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Celso Candido
Quer dizer, a ação moral não pode existir sem um princípio causal que
determine, não propriamente as ações morais, mas antes que determine a
priori a "faculdade de desejar". Ou seja, a liberdade deve determinar a
vontade de agir conforme à razão.
1.1
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Este outro tipo de determinação, ou lei causal, deve ser inteligível ou
supra-sensível. A moralidade é precisamente, por assim dizer, o lugar do
inteligível ou supra-sensível. Isto é, a moralidade é o lugar da liberdade, ou
também, a liberdade é o lugar da moralidade. Com efeito, a liberdade é causa
essenti da moralidade, e a moralidade é a causa cognoscendi da liberdade.
Isto é: sem a liberdade não existe moralidade e sem moralidade a liberdade
não pode ser conhecida - enquanto relativo ao fenômenos.
1.2
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possibilidade do agir moral racional. A possibilidade do agir moral pode ser
exemplificada da seguinte forma: quando, mesmo no caso do homem
perverso, se cogita agir moralmente.
O Imperativo Categórico
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- o da racionalidade - que implica em oferecer razões para as
ações
Tal é a questão que a típica deve esclarecer. A lei moral só pode ser
esclarecida pela faculdade do entendimento. O tipo é uma experiência mental
do entendimento que concebe um mundo possível a partir de uma
determinada máxima. E é o próprio entendimento então que por sua vez
julga a validade da máxima.
Sabemos que a lei moral fundamental manda que nossa ação deva ser
conforme a uma máxima que possa valer como lei universal. Na típica
devemos pensar uma máxima que deva valer como "lei natural", ou seja, deve
ser necessária, absolutamente necessária a conexão causal da máxima com a
ação moral, de modo que a máxima determina como se fosse uma lei natural
a nossa vontade.
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seguida, devemos nos perguntar se este é um mundo possível e, no caso de o
ser, se desejaríamos viver em tal mundo de modo que a máxima fosse uma
verdadeira lei natural. Junto a estes procedimentos devemos cuidar também
para que a vontade não caia em auto-contradição. Para que a vontade não
entre em auto-contradição é necessário observar os princípios fundamentais
da autonomia, da racionalidade e da personalidade. Se a máxima ou a CTU
violar um destes princípios a vontade entra em contradição consigo mesma e
invalida a máxima como lei universal de determinação da vontade.
1. "Devo..."
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sejamos capazes de oferecer razões para nossas ações. Tal máxima também
viola o princípio da autonomia que pressupõe que sejamos capazes de agir
independentemente de coerções materiais ou exteriores.
4. Quero viver em um mundo assim? - Não. Aqui mais uma vez não se
pode querer viver num mundo assim, pois é violado o princípio da
personalidade, que manda que tomemos os outros como fins em si mesmos e
não como meios. No caso todas as pessoas implicadas no trabalho seriam
usados como meios da própria felicidade.
Logo, tal máxima, poderia ser convertida em uma lei universal, como
se fosse uma lei natural.