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ESCOLA SECUNDÁRIA

ÉPOCA CLÁSSICA
Século XVI - “ Período do Renascimento”

Género Lírico

LUÍS VAZ DE CAMÕES

1. A influência tradicional:

1.1. Nas formas:


• versos de sete e cinco sílabas (redondilha maior e menor);
• vilancete e cantiga ( composições constituídas por um mote, que introduz o tema, e uma glosa ou volta,
que o desenvolve).

Vilancete:

MOTE
Dois ou ________________ (O vilancete é perfeito quando: o mote tem dois ou três
três versos ________________ versos e o último se repete no fim de cada estrofe da
________________ glosa; cada estrofe da glosa tem sete versos; a glosa se
divide em duas partes: cabeça de quatro versos e cauda
GLOSA OU VOLTA de três, rimando o último verso da cabeça com o primei-
________________ ro da cauda.)
Uma ou mais ________________
estrofes de ________________ CABEÇA
sete versos ________________
________________ Rima emparelhada
________________
________________ CAUDA

Cantiga:

MOTE
_________________
_________________
Quatro ou _________________
cinco versos _________________
_________________

GLOSA OU VOLTA
_________________
_________________
_________________ O último verso do mote repete-se no último
Uma ou mais _________________ verso de cada estrofe da glosa, com ou sem
estrofes de _________________ alterações.
oito, nove ou _________________
dez versos _________________
_________________
_________________
_________________

1.2. Nos temas:


• o encanto das Pastorelas;
• o ritmo das Barcarolas ( a presença do mar pela invocação às ondas);
• o desabafo, a confidência da donzela das Cantigas de Amigo (a fonte).

1.3. Influência da poesia palaciana do “Cancioneiro Geral de Garcia de Resende”:


• o queixume de carácter petrarquista;
• temas fúteis ou banais e humorísticos;
• o requinte, o amaneirado e o jogo de espírito.

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A superioridade do seu sentimento artístico e a magia do seu génio, além de renovarem o conteúdo
desta poesia, dão-lhe um colorido mais vivo e atraente.

2. A influência petrarquista:

2.1. Nas formas:


A influência do poeta italiano Francesco Petrarca (1304-1374) em Camões é muito profunda e
concretiza-se não só a nível temático, mas também ao nível das formas, pela adopção de tipos de
composição como o soneto e a canção.

Soneto:
Composição poética fixa de assunto fundamentalmente lírico ou amoroso, constituída por catorze
versos distribuídos por duas quadras e dois tercetos. Os versos são decassílabos heróicos (acentuados nas
6ª, 8ª e 10ª sílabas) e o esquema rimático mais frequente é ABBA / ABBA / CDC / DCD (com a variante
CDE / CDE nos tercetos).
Quanto ao conteúdo, o soneto chega a desenvolver-se em quatro momentos: apresentação do tema
( 1ª quadra); desenvolvimento (2ª quadra); confirmação (1º terceto) e conclusão - a “chave de ouro” - (2º
terceto).

Canção:
Composição poética de maior fôlego, de tema normalmente amoroso, em estrofes longas e regulares, de
versos decassílabos combinados com hexassílabos, e dividida em três partes: introdução, de carácter
geográfico; desenvolvimento, parte mais longa, em que se desenvolve o pensamento dominante
(normalmente amoroso; finda, remate ou cabo, constituída por uma estrofe com menor número de versos,
em que há uma invocação da própria canção (personificada) e se sintetiza o conteúdo da composição.

2.2. Nos temas:

• Retrato idealizado da amada que se concretiza sobretudo em retratos em que o aspecto físico atinge a
impessoalidade do convencional (olhos sempre claros, cabelos louros, tez nívea, faces rosadas) e o
aspecto espiritual se caracteriza pela serenidade, a doçura do riso, a brandura de um gesto (rosto)
sossegado. Esta visão da mulher traduz também a concepção platónica do amor ideal e inacessível.
• Os efeitos contraditórios do amor.
• A invocação da natureza, ora como reflexo ora como contraste do estado de alma do sujeito: alegre se
amada está presente, triste se ela se ausentou ou a relação amorosa se rompeu.

Camões canta o amor só que de uma maneira mais bela e num tom confessional sem grandes
arrebatamentos.

3. A influência clássica (greco-latina):

3.1. Nos temas:


• A brevidade da vida;
• A mudança;
• O elogio da vida rústica.

Foram as regras do Classicismo que conseguiram abafar as grandes revoltas que Camões sentia e que
só de longe a longe nos revelava.

4. A inspiração pessoal:
Na lírica camoniana revela-se o mundo do eu do poeta, por vezes hipertrofiado com todo o seu
saudosismo, os seus amores e desenganos, as referências à vida pessoal, as agruras do desconcerto do
mundo, a frustração pessoal, o pessimismo e a revolta contra o destino. É esta faceta pessoal que
atravessa praticamente toda a lírica camoniana, o que dá à sua produção poética uma grande dimensão
humana, intemporal e universalista, e uma grande autenticidade.

A lírica camoniana oferece uma riqueza considerável de temas, distinguindo-se os grupos seguintes:

• O galanteio ou o esclarecimento amoroso, mais ou menos circunstancial;


• Os temas psicológicos quase sempre em torno da paixão amorosa;
• Os temas filosóficos, tais como o desajustamento entre o Merecimento e a Fortuna, entre o direito à
felicidade e o gozo dela, entre a justiça aparente e a justiça transcendente (o desconcerto).

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