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X WGRS - Novas Redes, Novos Serviços, Novos Desafios, Novas Soluções de Gerência

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Avaliação de Abordagens para o Gerenciamento Distribuı́do em


Redes de Sensores Sem Fio


Fabrı́cio A. Silva , Thais R. M. Braga , Linnyer B. Ruiz ,


 

Mauro A. V. Júnior , José Marcos S. Nogueira , Antonio A. F. Loureiro




Departamento de Engenharia Elétrica


Departamento de Ciência da Computação
Universidade Federal de Minas Gerais
Av. Antônio Carlos, 6627
31279-010 Belo Horizonte, MG, Brasil


Em perı́odo sabático nas universidades de Evry


e UPMC/Paris6/Lip6, França


fasilva, thaisrb, linnyer, maurojr, jmarcos, loureiro @dcc.ufmg.br 

Resumo. A utilização de uma solução de gerenciamento em Redes de Sensores Sem Fio


(RSSFs) é interessante para se promover a produtividade dos recursos e a qualidade dos
serviços de sensoriamento, processamento e disseminação de dados. A escolha da abor-
dagem de gerenciamento adotada deve considerar tanto as caracterı́sticas da rede quanto
as de sua aplicação. Neste trabalho, foi realizado um estudo comparativo entre a utilização
das abordagens Cliente/Servidor e Agentes M óveis no gerenciamento distribuı́do de uma
RSSF hierárquica heterogênea, na qual os gerentes são executados nos lı́deres dos grupos.
Estas abordagens foram simuladas e comparadas observando-se as seguintes métricas:
consumo de energia com transmissão de dados, perda de pacotes, utilização da largura
de banda e a distribuição desta utilização. Além disso, a quantidade de elementos da
rede foi variada, com o intuito de se avaliar aspectos de escalabilidade. Os resultados
mostram que, apesar da abordagem Cliente/Servidor ser, em geral, mais eficiente para
RSSFs contendo poucos nós, a utilização da abordagem de Agentes Móveis é mais es-
calável, tendendo a ser mais eficiente quando o número de nós que compõe a rede cresce.
Este é um trabalho pioneiro, pois até o momento não havia sido proposta a utilização de
Agentes Móveis para o gerenciamento de RSSFs.

1. Introdução
Uma Rede de Sensores Sem Fio (RSSF) é um tipo de rede móvel e sem fio que possui caracterı́sticas
bastante particulares [Loureiro et al., 2003], tais como a grande interação com o ambiente no qual
se encontra e as severas restrições das capacidades de processamento, transmissão e armazenamento
dos dispositivos que a compõe. Estes dispositivos são chamados de nós sensores, e são formados
por uma unidade computacional (micro-controlador e memória), um dispositivo de comunicação
sem fio, um ou mais dispositivos sensores e uma fonte de energia. Uma RSSF, diferentemente de
uma rede tradicional, é projetada para execução de uma aplicação especı́fica: ela coleta dados de
um ambiente de interesse através de seus dispositivos sensores, realiza algum tipo de processamento
sobre estes dados e os dissemina em direção ao Ponto de Acesso (PA) da rede, que é o elemento
capaz de enviar tais dados para o observador, localizado fora da rede. As RSSFs podem possuir

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caracterı́sticas e configurações diferentes, escolhidas de acordo com a aplicação para as quais são
projetadas [Ruiz, 2003].
É interessante que as RSSFs sejam gerenciadas, afim de promover a produtividade de seus
recursos e a qualidade de seus serviços de sensoriamento, processamento e disseminação de da-
dos. No entanto, dadas as particularidades destas redes, fica evidente a necessidade de uma solução
de gerência especı́fica, que atenda às demandas de cada RSSF e suas aplicações. A arquitetura
MANNA [Ruiz, 2003] foi proposta como um arcabouço especı́fico para o gerenciamento de RSSFs.
Neste trabalho, investigamos qual o impacto causado pela escolha de uma determinada abor-
dagem para execução da estratégia distribuı́da de gerenciamento em uma RSSF. Em particular, re-
alizamos um estudo comparativo entre a abordagem Cliente/Servidor e a de Agentes Móveis, de
acordo com métricas especı́ficas. Dois modelos foram propostos, cada um referente a uma abor-
dagem, um projeto de simulação foi definido, e através dele, as duas abordagens foram aplicadas a
uma RSSF hierárquica heterogênea.
O restante deste artigo está organizado da seguinte forma: a Seção 2 contém uma pe-
quena introdução sobre o gerenciamento de RSSFs, em particular através da utilização dos serviços,
funções e modelos propostos pela arquitetura MANNA. A Seção 3 descreve em detalhes os dois
modelos propostos para serem analisados neste trabalho. Na Seção 4 estão descritos os detalhes
do projeto de simulação proposto para análise e comparação, através de métricas pré-estabelecidas,
entre o modelo Cliente/Servidor e o de Agentes Móveis. A Seção 5 traz os resultados encontrados
para cada uma das métricas observadas. Finalmente, as Seções 6 e 7 apresentam, respectivamente,
os trabalhos relacionados encontrados na literatura e as considerações finais e os trabalhos futuros.

2. Gerenciando Redes de Sensores Sem Fio


O gerenciamento de RSSFs é uma nova área de pesquisa que recentemente começou a ganhar a
atenção da comunidade acadêmica. Sua utilização promove a produtividade dos recursos e a quali-
dade dos serviços de sensoriamento (QoS Sensing), processamento (QoS Processing) e disseminação
dos dados coletados pela rede (QoS Disseminating). A arquitetura MANNA [Ruiz, 2003] foi pro-
posta com o objetivo de oferecer um arcabouço para o gerenciamento de RSSFs, o qual é simples,
eficiente e aderente às caracterı́sticas particulares deste tipo de rede e suas aplicações. Esta ar-
quitetura foi projetada com base no paradigma do auto-gerenciamento, ou seja, baseada no uso de
serviços e funções de gerenciamento automáticos, executados com a utilização de pouca ou nenhuma
intervenção humana.
A arquitetura MANNA utiliza as duas dimensões de gerenciamento propostas pelo padrão
OSI (gerenciamento de áreas funcionais e nı́veis de gerenciamento) e ainda propõe uma terceira,
denominada funcionalidades das RSSFs, que permite a obtenção de funções, construção de serviços
e projeto de aplicações de gerenciamento.
A utilização das diversas estratégias de gerenciamento (centralizada, distribuı́da e
hierárquica) é também prevista pela arquitetura MANNA. Neste trabalho, utilizamos uma estratégia
distribuı́da, com os gerentes instalados nos nós de maior capacidade da rede. Estes gerentes também
são escolhidos para serem os lı́deres dos grupos da RSSF hierárquica utilizada. Para a execução dos
serviços e funções de gerenciamento, a arquitetura possibilita o uso de diversos modelos, dentre eles
o Cliente/Servidor e o de Agentes Móveis, os quais serão avaliados neste trabalho e estão explicados
em detalhes na Seção 3.
Dentre os vários serviços propostos pela arquitetura MANNA, foram escolhidos dois para
serem implementados, sendo eles serviços de auto-configuração e auto-manutenção da rede.

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- Serviço de Auto-configuração: muda os parâmetros de configuração da rede para adaptá-la di-
namicamente às condições ou estados variáveis do ambiente. Esta configuração do sistema deve
ocorrer de forma automática. Particularmente, neste trabalho o parâmetro a ser configurado será a
potência de transmissão dos nós comuns.
- Serviço de Auto-manutenç ão: permite que uma entidade possa monitorar suas partes constitu-
intes e se ajustar no intuito de alcançar objetivos pré-determinados. Neste trabalho, o foco está na
manutenção da área de cobertura de sensoriamento. Este serviço utiliza a função de controle de den-
sidade da rede para verificar a ocorrência de áreas densas ou esparsas. No primeiro caso, o serviço é
capaz de identificar nós redundantes, ou seja, aqueles que possuem área de cobertura bastante simi-
lar à de outros nós da rede, e retirá-los de serviço temporariamente. No momento em que o segundo
caso (baixa densidade) é detectado, o serviço verificará se existem nós redundantes na região em
questão que possam voltar ao serviço e assim garantir a cobertura total ou parcial da área.

3. Abordagens para a Execução de Estratégia Distribuı́da de Gerenciamento


Inicialmente definiremos dois modelos, sendo um referente à abordagem Cliente/Servidor e o outro
à de Agentes Móveis. Cada modelo executa as duas funções de gerenciamento apresentadas na
Seção 2. O envio direto dos dados sensoriados para o lı́der do grupo, através de uma mensagem de
SENSOR REPORT, faz parte de ambos os modelos.

3.1. Modelo Cliente/Servidor


O modelo Cliente/Servidor é tradicionalmente utilizado em várias aplicações de diversos tipos de
rede, tais como as redes de computadores tradicionais ou mesmo em redes sem fio estruturadas.
Em RSSFs, este modelo tem sido utilizado em alguns trabalhos, tanto para fins de coleta dos dados
produzidos, como para o gerenciamento destas redes. Neste modelo, de acordo com o protocolo
simples proposto para o gerenciamento de redes tradicionais, o Simple Network Management Pro-
tocol (SNMP) [W.Stallings, 1998], os gerentes da rede são os clientes, que solicitam informações
de gerenciamento dos elementos gerenciados, neste caso chamados de servidores. Para manter seus
dados de gerenciamento atualizados, os gerentes fazem requisições periódicas a todos os elementos.
Fica evidente o grande fluxo de mensagens que ocorre, principalmente em uma rede com um grande
número de nós.
Existem vantagens e desvantagens na utilização do modelo Cliente/Servidor como mecan-
ismo para execução de uma estratégia de gerenciamento. Se o gerente possui mais recursos que os
demais elementos da rede, é interessante que ele realize as tarefas que consomem mais processa-
mento e conseqüentemente mais energia. Além disso, este elemento poderá ser capaz de ter uma
visão mais ampla de uma parte da rede ou mesmo dela como um todo, o que o torna mais capacitado
para a tomada de decisões. No entanto, o intenso fluxo de mensagens pode ser algo prejudicial em
uma rede sem fio, uma vez que, dado o volume de dados, podem ocorrer congestionamento, colisão
e perda destes dados. Além disso, esta abordagem é pouco tolerante a falhas, pois se algum gerente
falhar, todos os elementos por ele gerenciados ficarão sem controle.
O modelo cliente/servidor aparece no relacionamento de cada gerente com os nós de seu
grupo. Para a realização da troca de mensagens entre estas entidades, foi definido e utilizado um
protocolo baseado no SNMP. Denominamos este protocolo SNMP-like. A figura 1 ilustra o funciona-
mento básico do modelo Cliente/Servidor proposto. Podemos dividir o tempo de funcionamento da
rede em dois momentos ou fases diferentes: o “Setup”é o intervalo de tempo em que a RSSF está
se auto-organizando e auto-configurando. No caso particular do modelo Cliente/Servidor, os lı́deres
(gerentes) solicitam e recebem as informações de localidade de todos os nós de seu grupo e as

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Nó Comum
Redundante Nó Líder Nó Comum

GIA) GE T(T
P OL O OP OLO
GE T(TO GIA)

RE S
S
GIA)
PON OL O E
SE(T (TOP
O POL S PON SE
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O

Figura 1: Fluxo de mensagens do modelo Cliente/Servidor.

funções de ajuste do controle de potência e identificação e desligamento de nós redundantes são exe-
cutadas. Para identificação dos nós redundantes, a mesma estratégia utilizada em [Ruiz et al., 2004]
foi adotada.
Em seguida, inicia-se a fase de “Operação”na qual os lı́deres periodicamente solicitam que
os nós ativos de cada grupo enviem sua informação de energia. Os nós redundantes, em intervalos
regulares de tempo, acordam e enviam uma mensagem para o lı́der, verificando se podem ou não
voltar ao serviço. Os lı́deres, de acordo com o nı́vel de energia apresentado pelos nós ativos, ver-
ificado através de um mapa de energia, decidem quando e quais nós redundantes devem se tornar
ativos.

3.2. Modelo de Agentes Móveis


Agentes Móveis são entidades ligadas à mobilidade de código, que permitem que uma inteligência
de gerenciamento seja migrada para os elementos gerenciados e executada localmente. Os Agentes
Móveis podem migrar de um elemento para outro em uma rede, em momentos e para lugares de sua
própria escolha.
O agente é capaz de recolher e interpretar dados de cada elemento da rede no qual é execu-
tado, tomando decisões locais necessárias para o bom funcionamento da rede como um todo. Ele é
capaz de carregar uma MIB (Management Information Base), a qual é alimentada sempre que passa
por um elemento da rede e é utilizada por ele nas tomadas de decisão durante a execução de um
serviço de gerenciamento, sendo descarregada sempre que o AM volta para o gerente. A rede deve
possuir pelo menos um elemento do sistema capaz de criar, instruir e destruir os Agentes Móveis.
Neste trabalho, este elemento é representado pelos gerentes. As agências, ambientes de execução
dos Agentes Móveis, devem ser instaladas nos nó da rede, permitindo que AMs possam migrar, ser
interpretados e executados em cada um destes nós [Gray et al., 1996].
A tecnologia de Agentes Móveis é algo que pode ser bastante explorado no contexto das
RSSFs. No entanto, assim como no caso do modelo Cliente/Servidor, existem vantagens e desvanta-
gens a serem consideradas. Com o uso de AMs, somente informações selecionadas serão levadas até
o gerente. Os Agentes Móveis liberam o gerente de uma sobrecarga de informações. Além disso, o
uso de AMs não requer conectividade contı́nua entre os elementos da rede, uma vez que ele é capaz

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Início

Envia
Envia ACK para
ACK_BACKUP SIM
Nó anterior era NÃO
nó anterior
para nó anterior redundante?

Armazena
Nó atual é
informações na SIM
Gerente?
MIB

NÃO

Finaliza execução Recupera topologia e


energia da MIB

Este nó é
NÃO
Está na fase redundante?
SIM NÃO
de Setup?
SIM

Energia residual
Ajusta potência de
está crítica?
transmissão de acordo Está marcado para
com a distância ser ativado? SIM

SIM
Compara localização Nó possui
do nó com os outros já redundante?
Muda estado
percorridos
administrativo do nó
para ativo SIM
NÃO

Há algum nó
NÃO
próximo? Marca
redundante para
ser ligado
SIM
NÃO
Migra para
Identifica nó como NÃO
próximo nó da
redundante
lista

Figura 2: Funcionamento básico do modelo de Agentes Móveis.

de esperar pelo momento em que a ligação entre dois nós é estabelecida para que seja transmitido.
Por outro lado, o uso de Agentes Móveis requer bastante atenção e cuidado no que diz respeito à sua
construção e transmissão. O código do agente deve ser robusto, otimizado e flexı́vel. Além disso,
o tamanho do agente é fundamental para o sucesso desta estratégia, uma vez que agentes grandes
e “pesados”geram mensagens grandes, o que pode se refletir em perda e aumento no consumo de
energia com transmissão, recepção e processamento. Outro aspecto que deve ser considerado com
cuidado é a segurança, pois ataques podem ser explorados nesta tecnologia.
Neste trabalho propomos o uso de AMs para a execução dos serviços de gerenciamento
especificados na Seção 2. A figura 2 ilustra o funcionamento deste tipo de agente, mostrando através
de um fluxograma, as ações que o mesmo realiza sempre que é executado por um elemento da rede.
Cada gerente lança, periodicamente, um AM em seu grupo. O AM possui uma lista com o
identificador dos nós a serem percorridos, a qual sempre termina com o identificador do lı́der. A fase
de “Setup”da rede corresponde às primeiras duas vezes em que o AM percorre um grupo. Durante a
primeira visita, em cada nó são recuperadas as informações de topologia (coordenadas) e energia, e
verifica-se se o nó é ou não redundante. Na segunda visita, a principal tarefa é o ajuste do controle da
potência de comunicação. O AM, utilizando as informações de topologia que já possui, compara a
distância entre o nó em que se encontra e o lı́der, e entre este nó e o vizinho para o qual enviará o AM,
realizando o ajuste de acordo com o maior valor encontrado. Na primeira visita, o agente percorre
os nós do grupo, na ordem em que os mesmos aparecem na lista de identificadores que recebeu. Em

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seguida, o AM poderá utilizar os dados da localização dos nós, previamente recolhidos, uma vez que
a RSSF utilizada é estática (nós não possuem mobilidade), para formar de maneira mais eficiente a
seqüência de nós a serem percorridos. Sempre que migra para o próximo nó da lista, o AM deixa
uma cópia sua na memória do nó de onde está saindo (atual). Este mecanismo é utilizado para que o
modelo possua alguma tolerância a falhas.
Uma vez que o AM identifica nós redundantes, ele deve possuir um mecanismo para tirá-los
de serviço temporariamente. Para tal, sempre que chega a um novo nó, o AM verifica se identificou
o nó anterior como redundante. Caso a resposta seja positiva, ele envia para este nó uma mensagem
que não só confirma sua chegada, mas que também possui um comando solicitando ao nó que saia
de serviço. Os nós redundantes desligados possuem um temporizador que permite que em intervalos
regulares de tempo, eles voltem ao serviço e esperem que o AM passe por eles e decida se devem ou
não voltar para a atividade. Para evitar o desperdı́cio de energia dos nós redundantes, o temporizador
destes nós é escalonado de acordo com o temporizador que o gerente utiliza para enviar o AM,
através da fórmula    . Nesta fórmula, o intervalo de tempo (I) utilizado pelos redundantes


para escalonar o temporizador que determina sua volta ao serviço é uma combinação entre o intervalo
utilizado pelo gerente para lançamento de um novo AM sobre a rede (   ) e uma pequena folga


(F). O uso da folga faz com que o nó volte ao serviço um pouco antes do momento previsto para a
chegada do AM, evitando que variações no atraso da rede impeçam que o nó esteja “acordado”para
recebê-lo.
Ao passar pelos nós redundantes, o AM verifica se existe ou não a necessidade de mantê-
los ativos. Caso o AM, ao verificar as informações de energia de um nó ativo próximo a um nó
redundante, através de um mapa de energia, tenha constatado que este nó está com energia crı́tica, o
nó redundante correspondente será mantido ativo pelo AM.

4. Projeto de Simulação
Os modelos descritos na Seção 3 foram avaliados neste trabalho através do uso de simulações. A
ferramenta de simulação utilizada foi o Network Simulator 2 (NS-2) [Network Simulator, 1999].
Em particular, foi utilizado um arcabouço, denominado MANNASim [Braga et al., 2004], o qual
oferece um conjunto de funcionalidades desenvolvidas com o objetivo de se estender as capacidades
do NS-2, permitindo a simulação de RSSFs.
Dois cenários de simulação foram definidos, cada um correspondendo a um modelo. A RSSF
adotada realiza coleta de dados de temperatura do ambiente. A configuração de alguns aspectos das
simulações foi realizada da mesma forma para ambos os cenários (Tabela 1). As caracterı́sticas
particulares de cada cenário estão descritas a seguir:


Cenário 1 - gerenciamento através do modelo Cliente/Servidor, utilizando protocolo SNMP-


like;


Cenário 2 - gerenciamento através do modelo de Agentes Móveis (AM).


As métricas escolhidas para este trabalho foram o consumo de energia com transmissão,
número de pacotes de gerenciamento perdidos, utilização da largura de banda e a distribuição desta
utilização. Como a transmissão de dados consome relativamente mais energia que o processamento
em RSSFs [Pottie and Kaiser, 2000], o consumo com processamento não foi avaliado.
A escolha do tamanho das mensagens de cada modelo possui grande impacto nos resultados
obtidos. Neste caso, seguimos os valores apresentados em [Stephan et al., 2004], atribuindo 16 bytes
para mensagens do cenário 1 e 1500 bytes para aquelas relacionadas ao cenário 2 (aproximadamente
100 vezes maior).

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Configurações Rede Configurações Simulação
Número de Lı́deres: 20; Tempo de Simulação: 4000 segundos;
Número de Nós Comuns: 100,200,300; Número de Simulações: 33;
Protocolo de Transporte: UDP; Tamanho do Cenário: 250m x 250m;
Protocolo MAC: IEEE 802.11;
Deposição dos Nós: Aleatória;
Configurações Lı́deres Configurações Nós Comuns
Alcance: 250 metros; Alcance: Ajustável;
Consumo Processamento: 0.360W; Consumo Processamento: 0.024W;
Consumo Transmissão: 0.6W; Consumo Transmissão: 0.036W;
Consumo Recepção: 0.3W; Consumo Recepção: 0.024W;
Consumo Sensoriamento: - Consumo Sensoriamento: 0.015W;
Tipo de Disseminação:programada; Tipo de Disseminação: Contı́nua;
Capacidade Bateria: 400J; Capacidade Bateria: 100J;
Largura de Banda: 100kbps; Largura de Banda: 28.8kbps;
Sensor(es) Disponı́vel(is): - Sensor(es) Disponı́vel(is): Temperatura;
Tipo de Sensoriamento: - Tipo de Sensoriamento: Programado;

Tabela 1: Caracterização das simulações realizadas.

Os nós comuns da rede realizam sensoriamento programado e disseminação contı́nua dos


dados de temperatura do ambiente, ou seja O lı́der, ao receber as informações enviadas pelos nós de
seu grupo através de uma mensagem de SENSOR REPORT, as armazena e aguarda para enviá-las
no próximo intervalo no qual fará transmissão de dados para o PA. Estas caracterı́sticas são válidas
para os dois modelos.
Em ambos os cenários, a RSSF possui um único PA, para o qual os lı́deres enviam os dados
sensoriados pelos nós comuns de seus grupos. O PA é estático, localizado no perı́metro da rede,
e pode ser alcançado diretamente pelos lı́deres. O protocolo utilizado na camada de rede realiza
entrega single-hop das informações, ou seja, cada nó de um grupo é capaz de transmitir informações
em um passo para o seu lı́der. Como a formação dos grupos é feita com base na proximidade entre
nós comuns e lı́deres, ou seja, cada nó será filho do lı́der que estiver mais próximo dele, e a RSSF
utilizada é hierárquica heterogênea, a utilização do mecanismo descrito acima para a camada de rede
é viável.

5. Resultados
Nesta seção estão apresentados os resultados de simulação obtidos para cada um dos cenários ado-
tados. Para cada uma das métricas de desempenho medidas, variamos o número de nós comuns
da rede, conforme mostra a tabela 1 (Seção 4), no intuito de aumentar o tamanho médio dos gru-
pos, verificando assim as condições de escalabilidade de cada modelo. Devido a um impedimento
tecnológico imposto pela configuração das máquinas utilizadas e a complexidade do software de
simulação (uma simples simulação pode demorar vários minutos para ser executada), restringimos
a quantidade de nós para no máximo 300.
Os gráficos apresentados a seguir contém os valores médios das métricas apresentadas e
seus respectivos desvios padrão. Para uma melhor visualização, todos os gráficos, com exceção
daqueles relacionados à distribuição da largura de banda (Seção 5.3), apresentam o eixo Y em escala
logarı́tmica. Vale ressaltar que, apesar dos resultados serem especı́ficos para os cenários simulados,

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é possı́vel se ter uma visão geral do que ocorre em RSSFs gerenciadas através de cada uma das
abordagens.

5.1. Consumo de Energia com Transmissão de Dados

Energia Consumida Transmissão − Líderes Energia Consumida Transmissão − Nós comuns


100
Cenário 1 Cenário 1
Cenário 2 Cenário 2
1
Energia (J)

Energia (J)
10
0.1

1 0.01
100 150 200 250 300 100 150 200 250 300
Número de Nós Número de Nós

(a) Lı́deres. (b) Nós Comuns.

Figura 3: Consumo de Energia com Transmissão de Dados.

A figura 3(a) mostra o consumo de energia com transmissão apresentado pelos nós lı́deres.
Pode-se observar que os lı́deres do cenário 2, apesar de apresentarem consumo maior (35 Joules) do
que os do cenário 1 (3-6 Joules), mantém este consumo constante quando o número de nós comuns
da rede cresce. Isto se deve ao fato que, no cenário 2, não importa o número de nós por grupo, o lı́der
enviará sempre a mesma quantidade de AMs durante o tempo de simulação. Já no cenário 1, quando
o número de nós comuns da rede cresce, o impacto causado pelo aumento imediato do número de
mensagens a serem transmitidas pelo lı́der aparece no aumento do consumo de energia.
Com relação aos nós comuns (Figura 3(b)), para ambos os cenários este valor é praticamente
constante, devido ao fato de que o aumento no número de nós da rede não possui qualquer impacto
sobre o total de mensagens enviadas por cada nó individualmente. A pequena diminuição do con-
sumo que ocorre com o aumento no número de nós, é explicada pelo aumento no número de perda de
pacotes, que pode ser vista no gráfico da figura 4. O valor do consumo de energia de transmissão por
nó é maior para o cenário 2, devido ao fato de que as mensagens transmitidas por estes nós, embora
em menor quantidade, são dez vezes maiores do que aquelas transmitidas pelos nós do cenário 1.

5.2. Utilização da Largura de Banda


A utilização da largura de banda indica qual a porcentagem de tempo que os elementos de rede
precisaram para transmitir dados de gerenciamento. Os valores apresentados são relativos a toda a
rede. Podemos perceber pela figura 5(a) que a utilização da largura de banda para os nós lı́deres é
maior para a rede utilizando a abordagem de AMs (cenário 2), devido ao tamanho das mensagens.
Porém, à medida que o número de nós aumenta, esta utilização permanece constante, enquanto
que para a abordagem Cliente/Servidor (cenário 1) os valores são crescentes. Com relação aos nós

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Porcentagem de Mensagens Perdidas


10 Cenário 1
Cenário 2

Mensagens Perdidas (%)


1

0.1
100 150 200 250 300
Número de Nós

Figura 4: Porcentagem Total de Pacotes Perdidos.

comuns (Figura 5(b)), a abordagem de Agentes Móveis também apresenta um valor superior ao de
Cliente/Servidor. A taxa de crescimento de acordo com o aumento do número de nós é praticamente
a mesma. Este aumento é devido ao fato que uma maior quantidade de nós irá gerar mais dados a
serem transmitidos pela rede.

Utilização da Largura de Banda − Líderes Utilização da Largura de Banda − Nós comuns


1e+07 1e+08
Cenário 1 Cenário 1
Cenário 2 Cenário 2

1e+07
Bytes

Bytes

1e+06

1e+06

100000 100000
100 150 200 250 300 100 150 200 250 300
Número de Nós Número de Nós

(a) Lı́deres. (b) Nós Comuns.


Figura 5: Utilização da Largura de Banda.

5.3. Distribuição da Largura de Banda Utilizada


Esta métrica indica a porcentagem da largura de banda utilizada por cada entidade da rede (lı́deres
e nós comuns). Podemos perceber pela figura 6(a) que a abordagem Cliente/Servidor mantém uma
boa parte (42-43%) da utilização da largura de banda dividida entre os 20 lı́deres da rede. Já para
a abordagem de Agentes Móveis, esta porcentagem é bem menor (12-19%). Além destes valores,
é visı́vel pelo gráfico que a utilização pelos lı́deres na abordagem de Agentes Móveis é decrescente
quando a quantidade de nós aumenta, mas é constante para a abordagem Cliente/Servidor.

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Com relação aos nós comuns, a figura 6(b) mostra que a maior parte da utilização da banda
(80-87%) está distribuı́da entre os vários nós comuns (100, 200 e 300), para o modelo de AMs. Além
disso, esta porcentagem de utilização cresce quando o número de nós aumenta. Já para a abordagem
Cliente/Servidor, uma porcentagem menor (56-57%) da banda está distribuı́da entre os nós comuns,
e este valor é praticamente constante quando a quantidade de nós aumenta.

Distribuição da Utilização da Largura de Banda − Líderes Distribuição da Utilização da Largura de Banda − Nós comuns
50 95
Cenário 1 Cenário 1
Cenário 2 Cenário 2

45
90

40
85

35
80
Utilizacao (%)

Utilizacao (%)
30

75

25

70
20

65
15

60
10

5 55
100 150 200 250 300 100 150 200 250 300
Número de Nós Número de Nós

(a) Lı́deres. (b) Nós Comuns.


Figura 6: Distribuição da Largura de Banda.

6. Trabalhos Relacionados
Muitos trabalhos publicados dentro da área de pesquisa relacionada às RSSFs utilizam a abordagem
Cliente/Servidor como forma de executar tarefas das aplicações desenvolvidas. Em particular, esta
abordagem foi utilizada em [Ruiz et al., 2003, Ruiz et al., 2004] como forma de execução de funções
e serviços em RSSFs planas e hierárquicas, homogêneas e heterogêneas, com gerenciamento central-
izado. Nestes artigos, ou autores se preocupam em mostrar que o uso do gerenciamento é benéfico
para as RSSF, independentemente de suas configurações ou organizações.
Em relação à abordagem de Agentes Móveis, existem trabalhos que tratam este tema
em diferentes frentes, sendo elas: motivação para o uso de agentes móveis e utilização da tec-
nologia de AMs em RSSFs e redes ad hoc. No primeiro caso, podemos citar [A. et al., 1998]
e [Lange and Oshima, 1999] como dois importantes trabalhos. O primeiro artigo discute o uso de
agentes móveis no gerenciamento de redes tradicionais, trazendo as definições de um agente de
software e do modelo de propagação de agentes. No segundo artigo, os autores analisam detalhada-
mente sete vantagens obtidas com o uso dos AMs. Além destes trabalhos, em [Stephan et al., 2004,
Liotta et al., 1999] os autores realizam experimentos com objetivo semelhante ao do nosso trabalho,
mas com o foco em redes tradicionais.
Alguns trabalhos trazem a aplicação da tecnologia de agentes móveis para a execução de
tarefas em RSSFs ou redes ad hoc. Em [Migas et al., 2003] é proposto um modelo que utiliza agentes
móveis e estáticos para a determinação de rotas em redes ad hoc. Em [Tseng et al., 2004] os autores
propõe um protocolo baseado no paradigma de agentes móveis para localização de alvos, utilizando
uma RSSF. No artigo [Qi et al., 2001] é proposto um agente móvel para realizar a integração de
dados em RSSFs. O artigo [Peysakhov et al., 2004] apresenta um sistema de AMs para redes ad hoc
sem fio, onde os agentes são capazes de monitorar a rede e tomar decisões inteligentes sobre como

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X WGRS - Novas Redes, Novos Serviços, Novos Desafios, Novas Soluções de Gerência
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eles se comunicam no sistema. Já o trabalho [Kotz et al., 2000] propõe a idéia de se utilizar AMs
para o filtro de dados em uma rede sem fio.
Vale ressaltar que ainda não existem trabalhos que aplicam Agentes Móveis para o gerencia-
mento de RSSFs, sendo este um trabalho pioneiro. Diferentemente dos trabalhos citados nesta seção,
este artigo analisou o impacto da adoção das abordagens Cliente/Servidor e Agentes Móveis como
forma de se gerenciar RSSFs hierárquicas heterogêneas, utilizando a estratégia de gerenciamento
distribuı́da.

7. Conclusão e Trabalhos Futuros


Neste artigo, apresentamos dois modelos elaborados para a execução de estratégia distribuı́da
de gerenciamento em RSSFs hierárquicas e heterogêneas: modelo Cliente/Servidor e modelo de
Agentes Móveis (AMs). A interação entre cliente e servidores é realizada através da troca de men-
sagens, formatadas de acordo com um protocolo SNMP-like. No modelo de AMs, os lı́deres recol-
hem informações e executam serviços e funções de gerenciamento através de Agentes Móveis, que
percorrem os nós de seu grupo em intervalos regulares de tempo. Um projeto de simulação foi
proposto e, através dele, as duas abordagens mencionadas acima foram comparadas de acordo com
o consumo de energia com transmissão, porcentagem de pacotes perdidos, utilização da largura de
banda e distribuição desta utilização. Para avaliar a escalabilidade de cada modelo, a quantidade
de nós foi variada entre 100, 200 e 300. Em linhas gerais, os resultados mostram que, apesar da
abordagem de Agentes Móveis ter se apresentado menos eficiente para as quantidades de nós em-
pregados neste trabalho, ela se mostrou mais escalável do que a abordagem Cliente/Servidor. Uma
vez que a visão em relação às RSSFs é que elas possuirão centenas a milhares de nós sensores, a
abordagem utilizando AMs tende a ser mais eficiente.
Existem tópicos importantes relacionados a este trabalho que podem ser explorados de
maneira mais detalhada, sendo deixados como trabalhos futuros. Podemos citar, por exemplo,
implementação de estratégias de segurança e de tolerância a falhas para AMs, além da utilização
de algoritmos de compressão.

Agradecimento
O presente trabalho foi realizado com apoio do CNPq, uma entidade do Governo Brasileiro voltada
ao desenvolvimento cientı́fico e tecnológico. Processo 55.2111/2002-3.

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