo C – Área de Projecto
convivência e nos deixou um em grupo. 12º B
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Área de Projecto 12ºB

Guarda e o Sanatório
e central eléctrica, esgotos, água que
era distribuída através de canalização,
desinfecção dos quartos, jogos, jar-
dim de Inverno onde se desenrola-
vam diversões, biblioteca.Os doentes
passavam os seus dias entre tratamen-
tos rotineiros e monótonos e o conví-
vio entre eles.
Em 1937 criou-se a Caixa Recreati-
va, que tinha como finalidade arran-
jar dinheiro para se poderem realizar
espectáculos, festas, manter a biblio-
teca, etc. Foi graças a essa Caixa
Recreativa, que foi criada a Rádio
Altitude.
Quando os enfermeiros faziam
“piquete” entre os pavilhões, servia-
lhes de protecção as grandes capas
que eles usavam, isto porque os
Nos finais do século XIX, a tuber- António de Lencastre e Rainha D. imensos e ferozes cães que soltavam à
culose era uma das mais temidas Amélia, bem como outras estruturas noite, só os reconheciam nessas capas
doenças infecciosas. Na época acredi- de apoio. Iniciaram-se os preparati- e só perante elas se mostravam amis-
tava-se que a melhor maneira de vos para os grandiosos festejos da tosos e companheiros de piquete.
combater a tuberculose era instalar inauguração a fim de receber condig- O Sanatório foi desactivado logo após
os doentes em climas de montanha, namente suas majestades reais. O Sr. «O 25 de Abril» numa altura em que
com ar seco, ausência dos nevoeiros e Presidente da Câmara, Dr. Francisco tinha capacidade para albergar 600
alta ozonização. dos Prazeres, convidou os proprietá- doentes em simultâneo.
Conta a história que em 1881, o rios dos prédios urbanos situados No mesmo local funciona o Hospi-
Doutor Sousa Martins ao fazer uma junto às ruas públicas da cidade, a tal Distrital, o Centro de Saúde, o
expedição à Serra da Estrela conside- pintar as frontarias e respectivos Centro Psiquiátrico e a Escola Supe-
rou a elevada montanha um local muros de quintais. A cidade enfeitou- rior de Enfermagem, espaço hoje
óptimo para o tratamento da Tuber- se. Rogério Reynaud, aluno de Belas denominado Parque da Saúde. À sua
culose. Em sua honra e pelo seu Artes no Porto, desenhou e pintou volta algum abandono e “a mesma”
empenho à causa da Tuberculose, quatro grandes arcos que foram colo- mata de rara beleza com recantos
veio a ser dado a este Sanatório o cados nos principais pontos do per- bonitos e românticos: bancos de
nome de Sousa Martins. curso que Suas Majestades iriam pedra, pontes, grutas e miradouros.
A proposta para a sua construção fazer. Este texto foi elaborado pelos alu-
foi feita pelo Dr. Lopo de Carvalho A 18 de Maio de 1907, com a pre- nos do grupo E, do 12ºB, na discipli-
(então Delegado de Saúde da Guar- sença do Rei D. Carlos e da Rainha na de Área de Projecto, coordenados
da) e foi aceite pela Presidente da D. Amélia, foi então inaugurado o pela professora Lurdes Fonseca, no
Associação Nacional aos Tuberculo- primeiro Sanatório de Assistência âmbito do tema: “A relação qualidade
sos, Rainha D. Amélia, a qual decidiu Nacional aos Tuberculosos. Por ele de vida / saúde na região da Guarda”
criar nesta cidade o primeiro Sanató- passaram três Directores que supe-
rio desta instituição – Sanatório Sou- riormente o geriram e dignificaram: João Caldeira,nº13
sa Martins. Dr. Lopo de Carvalho, Dr. Ladislau João Monteiro,nº14
Numa mata de pinheiros e abetos Patrício e Dr. Manuel Martins Quei- Leandro Gonçalves,nº15
foram construídos três pavilhões para roz. Ricardo Caria,nº20
doentes de primeira, de segunda e de Funcionava como uma pequena Rodrigo Costa,nº22
Raquel Duarte,nº26
terceira classe, denominados respec- cidade. Era quase auto-suficiente pois
tivamente de Lopo de Carvalho, possuía todas as condições: lavandaria
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Área de Projecto 12ºB

O que é a radioactividade?
útil. É o caso do césio-137 que é mui-
to utilizado em tratamentos de tumo-
res malignos. Contudo, mesmo as
radiações mais fracas, em doses exces-
sivas, podem causar lesões e tumores.
No distrito da Guarda, em particu-
lar, existem materiais radioactivos
responsáveis pela existência de uma
certa radioactividade natural. A abun-
dância de certas rochas, características
da região como o granito, provoca a
desintegração dos elementos químicos
radioactivos nelas presentes que vai
originar átomos seus “descendentes”.
Um exemplo desses átomos é o radão
– 222, um gás inodoro, incolor, que
ocorre no solo, no ar e nas águas e
que é o principal responsável pela
radioactividade natural detectável na
região. O radão tem origem noutros
dois elementos radioactivos, o tório e
o urânio. Este gás é emissor de radia-
ção ionizante e constitui um problema
nas casas térreas das regiões graníti-
cas, como é o caso da Guarda, espe-
cialmente se forem pouco ventiladas.
Uma forma de se diminuir a concen-
tração do radão nos edíficios é através
da instalação de sistemas de ventilação
nos alicerces das casas, uma vez que
este gás se “infiltra” facilmente nas
habitações através de fendas ou furos.
Existem na natureza certos elemen- átomos estão em constante e lenta Contudo, este sistema é dispendioso,
tos instáveis, cujos átomos se desinte- desintegração, libertando energia por isso deve sempre abrir-se portas e
gram para obterem configurações através de ondas electromagnéticas janelas, de modo a mantê-los areja-
electrónicas mais estáveis, libertando (raios gamas) ou partículas subatómi- dos, diminuindo, assim, a concentra-
energia, a que se dá o nome de cas com altas velocidades (partículas ção do gás radioactivo.
radioactividade. Os elementos mais alfa, beta e neutrões), emitindo radia- Na época da exploração mineira, e
instáveis são os átomos com núcleos ção constantemente. devido ao facto de as minas serem
pesados, pois a proporção dos neu- A radioactividade foi descoberta locais pouco ventilados, o radão era
trões é superior à dos protões, pelos cientistas no final do século pas- um factor de elevado risco para as
enquanto que nos núcleos leves sado. Até essa época predominava a pessoas que ali trabalhavam.
(massa atómica inferior a 20), o ideia de que os átomos eram as meno-
número de protões é aproximada- res partículas existentes. Com a des- João Caldeira,nº13
mente igual à dos neutrões, consti- coberta da radiação, foram reveladas João Monteiro,nº14
tuindo, assim, núcleos mais estáveis. as partículas subatómicas que consti- Leandro Gonçalves,nº15
Como exemplos de elementos fisi- tuem o átomo, os protões, os neu- Ricardo Caria,nº20
camente instáveis ou radioactivos, trões e os electrões. Rodrigo Costa,nº22
temos o urânio – 235; o césio – 137; Os elementos radioactivos, quando Raquel Duarte,nº26
o cobalto – 60 e o tório – 232. Estes bem manipulados, podem ter um lado 12ºB
12

Área de Projecto 12ºB

Sessão de Esclarecimento
acarretam riscos nomeadamente lhando-nos a cruzar a informação
ao nível de conteúdos, nocivos de vários sites -uso da triangula-
ou falsos; prevenir-nos de even- ção – e a verificar a credibilidade
tuais informações erradas nos dos sites.
nossos trabalhos e da necessidade No final, deu-nos uma ideia
de definir previamente o que geral de como referenciar docu-
pesquisar, escolhendo o tipo de mentos digitais nos nossos traba-
pesquisa mais adequado; saber lhos. A professora ainda teve a
exactamente o que se pretende gentileza de, mais tarde, enviar
pesquisar; definir palavras-chave documentos, por e-mail, para
e adoptar critérios de pesquisa que todos os alunos da turma
Na quarta-feira, dia vinte e um claros e, ainda, definir objectivos ficassem com informação mais
de Janeiro de dois mil e nove, nesta fase de preparação. Tam- específica dos vários pontos tra-
pelas onze horas e cinco minu- bém referiu as características tados ao longo da sessão.
tos, na sala 2, decorreu uma ses- mais importantes dos motores de Toda a turma considerou que a
são de esclarecimento destinada à busca, mencionando os exemplos sessão orientada pela professora
turma do 12º B orientada pela mais utilizados. Cristina Vicente foi muito inte-
professora de TIC, Cristina Um dos pontos abordados ressante e de grande utilidade
Vicente, com o objectivo de durante a sessão, que considerá- para futuros trabalhos, tanto em
explicar e ensinar regras básicas mos mais interessantes, foi o Área de Projecto como em qual-
para pesquisar e recolher infor- relativo a critérios a usar para quer outra disciplina, ou mesmo,
mações na Internet a fim de faci- filtrar os resultados da pesquisa – na nossa vida futura.
litar a pesquisa de informação o uso de alguns caracteres tal
fidedigna e essencial à concreti- como as aspas e os sinais “+” e “-
zação do trabalho e a outras “ para reduzir e simplificar a nos- Adriana Conde, nº1
eventuais pesquisas, no futuro. sa pesquisa. Andreia Nicolau, nº5
Hélder Oliveira, nº10
A professora começou por Durante a sessão a professora Yvan Ferreira, nº25
abordar vários pontos essenciais Cristina Vicente também nos
a uma boa pesquisa tais como alertou para a fiabilidade e fide- 12ºB
cuidados a ter com sites que dignidade da informação aconse-

Informação à Comunidade Escolar


No âmbito da Área de Projecto, outros suportes, o favor de no-los
um grupo de alunos do 12º ano, disponibilizarem, temporariamente,
turma B, está a desenvolver um tra- a fim de podermos organizar, na
balho sobre a história da Escola Escola, uma exposição, uma publi- Ana Filipa Ferreira ,nº2
Secundária da Sé, após o 25 de cação e realizarmos um pequeno Andreia Antunes, nº6
Abril. documentário a apresentar, no final Inês Bidarra ,nº11
Assim, vem pedir, por este meio, do ano lectivo, no TMG (Teatro Rita Folgado, nº21
a todos os que estão ou passaram Municipal da Guarda). Sara Abadesso ,nº23
por esta Escola e possuam informa- Contacto: Tatiana Nunes,nº24
ções, documentos, fotografias, ou areadeprojecto12b@hotmail.com.
13

Área de Projecto 12ºB

Casa de Saúde Bento Menni


No passado dia 3 de Março pelas tituição as condições de higiene e
14:30h um grupo de cinco alunos do bem-estar são fundamentais e que se
12ºB e a professora responsável, tenta manter e desenvolver, ao máxi-
Maria de Lurdes Fonseca, desloca- mo, as capacidades cognitivas e psi-
ram-se à Casa de Saúde Bento Menni. comotoras dos utentes, através de
Como esta instituição utiliza tera- actividades orientadas.
pias alternativas e, por ser este o Sem dúvida um lugar onde a dife-
tema do nosso trabalho de Área de rença não tem espaço para residir e o
Projecto, achámos por bem realizar respeito e a boa disposição renascem
esta visita. em cada dia!
Tivemos como guia a Dra. Carla
Costa, psicóloga clínica e coordena-
dora do Departamento de Formação,
que nos fez uma apresentação da ins-
tituição muito interessante e provei- Grupo C 12ºB
tosa.
De todos, a sala que mais nos fasci- Ana Raquel, nº3
nou foi a Sala de Snoezelen, onde Ana Rita Martins, nº 4
tivemos oportunidade de ver e expe- Cláudia Hilário, nº7
rimentar algumas terapias que aí se Cristiano Santos, nº8
utilizam para tratamentos geriátricos Joana Madeira, nº12
e psiquiátricos, entre outros.
Pudemos comprovar que nesta ins-

Visita ao Planetário
No dia 21 de Janeiro, a turma tema “O Sistema Solar”. rais e Ciências Físico-Químicas.
do 7ºA dirigiu-se ao Planetário Depois visualizámos parte do
que tinha sido colocado na céu nocturno e por fim visuali-
escola, sexta-feira. zámos os signos do Zodíaco. Ana Rita Lourenço ,nº1
Pelas 9h30m deslocámo-nos Durante a visita pusemos em Jéssica Esteves, nº12
ao Planetário. Inicialmente fize- prática os conteúdos aprendi- 7ºA
mos uma breve introdução ao dos nas aulas de Ciências Natu-
14

Área de Projecto 12ºB

“Morte de Frente” e a SIDA


dos nem sempre são fiáveis se o com-
portamento de risco foi recente,
devendo ser repetida a análise nas
semanas seguintes. Se o resultado for
positivo, o que significa que a pessoa
está infectada, esta pode ter acesso aos
cuidados de saúde apropriados e ini-
ciar o tratamento o mais cedo possí-
vel. Deste modo, a evolução da
doença é retardada e o conhecimento
da infecção faz com que a pessoa pro-
teja os outros e se proteja a si própria
(existe a possibilidade de uma re-
infecção). Em caso de gravidez, pode
actuar-se diminuindo muitíssimo o
risco de transmissão do vírus da
mulher para o seu filho.
Até hoje muitas pessoas acreditam
que a SIDA é uma doença restrita aos
chamados grupos de risco, como as
Realizou-se no passado dia 19 de Hoje sabe-se que a SIDA é provoca- pessoas que se prostituem ou os
Fevereiro, pelas 15 horas no Pequeno da pelo Vírus da Imunodeficiência homossexuais. Mas a epidemia da
Auditório do Teatro Municipal da Humana (VIH) que penetra no orga- SIDA mostrou que todos têm de se
Guarda, um espectáculo encenado e nismo por contacto com uma pessoa prevenir: homens e mulheres, casados
realizado pelo artista Carlos Peixoto, infectada. A transmissão pode aconte- ou solteiros, jovens e idosos, todos,
“Morte de Frente”. Este é um espectá- cer de três formas: das relações independente da cor, raça, situação
culo baseado numa reportagem da sexuais; do contacto com sangue económica ou orientação sexual.
jornalista Felícia Cabrita sobre um infectado; de mãe para filho, durante Para se prevenir da SIDA, deve
doente terminal de SIDA, tendo sido a gravidez ou durante o parto e da usar-se correctamente o preservativo
adaptado por Carlos Peixoto que amamentação. O VIH é um vírus bas- nas relações sexuais e apenas agulhas e
construiu uma interpretação teatral na tante poderoso que, ao entrar no seringas descartáveis. Para evitar que
qual revela as emoções e angústias organismo, se dirige ao sistema san- a SIDA se transmita de mãe para filho,
mais íntimas do protagonista da histó- guíneo, onde começa, de imediato, a todas as grávidas devem consultar o
ria. replicar-se, atacando o sistema imu- seu médico, o mais cedo possível, e
Após o espectáculo, foi realizado nológico, destruindo as células defen- fazer o teste da SIDA.
um debate que contou com a presença soras do organismo e deixando a pes- Os números divulgados revelam-nos
do actor Carlos Peixoto, do vice- soa infectada (seropositiva) mais debi- que há cada vez mais pessoas infecta-
presidente da Escola Superior de Saú- litada e sensível a outras doenças - as das pelo vírus do HIV, o que nos leva
de da Guarda, Francisco Fragoso, a chamadas infecções oportunistas que a pensar e a questionarmo-nos como
psicóloga do CAD de Viseu, Raquel são provocadas por micróbios e que será possível que haja cada vez mais
Branco, o enfermeiro Rui Paixão e da não afectam as pessoas cujo sistema pessoas infectadas se são feitas tantas
psicóloga Sílvia Ferreira, estes dois imunológico funciona conveniente- campanhas contra a SIDA? Se a infor-
últimos técnicos do Instituto de Dro- mente. mação disponível sobre esta doença é
ga e Toxicodependência. Neste deba- O diagnóstico da SIDA é muito sim- cada vez maior, como será possível
te foram abordadas as mais variadas ples, sendo apenas necessária uma que as pessoas continuem a adoptar
questões, destacando-se quais as for- pequena amostra de sangue do indiví- comportamentos de risco?
mas de transmissão do vírus, as for- duo para ser analisada, obtendo-se o
mas de diagnóstico, os comportamen- resultado em aproximadamente 10 Ricardo Caria, nº20,12ºB
tos de risco e as formas de prevenção. minutos. Porém os primeiros resulta-
15

Área de Projecto 12ºD

Sim à Integração
Não à Discriminação

tem como grande problema: Escolar na “pele” dos já referi-


“Quais as dificuldades sentidas dos atletas. Para tal, pretende
por um atleta olímpico/ realizar, uma semana de activi-
paralímpico na sua carreira?” dades paralímpicas em que os
Deste modo tencionamos com- ditos “normais”, experimenta-
parar o trabalho dos dois tipos rão as dificuldades do desporto
de atletas em diversas áreas: adaptado.
saúde, economia e relação com É o ponto principal de um
os media. projecto em que a mudança da
Este grande problema só será mentalidade da sociedade em
respondido na sua totalidade geral, absorve mais atenções!
num grande debate em mesa Assim sendo, a integração e a
redonda entre diversas perso- não discriminação são as pala-
nalidades (dois atletas, um vras de ordem de ambos os
sociólogo, um psicólogo de projectos.
saúde…), que pretendemos
realizar no final do 3º período.
“No mundo dos atletas…” Contudo, ao longo do ano lec-
“Até à última volta” tivo, temos vindo a concretizar
várias actividades que nos têm
O ano de 2008 foi marcado ajudado a entrar “No mundo Ana Isabel Monteiro, nº 1
Daniela Brigas, nº6
pelos Jogos Olímpicos de dos atletas…”. Diogo Santos, nº7
Pequim. Uma das mais significativas é Fábio Matias, nº11
No entanto, hoje, poucos são o trabalho que temos vindo a Francisco Leal, nº 14
realizar em parceria com a Margarete Pereira, nº20
os que ainda se recordam das Rafael Barros, nº21
medalhas alcançadas pelos atle- CERCIG, através da qual temos Raquel Teixeira, nº22
tas portugueses. oportunidade de encarar a rea- Ricardo Agostinho, nº23
Assim, dois grupos de Área lidade do desporto adaptado no Sandra Tavares, nº24
terreno. Leonilde Birra, nº26
de Projecto do 12º D decidi-
ram trabalhar em conjunto Ainda este período, tenciona- Alunos do 12º D
com vista a divulgar as vitórias mos organizar uma palestra
e obstáculos vividos por atletas, com atletas olímpicos da nossa
quer olímpicos, quer paralím- região, nomeadamente o atleta
picos. paralímpico Gabriel Macchi.
“No mundo dos atletas…”, Quanto ao outro grupo, “Até
um dos projectos da turma, à última volta”, debate-se com
a colocação da Comunidade
16

Área de Projecto 12ºE

Um Desafio: Melhorar a Sociedade


peça de teatro, uma curta
metragem, uma festa de fim de
ano, uma palestra a ser realiza-
da no final do ano lectivo, em
que contaremos com a partici-
pação de pelo menos um dos
membros da Instituição – Assis-
tente Social, Psicóloga ou Edu-
cadora – para uma conversa
sobre o assunto e esclarecimen-
to de eventuais dúvidas da
Comunidade Escolar.
Pretendemos igualmente
levar a cabo uma breve exposi-
ção e venda de alguns trabalhos
práticos numa Campanha alusi-
va ao Dia da Mãe, tendo estes
sido realizados em algumas
aulas de Área de Projecto...
Tudo o que foi mencionado
visa sensibilizar as pessoas a
serem mais solidárias com estas
No âmbito da área curricular projecto consiste em apoiar as crianças.
não disciplinar de Área de Pro- crianças; a nossa maior inten-
jecto o nosso grupo escolheu o ção é dar um sorriso a estas Para obter mais informações
tema a "Solidariedade". meninas diminuindo-lhes as sobre o tema do nosso trabalho
Seleccionámos este tema por suas dificuldades, medos e tris- consulte: (http:// voluntariado
termos consciência que o mun- tezas e tentar abrir novas pers- 12e.blogs.pt. com).
do que nos rodeia não é justo pectivas para as suas vidas.
para todas as pessoas da nossa Não ficando por aqui, quere- Desde já um grande obrigada
sociedade. Daí querermos aju- mos angariar alguns donativos a todas as pessoas que colabora-
dar algumas crianças que não (alimentos, produtos de higie- ram nesta causa!
têm pais, ou que, por motivos ne...) na época da Páscoa, tal
familiares, foram retiradas da como fizemos na época Natalí-
família, como é o caso das cia, o qual foi muito além das
meninas internas da "Casa da nossas expectativas. Ângela Gonçalves nº6
Sagrada Família", onde temos Desenvolvemos também Cláudia Dias nº7
Cláudia Justino nº8
vindo a desenvolver o nosso algumas actividades lúdicas e
Patrícia Almeida 19
trabalho. promotoras de valores positi-
A principal finalidade deste vos: tardes de passeio, uma 12º E
17

Visitas de Estudo

VISITA DE ESTUDO - INFORMÁTICA/2009


DANONE e SCUTVIAS
A visita de estudo planificada no inicio os iogurtes. que fazem a vigilância do troço de auto-
do ano lectivo, com destino à DANONE Foi feita uma visita às instalações acom- estrada e ainda dos túneis.
e SCUTVIAS em Castelo Branco, decor- panhada de explicações detalhadas, tanto Explicaram ainda as normas de segu-
reu no dia 27 de Janeiro 2009. dos processos de fabrico, como dos pro- rança e tipos de cuidados a ter ao viajar
Os principais objectivos desta activida- cessos de controlo utilizados para assegu- na A23 e mostraram como funciona a
de eram: motivar os alunos para as dife- rar a qualidade dos produtos. “portagem virtual” implementada que
rentes áreas de aplicação da informática; Na Danone foram explicadas as regras permite controlar de forma precisa a
contacto com a realidade informática no de segurança alimentar e certificação da quantidade e o tipo de veículos utilizado-
mundo empresarial e com as várias utili- empresa que é única em Portugal, assim res da A23, com o imprescindível auxílio
zações dos equipamentos informáticos, como da importância da informática no de sistemas informatizados.
redes de dados e programas de controlo controlo do processo de fabrico de Posteriormente, foi explicado como
de dados; reconhecer a importância dos iogurtes e conservação dos alimentos. funciona o carro de desencarceramento e
Sistemas Informáticos no controlo de Depois de uma visita à linha de produ- o tipo de equipamentos utilizados em
linhas de produção e gestão da informa- ção e enchimento dos iogurtes, foi possí- caso de acidentes, com algumas demons-
ção; compreender a acção desenvolvida vel observar o laboratório de análises, trações práticas incluídas.
no Centro Coordenador do Tráfego, no todo ele informatizado, e que assegura a De referir que, durante a semana ante-
âmbito da prevenção rodoviária e da qualidade dos produtos em todas as fases rior à visita, os alunos foram elucidados
gestão do tráfego na A23 e também pro- de produção. acerca do que iriam visitar e da impor-
mover as relações inter-pessoais em con- No final da visita, foi feita uma degus- tância dos sistemas informáticos neste
texto fora da sala de aula. tação dos produtos produzidos e todos os tipo de actividades, por forma a poder
Participaram na visita de estudo os participantes puderam comprovar a qua- esclarecer dúvidas possíveis junto das
alunos dos cursos de Informática da esco- lidade dos mesmos. pessoas que nos acolheram.
la (10º L, 11º I e 12º I ) num total de 44 De seguida, dirigimo-nos para as Insta- Nunca é demais dizer que as visitas de
alunos e os professores Ana Paula Ferrei- lações da SUTVIAS e aí fomos recebidos estudo são actividades pedagógicas
ra, Adriano Santos, Cristina Vicente e pela responsável de relações públicas. A riquíssimas, tanto do ponto de vista do
José Messias Fernandes. SCUTVIAS é a concessionária responsá- enriquecimento pessoal, como académi-
O primeiro destino foi as instalações da vel pela concepção, exploração e manu- co, e que permitem a transposição dos
DANONE, empresa sediada em Castelo tenção dos lanços de auto-estrada e con- temas tratados na sala de aula para o con-
Branco. Fomos recebidos pela responsá- juntos viários associados na Beira Inte- texto real.
vel das relações públicas que explicou o rior, com a extensão total de cerca de
que era a Danone como empresa, mos- 176 km entre Guarda e Abrantes.
trando um vídeo elucidativo das activida- Fomos encaminhados para o centro de A responsável pela Visita de Estudo
des desenvolvidas no local. Estas vão controlo de tráfego, que funciona 24h,
desde a recolha de leite junto dos produ- onde os responsáveis explicaram o fun- Professora Cristina Vicente
tores até à expedição do produto final – cionamento das várias câmaras de vídeo
18

Visitas de Estudo

Visita de Estudo ao Museu do Azulejo


Partimos da Central de Camio- Visitámos também a parte mais nem sabemos o porquê da sua
nagem às 7:10 da manhã em antiga do museu, a igreja e a sala reacção.
direcção à capital. de leituras, autênticas relíquias Saímos do Pavilhão, passeámos
A viagem demorou cerca de 4 portuguesas. um bocado pelo Parque das
horas e 30 minutos. Chegámos e Fizemos um workshop que Nações e regressámos ao auto-
fomos visitar o Museu do Azulejo consistia na pintura de um azule- carro.
que antigamente era um conven- jo por cada aluno que brevemen- Chegámos à Guarda por volta
to. No Museu, vimos as técnicas te nos será enviado para a escola. das 9 horas e 30 minutos, exaus-
utilizadas para pintar um azulejo, Fomos almoçar ao centro tos, pois foi uma viagem inesque-
desde os tempos mais antigos comercial Vasco da Gama e cível!
(tempo dos árabes) até à actuali- depois fomos visitar o Pavilhão
dade. Além de azulejos manda- do Conhecimento.
dos pintar propositadamente para No Pavilhão do Conhecimento
o Palácio da Pena em Sintra participámos em diversos passa- Cláudia Sofia, nº5
Mariana Fonseca, nº13
vimos, também, gigantescos pai- tempos sobre a ciência e vimos
néis com cenas religiosas, perten- muitas experiências quotidianas 9ºA
centes a igrejas e conventos. em que nem sempre reparamos,
19

Visitas de Estudo

Visita de Estudo a Conímbriga e Museu de Mineralogia


e Geologia da Universidade de Coimbra
No dia 3 de Março de 2009, estratos. era o efeito de estufa e o que irá
saímos da Guarda em direcção a A parte da tarde foi dedicada à provocar no futuro se nós não
Conímbriga. A parte da manhã disciplina de Ciências Naturais, fizermos nada para o impedir.
foi essencialmente destinada à esta parte já em Coimbra, onde A seguir fomos ao Museu
disciplina de História. Em visitámos o Museu de Mineralo- Machado de Castro, que estava
Conímbriga visitamos as ruínas, gia e Geologia e o Museu Zoo- em obras e limitámo-nos a visi-
nas quais sobressai a casa do lógico. Foi bastante interessan- tar o criptopórtico que não é
Repuxo, conhecida pelos seus te! Na parte da mineralogia e visível do exterior e as paredes
mosaicos e sistema de circula- da geologia vimos os minerais estão em contacto com as casas
ção de água. Tivemos oportuni- que a Terra nos dá, como por das pessoas vizinhas. O cripto-
dade de ver vestígios das termas exemplo as pedras preciosas, pórtico é de origem romana.
e do fórum, assim como do tão raras e valiosas. Vimos tam- Depois fomos ao pátio da uni-
Aqueduto que abastecia de água bém muitas rochas portuguesas versidade, a mais antiga Univer-
a cidade. E mesmo sendo desti- e ainda no museu encontra-se o sidade Portuguesa e uma das
nada à disciplina de História, o espólio da colecção de mine- mais antigas da Europa que foi
conseguimos num dos sítios por rais do Rei D. Carlos. fundada pelo Rei D. Dinis a 1
onde passamos dentro de Na parte zoológica vimos aos de Março de 1290.
Conímbriga, visualizar as poucos e poucos a evolução da
dobras e a sobreposição dos vida na Terra, e também o que Ana Rita Lourenço , nº1 ,7ºA
20

Visitas de Estudo

Visita de estudo a Amarante e ao Porto


No dia 16 de Janeiro de por várias salas, as obras neste va”. Esta mostra esculturas fei-
2009, nós, os alunos do 9ºano Museu encontram-se expostas tas em resina e, posteriormen-
deslocámo-nos ao Norte para cronologicamente. te, pintadas, sendo o objectivo
visitarmos vários Museus. Amarante é uma vila bastante do artista retratar a comunica-
Na parte da manhã, tivemos simpática, acolhedora e com ção entre os Homens ou a falta
o prazer de visitar o Museu de óptimos doces conventuais que dela.
Amadeo Souza Cardoso, em também tivemos oportunidade Todos adorámos os belos jar-
Amarante, onde estão expostas de provar! dins que envolvem o Museu e
obras de vários artistas portu- À tarde, parámos no Museu aconselhamos uma visita…
gueses, incluindo também e Fundação Serralves, no Por-
obras do artista que deu o to, onde visitámos a exposição Bruna Fonseca e Mariana Faustino
9ºC
nome ao Museu. Organizadas “Juan Muñoz, uma retrospecti-
21

Visitas de Estudo

Viagem a Madrid
Durante os dias 11, 12 e 13 de Feverei- curiosidade fez-se sentir desde logo, DIA 2 (quinta-feira, 12 de
ro de 2009, alunos do curso de Artes e não tardou muito para que os via- Fevereiro)
Visuais da nossa escola e da Covilhã jantes observassem o movimento da
deslocaram-se a Madrid, para visitar três Após uma noite de descanso, todos
museus e ainda a ARCO (Feira de Arte cidade pelas janelas do autocarro. estavam preparados para mais um
Contemporânea de Madrid). Os alunos Durante a tarde, chega um dos dia pleno de emoções. Depois do
da nossa escola foram acompanhados esperados momentos: a visita ao pequeno-almoço, no hotel, onde
pelas professoras Fátima Jacinto, Sandra Museu do Prado, um dos mais havia um velho piano que ainda nos
Ferro e Sandra Borges. emblemáticos de Espanha. Foi nele facultou alguns momentos de des-
que pudemos apreciar e criticar contracção, seguiu-se um passeio
grandes obras de grandes artistas, por Madrid. Pudemos apreciar,
entre eles Velásquez, Goya, Rubens entre outros impressionantes espa-
ou Tiziano. Até ao final da tarde, ços, o Palácio Real, que se localiza
DIA 1 (quarta-feira, 11 de foi-nos permitido visitar o museu. perto do hotel onde nos instalámos.
Fevereiro) No entanto, devido à sua extensão, Durante a tarde, visitámos mais dois
não foi possível percorrê-lo na tota- museus: o do Thyssen, situado no
lidade. Mesmo assim, julgo que Palácio de Villahermosa, onde admi-
Por volta das 8h15, os alunos da todos saímos do Prado satisfeitos e rámos obras pertencentes a variadas
escola reuniam-se já na Central de de certa forma fascinados pela bele- correntes artísticas, desde o Barro-
Camionagem, aguardando confian- za que o museu proporcionou. co, passando pelo Romantismo e
tes o momento da partida para Já instalados no hotel Príncipe Impressionismo, até ao século XX; e
Madrid, prontos para uma viagem Pio, seguiu-se o jantar no mesmo. ainda o Museu Reina Sofia, no qual
emocionante de três dias. O percur- Após a refeição, os alunos dirigiram- tivemos o privilégio de admirar e
so, que demorou cerca de cinco se para os quartos, onde ficaram comentar obras de mestres como
horas, não demorou a passar. Pelo agrupados em grupos de dois, três Salvador Dalí ou Pablo Picasso, com
contrário, foi até bastante divertido, ou quatro elementos. Antes de dei- o seu majestoso Guernica.
graças aos momentos musicais de tar, houve ainda algum convívio Seguiu-se o jantar no hotel que
alguns alunos. entre os estudantes. antecederia a última noite na capital
Chegados à capital espanhola, a espanhola.
22

Visitas de Estudo

Viagem a Madrid
permitido visitar três dos muitos dia 13 de Fevereiro.
pavilhões que constituíam a feira.
Neles, fomos impressionados por Graças a esta viagem, desfrutámos
brilhantes obras de arte que explora- de bons momentos, não só pela
vam os mais diversos domínios, motivação que as visitas de estudo
como a pintura, a escultura, a foto- proporcionam, por podermos viven-
grafia, o vídeo ou o desenho. Algu- ciar ambientes diferentes da escola,
mas das obras eram até inimagináveis mas também porque esta visita nos
e, por isso, mereceram os nossos permitiu enriquecer a nossa cultura e
elogios. desenvolver as nossas capacidades
Chega então o momento do artísticas, o que é muito importante
DIA 3 (sexta-feira, 13 de Feve- regresso a Portugal. Algum cansaço para alunos da nossa área. É certo
reiro) físico é já visível, mas a viagem não que não tivemos oportunidade de
Logo pela manhã, os alunos arru- deixa de ser animada, graças à boa- ver tudo, sobretudo na ARCO, mas
maram as suas malas para abandona- disposição de alguns alunos. Pode- mesmo assim tenho a certeza que
rem o hotel Príncipe Pio, que nos mos até dizer, num tom de brinca- enriquecemos o nosso conhecimento
acolheu com estima e simpatia. deira, que “recuámos no tempo”, artístico e pudemos aperceber-nos da
Este terceiro e último dia da nossa uma vez que no momento da passa- variedade e dimensão da Arte.
jornada foi talvez o que despertou gem da fronteira eram cerca de 0h30
maior curiosidade nos alunos, por em Espanha, e 23h30 em Portugal, Cláudia Vaz, nº6,11ºF
ser o dia de visita à ARCO. Foi-nos pelo que passámos do dia 14 para o

Visita ao Champimóvel
mos fazer durante a simulação… Ao
longo do filme foram abordados
vários aspectos relacionados com o
nosso corpo designadamente o siste-
ma nervoso, o sistema imunitário,
células, DNA, genes, investigações
sobre como curar determinadas
doenças através da terapia génica
(tratamento de doenças substituindo
genes), entre muitos outros,…
A parte mais divertida da simula-
ção foi termos oportunidade de inte-
ragir com o filme, jogando para
ganhar pontos pressionando um joys-
tick posicionado à nossa frente.
Esta simulação teve apenas a dura-
ção de vinte minutos mas, foi muito
interessante e todos aprendemos
No passado dia 5 de Fevereiro, os truiu um simulador que percorreu as muito com ela. Porque a ciência
alunos de duas das turmas do 9º ano, escolas do país com um filme inte- também se aprende brincando!
deslocaram-se à Escola de S. Miguel ractivo sobre o corpo humano.
para participarem numa experiência Dentro do simulador, começámos
diferente mas muito enriquecedora! por receber informação sobre o que
A Fundação Champalimaud cons- iríamos ver e sobre o que devería- Mariana Faustino, nº20 9ºC
23

REFLEXÃO

O Baile de Finalistas
nossos alunos dos professores?
- Que Comissão de Finalistas
não reconhece os seus profes-
sores como intervenientes na
partilha de experiências?
- Que legitimidade, não falo de
legalidade, têm seguranças de
empresas privadas de impedir
professores de uma escola de
assistir a um acontecimento
festivo dos seus alunos?
- Que alunos temos que não
entendem, que estes momen-
tos lúdicos são o culminar do
trabalho, do empenho, de afec-
tos e vivências partilhadas em
Sou professora da Escola onde se encontravam seguran- conjunto e ao longo dos anos
Secundária da Sé com deveres e ças que me impediram de com professores?
responsabilidades e há situações entrar para o espaço onde esta- - Será que o Baile de Finalistas
que não posso aceitar. vam os alunos finalistas, fami- não traduz o envolvimento de
Foi-me entregue um convite liares e convidados. Depois de uma comunidade educativa?
para o baile de finalistas. Agra- mostrar o meu convite e argu- _ A organização de uma festa
deci aos alunos de uma forma mentando de que era professo- de escola não inclui os seus
entusiasta entregando, como é ra da escola e queria ver os alu- professores nos convidados
hábito todos os anos, uma nos dançar a valsa, foi-me dito “especiais” de pulseira?
pequena quantia em dinheiro que a organização do baile só - Que escola estamos a cons-
para ajudar as despesas que esta autorizava o acesso ao espaço truir?
festa comporta. restrito, pessoas identificadas Abandonei o local, não
Tenho por tradição e quando com uma “dita pulseira”. Uma vi dançar a valsa, fiquei
a minha vida pessoal me permi- evidência “interessante”: pes- profundamente triste e
te, deslocar-me ao baile para soas com pulseiras e pessoas com uma certeza absoluta
apreciar a tão espectacular valsa sem pulseiras. e incondicional: nunca
da meia noite. Sendo assim, no Mas, os pormenores de orga- mais irei a um Baile de
sábado desloquei-me ao Pavi- nização não me interessam. E Finalistas da minha escola.
lhão do Nerga e qual foi o meu consciente da situação, coloco
espanto deparei-me com uma uma série de questões sérias e
situação bizarra: um espaço essenciais para toda a comuni-
separado com grades de ferro. dade educativa: Professora Lina Couto
Dirigi-me ao gradeamento -Que representações têm os
24

REFLEXÃO

Um início, qual será o fim?


aquilo que a humanidade tem feito ao dia, o Homem moderno revive o
planeta. Mito da Caverna e passa a acreditar
Se tudo tem um início, tudo terá de muito mais na imagem, na aparência
ter um fim, resta saber quando e do que na realidade. As cores e sons
quem sairá lesado. Como não podia – tal qual o próprio ambiente - pare-
deixar de ser, todos nós somos culpa- cem falar directamente ao cérebro,
dos da situação do Aquecimento Glo- numa sinestesia que “salta” a etapa do
bal, pelo menos os media atribuem- olhar, do meditar, do reflectir tradu-
nos essa culpa. Estes orientam e zindo-se numa ânsia humanamente
incentivam a fazer coisas mínimas aceitável - o consumismo. Actual-
como que para nos redimirmos: por mente várias iniciativas se preocupam
exemplo, reciclagem doméstica. com este tema, sempre com o objec-
Mas será isso suficiente? E seremos tivo de nos elucidar sobre o nosso
nós os culpados? Quanto à segunda paradigma contemporâneo. O site
questão não existirão dúvidas, defini- www.storyofstuff.com explica de
tivamente somos culpados mesmo uma forma genialmente simples e
que inconscientemente ou minima- simplesmente genial toda uma série
Se a humanidade acabasse hoje com mente. Quanto à primeira, temos de de conceitos e problemas reais dos
as emissões de dióxido de carbono, admitir que é uma atitude importan- dias que correm, os quais muitas
só dentro de mil anos é que o clima te, e que sim, devemos reciclar mas vezes não queremos ver.
do nosso planeta voltaria ao normal. devemos ter a consciencialização de
Os cientistas pedem que se actue o que não chega nem nunca chegará.
mais rapidamente possível para impe- Uma das principais fontes do pro- Filipa Cordeiro n.º12 12ºD
dir o piorar da situação mas o aqueci- blema é o consumismo. A grande
mento global é "irreversível" e nem verdade é que, embevecido diante da
mil anos serão suficientes para apagar televisão, três horas em média, por

Querido diário...
Depois de tantos meses ausente na minha vida, em mim. Voltei a ter que fiquei sozinha, talvez perdida no
regressei e regressei porque tenho vontade de sair, de não me fechar, meio desta escuridão.
novamente motivo para escrever: porque agora quando não o vejo sinto Hoje apenas está presente na minha
falta de algo, sinto-me incompleta, memória. Aquele sorriso, aquela
uma novidade para te contar.
porque quando estou sem ele há uma maneira de ser incomparável... Ago-
Há uns dias, algures a meio do mês parte de mim que também está ra é tanta a indiferença que até dói.
passado, conheci algo, ou melhor, ausente. Simplesmente porque ele Escrevi hoje porque tenho medo
alguém surpreendentemente inexpli- me faz imensa falta. que amanhã o sentimento não seja o
cável, alguém que vai para além do Mas sabes, tudo mudou desde há mesmo. Contudo, acredito que o
perfeito, do possível, do imaginável, pouco tempo, aquela nítida presença, essencial será sempre perfeito. Por-
alguém sem comparação possível, aquele sentimento que palpitava jun- que ele será sempre um fragmento de
alguém irreal. to de nós e nos tentava atingir, aquela mim... E depois “Só o amor incom-
E tu, deves estar a perguntar quem magia que era visível quando ele esta- pleto pode ser romântico!” Será?!
é essa pessoa tão importante para va por perto desapareceu, porque
mim?! Eu posso responder-te dizen- ontem senti que o perdi, que ele se 14 de Novembro de 2008
do que é e foi o essencial para que os foi embora em segredo. Assim, ape- Autora do eu:
meus dias não voltassem a ser sempre nas sobram estas palavras de dor que Cristina Martins, nº 8, 10ºF
iguais, para que a felicidade e a diver- exprimem todo o meu medo, sinto
são estivessem novamente presentes
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CRESCER A ESCREVER

Autobiografia
sem-abrigo incomodado com o meu baru- envergonhada, mas muito brincalhona,
lho, arranjou uma Coca-Cola, meteu-a à com uma paixão incomensurável pela
minha frente e disse: “Aqui tens minha música. Esta paixão fazia de mim uma
menina”. autêntica boneca articulada que com qual-
Quando entrei no Infantário da Associa- quer melodia mexia. Até na missa dança-
ção Augusto Gil, na Guarda, pude dizer va!
pela primeira vez “Eu tenho uma escola”! Há cerca de três anos e meio que, numa
Ainda hoje me vem à cabeça as poucas tarde de Verão, um vizinho meu toca à
imagens que tenho dos grandes espectácu- campainha e tinha na mão uma gatinha
los de Natal que fazíamos. Continuo sem muito pequenina. Para mim e para a minha
perceber como é que nos punham todos irmã foi amor à primeira vista e mal ele
certinhos a cantar músicas e a fazer tantas nos disse que a pobre bicha não tinha nin-
outras coisas que requeriam silêncio e con- guém com quem ficar, implorámos à nossa
centração, tendo apenas aquela idade!... mãe que nos deixasse ficar com ela. Hoje,
Chegado o fim do infantário, entrei para cada vez mais gorda, continua por perto e
a escola primária, mas como a escola esta- continua a significar muito para todos nós,
va em obras, tínhamos aulas num edifício que passado tanto tempo ainda nos delicia-
que sempre conhecemos como “Bacalhau”. mos com ela.
Só no meu terceiro ano é que nos mudá- No futuro, gostava de ser um pouco
No dia vinte seis de Setembro de 1993, mos para a escola propriamente dita, agora mais corajosa e gostava de alguma vez con-
na cidade da Guarda, vi, pela primeira vez, mais bonita e confortável. seguir ajudar alguém que, realmente, pre-
o mundo. No meu quarto ano eu e os meus colegas cise da minha ajuda!
Com apenas 49cm e 3.100kg de peso de turma, em conjunto com a nossa pro- Venero o ambiente e tento-o proteger o
conheci o meio e as pessoas que ainda hoje fessora que sempre nos acompanhou (e mais que consigo! Sinto-me sempre mais
convivem comigo e que me ajudam sem- penso que nos marcou a todos de uma feliz quando vejo uma paisagem verde.
pre que preciso. maneira positiva), participámos num inter- Todos os momentos que já passei e todas
A minha mãe sempre me contou que não câmbio escolar com alunos de uma escola as pessoas com quem já convivi e convivo,
se sabe bem a hora do meu nascimento, de França. Foi uma experiência única, pois hoje em dia, marcaram-se de certa manei-
pois foi numa noite em que esta mudou. saímos para um país desconhecido sem os ra! Todos me ajudaram a construir a minha
Mas a minha progenitora diz que foi por nossos pais, só com os nossos amigos. Foi, personalidade, que pode não ser perfeita,
volta das cinco da manhã, por isso há quem realmente, uma experiência gratificante mas, neste momento, representa tudo o
atribua a minha preguiça ao facto de ter para todos os que tiveram a oportunidade que alcancei até hoje…
nascido tão cedo. de experimentar. Não há muito mais a acrescentar, pois,
Dei os meus primeiros passos aos onze Foi também no percurso do primeiro por mais que eu ache que estou a ficar
meses e disse a minha palavra, “mamã”, aos ciclo que entrei para o karaté, onde estive velha, ainda não alcancei os meus verda-
dezassete meses. Os meus primeiros den- durante sete anos, chegando a cinturão deiros sonhos, que, como é evidente, que-
tes só surgiram aos treze. castanho. ro atingir e não descansarei até isso aconte-
Pelo que me lembro e pelas histórias que Fiz o segundo ciclo na Escola de Santa cer. E quando os alcançar, terei aí muitos
ouço a meu respeito, sempre fui uma Clara. Nesses dois anos, ganhei uma pai- mais factos para relatar numa autobiogra-
criança normal, talvez um pouco mais xão: o futebol. Sempre que podia ia para o fia.
desastrada que as outras, visto que estava recreio jogar à bola, queria sempre man- Mas até lá, quero tentar ser uma pessoa
sempre no chão e sempre com os joelhos e ter-me informada de todos os resultados melhor, quero tentar corrigir os meus
nariz em ferida, tendo partido a cabeça por dos jogos (o que me fazia comprar o jornal erros, já que é impossível não os cometer.
três vezes. todos os dias), coleccionava cadernetas e Quero ser feliz sem passar por cima de
A teimosia é o meu forte, pois nunca os respectivos cromos dos jogadores. ninguém e quero vencer as minhas bata-
desisto de algo que quero! Sempre que se Era uma típica “Maria-Rapaz” que andava lhas, quero encontrar o meu caminho e
fala na minha persistência em pedir alguma sempre de cabelo atado, roupas largas e seguir o meu destino sem grandes desilu-
coisa, os meus pais recordam um momen- não suportava coisas muito femininas, mas sões.
to passado no centro comercial Brasília, no esta fase passou! Mas sobretudo, o meu verdadeiro objec-
Porto, onde eu, numa das minhas birras, Acabado o sexto ano, fui para a Escola tivo é ser feliz, aconteça o que acontecer!
“exigia” uma Coca-Cola aos meus pais, Secundária da Sé, onde ainda me mante-
mas, estes não ma queriam dar, pois nho, hoje.
diziam que eu era muito nova para a Sempre fui uma rapariga banal mas única Marta Duarte,nº17,10ºF
beber. Ao ouvir a nossa discussão, um à minha maneira, sempre fui (e sou) muito
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CRESCER A ESCREVER

Actualmente, tem quinze anos e chegar aos setenta é a


sua meta...
Nunca gostou de ler, lê apenas
por obrigação, pois na sua cabeça
existem coisas bem mais interes-
santes para se fazer.
Já foi maria-rapaz e a mãe chatea-
va-a imenso com isso e desde então
diz ter-se tornado demasiado
“betinha” em determinados aspec-
tos.
Teve uma infância que diz ter
sido feliz, sempre foi uma menina
muito mimada pelos pais e sempre
esteve rodeada pelas pessoas que
gosta e isso fá-la sentir-se realizada.
Admite ter uma mentalidade
muito infantil, pois está sempre a
fazer asneiras e a pregar partidas.
Nasceu numa pequena cidade que só o faz porque não tem mais nada, Onde há confusão, ela está metida.
é considerada a mais alta cidade para fazer, o que não é verdade, Admira muito pessoas directas,
portuguesa e onde ainda vive hoje pois a sua vida é uma autêntica cor- talvez por ela também o ser.
em dia, para sua grande desgraça! reria. Sai quase sempre de casa a A sua filosofia de vida é: “tudo
Actualmente, tem quinze anos e correr, mas são raras as vezes que aquilo que não te mata, fortalece-
chegar aos setenta é a sua meta, apanha o autocarro… Será que a te” e tenta segui-la à risca!
pois diz não se querer tornar dema- mãe tem razão?! Gosta de ter o seu espaço e, por
siado velha e chata e se por alguma Os pais dizem-lhe que é uma ver- vezes, gosta de refugiar-se na escu-
eventualidade isso acontecer, pre- dadeira irresponsável, embora o ridão, que é uma das coisas que não
fere não imaginar. saiba, nunca o admite. teme.
Tem um metro e setenta, sempre Não fuma, é totalmente anti- Nunca gostou de se deitar cedo.
foi muito alta, ou melhor, acha-se tabaco! Lembra-se perfeitamente que
demasiado alta, o que sempre Em criança sonhava tornar-se quando era mais nova costumava
detestou. astronauta, mas rapidamente o acordar a meio da noite para andar
De momento é solteira e preten- esqueceu. Contudo, actualmente, de bicicleta. Não cumpre, portan-
de manter-se assim durante algum sonha ser farmacêutica. to, o provérbio “deitar cedo e cedo
tempo, pois acredita que os Embora o ache demasiado infan- erguer dá saúde e faz crescer”.
homens não são de confiança! til, adora ver desenhos animados! Acredita no sobrenatural. É bas-
É bastante magra, quase sempre Ama ir ao cinema e sair com os tante supersticiosa.
o foi, excepto quando nasceu amigos. Considera-se muito amiga A coisa que mais teme, mais do
(pesava mais de quatro quilos). dos seus amigos e inimiga dos seus que a própria morte, é acordar
Estuda por gosto, nunca ninguém inimigos. num dia sem luz e encontrar-se
lhe disse para o fazer, embora, às Detesta tarefas domésticas e sozinha, sozinha no mundo, sem
vezes, a sua vontade seja de quei- reclama sempre que as tem de que ninguém saiba da sua existên-
mar os livros. fazer. cia. Esse pensamento persegue-a
O seu passatempo favorito é, sem Está constantemente a rir-se. como a lua à noite.
dúvida, pintar as unhas, embora a Acha piada a tudo, o que não é nor-
mãe lhe diga, com frequência, que mal! Será? Andreia Sofia Penedo Marta, nº4,10ºF
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CRESCER A ESCREVER

Portugal / Holanda
Chamo-me Deirdre Meursing, sou deles. A minha turma também é
holandesa e tenho 17 anos. divertida e as minhas colegas são
Vivo em Portugal há um ano e muito simpáticas.
meio e estudo na Escola Secundária Há muitas diferenças entre Portu-
da Sé. gal e Holanda. Por exemplo, as aulas
Gosto muito de viver em Portugal, duram, geralmente, 50 minutos e
mas é muito diferente da vida na decorrem até às duas ou três da tar-
Holanda. de. Comemos pão ao almoço e janta-
Aqui em Portugal as pessoas são mos às seis. Usamos a bicicleta para
muito simpáticas e, por isso, foi mais muitas coisas, por exemplo, para ir
fácil a adaptação à vida escolar portu- para a escola, desportos e sair.
guesa. Quando cheguei a Portugal não
A língua é difícil de apreender, mas sabia o que fazer, pois não conhecia o
todos os dias aprendo novas palavras país muito bem.
e frases. Mas agora não quero voltar!
Gosto muito desta escola, porque
não é muito grande e, por isso, é
mais fácil fazer amigos. Tenho agora Deirdre Meursing,nº30,10ºA
amigos muito bons e gosto muito

Imprensa repelente…
Estava eu sentada numa sala de quase todos os reality shows; cha- que quer que seja? Será meu motivo
espera quando reparo num molho de mou-me a atenção porque apareceu de preocupação saber os problemas
revistas que estava numa mesa mes- em todas as revistas que eu tive na que ele tem com os amigos? Terei eu
mo à minha frente. Oh não! As revis- mão. alguma coisa a ver com os escabeches
tas não tinham cinco anos. Eram um Numa dizia que ele e a sua mulher que estas figurinhas públicas fazem só
pouco mais actuais. Certo é que esta- tinham levado para Nova Iorque a sua para chamar a atenção?
va a morrer de tédio e vi-me obriga- empregada porque o marido desta Este foi o que apareceu em todas,
da a pegar numa das revistas. Não abandonou o filho de 13 anos. mas como ele estavam dezenas deles!
tive muito por onde escolher, não Noutra dizia que o indivíduo em Agora dirijo-me para os directores
pelo número de revistas mas pelo questão enfrentava acusações de um destas imprensas: não acham que eu
tipo destas: eram todas revistas da velho amigo e nesta mesma vinha em tenho mais com que me preocupar?
imprensa cor-de-rosa. Durante todo destaque a quantia que o personagem Chegam-me os meus problemas e
o tempo que lá estive folheei três ofereceu para calar ex-empregados. estou-me nas tintas para essa gentinha
revistas. «E então?» perguntam A última fazia referência a um escân- que julga ser mais do que eu na socie-
vocês. Passa-se que todas falavam de dalo por ele provocado no aeroporto dade, quando não passam de simples
pessoas que dizem ser personalidades por chegar “pesado e atrasado”. figuras públicas do Jet Set e da TV
portuguesas, falando da sua vida, dos Isto dá vontade de rir, não dá?! cujo sucesso é dotado de má qualida-
seus problemas pessoais e de aconte- Quem é que se preocupa com estes de e está condenado a curto prazo.
cimentos relativos a essa gente. O idiotas, inúteis, fúteis, obstáculos da Sinceramente, acho que me prefiro
indivíduo que mais me chamou a sociedade…como lhe queiram cha- preocupar com a extinção dos lin-
atenção foi um senhor que diz per- mar?! Que me interessa saber o que ces…
tencer ao Jet Set e que participa em ele faz com a empregada pelo motivo Adriana Vaz,nº1, 10ºC

Pedimos desculpa à aluna MarianaValente, nº15, 10ºF por termos omitido o seu nome no último artigo publicado: carta
dirigida a Barack Obama.
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CRESCER A ESCREVER

Crítica social adaptada aos dias de hoje


A c om panhi a de tea- a barca que se dirigia para o
tro"Actus", apresentou, no pas- Inferno. O julgamento era feito
sado dia 4 de Fevereiro, no Insti- pelo Diabo ou pelo Anjo que
tuto Português da Juventude apontavam sucessivamente os
(IPJ), o Auto da Barca, do defeitos de cada personagem: o
Inferno de Gil Vicente. Esta Juiz, o Advogado, o sapateiro, a
Actividade foi organizada pelos alcoviteira, entre outras figuras
professores de Língua Portuguesa da sociedade, prestando, assim,
do 9ºAno de Escolaridade da nos- contas pelos seus pecados, numa
sa escola. mensagem que ainda hoje se apli-
Mais de uma centena de alunos ca à nossa Realidade social.
assistiu à produção deste grupo - Na minha opinião, este grupo
uma peça de teatro cujo objectivo desempenhou muito bem cada
era a critica aos costumes do iní- personagem desta obra vicentina,
cio do séc. XVI, adaptada à reali- "dando-lhes vida". Foi uma
dade dos nossos dias. homenagem prestada por esta
Nesta adaptação, a acção decor- companhia a Gil Vicente, o maior
re numa repartição pública divi- dramaturgo nacional, símbolo do
dida em dois espaços em que um teatro português, alicerçado na
representava a barca que iria diri- época renascentista.
gir as personagens da história
para o Céu e outro representava Ângelo Pereira Fonseca ,nº 2 ,9o A

Frei Luís de Sousa no palco


No dia 3 de Março de 2008 os dos, mas muito curiosos pois assim tempo da representação (ensinara a
alunos do 11º ano da Escola Secun- o exigia a circunstância. Estávamos professora), e cena após cena, acto
dária da Sé deslocaram-se ao IPJ a até bem juntinhos, já que o espaço após acto, desfilaram perante nós as
fim de assistirem à representação não sobejava. Este era bastante aco- personagens e as intrigas de uma
teatral da obra Frei Luís de Sousa, no lhedor e sugestivo, num vermelho extraordinária obra da literatura
âmbito dos conteúdos programáti- representativo da cor do sangue que portuguesa. Ninguém parecia indi-
cos da disciplina de Português. iria ser derramado, do fogo que ferente e por momentos houve
O acontecimento ocorreu logo estava para aparecer e das paixões magia no auditório.
após o almoço, que teve de ser que não deviam ter acontecido. Na Terminada a dramatização, todos
reforçado porque a caminhada pare- realidade o cenário parecia invadido pareciam unânimes em considerar
cia longa. Motivados e cheios de por um conjunto de indícios trági- que tinha valido a pena e que foram
vontade de apreciar os acontecimen- cos que todos os presentes já conhe- atingidos os objectivos, pois tivemos
tos trágicos que durante algumas ciam. certamente uma experiência enri-
aulas (longas para uns, inspiradoras Foi com o clamor da Batalha de quecedora que deve fazer parte do
para outros) ocuparam os nossos Alcácer Quibir, num ambiente béli- percurso escolar de todos nós.
dias, lá fomos nós completar as co, que o público fez silêncio e se
explicações da “stora” com a visuali- deu início à representação. Estive-
zação dos factos. mos de olhos postos no palco cerca Simone Coelho Belizário,nº23, 11ºE
Eis-nos chegados ao local. Cansa- de uma hora e vinte minutos, o
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CRESCER A LER

Rosa, minha irmã Rosa


Autora: Alice Vieira com Pedro, seu professor, era pela irmã: “ –Descobri que a Rosa
Ilustrações: Evelina Oliveira especial. Mesmo assim, Rosa era é minha irmã, que a Rosa é da
Género: Infantil / Juvenil da sua família, e não a podia minha família como o rouxinol
excluir, tal como fez com a tão que aqui vem cantar no Verão...”
Esta é a ficha de leitura do livro amarga tia Magda, solteira e
Rosa, minha irmã Rosa de Alice amante de antúrios e estrelícias. Moral da História
Vieira, que me foi proposta pela Agora, toda a atenção, que
minha professora de Língua Por- outrora lhe pertencia, passou a Ao concluir a leitura desta his-
tuguesa e que vos convido a ler. estar contida numa bebé que nem tória, apercebi-me que Mariana
Tal sugestão deve-se à presença os olhos abria e o que fazia amava Rosa desde o momento em
da escritora, Alice Vieira, na nos- melhor era sujar fraldas. Ainda que esta entrou na sua vida, mas
sa escola, no dia 19 de Maio, a por cima, Mariana tinha de estu- só se apercebeu disso quando esta
quem desde já agradecemos a sua dar matemática, porque Pedro adoeceu e correu o risco de a
disponibilidade e visita. estava de olho nela e, na realida- perder.
É verdade que somos a cidade de, esta disciplina não era o seu Assim, a aceitação daqueles que
mais alta de Portugal, que somos forte. Em casa chovem fraldas e nos rodeiam é determinante para
a cidade dos cinco efes - Forte, telefonemas de familiares, per- que o nosso percurso familiar seja
Farta, Fria, Fiel e Formosa - e guntam pela menina, que antes de pautado por amor e alegria.
que temos uma grande beleza Rosa era ela. Devemos fazer de cada dia uma
natural, mas também, não é Mariana sente-se sozinha e festa, onde os pequenos obstácu-
menos verdade, que somos uma abandonada pelos seus protecto- los devem ser vencidos com fron-
cidade de interior distante das res... talidade e determinação.
movimentações da capital. Assim, Um dia, Rosa adoece e a mãe
a nossa gratidão é imensa por ter vai com ela para o hospital per-
aceite o nosso convite. Em troca manecendo aí durante alguns Francisca Pereira,nº12,8ºA
prometemos hospitalidade, sim- dias. Entretanto, Mariana sente a
patia e algumas surpresas!... casa vazia e monótona, sem a pre-
sença da irmã. Assim, deduz r
Resumo como era bom todo aquele movi-
mento, provocado pela presença
Mariana é uma menina de dez da bebé. Certo dia, o pai entra
anos, que será exposta a um tur- em casa e anuncia as melhoras da
bilhão de mudanças trazidas pelo pequena. Mariana abraça-o e con-
nascimento da nova maninha, a fessa-lhe que teve medo de a per-
pequena e inocente Rosa. Agora der e, por isso, já sente que Rosa
todo o carinho, a atenção e o faz parte da família.
afecto da família eram partilha-
dos! Até os da sua querida avó Frase Marcante
Elisa. Mas nem tudo era partilha-
do entre as manas! A sua amizade Uma frase que me marcou nes-
com a Rita continuava inquebrá- te livro faz parte de um dos últi-
vel; as memórias que guardava da mos capítulos e refere-se ao reco-
avó Lídia também eram impene- nhecimento, por parte de Maria-
tráveis e até a sua cumplicidade na, em relação ao amor que sente a
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CRESCER A LER E A ESCREVER

José Manuel Saraiva vai estar pela segunda vez na


Escola Secundária da Sé
vir ao nosso encontro e o sim não se fez o Papa preparara uma sumptuosa
esperar. Pela sua simpatia e disponibili- recepção com a presença das mais altas
dade o nosso bem-haja, pois nem sem- figuras profanas e religiosas da época.
pre é fácil encontrar quem queira viajar No meio do fausto da corte portu-
até à cidade mais alta de Portugal. Tal- guesa e da Cúria dos Medici, contras-
vez temam as subidas ou o frio… tante com a dor e a miséria do povo
Mas o bom filho à casa torna sem sofredor, ascende à figura de símbolo o
medo de ventos e marés que possam amor regenerador de D. Diogo pela
abalar o seu conforto e agora com obra bela judia, Raquel Aboab, a quem
renovada. aquele salvara da fogueira e da sanha
Aos Olhos de Deus é o novo livro do intolerante do antijudaísmo reinante.
autor, cujo resumo encontramos na A época de ouro da história do mun-
contracapa e que vos convido a ler. do esconde segredos e pecados incon-
Na época áurea dos Descobrimentos fessáveis das grandes figuras que
Portugueses, 1514, D. Manuel I toma a comandam os destinos do mundo.
decisão de enviar ao Papa Leão X uma Entre a fé e a cegueira do poder, a apa-
grande embaixada, demonstração viva rência e a essência da condição humana,
do seu poderio temporal. D. Diogo sentido de missão e a vaidade só o amor
Pacheco, fidalgo da corte, amigo pes- poderá ser redentor. Aos Olhos de Deus
soal do Rei Venturoso, é encarregado as personalidades da história não ficarão
pelo monarca de compor e proferir a impunes. E Deus não jogará aos dados.
Oração de Obediência ao Sumo Pontí-
Parece que foi há pouco tempo, fice, o momento alto da embaixada. Parabéns José Manuel Saraiva!
(mas não, já passaram alguns anos), que A comitiva parte de Lisboa em cinco
me deparei com a capa e o título do embarcações com um tesouro valiosís-
livro “Rosa Brava”, de José Manuel simo e animais exóticos trazidos de
Saraiva. A empatia foi imediata! Por África e da Índia. Após conturbada Professora Emília Barbeira
isso, comprei; li e convidei o autor para viajem, o cortejo chega a Roma, onde

Encontro com o escritor Jorge Carvalheira


O escritor Jorge Carvalheira vai estar da Censura / Liberdade antes e depois Departamento de Língua Portuguesa.
na escola, no dia 4 de Maio pelas 15ho- do 25 de Abril”. A actividade realiza-se
ras, para falar sobre “O Impacto da no âmbito do Plano Anual de Activida- Professora Lurdes Fonseca
Guerra Colonial no Regime e o sentido des da escola e é organizada pelo

A importância do Sorriso
O sorriso é, talvez, um dos mais sempre um final feliz como nos filmes e tem consequências gigantescas a nível
fáceis, belos e importantes gestos. Com nas novelas! mundial. Fazer um simples gesto como
um simples sorriso conseguimos expul- Uma pessoa sorridente contagia este é como renascer das cinzas.
sar a tristeza dos outros e até a nossa; todos, pinta tudo com as cores do arco- Um sorriso é, afinal, um pequeno
mover montanhas e até o Mundo; viver íris e apaga tudo o que seja negro. gesto para cada homem, mas um gran-
a vida com mais prazer. Quando soltamos uma gargalhada tor- de passo para a humanidade que nos
Através deste gesto tudo à nossa volta namos a vida mais fácil, ficamos mais cerca…
nos sorri, nos ajuda, tudo é doce como bonitos e mais confiantes.
o chocolate, tudo nos corre bem e tem Fazer um simples gesto como este Carolina Freitas, nº6,8ºB
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POESIA

O TEMPO

Segura, direi um dia:


O Tempo é tudo o que passou,
Está a passar agora
E amanhã… virá ou não.
Consciente e aflita, SONHANDO
Quero vida,
Encanta-me a luz,
Peço Sol, Somos uma pedra encalhada
Alegria, No grande oceano da vida.
No dia-a-dia. Vemos correr água,
Afasto pensamentos Rebentar ondas.
Escuros, duros, Ficamos na areia colorida.
Quero viver feliz! A água chama-nos,
As ondas encantam-nos,
Queremos o Mundo onde parámos!
Isabel Duarte

Isabel Duarte

MULHER
Nós somos nós,
Tudo aquilo que nos fez ser.
Ficámos em tudo o que criámos
Não sobrámos,
Sem nós não havia ninguém
O mundo pôs-nos de lado,
Não convínhamos?
Descobriram tarde
A nossa verdade.
Somos iguais e diferentes.
Mas gente
Vivemos e damos a vida

Isabel Duarte
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DESPORTO

Desportos de Inverno
ra paragem foi na residencial em Bejar.
Talvez a característica que ficará na
memória será o mecanismo de descarga
do autoclismo. No sentido de aprovei-
tarmos ainda a tarde para esquiarmos,
almoçamos num ápice (vantagem da
marmita preparada em casa) e fomos
buscar o material que previamente
reservamos. Finalmente subimos.
Na tarde de segunda-feira, a aventura
confinou-se às pistas de iniciantes, no
sentido de se proporcionar as respecti-
vas adaptações àquela superfície escor-
regadia, nada parecida com o tapete de
treinos do Skiparque. As poucas horas
que lá passámos prediziam que no dia
seguinte a aventura iria passar para um
nível superior, o que se veio a verificar.
Tudo começou há um ano atrás, no de organizar uma actividade na neve no O jantar reuniu o grupo todo num
dia 20 de Fevereiro de 2008, quando os ano lectivo de 2008/2009. ambiente descontraído, onde se pode
alunos do 11º Ano participaram numa Para recordar esses dias ficam as afirmar que a verdadeira sobremesa
actividade de Introdução aos Desportos famosas juntas dos tapetes formando aconteceu depois no passeio pelas ruas
de Inverno, contemplada no Plano uns altos que teimavam em derrubar- de Bejar com a célebre canção (com
Anual de Actividades da nossa Escola. nos, ou os métodos (digamos… invul- coreografia ensaiada também) que os
Se para alguns esse dia foi mais um gares) do professor no acesso aos teles- nossos alunos dedicaram a todos os
treino ou o recordar de algumas expe- kis, ou literalmente, “puxa-rabos”. espanhóis.
riências já vivenciadas, para a maioria Foi então que nos dias 26 e 27 de A noite foi vivida com relativa calma,
dos participantes foi a primeira aventura Janeiro de 2009, a Escola Secundária apenas marcada pela insólita oferenda
em cima dos esquis ou pranchas de com 3ºCEB da Sé, através da Área Dis- de uma óstia por parte do funcionário da
snowboard. ciplinar de Educação Física, promoveu Blázquez.
No Skiparque o dia estava cinzento, uma actividade de Desportos de Inver- Retemperadas as forças, terça-feira
muito cinzento, no entanto, a indumen- no a Bejar (Espanha). partimos para uma aventura total, com
tária de alguns alunos antecipava que o Cinco professores de Educação Física os nossos alunos a darem um exemplo
empenho seria máximo, sob pena de acompanharam os quarenta alunos que de relacionamento humano e bom
entrarem em hipotermia. com esta actividade pretendiam dar esqui, num clima que de frio, apenas a
Primeiras horas e o que mais se ouvia continuidade ao trabalho desenvolvido temperatura que se fazia sentir acima
era “oh… sai da frente”, ou então, no ano lectivo transacto. As duas activi- dos 2000 metros.
aquele som abafado pelo tapete e vergo- dades que decorreram no Skiparque Na opinião dos professores, a activi-
nha de uma queda. garantiam que todos os alunos estariam dade adequou-se aos objectivos previa-
No entanto, surpreendendo os profes- preparados para se divertirem e usufruí- mente estabelecidos onde a relação qua-
sores, a evolução ao longo do dia foi rem em segurança as pistas de neve de lidade-preço se definiu como a melhor
notória. Talvez devido a este facto e aos uma Estância. opção para o nível dos nossos alunos.
diversos pedidos dos alunos em repetir Na Estância La Covatilla esperavam- Estes demonstraram um comportamen-
a experiência, os professores de Educa- nos 19 quilómetros de pistas numa cota to apropriado e moderado numa activi-
ção Física ponderaram proporcionar máxima de 2400 metros, no entanto e dade que acarretava alguns riscos.
uma outra actividade deste género. para não fugir à regra, as condições A todos os participantes que este ano
No dia 17 de Abril de 2008, e para meteorológicas não nos deram tréguas. são finalistas, ficam os votos de uma
não variar, céu cinzento, lá estávamos Num autocarro cedido pela Câmara vida futura repleta de alegrias como as
nós para aperfeiçoar as competências Municipal da Guarda, cumpriu-se a que pensamos proporcionar em Bejar.
apreendidas anteriormente. hora de saída da Guarda, prevista para
O nível demonstrado pelos alunos era as 7h00, após algumas horas de incerte-
tão interessante que, nesse dia, se dissi- za devido à neve que caía na nossa cida- Professores da Área Disciplinar de
param as dúvidas e tomou-se a decisão de. A fim de nos instalarmos, a primei- Educação Física
33

BRINCANDO COM …
A MATEMÁTICA

Cantinho da Matemática
Quantos quadrados se contam na figura? Consegue Ler?

M473M471C0 (53N54C1ON4L):

4S V3235 3U 4C0RD0 M310 M473M471C0.


D31X0 70D4 4 4857R4Ç40 N47UR4L D3 L4D0
3 P0NH0-M3 4 P3N54R 3M NUM3R05.
C0M0 53 F0553 UM4 P35504 5UP3R R4C10N4L.
540 5373 D1570, N0V3 D4QU1L0...
QU1N23 PR45 0NZ3...
7R323N705 6R4M45 D3 PR35UNT0...
M45 L060 C410 N4 R34L
3 C0M3Ç0 4 F423R V3R505 D3 4M0R
C0M R1M4 0U 4T3 53M R1M4 N3NHUM4

A corda
Uma corda com 100 metros de comprimento tem
cada uma das suas extremidades presa nos topos de
dois postes.
Os postes têm alturas diferentes: um mede 90 e o
outro 70 metros e encontram-se ambos perpendicu-
lares ao plano do solo.
O ponto da corda que está mais próximo do solo,
encontra-se a 30 metros deste.
Sabendo que a corda não está esticada, a que distância
se encontram os postes um do outro?

Sudoku

Fácil
Médio Difícil
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BRINCANDO COM …
A FÍSICO-QUÍMICA

Ciência Divertida
O Pão Saltitão Que tempo faz?

Material Material

1 copo 1 pinha
Pão 1 recipiente alto e transparente (onde caiba a pinha)
Água com gás Água

Procedimento Procedimento

1. Coloca a água para um copo, não enchendo totalmente. 1. Coloca a pinha no recipiente com água.
2. Faz bolinhas pequeninas com o pão. 2. Observa o que acontece à pinha após uma hora.
3. Deita as bolinhas no copo. 3. Deixa novamente secar e vê o que acontece.
4. Espera algum tempo e vê o que acontece.

Resultado Resultado

As bolinhas de pão sobem e descem na água. A pinha na água fecha-se e depois de seca torna a abrir.

PORQUÊ?
PORQUÊ? Consulta o site http://
Consulta o site http://www.cienciadivertida.pt/ www.cienciadivertida.pt/planeta_ciencia/
planeta_ciencia/editar/experiencias/exp01.swf editar/experiencias/exp04.swf
35

THE ENGLISH PAGES

Inventions of the nineteenth century


The typewriter The telephone

Christopher Scholes Alexander Graham Bell


1868 1876

The light The Motion picture

Thomas Edison Lumiere Brothers

1879 1895

A little bit more ….

1825 William Sturgeon invented the electromagnet.

1831 Michael Faraday invents a electric dynamo.

1842 Joseph Dart builds the first grain elevator.

1861 Elisha Otis patents safety brakes, creating a safer elevator.

1866 Alfred Nobel invents dynamite. Ana Beatriz Marques,nº1


Anna Kotyashko,nº3
Clésia Martins,nº7
1893 American, W.L. Judson invents the zipper.
Joel Castela, nº14
10ºD
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THE ENGLISH PAGES

The 20th Century


and the jet engine made the world
became smaller. The special fly in-
creased the knowledge about the rest
of universe and allowed global com-
munications in real time through sat-
ellite.
The film, radio and television allow
us communication of political mes-
sages as in the entertainment. The
mass production of motor vehicles
and other things allow manufactures
to create more products at the same
time. The creation of the transistor
revolutionized the development of the
computer. The computer especially
with the internet became an impor-
tant way to communicate almost in-
stantly. The mobile phone was an-
other technological invention that
revolutionized this century. All these
inventions have helped society until
now because they were important in
people's life and those were new ac-
tivities for people to do in their free
time.

Culture and Entertainment


There were many inventions in this
century that help people to enjoy
themselves after a work day. After
being tired they rest using some of
these new inventions. The electric
guitar helps people to relax, to use
that in their free times and in some
In the 20th Century we witnessed a tury. In conclusion some inventions cases it makes part of their lives. The
remarkable change in the people's way and discovers have revolutionized the automobile was another great techno-
of life, as a result of technological, life of the 20th Century. logical invent that was used to travel
scientific and medical innovations. In and to go for a walk. The TV is now
science the main development was the Science and Technology used to relax and to make people
evolution of Physics through the The- happy. With TV we can also watch
ory of Relativity and Quantum me- Scientific discoveries such as rela- the news and we can be informed
chanics that brings us the capacity of tivity and quantum physics changed about what is happening around the
creating nuclear weapons. The Elec- radically the vision of the scientists of world.
tric guitar has been changing the life the world, making them understand
of many people. The medicine was that the world was more complex Daniela Brás, nº8
revolutionized by the invention of the João Santos nº 13
than they thought before and putting Miguel Monteiro, nº16
Penicillin. The computer and the toward the hopes they had. Nuno Vicente,nº18
transistor were the most important The invention of the flying machine 10º D
technological inventions of this Cen-
37

THE ENGLISH PAGES

The Story of Easter


Easter is a time of springtime festi- and commemorates the flight and Easter. The Lenten season itself
vals. In Christian countries Easter is freedom of the Israelites from slav- comprises forty days, as the six Sun-
celebrated as the religious holiday ery in Egypt. days in Lent are not actually a part
commemorating the resurrection of The early Christians, many of of Lent. Sundays are considered a
Jesus Christ, the son of God. But the whom were of Jewish origin, were commemoration of Easter Sunday
celebrations of Easter have many brought up in the Hebrew tradition and have always been excluded from
customs and legends that are pagan and regarded Easter as a new feature the Lenten fast. The Lenten season
in origin and have nothing to do of the Passover festival, a com- is a period of penitence in prepara-
with Christianity. memoration of the advent of the tion for the highest festival of the
Traditions associated with the fes- Messiah as foretold by the prophets. church year, Easter. Holy Week,
tival survive in the Easter rabbit, a Easter is observed by the churches of the last week of Lent, begins with
symbol of fertility, and in coloured the West on the first Sunday follow- the observance of Palm Sunday.
Easter eggs, originally painted with ing the full moon that occurs on or Palm Sunday takes its name from
bright colours to represent the following the spring equinox (March Jesus' triumphal entry into Jerusa-
sunlight of spring, and used in 21). So Easter became a "movable" lem where the crowds laid palms at
Easter-egg rolling contests or given feast which can occur as early as his feet. Holy Thursday commemo-
as gifts. March 22 or as late as April 25. rates the Last Supper, which was
The Christian celebration of Easter Christian churches in the East held the evening before the Cruci-
embodies a number of converging which were closer to the birthplace fixion. Friday in Holy Week is the
traditions with emphasis on the rela- of the new religion and in which old anniversary of the Crucifixion, the
tion of Easter to the Jewish festival traditions were strong, observe day that Christ was crucified and
of Passover, or Pesach, from which Easter according to the date of the died on the cross. Holy week and
is derived Pasch, another name used Passover festival. Easter is at the end the Lenten season end with Easter
by Europeans for Easter. Passover is of the Lenten season, which covers a Sunday, the day of resurrection of
an important feast in the Jewish cal- forty-six-day period that begins on Jesus Christ.
endar, which is celebrated for 8 days Ash Wednesday and ends with

Bunnies Easter Everywhere


Bunnies are brown Rabbits soft and cuddly
Bunnies are white Baby chickens, too.
Bunnies are always Easter eggs for baskets
An Easter delight. White and pink and blue.
Bunnies are cuddly Easter cards of greeting,
The large and the small. Music in the air,
But I like chocolate ones Lilies just to tell us
The best of them all. It's Easter everywhere.
38

LA PAGE DU FRANÇAIS...

Pâques est une fête mobile qui se fête entre le 22 mars et le 25 avril. C'est une fête religieuse qui
commémore le passage de la Mer Rouge pour la religion juive et la résurrection de Jésus pour la
religion chrétienne.
C'est aussi une fête païenne qui annonce l'éveil du printemps.

TRADITIONS DE PÂQUES : LES OEUFS DE PÂQUES

Les oeufs de Pâques Russe, Grecque, Roumaine connais- lébration pascale. En occident, la
sent une tradition qui remonte au tradition chrétienne remonte au 12-
décorés 13eme siècle.
En Pologne, comme en Russie, la
tradition la plus typique est la pein-
La tradition d'offrir des oeufs dé-
corés est bien antérieure au christia- ture et la décoration de l'œuf de
Pâques. En Norvège et en Pologne,
nisme. L'œuf est symbole de vie et
de renouveau; c'est l'image d'une vie il y a des petits combats d'œufs. En
nouvelle. Il était tout désigné pour Allemagne, on accroche des oeufs
devenir un symbole de Pâques et décorés à la main à des petits bran-
exprimer le renouveau inauguré par chages. En Pologne et en Italie, on
la résurrection. décore la table avec des oeufs pour
Comme il était interdit de manger le repas de Pâques. En Russie, on
des oeufs pendant le carême, on se porte des oeufs au cimetière sur les
trouvait à Pâques devant une grande tombes de la famille.
On a actuellement un peu oublié
quantité d'œufs. Alors a partir du
le symbolisme chrétien des oeufs de
moyen-âge on a pris l'habitude de
Pâques : la vie nouvelle de la résur-
s'offrir des oeufs décorés. L'œuf de rection.
Pâques a donné naissance à beau- Haut moyen age, d'une bénédiction
coup de coutumes très diverses se- et d'une distribution d'œufs teints
Professora Judite Quaresma
lon les pays. Les Églises Orthodoxes au début ou à la fin de la grande cé-

Traditions locales de Pâques

On mange des gâteaux en forme de colombes (en Italie)


On décore les maisons pour la fête de Pâques (en Allemagne)
On accroche des oeufs aux branches d'un arbuste (en Allemagne)
On mange du jambon (en Angleterre et en Allemagne)
On danse dans les rues (en Angleterre)
On fait les décorations en jaune (dans les pays scandinaves)
Les enfants se déguisent en sorcières la veille de Pâques (en Finlande et en Suède)
On asperge d'eau la famille et les amis et on asperge les champs d'eau
bénite (en Pologne)
On dépose des oeufs sur les tombes des parents au cimetière (en Russie)
39

LA PAGE DU FRANÇAIS...

Quelques Recettes de Crêpes


Pour manger de bonnes crêpes à la chandeleur ou au Mardi Gras

Pâte à crêpes vanillée

Ingrédients :
- 250 grammes de farine
- 1 cuillère à soupe de sucre semoule
- 2 sachets de sucre vanillé
- 1 pincée de sel
- 1/2 litre de lait
- 3 oeufs
- 3 cuillères à soupe d'huile

Mélanger la farine avec le sucre semoule, le sucre vanillé et le sel.


Faire un puits au centre et incorporer 1/4 de litre de lait puis les trois
oeufs préalablement battus à la fourchette dans un bol, et l'huile.
Bien mélanger, puis ajouter à nouveau 1/4 de litre de lait. La pâte à crêpe
est prête!

La Fête des Pères


Un papa
Un papa rapluie
Qui me fait un abri
Quand j'ai peur de la nuit.
Un papa ratonnerre
Je ne sais pas quoi faire
Quand il est en colère
Un papa rasol
Avec qui je m'envole
Quand il rigole
Un papa tout court
Que je fête en ce jour
Avec tout mon amour
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ÚLTIMA

E-mails Solidários
“Uma Longa Caminhada”
Era uma vez uma rapariga cracia de grandes institui- tiva e alguns euros que esta- história? É que a jovem, os
que vivia numa cidade alta e ções e com os escassos fun- vam no cofre da Secretaria seus amigos, os seus colegas
fria, frequentava uma Escola dos, entretanto, obtidos. da sua Escola, fruto da acti- e os demais personagens,
Secundária, “viajava” quoti- Mas nada a deteve. Con- vidade da “Feira de Talen- convivem diariamente con-
dianamente na Internet, via versou com os seus amigos, tos”, juntaram-se aos outros nosco e a Escola é a nossa.
televisão, …, entre outras os colegas e a professora da fundos entretanto angaria- Os trezentos e cinquenta
actividades comuns aos euros enviados constituem
jovens de hoje. uma quantia modesta, dado
Certo dia, ouviu falar dos que salvar uma criança, na
meninos soldados do Gana e situação citada, custa cerca
do programa de salvamento de dois mil e quatrocentos
da IOM (International dólares. A acção vale, sobre-
Organization For Migra- tudo, pelo seu carácter sim-
tion), e pensou fazer alguma bólico e pelo admirável
coisa por eles. empenho e persistência dos
Mas o quê? E como? alunos intervenientes, uma
Depois de amadurecer vez que entre o início do
algumas ideias que lhe aflo- trabalho de criação do mon-
raram a mente principiou a tante enviado até à recepção
preparação de uma jornada do impresso a confirmar o
solidária. O primeiro passo sucesso da acção que os
foi procurar informação moveu – “ajudar o Outro” –
sobre a vida das crianças disciplina de Inglês e conti- dos e rumaram ao Gana. decorreram mais de dois
soldados, as organizações nuou o seu empreendimento Mais uns meses decorre- anos.
que as resgatam e os proce- com determinação. ram, até que chegou à sua E foi assim que, vencendo
dimentos a pôr em curso. O tempo foi passando e, Escola um recibo da IOM de as dificuldades e a distância,
O caminho revelou-se inesperadamente, os ventos Lisboa a agradecer e a con- viajou um calor genuina-
árido, as frustrações e o serranos tornaram-se favorá- firmar que a verba enviada mente humano em direcção
desânimo assolaram-na. A veis. O assunto foi objecto tinha sido transferida para o a terras longínquas…
urgência do problema coli- de conversa de alguns mem- escritório da IOM no Gana.
dia com a lentidão da buro- bros da comunidade educa- O que tem de peculiar esta Professora Ana Pinho

FICHA TÉCNICA:

Publicação Mensal
Direcção: Conselho Executivo da Escola Secundária C/3º CEB da Sé - Guarda
Coordenadora: Carla Tavares
Redacção: Fátima Amaral e Lina Couto
Revisão: Cristina Reinas
Logótipo: Maurício Vieira
Colaboradores:
Professores - Adélia Simão, Ana Pinho, Bernardete Barata, Cristina Vicente, Dolores Carreira, Emília Barbeira, Judite Quaresma, Lina Couto, Luísa Quei-
roz, Rui Coelho, professores de Educação Física, Intérprete Joana Silva
Alunos - Ana Isabel Varelas, Cláudia Simão Vaz, Mariana Faustino, Marco Bandeirinha
Familiares: Maria Isabel Carvalho Duarte
Participantes:
Professores - Evelina Terras, José Faustino, Fernanda Nascimento, Maria Augusta Machado, Maria da Graça Rodrigues, Prudência Valente
Alunos - Ana Rita Lourenço, Ana Beatriz Marques, Adriana Vaz, Ângelo Fonseca, Andreia Marta, Anna Kotyashko, Bruna Fonseca, Jéssica Esteves, Cláudia
Sofia, Clésia Martins, Carolina Freitas, Cristina Martins, Daniela Brás, Deidre Meursing, Filipa Cordeiro, Francisca Pereira, João Monteiro, Marta Duarte,
Mariana Fonseca, Nuno Vicente, Simone Belizário, Vera Gonçalves, alunos do 12ºB,D e E
Tiragem: 300 exemplares
Impressão: Escola Secundária C/3º CEB da Sé– Guarda

Podem enviar todos os artigos e trabalhos para o e-mail: jornalolhar@gmail.com

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