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Pergunta norteadora:
Texto Reflexivo
Então estamos diante de uma exceção da regra, onde afirma que é sim
possível, manter preso preventivamente e acusar posteriormente um réu em crime
de homicídio sem que haja a prova material (corpo), mas conforme o artigo e
necessário a prova testemunhal. Podemos então esta diante de uma pergunta:
Acadêmicos do 4º semestre do curso de Direito da FAPAL – Faculdade de Palmas – Trabalho
Integrado 2010/02 – orientados pelo professor Virgilio Ricardo Coelho Meirelles e Fábio Chaves
- O porquê da exceção da regra processual? Ela serve unicamente para evitar a
impunidade, pois caso ela não existisse bastaria matar a vitima e fazer desaparecer
o corpo para garantir a impunidade do agente que realizou o verbo do tipo penal. Por
isso nota se que essa exceção e bem útil.
"Corpo de Eliza Samúdio não foi encontrado, mas todas as outras provas que são
contundentes suprimem o relatório de necropsidade", disse Fantini.
Outro caso semelhante e o do Juiz Marco Antonio Tavares, em São Paulo, ele
foi acusado de matar sua mulher, desaparecida desde 1997. O corpo jamais foi
encontrado, mas ele foi condenado pelo Tribunal de Justiça a 13 anos e meio de
prisão, como autor do crime.
Outra Versão.
Um caso que e defendido por essa corrente é o caso dos irmãos Naves, em
Araguari-MG, é muito emblemático no que diz ao erro judicial. Foram condenados
injustamente por uma morte que não existiu. Quinze anos depois da condenação a
vítima reapareceu. Nesta altura um deles já havia morrido dentro da prisão.
Jurisprudência
O exame de corpo de delito, embora importante à comprovação nos delitos de resultado, não
se mostra imprescindível, por si só, à comprovação da materialidade do crime.
A simples ausência de laudo de exame de corpo de delito da vítima não tem o condão de
conduzir à conclusão de inexistência de provas da materialidade do crime, se nos autos existem
outros meios de prova capazes de convencer o julgador quanto à efetiva ocorrência do delito, como
se verifica na hipótese vertente.
Ademais, não se pode considerar a não localização do corpo da vítima como falta de um dos
elementos essenciais do tipo penal, pois, se assim fosse, em todos os casos em que o autor
praticasse, em concurso com o homicídio, a ocultação de cadáver, estaria impedida a configuração
do próprio delito de homicídio.
Cabe consignar, ainda, que o entendimento desta Corte é no sentido de que a prova técnica
não é exclusiva para atestar a materialidade do delito, de modo que a falta do exame de corpo de
delito não importa em nulidade da sentença de pronúncia, se todo o conjunto probatório demonstra a
existência do crime.
Referencia Bibliográfica
BOGES, Luiz Flávio D´Urso, advogado criminalista, mestre e doutor pela USP
, é presidente da OAB SP.