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EFEITO DA ATIVAÇÃO MECANOQUÍMICA

NA FORMAÇÃO DE CORDIERITA

Constança A. de Azevedo 1,2, Francisco M. S. Garrido 2, Marta E. Medeiros 2 *


1
Instituto de Pesquisas da Marinha - Rua Ipirú no. 2, Ilha do Governador, Rio de
Janeiro, Brasil, CEP.: 21931-090
2
Departamento de Química Inorgânica, Instituto de Química, Universidade
Federal do Rio de Janeiro, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro, Brasil, CEP:

RESUMO

Amostras do sistema MgO – Al2O3 – SiO2 constituídas por 28,5 mol % de MgO,
28,5 mol% de Al2O3 e 43 mol% de SiO2 foram ativadas em moinho de rolo, com
velocidade de 100 rpm, e calcinadas à diferentes temperaturas. O tempo de
moagem, a relação entre a massa de amostra e a massa do meio de moagem, o
precursor de SiO2 e o meio de ativação foram variados. A análise dos espectros de
infravermelho (IV) e dos difratogramas de raios X (DRX) indica a formação de
Mg(OH)2 à temperatura ambiente, de forsterite (MgSi2O5), enstantite (MgSiO3) e
espinélio de Mg e Al (MgAl2O4) à 9500C e da cordierite (Mg2Al2Si5O18) entre
1.1500C e 12500C. Um mecanismo para à formação da cordierite foi proposto.

Palavras chaves: mecanoquímica, enstantita, espinélio, cordierite, infravermelho,


DRX.

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1. INTRODUÇÃO
Embora os efeitos mecanoquímicos intuitivamente já vinham sido usados desde
a pré-história e relatados em obras anteriores, inclusive na antigüidade, somente
no final do século XIX, o processo passou a ter um tratamento científica [1-2].
Principalmente a partir da década de 70 do século XX, o método que utiliza a
moagem com o objetivo de diminuir a temperatura de síntese e mesmo de
possibilitar a obtenção de certos materiais, tem merecido atenção e sido
empregado em vários campos do conhecimento [3-7].
Além do aumento da homogeneidade e da diminuição do tamanho de partícula,
a força ao ser aplicada sobre um determinado volume de pó, aprisionado entre os
elementos de moagem, tem parte da energia gerada por esta absorvida pelo
material e utilizada na formação de defeitos na rede cristalina, na amorfização de
componentes da mistura de material sólido, na ativação mecanoquímica do
sistema estudado e, em condições especiais, possibilitando a reação entre os
componentes da mistura durante a moagem.
Neste trabalho tem-se procurado estudar a ativação mecanoquímica do sistema
MgO–Al2O3–SiO2. Este sistema tem despertado o interesse no seu uso como
ponto de partida para a obtenção de cerâmicas com base em -cordierita através
de várias técnicas. A partir do conhecimento do diagrama de fases desse sistema
e de trabalhos de vários pesquisadores, sabe-se que dependendo dos parâmetros
utilizados como a temperatura e a composição utilizada, pode-se ter além da
síntese a -cordierita, o -coríndon, a forsterita, a enstatita, o espinélio de Mg e Al,
a mulita, entre outros compostos como fases secundárias [8,9,12-14]. A
composição utilizada neste estudo tem como objetivo a obtenção de uma
cerâmica com base na -cordierita (Mg2Al4Si5O18), tendo como fase secundária
principal o espinélio de Mg e Al (MgAl2O4).
A cordierita (-cordierita) tem despertado grande interesse tecnológico como um
material promissor devido a sua baixa constante dielétrica, substituindo a alumina
na indústria eletrônica. Além desta propriedade, a sua baixa expansão térmica,
altas resistência química e térmica fazem com que haja uma grande variedade de
usos e aplicações para esse material cerâmico. Por exemplo, ela tem sido

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empregada como suporte para catalisadores do sistema de exaustão de
automóveis e aviões. Também tem sido utilizada em sistemas de trocadores de
calor, uma vez que conduz bem o calor e tem baixa constante de expansão
térmica. No anexo IV, sua estrutura e algumas características são
apresentadas.[9,10,15,16].

2. ATIVAÇÃO MECANOQUÍMICA DO SISTEMA MgO–Al2O3–SiO2


Como o mencionado na introdução, com vistas à produção de uma cerâmica
tendo como fase principal a -cordierita e como fase secundária principal o
espinélio de Mg e Al, amostras contendo 228,5mol% de MgO, 28,5mol% de Al 2O3
e 43mol% de SiO2 foram moídas em um moinho de bolas do tipo rolo, em regime
de impacto, com velocidade constante de 100 rpm [8]. As amostras foram
calcinadas em diferentes temperaturas entre 950ºC e 1.350ºC. Para acompanhar
o estudo foram utilizadas a difração de raios X (DRX) e a espectroscopia
vibracional no infravermelho (IV), pois estes métodos são capazes de evidenciar
as fases formadas, a variação de tamanho de partícula, o grau de cristalinidade e
o estado de aglomeração [9,13,14].

2.1.OBJETIVOS
 Estudar o comportamento mecanoquímico do sistema MgO-Al2O3-SiO2 num
moinho de baixa energia – moinho de bolas do, tipo rolo;
 Acompanhar esse estudo com o uso da espectroscopia vibracional no
infravermelho (IV) e da difração de raio X (DRX);
 Estudar o efeito dos precursores, de sílica e de alumínio, e a influência da
fase espinélio de Mg e Al e da estequiometria no processo de formação da
-cordierita;
 Estudar a influência do meio de ativação;
 Diminuir a temperatura de obtenção da-cordierita (Mg2Al4Si5O18).

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2.2. O MOINHO DE BOLAS [17-23]
Na maioria dos estudos desenvolvidos, tem-se feito uso de equipamentos de
alta energia (moinhos atritores e planetários) com velocidades em torno de 400-
500 rpm. Um dos objetivos do trabalho aqui desenvolvido foi o uso de um moinho
de baixa energia, um moinho de bolas,muito utilizado industrialmente, de baixo
custo de manutenção e operação.
O moinho de bolas essencialmente constitui-se de um recipiente cilíndrico,
montado horizontalmente, girando em torno de um eixo horizontal, parcialmente
preenchido com os elementos de moagem (cilindros ou esferas de aço, porcelana,
cerâmica, etc.), carregado com a base de moagem (sólido + veículo de moagem,
aqui chamado meio de ativação). No chamado moinho de rolo, esse eixo é
imaginário, pois a velocidade é comunicada ao recipiente por dois rolos giratórios
externos na base (anexo I - fig.1).
Neste tipo de moinho a velocidade deve ser suficiente para levantar os
elementos de moagem até uma determinada posição (anexo V – fig.b) a partir da
qual estes sofrem choques entre si e com as paredes do moinho, além de rolarem
e escorregarem. Durante essa ação em cascata, as partículas do sólido são
aprisionadas entre os elementos de moagem e entre estes e as paredes do
moinho, estando, então, sujeitas ao impacto com a conseqüente transferência de
energia cinética para o material. A velocidade ótima de rotação para se ter uma
boa moagem deve ser de aproximadamente 75% da velocidade crítica (velocidade
onde as componentes das forças centrífuga e gravitacional se equivalem – anexo
V – fig.c) para elementos de moagem de baixa densidade e de aproximadamente
60% para elementos de moagem de alta densidade. Como foram utilizados
cilindros de zircônia, material de alta densidade, a velocidade ótima para o estudo
aqui desenvolvido deve ser de aproximadamente 60%. A velocidade crítica
depende do raio interno do recipiente de moagem (R) (anexo V). A ação turbulenta
da mistura da base de moagem, percorrendo os interstícios dos elementos de
moagem, dá origem à dispersão do material.
A quantidade dos elementos de moagem para uma moagem em ótimas
condições é de 50-55% da capacidade líquida do recipiente, porém devido aos

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espaços vazios entre os elementos de moagem, pode chegar a 60% desta. Para
haver uma boa dispersão, a base de moagem não deve exceder em muito o
volume ocupado pelos elementos de moagem, apenas cobri-los, como o mostrado
na fig.2 do anexo V).
O rendimento da moagem é também influenciado pelas características da
matéria-prima :
 Dimensão e forma inicial das partículas;
 Dureza do material – resistência à compressão, ao choque e à abrasão;
 Umidade e higroscopicidade;
 Sensibilidade à variação de temperatura;
 Tendência à aglomeração.
Além das fraturas induzidas pela transferência da energia cinética durantes os
impactos aleatoriamente distribuídos sobre a carga total do pó da batelada contida
no moinho, a geração pontual de calor e a deformação plástica dessas partículas
são fatores importantes para a mobilidade atômica e os efeitos de transporte de
massa. Dependendo de sua intensidade e do tempo de moagem, os fenômenos
mecanoquímicos podem ocorrer, dependendo crucialmente da natureza dos
arranjos locais, caracterizados pelo alto grau de defeitos e, então, pela reatividade
(anexo VI) [24-27].

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Moinho de Bolas
 Impactos: estatisticamente distribuídos sobre o sólido pulverizado (pó).

 Energia cinética: transferida às partículas do pó presas entre as superfícies


colidindo  fraturas (defeitos cristalinos) e deformações plásticas
contínuas.

 Implicações: efeitos de mobilidade atômica e transporte de massa.

Moagem Grosseira
(diminuição do tamanho de partículas )

*Moagem Fina
(posterior diminuição do tamanho de partícula )

** Densificação dos Agregados Destruição dos seus Grãos


ou Cristalitos

**Recristalização das partículas Moagem dos Agregados e


Partículas Recristalizadas

* Ativação mecânica – aumento da velocidade do processo.

**Estados de equilíbrio dinâmico – ativação mecanoquímica.

A passagem de um estágio para o outro  aumento da


intensidade e/ou do tempo de moagem.

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CONDIÇÕES DE MOAGEM

CÁLCULO DA PORCENTAGEM DA VELOCIDADE DE 100RPM


SOBRE A VELOCIDADE CRÍTICA DO MOINHO UTILIZADO:

Sabendo que a força centríguga é igual a F = mv2/R que é igual a força


gravitacional (mg) no momento em que o moinho roda na velocidade crítica,
temos: mv2/R = mg v2 = gR v = gR,
sendo v a velocidade crítica e R o raio dado em pés.
A velocidade tangencial é dada em RPM, então, v = (2R /60) . RPM
RPMc = (60/2R).gR = 54,2/R RPMo = (0,68-0,06R) RPMc

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Podemos, então, calcular a velocidade crítica do moinho usado no trabalho e a
porcentagem da velocidade usada (100rpm) em relação a esta, verificando se etá
dentro das condições para uma boa moagem.
R = 6,7cm/2 = 3,35cm
1 pé = 30,48 cm, então, R = 0,109908 pé
RPMc = 54,2/0,3311524  163,67 rpm
(100prm/163,67rpm) .100  61,1%, como estamos trabalhando
com um elemento de moagem feito com material denso, estamos dentro das
normas estipuladas para uma boa moagem.

FIG.1- FIGURA ESQUEMÁTICA DO INTERIOR DE UM MOINHO DE BOLAS


PARA QUATRO DIFERENTES VALORES DA ACELERAÇÃO CENTRÍFUGA.

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VOLUME DO
ESPAÇO VAZIO

VOLUME DOS ELEMENTOS DE


MOAGEM – 30%
BASE DE MOAGEM – 20%

FIG.2 – FIGURA ESQUEMÁTICA DO INTERIOR DO MOINHO ONDE O


PREENCHIMENTO COM A BASE DE MOAGEM E OS ELEMENTOS DE
MOAGEM SEGUE AS CONDIÇÕES PARA UMA MOAGEM ADEQUADA.

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3. MATERIAIS E MÉTODOS

No trabalho desenvolvido foram utilizados os seguintes precursores:


a) para a sílica foram usados dois compostos:
 O ácido ortossilícico (H4SiO4 - Merck) desidratado e
 A sílica-gel HF254 da Merck, tipo 60, utilizada como retirada do frasco.
O ácido ortossilícico foi desidratado com o ácido perclórico concentrado (Merck)
e calcinado a 900ºC por 4h [28].

b) como precursor do MgO foi utilizado o periclásio. Para obtê-lo, óxido de


magnésio (Merck) foi submetido a um tratamento térmico a 550ºC por 4h [29].

c) como precursor do Al2O3, foi utilizado o -coríndon e, para tanto óxido de


alumínio (Riedel-of-Haën) foi submetido a um tratamento térmico a 1.200ºC por
4 h [28, 30].
No anexo III, encontram-se espectros no IV e dos compostos precursores
precursores da sílica.
Amostras entre 4,5 e 10g do sólido constituído por 28,5mol% de MgO, 28,5
mol% de Al2O3 e 43mol% de SiO2 foram colocadas em frascos Nalgene com
250mL de capacidade, junto com os elementos de moagem e o meio de ativação.
Como elementos de moagem foram usados cilindros de zircônia (ZrO ) da Netzsh
com 1 cm de comprimento e 1cm de diâmetro de modo a aumentar a área de
impacto durante a moagem e assim otimizar a transferência de energia cinética
para o material que está sendo moído [11]. O tempo de moagem foi variado de 2,
18 e 48 h. A relação massa de pó /massa de elementos de moagem foi variada de
1/20, 1/40 e 1/80 de modo a variar a intensidade da moagem. A moagem foi
realizada num moinho de rolo U.S. Stoneware (anexoI - fig.1) com velocidade de
rotação de 100rpm. As condições de moagem estão apresentadas na tabela 1 no
anexo II.

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Como meio de ativação foram utilizados o álcool etílico absoluto (Grupo
Química), água destilada e deionizada no equipamento Milli-Q Water System-
Millipore e uma mistura 10%V/V desta água no álcool etílico absoluto.
Após a moagem e a secagem a 120ºC, as amostras foram calcinadas a
950,1.150, 1.250 e 1.350ºC por 2h em forno elétrico Thermolyne F46240Cm. Um
fluxograma resumindo essas etapas é apresentado a seguir.
Os espectros no IV foram obtidos com uma resolução de 4cm-1 num
Espectrômetro Nicolet Magna 760, usando a técnica da pastilha de KBr. Os
difratogramas foram obtidos num Difratômetro Rigaku Miniflex com radiação
CuK, utilizando um filtro de Ni, com 2 variando de 5 a 70º e velocidade de
varredura de 2º/min.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. ÁCIDO ORTOSSILÍCICO DESIDRATADO COMO PRECURSOR DE SiO2


A tabela 2 no anexo II resume as fases encontradas nas amostras quando o
ácido ortossilícico desidratado é usado como precursor da sílica.
Os dados obtidos (IV, DRX) para as amostras calcinadas a 950ºC (fig.2)
indicam uma crescente amorfização do periclásio (pico em 2 = 42,90º) com o
aumento do tempo de moagem e da massa de elementos de moagem em
relação à massa da amostra. Com exceção da amostra 2A20, parte do MgO
reage, formando pequena quantidade de forsterita (Mg2SiO4), indicada pelo
surgimento de bandas no IV em 852cm-1 e 894cm-1, na região de estiramento do
Si-O [31,32] e picos em 2 = 22,90º, 32,90º, 35,70º e 39,80º [33]. Em algumas
amostras, há também a formação de uma quantidade pequena de enstatita
(MgSiO3), o que é indicado pela presença de bandas em 1.013cm-1 e 860cm-1
nos espectros no IV e picos em 2 = 28,13º e 31,40º nos difratogramas [34,35].
A enstatita ocorre em maior quantidade na amostra 48A80, o que demonstra a
importância da ativação mecanoquímica na sua formação (amorfização do
MgO). Em todas as amostras, o espinélio de Mg e Al ( 2 = 36,80º e 44,80º) [36]
é formado. A fase cristalina predominante é o -coríndon, o que indica que esta
fase tem baixa ativação mecanoquímica neste sitema. A dureza Mohs da
alumina é igual a 9 na escala Mohs enquanto a da zircônia é igual a 8,5 na
escala Mohs. Como a difença entre estas é pequena, a moagem da alumina pela
zircônia não apresenta bom rendimento.
Na calcinação a 1.250ºC, as figuras 3 e 4 apresentam os resultados obtidos (IV,
DRX). Em todas as amostras, exceto a 2A20, onde a fase -coríndon é ainda
observada, a fase espinélio de Mg e Al [36, 37] e a -cristobalita (-SiO2) [38-40]
predominam. Isto vem indicar um consumo acentuado do Mg e pouca reatividade
do precursor da sílica, que embora amorfa ao DRX, foi obtida via precipitação
química e, portanto, neste estágio não deve possuir número suficiente de defeitos
para a ativação mecanoquímica.

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Nestas amostras, somente pequenas quantidades de -cordierita foram formadas
nas amostras 48A20, 48A40 e 48A80, uma vez que bandas em 1179cm-1
(estiramento assimétrico Si-O), 960cm-1 (estiramento do Al-O) e 770cm-1
(estiramento simétrico do Si-O) são observadas nos espectros no IV e os picos em
2= 10,50º e 28,49º [31, 41-43] nos difratogramas. A intensidade do pico de -
cordierita aumenta com o aumento da ativação mecanoquímica, sendo máxima na
amostra 48A80.
Na calcinação a 1350ºC, em todas as amostras, ocorreu a formação do espinélio
de Mg e Al e -cordierita como fases predominantes, sendo que quanto mais
severa as condições de moagem e maior o consumo de -cristobalita, maior a
quantidade de -cordierita formada.

4.2. SÍLICA-GEL COMO PRECURSORA DE SiO2


A tabela 3 no anexo II resume as fases encontradas nas amostras, onde a
sílica-gel é usada como precursor de SiO2. Deve-se notar que além do álcool
etílico absoluto, uma mistura 10% v/v de água destilada e deionizada em álcool
etílico absoluto e água destilada e deionizada pura foram utilizadas como meio
de ativação.
Todas as amostras, que foram moídas na presença de água pura,
apresentaram uma banda em 3.700cm -1 no IV atribuída à vibração de
estiramento da ligação O-H do Mg(OH)2 [44] e, em algumas amostras, também
foi observado um pico em 2 = 18,59º [45] (figs.5 e 6). Nas amostras 48C40 e
48C80, todo o MgO reagiu, uma vez que o pico em 2 = 42,90º nos
difratogramas não é mais observado [29]. Na amostra 48C80, o pico em 2 =
18,59º [45] não foi observado, embora a banda em 3700cm -1 exista no espectro
IV dessa amostra, indicando que o Mg(OH)2 está amorfo.
Calcinando as amostras moídas por 48 horas a 950ºC, observamos que a
quantidade de enstatita formada aumenta com a quantidade de água presente
no meio de ativação e, portanto, com a quantidade de Mg(OH)2 formado. Na
amostra 48C80, onde o hidróxido de magnésio está amorfo, uma maior
quantidade de enstatita é formada (fig.7). Não há formação de espinélio de Mg e

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Al nessas amostras, indicando que sob essas condições há uma maior
reatividade entre a sílica-gel e o Mg(OH)2.
Quando essas amostras são calcinadas a 1.250ºC (figs.8 e 9), os picos em 2
= 10,50º e 28,49º nos difratogramas e as bandas em 1.179cm -1, 960cm-1 e
770cm-1 nos espectros no IV [31, 41-43], confirmam a formação de -cordierita.
Além do aumento da intensidade dessas bandas e picos, uma gradual redução
na intensidade da banda em 1.090cm-1 [38,39] da -cristobalita é observada,
indicando que o seu consumo está associado à formação da -cordierita.
Paralelamente, o desaparecimento dos picos relacionados com a enstatita e o
-curíndon pode ser observado com ativação mecanoquímica e a quantidade de
água no meio sendo aumentada. A quantidade de -cordierita formada, pois é
maior na amostra 48C80. Podemos, então, associar a formação da -cordierita
com o consumo dessas fases. A fase espinélio está presente em todas as
amostras calcinadas nessa temperatura. Uma vez que há menos sílica reativa
disponível no sistema, como há MgO disponível, este reage com o Al 2O3,
formando o espinélio de Mg e Al nesta temperatura.
Para as amostras calcinadas a 1.350ºC, não há alterações significativas nos
difratogramas e espectros no IV em relação às amostras calcinadas a 1250ºC.

4.3. COMPARAÇÃO ENTRE OS PRECURSORES DE SÍLICA [46,47]


Podemos ver da figura 10, onde o ácido ortossilícico desidratado é o precursor
da sílica, que a 950ºC, o MgO reage preferencialmente com o Al 2O3, formando o
espinélio de Mg e Al que continua a predominar em relação à -cordierita nas
amostras calcinadas a 1.250ºC (figs. 3 e 4). Nesta temperatura, uma maior
quantidade de -cordierita é formada na amostra -cordierita de condições de
moagem mais intensa. Como podemos observar do anexo III, o ácido ortossilícico
desidratado possui uma quantidade de ligações Si-O-Si tridimensional maior
(banda em torno de 800 cm-1) na rede, tendo poucas hidroxilas na superfície. Com
o aumento da força aplicada sobre a rede cristalina, há um conseqüente aumento
dos defeitos nesta e da homogeneidade, possibilitando o contato entre os
componentes da mistura, havendo assim um aumento da quantidade de enstatita

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formada e, a 1.250ºC, da -cordierita. Na amostra 48A80, com a maior
competição pelo Mg, há uma diminuição da quantidade de espinélio de Mg e Al
formada.
No espectro no IV para a sílica-gel, anexo III, observamos uma maior quantidade
de água e OH ligados à superfície da sílica, com uma quantidade menor de
ligações Si-O-Si tridimensional comparada a do ácido desidratado. Mesmo nas
amostras, onde o meio de ativação é o álcool etílico absoluto, que desidrata a
sílica, a quantidade de -cordierita formada a 1.250ºC é maior para as amostras
moídas no mesmo tempo com M/C = 1/40 e 1/80, amostras 48A40 e 48A80.
Este fato parece indicar que a quantidade de hidroxilas ligadas à superfície da
sílica tem um importante papel na obtenção desse composto.

5. CONCLUSÕES

Dos resultados obtidos do DRX e do IV, pode-se concluir que:


 As condições de moagem com t = 18h e M/C maior que 1/40 não apresenta
bons resultados na formação da -cordierita;
 A sílica-gel mostrou-se um precursor mais adequado à síntese da -
cordierita;
 Durante a ativação mecanoquímica, nas amostras tendo a água como meio
de ativação, a formação do Mg(OH)2 promoveu a formação da enstatita
(MgSiO3);
 Em amostras com alto grau de ativação mecanoquímica, onde a enstatita
funciona como composto intermediário, a formação da -cordierita a
1.250ºC pode ser descrita como seguindo a seguinte equação:

2 MgSiO3 + 2 Al2O3 + 3 SiO2 Mg2Al2Si5O18

 A água como meio de ativação possibilitou a obtenção de uma boa


quantidade de -cordierita;

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 No sistema estudado, com os precursores utilizados e as condições de
moagem utilizadas, observou-se que o espinélio de Mg e Al não participa
da síntese da -cordierita, sendo formado paralelamente como fase
secundária.

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[30] Powder Diffraction file, JCPDS, Index card 10-173 (1972).
[31] B. Glüttler, E. Salje, A. Putnis, Phys. Chem. Miner. 16 (1989) 365.
[32]M.T.Tsai, Mater. Res. Bull., 37 (2002) 2313.
[33] Powder Diffraction file, JCPDS, Index cards 4-0768 e 4-0769 (1972).
[34] B.D.Saksena, Trans. Faraday Soc., 57 (1961) 242.
[35] Powder Diffraction file, JCPDS, Index card 7-216 (1972).

18
[36] Powder Diffraction file, JCPDS, Index card 5-0672 (1972).
[37] N.W.Grimes, spectrochim. Acta, 28a (1972) 2217.
[38] M.Haccuria, Bull. Soc. Chim. Belge, 62 (1953) 428.
[39] F.Matossi, J. Chem. Phys., 17 (1949)679.
[40] Powder Diffraction file, JCPDS, Index card 4-0379 (1972).
[41] Fiveash Data Management (1997).
[42] Gouby, P.Thomas, D.Mercurio, T.Merle-Méjean, B.Frit, Mater. Res. Bull., 30
(1995) 593.
[43] Powder Diffraction file, JCPDS, Index card 12-303 (1972).
[44] Powder Diffraction file, JCPDS, Index card 7-239 (1972).
[45] J.Temuuijin, K.Okada. K.J.MacKenzie, J. solid state Chem, 138 (1998) 169.
[46] M.Senna, Inter. J. of Mater., 3 (2001) 509-514.
[47] J.W.Mellor, Química Inorgânica Moderna, vol.1 (1967), Editora Globo, Porto
Alegre, RS.

19
ANEXO I

(A)

(B)
FIG.1 - MOINHO DE ROLO USADO NO TRABALHO. (A) VISTA SUPERIOR,
(B) VISTA FRONTAL.

20
1200
1000
800
600 C
400
200
0
10
1200 20 30 40 50 60
1000
800
600 B
400
200
0
10
1200 20 30 40 50 60
1000
800
600 A
400
200
0
10 20 30 40 50 60
2

-corundum
-coríndon espinélio periclásio forsterita enstatita

FIG.2 – Difratogramas de raio X das amostras (A) 2A20, (B)


48A40 e (C) 48A80 calcinadas a 950ºC.

21
2500
2000
1500
C
1000
500
0
10 20 30 40 50 60
800
700
600
500
B00
4
300
200
100
0
600 10 20 30 40 50 60
500
400
3A
00
200
100
0
10 20 30 40 50 60
2

-coríndon
-corundum -cristobalita espinélio cordierita

Fig.7 ––Difratogramas
Fig.3 Difratogramas de das
de raio-X raioamostras
X das amostras (A) 2A20,
(A)2A20, (B)48A40 e (B)
(C)48A80 calcinadas 0
48A40 ea (C)
125048A80
C. calcinadas a 1.250ºC.

22
0.05

C
absorbância
absorbância

0.00

1400 1200 1000 800 600


0.25
0.20
0.15
0.10 B
0.05
0.00

0.161500 1000 500


0.14
0.12
0.10
0.08
0.06
0.04 A
0.02
0.00
1500 1000 500
-1
cm

-coríndon -cristobalita espinélio -cordierita

fig.4 – Espectros no IV das amostras (a) 2A20, (B) 48A40 e


(C) 48A80 calcinadas a 1250ºC.

23
700
1000 600
800 500
600 C 400
300 F
400 200
200 100
0
0
600 10 20 30 40 50 60
900 10 20 30 40 50
500
800
700
600
400
300
E
500
400 B 200
300 100
200
100 0
0
10 20 30 40 50 700 10 20 30 40 50 60
1400 600
1200 500
1000 400 D
800
600 A 300
200
400 100
200 0
0
10 20 30 40 50 60
10 20 30 40 50 60
2
2

-corundum
-coríndon periclásio hidróxido de Mg

fig.10 – difratogramas das amostras (A)48A40, (B)48B40, (C)48C40, (D)48A80,


(E) 48B80 e (F) 48C80 secas a 120ºC e não calcinadas.

Fig.5 – Difratogramas de raio X das amostras (A) 48A40 ,


(B) 48B40, (C) 48C40, (D) 48A80 , (E) 48B80, (F) 48C80 secas
a 120ºC e não calcinadas.

24
0,15
0,14 0.10
0,13
0,12
0,11
0,10
0,09
0,08 0.05
0,07
0,06
0,05
0,04
0,03 C F
0,02
0,01
0,00 0.00
-0,01
-0,02
3800 3700 3600 3500 3400 3300 3200 3800 3600 3400 3200
0,05
absorbância

E
B
0.0
0,00
3800
0,08 3700 3600 3500 3400 3300 3800
32000.05 3600 3400 3200
0,06 0.04
0.03
0,04 A 0.02
0.01
D
0,02
0.00
0,00 -0.01
-0,02 -0.02
-0.03
3800 3600 3400 3200
3800 3600 3400 3200
-1 -1
cm -1
CM CM-1
cm

hidróxido de Mg

– espectros
fig.11 Fig.6 –Espectros
no IV dasno
amostras
IV das(A)48A40,
amostras (B)48B40,
(A) 48A40 (C)48C40, (D)48A80,
,(B) 48B40, (E)48C80 e
(C) 48C40,
(D) 48A80 , (E) (F)
48B80
48C80e (F) 48C80
secas a 120ºCsecas
e não acalcinadas.
120ºC e não calcinadas.

25
800 900
700 800
600 700
500 600
400 500
300 C 400 F
300
200 200
100 100
0 0
10 20 30 40 50 60 10 20 30 40 50 60
900 800
800 700
700 600
600 500
500
400 B 400
E
300 300
200 200
100 100
0 0
10 20 30 40 50 60 10 20 30 40 50 60
1000
1200
1000 800
800 600
600 D
400
A 400
200 200
0 0
10 20 30 40 50 60 10 20 30 40 50 60
2 2

-coríndon
-corundum forsterita
forsterita enstatita
enstatita

Fig.12- difratogramas das amostras (A)48bA40, (B)48bB40, (C)48bC40, (D)48bA80, (E)48bB80 e


(F)48bC80 calcinadas a 950ºC.

Fig.7 - Difratogramas das amostras (A) 48A40 ,(B)


48B40,
(C) 48C40,(D) 48A80 , (E) 48B80 e (F) 48C80 calcinadas
a 950ºC.

26
700
600
500
400
300 D
200
100
0
800 10 20 30 40 50 60
700
600
500
400
300 C
200
100
0
10 20 30 40 50 60
800
700
600
500
400
300 B
200
100
0
10 20 30 40 50 60
800
700
600
500
400
300 A
200
100
0
10 20 30 40 50 60
2

- coríndon -cristobalita


-corundum -cristobalita enstatita espinélio
enstatita cordierita -cordierita
espinélio

Fig.13 – difratogramas das amostras (A)2A20, (B)48A80, (C)48B80 e (D)48C80 calcinadas a


1.250ºC.

Fig.8 – Difratogramas das amostras (A) 2A20, (B) 48A80, (C) 48B80 e
(D) 48C80 calcinadas a 1.250ºC.

27
D
0,010
0,005
0,000
1400 1200 1000 800 600
0,06 C
0,04
0,02
0,00
absorbância

0,05 1400 1200 800 600


0,04
0,03 B
0,02
0,01
0,00
0,07 1400 1200 1000 800 600
0,06
0,05 A
0,04
0,03
0,02
0,01
0,001400 1200 1000 800 600
-0,01
-1
cm
cm-1
 - coríndon
-corundum - cristobalita
-cristobalita enstatita espinélio
enstatita - cordierita
espinéliocordierita

Fig.14 – espectros no IV das amostras (A)2A20, (B)48A80, (C)48B80 e (D)48C80 calcinadas a 1.250ºC.

Fig.9 – Espectros no IV das amostras (A) 2A20, (B) 48A80,(C) 48B80


e (D) 48C80 calcinadas a 1.250ºC.
28

(D) 48C80 calcinadas a 1.250ºC.


0.06
0.05
0.04
0.03
800
0.02 700 C
0.01 600
500
0.00 400
300
2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600 400 200
absorbância

100
0.05 0
0.04 1400
10 20 30 40 50
0.03 1200
0.02 1000
800
0.01 600 B
0.00 400
200
2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600 400 0
0.07 100000 200000 300000 400000 500000 600000
0.06 2500
0.05 2000
YAxisTitle

0.04 1500
0.03 1000
A
0.02 500
0.01 0
0.00
10 20 30 40 50 60
2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600 400
2
-1 2
cmCM-1

-cristobalita
-cordierita
cordierita -cristobalita

Fig.10 – Espectros no IV e difratogramas das amostras (A) 48A80,


(B) 48A40 e (C)48A80 calcinadas a 1.250ºC.

29
ANEXO II

30
Tabela 1 – Condições de moagem

Precursor Meio de Tempo de M/C* Amostra


Ativação Moagem (h)

ácido álcool 2 1/20 A20


salicílico etílico
desidratado absoluto

ácido álcool 18 1/20 A20


salicílico etílico 1/40 A40
desidratado absoluto

ácido álcool 48 1/20 A20
salicílico etílico 1/40 A40
desidratado absoluto 1/80 A80

sílica-gel álcool 48 1/40 A40


etílico 1/80 A80
absoluto

10% v/v de
sílica-gel água em 
álcool 48 1/40 B40
etílico 1/80 B80
absoluto


sílica-gel água 48 1/40 C40
1/80 C80

*M/C = relação entre a massa do pó e a massa dos elementos de


moagem

31
Tabela 2 – Ácido silícico desidratado como precursor de SiO2

Temperatura Amostra Fases Observadas

120ºC A20 a -Al2O3, SiO2, MgO


48A80

A20 -Al2O3, SiO2, MgO, MgAl2O4**

18, -Al2O3, SiO2, MgO, MgAl2O4*,


18A40 Mg2SiO4*
950ºC
A20, -Al2O3, SiO2, MgO*, MgAl2O4*,
48A40, Mg2SiO4*, MgSiO3*
48A80

A20, 
18, -Al2O3, -SiO2, MgAl2O4
18A40
1250ºC
A20, -Al2O3*, -SiO2, MgAl2O4,
48A40, Mg2Al4Si5O18**
48A80 -Al2O3**, -SiO2, MgAl2O4,
Mg2Al4Si5O18*

1350ºC A20 a -Al2O3*, -SiO2*, MgAl2O4,
48A80 Mg2Al4Si5O18

SiO2 - sílica amorfa, -SiO2 - -cristobalita, -Al2O3 – -coríndon,


MgO – periclásio, MgAl2O4 – espinélio de Mg e Al, Mg2SiO4 – forsteria,
MgSiO3 – enstatita, Mg2Al4Si5O18 –-cordierita.

Composto amorfo em negrito.


* = pequena quantidade, ** = quantidade muito pequena

32
Tabela 3 – Sílica-gel como precursora do SiO2

Temperatura Amostra Fases Temperatura Amostra Fases


Observadas Observadas

, SiO2,
48A40 -Al2O3,
48A80 MgO 

 
B20, SiO2, 
2C20, -Al2O3, 
48B40, MgO, -SiO2,
Mg(OH)2* 48A40, 48B40, -Al2O3, MgSiO3,
120ºC 48B80 1150ºC 48C40, 48A80, MgAl2O4
48B80, 48C80
C40 SiO2,
-Al2O3,
Mg(OH)2

C80 SiO2,
-Al2O3,
Mg(OH)2

SiO2, 2A20,2B20, -SiO2, -Al2O3,


A20, -Al2O3, 2C20, MgSiO3,MgAl2O4,
2B20 MgO, Mg2Al4Si5O18*
Mg2SiO4 
48A40,48B40, -SiO2, -Al2O3*,
SiO2, 1250ºC 48C40,48A80, MgSiO3,MgAl2O4,
2C20, -Al2O3, 48B80 Mg2Al4Si5O18
48A40, MgO*, 
950ºC 48A80 Mg2SiO4*, 48C80 -SiO2*, -Al2O3*,
MgSiO3* MgSiO3,MgAl2O4,
Mg2Al4Si5O18

48B40, SiO2, 2A20,2B20, -SiO2,


48C40, -Al2O3, 1350ºC 2C20, -Al2O3, MgAl2O4,
48B80, MgSiO3 48A40,48B40, Mg2Al4Si5O18
48C80 48C40, 48A80,
48b80, 48C80

As observações feitas na tabela acima valem para esta tabela.


Amostras 2A20, 2B20, 2C20 - M/C = 1/20 e T = 2h

33
ANEXO IV

34
Fórmula cristalina para a -cordierita : Mg2[6]Al3[6][SiAl[4]O18],
[6] = número de coordenação igual a 6 (octaedros) e [4] = número de
coordenação igual a 4 (tetraedros).

Estrutura da cordierita com seu anel de 6 membros de


tetraedros vistos de cima pelo eixo z.

35
estrutura de cordierita
pura – vista lateral

Si Al Hexágono
1Al e 5Si

Principais propriedades dos materiais com base em -cordierita :

Dureza – 6,0 na escala Mohs;


Absorção de água – 10%;
Resistência à compressão – 40.000 PSI;
Resistência à tensão – 3.700 PSI;
Resistência à flexão – 9.500 PSI;
Temperatura máxima sem carga de operação – 1.300ºC;
Coeficiente linear de expansão térmica – 25 a 100ºC = 2,1 x 10-6/ºC
25 a 600ºC = 3,0 x 10-6/ºC
Constante dielétrica a 25ºC e 1MHz = 6,3

Os dados acima podem variar. Os métodos de obtenção, a composição e


a geometria específica da peça feita de cerâmica com base em -cordierita
podem afetar tais propriedades. O material produzido é normalmente
resistente ao ataque químico e à erosão mecânica.

36
ANEXO III

37
38
39

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