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Capı́tulo 3

Propagação em Meios Diferentes

3.1 Introdução
Neste capı́tulo serão analisados alguns casos de ondas eletromagnéticas planas, com
diferentes polarizações, propagando-se em meios diferentes. Inicialmente, o estudo
se concentrará nos casos onde a incidência de ondas se faz perpendicular às interfaces
entre os meios. O estudo de incidência oblı́qua é feito nas últimas seções. Parâmetros
como coeficiente de reflexão, transmissão e onda estacionária serão introduzidos para
facilitar a determinação de amplitude e fase das ondas refletidas e transmitidas,
numa transição entre meios diferentes. Fenômenos como reflexão total, transmissão
total e formação de ondas de superfı́cies serão abordados ao longo do capı́tulo.

3.2 Incidência Normal entre Dois Meios


A Figura 3.1 mostra um espaço constituı́do de dois meios diferentes, separados pelo
plano z = 0. Uma onda plana linearmente polarizada, cuja fonte se encontra no
meio 1, incide normalmente sobre a interface de separação dos meios. Nesta figura
encontram-se representados os vetores dos campos eletromagnéticos das ondas inci-
dente, refletida e transmitida. Observa-se que o vetor campo elétrico está alinhado
na direção x e o magnético na direção y. As ondas incidente e transmitida se
propagam no sentido z + , enquanto a refletida faz o sentido inverso, isto é, z − . Sabe-
se que, na interface entre os meios, os campos eletromagnéticos tangenciais têm que
satisfazer as condições de fronteira:

Etan 1 = Etan 2 (3.1)


e

37
CAPı́TULO 3. Propagação em Meios Diferentes 38

Meio 1 Meio 2
x
E i
E t

H i n H t n
1 3

0
y z
E r

n2 H r

Figura 3.1: Onda plana incidindo normalmente sobre uma interface.

az × Htan 1 − az × Htan 2 = J (3.2)


Se não houver corrente de condução na interface, então, a densidade de corrente J
é nula e

Htan 1 = Htan 2 (3.3)


No caso da incidência normal, todos os campos são tangenciais, sendo que na fron-
teira z = 0, têm-se

Ei + Er = Et (3.4)
e

Hi + Hr = Ht (3.5)

3.2.1 Transição entre Dielétricos


Nos meios dielétricos, considerados meios não-magnéticos, a permeabilidade pode
ser considerada como µo . Portanto, as impedâncias intrı́nsecas nos meios 1 e 2 são
fornecidas, respectivamente, por
39 3.2. Incidência Normal entre Dois Meios

ηo 120π
η1 = √ = √ (3.6)
r1 r1
e
ηo 120π
η2 = √ = √ (3.7)
r2 r2
Os campos incidentes são fornecidos por

Ei (z) = Ei ax = Eoi e−jβ 1 z ax (3.8)


e
1 Ei
Hi (z) = az × Ei (z) = ay (3.9)
η1 η1
os refletidos por

Er (z) = Er ax = Eor e jβ1 z ax (3.10)


e
1 Er
Hr (z) = − az × Er (z) = − ay (3.11)
η1 η1
Enquanto os transmitidos são obtidos a partir de

Et (z) = Et ax = Eot e−jβ 2 z ax (3.12)


e
1 Er
Ht (z) = az × Er (z) = ay (3.13)
η2 η2
Sendo assim, para a interface z = 0, tem-se

Ei + Er = Et (3.14)
utilizando-se (3.4) e
1 1 1
az × Ei (z) − az × Er (z) = az × Er (z) (3.15)
η1 η1 η2
ou
Ei Er Et
− = (3.16)
η1 η1 η2
CAPı́TULO 3. Propagação em Meios Diferentes 40

a partir de (3.5). Somando-se (3.14) e (3.16) obtém-se


 
η1
2Ei = 1 + Et (3.17)
η2
ou

Et = τ21 Ei (3.18)
sendo

Et 2η2
τ21 = = (3.19)
Ei η2 + η1
o coeficiente de transmissão do meio 1 para o meio 2 no plano z = 0. Pode-se
mostrar que, para onda incidindo na interface a partir do meio 2,

2η1
τ12 = (3.20)
η2 + η1
O coeficiente de reflexão, que é definido como a razão entre o campo refletido e
o campo incidente, pode ser obtido dividindo-se (3.14) por Ei , isto é,

Er Et
1+ = (3.21)
Ei Ei
ou

1 + ρ21 = τ21 (3.22)


Portanto,
η2 − η1
ρ21 = τ21 − 1 = (3.23)
η2 + η1
O coeficiente de reflexão “visto” do meio 2 em direção ao meio 1 é
η1 − η2
ρ12 = τ12 − 1 = (3.24)
η2 + η1

3.2.2 Transição Dielétrico-Condutor


Considerando-se que o meio 2 é um condutor perfeito, então a impedância intrı́nseca
deste meio é zero, o coeficiente de transmissão é nulo e o de reflexão igual a -1.
Entretanto, se o condutor não for perfeito, a impedância é dada por (2.44), isto é,
41 3.2. Incidência Normal entre Dois Meios


ωµ
η2 = (1 + j) (3.25)

enquanto os campos são expressos como
2η2
Et = Ei  0 (3.26)
η2 + η1
e
2η1
Ht = Hi  2Hi (3.27)
η2 + η1
uma vez que os valores tı́picos de impedância para um condutor são próximos de
zero.

3.2.3 Transição Condutor-Dielétrico


Considerando-se agora que o meio 1 é condutor, têm-se
2η2
Et = Ei  2Ei (3.28)
η2 + η1
e
2η1
Ht = Hi  0 (3.29)
η2 + η1
pois η1 é aproximadamente igual a zero.

Exemplo 3.1 Determine a percentagem de campo elétrico refletido na interface ar-


água e ar-cobre para uma onda de 10GHz.

Solução: Para o caso da interface entre dielétricos, ar-água, tem-se


Er η − ηo
ρ= = (3.30)
Ei η + ηo
onde η é a impedância intrı́nseca da água. Como

µo ηo 377
η= = √ = √  42Ω (3.31)
r o r 81
então
42 − 377
ρ=  −0, 8 (3.32)
42 + 377
CAPı́TULO 3. Propagação em Meios Diferentes 42

ou seja, a amplitude do campo elétrico refletido equivale a 80% do valor incidente.


Note que a onda sofre uma inversão de fase de 180◦ .
Para o caso da interface dielétrico-condutor, a impedância do condutor é fornecida
por 
πf µ
η = (1 + j) = (1 + j) × 7, 6 × 10−4 Ω  0 (3.33)
σ
e o coeficiente de reflexão por

(1 + j) × 7, 6 × 10−4 − 377
ρ=  −0.99999597 (3.34)
(1 + j) × 7, 6 × 10−4 + 377

Como se pode observar, a amplitude da onda refletida é praticamente 100% do valor


incidente.

3.2.4 Coeficiente de Onda Estacionária


Voltando ao caso de uma onda plana incidindo sobre a interface dielétrico-condutor,
sendo o condutor perfeito, tem-se como campo total no meio dielétrico

E = Ei + Er (3.35)
ou, para campos variando harmonicamente no tempo,

E = Eo sen (ωt − βz) + ρEo sen (ωt + βz) (3.36)


Como ρ = −1, então

E = −2Eo cos ωt sen βz (3.37)


Observa-se em (3.37) que não existe propagação, portanto, a onda se encontra parada
no espaço, variando sua amplitude no tempo e espaço de acordo com sen ωt e sen βz,
respectivamente. Este tipo de onda é denominada de onda estacionária.
Se o meio 2 for um condutor qualquer, ou um outro dielétrico, então, o coeficiente
de reflexão é diferente de -1. Sendo assim, o campo total pode ser escrito como

E = Eio sen (ωt − βz) + Ero sen (ωt + βz) (3.38)


ou

E = (Eio + Ero ) sen ωt cos βz + (Eio − Ero ) cos ωt sen βz (3.39)


onde Ero = ρEio .
43 3.2. Incidência Normal entre Dois Meios

Definindo-se

Eo cos φ = (Eio + Ero ) cos βz (3.40)

Eo sen φ = (Eio − Ero ) sen βz (3.41)

tem-se

E = Eo sen (ωt + φ) (3.42)

sendo

Eo = (Eio + Ero )2 cos2 βz + (Eio − Ero )2 sen2 βz (3.43)

e
 
Eio − Ero
φ = arctg tg βz (3.44)
Eio + Ero

O campo elétrico da onda, representada por (3.42), tem amplitude máxima dada
por

Emax = |Eio | + |Ero | (3.45)

e mı́nima por

Emin = |Eio | − |Ero | (3.46)

O coeficiente de onda estacionária é definido como sendo

Emax |Eio | + |Ero | 1 + |ρ|


COE = = = (3.47)
Emin |Eio | − |Ero | 1 − |ρ|

O termo SWR (Standing Wave Ratio) é muito empregado na prática para designar
o coeficiente de onda estacionária. Como o módulo do coeficiente de reflexão varia
de 0 a 1, então, 1  COE < ∞.
CAPı́TULO 3. Propagação em Meios Diferentes 44

3.3 Incidência Normal com Propagação em N Meios


3.3.1 Propagação em Três Meios
O esquema mostrado na Figura 3.2 apresenta três meios de impedâncias intrı́nsecas
diferentes. Considerando-se que todos são meios dielétricos sem perdas, têm-se para
o meio n = 1, 2 e 3,

Meio 1 Meio 2 Meio 3


x
E +1 E +2 E +3

H +1 n H +2 n H +3 n
1 1 1

0 y d z

E -1 E -2

H -1 n H -2
n 2 2

Figura 3.2: Espalhamento em três meios distintos.

E+
n (z) = an e
−jβn z
ax (3.48)
e
1 an −jβn z
H+
n (z) = az × E+
n (z) = e ay (3.49)
ηn ηn
como campos propagando-se na direção z + e, para o meio n = 1 e 2,

E−
n (z) = bn e
jβn z
ax (3.50)
e
1 bn jβn z
H−
n (z) = − az × E−
n (z) = − e ay (3.51)
ηn ηn
45 3.3. Incidência Normal com Propagação em N Meios

como campos propagando-se na direção z − , sendo



2π rn
βn = (3.52)
λo
e
120π
ηn = √ (3.53)
rn
Mais uma vez, utilizando-se das relações de fronteira, obtém-se:

• para a interface z = 0,

a1 + b1 = a2 + b2 (3.54)
e
η1
a1 − b 1 = ( a2 − b 2 ) (3.55)
η2
• para z = d,

a2 e−jβ2 d + b2 e jβ2 d = a3 e−jβ3 d (3.56)


e
η2
a2 e−jβ2 d − b2 e jβ2 d =
a3 e−jβ3 d (3.57)
η3
O coeficiente de reflexão na interface do meio 1 com o meio 2 é dado por
b1 ηeq − η1
ρ1 (0) = = (3.58)
a1 ηeq + η1
onde ηeq é a impedância intrı́nseca equivalente do meio 2 e 3 “vista” na interface
z = 0, no sentido z + . Enquanto o coeficiente de reflexão na interface do meio 2 com
o meio 3 é

b2 e jβ2 d b2 2jβ2 d
ρ2 (d) = −jβ d
= e = ρ2 (0) e2jβ2 d (3.59)
a2 e 2 a2
Dividindo-se (3.54) por (3.55), tem-se

1 + ρ1 (0) η2 1 + ρ2 (0)
= (3.60)
1 − ρ1 (0) η1 1 − ρ2 (0)
CAPı́TULO 3. Propagação em Meios Diferentes 46

1 + ρ2 (d) η3
= (3.61)
1 − ρ2 (d) η2
dividindo-se (3.56) por (3.57). Portanto, pode-se escrever a partir (3.61)
η3 − η2
ρ2 (d) = (3.62)
η3 + η2
Substituindo (3.58) e (3.59) em (3.60), obtém-se

ηeq η2 1 + ρ2 (d) e−2jβ2 d


= (3.63)
η1 η1 1 − ρ2 (d) e−2jβ2 d
ou

η3 −η2 −jβ2 d    
ejβ2 d + η3 +η2
e η3 ejβ2 d + e−jβ2 d + η2 ejβ2 d − e−jβ2 d
ηeq = η2 η3 −η2 −jβ2 d = η2 (3.64)
ejβ2 d − η3 +η2
e η2 (ejβ2 d + e−jβ2 d ) + η3 (ejβ2 d − e−jβ2 d )

ou ainda

η3 + jη2 tg (β2 d)
ηeq = η2 (3.65)
η2 + jη3 tg (β2 d)
O coeficiente de onda estacionária no meio 1 é dado por

1 + |ρ1 |
COE1 = (3.66)
1 − |ρ1 |
e, no meio 2, por

1 + |ρ2 |
COE2 = (3.67)
1 − |ρ2 |
O campo refletido na primeira interface, num plano qualquer z ≤ 0 , é fornecido
a partir de

E1− (z) = b1 e jβ1 z = ρ1 (0) a1 e jβ1 z (3.68)


Enquanto o campo transmitido para o meio 2 é dado por

τ1 (0)
E2+ (z) = a2 e−jβ2 z = a1 e−jβ2 z (3.69)
τ2 (0)
e o refletido
47 3.3. Incidência Normal com Propagação em N Meios

τ1 (0)
E2− (z) = b2 e jβ2 z = ρ2 (0) a1 e jβ2 z (3.70)
τ2 (0)
Finalmente, o campo transmitido para o meio 3 é obtido de

τ1 (0)
E3+ (z) = a3 e−jβ3 z = τ2 (d) a1 e−j(β2 −β3 )d e−jβ3 z (3.71)
τ2 (0)
Sendo os coeficientes de transmissão, τ1 (z) e τ2 (z), dados respectivamente por

τ1 (z) = 1 + ρ1 (z) (3.72)


e

τ2 (z) = 1 + ρ2 (z) (3.73)

Exemplo 3.2 Uma onda plana de 10GHz incide normalmente sobre uma folha de
plástico de 1cm de espessura. Qual o coeficiente de onda estacionária na região
anterior à placa? Para que valores de espessura este coeficiente é unitário? A
permissividade relativa da placa é 4.

Solução: Sabe-se que o COE nesta região depende do módulo do coeficiente de


reflexão na interface ar-dielétrico, que por sua vez depende da impedância equiva-
lente “vista” nesta interface, em direção ao conjunto plástico-ar. Portanto, deve-se
calcular a impedância equivalente utilizando-se a equação (3.65), ou seja,

ηo + jη tg (βd)
ηeq = η (3.74)
η + jηo tg (βd)

onde a impedância intrı́nseca do plástico e o argumento da tangente são, respecti-


vamente, fornecidos por
ηo 377
η=√ = = 188, 5 Ω (3.75)
r 2
e √
2π 2π r 4π
βd = d= d= (3.76)
λ λo 3
Sendo assim , o valor da impedância equivalente é então ηeq = 116 + j75 Ω e o
coeficiente de reflexão
ηeq − ηo 116 + j75 − 377
ρ= =  0, 545 ∠ − 155◦ (3.77)
ηeq + ηo 116 + j75 + 377
CAPı́TULO 3. Propagação em Meios Diferentes 48

Logo,
1 + |ρ| 1 + 0, 545
COE = = = 3, 4 (3.78)
1 − |ρ| 1 − 0, 545
Observe que o COE é unitário quando o coeficiente de reflexão é nulo. Neste caso,
a impedância equivalente do conjunto plástico-ar tem que ser igual a impedância do
meio anterior à placa. Como este meio é o ar, então, ηeq = ηo . É óbvio que a identi-
dade existe se o argumento da tangente na expressão da impedância equivalente for
nulo. Entretanto, isso significa dizer que a espessura d da folha, neste caso, é nula.
A solução geral para o problema é obtida quando se faz o argumento da tangente
igual a nπ, isto é,

2π r λo 3
βd = d = nπ =⇒ d = n √ = n cm (3.79)
λo 2 r 4

onde n é um número inteiro positivo.

3.3.2 Propagação em N Meios


A Figura 3.3 apresenta N meios de impedâncias intrı́nsecas diferentes. Considerando-
se que todos são meios dielétricos sem perdas, têm-se para o meio n = 1, 2 · · · N ,

Meio 1 x Meio 2 Meio N

E +1 E +2 E +N

H +1 n H +2 n H +N n
1 1 1

y
0 d1 dN-2 z

E -1 E -2

H -1 n H -2
n 2 2

Figura 3.3: Espalhamento em N meios.


49 3.3. Incidência Normal com Propagação em N Meios

E+
n (z) = an e
−jβn z
ax (3.80)
e
1 an −jβn z
H+
n (z) = az × E+
n (z) = e ay (3.81)
ηn ηn
como campos propagando-se na direção z + e, para o meio n = 1, 2 · · · N − 1,

E−
n (z) = bn e
jβn z
ax (3.82)
e
1 bn jβn z
H−
n (z) = − az × E−
n (z) = − e ay (3.83)
ηn ηn
como campos propagando-se na direção z − . O coeficiente de reflexão na interface
entre os meios N e N − 1 é dado por

bN −1 e jβN −1 zN −1 ηN − ηN −1
ρN −1 (zN −1 ) = −jβ z
= (3.84)
aN −1 e N −1 N −1 ηN + ηN −1
sendo


N −1
zN −1 = di (3.85)
i=1

Para m-ésima interface (m = 1, 2 · · · N − 2), tem-se

bm e jβm zm eq
ηm − ηm
ρm (zm ) = −jβ z
= eq (3.86)
am e m m ηm + ηm
onde

m
zm = di (3.87)
i=1
e
eq
eq ηm+1 + jηm+1 tg (βm+1 dm )
ηm = ηm+1 eq (3.88)
ηm+1 + jηm+1 tg (βm+1 dm )
sendo
eq
ηN −1 = ηN (3.89)
CAPı́TULO 3. Propagação em Meios Diferentes 50

O campo refletido na primeira interface é dado por (3.68) e, o transmitido, por


(3.69), onde os coeficientes são obtidos utilizando-se (3.86). Os demais campos são
calculados a partir de

+ τn (dn−1 )
En+1 (z) = an+1 e−jβn+1 z = an e−j(βn −βn+1 )dn−1 e−jβn+1 z (3.90)
τn+1 (dn−1 )
ou
n  
+ −jβn+1 z τn (dn−1 ) −j(βn −βn+1 )dn−1
En+1 (z) = a1 e e (3.91)
i=1
τn+1 (dn−1 )
e

n  
− jβn+1 z τn (dn−1 ) −j(βn −βn+1 )dn−1
En+1 (z) = a1 ρn+1 (dn−1 ) e e (3.92)
i=1
τ n+1 (dn−1 )

sendo n = 1, 2 · · · N − 2, do = 0 e ρN (dN −2 ) = 0.

Exemplo 3.3 Determine, para uma onda de 10GHz, o coeficiente de reflexão na


primeira interface do conjunto ar-vidro-plástico-ar. Considere o mesmo plástico da
questão anterior e um vidro de meio centı́metro de espessura com permissividade
relativa igual a 9.

Solução: Como no problema anterior, o coeficiente de reflexão depende da impedância


equivalente “vista” na primeira interface, em direção ao resto do conjunto. Esta
impedância pode ser obtida de forma recursiva, ou seja, primeiro se calcula a
impedância equivalente na segunda interface, “vista” na direção plástico-ar, para
depois se obter a impedância na primeira interface. Portanto,
ηo + jηp tg (βp dp )
ηeq2 = ηp (3.93)
ηp + jηo tg (βp dp )
e
ηeq2 + jηv tg (βv dv )
ηeq1 = ηv (3.94)
ηv + jηeq2 tg (βv dv )
onde os ı́ndices p e v estão relacionados, respectivamente, com o plástico e o vidro. A
impedância intrı́nseca do plástico, calculada no exemplo anterior, é 188,5Ω, enquanto
a do vidro é dada por
ηo 377
ηv = √ = = 125, 7 Ω (3.95)
r 3
51 3.4. Incidência Oblı́qua entre Dois Meios

O argumento da tangente, no caso do vidro, é



2π 2π r
βv dv = dv = dv = π (3.96)
λ λo
Sendo assim, a impedância equivalente na segunda interface é ηeq2 = 116 + j75 Ω,
como calculado no exemplo anterior, e na primeira interface, ηeq1 = ηeq2 , pois a
tangente de π é zero. Portanto, o coeficiente de reflexão desejado é
ηeq1 − ηo 116 + j75 − 377
ρ= =  0, 545 ∠ − 155◦ (3.97)
ηeq1 + ηo 116 + j75 + 377
Observe que o vidro não exerceu nenhuma influência sobre o resultado final, pois,
neste caso, sua espessura equivale a λ/2. Pode-se demostrar que, para espessuras
iguais a múltiplos de λ/2, a impedância da primeira interface será sempre igual a
da segunda. Este resultado será estudado com mais detalhes no próximo capı́tulo.

3.4 Incidência Oblı́qua entre Dois Meios


3.4.1 Ondas Linearmente Polarizadas - Caso Perpendicular
Uma onda eletromagnética linearmente polarizada, com vetor campo elétrico per-
pendicular ao plano de incidência, incide obliquamente formando um ângulo θi , com
a normal da interface entre dois meios dielétricos sem perdas. A Figura 3.4 apresenta,
além do campo incidente, os campos refletidos e transmitidos. Considerando-se que
o plano de incidência seja o plano y = 0 e a interface se encontra no plano z = 0,
têm-se:

Ei (r) = Eo e−jβ1 n1 · r ay (3.98)


e
1 Eo −jβ1 n1 · r
Hi (r) = n1 × Ei (r) = e (− cos θi ax − sen θi az ) (3.99)
η1 η1
como os campos incidentes,

Er (r) = ρ⊥ Eo e−jβ1 n2 · r ay (3.100)


e

1 Eo −jβ1 n2 · r
Hr (r) = n2 × Er (r) = ρ⊥ e (cos θr ax − sen θr az ) (3.101)
η1 η1
CAPı́TULO 3. Propagação em Meios Diferentes 52

Meio 1 x Meio 2

Ei
Hi n 1
r
θi
y

0
θr θt z

Et
H Ht
r
E r
n 3
n 2

Figura 3.4: Incidência Oblı́qua - Caso perpendicular.

como os campos refletidos, e

Et (r) = τ⊥ Eo e−jβ2 n3 · r ay (3.102)


e

1 Eo −jβ2 n3 · r
Ht (r) = n3 × Et (r) = τ⊥ e (− cos θt ax − sen θt az ) (3.103)
η2 η2

como os campos transmitidos. Os versores n1 , n2 e n3 indicam a direção de


propagação das ondas, e

−β1 n1 · r = −β1 z cos θi + β1 x sen θi (3.104)

−β1 n2 · r = β1 z cos θr + β1 x sen θr (3.105)


e

−β2 n3 · r = −β2 z cos θt + β2 x sen θt (3.106)


53 3.4. Incidência Oblı́qua entre Dois Meios

fornecem as fases destas ondas.


Das condições de fronteiras (3.4) e (3.5) obtém-se, respectivamente,

e jβ1 x sen θi + ρ⊥ e jβ1 x sen θr = τ⊥ e jβ2 x sen θt (3.107)


e

η1
− cos θi e jβ1 x sen θi + ρ⊥ cos θr e jβ1 x sen θr = − τ⊥ cos θt e jβ2 x sen θt (3.108)
η2

Para que exista continuidade na fronteira z = 0, os campos devem ter a mesma


variação de fase, isto é,

e jβ1 x sen θi = e jβ1 x sen θr = e jβ2 x sen θt (3.109)


ou

β1 sen θi = β1 sen θr = β2 sen θt (3.110)


donde se conclui que

θi = θ r (3.111)
A equação (3.111) é conhecida como lei de Snell para reflexão. Voltando-se a atenção
mais uma vez para equação (3.110), tem-se

β1 sen θi = β2 sen θt (3.112)


ou, para meios dielétricos,

2
sen θi = sen θt (3.113)
1
A expressão (3.113) é conhecida como lei de Snell para refração.
Considerando-se (3.110), a equação (3.107) pode ser reescrita como

1 + ρ⊥ = τ ⊥ (3.114)
e a (3.108) como
η1
− cos θi + ρ⊥ cos θr = − τ⊥ cos θt (3.115)
η2
Substituindo (3.114) em (3.115), tem-se
CAPı́TULO 3. Propagação em Meios Diferentes 54

η2 cos θi − η1 cos θt
ρ⊥ = (3.116)
η2 cos θi + η1 cos θt
ou, para meios não magnéticos sem perdas,

cos θi − 21 − sen2 θi
ρ⊥ =  (3.117)
cos θi + 21 − sen2 θi

3.4.2 Reflexão Total, Ângulo Crı́tico e Onda de Superfı́cie


Observa-se em (3.117) que o coeficiente de reflexão é sempre um número real desde
que a permissividade do meio 1 seja menor que a do meio 2, isto é, 2 > 1 . Caso
contrário, existirão certos ângulos de incidência que levarão o coeficiente de reflexão
a um valor complexo com módulo igual a um. A onda será totalmente refletida
quando estes ângulos forem iguais ou superiores a um certo ângulo crı́tico θc , dado
por

2
θc = arcsen (3.118)
1
Pode-se verificar que, para o ângulo crı́tico ρ⊥ = 1 e o coeficiente de transmissão
τ⊥ = 2. Como foi dito, nenhuma onda se propaga no meio 2, já que a reflexão é
total. Entretanto, este valor para o coeficiente de transmissão pode ser explicado
como segue: se θi ≥ θc , então
 
1
cos θt = ± j sen θt − 1 = ± j
2 sen2 θi − 1 (3.119)
2
Tomando-se

1
cos θt = − j sen2 θi − 1 (3.120)
2
o campo transmitido fica sendo expresso através de

Et = τ⊥ Eo e−jβ2 z cos θt e jβ2 x sen θt = τ⊥ Eo e−α z e jβ2 x sen θt (3.121)


onde

1
α = β2 sen2 θi − 1 (3.122)
2
55 3.4. Incidência Oblı́qua entre Dois Meios

o que corresponde a uma onda propagando-se no sentido x− e com campo elétrico


decaindo exponencialmente na direção z, dentro do meio 2. Esta onda é chamada
de onda de superfı́cie.
É importante ressaltar que a reflexão total e, consequentemente, a formação de
onda de superfı́cie, pode também ocorrer no caso paralelo que será visto a seguir,
contanto que o meio 1 seja mais refringente que o meio 2.
Exemplo 3.4 Uma antena posicionada no fundo de um tanque de água doce radia
uma onda eletromagnética de 300MHz, 200V/m de amplitude e polarização linear
perpendicular ao plano de incidência. A onda atinge a superfı́cie d’água com um
ângulo de 30 ◦ em relação à normal desta superfı́cie. Qual deve ser a intensidade
do campo elétrico no ar a um metro de altura? A onda continua propagando-se pelo
ar? Para simplificar o problema, considere que a onda, quando chega na interface
água-ar, é praticamente plana. Despreze as reflexões nas paredes do tanque.

Solução: O primeiro passo é verificar se existe reflexão total, pois a água é mais
refringente que o ar. Portanto, deve-se determinar qual o valor do ângulo crı́tico
que, nesta situação, é

1 1
θc = arcsen = arcsen = 6, 4◦ (3.123)
81 9
Como o ângulo de incidência é maior que o ângulo crı́tico, então, a onda é total-
mente refletida para dentro do tanque. Entretanto, existirá campo elétrico no ar
devido à onda de superfı́cie. Para se obter a intensidade deste campo é necessário se
determinar a amplitude do campo transmitido próxima à interface água-ar. Sabe-se
que a amplitude da onda de superfı́cie é dada por
Et = |τ⊥ | Eo e−α z (3.124)
onde, neste problema, Eo = 200V/m, z corresponde à altura em relação ao nı́vel da
água no tanque e
2 cos θi 2 cos 30
τ⊥ = 1 + ρ⊥ =  = √  1, 74 ∠ − 30◦
cos θi + 1 − sen2 θi
2 cos 30 + 81 − sen 30
2

(3.125)
O valor da atenuação, α, é obtido de

2π 1 √
α= sen2 θi − 1 = 2π 81sen2 30 − 1 = 27, 6 Np/m (3.126)
λ o 2
Sendo assim, a intensidade de campo a um metro da superfı́cie da água é então
Et = 1, 74 × 200 × e−27,6 = 3, 59 × 10−10 V/m (3.127)
CAPı́TULO 3. Propagação em Meios Diferentes 56

3.4.3 Ondas Linearmente Polarizadas - Caso Paralelo


Uma onda eletromagnética linearmente polarizada, com vetor campo elétrico par-
alelo ao plano de incidência, incide obliquamente formando um ângulo θi com a
normal da interface entre dois meios dielétricos sem perdas. A Figura 3.5 apresenta
os campos espalhados, que são expressos por

x
Meio 1 E Meio 2
i

Hi n 1
r
θi
y

0
θr θt z

Et
E Ht
r
H
r n 3
n 2

Figura 3.5: Incidência Oblı́qua - Caso paralelo.

Ei (r) = Eo e−jβ1 n1 · r (cos θi ax + sen θi az ) (3.128)


e

1 Eo −jβ1 n1 · r
Hi (r) = n1 × Ei (r) = e ay (3.129)
η1 η1
como os campos incidentes,

Er (r) = ρEo e−jβ1 n2 · r (cos θr ax − sen θr az ) (3.130)


e

1 Eo −jβ1 n2 · r
Hr (r) = n2 × Er (r) = −ρ e ay (3.131)
η1 η1
57 3.4. Incidência Oblı́qua entre Dois Meios

como os campos refletidos, e

Et (r) = τEo e−jβ2 n3 · r (cos θt ax + sen θt az ) (3.132)


e

1 Eo −jβ2 n3 · r
Ht (r) = n3 × Et (r) = τ e ay (3.133)
η2 η2
como os campos transmitidos.
Mais uma vez, na interface entre os meios, têm-se

cos θi e jβ1 x sen θi + ρ cos θr e jβ1 x sen θr = τ cos θt e jβ2 x sen θt (3.134)
e
η1 jβ2 x sen θt
e jβ1 x sen θi − ρ e jβ1 x sen θr = τ e (3.135)
η2
Como as fases devem ser idênticas na interface, então

cos θt
1 + ρ = τ (3.136)
cos θi
e
η1
1 − ρ = τ  (3.137)
η2
Donde se pode obter

η2 cos θt − η1 cos θi
ρ = (3.138)
η2 cos θt + η1 cos θi
ou, para meios não magnéticos sem perdas,

− 21 cos θi + 21 − sen2 θi
ρ =  (3.139)
2
1
cos θi + 21 − sen2 θi

3.4.4 Transmissão Total e Ângulo de Brewster


É possı́vel se obter, neste tipo de incidência, transmissão total da onda incidente
para o meio 2. Isto ocorre para um certo ângulo θB , que faz o coeficiente ρ = 0.
Este ângulo é denominado ângulo de Brewster e seu valor é obtido a partir de
CAPı́TULO 3. Propagação em Meios Diferentes 58


2 2
− cos θB + − sen2 θB = 0 (3.140)
1 1
ou
2
sen2 θB = (3.141)
2 + 1
Portanto,

2
θB = arcsen (3.142)
2 + 1
ou

2
θB = arctg (3.143)
1

3.4.5 Ondas Elipticamente Polarizadas


A Figura 3.6 apresenta uma onda plana elipticamente polarizada incidindo com um
certo ângulo θi . Estão representados na figura apenas os campos elétricos das ondas
incidente e espalhadas pela superfı́cie de interface entre os meios.
Pode-se verificar na Figura 3.6 que a onda elipticamente polarizada é composta
de uma componente de campo elétrico perpendicular, Ey , e outra paralela, Eθ , ao
plano de inicidência. O módulo do vetor campo elétrico incidente é dado por

Ei = Eiy ay + Eiθ aθ (3.144)


sendo

Eiy = E⊥ e−jβ1 n1 · r (3.145)


e

Eiθ = E e jδi e−jβ1 n1 · r (3.146)


A defasagem entre as componentes é representada por δi , enquanto as amplitudes
podem ser relacionadas através de
 
E
αi = arctg (3.147)
E⊥
Considerando que os coeficientes de reflexão para as componentes perpendicular
e paralela são dados, respectivamente, por
59 3.4. Incidência Oblı́qua entre Dois Meios

Meio 1 x Meio 2

Ei
θ

E n
iy 1
r
θi
y

0
θr θt z

E
Er tθ
θ
E E n
ty
ry 3

n
2

Figura 3.6: Onda plana elipticamente polarizada incidindo obliquamente na interface


entre dois meios.

ρ⊥ = |ρ⊥ | e jφ⊥ (3.148)


e

ρ = |ρ| e jφ (3.149)


pode-se, então, escrever o campo elétrico refletido como

Er = Ery ay + Erθ aθ (3.150)


onde

Ery = |ρ⊥ | e jφ⊥ E⊥ e−jβ1 n2 · r (3.151)


e

Erθ = − |ρ| e jφ E e jδi e−jβ1 n2 · r (3.152)


O sinal negativo que aparece em (3.152) está associado ao sentido do campo elétrico
em relação ao versor aθ . A defasagem entre as componentes do campo refletido pode
então ser expressa por
CAPı́TULO 3. Propagação em Meios Diferentes 60

δr = δi + π + φ − φ⊥ (3.153)
e a relação entre as amplitudes, por
   
|ρ| E |ρ|
αr = arctg = arctg tg αi (3.154)
|ρ⊥ | E⊥ |ρ⊥ |
Finalmente, para os campos transmitidos, têm-se

τ⊥ = |τ⊥ | e jψ⊥ (3.155)


e

τ = |τ| e jψ (3.156)


onde o campo elétrico transmitido é dado por

Et = Ety ay + Etθ aθ (3.157)


sendo

Ety = |τ⊥ | e jψ⊥ E⊥ e−jβ2 n3 · r (3.158)


e

Etθ = |τ| e jψ E e jδi e−jβ2 n3 · r (3.159)


Portanto, a defasagem entre as componentes do campo transmitido é

δt = δi + ψ − ψ⊥ (3.160)
e
   
|τ| E |τ|
αt = arctg = arctg tg αi (3.161)
|τ⊥ | E⊥ |τ⊥ |

Exemplo 3.5 Uma onda eletromagnética incide na superfı́cie d’água formando um


ângulo de 83,66◦ com sua normal. Qual a polarização da onda refletida? O campo
elétrico é fornecido por

Ei (r, t) = 2 sen (ω t − β1 n1 · r)ay + cos(ω t − β1 n1 · r) aθ


61 3.4. Incidência Oblı́qua entre Dois Meios

Solução: Pode-se observar que a razão entre as amplitudes das componentes do


campo incidente é E/E⊥ = 1/2 e que a defasagem é δi = 90◦ . A relação entre
amplitudes da onda refletida é dada por
   
|ρ| E |ρ|
αr = arctg = arctg 0, 5 =0 (3.162)
|ρ⊥ | E⊥ |ρ⊥ |

pois 
−81 cos 83, 66◦ + 81 − sen2 83, 66◦
ρ =  0 (3.163)
81 cos 83, 66◦ + 81 − sen2 83, 66◦
e 
cos 83, 66◦ −81 − sen2 83, 66◦
ρ⊥ =   0, 98 ∠180◦ (3.164)
cos 83, 66 + 81 − sen 83, 66
◦ 2 ◦

Como αr = 0, então, só existe uma componente de campo refletido, isto significa
dizer que a onda refletida está linearmente polarizada. Note que ρ = 0, logo,
a componente paralela do campo incidente é totalmente transmitida para água e
θi = 83, 66◦ , neste problema, é o ângulo de Brewster.

Exemplo 3.6 A Figura 3.7 mostra um enlace de rádio que atravessa um lago. As
antenas do enlace são helicoidais e estão polarizadas circularmente para a esquerda.
Observe que parte do sinal é refletido pelo lago e atinge a antena receptora. Se a
onda refletida tiver a mesma polarização da onda direta, haverá interferência na
recepção do sinal devido à defasagem das ondas, uma vez que as distâncias percor-
ridas são diferentes. A pergunta então é: qual a polarização da onda refletida no
lago? Considere o ângulo de incidência na água igual a 45◦ .

Solução: A razão entre as amplitudes do campo incidente, neste caso, é 1, pois a


onda tem polarização circular. Os coeficientes de reflexão são fornecidos por

−81 cos 45◦ + 81 − sen2 45◦
ρ = √  0, 73 ∠180◦ (3.165)
81 cos 45◦ + 81 − sen2 45◦
e √
cos 45◦◦ − 81 − sen2 45◦
ρ⊥ = √  0, 85 ∠180◦ (3.166)
cos 45◦ + 81 − sen2 45◦
Portanto,    
|ρ| E 0, 73
αr = arctg = arctg  41◦ (3.167)
|ρ⊥ | E⊥ 0, 85
CAPı́TULO 3. Propagação em Meios Diferentes 62

ou seja, as amplitudes das componentes do campo refletido não são mais iguais. Por
outro lado, a defasagem entre as componentes da onda refletida é

δr = δi + π + 180◦ − 180◦ = δi + 180◦ (3.168)

isto é, se δi = 90◦ , então δr = −90◦ , ou vice-versa. O sentido da onda incidente será
sempre oposto ao da refletida. A polarização da onda refletida que chega à antena
receptora é elı́ptica para a direita. Portanto, o sinal desta onda será atenuado pela
antena receptora, pois esta foi projetada para receber ondas circularmente polarizada
para a esquerda.

Antena Antena
Transmissora Receptora

Lago

Figura 3.7: Enlace de rádio com reflexão do sinal sobre um lago.

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