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“Skrik” (“O Grito”), Edvard Munch, 1893

Expressionismo
UMA DAS SETE VANGUARDAS

Diana, Maria João, Sofia/ 1208


Índice
1. Expressionismo – definição……………………………………………………………………….3;4
2. Expressionismo – contextualização da vanguarda……………………………………5;6
3. Expressionismo – características ………………………………………………………………..6
3.1. Pintura………………………………………………………………………………………………..7;8
3.2. Arquitetura…………………………………………………………………………………………….8
3.3. Escultura ……………………………………………………………………………………………….9
3.4. Cinema……………………………………………………………………………………………….10;11
3.5. Teatro…………………………………………………………………………………………………….12
3.6. Literatura……………………………………………………………………………………………….13
3.7. Narrativa……………………………………………………………………………………………..13;14
3.8. Poesia……………………………………………………………………………………………………..14
3.9. Música…………………………………………………………………………………………………….15
3.10. Ópera ……………………………………………………………………………………………….16
3.11.Dança …………………………………………………………………………………………………16;17
3.12. Fotografia ……………………………………………………………………………………..17;18
4. Expressionismo – principais artistas……………………………………………………………..18
4.1. Pintura…………………………………………………………………………………………………….18
4.2. Literatura/Poesia…………………………………………………………………………………….18
4.3. Arquitetura……………………………………………………………………………………………..18
4.4.Escultura………………………………………………………………………………………………….19
4.5. Cinema…………………………………………………………………………………………………….19
4.6.Música……………………………………………………………………………………………………..19
4.7. Ópera………………………………………………………………………………………………………20
4.8.Teatro………………………………………………………………………………………………………20
4.9.Fotografia ……………………………………………………………………………………………….20
4.10. Dança ………………………………………………………………………………………………..21
5. “Mulher com chapéu” - Henri Matisse………………………………………………………21;22

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Introdução
O tema abordado ao longo deste trabalho realizado pelas alunas Diana Costa,
Sofia Miranda e Maria Silva da turma 1208 é o expressionismo, uma das
vanguardas enquadradas na estética modernista. Foi um movimento artístico e
cultural de vanguarda surgido na Alemanha no início do século XX, transversal
aos mais variados campos artísticos.

Ao longo da pesquisa realizada foram encontrados factos muito interessantes, o


que motivou o grupo a abordar, para além da definição da vanguarda
expressionista e a sua contextualização histórica, também a maneira como se
comportou nas diversas áreas da arte, nomeadamente da pintura, escultura,
arquitetura, cinema, teatro, literatura, narrativa, poesia, música, ópera, dança e
fotografia, destacando, posteriormente, os artistas que mais marcaram este
período no seu ofício. É ainda exposto uma obra de Henri Matisse, “Mulher com
o Chapéu”.

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1. Expressionismo – definição
O expressionismo integra o que se convencionou chamar de "vanguardas
históricas"; o imenso grupo de movimentos artísticos que emergiu do início do
século XX antes da Primeira Guerra Mundial até o final da Segunda Guerra
Mundial em 1945. A vanguarda está intimamente ligada ao conceito de
modernidade, caracterizada pelo fim do determinismo e da supremacia da
religião, substituída pela razão e pela ciência, pelo objetivismo e individualismo,
e pela confiança na tecnologia, no progresso e nas próprias capacidades do ser
humano. Desta forma, o artista pretende colocar-se na vanguarda do progresso
social e dar voz às ideias progressistas através da sua obra

O expressionismo surge de uma reação ao impressionismo. Ao contrário dos


impressionistas, que buscavam transmitir uma "impressão" do mundo ao seu
redor no espaço da tela, os expressionistas procuravam representar seu próprio
mundo interior, uma "expressão" de seus próprios sentimentos. Linha e cor são
usadas emocionalmente e carregadas de simbolismo. Essa rutura com a geração
anterior tornou o expressionismo sinônimo de arte moderna durante os
primeiros anos do século XX. O expressionismo implicava um novo conceito de
arte, entendida como uma forma de capturar a existência, de traduzir em
imagens o substrato que está por trás da realidade aparente, de refletir o
imutável e eterno do ser humano e da natureza. Assim, o expressionismo foi o
ponto de partida de um processo de transmutação da realidade que se
cristalizou no expressionismo abstrato e no informalismo. Os expressionistas
utilizavam a arte como uma forma de refletir os seus sentimentos, o seu estado
anímico, propenso no geral à melancolia, à evocação, a um decadentismo de
corte neorromântico. Assim, a arte era uma experiência catártica, onde se
purificavam os desafogos espirituais, a angústia vital do artista.

Na gênese do expressionismo, um fator fundamental foi a recusa do positivismo,


do progresso cientificista, da crença nas possibilidades ilimitadas do ser humano
baseadas na ciência e a técnica. Por outro lado, começou um novo clima de
pessimismo, de ceticismo, de descontentamento, de crítica, de perda de valores.
Vislumbrava-se uma crise no desenvolvimento humano, que efetivamente foi
confirmada com o estouro da Primeira Guerra Mundial.

Na Alemanha, o expressionismo foi mais um conceito teórico, uma proposta


ideológica, do que um programa artístico coletivo, embora se aprecie um cunho
estilístico comum a todos os seus membros. Diante do academicismo
predominante nos centros artísticos oficiais, os expressionistas agruparam-se em
torno de diversos centros de difusão da nova arte, principalmente em cidades

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como Berlim, Colônia, Munique, Hanover e Dresden. Mesmo assim, o seu
trabalho que se espalhou por publicações, galerias e exposições ajudou a
estender o novo estilo por toda a Alemanha e, posteriormente, por toda a
Europa. Foi um movimento heterogêneo que, para além da diversidade das suas
manifestações, realizadas em diferentes linguagens e suportes artísticos,
apresentou no seu interior inúmeras diferenças e mesmo contradições, com
grande divergência estilística e temática entre os vários grupos que surgiram ao
longo do tempo, e até mesmo entre os artistas que faziam parte deles. Até
mesmo os limites cronológicos e geográficos desta corrente são imprecisos: se
bem que a primeira geração expressionista (Die Brücke, Der Blaue Reiter) foi a
mais emblemática, a Nova Objetividade e a exportação do movimento a outros
países implicou a sua continuidade no tempo até à Segunda Guerra Mundial;
geograficamente, se bem que o centro neurálgico deste estilo se situou na
Alemanha, pronto se estendeu por outros países europeus e inclusive do
continente americano.

Depois da Primeira Guerra Mundial o expressionismo passou na Alemanha da


pintura ao cinema e ao teatro, que utilizavam o estilo expressionista nos seus
décors, mas de modo puramente estético, desprovido do seu significado original,
da subjetividade e do pungimento próprios dos pintores expressionistas, que se
tornaram paradoxalmente em artistas malditos. Com o advento do nazismo, o
expressionismo foi considerado como "arte degenerada" (Entartete Kunst),
relacionando-o com o comunismo e tachando-o de imoral e subversivo, ao
tempo que consideraram que a sua fealdade e inferioridade artística eram um
signo da decadência da arte moderna (o decadentismo, pela sua vez, fora um
movimento artístico que teve certo desenvolvimento). Em 1937 uma exposição
foi organizada no Hofgarten de Munique com o título precisamente de Arte
degenerada, visando injuriá-lo e mostrar ao público a baixa qualidade da arte
produzida na República de Weimar. Para tal fim foram confiscadas cerca de 16
500 obras de diversos museus, não apenas de artistas alemães, mas de
estrangeiros como Gauguin, Van Gogh, Munch, Matisse, Picasso, Braque e
Chagall. A maioria dessas obras foram vendidas posteriormente a galeristas e
marchands, embora cerca de 5000 dessas obras foram diretamente destruídas
em março de 1939, supondo um notável prejuízo para a arte alemã.

Após a Segunda Guerra Mundial o expressionismo desapareceu como estilo, se


bem que exercesse uma poderosa influência em muitas correntes artísticas da
segunda metade de século, como o expressionismo abstrato norte-americano, o
informalismo, o grupo CoBrA e o neoexpressionismo alemão, diretamente
herdeiro dos artistas de Die Brücke e Der Blaue Reiter, o qual é patente no seu
nome, e artistas individuais como Francis Bacon, Antonio Saura, Bernard Buffet,
Nicolas de Staël e Horst Antes.

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2. Expressionismo – contextualização da vanguarda
Embora fosse conhecido por expressionismo o movimento artístico desenvolvido
na Alemanha no início do século XX, muitos historiadores e críticos da arte
também utilizam este termo mais genericamente para descrever o estilo da
grande parte de artistas existentes ao longo da História. Entendida como a
deformação da realidade para encontrar uma expressão mais emocional e
subjetiva da natureza e do ser humano, o expressionismo é pois extrapolável a
qualquer época e espaço geográfico. Assim, qualificou-se de expressionista a
obra de diversos autores como Hieronymus Bosch, Matthias Grünewald e
Quentin Matsys.

As raízes do expressionismo encontram-se em estilos como o simbolismo e o


pós-impressionismo. Daí, semelhanças com o neoimpressionismo e o fauvismo
pela sua experimentação com a cor.

O expressionismo recebeu várias influências, em primeiro lugar da arte


medieval, especialmente a gótica alemã. A arte medieval atribuía ênfase á
expressão.

Os expressionistas inspiraram-se nos principais artistas do gótico alemão,


desenvolvido através de dois estilos fundamentais: o estilo internacional (finais
do século XIV até á primeira metade do XV), representado por Conrad Soest e
Stefan Lochner; e o estilo flamengo (segunda metade do século XV),
desenvolvido por Konrad Witz, Martin Schongauer e Hans Holbein, o Velho.
Outro ponto de referência foi Matthias Grünewald, pintor tardo-medieval que,
embora conhecesse as inovações do Renascimento, seguiu numa linha pessoal,
caracterizada pela intensidade emocional, uma expressiva distorção formal e um
intenso colorido incandescente, como na sua obra, o Retábulo de Isenheim.

Outro dos referentes da arte expressionista foi a arte primitiva. As vanguardas


artísticas encontraram na arte primitiva uma maior liberdade de expressão,
originalidade, novas formas e materiais, uma nova conceção do volume e da cor,
bem como uma maior transcendência do objeto, pois nestas culturas não eram
simples obras de arte, mas tinham uma finalidade religiosa, mágica, santuária.
São objetos que expressam uma comunicação direta com a natureza e com as
forças espirituais, com cultos e rituais, sem nenhum tipo de interpretação.

Mas a maior inspiração veio do pós-impressionismo, especialmente da obra de


três artistas: Paul Cézanne, que começou um processo de desfragmentação da

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realidade em formas geométricas que terminou no cubismo, reduzindo as
formas a cilindros, cones e esferas, e dissolvendo o volume a partir dos pontos
mais essenciais da composição. Colocava a cor por camadas, imbricando umas
cores com outras, sem necessidade de linhas, trabalhando com manchas. Não
utilizava a perspetiva, mas a superposição de tons pálidos e frios que davam a
sensação de profundeza. Em segundo lugar Paul Gauguin, que contribuiu uma
nova conceção entre o plano pictórico e a profundeza do quadro, através de
cores planas e arbitrárias, que têm um valor simbólico e decorativo, com cenas
de difícil classificação, situadas entre a realidade e um mundo onírico e mágico.
A sua estadia em Taiti provocou que a sua obra derivasse em um certo
primitivismo, com influência da arte da Oceania, refletindo o mundo interior do
artista em vez de imitar a realidade. Finalmente, Vincent Van Gogh elaborava a
sua obra segundo critérios de exaltação anímica, caracterizando-se pela falta de
perspetiva, a instabilidade dos objetos e cores que provêm do interior do artista.
Devido à sua frágil saúde mental, as suas obras são reflexo do seu estado de
ânimo, depressivo e torturado, refletindo-se em obras de cores violentas.

É importante salientar a influência de dois artistas fundamentais: o norueguês


Edvard Munch, influenciado pelo impressionismo e o simbolismo, derivou para
um estilo pessoal que seria fiel reflexo do seu interior obsessivo e torturado, com
cenas de ambiente opressivo e enigmático (centradas no sexo, a doença e a
morte), caracterizadas pela sinuosidade da composição e o uso de cores fortes e
arbitrárias. As imagens angustiosas e desesperadas de Munch, como em O Grito
(1893), paradigma da solidão e da incomunicação, foram um dos principais
pontos de arranque do expressionismo. Igualmente influente foi a obra do belga
James Ensor, que recolheu a grande tradição artística do seu país, com
preferência por temas populares, traduzindo-o em cenas enigmáticas e
irreverentes, de carácter absurdo, com um senso do humor corrosivo, centrado
em figuras de vagabundos, esqueletos, máscaras e cenas de carnaval. Assim, "A
entrada de Cristo em Bruxelas" (1888) representa a Paixão de Jesus no meio de
um desfile de carnaval, obra que causou um grande escândalo no seu momento.

3. Expressionismo – características
O expressionismo é caracterizado, sobretudo, pela subjetividade,
experimentação formal e uso do figurativismo e da simbolização, especialmente
relacionado com a natureza, como por exemplo o zoomorfismo, ou seja, edifícios
com forma de animais e o
antropomorfismo, que
consiste em edifícios com
formas humanas.

3.1. Pintura

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Emil Nolde (1867-1956), Adão e Eva,1921

As principais características da pintura expressionista são a pesquisa no domínio


psicológico, por outras palavras, o sentimento; a aposta nas cores que podem ser
vibrantes, radiantes, fundidas ou separadas e o dinamismo improvisado
inesperado. Nesta pintura utilizavam também uma pasta grossa e áspera, a
técnica que usavam era violenta, ou seja, o pincel faz movimentos de vai e vem,
o que vai fazer com que fique tudo empastado ou então originando uma espécie
de explosões. Quanto à temática optavam pelo patético, pelo trágico e pelo
sombrio.

A pintura do expressionismo desenvolveu-se à volta de dois grupos artísticos:


Die Brücke, na qual foi fundado em Dresden, na Alemanha, em 1905, e Der Blaue
Reiter, fundado em Munique em 1911. O maior objetivo dos expressionistas era
demonstrar as suas emoções e sentimentos mais profundos, expressando assim o
seu mundo interior (desligando da pintura fiel à realidade).

Na Alemanha, o primeiro expressionismo reflete principalmente no significado


da obra, dando maior ênfase à composição e à estrutura do quadro. Dado isto,
foi essencial a presença de artistas estrangeiros como Munch, Gauguin, Cézanne
e Van Gogh, que organizaram imensas exposições como em Berlim (1903),
Munique (1904) e Dresden (1905). Houve um realce do expressionismo, dado as
variadas exposições que ocorreram na Alemanha, como por exemplo: em 1911 a
"Nova Secessão" foi fundada em Berlim; cisão da "Secessão berlinesa" fundada
em 1898 e que presidia Max Liebermann; em 1913, surgiu a "Livre Secessão",
movimento que ficou oculto pelo Herbstsalon (salão de Outono) de 1913,
promovido por Herwarth Walden. O expressionismo teve também uma grande
importância na Renânia devido a diversos artistas como Macke, Campendonk,
Morgner e Heinrich Nauen.

No pós-guerra apareceu o Novembergruppe ("Grupo de Novembro"), devido à


revolta alemã de novembro de 1918, este grupo tinha o objetivo de reorganizar a
arte alemã após a guerra. Alguns participantes foram pintores e escultores como

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Wassily Kandinsky, Paul Klee, Lyonel Feininger, Heinrich Campendonk;
arquitetos como Walter Gropius, Erich Mendelsohn e Ludwig Mies van der Rohe
e o dramaturgo Bertolt Brecht. Contudo, este grupo foi dissolvido com a chegada
do nazismo.

3.2. Arquitetura

Pavilhão de Cristal para a Exposição de


Colônia de 1914, de Bruno Taut

A arquitetura expressionista desenvolveu-se na Alemanha, Países Baixos,


Áustria, Checoslováquia e Dinamarca. Caracterizou-se pelo uso de novos
materiais, suscitado pelo uso de formas biomórficas ou pela ampliação de
possibilidades oferecida pela fabricação massiva de materiais de construção
como o tijolo, o aço ou o vidro.

Muitos arquitetos expressionistas combateram na Primeira Guerra Mundial, e a


sua experiência, combinada com os câmbios políticos e sociais produto da
Revolução Alemã de 1918-1919, terminaram em perspetivas utópicas e um
programa socialista romântico. A arquitetura expressionista recebeu a influência
do modernismo, sobretudo da obra de arquitetos como Henry van de Velde,
Joseph Maria Olbrich e Antoni Gaudí. De caráter fortemente experimental e
utópico, as realizações dos expressionistas destacam-se pela sua
monumentalidade, o emprego do tijolo e da composição subjetiva, que outorga
às suas obras um certo ar de excentricidade.

A arquitetura expressionista desenvolveu-se em diversos grupos, como a


Deutscher Werkbund, Arbeitsrat für Kunst, Der Ring e Neus Bauen, ligado este
último à Nova Objetividade; também cabe destacar-se a Escola de Amsterdam.
Os principais arquitetos expressionistas foram Bruno Taut, Walter Gropius,
Erich Mendelsohn, Hans Poelzig, Hermann Finsterlin, Fritz Höger, Hans
Scharoun e Rudolf Steiner.

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3.3. Escultura

The Avenger, 1914, National Gallery of Art

A escultura expressionista não tinha um cunho estilístico comum, sendo o


produto individual de vários artistas que refletiam em suas obras tanto o tema
quanto a distorção formal característica do expressionismo. Destacam-se três
nomes em particular, Ernst Barlach, Wilhelm Lehmbruck e Käthe Kollwitz. Os
integrantes do Die Brücke (Kirchner, Heckel, Schmidt-Rottluff) também
praticavam a escultura, a partir de sua experimentação com xilogravuras, que
deram origem à talha, um material muito conveniente para a sua expressão
íntima da realidade, como o aspecto deste material, o seu aspecto bruto e
inacabado, mesmo primitivo, trouxe a expressão perfeita de seu conceito de ser
humano e natureza. Percebe-se nessas obras a influência da arte africana e
oceânica, da qual se gabam de sua simplicidade e de seu aspeto totêmico, que
transcende a arte para ser objeto de comunicação transcendental.

Nos anos 1920, a escultura deriva para a abstração, seguindo o curso das últimas
obras de Lehmbruck, com uma marcada estilização geométrica tendendo para a
abstração. Assim, a obra de escultores como Rudolf Belling, Oskar Schlemmer e
Otto Freundlich caracterizou-se pelo abandono da figuração por uma libertação
formal e temática da escultura. No entanto, persistiu um certo classicismo,
influenciado por Maillol, na obra de Georg Kolbe, dedicada especialmente ao nu,
com figuras dinâmicas, em movimentos rítmicos próximos do ballet, com uma
atitude vitalista, alegre e saudável que foi bem acolhida pelos nazis. Outros
escultores expressionistas foram Bernhard Hoetger, Ernst Oldenburg e Renée
Sintenis, enquanto fora da Alemanha valeria a pena mencionar o francês
Antoine Bourdelle, o britânico Jacob Epstein, o croata Ivan Meštrović, o
espanhol Victorio Macho, o holandês Lambertus Zijl, o polonês August
Zamoyski e o finlandês Wäinö Aaltonen.

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3.4. Cinema

Nosferatu(1922), de F.W. Murnau

O expressionismo só chegou ao cinema depois da 1ª Guerra Mundial, quando já


praticamente desaparecera como corrente artística, sendo substituída pela Nova
Objetividade. O cinema expressionista passou por diversas etapas: do
expressionismo puro, chamado por vezes "caligarismo” evoluiu para um certo
neorromantismo (Murnau), e deste para o realismo crítico (Pabst, Siodmak,
Lupu Pick), para terminar no sincretismo de Lang e no naturalismo idealista do
Kammerspielfilm.

Entre os principais cineastas expressionistas cabe destacar Robert Wiene, Paul


Wegener, Friedrich Wilhelm Murnau, Fritz Lang e Georg Wilhelm Pabst.

O cinema expressionista alemão impôs um estilo subjetivo, que oferecia uma


deformação expressiva da realidade, traduzida em termos dramáticos mediante
a distorção da decoração, maquilhagem, assim como a conseguinte recriação de
atmosferas inquietantes. O cinema expressionista caracterizou-se pela sua
recorrência ao simbolismo das formas, deliberadamente distorcidas com o apoio
dos diferentes elementos plásticos. A estética expressionista teve como
características a fantasia e o terror, reflexo moral do angustioso desequilíbrio
social e político.

Com forte influência do romantismo, o cinema expressionista refletiu uma visão


do homem característica da alma "fáustica" alemã: representa a natureza dual do
homem, a sua fascinação pelo mal, a fatalidade da vida que surge dependente do
destino.

Podemos assinalar como finalidade do cinema expressionista o traduzir


simbolicamente, mediante linhas, formas ou volumes, a mentalidade das

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personagens, o seu estado de ânimo, as suas intenções, de modo que a decoração
apareça como a tradução do seu estado de espírito.

Hamburgo foi a sede da primeira Exposição Internacional da Indústria


Cinematográfica em 1908. Contudo, o nível artístico das suas produções era
baixo, com produções genéricas para a família. Somente a partir de 1913
começaram a ser realizadas melhores produções, com maior uso de exteriores e
melhores decorados, desenvolvendo a iluminação e a montagem. Durante a
guerra destaca-se a obra de Paul Wegener, iniciador do cinema fantástico,
gênero habitualmente considerado o mais tipicamente expressionista.

Em 1917 foi criado a UFA (Universum Film Aktien Gesellschaft), apoiada pelo
Deutsche Bank e pela indústria alemã, para promover o cinema alemão fora das
fronteiras. O selo UFA caracterizou-se por uma série de inovações técnicas,
como a iluminação focal, os efeitos especiais como a sobreimpressão, os
movimentos de câmara como a "câmara desencadeada", o desenho de
decorados, etc. Era um cinema que assegurava um claro controle do diretor
sobretudo os elementos que incorriam no filme. Por outro lado, as suas
montagens lentas e pausada criavam uma sensação de subjetividade, de
introspeção psicológica e emocional.

Caligari foi mais o final de um processo do que o começo de um cinema


expressionista, pois a indústria procurava produtos mais comerciais. As
produções posteriores continuaram com histórias geralmente baseadas em
conflitos familiares e uma narração efetuada com flashbacks, e uma montagem
oblíqua e anacrônica, especulativa, fazendo que o espectador interprete a
história; por outro lado, perderam o espírito artístico deste, a sua revolucionária
cenografia, a sua expressividade visual, em favor de um maior naturalismo e
plasmação mais objetiva da realidade.

Na década de 1920 aconteceram os principais sucessos do cinema expressionista


alemão: Ana Bolena (Lubitsch, 1920), As três luzes (Lang, 1921), Nosferatu, Eine
Symphonie des Grauens (Murnau, 1922) e O doutor Mabuse (Lang, 1922).

Desde 1927, coincidindo com a introdução do cinema sonoro, houveram


mudanças na direção na UFA resultou num novo rumo para o cinema alemão,
de corte mais comercial, visando a imitar o sucesso conseguido pelo cinema
americano produzido por Hollywood. Para então a maioria de diretores
estabeleceram-se em Hollywood ou Londres, o que resultou no fim do cinema
expressionista como tal, substituído por um cinema usado como instrumento de
propaganda do regime nazi. Contudo, a estética expressionista incorporou-se ao
cinema moderno através da obra de diretores como Carl Theodor Dreyer, Carol
Reed, Orson Welles e Andrzej Wajda.

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3.5. Teatro

Bertolt Brecht (1898-1956)

O drama expressionista era uma oposição à representação fiel da realidade. Os


dramaturgos expressionistas pretendem transmitir novos ideais e renovar a
sociedade moral, através de uma alteração dos recursos dramáticos e cénicos,
baseando-se no modelo de Strindberg e perdendo o conceito de espaço e tempo,
salientando o progresso psicológico da personagem. As personagens não têm
personalidade própria e representam determinados papéis sociais, como por
exemplo: pais, mães, operários, soldados, mendigos e comerciantes. O teatro
expressionista realçou a liberdade individual, a expressão subjetiva e a temática
proibida. A linguagem era, normalmente, breve, básica e sóbria, havia
frequentemente a existência de monólogos de modo a mostrar o interior da
personagem. Algumas características que ganharam também algum destaque
foram a o uso dos gestos, a mímica, os silêncios, as exclamações e, com isso, a
luz, a cor e recorriam à música. No teatro expressionista os temas dominantes
são de cariz sexual e psicanalítica, posto isto, os atores, normalmente eram
isolados, atormentados e solitários. Naquela época cresceram os cabarés, na qual
juntavam teatro e música.

Alguns dramaturgos expressionistas que tiveram maior destaque foram: Georg


Kaiser, Fritz von Unruh, Reinhard Sorge, Ernst Toller, Walter Hasenclever. O
produtor e diretor teatral Max Reinhardt teve também uma grande importância
devido às suas inovações, uma vez que para obter a atenção do espectador, criou
jogos de luzes e sombras, centrando a iluminação apenas num sítio ou de outro
modo variando a intensidade das luzes. Tudo isto foi então ajustado ao cinema.
Duas pessoas marcantes no teatro moderno internacional foram: o diretor Erwin
Piscator, criador do "teatro político", experimentando uma forma de espetáculo

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instrutivo e Bertolt Brecht, fundador do "teatro épico", na qual, tentou que o
público começasse a ter um papel ativo.

3.6. Literatura

Um dos primeiros exemplares do livro de Mário de Andrade

Na literatura expressionista, a guerra, a cidade, o medo, a loucura, o amor e a


perda da identidade serão uma forma de retratar com palavras a sociedade
burguesa de seu tempo. Além do militarismo, a alienação do indivíduo e da
família, a repressão moral e religiosa. O expressionismo é marcado pela
subjetividade do escritor, despreocupado em organizar o texto em estrofes, onde
se faz uma análise minuciosa do subconsciente dos personagens, por meio de
metáforas exageradas ou grotescas. Em geral, usa linguagem direta e frases
curtas. O estilo é abstrato, simbólico e associativo. Como tudo era expressão,
não havia preocupação com a lógica do mundo externo como na estética
anterior. A literatura expressionista é caracterizada pela subjetividade do autor,
na qual ele organiza o texto em estrofes, onde o subconsciente dos personagens
é analisado detalhadamente, por meio de metáforas excessivas e intensas.
Geralmente, uma linguagem e frases curtas e mais diretas são usadas. (O estilo é
abstrato, simbólico e associativo). Neste estilo, tudo era expressão, ou seja, não
havia interesse do mundo externo como a estética anterior.

3.7. Narrativa
A narrativa expressionista implicou uma profunda renovação da prosa
tradicional, tanto temática como estilisticamente, assumindo um contributo
essencial para o desenvolvimento do romance moderno, tanto alemão como
europeu. Os autores expressionistas procuravam uma nova forma de captar a
realidade, a evolução social e cultural da era industrial. Portanto, rejeitaram a
cadeia de argumentos, a sucessão espaço-tempo e a relação causa-efeito típica da
literatura realista com raiz positivista. Por outro lado, introduziram a
simultaneidade, rompendo a sucessão cronológica e rejeitando a lógica
discursiva, com um estilo que mostra mas não explica, em que o próprio autor é

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apenas um observador da ação, na qual os personagens evoluem de forma
autônoma. Na prosa expressionista, a realidade interior é destacada sobre o
exterior, a visão do protagonista, sua análise psicológica e existencial, em que os
personagens expõem a sua situação no mundo, a sua identidade, com um
sentimento de alienação que provoca comportamentos desordenados,
psicóticos, violentos, irrefletido, sem lógica ou coerência. Essa visão concretizou-
se numa linguagem dinâmica, concisa, elíptica, simultânea, concentrada,
sintaticamente deformada.

Havia duas correntes fundamentais na prosa expressionista: uma reflexiva e


experimental, abstrata e subjetivizante, representada por Carl Einstein, Gottfried
Benn e Albert Ehrenstein; e outro naturalista e objetivante, desenvolvido por
Alfred Döblin, Georg Heym e Kasimir Edschmid.

3.8. Poesia
A lírica expressionista desenvolveu-se nos anos anteriores à guerra mundial, com
uma temática ampla e variada, centrada, sobretudo, na realidade urbana, mas
renovadora a respeito da poesia tradicional, assumindo uma estética do feio, o
perverso, o deforme, o grotesco, o apocalíptico, o desolado, como nova forma de
expressão da linguagem expressionista. Os novos temas tratados pelos poetas
alemães são a vida na grande cidade, a solidão e a incomunicação, a loucura, a
alienação, a angústia, o vazio existencial, a doença e a morte, o sexo e a
premonição da guerra.

Estilisticamente, a linguagem expressionista é concisa, penetrante, despida, com


um tom patético e desolado.

Procura o essencial da linguagem, libertar a palavra, remarcando a força rítmica


da linguagem e a introdução de neologismos. Ainda que muitos expressionistas
tenham mantido a métrica e a rima tradicionais, sendo o soneto um dos seus
principais meios de composição. Também recorreram ao ritmo livre e à estrofe
polimétrica.

Por outro lado, alguns poetas como August Stramm produziram uma escrita
realmente inovadora, abolindo as regras de sintaxe e a pontuação. Outro efeito
da dinâmica linguagem expressionista foi o simultaneísmo, a percepção do
espaço e do tempo como algo subjetivo e heterogêneo. Entre os principais
poetas expressionistas estiveram Franz
Werfel, Georg Trakl, Gottfried Benn,
Georg Heym e Johannes R. Beiter.

3.9. Música

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O expressionismo concedeu muita importância à música, ligada estreitamente à
arte sobretudo no grupo Der Blaue Reiter: para estes artistas, a arte é
comunicação entre indivíduos, por meio da alma, sem necessidade de um
elemento externo. A música expressionista, seguindo o espírito das vanguardas,
visava a desligar a música dos fenômenos objetivos externos, sendo instrumento
unicamente da atividade criadora do compositor e refletindo nomeadamente o
seu estado anímico, fora de todas as regras.

Esta procurou a criação de uma nova linguagem musical, libertando a música,


sem tonalidade, deixando que as notas fluíssem livremente, sem intervenção do
compositor.

Na música clássica, a harmonia era baseada na cadência tônica-subdominante-


dominante-tônica, sem dentro de uma tonalidade suceder notas estranhas à
escala. Contudo, desde Wagner, a sonoridade adquiriu maior relevância a
respeito da harmonia, ganhando importância as doze notas da escala.

Assim, Arnold Schönberg criou o dodecafonismo, sistema baseado nos doze


tons da escala cromática as sete notas da escala tradicional mais os cinco
semítonos, utilizados em qualquer ordem, mas em séries, sem repetir uma nota
antes de as outras sonarem. Assim é evitada a polarização, a atração a centros
tonais. A série dodecafônica é uma estrutura imaginária, sem tema nem ritmo.
Cada série tem 48 combinações, por inversão, retrogradação ou inversão da
retrogradação, e começando por cada nota, o que produz uma série quase
infinita de combinações.

Entre os músicos expressionistas destacaram-se especialmente Arnold


Schönberg, Alban Berg e Anton Webern, trio que formou a chamada Segunda
Escola de Viena.

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3.10. Ópera
A ópera expressionista desenvolveu-se com base na música atonal elaborada por
Schönberg. A ópera também desligou totalmente do passado e, sendo assim, este
compositor austríaco criou um sistema onde todas as notas tivessem o mesmo
valor e a harmonia fosse trocada pela progressão de tons. Schönberg compôs
duas óperas devido a essa situação: “Moses und Aron” (composta desde 1926 e
incompleta) e “De hoje a manhã” (“Von Heute auf Morgen”, 1930). Contudo, a
principal ópera do atonalismo foi Wozzeck (1925), de Alban Berg, uma vez que
era uma obra com uma intensa expressão psicológica. Esta consistia numa ópera
romântica que experimentou todos os recursos musicais à disposição desde o
classicismo até à chegada do modernismo. A sua segunda ópera “Lulu” é baseada
em dois dramas de Wedekind.

3.11. Dança

Ballet russo (1912), de August


Macke, Kunsthalle, Bremen
A dança expressionista surgiu para inovar, que era o objetivo principal do
modernismo, ou seja, a dança expressionista implicou um corte completo com o
passado. O Ballet clássico começou-se a praticar através da liberdade do gesto
corporal, da liberdade quanto à métrica e ao ritmo, onde adquire maior relação
com o espaço. Dado isto, esta também ficou conhecida por “dança abstrata”. A
dança expressionista revelava também o que estava implícito no inconsciente do
ser humano, ou seja, o lado mais obscuro das pessoas, as suas fraquezas e
sofrimento, através de uma postura mais contraída (por vezes, dançavam
descalços para obter um maior contato com a com a natureza.

Um dos maiores coreógrafos foi Rudolf von Laban, na qual, criou um sistema
que pretendia integrar corpo e alma, sublinhando a energia emitida pelo corpo,
e analisando o movimento e a sua ligação com o espaço. Procurava também
incorporar a perda de equilíbrio intencional e, com isto, afastou-se do ballet
clássico, visto que os movimentos dos bailarinos eram totalmente espontâneos.

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A principal dançarina expressionista foi Mary Wigman, esta defendia que a
dança era uma expressão do interior das pessoas, sendo assim, dava importância
à expressividade, à gestualidade, à improvisação, e também ao uso de máscaras.
Os seus movimentos eram livres e naturais, optava por diferentes formas de se
mover, como arrastar ou deslizar pelo palco ou movimentando partes do corpo
com uma postura estática, como na dança oriental.

A dança teve uma época de grande auge na época do pós guerra devido à
população desejar esquecer todas as desgraças que aconteceram na guerra.
Porém, a crise econômica e o aparecimento do nazismo conduziram ao
enfraquecimento da dança expressionista. Contudo, devido a coreógrafos como
Kurt Jooss e bailarinas como Pina Bausch, a dança expressionista contribuiu para
a dança contemporânea, que faz parte da atualidade.

3.12. Fotografia
A fotografia expressionista desenvolveu-se nomeadamente durante a República
de Weimar, constituindo um dos principais focos da fotografia europeia de
vanguarda. A nova sociedade alemã do pós-guerra, no seu afã quase utópico de
regenerar o país após os desastres da guerra, recorreu a uma técnica
relativamente nova como a fotografia para romper com a tradição burguesa e
construir um novo modelo social baseado na colaboração entre classes sociais. A
fotografia da década de 1920 seria herdeira das fotomontagens antibelicistas
criadas pelos dadaístas durante a contenda, e aproveitaria a experiência de
fotógrafos procedentes do leste que pararam na Alemanha após a guerra, o que
levaria para a elaboração de um tipo de fotografia de grande qualidade tanto
técnica como artística.

Em paralelo à Nova Objetividade surgida após a guerra, a fotografia tornou-se


um meio privilegiado de captar a realidade sem rodeios, sem manipulação,
conjugando a estética com a precisão documental. Os fotógrafos alemães
criaram um tipo de fotografia baseada na nitidez da imagem e da utilização da
luz como meio expressivo, modelando as formas e destacando-se as texturas.
Este tipo de fotografia teve ressonância internacional, gerando movimentos
paralelos como a photographie pure francesa e a straight photography norte-
americana. Houve um grande auge durante esta época da imprensa gráfica e as
publicações, tanto de revistas como de livros ilustrados. A conjunção de
fotografia e tipografia levou a criação do chamado "foto-tipo", com um desenho
racionalista inspirado na Bauhaus.

Alguns dos nomes que se destacaram nesta área foram August Sander, cujos
retratos eram frios, objetivos, científicos, desapaixonados, mas por esse motivo
resultavam de uma grande eloquência pessoal, sublinhando a sua

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individualidade. Destacou-se ainda Karl Blossfeldt, especializado em fotografia
de vegetais, Hans Finsler, especializado em naturezas-mortas, que ainda criou
em Zurique o departamento fotográfico da Kunst Gewerbeschule, onde se
formaram numerosos fotógrafos, como Werner Bischof e René Burri.

4. Expressionismo – principais artistas


4.1. Pintura

Edvard Munch (1863-1944) Paul Klee (1879-1940)


Franz Marc (1880-1916)

4.2. Literatura/Poesia

Georg Trakl (1887-1914)


Kasimir Edschmid (1890-1966) Kurt Pinthus (1886-1975)

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4.3. Arquitetura

Bruno Taut (1880-1938)


Erich Mendelsohn(1887-1953) Fritz Höger (1877-1949)
4.4.
Escultura

4.5.

Käthe Kollwitz (1867-1945)


Wilhelm
Ernst Lehbruck
Barlach (1881-1019)
(1870-1938)
Cinema

4.6. Música

Friedrich Wilhelm Murnau, ou F. W.


Fritz Lang (1890-1976) Hermann Warm(1889-1076)
Murnau (1888-1931)

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Arnold Schoenberg (1874-1951) Alban Berg (1885-1935)
Anton Webern(1883-1945)

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4.7. Ópera

Alban Maria Johannes Berg Franz Schreker(1878-1934) Erich Wolfgang Korngold(1897-1957)


(1885-1935)

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4.8. Teatro

Ernst Toller (1893-1939) Hugo


Walter Hasenclever Laurenz August Hofmann,
(1890-1940)
Edler von Hofmannsthal (1874-1029)
4.9. Fotografia

Karl Blossfeldt(1865-1932) René Burri (1933-2014)

4.10. Dança

Mary Wigman (1886-1973) Philippine Bausch, mais conhecida


August Macke (1887-1914)
como Pina Bausch (1940-2009)

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5. “Mulher com chapéu” - Henri Matisse

A mulher com chapéu”, 1905, Henri Matisse Henri Matisse(1869-1954)

A obra que decidimos destacar, Mulher com chapéu (A senhora) é um óleo sobre
tela do francês Henri Matisse, de 1905. Atualmente encontra-se na posse de um
colecionador particular.

Esta famosa obra, que hoje é vista como um harmonioso arco-íris, um


bravíssimo ramalhete de cores, que ficou famosa na sua exibição no Salon
d'Automne, em 1905, ano em que também foi concebida por Matisse. Este seguiu
estritamente a técnica de aplicação de camadas de tinta que Paul Gauguin lhe
ensinara.

Este já havia feito com que o louco e impercetível Vincent van Gogh, o seu
melhor amigo, se soltasse e sofresse uma incrível explosão de cor, bem notável
em “Doze girassóis numa jarra” foi, durante os primeiros anos da trajetória de
Matisse, quem mais influenciou o artista, tendo conseguido que este se
libertasse de todas as tendências naturalistas.

A figura retratada, nomeadamente a esposa de Henri Matisse, adquire uma


expressão dramática e entristecida, enaltecida pelas cores azuladas do seu rosto.
De facto, o quadro é praticamente composto por cores escuras e frias,
geralmente as únicas cores mais vivas refletem-se nos cabelos e vestido de
Madame Matisse.

Porém, no meio de tais cores, sobressai o distinto chapéu com flores da senhora.
As flores que o chapéu preenchem, foram vistas na época em que foi exibido

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pela vez primeira como sendo ridículas, sem contornos definidos, incompletas.
Todavia, os críticos de arte que tais afirmações fizeram, esqueceram-se de referir
que estas são brilhantemente expressivas e, diga-se, frias, enaltecidas pela beleza
entristecida de Madame Matisse, que, por sua vez, suporta elegantemente um
leque de cor azul, formando uma composição sem precedentes.

“Mulher com chapéu” foi alvo de muitas críticas, já que adquiriu padrões
completamente revolucionários. Nunca ninguém havia visto algo assim. Todas
as convenções foram abatidas, simplesmente ignoradas, um facto que se fez
ecoar até pela América Latina.

Além disso, o público, mesmo que não o admitindo, necessitava de algo que o
enchesse de rir, que o fizesse libertar-se e algo que conseguisse, por fim,
transmitir sentimentos, sensações.

“Mulher com chapéu” foi de facto um das obras mais controversas e inovadoras
dos primórdios do século XX, junto com “A alegria de viver”, também de
Matisse, “Les Demoiselles d'Avignon” e “Três Mulheres”, ambas de Picasso, entre
várias outras.

Conclusão
Com este trabalho, concluímos que o expressionismo tem o objetivo de
transmitir as emoções do artista, desconectando-se completamente da fidelidade
ao real. Destacou-se em vários campos artísticos, contudo, os principais foram a
pintura e a literatura.

Alguns artistas que se evidenciaram bastante foram Edvard Munch, Henri


Matisse e Vincent Van Gog.

Para concluir, o expressionismo fez apostas totalmente inovadoras, como por


exemplo o uso da cor e teve um enorme marco na história da arte.

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Bibliografia/Webgrafia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Expressionismo
https://www.todamateria.com.br/expressionismo/
https://mundoeducacao.uol.com.br/literatura/expressi
onismo.htm

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