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Experimento 2
Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV)
Professor:____________________________________ Data:____/____/2010
Nome:____________________________________________ RA:__________
Introdução e Objetivos
O Movimento Retilíneo Uniforme descreve o comportamento de um corpo livre,
ou seja, um corpo numa situação livre da ação de forças externas. No Experimento 1,
estudamos o movimento de um carrinho que flutuava em um trilho de ar, numa
situação muito próxima da situação idealizada descrita acima. Se o seu experimento
foi bem conduzido e analisado, dentro das incertezas das medidas você deve ter
chego à mesma conclusão que Isaac Newton: um corpo livre mantém seu movimento
com velocidade constante enquanto a força resultante sobre ele é nula.
Nesse segundo experimento de Fenômenos Mecânicos, o objetivo é
novamente estudar o movimento do carrinho no trilho de ar, mas agora numa situação
onde ele é submetido à uma força constante não nula. Uma força resultante constante
implica numa aceleração (taxa de variação da velocidade) também constante, ou seja,
d dx
= a = constante. (1)
dt dt
Experimentalmente, essa aceleração constante será originada da transmissão da força
peso de um suporte de tarugos conectado ao carrinho através de um fio de nylon que
passa por uma polia. Da mesma forma que no Experimento 1, iremos medir
diretamente intervalos de espaço, L, e tempo, T, determinando as incertezas
envolvidas nessas medidas diretas, σL e σT. Analisaremos, então, o comportamento da
velocidade média com o tempo. O estudo do comportamento da posição x com o
tempo t será efetuado através da construção de gráficos. Por fim, analisando
detalhadamente as forças no sistema, seremos capazes de obter uma estimativa da
aceleração da gravidade no laboratório.
Materiais
Conjunto experimental de Trilho de Ar com Cronõmetro MMECL; Balança;
Carrinho deslizante; Corda de nylon com ganchos; Tarugo de latão; Suporte de pesos;
Régua.
1
Procedimento Experimental e Coleta de Dados
1 2 3 4 5
Fig. 1 Diagrama esquemático do trilho de ar, do carrinho, do fio de nylon que conecta este ao suporte de
pesos passando através da polia. Também são apresentados os suportes dos detectores de passagem.
L1
L2
L3
L4
Tabela 1. Medidas diretas de intervalos espaciais (distâncias entre sensores)
1
Considerando um conjunto de 3 medidas para cada L i,
3
Li =
Medida 1 + Medida 2 + Medida 3 ∑ (Medida j-L )
i
2
2
Posicione o carrinho no centro do trilho e ligue o gerador de fluxo de ar. Ajuste
o fluxo para que o carrinho deslize livremente no trilho. Posicione então o carrinho na
extremidade esquerda do trilho. Este ficará travado magneticamente na posição.
Verifique o funcionamento do cronômetro obstruindo os detectores com a mão, um a
um. Efetuados os testes, zere o cronômetro.
Se você acionar a chave inversora irá liberar o carrinho e, ao mesmo tempo,
transferir para ele uma determinada quantidade de movimento. Dessa forma, o
carrinho seria liberado com uma velocidade inicial diferente de zero. Ao invés de
acionar a chave inversora, desprenda manualmente o carrinho do magneto
permanente e, muito gentilmente, aproxime-o do Detector 1 até que a haste bloqueie a
luz que incide no detector. Mantenha essa posição. O cronômetro só será acionado
quando houver o desbloqueio do Detector 1. Libere então o carrinho. A força
transmitida pelo fio de nylon provocará a aceleração do carrinho.
Anote na Tabela 2 os quatro intervalos de tempo T1, T2, T3 e T4 apresentados
pelo cronômetro – essa é a Medida 1. Reposicione o carrinho no extremo esquerdo,
mantendo-o travado no magneto, zere o cronômetro e verifique o posicionamento dos
ganchos, do fio de nylon e do suporte de pesos, fazendo ajustes na montagem quando
necessário. Libere o carrinho de forma manual novamente, obtendo os dados para a
Medida 2. Repita esse procedimento para obter os intervalos temporais da Medida 3.
Efetue o tratamento estatístico desses dados, de forma semelhante ao efetuado para
as medidas de distância, Tabela 1. Se, para algum intervalo temporal, o valor do
desvio padrão da média for menor do que metade da menor divisão do cronômetro
(0,0005s), considere essa última como a incerteza na medida.
Intervalo Medida 1 (s) Medida 2 (s) Medida 3 (s) σTi (s)
Ti (s)
T1
T2
T3
T4
Tabela 2. Medidas diretas de intervalos temporais (tempo entre acionamento dos sensores)
A parte final da coleta de dados nesse experimento envolve a medida da massa dos
corpos, a massa do carrinho com o tarugo de latão (m1), a massa do suporte de pesos
(m2) e a massa do fio de nylon com os ganchos (mfio).
Grandeza m1 ± σm1 (gramas) m2 ± σm2 (gramas) mfio ± σmfio (gramas)
Medida
Tabela 3. Massas dos principais corpos materiais relevantes ao experimento.
3
Tratamento e Análise dos Dados Experimentais
De forma semelhante ao efetuado no Experimento 1, determine a velocidade
média em cada intervalo
L
v = . (2)
T
Demonstre que a incerteza nessa velocidade é dada por:
2 2
σL σT
σv = v + (3)
L T
Demonstração
4
Tabela 4. Estimativa da velocidade média em cada um dos quatro intervalos.
t1 = T1 , t 2 = T1 + T2 , t 3 = T1 + T2 + T3 , t 4 = T1 + T2 + T3 + T4 . (5)
4
Ponto t i (s) σt i (s) xi (cm) σxi (cm) vi (cm/s) σvi (cm/s)
___________ ___________
0 0 0 0 0
1
4
Tabela 5. Posição e velocidade média do carrinho em função do tempo
Com base nos dados da Tabela 5, construa, no “Papel Milimetrado” abaixo, um gráfico
80
75
70
65
Velocidade Média, v (cm/s)
60
55
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 2,0
Tempo, t (s)
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
5
Construa, no “Papel Milimetrado” abaixo, um gráfico da posição x em função
do tempo t, incluindo os dados de posição e tempo iniciais e as barras de erro
apropriadas.
65
60
55
50
45
Posiçao, x (cm)
40
35
30
25
20
15
10
5
0
-5
-0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0
Tempo, t (s)
Para um corpo material que executa um MRUV, seu movimento é descrito pela
equação diferencial Eq.(1). Integrando essa equação, obtemos
dx
= at + v0 , (6)
dt
onde v0 é uma constante de integração, a velocidade inicial. Essa equação mostra que
a velocidade instantânea (dx/dt) deve variar linearmente com o tempo. A integração da
Eq. (6) resulta em
t2
x(t ) = a + v0 t + x0 , (7)
2
onde x0 é uma constante de integração, a posição inicial.
6
No nosso caso específico, podemos fazer v0 = 0 e x0=0, pois o móvel parte do
repouso na origem do sistema de coordenadas. Dessa forma,
t2
x(t ) = a . (8)
2
Portanto, se nosso carrinho executa um MRUV, sua posição deve ser uma função
quadrática do tempo e a aceleração pode ser calculada através de
2x
a= . (9)
t2
Usando propagação de erros, demonstre que a incerteza na aceleração é dada por
2 2
σ x σ t
σ a = a + 4 2 . (10)
x t
Demonstração
4
Tabela 6. Determinação da aceleração ponto a ponto para um móvel que executa um MRUV.
Analisando criticamente os dados da tabela acima, você pode afirmar que o móvel
executa um MRUV? Explique.
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7
A figura abaixo apresenta um diagrama esquemático das forças atuando nos corpos, o
carrinho, de massa m1, e do suporte de pesos, de massa m2. Nessa figura, P1 e P2 são
os pesos dos corpos, N é a força normal e T é a tração na corda.
r
N
r
T
m1
r
P1 r
T
m2
r
P2
Fazendo uma análise das forças no sistema, demonstre que a aceleração do carrinho,
e do suporte de pesos, é dada por
m2
a=g
m1 + m2 , (11)
8
As 3 variáveis na Eq.(12) foram determinadas experimentalmente, logo, somos
capazes de estimar a aceleração da gravidade. Encontre uma expressão para a
incerteza em g, usando propagação de erros:
σ g= (13)
g= (14)
Comente esse resultado. Analise a influência da massa do fio de nylon (com ganchos),
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