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Direito Romano – Profª Gilda Maria Bergamini Muniz

10/03/2010

• Romanos: Muito supersticiosos, costumavam deixar testamentos.

• Roma: Origem mítica em Rômulo e Remo.

• História Externa do Direito Romano:


1. Realeza: 753 a.C. a 510 a.C. (Conflitos entre patrícios e plebeus).
2. República: 519 a.C. a 27 a.C. (Imperador Otaviano Augusto –
magistratura).
3. Principado: 27 a.C. a 285 (Diocleciano – diarquia).
4. Dominato: 285 a 565 (Justiniano – 525).

• História Interna do Direito Romano:


1. Período Pré-Clássico: 753 a.C. a 149 e 126 a.C. (Lei Aebutia)
2. Período Clássico: Lei Aebutia a 305 a.C.
3. Período Pós-Clássico: 305 a 565.

• Observação: Em cada um desses períodos serão estudados:


 Fontes do Direito.
 Jurisprudência (Juris Prudentia): fonte secundária do direito. Consiste
em decisões uniformes dos tribunais. É a Ciência do Direito.
 Formas de Governo.

• Livros:
 MOREIRA ALVES, José Carlos. Direito Romano.
 DE COULANGES, Fustel. A Cidade Antiga.
 CALDWELL, Taylor. Um Pilar de Ferro.
 GOURCENAR, Marghèrite. Memórias de Adriano.

17/03/2010

• História Externa:

Realeza: Teve sete reis, três deles foram etruscos e quatro sabinos. Era uma
monarquia, onde o rei era o juiz, legislador e chefe religioso, que consistia no
culto aos antepassados. A religião doméstica coordenava a vida dos cidadão
romanos. Era o culto aos deuses lares ou deuses manes. A fonte do direito era o
Colégio dos Pontífices, constituído por filhos de famílias abastadas que
estudavam direito em Beirute e voltavam para trabalhar com o rei. A fonte do
direito era oral, eram os costumes, o que originou o Direito Consuetudinário.
No entanto, o Colégio dos Pontífices procurava evitar que o povo conhecesse as
leis. Eles utilizavam fórmulas pré-estabelecidas (que deveriam ser) orientações
para fazer valer os seus direitos. Durante o ano, em apenas dois dias se podiam
ajuizar ações, nos dias fastos. Os demais eram dias nefastos.

• Consuetudo = costume (consuetudinário).


• Dias fastos (direito, sagrado): 15/03 e 15/04

• Dias nefastos (não bons): Todos os demais dias.

• Colégio dos Pontífices: Jurisprudência monopolizada.

• Ius: Direito criado pelos homens.

• Direito Romano: Conjunto de normas jurídicas que regeram a sociedade


romana desde suas origens em 753 a.C. até seu fim em 565 com a morte do
Imperador Justiniano.

• Corrente do Direito Romano: Buscava resgatar o que se fazia no Direito


Romano, em que os juízes estavam além da lei, podendo se afastar da letra
da lei ou mesmos ir contra ela para evitar que fossem cometidas injustiças.
Consistia em tratar desigualmente os desiguais.

• Costume: Muda de acordo com a sociedade.

• Entre 510 a.C. e 387 a.C.: O povo romano, insatisfeito, passa a exigir
mudanças. Começam a ocorrer litígios entre patrícios e plebeus por causa de
terras. O povo se desgosta da realeza por não conhecer os seus direitos e
pede a divisão do poder. Surge então a República e o fim da realeza.

24/03/2010

• Paterfamilias: Grande latifundiário, chefe de família (esta extremamente


numerosa). Administrava toda a família e os bens. Quando morria, todos os
seus filhos homens se transformavam em paterfamilias. Mas, continuam a
viver juntos, apesar de cada um ter seu patrimônio. O primogênito
coordenava tudo.

• Primogenitura: Muito importante nas sociedades antigas.

• Colonatum: Aqueles que trabalhavam a terra. Normalmente, aquelas que


trabalhavam para o paterfamilia adquiriam um pedaço de terra para trabalhar.

• Aios: Aqueles que davam aulas em casa.


• Escravo: Sempre foi considerado uma coisa, nunca uma pessoa.

• Família: Constituída por familiares, colonos, estrangeiros, etc.

• Observação: No Império Romano não existia maioridade.

• Pátrio Poder: Poder exercido pelos pais (pai e mãe).

• Institutos Jurídicos: Os romanos diferem do direito atual.

• Plebeus: Não podiam se candidatar à magistratura.

• Colonos: Não estavam tão insatisfeitos com a monarquia, mas com a divisão
de terras.

República: Descentralização absoluta do poder nas mãos das magistraturas


maiores (consulares, pretura) e menores (censura).

• Censura: Recenseamento realizado devido as conquistas. Contudo, deixa de


ser uma magistratura definitiva.

• Edilidade Curul: Equivalentes aos atuais vereadores.

• Descentralização: Foi muito grande, o que permitiu que o poder fosse


novamente centralizado durante o Principado.

• Magistratura: Magistrados eram eleitos por um ano.

• Jurisconsultos: Aqueles que estudavam direito fora. Os maiores foram:


Papiniano, Gaio, Paulo, Modestino e Ulpiano. Cada jurisconsulto se envolvia
com uma escola, podiam ser salvinianos ou justinianos.

• Fontes do Direito:
1. Costume (Consuetudinário): Norma geral e comum a ser observada por
todos.
2. Leis (Lex, Leges): Eram realizadas quatro assembléias populares
(Comitia), convocados 45 dias antes para fazer contiones, três reuniões.
Exemplo: Lex Julia de Adulterius.
3. Editos dos Magistrados: Era sua plataforma política, como esperava que
o povo atuasse e o que eles pretendiam fazer.

• Principado: Nesta época, os editos se tornaram doutrinas. Foram criadas


outras fontes de direito e os editos deixam de ser o direito positivo.

• Edito Perpétuo: Durava um ano.

• Edito Repentino: Surge der repente.

4. Respostas dos Prudentes: Uns entendem que ela é apenas do


Principado, outros entendem que ela começou da República.

31/03/2010

Principado: O povo já estava insatisfeito com a descentralização.

• Consul: Primeiro príncipe/governante que centraliza o poder.

• Diarquia: Príncipe e Senado, que era composto pelos paterfamilias mais


antigos e tinha função deliberadora. Contudo, o príncipe passava por cima do
trabalho do Senado, não considerava suas decisões. Por isso, costumavam
aprovar tudo.

• Jurisconsultos: Seu trabalho era cada vez mais influente e importante.

• Respostas dos Prudentes: Consolidam-se como fonte do direito.

• Senatusconsultos: Fonte do direito, tudo o que se tornava direito positivo.

• Poder: Cada vez mais concentrado nas mãos do Imperador.

• Dominato: Príncipe passa a ser denominado imperador, único governante,


único a deter o poder.

• Consilium príncipes: Órgão de aconselhamento. Jurisconsultos que


assessoravam o imperador no sentido instrumental.

• Jurisprudência: Começa a cair cada vez mais. Direito analisado como


doutrina.
• Constituições Imperiais: Única fonte de direito na época.
 Edicta: Destinadas ao povo em geral.
 Mandata: Determinações para todos os funcionários da corte.
 Decreta: Normas particulares (tornaram-se jurisprudência).
 Rescripta: Entre as partes de um processo.

Definições gerais

• Direito (Conceito Romano): Surge nos primórdios com os jurisconsultos.

• Ius: Profano.

• Fas: Sagrado.

• Direito Canônico: Sempre prejudicou o Direito Profano.

• Juvêncio Celso: “Ius est ars boni et aequi”. (O direito é a arte do bom e do
justo). Por arte deve-se entender o desejo interno de fazer sempre o bem.

• Directum: Conotação meramente física. Andar em linha reta.

• Equidade: Além de igualdade, tem a ver com justiça e com bondade,


caridade, solidariedade. Para Celso, substância do direito objetivo.
• Justiça: Para Ulpiano, “Iustitia est constans et perpetua voluntas, ius suum
cuique tribuere”. (Justiça é uma vontade constante e perpétua de dar a cada
um o que é seu.)

• Tria praecepta iuris: Três preceitos do direito. Com eles, a sociedade seria
capaz de viver em justiça.
 Honeste Vivere: Viver honestamente.
 Alterum non laeder: Não lesar, machucar, prejudicar.
 Suum cuique tribuendi: Dar a cada um o que é seu.

• Se a pessoa baseasse sua vida nesses três preceitos, não haveria


necessidade de um ordenamento jurídico.

• Jurisprudência: “Juris prudentia est divinarum atque humanarum rerum notitia,


iusti atque inuiste scentia”. (Jurisprudência é o conhecimento das coisas
divinas e humanas, conhecimento do que é justo e do que é injusto.)

07/04/2010

• Fontes do Direito: Modos de formação do direito.


• Costume: Foi fonte de direito durante toda a existência da civilização romana,
preenchia as lacunas.

• Império Romano: possuía dois grandes sistemas de direito que caminhavam


paralelos.
 Ius Civile: Existe só para proteger o cidadão romano. Era rigoroso,
inflexível e formalista. “Ius proprium civium romanorum”. (Direito próprio
do cidadão romano).
 Ius Gentium: Passou a ser usado pelos romanos por ser mais flexível,
contudo, também era formalista.

• Pretores: Magistrados responsáveis pela administração do direito.


 Peregrino: Lida com estrangeiros.
 Urbano: Lida apenas com os cidadão romanos.

• 212 d.C.: Todos os habitantes do Império Romano passaram a ser


considerados cidadãos romanos pelo imperador Antonino Caracala.

• Posteriormente, todas as magistraturas foram fundidas e passaram a se


chamar “ius civil”.

• Costume: Surgiu como fonte do direito no período da Realeza e permaneceu


como tal durante toda a existência da civilização romana. Ius non scriptum.
Mos, mores maiorum, consuetudo. Transmissão de normas. Ligado à
tradição. Passa de geração em geração. Não tem a aprovação do poder
legislativo, mas se torna positivo pela repetição.

• Formas:
 Elemento Externo: Usus (repetição constante de um mesmo
comportamento).
 Elemento Interno: Opinio necessitatis (compreensão individual de
cada cidadão romano de que deve continuar a repetir esse
comportamento).

• Lei: Sobrepuja o costume como fonte de direito.

• República: Lex/Leges, ius scriptum (ius civile). O voto final era sempre do
povo.

• Magistrado: Fazia um anteprojeto que era fixado em locais públicos 45 dias


antes da realização do comitio. Realizavam três contiones, reuniões
quinzenais para que o povo pudesse deliberar sobre o assunto.

• Leis: Eram de dois tipos.


• Lex Rogata: Leis mais comum. Regulamentava qualquer situação
simples. Elaborada pelos magistrados, votada pelo povo. Exemplo: Lex
Julia de Adulterius.
• Lex Data: Lei especial. Surge em ocasiões especiais e entrava em
vigor imediatamente. Eram votadas por senadores ou magistrados
superiores (cônsules, pretores, etc.) Exemplo: Lex Duodeci Tabularum
(Lei das Doze Tábuas, lei para igualar os patrícios e os plebeus.)

• Tribunato da Plebe: Era uma magistratura. Participou da elaboração da Lei


das Doze Tábuas, que demorou dois anos para entrar em vigor.

• Lei Canuléias: Lex Rogata, trata de casamentos no Império Romano.

• Quatro tipos de comitios:


 Comitia Curiata: Comícios por cúrias.
 Comitia Centuriata: Comícios por centúrias.
 Comitia Tributa: Comícios por tribos.
 Comitia Plebes: Comícios das plebes.

• Magistraturas plebéias: Tribunato da Plebe e Edilidade da Plebe.

• Cúrias: Trata de matérias relativas a mudanças dentro do Império Romano.


Não vota leis, nem elege magistrados. É consultado quando há modificações
muito grandes no Império Romano, modificações na ordem legal como
adrogações, declaração de guerra, tratados de paz, dispensa de pena e
testamentos (nem todos, apenas aqueles de pessoas com dificuldades
maiores, como os surdos, por exemplo.)

• Centúrias: Decisões militares.

14/04/2010

• Comitia Curiata (Comícios por Cúrias): Era um dos comícios mais


importantes, formado pelas famílias mais antigas de Roma. Nele, o povo não
poderia comparecer armado. Era o único comício que não votava leis, apenas
regulamentava assuntos importantes. Era relacionado com a adoração aos
deuses e realizado intra-pomerium, ou seja, era realizado no centro do
Império Romano Ocidental (Roma).

• Paterfamilia: Ascendente vivo mais velho e mais importante.

• Sui iuris: Pessoa com todas as faculdades.

• Alieni iuris: Demais pessoas.


• Ad metalla: Condenação a trabalhos forçados nas minas.

• Realeza: Comitia Calata, as pessoas eram chamadas apenas para serem


informadas de alguma coisa.

• Adrogatio (Adrogação): Adoção particular e coletiva de pessoas mais velhas


(adultos).

• Comitia Centuriata (Comícios por Centúrias): Tinha um número de pessoas


limitado. Participavam principalmente as centúrias, regimentos que
representavam as regiões do Império Romano. Os romanos se agrupavam
em cinco classes, na primeira estavam os cavaleiros. Aqueles que não se
enquadravam em nenhuma divisão eram chamados infra-classim. Esse
comício geralmente ocorria no Campo de Marte. Elegia os magistrados
maiores (consulados, pretura, questura, governador de província), votavam
leis em geral, propostas pelos magistrados maiores, e analisavam recursos
criminais. A aprovação se dava por aclamação.

• Centúrias: Eram 193. As pessoas dessa idade estavam ativas no exército


romano.
 Iuniores: 17 a 46 anos.
 Seniores: 47 a 65 anos.

• Clientela: População estrangeira conquistada.

• Comitia Tributa (Comícios por Tribunos): Comícios por tribos. Inicialmente,


eram apenas três. Com a expansão, passaram a ser quatro tribos urbanas
(que habitavam Roma) e 31 tribos rústicas (que habitavam a região
metropolitana). Todas as tribos eram convidadas para esse comício e podiam
comparecer armadas. Elegiam as magistraturas menores (chefes da
cavalaria, edilidade curul), votavam as leges rogate, elaboradas por
magistrados menores e analisavam recursos criminais cujas penas foram
julgadas por magistrados menores (principalmente penas pecuniárias,
pagamento de multas acima de 3020 asses).

• Após a Lei das Doze Tábuas:


 Concilia Plebis (Concílio dos Plebeus): Só podiam participar
plebeus.
• Duas únicas magistraturas da plebe:
 Tribunato da Plebe: Eram considerados sacrossantos. Elegiam as
magistraturas, votavam leis elaboradas pelos magistrados da plebe
(plebiscitos) que era, inicialmente, apenas para a plebe. Analisavam
recursos criminais quando as penas estavam relacionadas às suas
magistraturas. Posteriormente, os plebiscitos passaram a ter força geral e
abstrata, passam a ser lei. Exemplo: Lex Hortensia de Plebiscitis, 286 a.C.
28/04/2010

• Leis (Leges): Classificadas por Ulpiano de acordo com seu grau de eficácia.
1. Leges Perfectae: Regulamentavam uma determinada matéria. Se
infringida, anula o ato. Exemplo: Lex Sentia Manumissio, não poderiam
ser libertados os escravos que eram destinados a pagar credores.
2. Leges Minus Quam Perfectae: Não acarretam nulidade, mas impõem
uma pena (grave). Exemplo: Lex Furia Testamentaria, não permitia
legados superiores à 1000 asses.
3. Leges Imperfectae: Não há nem nulidade do ato, nem pena do
infrator. Exemplo: Lex Cincia de Donationibus, não podem ser feitas
doações superiores a certa quantia (presume-se 1000 asses).

• Legado: Sempre mortis causa.

• Doação: Ato inter vivos.

• Fontes do direito durante o período da República:


1. Costume
2. Leis (Leges)
3. Editos dos Magistrados (honores)*
4. Respostas dos Prudentes (jurisconsultos)*

*Direito costumeiro novo de formação secundária. Complementam, preenchem as


lacunas da lei.

• Iudex Privatus: Pessoa considerada apta, competente para sentenciar


julgamentos.

• Durante o Império Romano havia três tipos de processo. Contudo, em apenas


dois o Iudex Privatus sentenciava.

• Ius Honorarium: Trabalho dos magistrados.

• Editos dos Magistrados: Eram de dois tipos.

• Iuris Dictio: Jurisdição, dizer o direito em determinada localidade.


 Roma: Pretores (semelhante ao trabalho dos juízes) e edis curuis
(semelhante ao trabalho dos imperadores).
 Províncias: Governadores de província e questores.

• Edictum Perpetuum: Edito inédito.


 Pais Nova: Lei Annua (Cícero).
 Pais Translatiatua

• Edictum Repentinum: É complementar. Regulamenta matérias não


regulamentadas anteriormente.
• Adriano: Condensou todos os editos num corpo único, a doutrina (Iura).

• Sálvio Juliano: É quem condensou os editos num corpo único chamado


Edictum Perpetuum.

• Respostas dos Prudentes (Responsa Prudentium): Informavam o povo


romano.

• Trabalho contido em quatro competências.


1. Respondere (responder): Respostas às consultas feitas por três
categorias de pessoas: cidadãos comuns, magistrados e iudex privatus.
2. Cavere: Formulários entregues às pessoas.
3. Agere (agir): Um jurisconsulto acompanhava as partes durante um
processo.
4. Scribere (escrever): Passar para o papel.

05/05/2010

• Fontes de direito externas: costume, senatus consultos.


 Principado: costume, respostas dos prudentes, senatus consultos.
 Dominato: costume, constituições imperiais.

• Constituições Imperiais:
 Edicta: vale para todos os habitantes do Império Romano, eram atos
com força normativa genérica.
 Decreta: sentenças dadas nos julgamentos de processos e que valem
para as partes envolvidas.
 Mandata: Refere-se às funções. Contém instruções para todos os
funcionários da corte.
 Escripta: Repostas dos prudentes (dos magistrados). Consulta a um
particular, cidadão comum: uma resposta no mesmo papel (subscripto).
Consulta a uma autoridade: epistola (resposta).

• Quando uma decreta se repetia muito, tornava-se edicta.

• Consilium Principis
 Facções -> Árbitro: Decidia quem tinha razão (conciliava as partes,
resolvia). Se valia das ordálias ou dos juízos de Deus.

• Séculos VI a XI: Não havia mais investigação científica.

• Século XI: Escolha de Bolonha


 Studim: Pequeno grupo.
 Facultates: Grupo um pouco maior.
Universitates: Grupo maior ainda.
• Corpus Iuris Civile: Conjunto de obras feitas por Justiniano.

• Codex.

• Institutas e Digesto ou Pandectas: Manuais de direito para os estudantes.

• Novellas: Constituições elaboradas e promulgadas por Justiniano.

• Glosa: Interpretação, observações.


 Marginal: Anotação nas margens.
 Interlineares: Anotações entre linhas.

• Três funções através da Glosa:


 Exegesia (exegese): Interpretação. Era possível adicional algo
pessoal.
 Esclarecimento literal do texto: Nenhuma observação literal.
 Substituição de palavras complexas: Ou também a substituição de
expressões por termos mais novos.

• Fez com que a ciência jurídica fosse redescoberta.

12/05/2010

• Studim Civile.
• Universidade de Oxford: Vaccarius.
• Acursio.
• Hagna Glosa.
• Portugal: No século XIII, ocorreu o início do estudo do Direito Romano.

• Studium Generale Dionisiano.

• Esse grupo vai se expandindo, formando as Escolas dos Comentadores


(similar aos glosadores).

• Direito Romano: Foi chamado de ius novum.

• Ordenamento jurídico: Ordenações do rei que regulamentavam a vida de


Portugal.

• Filipinas: Mesmo texto do ordenamento jurídico, 1603.


• Regras que relacionavam as lacunas (Afonso):
1. Na falta de uma lei ou de um costume do reino de Portugal, aplicavam-
se o direito romano, canônico.
2. Caso houvesse discordância entre o direito romano e o direito
canônico, prevaleceria o direito romano.
3. Analisar as glosas.
4. Se não fosse possível aplicar a norma, a sentença era dada pelo rei.

• Século XVIII: Acredita-se que o direito romano deve ser deixado de lado.

• 1796: Lei da Boa Razão.

• 1916: Código Civil Brasileiro (Teixeira Freitas): Conserva a tradição romana.

19/05/2010

• Estudo comparativo das pessoas.

• Das pessoas: pessoas físicas.

• Famílias romanas: Extremamente numerosas porque não se preocupavam,


até o cristianismo, com a consangüinidade. Todos eram coordenados pelo
ascendente masculino mais velho.

• Personalidade jurídica: Atribuição jurídica. Toda pessoa tem condições de


exercer atos da vida civil. Todas são protegidas pelo direito. A pessoa tem
personalidade jurídica desde que nasce.

• Capacidade jurídica e capacidade de fato: São medidas da personalidade


jurídica. Uma pessoa pode ser mais ou menos capaz.

• Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.

• A personalidade jurídica começa com o nascimento com vida, mas a lei


garante o direito do nascituro, o feto é protegido desde sua concepção.

• No direito romano, o feto era considerado como parte das vísceras da mulher,
sendo assim, ela poderia abortar, desde que tivesse o consentimento do
marido. O aborto era permitido. Ainda no direito romano, poucas pessoas
tinham personalidade jurídica.
• Artigos 1º e 2º do Código Civil.

• Capacidade Jurídica (ou Capacidade de Gozo): É a aptidão que uma pessoa


tem para adquirir direitos e cumprir deveres/obrigações por meio de seu
representante legal. Capacidade ampla.

• Capacidade de Fato (ou Capacidade de Exercício): A partir dos 18 anos,


quando a pessoa passa a ter capacidade jurídica. É aquela que a pessoa tem
por si mesma de adquirir direitos e cumprir deveres.

• No direito romano não existia maioridade.

• Pessoas absolutamente incapazes: Artigo 3º do Código Civil. Pessoas com


até 16 anos.

• Pessoas relativamente incapazes: Artigo 4º do Código Civil. Pessoas maiores


de 16 e menores de 18 anos.

02/06/2010

• Artigo 5º: A menoridade cessa aos 18 anos.

• Os pais podem emancipar seus filhos a partir dos 16 anos.

• Outra possibilidade é o casamento.

• No direito romano, todo homem é uma pessoa, mas nem toda pessoa é
pessoa física (escravos = objeto do direito, res).

• Várias pessoas não eram consideradas pessoas físicas.

• Estudo da condição física da pessoa natural e estudo da condição civil.

• O paterfamilias tinha capacidade jurídica.

• No Império Romano, o escravo nunca tinha nenhuma capacidade jurídica.


• Estudo da condição natural da pessoa:
1. Nascimento: O feto tem que estar totalmente separado do corpo da
mulher. O nome cesariana surgiu porque eram duas crianças, César e
Ana. As intervenções cirúrgicas só eram feitas em cadáveres de mães
mortas para salvar a criança, só eram feitas a partir dos seis meses de
gestação. A criança tinha de ser querida pela mãe e nascida de parto
natural.
2. Vida Extra-Uterina.
3. Forma Humana: Entendiam que, se um ser humano apresentasse
alguma deformação, era considerado fruto de uma relação híbrida, ou
seja, com um animal. Entendiam as deformações como configuração
animal e o paterfamílias era obrigado a matar a criança nos primórdios da
civilização romana, como a lei impunha. Esse era um costume, que virou
tradição e depois se tornou uma lei. Coitus Cum Bestia: Relação híbrida.

• Condição Civil: Vinculada à teoria do status.


1. Status Libertatis: Se a pessoa é livre ou não.
 Livres: Ingênuos, nascem e permanecem livres.
 Escravos: Ou nasceu escravo e foi alforriado, ou nasceu livre e foi
escravizado.
2. Status Civitatis: A condição da pessoa dentro do Estado. Cives =
Cidadão romano. Tem todos os direitos.
 Latini: Latinos, habitantes de colônias antigas do Latium, tinham dois
direito a menos que os cidadãos romanos.
 Peregrini: Ou estrangeiros. Não tinham muitas possibilidades.
 Barbari: Bárbaros.
3. Status Familiae: A condição da pessoa dentro da família.
 Sui Iuris: Tem todas as possibilidades (paterfamílias).
 Alieni Iuris: Subordinados ao paterfamílias.

• Status Quo Ante: Condição anterior.

• Conditio Sine Qua Non: Condição sem a qual não.

• Verbi Gratia: Por exemplo.

• Caput: Cabeça.

• Data Venia: Neste momento.

• Júlio César: Era epilético, passou por períodos depressivos.

• Natimorto: Aquele que nasceu morto.


• Neonato: Aquele que morre logo após o nascimento.

• Duas escolas de direito.


 Proculetianos: Para criança ter nascido com vida, a criança tem que
chorar. Se não chorou, não estava viva.

 Sabinianos: Diziam que bastava que a pessoa respirasse.

• Com Justiniano, disseram que os sabinianos tinham razão.

09/06/2010

• Divisão das pessoas de acordo com o status:


 Status Libertatis: Pessoas livres e escravos.
 Livres: Ingênuos (nasceram e permaneceram livres durante toda a sua
vida) e libertos (aqueles que foram alforriados ou nasceram livres e
foram escravizados).
 Gladiadores: Possuíam empresários chamados “Lanistas”.
 Escravos: Eram coisas, objetos de direito (res). Durante os 12 séculos
do Império Romano, continuaram na mesma condição jurídica.

 Libertos: Sofrem algumas limitações. Não podem ser senadores, mas


podem candidatar-se a outros cargos públicos, não podiam se casar
com ingênuos até a Lex Julia de Maritandi Ordinibus, não podiam se
casar com senadores, nem com parentes de até terceiro grau dos
senadores, não podiam exercer o decurionato (cargo público,
responsável por organizar os espetáculos públicos e pela cobrança de
impostos, eram odiados). Você sabia a que classe as pessoas
pertenciam pelas roupas que usavam.
 Status Civitatis:
 Cives: Cidadãos romanos, têm mais vantagens e todos os
benefícios.
 Latini: Latinos (da região do Latium), não eram considerados
estrangeiros.
 Prisci ou Veteres: Já habitavam o Império Romano desde 268
a.C.
 Coloniarii: Colônias fundadas depois de 268 a.C.
 Peregrini: Estrangeiros.
 Dediticios: Lutaram bravamente para que os romanos não
tomassem sua região.
 Ordinários: Não lutaram bravamente, se entregaram com
facilidade.
 Barbari: Bábaros.

• Direito Público:
1. Ius Honorum: Poder se candidatar a qualquer cargo público (o liberdo
era limitado).
2. Ius Sufragii: Faculdade de eleger os seus representantes (inclusive o
liberto alforriado).

• Direito Privado:
1. Ius Conubii (Justae Nuptiae = Justas Núpcias): Faculdade de casar-se
legitimamente. União de direito.
2. Ius Comercii: Faculdade de praticar direitos negociais interinos
legítimos.
3. Ius Actiones: Faculdade de ser réu ou autor em um processo judicial no
Império Romano.
4. Testamentii Factio: Capacidade de deixar um testamento.
 Activa: Alguém pode escrever seu próprio testamento.
 Passiva: Faculdade de ser contemplado em um testamento.
5. Tria Nomen: Faculdade exclusiva do cidadão romano. Tripartição do
nome.
 Praenomen: Nome, primeiro nome.
 Nomen: Sobrenome (apelido de família).
 Cognomen: Apelidos sem sentido pejorativo. Exemplo: Ricardo
Coração de Leão e Frederico Barba Ruiva.

• Direito Público: Regulamenta a vida do Estado. Direito penal e demais.

• Direito Privado: Foco no cidadão (imediato) e foco no Estado (mediato).


Direito civil e comercial.

• Existiam quatro tipos de união de fato. A união dos escravos é um exemplo.

• O liberto passa a vida toda devendo obrigações ao seu antigo dono.

• Nome = apelidos (sobrenome de família).

• Latinos: Habitavam a região do Latium. Os latinos prisci não possuem ius


honorum, só o iuris sufragii.

• Peregrinos: Não tinham direitos no Império Romano. O Pretor Peregrino


passou a regulamentar um pouco a vida dos estrangeiros, bem como o ius
gentium. Passaram a ter algumas faculdades. Porém, os estrangeiros não
podem se casar legitimamente. Passa a ter ius comercii, nunca tiveram todas
as condições que o cidadão romano.

16/06/2010

• Status Familiae:
 Sui Iuris: Pessoas plenamente capazes. Em princípio, o único da
família é o paterfamílias.
 Alieni Iuris: Pessoas absolutamente incapazes.

• Casamento cum manu (com mão): A mulher se transfere totalmente para a


nova família e se submete ao novo paterfamílias, passa a usar um novo nome
e a cultuar os antepassados da nova família.
• Casamento sine manu (sem mão): A mulher permanece em sua família de
origem.
• Exigia-se a fidelidade, mas não a coabitação.

• Filiafamílias: Filhas do paterfamilias, subordinadas a ele.

• Filiifamilias: Filhos homens do paterfamilias.

• In loco filiae: Mesmo posto dos filhos.

• Anel de Ouro: Diferenciava uma mulher que possuía um pouco mais de


direitos.

• Com a morte do paterfamilias, todos os filhos homens se transformam em sui


iuris.

• Clientela: Estrangeiros que tinham seus territórios dominados e acabavam se


vinculando a um paterfamilias.

• Colonato: Assim como a clientela, lidavam com a terra, eram membrum


terrae.

• Escravos: Não tinham direito algum.

• Três tipos de parentesco:


 Agnato (agnação): Todas as pessoas subordinadas ao mesmo
paterfamilias. Era o mais importante tipo de parentesco.
 Cognato (cognação): Parentesco por sangue.
 Adfinitas (afinidade): Decorrente do casamento. Um cônjuge e os
consanguíneos deste. Parentes consanguíneos até o quarto grau não
podiam casar-se entre si.

23/06/2010

• Parentesco: O consanguíneo não tinha muita importância até o cristianismo.


• Contagem do parentesco: Sempre por linhas ou por graus.

• Linhas: Reta ou Colateral.

• Linha é a série de pessoas que descendem de um ancestral comum.

• Linha reta é a série de pessoas que descendem umas das outras em linha
reta.

• Linha colateral é a série de pessoas que, embora não descendam umas das
outras, possum um ancestral em comum.

• Grau é a distância que vai de uma geração a outra.

• Essas linhas e graus, no Império Romano, eram utilizadas principalmente


para o parentesco por afinidade e para o parentesco consanguíneo, depois
também para as sucessões.

• A Família Romana.

11/08/2010

• Parte especial do Direito de Família.

• Pátrio poder: Poder familiar (poder extremo do pai).

• Fontes do pátrio poder: Atos e fatos que fazem surgir um paterfamilias.

• Fontes da patria potestas: Casamento, adoção (em sentido amplo e estrito) e


legitimação.

• Casamento: Muita semelhança com a atual união estável. Tem como


principais características: indissolubilidade do casamento, fidelidade,
casamento monogâmico, coabitação (apenas até a República). Exige alguns
requisitos para ser realizado: união de direito, justae nuptiae, a mulher era
igualada socialmente ao homem.
• O casamento legítimo era o justae nuptiae, ou justas núpcias. Haviam três
formas de celebrá-lo.
• Eram três os requisitos para a única forma de união estável:
1. Consentimento: Corresponde ao consentimento das pessoas sui iuris.
Os alieni iuris dependem do consentimento do paterfamilias.
2. Puberdade: Capacidade, maturidade física para procriar. Entendia-se
que o casamento era para procriar filhos homens para continuar cuidando
do patrimônio e dos deuses lares ou deuses manes. Ao final da
República, fixou-se a puberdade física em 12 anos para as mulheres e em
14 anos para os homens.
3. Conubium: O ius conubi era a faculdade de casar-se legitimamente. Os
únicos que tinham conubi eram os cidadãos romanos e latinos velhos.
Faculdade de contrair justas núpcias. Existem impedimentos absolutos e
relativos para a realização do casamento.

• Impedimentos Absolutos: Escravidão (a união dos escravos era diferente),


inexistência de cidadania romana (a exceção eram os latinos velhos), bigamia
e aqueles que estavam prestando serviço militar (até 197).

• Impedimentos Relativos: Não existem para todas as pessoas, nem durante


todo o tempo. Parentesco, quando o parentesco for cognatíscio, agnatíscio ou
por afinidade em linha reta (sogro e nora, sogra e genro), há uma proibição
até o quarto grau. Até a Lei Canuléia, proibia-se o casamento legítimo entre
patrícios e plebeus, em função da condição social. A partir de Augusto,
passa-se a permitir o casamento entre libertos e ingênuos. Depois de
Augusto, essa proibição vale apenas para libertos e pessoas da classe
senatorial. A partir da Lei Júlia de Adultério, Justiniano estabeleceu que a
mulher não poderia se casar com o seu cúmplice; o tutor, nem seus parentes,
poderia se casar com a tutelada, porque ele administra seu patrimônio. Marco
Aurélio proibe o casamento entre governadores de província e mulheres
nascidas ou domiciliadas na província que ele governa (para evitar o
nepotismo). Raptor e raptada não podiam se casar, assim como cristão e
judeu, padrinho e afilhada.

• No direito romano, existiam três formas de celebrar o casamento legítimo:

• Confarreatio: Forma utilizada normalmente pelas famílias patrícias. Bastante


solene, geralmente ocorria entre patrícios. A noiva deveria estar vestida de
branco, simbolizando que era virgem. A grinalda e o buquê tinham que ser de
flores de laranjeira, que também simbolizavam a pureza. Deveria ser
oferecido aos convivas um bolo, panis farrens, feito de farinha de trigo, que
todos tinham que comer pois sua ingestão simbolizava fertilidade aos noivos.
A divisão e a ingestão do bolo simbolizavam que todos desejavam aos noivos
fertilidade. Os convidados eram obrigados a comparecer ao casamento.

18/08/2010

• Coemptio: Forma menos pomposa e mais utilizada pelos plebeus. Era uma
simulação de venda que o paterfamilas da mulher fazia ao paterfamilias do
noivo. Ele entrega a filha ao noivo que a conduz em seu colo. No início, era
exigida a coabitação.

• Usus: Forma mais simples de casamento. Começava com o concubinato. Se


permanecessem juntos por um ano, coabitando, consagrava-se o casamento
legítimo (justas núpcias). Se não quiserem se unir, bastava se separarem por
três dias e três noites (usurpatio trinocte). Impede que seja consagrado o
casamento legítimo. Se o paterfamilias permite que o filho permaneça num
regime de concubinato, presume-se as justas núpcias. No usus, não é
necessários o consentimento do paterfamilias. O concubinato era um regime
de fato que não gerava direitos.

• Dissolução do casamento: O adultério era um dos motivos justos para se


pedir o divórcio. A primeira causa era a morte, a segunda era a perda da
liberdade (escravidão), que era absolutamente pessoal. Na família romana, o
Estado não interferia. A terceira causa era a perda da cidadania. A última
causa era o divórcio.

• Divórcio: Divortium. Sempre existiu em todas as fases da civilização romana.


Na fase inicial, não era muito utilizado, era meio mal visto, havia certo receio,
preconceito. Na fase da Realeza, existiam apenas três razões que poderiam
dar ao homem o direito de pedir o divórcio: se a mulher bebesse vinho, se a
mulher fosse adúltera e se a mulher abortasse sem o consentimento do
marido.
• Repúdium: Quando a vontade era de um só (do homem). Com o tempo, essa
expressão deixou de ser usada porque se considerava uma palavra muito
forte.
• Divortium: Quando ambos queriam se divorciar.

• O imperador Otávio Augusto resolveu complicar o divórcio. Estabeleceu,


complementando a Lex Julia de Adulterius, que havia a necessidade de sete
testemunhas (cidadãos romanos) e a pessoa seria comunicada por um liberto
(homem livre), chamado de libello. Neste caso, era o libellus repudii. Contudo,
ele não conseguiu dificultar a realização do divórcio, que continuava sendo
realizado de forma ilegal, ninguém obedecia à lei.

• O casamento legítimo, para ser concretizado, deveria ser feito pelos


paterfamilias cum manu (a mulher vai para a família do marido) ou sine manu
(a mulher continua pertencendo a sua família). Esse eram um pacto realizado
anteriormente ao casamento.

• No Império Romano, a mulher nunca fica “solta”. Alguém sempre terá a sua
tutela.

• Os imperadores cristãos passaram a combater o divórcio, pois a igreja


defende a indissolubilidade do matrimônio. Coibiam, mas não proibiam.
Acrescentaram mais causas que justificavam o divórcio. Constantino
acrescentou que o homem poderia pedir o divórcio se a mulher fosse
condenada pelo crime de envenenamento. A mulher poderia pedir o divórcio
se o homem fosse condenado pelo crime de violação de sepulcro (crime que
se tornou comum, pois as pessoas eram enterradas com moedas, ouro e,
depois do cristianismo, Constantino passou a reprimi-lo). Essa foi a primeira
causa que deu à mulher o direito de pedir o divórcio.

• Justiniano estabeleceu mais algumas causas (Novela 117). Por exemplo,


loucura perigosa e incurável. Quando o homem era capturado na guerra, se
tornando escravo de outra civilização. Em cinco anos, a mulher poderia se
divorciar. Visita da mulher aos circos ou aos banhos públicos sem a
autorização do marido.

• Existiam quatro tipos de divórcio estabelecidos por Justiniano:

1. Divortium ex iusta causa: Divórcio com justa causa. O cônjuge cometeu atos
que justificam o divórcio. Poderia haver uma punição para o cônjuge que deu
a causa. O pedido era unilateral.
2. Divortium sine iusta causa: Divórcio sem justa causa. Poderia haver uma
punição para o cônjuge que pediu o divórcio. O pedido era unilateral.
3. Divortium bona gratia: Decorre de justas causas legítimas, mas as quais
nenhum dos dois têm culpa (esterilidade, impotência incurável ou voto de
castidade). Poderiam ser uni ou bilateral.
4. Divortium communi consensu: Consensual, reflete a vontade de ambos os
cônjuges. Era sempre bilateral.
_______________________________________________________________

01/09/2010

• Primeira fonte e fonte por excelência da patria potestas: Casamento.

• Uniões de fato:
1. Concubinatum: Consiste em conviver no mesmo espaço físico. Após um
ano, o concubinatum pode se transformar em justas núpcias. O
concubinatum é uma união de natureza inferior.
2. Contubernium: Consiste na união realizada entre escravos, ou em que ao
menos um dos envolvidos é escravo. Esta união não gera bens.
3. Matrimônio sine conubio: União realizada entre romanos e estrangeiros,
visto que estes não podiam se casar legitimamente.
4. Casamento nacional dos peregrinos;

• Segunda fonte da patria potestas: Adoção.

 Adoção em sentido amplo (lato sensu): Esta forma de adoção foi criada
com a finalidade de assegurar uma forma de as famílias terem filhos
homens. Ela se subdivide em:
1. Adrogação (adrogatio): Este é o primeiro tipo de adoção e é coletiva.
Consiste no ato jurídico através do qual um indivíduo sui iuris entra para
uma família estranha e se submete a outro patria potestas.

2. Adoção (adoptio): Este tipo de adoção é individual. Nela, um indivíduo


alieni iuris é adotado.

• Capitis demiutio: Consiste na alteração do estado da pessoa. Pode ser:

1. Máxima: Nela, o indivíduo perde sua condição de homem livre, ou seja,


ocorre uma alteração no status libertatis.

2. Média: Nela, o indivíuo se transforma num estrangeiro, ou seja, ocorre uma


alteração no status civitatis.

3. Mínima: Nela, ocorre uma alteração no status familiae.

• Três momento da adrogação:

1. Primeira Fase da História Romana (Realeza e República): Nesta fase, a


adrogação era realizada com muito cuidado. Para ser feita, era realizado um
pedido ao Colégio dos Pontífices explicando o motivo pelo qual as pessoas
queriam se adrogar.

2. Segunda Fase da História Romana (Principado): Nesta fase, era realizada


uma simulação de uma assembléia popular composta por 30 lictores e um
magistrado. A decisão era feita por essa assembléia.

3. Terceira Fase da História Romana (Dominato): Nesta fase, o pedido de


adrogação era encaminhado ao imperador, pois ele havia usurpado todos os
poderes.

15/09/2010

• A adoção difere da adrogação.

• A adoção era individual. Era realizada com um alieni iuris e só exercia efeito
sobre ele, que abandona sua família.
• Se um pai vendesse o mesmo filho três vezes, este filho se tornava livre do
pai. Quando a pessoa era vendida, ela se tornava escrava. Essa venda era
uma simulação realizada para tornar o filiifamiliae livre.

• Addictio ou adjudicatio: Justiniano simplificou esse procedimento, ele passou


por cima da proibição da renúncia ao pátrio poder (a pessoa não podia se
recusar a exercer o pátrio poder).

• Legitimação (legitimatio): Consistia no benefício legal que atribui a condição


de legítimo ao filho ilegítimo (filho concebido ou nascido fora ou antes do
casamento de seus pais). Surgiu no período do Dominato e tem por função
colocar esses filhos sob o pátrio poder para que, assim, eles possam adquirir
a condição de filhos legítimos. Contudo, para que a legitimação pudesse ser
realizada, o casamento entre os pais deveria ser possível no momento da
concepção, ou seja, não poderia existir impedimentos para que os pais se
casassem. Do contrário, estes filhos não poderiam ser legitimados.

• Naturalis liberi: Filhos naturais, ou seja, filhos que podem ser legitimados.

• Spurii: Eram filhos oriundos de adultérios ou de incestos. Por serem filhos


ilegítimos e por não poderem ser legitimados, eram adotados.

• Os filhos só podiam ser legitimados caso seus pais não tivessem filhos
legítimos.

• Três tipos de legitimação:

1. Legitimatio per subsequentem matriminium: Era a legitimação pelo


casamento subsequente. Era o tipo mais comum, mais simples de
legitimação. Surgiu em 335 com Constantino.

2. Legitimatio per oblacionem curiae: Era a legitimação por oblação (oferta) à


cúria. Foi criada por Teodósio II e Arentiniano III. Tinha fins fiscais. Ocorria
quando o pai não podia ter filhos do sexo masculino legítimos. Ele podia doar
todo ou parte do seu patrimônio para o seu filho, podia inscrevê-lo como
decurião. A princíio, esse tipo apenas legitimava, não surgia para o pai a
pátria potestas sobre o seu filho. Depois, Justiniano decidiu que o pai tinha
direitos sobre o filho. Esse tipo de legitimação tinha como interesse preencher
os cargos vacantes.

3. Legitimatio per rescriptum principis: Se dava por ordem expressa do


imperador quando o casamento subsequente dos pais não era possível
porque a mãe já morreu, está ausente (lugar incerto ou não sabido), se a mãe
não puder tomar ordens sacras (entrar para o convento). O pedido só podia
ser feito pelo homem, que também podia manifestar em testamento a
intenção de legitimar o filho. Este também podia requerer sua legitimação
após a morte de seus pais.

22/09/2010

• Quando o paterfamilias perde a patria potestas, seus filhos se tornam sui iuris.

• Causas da extinção da patria potestas:

1. Morte do paterfamilias.

2. Quando o paterfamilias perde a liberdade.

3. Perda da cidadania romana.

4. Indignidade do paterfamilias.

5. Quando um filho assumia um cargo público.

6. Quando uma filha entrava para uma ordem religiosa.

29/09/2010

• Parte especial: Direito das coisas.

• Ius rerum: Direito das coisas. Regula os três poderes do homem sobre as
coisas, a forma de sua utilização e o destino que ele dá a elas. Regula a
propriedade (inviolável, é o bem mais importante e mais amplo,
essencialmente privada, a desapropriação nunca existiu em Roma), a posse e
a detenção.

• Servidão de passagem: Inferência na propriedade privada. Direito real sobre a


coisas alheia, surge em função de uma necessidade.

• Propriedade:

1. Feitio individualista: Só o paterfamilias tem o poder sobre.


2. Absolutamente privado: Não há interferência do Estado.

3. Caráter sagrado: Adoração dos deuses.

• Intangibilidade do domínio: Isso conduz a três poderes do domínio.

1. Ius intendi: Direito de usar a coisa.

2. Ius fruendi: Direito de fruir da coisa.

3. Ius abutendi.

13/10/2010

• Direitos reais (direito das coisas): Têm como objeto sempre uma coisa.

• Direitos pessoais (direitos obrigacionais).

• Os direitos reais e pessoas diferem quando ao modo de exercício, quanto ao


objeto e quanto ao gozo.

1. Quando ao modo de exercício:

 Direitos reais: Exerce seu direito diretamente sobre a coisa.

 Direitos pessoais: Existe sempre a intervenção de, no mínimo, uma


pessoa. Sempre haverá uma relação jurídica obrigacional.

2. Quanto ao objeto:

 Direitos reais: O objeto é sempre determinado.

 Direitos pessoais: O objeto via de regra é determinado, mas ele poder


ser determinável ou genérico.

3. Quanto ao gozo:

 Direitos reais: A fruição é permanente, ela tende à perpetuidade.

 Direitos pessoais: Extingue-se a relação jurídica a partir do momento


em que o devedor satisfaz a obrigação. É sempre temporária.
• Essas são as três diferenças fundamentais entre direitos reais e direitos
pessoais.

• Teoria Realista: Poder da pessoa sobre a coisa (direito real). Oposição a uma
determinada pessoa (direito pessoal).

• Erga omnes = Contra todos.

• Teoria Personalista: Diz que em ambos os casos existe uma relação jurídica.

• Diferenças entre propriedade, posse e detenção:

 Propriedade: É o direito real mais amplo que existe, é o poder direto


sobre a coisa. A propriedade é juridicamente protegida. Desmembrando a
propriedade tem-se:

 Posse direta: Tem a posse direta aquele que utiliza o bem.

 Posse indireta: Tem a posse indireta o proprietário do bem.

 Detenção: Consiste no poder de fato sobre a coisa sem proteção


jurídica.

 Posse: Poder de fato sobre a coisa.

• Usucapião: Forma anômala de adquirir uma propriedade pelo tempo de uso.


Para o usucapião tem que haver posse.

• Usucapião: Palavra feminina.

• A non domino: Comprar de quem não é proprietário.

03/11/2010

• Usucapião: Modo anômalo de aquisição. Modo de adquirir a propriedade pela


posse continuada, durante certo lapso de tempo. Existia desde o início da
civilização romana, regulamentado na Lei das Doze Tábuas.
• Iuris civilis: Propriedade quiritária.

• Usucapio

 Período Pré-clássico:

 Posse.

 Tempo:

 Um ano para móveis.

 Dois anos para imóveis.

• Res furtivae: Coisas roubadas, não podia ser adquiridas por usucapião.

• Após o período clássico, cinco requisistos passaram a ser necessários para o


usucapião.

• Usucapio

1. Possessio civilis: Consiste na posse e difere do possessio naturalis, que


consiste na detenção.

2. Iusta causa ou iustus titulus: Negócio ou ato jurídico anterior que justifica
ou legitima a aquisição da posse.

3. Bona fides: Boa-fé.

4. Tempus: Tem que ser contínuo, posse continuada. Um ano para móveis e
dois anos para imóveis.

5. Res habilis: Coisa passível de usucapião, coisa que pode ser usucapida.
Em princípio, todas as coisas corpóreas, mas haviam circunstâncias
especiais:

 Condição jurídica da coisa: Estabelece que não podem ser usucapidas


as coisas corpóreas não suscetíveis de propriedade quiritária.

 Vícios da coisa: Coisa roubada com violência (res furtivae) ou


clandestinidade (res vi possessae).
 Condição do proprietário: Imóveis dotais, apesar de coisas corpóreas,
não podem ser adquiridos por usucapião por conta da condição do
proprietário.

• Longi temporus praescriptio:

 Res nec mancip.

 Propriedade pretoriana.

• Longissimi temporis praescriptio: Chamavam de usucapião ordinária. Era uma


forma peculiar de aquisição pelo decurso do tempo.

10/11/2010

• Servidões prediais (iura in re aliena = direito real sobre a coisa alheia):


Consiste na possibilidade de utilizar o imóvel vizinho. Instituída objetivamente
em favor do imóvel.

 Serviente.

 Dominante.

• Servitutes iura praediorum rusticarum:

1. Iura itinerarum (passagem):

 Iter: Só pode passar a pé, a cavalo ou em liteira.

 Actus: Pode passar conduzindo rebanhos.

 Via: Pode passar transportando material pesado.

2. Iura aquarum.

• Servitutes iura praediorum urbanorum:

1. Stillicidiorum: Descarregar a água das chuvas.

2. Parietum: Escorar uma parede.

3. Luminum: Abrir espaço para a luz.


• Serviente: Obrigações negativas (non facere pati).

• Princípios que regem as servidões:

1. Nemine res sua servit: Não há servidão sobre imóvel que lhe pertence.

2. Servitus in faciendo consistere neguit: Não existe servidão que imponha ao


proprietário do imóvel fazer alguma coisa.

3. ?

4. As servidões são indivisíveis.

5. Os prédios tem que ser vizinhos.

6. A servidão existem, em princípio, perenemente.

• Extinção: Por falta de objeto ou quando algo se torna res extra comercii;
renúncia do titular do direito real de servidão; o não uso da servidão,
confusão.

• Servidão iter ad sepulchrum.

17/11/2010

• Direito das obrigações (ius ad rem).

• O direito obrigacional sempre relaciona dois indivíduos, credor e devedor. O


objeto da obrigação é a prestação devida.

• Ius in re: Direito sobre a coisa.

• Gaio: “A obrigação é um vínculo através do qual somos compelidos pela


necessidade de cumprir alguma coisa segundo o direito de sua cidade”.

• Obligatio – nexum (necture)


• Elementos:

 Sujeito ativo.

 Sujeito passivo.

 Prestação:

 Dare (dar): Obrigação do devedor de transferir a propriedade do bem.

 Facere (fazer);

 Non facere (não fazer): Obrigação do devedor de não fazer.

 Praestare (prestar): Assunção de responsabilidade.

• Fontes das obrigações, fatos geradores das obrigações:

 Contrato: Acordo de vontades entre credor e devedor para a criação do


vínculo.

 Delito: Ato ilítico que a lei reprime obrigando seu autor a cumprir uma
pena pecuniária.

 Quase-contrato: A obrigação decorre de um fato lícito, mas essa


relação ocorre sem convenção.

 Quase-delito: ?

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