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VI Congresso Brasileiro de Engenharia Química em Iniciação Científica 1/5

DETERMINAÇÃO TEÓRICO-EXPERIMENTAL DO COEFICIENTE DE


DIFUSÃO EM MISTURAS LÍQUIDAS BINÁRIAS DILUÍDAS : A
EFICIÊNCIA DA CÉLULA A DIAFRAGMA POROSO.

Elifaz de Souza Ferreira1 , Daniel Tostes Oliveira2


FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA – UNIVERSIDADE FEDERAL
DE UBERLÂNDIA
1 = discente 2 = docente
1 = elifaz21@bol.com.br 2 = tostes@ufu.br

RESUMO

Os fenômenos de difusão são encontrados em um vasto campo de atuação


da Engenharia Química, seja no projeto de equipamentos de separação, no controle
de reações ácido-base e no estudo da corrosão superficial de metais.Para o
conhecimento de tais fenômenos é importante um estudo detalhado do coeficiente
de difusão de uma substância em outra. Em grande parte dos sistemas há a
necessidade da determinação experimental desse coeficiente, face a pouca
disponibilidade de dados na literatura. Neste trabalho foi feita a determinação
experimental do coeficiente de difusão da mistura diluída metanol-água, mistura
esta que apresenta comportamento não ideal. O equipamento escolhido foi a
Célula a Diafragma Poroso, devido à facilidade de operação e a rapidez na
determinação do coeficiente. Para a comparação com valores teóricos foram
utilizadas correlações de ampla aceitação, assim como modelos termodinâmicos
válidos para soluções não ideais. Os valores obtidos apresentaram desvios na faixa
de 8% em relação aos valores calculados pelas correlações citadas na literatura o
que comprova a eficiência do equipamento.
Palavras chaves : difusividade mássica, célula a diafragma poroso, difusão.

INTRODUÇÃO forças moleculares poderem ser


descartadas ou consideradas apenas nas
A difusão representa um fenômeno colisões. Em oposição aos gases estão
de transferência de massa que surge os sólidos que possuem altas forças
devido a uma diferença de potencial, unindo suas moléculas o que dificulta o
provocada graças a uma diferença de desenvolvimento de um modelo
concentração puntual. Este fenômeno é satisfatório. Já os líquidos, que têm sido
o responsável por muitas das operações tratados como “gases densos”, estão
unitárias existentes no campo da num grupo intermediário e existem
Engenharia Química e da Engenharia de atualmente modelos razoáveis para a
Alimentos. A grandeza que mede a predição do coeficiente de difusão de
“força” da transferência de massa, no determinados pares.[ WILSON, R.E
fenômeno da difusão, é a difusividade WELTY,J..R ,WICKS C.E. & ]
mássica ou coeficiente de difusão. Desenvolvimentos teóricos
Dos três estados da matéria, os diferentes têm sido criados para a
gases são os mais fáceis de serem descrição da difusão em líquidos,
tratados matematicamente em relação à dependendo dos sistemas serem
difusão, pelo fato de suas moléculas eletrolíticos ou não-eletrolíticos. Para os
estarem distantes uma das outras e as sistemas de não eletrólitos, várias
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correlações para soluções diluídas são -1/3 PB 0,6
10 .T.(ηB ) .(VA )b .(VB )b .( ) eq(3)
1/6
disponíveis; uma escolha pode ser feita (DAB)0=8,93x -8 -1

PA
com base na exatidão necessária e na
disponibilidade de dados físicos
relevantes. ou então a correlação de HAYDUK &
MINHAS [5],[6],[7] :
REVISÃO DA LITERATURA
10 .T .ηB .(VB )b .PA .PB eq(4)
-0,23
Os coeficientes de difusão em ( DAB)0=1,55x -8 1,29 -0,92 -0,42 0,5

líquidos são cerca de dez mil vezes


menores que aqueles encontrados em
gases diluídos, apresentando-se numa Para a obtenção do coeficiente de
faixa de 10-9 a 10-10 m2/s. atividade do soluto pode-se utilizar as
Para soluções binárias não diluídas, equações de VAN LAAR [2] :
a correlação de VIGNES [REID,R.C. ,
A AB
PRAUSNITZ,J.M. & POOLING,B.E] Ln γ A = 2
eq(5)
têm-se mostrado útil para a ⎡ A AB . x A ⎤
determinação do coeficiente de difusão: ⎢1 + A . (1-x ) ⎥
⎣ BA A ⎦

⎡ ⎤
DAB = ( DAB ) . ( DBA ) . ⎢1 + ∂∂ lnln γxA ⎥ eq(1)
0 (1 - xA )
0 xA

⎣ A⎦ ou a equação de MARGULES [2] :


DAB = Coeficiente de difusão
(DAB)o = Coeficiente de difusão em Ln γ A = (1-xA )2 . [ AAB + 2.(ABA - AAB ). xA ] eq(6)
diluição infinita ( m2 / s )
γ = fator de atividade termodinâmico
x = fração molar
subscrito A = soluto
subscrito B = solvente
MATERIAIS E MÉTODOS
Podemos usar também a correlação de
LEFFER & CULLINAN
A obtenção dos dados experimentais foi
efetivada no equipamento denominado
xA ⎡ ∂lnγA⎤
DAB . μm = ( DA0B . μB)
. ( DB0A . μA) . ⎢1+
(1-xA)
de Célula a Diafragma Poroso. Neste
⎥ eq(2)
⎣ ∂lnxA⎦ equipamento, o fluxo de um
DAB = Coeficiente de difusão componente é limitado ao processo
(DAB)o = Coeficiente de difusão em difusivo, de modo a poder medir sua
diluição infinita ( m2 / s ) grandeza a partir da determinação da
γ = fator de atividade termodinâmico difusividade mássica do componente.
x = fração molar Dessa maneira o componente em
subscrito A = soluto análise flui através de uma membrana
subscrito B = solvente que separa dois compartimentos, onde
μ = viscosidade da mistura (cP ) temos soluções dos componentes A e B
O coeficiente de difusão em diluição em concentrações distintas. Um balanço
infinita pode ser obtido pela correlação de massa no sistema permite chegar à
de TYN & CALUS [TYN, M. T. & equação de determinação do coeficiente
CALUS, W. F.]: de difusão:

⎡ C - C2f ⎤
Ln ⎢ 1f ⎥ = - β . DAB . t eq(7)
⎣ C10 - C20 ⎦
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0,57 14,10
onde : 0,60 14,40
Cif = concentrações finais do soluto nos
compartimentos Os valores teóricos destes mesmos
C10 = concentrações iniciais do soluto coeficientes de difusão foram obtidos a
nos compartimentos partir dos dados constantes das Tabelas
β = constante da célula 2 e 3 listadas a seguir :
t = tempo de operação do equipamento

A operação do equipamento consiste em


dispor duas soluções com concentrações
previamente conhecidas nos dois Tabela 2 – Frações molares e
compartimentos separados entre si por coeficientes de atividade para o sistema
uma membrana semipermeável. Após metanol – água
efetuar um movimento rotatório no
equipamento durante um certo tempo xmetanol γ γ
(de modo a impedir que haja influência Van Laar Margules
da camada limite), este é colocado em 0,05 1,357 1,365
repouso e novamente é medida a
0,10 1,294 1,306
concentração nos dois compartimentos.
A determinação da constante da célula é 0,15 1,242 1,256
feita numa corrida anterior usando 0,20 1,199 1,212
soluções com o coeficiente de difusão 0,25 1,163 1,174
conhecido [8],[9],[10]. 0,30 1,132 1,141
0,35 1,107 1,114
ANÁLISE DOS RESULTADOS 0,40 1,086 1,090
0,45 1,068 1,070
Após terem feitos testes com o sistema 0,50 1,053 1,054
etanol-água, usando uma membrana de
0,55 1,041 1,040
acetato de celulose, obteve-se a
constante da célula como: 0,60 1,031 1,029

β = 26834 m-2 Tabela 3 – Frações molares, parâmetros


da equação de Vignes e coeficientes de
A Tabela 1 fornece os valores obtidos difusão para a solução metanol – água
para o coeficiente de difusão do sistema
metanol – água para diversos valores de xmetanol Van Laar Margules
concentração média de metanol. Δ ln γ DAB Δ ln γ DAB
10 10
Δ ln x .102 Δ ln x .102
Tabela 1 – Valores experimentais do (m /s) (m /s)
coeficiente de difusão obtidos na Célula 0,075 - 0,071 13,24 - 0,066 13,31
a Diafragma Poroso 0,175 - 0,125 12,74 - 0,125 12,74
0,275 - 0,148 12,68 - 0,154 12,59
xmetanol DAB 1010 0,375 - 0,149 12,94 - 0,164 12,71
( m2 / s )
0,475 - 0,132 13,49 - 0,142 13,33
0,08 13,20
0,575 - 0,115 14,05 - 0,115 14,05
0,18 12,80
0,38 12,62
0,46 13,41
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A Figura 2 apresenta os resultados dos [3] LEFFER,J. & CULLINAN, T.JR,
coeficientes de difusão calculados de “Variation of liquid diffusion
forma teórica e aqueles obtidos de coefficients with composition” -
forma experimental plotados em função Industrial Engineering Chemistry
da fração molar de metanol. Fundamental, (9),1970,84-97
COMPARAÇÃO ENTRE OS VALORES TEORICOS E

14,6
EXPERIMENTAL
[4] TYN, M. T. & CALUS, W. F. ,
14,4
“Diffusion Coefficients in Dilute Binary
Difusividade(m 2 /s)E 10

14,2
14
13,8
Liquid Mixtures”- J. Chem. Eng. Date,
13,6
13,4 (20),1975.
13,2
13
12,8
12,6
[5] HAYDUK, W. & MINHAS, B.S,
12,4
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
“Correlation for prediction of molecular
Fração Molar de Metanol diffusivities in liquids”- The Canadian
difusividade por Margules difusividade por Van-Laar Journal of Chemical Engineering, (16),
difusividade Experimental
1982, 295-299

[6] VADOVIC, C.J. & COLVER, C.P. ,


Figura 2 – Curvas do coeficiente de “Infinite dilution diffusion coefficients
difusão versus concentração para o in liquids”- AIChE Journal, (19)3 ,
sistema metanol-água 1973, 546-551

CONCLUSÕES [7] HALUSKA,J.L. & COLVER, C.P. ,


“Molecular binary diffusion for
A análise dos resultados experimentais nonideal liquid systems”- Industrial
frente aqueles obtidos teoricamente Engineering Chemistry Fundamental,
forneceram desvios médios da ordem de (10)4, 1971, 610-614
8% , com um desvio máximo de 11%.
Pode-se então concluir que o [8] DULLIEN,F.A.L. & SHEMIL,L.W.
equipamento utilizado, ou seja, a Célula , “Diffusion coefficients for the system :
a Diafragma Poroso se mostrou ethanol-water” – The Canadian Journal
adequada para a determinação proposta. of Chemical Engineering, 1961, 242-
Por se tratar de um equipamento de fácil 247
manejo e que fornece resultados rápidos
e confiáveis entendemos que o objetivo [9]ROBINSON,R.L., EDMISTER,W.C.
do trabalho foi plenamente alcançado. & DULLIEN,F.A. , “Calculation of
diffusion coefficients from diaphragm
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS cell diffusion data”- The Journal of
Physical Chemistry, (69)1 , 1965 , 258-
[1] WELTY,J..R ,WICKS C.E. & 261
WILSON, R.E. – Fundamentals of
Momemtum, Heat and Mass Transfer , [10] GUBULIN,J. C., FREIRE,J. T. &
John Wiley & Sons, 3th Edition , 1986. TOBINAGA, S. , “ Célula a Diafragma
Poroso”- Revista de Ensino de
[2] REID,R.C. , PRAUSNITZ,J.M. & Engenharia, São Paulo, 1984
POOLING,B.E. – The Properties of
Gases and Liquids , Mc Graw Hill, 4th
Edition, 1987.
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RELAÇÃO DAS VARIÁVEIS

(DAB)o = Coeficiente de difusão em


diluição infinita ( m2 / s )
γ = fator de atividade termodinâmico
x = fração molar
subscrito A = soluto
subscrito B = solvente
μ = viscosidade dinâmica ( cP )
P = parácora
A = fator de interação termodinâmico
V = volume molar no ponto normal de
ebulição ( cm3 / mol )

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