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Documenti di Cultura
Comumente pensamos que tudo o que foi produzido automaticamente será consumido
por alguém, ainda mais no ramo da cultura, mas nos esquecemos que os meios de acesso e
distribuição não são assim tão eficazes nem eficientes, proporcionando também ao consumidor
um caráter produtor de cultura. A questão é que os caminhos são turvos nos canais de
distribuição. Fazendo com que o mercado cultural torne-se um tanto quanto injusto e
imprevisível.
Museus
Devemos entender que mais do que meramente simples depósitos de coleções artísticas,
arqueológicas ou científicas, a função dos museus é muito mais ampla. Esta função abrange
toda uma experiência, para que a pessoa consiga vivenciar os traços culturais ali expostos,
portanto, é necessário que haja alguma correlação entre o contexto no qual o museu é inserido e
a própria instituição. De nada adianta tentarmos evocar a aura da cultura egípcia num lugar onde
as pessoas não vão dar atenção porque não faz parte da realidade destas pessoas, nem da história
delas, nem da cultura delas, resumindo não estão no mesmo contexto.
Devido a tudo já comentado, tomemos como ponto de discussão agora um tópico bem
importante de se lembrar é o de que se é certo ou não levarmos em consideração a possibilidade
do museu vender suas obras seja para levantamento de fundos ou para aquisição de determinada
obra. A França, por exemplo, não permite qualquer tipo de processo comercial que envolva a
venda de seu acervo.
Depois de tudo isso, ainda ressalto e deixo bem frisado que museus não têm fim
lucrativo, estes buscam promover a cultura acima de tudo.
Apesar de esse problema estar presente no campo nacional, deve-se lembrar que é
possível encontrar soluções simples para busca de alternativas que revertam de alguma forma o
caso. Os Pontos de Cultura são parte de um projeto, que leva possibilidade das minorias
excluídas do país como os indígenas aproveitarem de recursos tecnológicos para disseminar sua
cultura, além de incentivar o cultivo de suas tradições e histórias, e serve como ótima ilustração
para essa realidade. Ainda falando deste projeto, ele se afiliou ao Ministério do Trabalho
fornecendo bolsas para jovens de 16 a 24 anos capacitando-os para operação dos computadores
e dos kits multimídias, reforçando também a possibilidade financeira de se trabalhar com
cultura nas comunidades carentes.
Mercados de Arte
Hoje em dia existem órgãos responsáveis pela locação de obras de artes, como por
exemplo, o Banco de Obras de Arte do Canadá, que promove o aluguel das obras para um vasto
público no país e no exterior, este programa também apóia os artistas canadenses ao adquirir
suas obras com recursos do faturamento do banco encima destas. Atualmente, eles contam com
mais de 18 mil obras, formando a maior coleção de arte canadense contemporânea.
Os principais problemas que esse tipo de iniciativa tenta resolver são o financiamento
insuficiente e a falta de uma estratégia nacional coerente para esse setor, o que implica num
prejuízo enorme para o seu desenvolvimento. Uma vez que a arte é instável por si só torna-se
difícil conseguir precificar uma obra. A precificação provêm, sobretudo do subjetivo do
individuo, o valor que ele dá a obra vai sempre estar ligado com o significado que ele vê nela,
mas isso não é o suficiente para dar um preço.Para darmos um preço realmente justo precisamos
levar em conta juntamente com o fator estético outros três fatores, o fator artista (fama, nome,
renome, outras obras, etc), o fator obra (tamanho, técnica, tema abordado, tempo de execução,
restaurações realizadas, número de exemplares, estado de conservação, locais em que já foi
exposta, facilidade de venda, liquidez etc) e as influencias externas (moda, gosto pessoal dos
compradores, situação financeira nacional e internacional, concorrência, criticas etc). Portanto,
chega-se a conclusão que o valor econômico e o estético podem não ser compatíveis.