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1. CONCEITOS
O QUE É A EXPRESSÃO?
O QUE É A COMUNICAÇÃO?
A comunicação é um daqueles fenómenos mais fáceis de reconhecer do que definir. Ocorre com
imensa frequência, nas mais diversas situações e assume diferentes formas: pelo olhar, através de
gestos, de símbolos, mas sobretudo a través da palavra, no nosso dia a dia.
Inúmeros livros foram escritos com o objectivo de definir e explicar a comunicação. No entanto, é
possível delinearmos, em poucas palavras, o conceito de comunicação, se nos concentrarmos nas
suas características essenciais
Então, podemos afirmar que a comunicação é um processo dinâmico porque evolui. A seguir é
possível constatar que esse processo é eminentemente interactivo, pois tem de existir neste processo
pelo menos duas partes, que interajam uma com a outra. Finalmente, é perfeitamente legítimo dizer
que o objectivo dessa interacção é a transmissão de informação. Não importa o conteúdo ou a
essência da informação, o facto de ser longa ou breve, objectiva ou subjectiva, elementar ou
elaborada.
Então, tendo em conta essas quatro características, podemos partir para a nossa própria definição de
comunicação:
p
com as pessoas. E há até teorias, ainda não de todo comprovadas, que defendem que os vegetais
também possuem a capacidade de comunicar.
Há, no entanto, uma profunda diferença entre a comunicação dos seres humanos e a dos animais.
Há cerca de 100 anos, o sábio austríaco Van Frish descobriu que uma abelha quando detecta uma
fonte qualquer de açúcar, executa um rufar de asas específico, através do qual sinaliza às suas
companheiras a existência de alimento. Após século decorrido, os estudiosos da vida das abelhas
observam o mesmo fenómeno, executado da mesma forma. Se considerarmos que, em regra, os
insectos não são animais de ciclo de vida muito longo, quantas e quantas gerações de abelhas terão
vivido desde que as observações de Van Frish foram realizadas? E, no entanto, o agitar de asas é
exactamente o mesmo.
Paralelamente, ao longo destes mesmos 100 anos, a comunicação humana passou por enormes
alterações.
È exactamente nestas alterações que reside a colossal diferença entre a comunicação humana e a
animal. Os animais transmitem informações e processam-nas, tal como o Homem, mas só ele tem
capacidade para armazenar as informações, enriquecê-las e transmiti-las novamente, já
completamente enriquecidas.
Transmite
Processa
Armazena
Enriquece
Reproduz a informação já enriquecida
3. CONCEITO DE CULTURA
Frequentemente utilizamos o vocábulo no seu sentido mais limitado, quando nos referimos ao
património artístico e científico acumulado pelo género humano. Mas a cultura é muito mais: todos
os hábitos, usos e costumes, formas de estar no mundo e de sentir e interpretar a realidade
circundante constituem a cultura de uma colectividade. Actualmente, a revolução tecnológica pela
qual o mundo tem passado, com enormíssimas consequências no plano da comunicação, tende a
atenuar a diferença entre as culturas. Mas as diferenças ainda existem e certamente é utópico supor
que, num futuro próximo, a humanidade venha a possuir uma e uma só cultura. E ainda bem que
assim é: diferentes formas de pensar e de estar contribuem para o enriquecimento do património
comum da humanidade. Favorecem o ciclo de captação, de ampliação e retransmissão da
informação que antes referimos.
Dissemos que esse ciclo é ininterrupto e é esse motor contínuo que mantém a cultura viva. Quando
pára de rodar o ciclo de transmissão enriquecimento transmissão da informação, a cultura fica
estagnada e morre. E não é por outra causa que civilizações passadas (babilónios, egípcios, aztecas
e tantas mais) produziram culturas notáveis que, no entanto, por condicionantes diversas, deixaram
um dia de evoluir, foram assimiladas por outras culturas que mantêm vivo o seu dinamismo ou
simplesmente
4. OS SIGNOS
A comunicação é estabelecida por signos. Um signo é algo que representa uma realidade, algo que
contém uma informação. Algo que estabelece a relação lógica entre o significante (aquilo que
vemos, que captamos, como um conjunto de sons, imagens ou os próprios grafemas da escrita) e o
significado (a ideia, o conceito mental ou a interpretação que fazemos do que captamos ou vemos).
Alguns signos são, por assim dizer naturais. Nós homens apenas aprendemos a estabelecer a relação
lógica. Assim, por exemplo, quando avistamos uma nuvem de fumo concluímos a existência de
fogo. Atribuímos ao fumo o carácter de signo do fogo. O mesmo acontece quando vemos alguém
bocejar e concluímos que a pessoa tem sono: o bocejo é o significante, cujo significado é o sono.
Mas para além dos signos naturais, há inúmeros que foram concebidos integralmente pelo ser
humano. Estes têm as características de serem arbitrários e convencionais. Nenhuma relação
obrigatória se estabelece entre ele e a realidade; cada língua recorre a um conjunto de sons
diferentes (palavras diferentes) para referir um mesmo objecto. Por exemplo: os franceses dizem
convencionado.
Arbre, tree e árvore têm o mesmo significado, mas diferem obviamente no significante.
Tomemos como outro exemplo um semáforo de trânsito, onde cada uma das luzes é signo de uma
realidade: obrigação de parar, possibilidade de seguir e necessidade de ter atenção. Numa partida de
futebol, verificamos que há toda uma série de signos que são usados: os uniformes que sinalizam
equipas diferentes, os cartões de que o árbitro se serve e os silvos que emite com o apito assumem
significados específicos convencionados pelo próprio Homem.
5. A PALAVRA
De todos os signos de que nos servimos para comunicar, o mais importante é a palavra porque:
Mesmo que não tenhamos consciência disso, estamos permanentemente a utilizar as palavras. Como
consequência, quanto melhor utilizarmos as palavras, melhor e mais exacta será a nossa
comunicação; quanto mais eficiente for a nossa expressão verbal, mais eficaz será a nossa
comunicação.
O uso da palavra está sujeito a determinadas regras. E o conjunto dessas regras denominamos por
linguagem.
Existem diferentes registos de linguagem. Na verdade, há a linguagem gestual, a da expressão
facial, a da música e inúmeras outras.
Os significados de determinados gestos e comportamentos variam muito de uma cultura para outra e
de época para época.
A comunicação verbal é plenamente voluntária; o comportamento não-verbal pode ser uma reacção
involuntária ou um acto comunicativo propositado.
Alguns psicólogos afirmam que os sinais não-verbais têm as funções específicas de regular e
encadear as interacções sociais e de expressar emoções e atitudes interpessoais.
a) Expressão facial: não é fácil avaliar as emoções de alguém apenas a partir da sua expressão
fisionómica. Por vezes os rostos transmitem espontaneamente os sentimentos, mas muitas pessoas
tentam inibir a expressão emocional.
b) Movimento dos olhos: desempenha um papel muito importante na comunicação. Um olhar fixo
pode ser entendido como prova de interesse, mas noutro contexto pode significar ameaça,
provocação.
Desviar os olhos quando o emissor fala é uma atitude que tanto pode transmitir a ideia de submissão
como a de desinteresse.
d) Postura e movimentos do corpo: os movimentos corporais podem fornecer pistas mais seguras do
que a expressão facial para se detectar determinados estados emocionais. Por ex.: inferiores
hierárquicos adoptam posturas atenciosas e mais rígidas do que os seus superiores, que tendem a
mostrar-se descontraídos.
f) A aparência: a aparência de uma pessoa reflecte normalmente o tipo de imagem que ela gostaria
de passar. Através do vestuário, penteado, maquilhagem, apetrechos pessoais, postura, gestos, modo
de falar, etc., as pessoas criam uma projecção de como são e de como gostariam de ser tratadas. As
relações interpessoais serão menos tensas se a pessoa fornecer aos outros a sua projecção particular
e se os outros respeitarem essa projecção.
Mas a que mais directamente nos interessa é a linguagem verbal. Estudada de forma consistente por
L. Wittgenstein, que entretanto se baseou em estudos anteriores, e depois desenvolvida por vários
outros teóricos da matéria, a linguagem é:
Um conjunto de signos
Cuja utilização é subordinada a determinadas regras impostas por cada língua,
Cuja finalidade é dar suporte à comunicação
Palavras
Poucas pessoas têm verdadeira consciência da importância da palavra. Quando afirmo isso, não
estou me referindo apenas à sua importância como meio de comunicação ou na sua dimensão
pergunta: O que quer? O que pode esta língua? As línguas querem ser objeto de comunicação,
condição fundamental para que as sociedades existam e a cultura possa ser transmitida de uma para
outra geração. Mas, a segunda questão proposta de forma inteligente pelo compositor pode e deve
produzir uma ampla discussão. O que pode uma língua? Pode se transformar em arte e, nessa
dimensão, trazer o sentimento, a reflexão sobre as questões existenciais mais profundas, a crítica da
realidade, a denúncia da injustiça e a busca da compreensão da vida, do mundo, do outro. Parece
muito, mas, há um detalhe significativo que é preciso atentar: A língua é formada de palavras e
palavra é energia que pode se materializar. As pessoas de uma maneira geral, não têm cuidado com
esse detalhe, tão significativo. O que pensamos e o que falamos termina, dependendo da impressão
que essas palavras provoquem no nosso psiquismo, se materializando no nosso dia a dia. Portanto,
muitas vezes somos vítimas de nós mesmos, quando inadvertidamente, expressamos algo
desagradável ou negativo em relação a nós ou aos outros. Se observarmos e examinarmos nossa
própria vida, veremos que muitas coisas que nos aconteceram ou que acontecem são manifestações
ou materializações de nossas palavras. Por isso é fundamental ter mais cuidado e, principalmente
utilizar a palavra para produzir bem estar.
Esclarecer
Na linguagem verbal, as regras a que nos referimos são de duas naturezas: regras de sintaxe e
de semântica.
Quando desejamos aprender uma língua, necessitamos antes de mais de um dicionário, pois este dá-
nos o significado das palavras; permite que interpretemos correctamente os signos. No dicionário
encontramos o conteúdo semântico da língua, na medida em que a semântica estuda o
significado das palavras e das frases.
Porém, ainda que nos fosse possível conhecer todas as palavras contidas no dicionário, ainda assim
não estaríamos aptos a dominar a língua. Isto porque nos faltaria conhecer a forma adequada de
articular os diferentes signos, de forma a dar um conteúdo lógico ao que dizemos ou escrevemos. O
uso da Língua não se faz através de palavras soltas. Temos a necessidade de organizá-las em frases.
Neste plano precisamos de recorrer a uma gramática. É com a gramática que aprendemos como
concatenar correcta e adequadamente as palavras. É a gramática que nos ensina a sintaxe da
língua, pois é a ciência que estuda as relações e funções das palavras nas frases.
Em conclusão, podemos afirmar que quanto maior for o domínio que tenhamos quer da semântica,
quer da sintaxe da língua, mais adequadamente poderemos comunicar-nos através dessa língua.
6. MODELOS DE COMUNICAÇÃO
Diversos foram os autores que se preocuparam em explicar como é que ocorre o fenómeno da
comunicação humana. A essas explicações chamamos modelos, pois são representações
esquematizadas do processo de comunicação.
Desses modelos, os mais conhecidos foram os desenvolvidos por Schramm e por Lasswell.
Segundo Schramm, o acto comunicacional tem início num Emissor, alguém que define não só o
que vai comunicar como também o Código ( ou seja a linguagem) que vai utilizar, razão pela qual é
chamado de Codificador. A essência da comunicação, isto é, aquilo que é informado, denomina-se
de Mensagem. O envia a mensagem codificada através de um via, também da sua escolha (que
poderá ser, por exemplo, a via oral ou a via escrita, ou outra). Essa via é o Canal, através do qual a
mensagem é recebida pelo destinatário o Receptor a quem compete descodificá-la. Por isto, o
receptor é conhecido também por Descodificador.
Este modelo de Schramm, assim definido, confere ao emissor todo o protagonismo, todo o trabalho
activo do processo de comunicação.
Os seus seguidores, contudo, cedo se aperceberam de que não era exactamente assim, pois também
o receptor realiza um papel importante nesse processo. Como vimos, a comunicação é
eminentemente interactiva e, portanto, só se completa quando, depois de receber a mensagem, o
Receptor reage, escolhendo também um código e um canal, através dos quais enviará ao Emissor
original a sua Retroacção ou Resposta.
Mas, na verdade, não é só através da resposta que se evidencia a importância do Receptor. Ela já se
faz sentir antes mesmo da mensagem ser enviada, pois quer o código, quer o canal são escolhidos
pelo Emissor tendo em conta quem é o Receptor. Por exemplo: um Emissor nunca escolherá como
código a língua japonesa se o Receptor não conhecer esse idioma, nem elegerá como canal a via
oral se o Receptor é totalmente surdo.
No modelo de Schramm devemos ainda ressaltar um elemento importante: o Ruído. Quer isto dizer,
a possibilidade poderem ocorrer ruídos (interferências que distorcem o sentido e,
consequentemente, a compreensão da comunicação) quer aquando do envio da mensagem, quer
durante a resposta.
Uma das fontes mais frequentes de ruído é a má utilização da linguagem, que pode fazer com que a
mensagem captado pelo Receptor não seja aquela que efectivamente o Emissor desejava enviar.
Portanto o perfeito domínio da linguagem é que nos dá o conforto de vermos substancialmente
reduzido o risco de uma interpretação incorrecta das mensagens que emitimos.
Quem?
Diz o quê?
Por que via?
A quem?
Com que efeito?
A essas cinco perguntas correspondem como resposta os cinco termos básicos do modelo de
Schramm: Emissor, Mensagem, Canal, Receptor e Retroacção.
Considerar os aspectos que dizem respeito ao contexto, isto significa que devemos atender
aos aspectos situacionais, culturais, sociais, psicológicos, etc.;
Não esquecer que comunicamos não apenas através de palavras (palavras em si e tom de
vo
(ou interpessoais)
Exemplos:
transmissão de cultura?
Todo. Ou pelo menos algum. Falar de Meios de Comunicação Social (MCS) enquanto elementos
de regulação cultural é abarcar num só desígnio uma série de dimensões tão díspares quanto
semelhantes da sociedade. É pelos MCS que se sabe o que se passa no mundo, que se conhecem e
visualizam outras culturas, que se sabe o que existe, o que se publica ou que se faz. É também
através dos MCS que fruímos cultura, ou pelo menos alguma, independentemente da sua qualidade.
Na realidade, cultura e comunicação são dois termos que se interpenetram desde o surgimento dos
primeiros meios de comunicação social. Apesar da existência de outros agentes mediadores e
transmissores de cultura, como a Educação ou a Família, é inegável o poder que os media exercem
sobre um número elevado de indivíduos. Para Breton, os media passaram a ser o único lugar onde
estão as informações que hão-de permitir descodificar os diferentes universos em que evoluímos
(1994:123), transferindo para os MCS o poder de orientação dos indivíduos na sociedade. Tal como
a comunicação não é um produto, mas um processo de troca simbólica
generalizada, processo de que se alimenta a sociabilidade, que gera os laços
sociais que estabelecemos com os outros
A mensagem pode ser processada por via oral e/ou escrita implicando diferenças notórias.
A mensagem oral processa-se na conversação, exigindo a presença de, pelo menos, duas pessoas
que alternam sucessivamente os papéis de emissor e de receptor, que se encontram no mesmo
referente situacional, bastando um gesto para clarificar elementos relativos a esse referente. A
mensagem escrita (texto escrito), exige a descrição do referente situacional, ou seja, do ambiente.
Observemos no quadro que se segue as principais diferenças.