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Jean Piaget (1896-1980)

Um pioneiro no estudo da inteligência infantil

Jean Piaget
August 9, 1896 - September 16, 1980

Jean Piaget nasceu em Neuchâtel, Suiça no dia 9 de agosto de 1896 e faleceu


em Genebra em 17 de setembro de 1980. Estudou a evolução do pensamento
até a adolescência, procurando entender os mecanismos mentais que o
indivíduo utiliza para captar o mundo. Como epistemólogo, investigou o
processo de construção do conhecimento, sendo que nos últimos anos de sua
vida centrou seus estudos no pensamento lógico-matemático.

Foi um renomado psicólogo e filósofo suíço, conhecido por seu trabalho


pioneiro no campo da inteligência infantil. Piaget passou grande parte de sua
carreira profissional interagindo com crianças e estudando seu processo de
raciocínio. Seus estudos tiveram um grande impacto sobre os campos da
Psicologia e Pedagogia.

Sua Vida

Piaget foi um menino prodígio. Interessou-se por história natural ainda em sua
infância. Aos 11 anos de idade, publicou seu primeiro trabalho sobre a
observação de um pardal albino. Esse breve estudo é considerado o inicio de
sua brilhante carreira cientifica. Aos sábados, Piaget trabalhava gratuitamente
no Museu de História Natural. Piaget freqüentou a Universidade de Neuchâtel,
onde estudou biologia e filosofia. E recebeu seu doutorado em biologia em
1918, aos 22 anos de idade. Após formar-se, Piaget foi para Zurich, onde
trabalhou como psicólogo experimental. Lá ele freqüentou aulas lecionadas por
Jung e trabalhou como psiquiatra em uma clinica. Essas experiências
influenciaram-no em seu trabalho. Ele passou a combinar a psicologia
experimental – que é um estudo formal e sistemático – com métodos informais
de psicologia: entrevistas, conversas e análises de pacientes.
Em 1919, Piaget mudou-se para a França onde foi convidado a trabalhar no
laboratório de Alfred Binet, um famoso psicólogo infantil que desenvolveu
testes de inteligência padronizados para crianças. Piaget notou que crianças
francesas da mesma faixa etária cometiam erros semelhantes nesses testes e
concluiu que o pensamento se desenvolve gradualmente. O ano de 1919 foi o
marco em sua vida. Piaget iniciou seus estudos experimentais sobre a mente
humana e começou a pesquisar também sobre o desenvolvimento das
habilidades cognitivas. Seu conhecimento de biologia levou-o a enxergar o
desenvolvimento cognitivo de uma criança como sendo uma evolução
gradativa. Em 1921, Piaget voltou a Suíça e tornou-se diretor de estudos do
Instituto J. J. Rousseau da Universidade de Genebra.
Lá ele iniciou o maior trabalho de sua vida, ao observar crianças brincando e
registrar meticulosamente as palavras, ações e processos de raciocínio delas.
Em 1923, Piaget casou-se com Valentine Châtenay com quem teve 3 filhos:
Jacqueline(1925), Lucienne(1927) e Laurent (1931).
As teorias de Piaget foram, em grande parte, baseadas em estudos e
observações de seus filhos que ele realizou ao lado de sua esposa. Enquanto
prosseguia com suas pesquisas e publicações de trabalhos, Piaget lecionou
em diversas universidades européias. Registros revelam que ele foi o único
suíço a ser convidado a lecionar na Universidade de Sorbonne (Paris, França),
onde permaneceu de 1952 a 1963.
Até a data de seu falecimento, Piaget fundou e dirigiu o Centro Internacional
para Epistemologia Genética. Ao longo de sua brilhante carreira, Piaget
escreveu mais de 75 livros e centenas de trabalhos científicos.

Piaget freqüentou a Universidade de Neuchâtel, onde estudou Biologia e


Filosofia. Ele recebeu seu doutorado em Biologia em 1918, aos 22 anos de
idade.

Após formar-se, Piaget foi para Zurich, onde trabalhou como psicólogo
experimental. Lá ele freqüentou aulas lecionadas por Jung e trabalhou como
psiquiatra em uma clínica. Essas experiências influenciaram-no em seu
trabalho. Ele passou a combinar a psicologia experimental - que é um estudo
formal e sistemático - com métodos informais de psicologia: entrevistas,
conversas e análises de pacientes.
Vida Profissional:

Piaget foi biólogo, zoólogo, filósofo, epistemólogo e psicólogo. Esta experiência


de vida e uma vasta cultura científica impregnaram a sua obra com
contribuições da biologia, cibernética, matemática, filosofia e sociologia.

Escreveu mais de 100 livros e 600 artigos, alguns dos quais contaram com a
colaboração de Barbel Inhelder. Entre eles, destacam-se: Seis Estudos de
Psicologia, A construção do Real na Criança, A Epistemologia Genética, O
Desenvolvimento da Noção de Tempo na Criança, Da Lógica da Criança à
Lógica do Adolescente, A Equilibração das Estruturas Cognitivas.

Piaget desenvolveu estudos sobre os próprios processos metodológicos,


concretamente o método clínico e a observação naturalista. Estes métodos
correspondem a importantes avanços na investigação em psicologia.

Até morrer, Piaget estudou, escreveu, participou em congressos, polêmicas e


debates públicos. Foi uma personagem destacada, pela forma empenhada,
crítica, interdisciplinar e criativa como orientou as suas investigações.

A Epistemologia Genética defende que o indivíduo passa por várias etapas de


desenvolvimento ao longo da sua vida. Para Piaget, a aprendizagem é um
processo que começa no nascimento e acaba na morte. A aprendizagem dá-se
através do equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, resultando em
adaptação. Segundo este esquema, o ser humano assimila os dados que
obtém do exterior, mas uma vez que já tem uma estrutura mental que não está
"vazia", precisa adaptar esses dados à estrutura mental já existente. Uma vez
que os dados são adaptados a si, dá-se a acomodação. Para Piaget, o homem
é o ser mais adaptável do mundo. Este esquema revela que nenhum
conhecimento nos chega do exterior sem que sofra alguma alteração pela
nossa parte. Ou seja, tudo o que aprendemos é influenciado por aquilo que já
tinhamos aprendido. Tornou-se um dos homens mais dedicados do mundo com
o interacionismo de Lev Vygotsky. Piaget somente veio a conhecer as
pesquisas de Vygotsky muito depois da morte deste. Originalmente um biólogo,
com a especialização em moluscos do Lago Genebra, fez seus estudos de
psicologia do desenvolvimento inicialmente observando como seus filhos
cresciam e entrevistando milhares de outras crianças.

As teorias de Piaget de desenvolvimento psicológico mostraram-se muito


influentes. Entre outros, o filósofo e cientista social Jürgen Habermas as
incorporou em seu trabalho, mais notadamente em A Teoria da Ação
Comunicativa. O historiador da Ciência Thomas Kuhn e o pensador marxista
Lucien Goldmann tiveram em Piaget um interlocutor importante. A influência de
Piaget na pedagogia é notável ainda hoje, principalmente através da obra de
Emília Ferreiro sobre a alfabetização. No Brasil, suas idéias começaram a ser
difundidas na época do movimento da Escola Nova, principalmente por Lauro
de Oliveira Lima.

Piaget também teve uma considerável influência no campo da ciência da


computação. Seymour Papert usou o trabalho de Piaget como fundamentação
ao desenvolver a linguagem de programação Logo. Alan Kay usou as teorias
de Piaget como base para o sistema conceitual de programação Dynabook,
que foi primeiramente discutido em Xerox PARC. Estas discussões levaram ao
desenvolvimento do protótipo Alto, que explorou pela primeira vez os
elementos do GUI, ou Interface Gráfica do Usuário, e influenciou a criação de
interfaces de usuário a partir dos anos 80.

Vida Pessoal:

Em 1919, Piaget mudou-se para a França, onde foi convidado a trabalhar no


laboratório de Alfred Binet, um famoso psicólogo infantil que desenvolveu
testes de inteligência padronizados para crianças. Piaget notou que crianças
francesas da mesma faixa etária cometiam erros semelhantes nesses testes e
concluiu que o pensamento lógico se desenvolve gradualmente.

O ano de 1919 foi um marco em sua vida. Piaget iniciou seus estudos
experimentais sobre a mente humana e começou a pesquisar também sobre o
desenvolvimento das habilidades cognitivas. Seu conhecimento de Biologia
levou-o a enxergar o desenvolvimento cognitivo de uma criança como sendo
uma evolução gradativa.

Em 1921, Piaget voltou à Suíça e tornou-se diretor de estudos no Instituto J. J.


Rousseau da Universidade de Genebra. Lá ele iniciou o maior trabalho de sua
vida, ao observar crianças brincando e registrar meticulosamente as palavras,
ações e processos de raciocínio delas.

Em 1923, Piaget casou-se com Valentine Châtenay, com quem teve três filhas:
Jacqueline (1925), Lucienne (1927) e Laurent (1931). As teorias de Piaget
foram, em grande parte, baseadas em estudos e observações de seus filhos
que ele realizou ao lado de sua esposa.

Enquanto prosseguia com suas pesquisas e publicações de trabalhos, Piaget


lecionou em diversas universidades européias. Registros revelam que ele foi o
único suíço a ser convidado para lecionar na Universidade de Sorbonne (Paris,
França), onde permaneceu de 1952 a 1963. Até a data de seu falecimento,
Piaget fundou e dirigiu o Centro Internacional para Epistemologia Genética. Ao
longo de sua brilhante carreira, Piaget escreveu mais de 75 livros e centenas
de trabalhos científicos.

Piaget morreu em Genebra, em 17 de setembro de 1980

Sua Obra

Piaget desenvolveu diversos campos de estudos científicos: a psicologia do


desenvolvimento, a teoria cognitiva e o que veio a ser chamado de
epistemologia genética.

A essência do trabalho de Piaget ensina que ao observarmos cuidadosamente


a maneira com que o conhecimento se desenvolve nas crianças, podemos
entender melhor a natureza do conhecimento humano. Suas pesquisas sobre a
psicologia do desenvolvimento e a epistemologia genética tinham o objetivo de
entender como o conhecimento evolui.

Piaget formulou sua teoria de que o conhecimento evolui progressivamente por


meio de estruturas de raciocínio que substituem umas às outras através de
estágios. Isto significa que a lógica e formas de pensar de uma criança são
completamente diferentes da lógica dos adultos.

Em seu trabalho, Piaget identifica os quatro estágios de evolução mental de


uma criança. Cada estágio é um período onde o pensamento e comportamento
infantil é caracterizado por uma forma específica de conhecimento e raciocínio.
Esses quatro estágios são: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto
e operatório formal.

Os Estágios Cognitivos Segundo Piaget:

Piaget, quando descreve a aprendizagem, tem um enfoque diferente do que


normalmente se atribui à esta palavra. Piaget separa o processo cognitivo
inteligente em duas palavras : aprendizagem e desenvolvimento.

Para Piaget, segundo MACEDO (1994), a aprendizagem refere-se à aquisição


de uma resposta particular, aprendida em função da experiência, obtida de
forma sistemática ou não. Enquanto que o desenvolvimento seria uma
aprendizagem de fato, sendo este o responsável pela formação dos
conhecimentos.

De acordo com Piaget, o desenvolvimento cognitivo é um processo de


sucessivas mudanças qualitativas e quantitativas das estruturas cognitivas
derivando cada estrutura de estruturas precedentes. Ou seja, o indivíduo
constrói e reconstrói continuamente as estruturas que o tornam cada vez mais
apto ao equilíbrio.

Essas construções seguem um padrão denominado por Piaget de ESTÁGIOS


que seguem idades mais ou menos determinadas. Todavia, o importante é a
ordem dos estágios e não a idade de aparição destes.

Piaget, quando postula sua teoria sobre o desenvolvimento da criança,


descreve-a, basicamente, em 4 estágios, que ele próprio chama de fases de
transição (PIAGET, 1975). Essas 4 fases são :

• Sensório-motor (0 - 2 anos);

• Pré-operatório (2 - 7,8 anos);

• Operatório-concreto (8 - 11 anos);

• Operatório-formal (8 - 14 anos);

Fase 1: Sensório-motor

No estágio sensório-motor, que dura do nascimento ao 18º mês de vida, a


criança busca adquirir controle motor e aprender sobre os objetos físicos que a
rodeiam. Esse estágio se chama sensório-motor, pois o bebê adquire o
conhecimento por meio de suas próprias ações que são controladas por
informações sensoriais imediatas.

Neste estágio, a partir de reflexos neurológicos básicos, o bebê começa a


construir esquemas de ação para assimilar mentalmente o meio (LOPES,
1996). Também é marcado pela construção prática das noções de objeto,
espaço, causalidade e tempo (MACEDO, 1991). Segundo LOPES, as noções
de espaço e tempo são construídas pela ação, configurando assim, uma
inteligência essencialmente prática.

Conforme MACEDO (1991, p. 124) é assim que os esquemas vão "pouco a


pouco, diferenciando-se e integrando-se, no mesmo tempo em que o sujeito vai
se separando dos objetos podendo, por isso mesmo, interagir com eles de
forma mais complexa." Nitzke et alli (1997b) diz-se que o contato com o meio é
direto e imediato, sem representação ou pensamento.

Exemplos:
O bebê pega o que está em sua mão; "mama" o que é posto em sua boca; "vê"
o que está diante de si. Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um
objeto, pegá-lo e levá-lo a boca.

Fase 2: Pré-operatório

No estágio pré-operatório, que dura do 18º mês aos 8 anos de vida, a criança
busca adquirir a habilidade verbal. Nesse estágio, ela já consegue nomear
objetos e raciocinar intuitivamente, mas ainda não consegue coordenar
operações fundamentais.

É nesta fase que surge, na criança, a capacidade de substituir um objeto ou


acontecimento por uma representação (PIAGET e INHELDER, 1982), e esta
substituição é possível, conforme PIAGET, graças à função simbólica. Assim
este estágio é também muito conhecido como o estágio da Inteligência
Simbólica.

Contudo, MACEDO (1991) lembra que a atividade sensório-motor não está


esquecida ou abandonada, mas refinada e mais sofisticada, pois verifica-se
que ocorre uma crescente melhoria na sua aprendizagem, permitindo que a
mesma explore melhor o ambiente, fazendo uso de mais e mais sofisticados
movimentos e percepções intuitivas.

A criança deste estágio:

• É egocêntrica, centrada em si mesma, e não consegue se colocar,


abstratamente, no lugar do outro.

• Não aceita a idéia do acaso e tudo deve ter uma explicação (é fase dos "por
quês").

• Já pode agir por simulação, "como se".

• Possui percepção global sem discriminar detalhes.

• Deixa se levar pela aparência sem relacionar fatos.

Exemplos:

Mostram-se para a criança, duas bolinhas de massa iguais e dá-se a uma


delas a forma de salsicha. A criança nega que a quantidade de massa continue
igual, pois as formas são diferentes. Não relaciona as situações.

Fase 3: Operatório - concreto

No estágio operatório concreto, que dura dos 8 aos 12 anos de vida, a criança
começa a lidar com conceitos abstratos como os números e relacionamentos.
Esse estágio é caracterizado por uma lógica interna consistente e pela
habilidade de solucionar problemas concretos.
Conforme Nitzke et alli (1997b), neste estágio a criança desenvolve noções de
tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade, ..., sendo então capaz de
relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Apesar de não se
limitar mais a uma representação imediata, depende do mundo concreto para
abstrair.

Um importante conceito desta fase é o desenvolvimento da reversibilidade, ou


seja, a capacidade da representação de uma ação no sentido inverso de uma
anterior, anulando a transformação observada.

Exemplos:

Despeja-se a água de dois copos em outros, de formatos diferentes, para que a


criança diga se as quantidades continuam iguais. A resposta é afirmativa uma
vez que a criança já diferencia aspectos e é capaz de "refazer" a ação.

Fase 4: Operatório formal

No estágio operatório formal - desenvolvido entre os 12 e 15 anos de idade - a


criança começa a raciocinar lógica e sistematicamente. Esse estágio é definido
pela habilidade de engajar-se no raciocínio abstrato. As deduções lógicas
podem ser feitas sem o apoio de objetos concretos.

No estágio das operações formais, desenvolvido a partir dos 12 anos de idade,


a criança inicia sua transição para o modo adulto de pensar, sendo capaz de
pensar sobre idéias abstratas.

Segundo WADSWORTH (1996) é neste momento que as estruturas cognitivas


da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento. A
representação agora permite à criança uma abstração total, não se limitando
mais à representação imediata e nem às relações previamente existentes.
Agora a criança é capaz de pensar logicamente, formular hipóteses e buscar
soluções, sem depender mais só da observação da realidade.

Em outras palavras, as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível


mais elevado de desenvolvimento e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio
lógico a todas as classes de problemas.

Exemplos:

Se lhe pedem para analisar um provérbio como "de grão em grão, a galinha
enche o papo", a criança trabalha com a lógica da idéia (metáfora) e não com a
imagem de uma galinha comendo grãos.

Pensamento predominante à época


Até o início do século XX assumia-se que as crianças pensavam e
raciocinavam da mesma maneira que os adultos. A crença da maior parte das
sociedades era a de que qualquer diferença entre os processos cognitivos
entre crianças e adultos era sobretudo de grau: os adultos eram superiores
mentalmente, do mesmo modo que eram fisicamente maiores, mas os
processos cognitivos básicos eram os mesmos ao longo da vida.

Piaget, a partir da observação cuidadosa de seus próprios filhos e de muitas


outras crianças, concluiu que em muitas questões cruciais as crianças não
pensam como os adultos. Por ainda lhes faltarem certas habilidades, a maneira
de pensar é diferente, não somente em grau, como em classe.

Conclusão:

Em seus estudos sobre crianças, Jean Piaget descobriu que elas não
raciocinam como os adultos. Esta descoberta levou Piaget a recomendar aos
adultos que adotassem uma abordagem educacional diferente ao lidar com
crianças. Ele modificou a teoria pedagógica tradicional que, até então, afirmava
que a mente de uma criança é vazia, esperando ser preenchida por
conhecimento. Na visão de Piaget, as crianças são as próprias construtoras
ativas do conhecimento, constantemente criando e testando suas teorias sobre
o mundo. Ele forneceu uma percepção sobre as crianças que serve como base
de muitas linhas educacionais atuais. De fato, suas contribuições para as áreas
da Psicologia e Pedagogia são imensuráveis

A teoria de Piaget do desenvolvimento cognitivo é uma teoria de etapas,


uma teoria que pressupõe que os seres humanos passam por uma série de
mudanças ordenadas e previsíveis.

Pressupostos básicos de sua teoria::


Construtivismo:
O Interacionismo, a idéia de construtivismo seqüencial e os fatores que
interferem no desenvolvimento.
A criança é concebida como um ser dinâmico, que a todo o momento interage
com a realidade, operando ativamente com objetos e pessoas.
Essa interação com o ambiente faz com que construa estrutura mentais e
adquira maneiras de fazê-las funcionar. O eixo central, portanto, é a
interação organismo-meio e essa interação acontece através de dois
processos simultâneos:
• A organização interna e a Adaptação ao meio, funções exercidas pelo
organismo ao longo da vida.

A idéia é que o homem não nasce inteligente, mas também não é passivo sob
a influência do meio, isto é, ele responde aos estímulos externos agindo sobre
eles para construir e organizar o seu próprio conhecimento, de forma cada vez
mais elaborada.

Construtivismo é uma das correntes teóricas empenhadas em explicar como


a inteligência humana se desenvolve partindo do princípio de que o
desenvolvimento da inteligência é determinado pelas ações mútuas entre o
indivíduo e o meio.

0 construtivismo é hoje considerado uma tendência por algumas linhas


pedagógicas e por outras, apenas uma proposta do trabalho. Considerada ou
não uma tendência, tem sido adotada por varias escolas. Os programas do
ensino deverão ser integrados para que o aluno construa o seu próprio
conhecimento baseado em experiências vividas, relacionadas à realidade que
nunca se apresenta dividida em compartimentos estanques, como geralmente
as matérias do currículo tradicional. É uma proposta de passar os mesmos
conteúdos do tradicional de maneira diferenciada, revelando a sua amplicidão,
a sua importância, a sua função na vida.
Quando comparamos o método tradicional com a proposta construtivista
podemos verificar que o aluno alfabetizado pela primeira proposta não comete
muitos erros ortográficos e isso é algo muito positivo, porém quando
solicitamos a esse aluno que escreva uma frase ou um texto, as dificuldades
aparecem. Já no caso do construtivismo, o aluno escreve textos excelentes
com muitos erros ortográficos (na maioria das vezes). Diante disso, a melhor
saída seria interligar uma situação a outra. Desta maneira chegaríamos ao
ideal de educação. E aí deparamos com o problema. Como achar o meio termo
para tudo isso? Como fazer com que o aluno escreva corretamente? A
resposta está no professor. Ele deve ser intermediário de tudo isso. Cabe a ele
utilizar a sua criatividade. E haja criatividade. Ele é o desafiador do aluno,
aquele que o colocará em situação do "desequilíbrio". O aluno diante de um
desafio, provoca a sua capacidade do pensar, mobiliza suas estruturas de
inteligência.

Na escola publica, hoje está a imagem completamente deteriorada. Já


presenciamos professores buscando saídas para esse problema. Infelizmente
sem qualquer apoio da direção, do governo ou até mesmo da sociedade que só
vê um lado da situação, apoiando a mídia que está desenvolvendo um trabalho
de benefício às escolas particulares.

Com a preocupação de melhor atender essa clientela, algumas escolas


particulares estão proporcionando ao profissional, cursos, textos do apoio,
materiais e condições para que este trabalho seja realizado, porém isso só
ocorre em algumas escolas. 0 que temos presenciado o tempo todo, são
escolas que jogam o professor na sala do aula e dizem: "sejam criativos". 0
professor então se vê obrigado a desenvolver um bom trabalho, mesmo porque
se o aluno fracassar, o fracasso será seu. Desta maneira vale a pena refletir a
frase deixada por Paulo Freire sobre a escola:

"Precisamos contribuir para criar a escola que é aventura, que marcha, que
não tem medo do risco, por isso recusa o imobilismo. A escola em que se
pensa, em que se atua, em que se cria, em que se fala, em que se ama, se
adivinha. A escola que apaixonadamente diz sim à vida."
Resumir a teoria de Jean Piaget não é uma tarefa fácil, pois sua obra tem mais
páginas que a Enciclopédia Britânica. Desde que se interessou por desvendar
o desenvolvimento da inteligência humana, Piaget trabalhou compulsivamente
em seu objetivo, até às vésperas de sua morte, em 1980, aos oitenta e quatro
anos, deixando escrito aproximadamente setenta livros e mais de quatrocentos
artigos. Repassamos aqui algumas idéias centrais de sua teoria, com a
colaboração do “Glossário de Termos”.

Um glossário, segundo Piaget...

Índice Remissivo:

A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U W X Y Z

A J
Abstração empírica K
Abstração reflexionante L
Acomodação M
Adaptação Memória
Assimilação N
B O
C Observáveis
Conhecimento Operação
D P
E Percepção
Equilibração Q
Equilibrio operatório R
Esquemas Reequilibração
Estado de Desequilibrio S
Estágios Sistemas em Equilíbrio
Estrutura T
F U
G V
H W
I X
Inteligência Y
Z
A=
Abstração empírica - Segundo Franco, Sergio R. K, em O Construtivismo e
Educação, Editora Mediação, 1995, pag 37, consiste em retirar (abstrair) o
conhecimento diretamente dos objetos ou da ação que exerce sobre estes
objetos. Portanto é um conhecimento extraído diretamente dos observáveis.
Este conhecimento limita-se em abstrair os aspectos básicos dos objetos:
forma, cor, peso, textura, etc.

Abstração reflexionante - Segundo Franco, Sergio R. K, em O Construtivismo


e Educação, Editora Mediação, 1995, pag 37, consiste em retirar (abstrair) o
conhecimento não dos objetos, mas da coordenação das ações sobre os
objetos. Assim, por exemplo o conhecimento da operação matemática da soma
é retirado (abstraido) da coordenação de várias ações.

Acomodação - Segundo, Piaget, J, em Biologia e Conhecimento, Petropolis:


Editora Vozes, 1996, pag 18, acomodação (por analogia com os "acomodatos"
biológicos), é toda modificação dos esquemas de assimilação sob influência
de situações exteriores (meio) aos quais se aplicam. Mas, assim como não há
assimilação sem acomodações (anteriores ou atuais), assim também não há
acomodação sem assimilação. Isto significa que o meio não provoca
simplesmente o registro de impressões ou a formação de cópias, mas
desencadeia ajustamento ativos.

E por isso que só falamos em "acomodação" subtendendo "acomodação de


esquemas de assimilação". Para Ferreira, Jairo, em seu mail de 28/05/98, no
campo das trocas comunicacionais, assimilar é dar significados aos signos
conforme nossos esquemas de significação, acomodar é modificar esta
significação, agregando aos signos significados antes ausentes. Ver ilustração
[1].

Adaptação - Responsável pela evolução dos organismos, que se transformam

Assimilação - Segundo, Piaget, J, em Biologia e Conhecimento, Petropolis:


Editora Vozes, 1996, pag 13, é a integração a estruturas prévias, que podem
permanecer invariáveis ou são mais ou menos modificadas por esta própria
integraçao, mas sem descontinuidade com o estado precedente, isto é, sem
serem destruídas, mas simplesmente acomodando-se à nova situação.

A assimilação, definida assim em termos funcionais muito gerais, desempenha


um papel necessário em todo o conhecimento. Segundo Ferreira, Jairo, em seu
mail de 28/05/98, no campo das trocas comunicacionais, assimilar é dar
significados aos signos conforme nossos esquemas de significação Ver
ilustração[1].

C=
Conhecimento - Resulta das interações entre sujeito-sujeito e/ou sujeito-objeto.
Em "A Epistemologia Genetica"(PIAGET, 1970), Piaget coloca que o
"conhecimento resulta das interações que se produzem a meio caminho entre
os dois .. [sujeito/objeto] ... sendo de uma dupla construção progressiva que
depende da elaboração solidária do sujeito e dos objetos".

E=

Equilibração - Mecanismo condicionante do desenvolvimento. Nas estruturas


cognitivas é resultante de dois processos complementares:

• A adaptação que modifica a estrutura do organismo a partir da resistência do


objeto, e;

• A assimilação quando os objetos passa a integrar a estrutura.

Segundo, Piaget, J, em Biologia e Conhecimento, Petropolis: Editora Vozes,


1996, pag 37, equlibração constitui um processo muito geral, que, em grandes
linhas, vem a opor compensações ativas às perturbacoes exteriores;
compensações que variam, sem dúvida, segundo os níveis e os esquemas do
sujeito, mas consistem sempre em reagir as perturbações sofridas ou
antecipadas.

Equilibrio operatório - Segundo, Piaget, J, em Biologia e Conhecimento,


Petropolis: Editora Vozes, 1996, pag 37, caracteriza-se essencialmente pela
reversibilidade (inversão ou reciprocidade), isto é, precisamente pela
estabilização dos sistemas de compensações.

Esquemas (de ações) - Permitem dar significação ao objeto, que ao assimilá-


lo, vão se diferenciando através de acomodações. Segundo, Piaget, J, em
Biologia e Conhecimento, Petropolis: Editora Vozes, 1996, pag 16, - o que,
numa ação, é transponível, generalizável ou diferenciável de uma situação a
seguinte, ou seja, o que há de comum nas diversas repetições ou aplicações
da mesma ação.

Estágios - Segundo, Piaget, J, em Biologia e Conhecimento, Petropolis:


Editora Vozes, 1996, pag 27-28, no terreno da inteligência falamos, em
síntese, de fases quando são satisfeitas as seguintes condições:

1) seja constante a sucessão dos comportamentos, independentemente das


acelerações ou retardamentos que podem modificar as idades cronológicas
(não seria idades mentais?, problemas ou equívocos de traducao?) médias em
função da experiência adquirida e do meio social (como das aptidões
individuais);

2) seja definida cada fase não por uma propriedade simplesmente dominante
mas por uma estrutura de conjunto, que caracterize todos os comportamentos
novos próprios dessa fase; 3) essas estruturas apresentam um processos de
integração tal que cada uma delas seja preparada pela precedente e se integre
na seguinte.

Estado de Desequilibrio - Produzido por uma perturbacao - dificuldade de


assimilação.
Estrutura - Resultado da reorganização dos esquemas e serve de base para a
construção de nova estrutura em nivel mais elevado, que vai se desenvolvendo
em quantidade e qualidade.

I=
Inteligência - Forma de adaptação humana, admitindo-se paralelismo entre
processos intelectuais e biologicos, realizada atraves da criacao continua de
estruturas mentais cada vez mais complexas e em progressivo equilibrio com o
meio.Em "O Nascimento da Inteligencia na Crianca"(PIAGET, 1982), Piaget
coloca a inteligência como fator de conservacao da vida: "A inteligencia eh
essencialmente uma organizacao ...", responsável em promover a estruturacao

do universo, atraves de trocas, de adaptacao que provoca um acrescimo no


organismo, que se transforma em funcao do meio, tendo como meta a
conservacao do organismo. Para Lino de Macedo (MACEDO, 1997 - Revista
Patio) "ser ou estar vivo, eh, por isso, ser ou estar inteligente".

M=
Memória - Segundo, Piaget, J, em Biologia e Conhecimento, Petropolis: Editora
Vozes, 1996, pag 11, condutas muito diversas, cujo único traço comum e a
conservação do passado ou, falando mais exatamente, a utilização de
aquisições anteriores. Na maioria dos casos, a memória confunde-se assim
com o hábito ou com seu aspecto particular de reconhecimento de indices.

O=

Observáveis - De acordo com Garcia, A. & Fabregat, A. em A Construção do


Conhecimento na Educação, Editora Artes Médicas, pag 94, é "aquilo que a
experiência permite comprovar em uma leitura imediata dos fatos presentes por
si mesmos". Os autores citam Piaget, J: La equilibracion de Las estructuras
cognitivas, Siglo XXI, Madri, pag 49.

Operação - Ação interiorizada, i. é, reconstrução de ações sensório-motoras,


mediante a função semiótica - ação que pode ser representada através de
instrumentos, como as imagens e a linguagem. Se a operação fizer parte de
um sistema estruturado, temos uma dependência entre ações dentro deste
sistema. Uma ação operatória tem como característica sua propriedade
fundamental que é a reversibilidade - implica simultaneamente um sentido
direto e um inverso. (Ex.: Uma crianca tem uma bola de massinha de modelar e
faz um cilindro. Já tem presente em sua mente que pode tornar a refazer a
bola).

P=

Percepção - Segundo, Piaget, J, em Biologia e Conhecimento, Petropolis:


Editora Vozes, 1996, pag 13-14, quando um homem ou um animal percebe um
objeto, identifica-o como pertencente a certas categorias, conceituais ou
práticas, ou, no plano propriamente perceptivo, percebe-o por intermédio de
esquemas funcionais ou espaciais. Assimila-o pois a estruturas mais ou menos
complexas e de níveis diversos, mas anteriores à sua percepção do momento.

R =

Reequilibração - assimilar o elemento. O estado de equilibrio resulta da


interação entre Troca de um estado de desequilíbrio por outro de equilíbrio. No
estado de equilibrio as estruturas possibilitam a assimilação do objeto do
conhecimento ou as estruturas se modificam (acomodação) para poder
assimilação e acomodação.

S =

Sistemas em Equilíbrio - Constituem-se de ações, em estruturas de conjunto,


capazes de compensar perturbações através de mecanismos reguladores, de
modo a conservar o equilibrio manifestado pela reversibilidade das ações.

Linha de Atuação:

A educação na visão Piagetiana: com base nesses pressupostos, a


educação deve possibilitar à criança um desenvolvimento amplo e dinâmico
desde o período sensório- motor até o operatório abstrato.

A escola deve partir (ver: Piaget na Escola de Educação Infantil) dos


esquemas de assimilação da criança, propondo atividades desafiadoras que
provoquem desequilíbrios e reequilibrações sucessivas, promovendo a
descoberta e a construção do conhecimento.

Para construir esse conhecimento, as concepções infantis combinam-se às


informações advindas do meio, na medida em que o conhecimento não é
concebido apenas como sendo descoberto espontaneamente pela criança,
nem transmitido de forma mecânica pelo meio exterior ou pelos adultos, mas,
como resultado de uma interação, na qual o sujeito é sempre um elemento
ativo, que procura ativamente compreender o mundo que o cerca, e que busca
resolver as interrogações que esse mundo provoca.

É aquele que aprende basicamente através de suas próprias ações sobre os


objetos do mundo, e que constrói suas próprias categorias de pensamento ao
mesmo tempo que organiza seu mundo. Não é um sujeito que espera que
alguém que possui um conhecimento o transmita a ele por um ato de bondade.

Vamos esclarecer um pouco mais para você: quando se fala em sujeito ativo,
não estamos falando de alguém que faz muitas coisas, nem ao menos de
alguém que tem uma atividade observável.

O sujeito ativo de que falamos é aquele que compara, exclui, ordena,


categoriza, classifica, reformula, comprova, formula hipóteses, etc... em
uma ação interiorizada (pensamento) ou em ação efetiva (segundo seu
grau de desenvolvimento). Alguém que esteja realizando algo materialmente,
porém seguindo um modelo dado por outro, para ser copiado, não é
habitualmente um sujeito intelectualmente ativo.

Principais objetivos da educação:

Formação de homens "criativos, inventivos e descobridores", de pessoas


críticas e ativas, e na busca constante da construção da autonomia.

Didática utilizada no Aprendizado:

Devemos lembrar que Piaget não propõe um método de ensino, mas, ao


contrário, elabora uma teoria do conhecimento e desenvolve muitas
investigações cujos resultados são utilizados por psicólogos e pedagogos.
Desse modo, suas pesquisas recebem diversas interpretações que se
concretizam em propostas didáticas também diversas.

Implicações do pensamento piagetiano para a aprendizagem:

• Os objetivos pedagógicos necessitam estar centrados no aluno, partir das


atividades do aluno.
• Os conteúdos não são concebidos como fins em si mesmos, mas como
instrumentos que servem ao desenvolvimento evolutivo natural.
• Primazia de um método que leve ao descobrimento por parte do aluno ao
invés de receber passivamente através do professor.
• A aprendizagem é um processo construído internamente.
• A aprendizagem depende do nível de desenvolvimento do sujeito.
• A aprendizagem é um processo de reorganização cognitiva.
• Os conflitos cognitivos são importantes para o desenvolvimento da
aprendizagem.
• A interação social favorece a aprendizagem.
• As experiências de aprendizagem necessitam estruturar-se de modo a
privilegiarem a colaboração, a cooperação e intercâmbio de pontos de vista na
busca conjunta do conhecimento.
Piaget não aponta respostas sobre o que e como ensinar, mas permite
compreender como a criança e o adolescente aprendem, fornecendo um
referencial para a identificação das possibilidades e limitações de crianças e
adolescentes. Desta maneira, oferece ao professor uma atitude de respeito às
condições intelectuais do aluno e um modo de interpretar suas condutas
verbais e não verbais para poder trabalhar melhor com elas.

Autonomia para Piaget

Jean Piaget, na sua obra discute com muito cuidado a questão da autonomia e
do seu desenvolvimento. Para Piaget a autonomia não está relacionada com
isolamento (capacidade de aprender sozinho e respeito ao ritmo próprio -
escola comportamentalista), na verdade entende Piaget que o florescer do
pensamento autônomo e lógico operatório é paralelo ao surgimento da
capacidade de estabelecer relações cooperativas. Quando os agrupamentos
operatórios surgem com as articulações das intuições, a criança torna-se cada
vez mais apta a agir cooperativamente.

No entender de Piaget ser autônomo significa estar apto a cooperativamente


construir o sistema de regras morais e operatórias necessárias à manutenção
de relações permeadas pelo respeito mútuo.

Jean Piaget caracterizava "Autonomia como a capacidade de coordenação de


diferentes perspectivas sociais com o pressuposto do respeito recíproco".
(Kesselring T. Jean Piaget. Petrópolis: Vozes, 1993:173-189).
Para Piaget (1977), a constituição do princípio de autonomia se desenvolve
juntamente com o processo de desenvolvimento da autoconsciência. No início,
a inteligência está calcada em atividades motoras, centradas no próprio
indivíduo, numa relação egocêntrica de si para si mesmo. É a consciência
centrada no eu. Nessa fase a criança joga consigo mesma e não precisa
compartilhar com o outro.

É o estado de anomia. A consciência dorme, diz Piaget, ou é o indivíduo da


não consciência. No desenvolvimento e na complexificação das ações, o
indivíduo reconhece a existência do outro e passa a reconhecer a necessidade
de regras, de hierarquia, de autoridade. O controle está centrado no outro. O
indivíduo desloca o eixo de suas relações de si para o outro, numa relação
unilateral, no sentido então da heteronomia. A verdade e a decisão estão
centradas no outro, no adulto. Neste caso a regra é exterior ao indivíduo e, por
conseqüência, sagrada A consciência é tomada.

emprestada do outro. Toda consciência da obrigação ou do caráter necessário


de uma regra supõe um sentimento de respeito à autoridade do outro. Na
autonomia, as leis e as regras são opções que o sujeito faz na sua convivência
social pela auto-determinação. Para Piaget, não é possível uma autonomia
intelectual sem uma autonomia moral, pois ambas se sustentam no respeito
mútuo, o qual, por sua vez, se sustenta no respeito a si próprio e
reconhecimento do outro como ele mesmo.

A falta de consciência do eu e a consciência centrada na autoridade do outro


impossibilitam a cooperação, em relação ao comum pois este não existe. A
consciência centrada no outro anula a ação do indivíduo como sujeito. O
indivíduo submete-se às regras, e pratica-as em função do outro. Segundo
Piaget este estágio pode representar a passagem para o nível da cooperação,
quando, na relação, o indivíduo se depara com condições de possibilidades de
identificar o outro como ele mesmo e não como si próprio. (PIAGET, Jean.
Biologia e conhecimento. Porto: Rés Editora, 1978).

"Na medida em que os indivíduos decidem com igualdade - objetivamente ou


subjetivamente, pouco importa - , as pressões que exercem uns sobre os
outros se tornam colaterais. E as intervenções da razão, que Bovet tão
justamente observou, para explicar a autonomia adquirida pela moral,
dependem, precisamente, dessa cooperação progressiva. De fato, nossos
estudos têm mostrado que as normas racionais e, em particular, essa norma
tão importante que é a reciprocidade, não podem se desenvolver senão na e
pela cooperação. A razão tem necessidade da cooperação na medida em que
ser racional consiste em 'se' situar para submeter o individual ao universal. O
respeito mútuo aparece, portanto, como condição necessária da autonomia,
sobre o seu duplo aspecto intelectual e moral. Do ponto de vista intelectual,
liberta a criança das opiniões impostas, em proveito da coerência interna e do
controle recíproco. Do ponto de vista moral, substitui as normas da autoridade
pela norma imanente à própria ação e à própria consciência, que é a
reciprocidade na simpatia." (Piaget, 1977:94). (PIAGET, Jean. O julgamento
moral na criança. Editora Mestre Jou. São Paulo, 1977).

Como afirma Kamii, seguidora de Piaget, "A essência da autonomia é que


as crianças se tornam capazes de tomar decisões por elas
mesmas. Autonomia não é a mesma coisa que liberdade completa.
Autonomia significa ser capaz de considerar os fatores relevantes para
decidir qual deve ser o melhor caminho da ação. Não pode haver
moralidade quando alguém considera somente o seu ponto de vista. Se
também consideramos o ponto de vista das outras pessoas, veremos que
não somos livres para mentir, quebrar promessas ou agir
irrefletidamente" (Kamii C. A criança e o número. Campinas: Papirus).

Kamii também coloca a autonomia em uma perspectiva de vida em grupo.


Para ela, a autonomia significa o indivíduo ser governado por si próprio. É o
contrário de heteronomia, que significa ser governado pelos outros. A
autonomia significa levar em consideração os fatores relevantes para decidir
agir da melhor forma para todos. Não pode haver moralidade quando se
considera apenas o próprio ponto de vista.

A construção do conhecimento SEGUNDO PIAGET:

A Organização e a Adaptação

Jean Piaget, para explicar o desenvolvimento intelectual, partiu da idéia que os


atos biológicos são atos de adaptação ao meio físico e organizações do meio
ambiente, sempre procurando manter um equilíbrio. Assim, Piaget entende que
o desenvolvimento intelectual age do mesmo modo que o desenvolvimento
biológico (WADSWORTH, 1996). Para Piaget, a atividade intelectual não pode
ser separada do funcionamento "total" do organismo (1952, p.7) :

Do ponto de vista biológico, organização é inseparável da adaptação: Eles são


dois processos complementares de um único mecanismo, sendo que o primeiro
é o aspecto interno do ciclo do qual a adaptação constitui o aspecto externo.

Ainda segundo Piaget (PULASKI, 1986), a adaptação é a essência do


funcionamento intelectual, assim como a essência do funcionamento biológico.
É uma das tendências básicas inerentes a todas as espécies. A outra
tendência é a organização. Que constitui a habilidade de integrar as estruturas
físicas e psicológicas em sistemas coerentes. Ainda segundo o autor, a
adaptação acontece através da organização, e assim, o organismo discrimina
entre a miríade de estímulos e sensações com os quais é bombardeado e as
organiza em alguma forma de estrutura. Esse processo de adaptação é então
realizado sob duas operações, a assimilação e a acomodação.

Os Esquemas

Antes de prosseguir com a definição da assimilação e da acomodação, é


interessante introduzir um novo conceito que é amplamente utilizado quando
essas operações, assimilação e acomodação, são empregadas. Esse novo
conceito que estamos procurando introduzir é chamado por Piaget de esquema
(schema).

WADSWORTH (1996) define os esquemas como estruturas mentais, ou


cognitivas, pelas quais os indivíduos intelectualmente se adaptam e organizam
o meio. Assim sendo, os esquemas são tratados, não como objetos reais, mas
como conjuntos de processos dentro do sistema nervoso. Os esquemas não
são observáveis, são inferidos e, portanto, são constructos hipotéticos.

Conforme PULASKI (1986), esquema é uma estrutura cognitiva, ou padrão de


comportamento ou pensamento, que emerge da integração de unidades mais
simples e primitivas em um todo mais amplo, mais organizado e mais
complexo. Dessa forma, temos a definição que os esquemas não são fixos,
mas mudam continuamente ou tornam-se mais refinados.
Uma criança, quando nasce, apresenta poucos esquemas (sendo de natureza
reflexa), e à medida que se desenvolve, seus esquemas tornam-se
generalizados, mais diferenciados e mais numerosos. NITZKE et alli (1997a)
escreve que os esquemas cognitivos do adulto são derivados dos esquemas
sensório-motores da criança. De fato, um adulto, por exemplo, possui um vasto
arranjo de esquemas comparativamente complexos que permitem um grande
número de diferenciações.

Estes esquemas são utilizados para processar e identificar a entrada de


estímulos, e graças a isto o organismo está apto a diferenciar estímulos, como
também está apto a generalizá-los. O funcionamento é mais ou menos o
seguinte, uma criança apresenta um certo número de esquemas, que
grosseiramente poderíamos compará-los como fichas de um arquivo. Diante de
um estímulo, essa criança tenta "encaixar" o estímulo em um esquema
disponível. Vemos então, que os esquemas são estruturas intelectuais que
organizam os eventos como eles são percebidos pelo organismo e
classificados em grupos, de acordo com características comuns.

A Assimilação e Acomodação

A assimilação é o processo cognitivo pelo qual uma pessoa integra (classifica)


um novo dado perceptual, motor ou conceitual às estruturas cognitivas prévias
(WADSWORTH, 1996). Ou seja, quando a criança tem novas experiências
(vendo coisas novas, ou ouvindo coisas novas) ela tenta adaptar esses novos
estímulos às estruturas cognitivas que já possui.

O próprio Piaget define a assimilação como (PIAGET, 1996, p. 13) :

... uma integração à estruturas prévias, que podem permanecer invariáveis ou


são mais ou menos modificadas por esta própria integração, mas sem
descontinuidade com o estado precedente, isto é, sem serem destruídas, mas
simplesmente acomodando-se à nova situação.

Isto significa que a criança tenta continuamente adaptar os novos estímulos


aos esquemas que ela possui até aquele momento. Por exemplo, imaginemos
que uma criança está aprendendo a reconhecer animais, e até o momento, o
único animal que ela conhece e tem organizado esquematicamente é o
cachorro. Assim, podemos dizer que a criança possui, em sua estrutura
cognitiva, um esquema de cachorro.

Pois bem, quando apresentada, à esta criança, um outro animal que possua
alguma semelhança, como um cavalo, ela a terá também como cachorro
(marrom, quadrúpede, um rabo, pescoço, nariz molhado, etc.).
Figura 000 – Ligeira semelhança morfológica entre um cavalo e um
cachorro

Notadamente, ocorre, neste caso, um processo de assimilação, ou seja a


similaridade entre o cavalo e o cachorro (apesar da diferença de tamanho) faz
com que um cavalo passe por um cachorro em função da proximidades dos
estímulos e da pouca variedade e qualidade dos esquemas acumulados pela
criança até o momento. A diferenciação do cavalo para o cachorro deverá
ocorrer por um processo chamado de acomodação.

Ou seja, a criança, apontará para o cavalo e dirá "cachorro" . Neste momento,


uma adulto intervém e corrige, "não, aquilo não é um cachorro, é um cavalo".
Quando corrigida, definindo que se trata de um cavalo, e não mais de um
cachorro, a criança, então, acomodará aquele estímulo a uma nova estrutura
cognitiva, criando assim um novo esquema. Esta criança tem agora, um
esquema para o conceito de cachorro e outro para o conceito de cavalo.

Entrando agora na operação cognitiva da acomodação, iniciamos com


definição dada por PIAGET (p. 18, 1996) :

Chamaremos acomodação (por analogia com os "acomodatos" biológicos) toda


modificação dos esquemas de assimilação sob a influência de situações
exteriores (meio) ao quais se aplicam.

Assim, a acomodação acontece quando a criança não consegue assimilar um


novo estímulo, ou seja, não existe uma estrutura cognitiva que assimile a nova
informação em função das particularidades desse novo estímulo (Nitzke et alli,
1997a). Diante deste impasse, restam apenas duas saídas: criar um novo
esquema ou modificar um esquema existente. Ambas as ações resultam em
uma mudança na estrutura cognitiva. Ocorrida a acomodação, a criança pode
tentar assimilar o estímulo novamente, e uma vez modificada a estrutura
cognitiva, o estímulo é prontamente assimilado.

WADSWORTH diz que (1996, p. 7) "A acomodação explica o desenvolvimento


(uma mudança qualitativa), e a assimilação explica o crescimento (uma
mudança quantitativa); juntos eles explicam a adaptação intelectual e o
desenvolvimento das estruturas cognitivas." Essa mesma opinião é
compartilhada por Nitzke et alli (1997a), que escreve que os processos
responsáveis por mudanças nas estruturas cognitivas são a assimilação e a
acomodação.

PIAGET (1996), quando expõe as idéias da assimilação e da acomodação, no


entanto, deixa claro que da mesma forma como não há assimilação sem
acomodações (anteriores ou atuais), também não existem acomodações sem
assimilação. Esta declaração de Piaget, significa que o meio não provoca
simplesmente o registro de impressões ou a formação de cópias, mas
desencadeia ajustamentos ativos.

Procurando elucidar essas declarações, quando se fala que não existe


assimilação sem acomodação, significa que a assimilação de um novo dado
perceptual, motor ou conceitual se dará primeiramente em esquemas já
existentes, ou seja, acomodados em fases anteriores. E quando se fala que
não existem acomodações sem assimilação, significa que um dado perceptual,
motor ou conceitual é acomodado perante a sua assimilação no sistema
cognitivo existente. É neste contexto que Piaget (1996, p. 18) fala de
"acomodação de esquemas de assimilação".

Partindo da idéia de que não existe acomodação sem assimilação, podemos


dizer que esses esquemas cognitivos não admitem o começo absoluto
(PIAGET, 1996), pois derivam sempre, por diferenciações sucessivas, de
esquemas anteriores. E é dessa maneira que os esquemas se desenvolvem
por crescentes equilibrações e auto-regulações. Segundo WAZLAVICK (1993),
pode-se dizer que a adaptação é um equilíbrio constante entre a assimilação e
a acomodação.

De uma forma bastante simples, WADSWORTH (1996) escreve que durante a


assimilação, uma pessoa impõe sua estrutura disponível aos estímulos que
estão sendo processados. Isto é, os estímulos são "forçados" a se ajustarem à
estrutura da pessoa. Na acomodação o inverso é verdadeiro. A pessoa é
"forçada" a mudar sua estrutura para acomodar os novos estímulos.

Assim, de acordo com a teoria construtivista, a maior parte dos esquemas, em


lugar de corresponder a uma montagem hereditária acabada, constroem-se
pouco a pouco, e dão lugar a diferenciações, por acomodação às situações
modificadas, ou por combinações (assimilações recíprocas com ou sem
acomodações novas) múltiplas ou variadas.

A Teoria da Equilibração

Segundo Piaget (WADSWORTH, 1996), a teoria da equilibração, de uma


maneira geral, trata de um ponto de equilíbrio entre a assimilação e a
acomodação, e assim, é considerada como um mecanismo auto-regulador,
necessária para assegurar à criança uma interação eficiente dela com o meio-
ambiente.

A importância da teoria da equilibração, é notada principalmente frente a dois


postulados organizados por PIAGET (1975, p.14) :

Primeiro Postulado : Todo esquema de assimilação tende a alimentar-se, isto


é, a incorporar elementos que lhe são exteriores e compatíveis com a sua
natureza.

Segundo Postulado : Todo esquema de assimilação é obrigado a se acomodar


aos elementos que assimila, isto é, a se modificar em função de suas
particularidades, mas, sem com isso, perder sua continuidade (portanto, seu
fechamento enquanto ciclo de processos interdependentes), nem seus poderes
anteriores de assimilação.

O primeiro postulado limita-se a consignar um motor à pesquisa, e não implica


na construção de novidades, uma vez que um esquema amplo pode abranger
uma gama enorme de objetos sem modificá-los ou compreendê-los. O segundo
postulado afirma a necessidade de um equilíbrio entre a assimilação e a
acomodação na medida em que a acomodação é bem sucedida e permanece
compatível com o ciclo, modificado ou não. Em outras palavras, Piaget (1975)
define que o equilíbrio cognitivo implica em afirmar que :

1 - A presença necessária de acomodações nas estruturas;

2 - A conservação de tais estruturas em caso de acomodações bem sucedidas.

Esta equilibração é necessária porque se uma pessoa só assimilasse estímulos


acabaria com alguns poucos esquemas cognitivos, muito amplos, e por isso,
incapaz de detectar diferenças nas coisas, como é o caso do esquema "seres",
já descrito nesta seção. O contrário também é nocivo, pois se uma pessoa só
acomodasse estímulos, acabaria com uma grande quantidade de esquemas
cognitivos, porém muito pequenos, acarretando uma taxa de generalização tão
baixa que a maioria das coisas seriam vistas sempre como diferentes, mesmo
pertencendo à mesma classe.

Segundo WADSWORTH (1996), uma criança, ao experienciar um novo


estímulo (ou um estímulo velho outra vez), tenta assimilar o estímulo a um
esquema existente. Se ela for bem sucedida, o equilíbrio, em relação àquela
situação estimuladora particular, é alcançado no momento. Se a criança não
consegue assimilar o estímulo, ela tenta, então, fazer uma acomodação,
modificando um esquema ou criando um esquema novo. Quando isso é feito,
ocorre a assimilação do estímulo e, nesse momento, o equilíbrio é alcançado.

Nesta linha de pensamento em torno da teoria das equilibrações, Piaget,


segundo LIMA (1994, p.147), identifica três formas básicas de equilibração, são
elas :

1 - Em função da interação fundamental de início entre o sujeito e os objetos,


há primeiramente a equilibração entre a assimilação destes esquemas e a
acomodação destes últimos aos objetos.

2 - Há, em segundo lugar, uma forma de equilibração que assegura as


interações entre os esquemas, pois, se as partes apresentam propriedades
enquanto totalidades, elas apresentam propriedades enquanto partes.
Obviamente, as propriedades das partes diferenciam-se entre si. Intervêm aqui,
igualmente, processos de assimilação e acomodação recíprocos que
asseguram as interações entre dois ou mais esquemas que, juntos, compõem
um outro que os integra.

3 - Finalmente, a terceira forma de equilibração é a que assegura as interações


entre os esquemas e a totalidade. Essa terceira forma é diferente da Segunda,
pois naquela a equilibração intervém nas interações entre as partes, enquanto
que nesta terceira a equilibração intervém nas interações das partes com o
todo. Em outras palavras, na Segunda forma temos a equilibração pela
diferenciação; na terceira temos a equilibração pela integração.
Dessa forma, podemos ver a integração em um todo, segundo a teoria da
equilibração como uma tarefa de assimilação, enquanto que a diferenciação
pode ser vista como uma tarefa de acomodação. Há, contudo, conservação
mútua do todo e das partes.

Embora, Piaget tenha apontando três tipos de equilibração, lembra que os tipos
possuem o comum aspecto de serem todas relativas ao equilíbrio entre a
assimilação e a acomodação, além de conduzir o fortalecimento das
características positivas pertencentes aos esquemas no sistema cognitivo.

Algumas diferenças entre Piaget e Vygotsky:

Um dos pontos divergentes entre Piaget e Vygostky parece estar basicamente


centrado na concepção de desenvolvimento. A teoria piagetiana considera-o
em sua forma retrospectiva, isto é, o nível mental atingido determina o que o
sujeito pode fazer. A teoria vygostkyana, considera-o na dimensão prospectiva,
ou seja, enfatiza que o processo em formação pode ser concluído através da
ajuda oferecida ao sujeito na realização de uma tarefa.

Enquanto Piaget não aceita em suas provas "ajudas externas", por considerá-
las inviáveis para detectar e possibilitar a evolução mental do sujeito, Vygotsky
não só as aceita, como as considera fundamentais para o processo evolutivo.

Se em Piaget deve-se levar em conta o desenvolvimento como um limite para


adequar o tipo de conteúdo de ensino a um nível evolutivo do aluno, em
Vygotsky o que tem que ser estabelecido é uma seqüência que permita o
progresso de forma adequada, impulsionando ao longo de novas aquisições,
sem esperar a maduração "mecânica" e com isso evitando que possa
pressupor dificuldades para prosperar por não gerar um desequilíbrio
adequado. É desta concepção que Vygotsky afirma que a aprendizagem vai à
frente do desenvolvimento.

Instituto Piaget

Génese e Objectivo
O Instituto Piaget é uma cooperativa de Ensino, fundada em 1979, que tem
como principais objectivos proporcionar um ensino de qualidade, criar
conhecimento e difundir valores humanos fundamentais, preparar os alunos
para um desempenho adequado das suas actividades profissionais e contribuir
para a sua indispensável formação pessoal e intelectual.

No seguimento deste propósito, e procurando privilegiar a criatividade e a


inovação, o Instituto Piaget tem vindo a reinvestir todos os excedentes na
melhoria e aperfeiçoamento constantes do projecto educativo, no cumprimento
rigoroso do Estatuto do Ensino Superior Particular e Cooperativo.

O cientista e pensador Jean Piaget foi, até ao seu falecimento, Presidente de


Honra do Instituto Piaget.

Contato Geral
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