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Revista de
Ciências Humanas e Sociais. Seropédica-RJ, v. 22, n. 1, p.49-58, jan./jun.
Resumo
Pretende-se neste artigo sugerir as Plantas Baixas como um dos recursos para o
(12-13 anos), identificando dificuldades em tal processo. Concluindo, será proposta uma
Abstract
The purpose in this article is to present the low plans as one of the kernels of the
work with similarities for they make possible a dynamic and integrated teaching process
concerning similarity. The activities here presented are part of a research work whose aim
is to investigate the construction process of the similarity concept among 7th grade students
(12-13 years old), identifying the possible difficultes in such process. Therefore, there will
be a proposal of the inclusion of a sequence to work with scales in the school curriculum of
Mathematics.
Key-words: Low plans, Concept of escale, Activities
compreender e aplicar tal conceito. Tal dificuldade não será resolvida (ou minimizada) nas
de trabalho com escalas, fornecer exemplos-modelos para serem resolvidos e não propiciar
ao aluno oportunidades e tempo para construir o conhecimento sobre escala que o permita,
trabalho com as estruturas multiplicativas (Bairral, 1998) e suas idéias − comparação, razão,
desde as primeiras séries do ensino fundamental. Spinillo (1996) ressalta que apesar de
aquisição tardia, existem evidências de que crianças são capazes de fazer julgamentos
talvez constitua uma situação que favorece a compreensão de dois aspectos importantes do
modelo matemático em questão: a idéia da existência de uma relação constante entre dois
pares de números (ao invés de uma diferença constante, como no caso das estruturas
elementos comuns com as aditivas, diferem delas o suficiente para serem tratadas como um
novo campo conceituali, pois, numa estrutura multiplicativa (multiplicação, divisão, fração,
aditivas, as estruturas multiplicativas têm peculiaridades e não são redutíveis `as estruturas
aditivas. Este pesquisador sugere que o professor deve propor atividades de comparação e
das estruturas multiplicativas em seu aluno e, ainda ressalta que tais estruturas de
aqui que tal raciocínio − assim como tópicos de semelhança − deve ser trabalhado em
preocupar apenas com definições formais e com algoritmos das operações com números,
muitas vezes desprezando os processos cognitivos dos alunos, mas verificar e analisar
índices, etc. deve ser em primeiro lugar, explorado qualitativamente (diferentes abordagens
Sendo assim, as plantas baixas são sugeridas neste trabalho como um dos possíveis recursos
para o trabalho com semelhança no contexto número-espaço-forma, uma vez que para
desenhar uma planta baixa em escalas diversas, o aluno deve perceber que existe uma
SEMELHANÇA Ampliação
Figuras diversas
Redução
Áreas
Ângulos
Razão de Correspondência
Semelhança Congruência
Área
Padronizadas
Perímetros
Números PLANTAS BAIXAS
Gráficos
Racionais
Reais
Operações
2. Atividades
“Eu achei que a geometria possui coisas fáceis e difíceis. Por isso eu tive dificuldades na
maioria das vezes prejudicando o grupo e a mim mesmo”. FEG
acompanhadas das respostas dos alunos com respectiva análise e, a terceira é apenas uma
sugestão ao professor para o trabalho com plantas baixas. Cada atividade tem o(s) seu(s)
objetivo(s) − o que o professor deseja que seu aluno “alcance” ao final da atividade − o(s)
(vinte e oito) alunos trabalharam em grupos de 4(quatro) e para cada atividade era pedido
que deixassem sua justificativa por escrito para que o professor pudesse compreender como
uma figura quando a ampliamos? E quando a reduzimos? O que muda e o que permanece
alunos (G2, G3, G4, G5 e G6) possuíam intuitivamente o conceito de semelhança, quando
disseram que muda o tamanho e a forma continua a mesma. Cabe aqui uma reflexão para o
professor: buscar ao máximo explorar o conhecimento prévio que seu aluno tem e, a partir
daí, propor situações mais complexas que lhe permitam aprofundá-lo, pois segundo
(Vygotsky, 1991, p. 71), ”um conceito é mais do que a soma de certas conexões
associativas formadas pela memória, é mais do que um simples hábito mental; é um ato
real e complexo de pensamento que não pode ser ensinado por meio de treinamento, só
A clareza sobre necessidade de fazer uma redução é percebida nas respostas dos
(escala) que lhes possibilitará estabelecer a razão entre a medida no desenho e a medida
real.
Foram distribuídas folhas de papel milimetrado para cada aluno e pediu-se que
única folha e solicitou-se que cada grupo fizesse a(s) devida(s) correção(ções) e observasse
escrever suas observações. Neste caso, revelou-se dados que, sem essa atividade, seria
impossível de coletar, já que é difícil que um professor entreviste 27 alunos a cada aula; e
como as atividades estavam grupadas por objetivos temáticos, foi possível encontrar
Grupo 1: “Observamos que quando a escala diminui o tamanho aumenta, quando a escala
aumenta o tamanho diminui”.
↓ 1:50 = 10 cm 1:50 = 10 cm ↑
↓ 1:100 = 5 cm(x2) 1:100 = 5 cm(:2) ↑
↓ 1:200 = 2,5 cm(x4) 1:200 = 2,5 cm(:4) ↑
está relacionada, neste grupo, ao olhar isolado para os termos da razão (Lesh, 1992), isto é,
os alunos não percebem a fração como um número e ao compararem 50 < 100, pensam que
o desenho na escala de 1:50 ficará menor que o representado na escala de 1:100. A direção
das setas para baixo e para cima, feitas por eles, indica a reversibilidade com que o grupo
pareceu-nos que os alunos não “falaram”, mas indicaram (nos cálculos) as relações
“dobro”, “quádruplo”, “metade” e “quarta parte”. Isso nos leva a crer que eles perceberam,
Grupo 3: “Todas elas estão utilizando várias escalas, mas ambas com a mesma medida (5
m). A escala de 1:200 cabe duas vezes na escala de 1:100 e quatro vezes na escala de 1:50.
A escala de 1:100 cabe duas vezes na escala de 1:50. Na escala de 1:50 cada dois
centímetros equivale a um metro. Na escala de 1:200 cada meio centímetro equivale a um
metro”.
Este grupo observou até a ordem em que cada aluno desenhou seu segmento, isto é,
segmento percebendo as relações “dobro” e “quádruplo” mas, também como o grupo 1, não
Grupo 5: “ O segmento que representa a escala 1:200 cabe 2 vezes dentro da de 1:100. O
segmento da escala 1:200 cabe 4 vezes dentro da de 1:50”.
Grupo 6: “A escala 1:100 cabe duas vezes na escala 1:50. A escala 1:200 cabe 4 vezes na
1:50 e 2 vezes na escala 1:100”.
Grupo 7: “O segmento 1:50 é o dobro do segmento 1:100 que é o dobro do segmento da
escala 1:200”.
Estes três últimos grupos demonstraram fazer confusão entre a escala e o segmento
que a representa, por exemplo, quando o grupo 5 diz que “cabe duas vezes dentro da de
1:100”. Tal justificativa leva a pensar que, para o grupo, pode não estar claro que o
segmento é uma representação da escala. A resposta do tipo “cabe duas vezes dentro do
A discussão dessa atividade foi feita em vários momentos: primeiro com o professor
dos grupos, fez sua análise e devolveu-as, porém trocando os trabalhos entre os grupos,
para que fizessem novamente suas intervenções, desta vez no trabalho dos seus colegas. Os
Estas atividades podem ser exemplos de situações que o professor pode utilizar no
original etc. Na atividade 2, o aluno deve perceber a relação constante entre os pares de
números e explicitar/completar com o número que está de acordo com essa relação.
expressar, seja por escrito ou oralmente. Como atividade de avaliação somativa iii, o
professor pode propor que cada aluno/grupo desenhe um cômodo da planta baixa segundo
uma determinada escala para depois montar, como num quebra-cabeça, a planta toda.
Nacionais (MEC/SEF, 1998), o quadro seguinte apresenta idéias dos conteúdos curriculares
de ações ordenadas e finalizadas, isto é, orientadas para atingir um objetivo. Para que um
para alcançar determinado fim e que as ações ou passos sucedam com uma certa ordem. A
3. Considerações finais
“Gostei muito das aulas de geometria, mas em algumas coisas como a ampliação e redução
com o pantógrafo e quadriculado tenho dúvidas. As aulas de figuras semelhantes foram
super legais e fáceis de aprender. As aulas em geral estavam bem elaboradas e criativas,
por causa do trabalho em grupo que ajudou muito nos trabalhos. As aulas das plantas, das
máquinas deformadoras, tangram e o geoplano também foram interessantes”. HE
A construção de um conceito não ocorre de uma só vez, nem através de uma única
atividade, nem através de repetições. Vimos que é possível dinamizar e concretizar o seu
pedagógicas) propostos pelo professor em seu trabalho diário é imprescindível, uma vez
reduzido ao estudo de triângulos. O seu ensino não precisa estar limitado e ser explorado
em apenas uma determinada série escolar, mas em vários momentos da vida escolar do
aluno, respeitando para tanto, o seu nível de pensamento e sua forma de expressão-
representação.
quaisquer, trabalho este que pode ser enriquecido com o uso de papel quadriculado,
da sala de aula, caminho da casa do aluno à escola), podendo utilizar barbante, cordas,
padronizadas.
3) Trabalho com mapas e plantas baixas diversas para exploração, entendimento e
4) Trabalho com ampliação e redução de figuras planas diversas (polígonos, mural da sala,
tampo da mesa do aluno, etc) fazendo reduções utilizando escalas diversas (diferentes de
1:100).
4. Referências bibliográficas
_____ Consulte um arquiteto. Nova Escola, São Paulo, nº 108, p.25-27, 1997
LAPPAN, G. et al. Semelhança: pesquisa nos níveis escolares médios. In: LINDQUIST,
M.M. e SHULTE, A.P.(org.) Aprendendo e Ensinando Geometria. São Paulo: Atual,
1994, p. 168-177
LESH, R. et al. Rational Number, Ratio and Proportion. In: Handbook of research NCTM,
1992, p. 296-333
NUNES, T.; CARRAHER, D. e SCHLIEMANN, A.D. Na vida dez, na escola zero. São
Paulo: Cortez, 1995, 9. ed.
Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática (3º e 4º ciclos). Brasília: MEC/SEF, 1998.
UFRRJ
Instituto de Educação
Departamento de Teoria e Planejamento de Ensino
Prezados Senhores,
Marcelo Almeida Bairral: Professor de Didática e Prática de Ensino de Matemática no Departamento de Teoria
e Planejamento de Ensino do Instituto de Educação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Doutorando em Didática da Matemática na Universidade de Barcelona.
e-mail: mbairral@ufrrj.br
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