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A defesa prévia como forma de defesa

Para quem trabalhava com direito penal antes da alteração do CPP


referente ao procedimento ordinário, a defesa prévia era mais uma
burocracia que de vez em nunca tinha a função de alegar uma
incompetência ou apresentar testemunhas, e de forma alguma era
considerada uma verdadeira defesa.

No entanto, tudo mudou com a nova redação dos arts. 394 a 397.

Agora, a defesa prévia é uma defesa prévia. É só ver os arts. 396-A e


397:

Art. 396-A
Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o
que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações,
especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas,
qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário.

Art. 397
Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste
Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando
verificar:
I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;
II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do
agente, salvo inimputabilidade;
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou
IV - extinta a punibilidade do agente.

Ou seja, a defesa prévia, agora, pode realmente evitar que o processo


contra o réu continue, já que o recebimento pleno da denúncia só se
dá após sua apresentação. Se os argumentos ali contidos forem
fortes, o juiz terá a oportunidade de acabar com o processo, portanto,
uma boa defesa preliminar pode evitar muitas dores de cabeça.

Ela se tornou tão importante, que a sua não apresentação obriga o


juiz a nomear defensor para apresentá-la (art. 396-A, §2º). Antes,
passado o prazo, se considerava perdida a oportunidade.

Assim, o defensor tem, pelo menos, duas grandes peças para


apresentar durante o processo. As alegações finais e a defesa prévia,
uma ao final do processo e a outra no começo, ao contrário do que
ocorria anteriormente em que a defesa só era chamada para falar
algo relevante no momento da sentença.
Veja também:

Procuração ad judicia
(831070 cliques)

Alimentos
(725686 cliques)

Agravo de instrumento (Encaminha razões)


(654857 cliques)

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA __ª VARA CRIMINAL DA


COMARCA DE _______.

Processo nº _______________

_________________, nos autos da presente AÇÃO PENAL, vem, por


seus advogados (mandato incluso), com fundamento no artigo 395
do CPP, em ALEGAÇÕES PRELIMINARES ( ou DEFESA PRÉVIA) dizer
que a instrução criminal demonstrará a improcedência da acusação,
evidenciando ser a ABSOLVIÇÃO um imperativo de JUSTIÇA!

Requer ainda, a produção de prova testemunhal, indicando a seguir


as testemunhas, informando desde logo que comparecerão
independentemente de intimação.

Termos em que,
Pede deferimento.

(Local e data)
(Assinatura)
(nome)
(OAB)

---------------------
Rol de Testemunhas:

NOME E QUALIFICAÇÃO das Testemunhas

1. Prezada Amiga Tatiana:

Os direitos fundamentais no processo penal estão descritos no art. 5º da CF:

LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade


competente;

LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo
legal;

LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em


geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a
ela inerentes;

LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;

LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença


penal condenatória;

LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal,


salvo nas hipóteses previstas em lei;

LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a


defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;

LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de
transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;

LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados


imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele
indicada;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer
calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;

LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou
por seu interrogatório policial;

LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;

LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a
liberdade provisória, com ou sem fiança;

LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo
inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do
depositário infiel;

LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar


ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por
ilegalidade ou abuso de poder;

Sem provas não há condenação no processo penal. Diz o artigo 386 do Código
de Processo Penal:

Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva,


desde que reconheça:

I - estar provada a inexistência do fato;

II - não haver prova da existência do fato;

III - não constituir o fato infração penal;

IV - não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal;

V - existir circunstância que exclua o crime ou isente o réu de pena (arts. 17, 18,
19, 22 e 24, § 1o, do Código Penal);

VI - não existir prova suficiente para a condenação.

Para se aprofundar, eu recomendo o livro "Processo Penal", de Julio Fabbrini


Mirabete.

Grandes abraços,

Jr.
Dispõe os artigos:

Art. 395: A denúncia ou queixa será rejeitada quando:


I - for manifestamente inepta;
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal;
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal.

Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o


que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as
provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua
intimação, quando necessário

Art. 397: Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste


Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar:
I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;
II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente,
salvo inimputabilidade;
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime;
V - extinta a punibilidade do agente.

Prezados Participantes do Fórum,

O tema em epígrafe é por demais apaixonante, considerando que o art. 396 e


396-A que trata da resposta do réu quando do recebimento da denúncia este
será citado para que responda por escrito a acusação, no prazo de 10 dias.
Como temos visto no CPC na resposta inicial o acusado deverá arguir
preliminarmente as questões de mérito, assim como apresentar documentos e
ofertar rol de testemunhas. No que tange particularmente o art. 396-A, em sua
parte final, incorpora todas as formas do procedimento comum as regras
contidas para o sumaríssimo pela dicção do art. 78, da Lei 9.099/95 em que as
testemunhas somente serão intimadas se requeridas pelo acusado. Caso em
que o juiz aplicará no cumprimento do art. 396-A o que estabelece o art. 397.
E neste aspecto é importante pensarmos até que ponto arguir toda materia de
defesa é relevante para o atendimento dos fins, considerando a possibilidade
de não ter um carta na manga. Sendo assim tomo as palavras do Mário
Flávio/Garanhuns, que diz: "deve ser o mais bem elaborada possível, ainda
que não prospere, pois o Minstério Público e o Magistrado terão que refutá-la, e
os motivos que porventura levem ao recebimento da peça acusatória,
devidamente fundamentados pela autoridade, podem servir de alerta ao
advogado para o aprimoramento da defesa final".
Importante refletir.

Leonardo Dutra

Boa noite Luiz!!! Concordo com vc...


Precipuamente quero salientar que consoante se verifica ao disposto no art.
396 (alegações preliminares). Dispositivo que agora possibilita não apenas
argüições fáticas e jurídicas para requerer preliminarmente (art. 396-A) a
rejeição da prefacial acusatória, mas também a aplicação de um instituto
(absolvição sumária) que era exclusivo dos crimes dolosos contra a vida e
conexos (tribunal do júri). Mencionado dispositivo não está atingindo sua
finalidade e possibilidade jurídica. Corriqueiramente em casos concretos,
apresentada a resposta escrita com plausível sustentação fática e jurídica
suficiente para elidir a persecução penal, o Magistrado ao apreciar a resposta a
acusação não apenas é omisso na fundamentação que ratifica o recebimento
da denúncia como também informa que a matéria discutida é de mérito, e deve
ser apreciada na oportunidade (derradeiras alegações). Sabemos que contra
tal ato não há previsão recursal, mas nada impede a impetração de habeas
corpus para trancar a ação penal. Pergunto: -1- o ato do juiz que recebe a
denúncia é despacho ou decisão?
Sabemos que contra a decisão que rejeita a inicial acusatória existe previsão
recursal (RSE e as exceções recursais das leis especiais). Todavia, para a
defesa não há recurso, e, em tese, contra decisão judicial não há cabimento
para impetração de mandado de segurança. 2 - Quando não for o caso para
impetração de habeas corpus será possível a impetração de mandado de
segurança contra a decisão que recebe a denúncia por infringir, dentro das
disposições legais, direito liquido e certo do denunciado/querelado?
3 - Seria possível, ante a omissão do magistrado ao receber a denúncia sem
fundamentá-la, a oposição de embargos?
Dentro do óbvio mundo jurídico, é claro... existe respostas... Contudo o direito
não deve ser estático, mas sim dinâmico! Ante tais questionamentos seria
possível tornar tais discussões mais prolixas ao ponto de, em tese, fazer
aventuras jurídicas?

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