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estágio curricular
supervisionado
Catalogação na Publicação:
Biblioteca Universitária Mario Osorio Marques – Unijuí
Conhecendo o Professor...................................................................................................5
Apresentação............................................................................................................................7
Referências..............................................................................................................................61
Conhecendo o Professor
estágio curricular supervisionado
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Maridalva Bonfanti Maldaner
Apresentação
estágio curricular supervisionado
Este livro pretende colocar você, acadêmico de História, Geografia ou Sociologia, em con-
tato com as orientações necessárias para a realização de todas as ações propostas pelo trabalho
no componente curricular relativo ao primeiro estágio curricular supervisionado.
Este momento da sua vida acadêmica é muito importante, pois o estágio curricular repre-
senta um espaço de formação. Por meio de um trabalho de investigação e de estudos, você terá
contatos e vivências com realidades escolares diversas, interagindo com a singularidade de cada
uma. É preciso compreender o lugar a ser ocupado pelo professor em formação para que você
possa dar sentido a sua trajetória dentro da dinâmica das práticas educativas vivenciadas nas
escolas de estágio.
O caderno é apresentado em duas partes. A primeira tem como objetivo orientar o acadê-
mico em relação à proposta do estágio, sua função e importância no contexto da formação e no
currículo do curso, nos seguintes focos: aspectos legais que fundamentam e orientam a atuação/
interação da universidade, dos professores orientadores, das escolas de estágio e do acadêmico;
proposta de trabalho teórico-prático a ser desenvolvido no decorrer do semestre; temáticas orien-
tadoras da pesquisa/estágio nas escolas; planejamento colaborativo entre acadêmico orientador
de estágio e profissionais de educação no campo de estágio.
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Lori Mari Frantz – Maridalva Bonfanti Maldaner
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Unidade 1
estágio curricular supervisionado
Você, neste semestre, está iniciando uma nova atividade de estudo e reflexão sobre o pri-
meiro estágio curricular supervisionado a ser realizado, de um conjunto de quatro, conforme a
proposta do seu curso de Licenciatura.
Esta vivência é muito importante para a sua formação profissional por ser uma atividade
essencial para a construção de sua identidade de professor-educador. Você tem a oportunidade
de constituir e/ou de ampliar seu conhecimento exigido na prática profissional, nas atividades
de observação/pesquisa em espaço de escola do Ensino Fundamental e/ou do Ensino Médio.
Assim, vai desenvolver um trabalho de estudo e acompanhamento de ações e práticas da escola
que oportunizarão visibilidade e conhecimento para sua futura atividade docente.
Para que você realize uma tranquila e, ao mesmo tempo, bem preparada aproximação ao
seu campo de estudo e atuação, está recebendo orientações que indicam o caminho a trilhar
neste semestre. Seu trabalho será relevante à medida que realizar as observações com muita
responsabilidade, intermediando-as com registros, estudos e reflexões constantes.
Uma das maneiras de “entrar” na escola, de ocupar-se com ela, é relembrar seu percurso
escolar de forma a situar sua escolha profissional docente. Então, que tal uma retomada da sua
vida escolar?
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MARQUES, Mario Osorio. Escrever fortalecê-los com os novos que lhe serão propostos.
é preciso. Ijuí: Ed. Unijuí, 1998.
Você deve ter se perguntado: o que vai ser abordado nesta
NÓVOA, António (Org.). Vidas
de professores. Portugal: Porto Unidade? Vou desvelar o “segredo”: basicamente vão ser abordados
Editora, 1992.
três temas:
Seção 1
Estágio Curricular
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estágio curricular supervisionado
o cotidiano como fonte de conhecimento. No caso dos estágios de licenciandos, estes espaços
oportunizam apreender o trabalho pedagógico em suas variadas dimensões. Assim, o estágio no
espaço escolar aponta para uma situação ideal e real de formação do professor, possibilitando-
lhe conhecer e interagir com a diversidade do campo de trabalho.
Preste atenção no fato de que a autora citada defende uma concepção de prática e de ação
inseparáveis e interdependentes: a primeira refere-se à cultura educativa das instituições, con-
templando aspectos organizativos, metodológicos, condições físicas; a segunda diz respeito aos
sujeitos que agem com suas diferentes formas de fazer e pensar e que viabilizam a ação pedagó-
gica na escola. Conforme Pimenta (2008, p. 43), portanto, ao estágio da Licenciatura “compete
possibilitar que os futuros professores compreendam a complexidade das práticas institucionais
e das ações aí praticadas por seus profissionais como alternativa no preparo para sua inserção
profissional”.
Dessa forma, o estágio deve articular o campo de conhecimento com o espaço de forma-
ção, tendo como eixo norteador a pesquisa. O desenvolvimento de posturas e de habilidades de
pesquisador exige de você uma atitude investigativa que envolve reflexão, análises de contexto
e interação na escola. Assim sendo, você deve realizar mais do que simples observações e ano-
tações; deve buscar a vivência de uma prática refletida, em que problematize tanto a prática
quanto as ações, e as confronte com explicações teóricas e experiências de outros atores. Isto
significa que você, acadêmico, é produtor de saber.
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Amálgama
1.2. Por que são realizados estágios
Entendida nesta situação como na formação do professor?
a reunião, junção de elementos
diferentes ou heterogêneos que
formam um todo.
Tenha presente que o estágio curricular é uma atividade prática
e teórica de conhecer, de dialogar e de intervir/interagir na realidade
escolar, que permite mobilizar saberes desenvolvidos durante o seu
curso de Graduação para a reflexão dessa realidade.
Veja que diversas são as fontes para constituir seu saber pro-
fissional docente! Entre elas, as atividades e experiências de estágio
orientam você na busca desse novo saber: o saber docente. Este é
constituído em diferentes momentos da vida, isto é, durante a for-
mação escolar (percebeu o significado da primeira atividade que
você realizou?), na formação profissional, no ingresso na carreira e
na vida profissional.
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Com certeza você está percebendo que sua identidade como docente é construída ao longo
de sua trajetória profissional, cujas bases podem ser vivenciadas nos estágios. Daí a importân-
cia de que possa participar de diferentes práticas, considerando que à medida que você age no
ambiente escolar e recebe influência deste, pode elaborar e reelaborar o seu conhecimento e
interferir nesta mesma realidade social.
a formação não se constrói por acumulação (de cursos, de conhecimento ou de técnicas), mas sim através
pessoal. Por isso, é tão importante investir na pessoa, a dar estatuto ao saber da experiência.
Se você ainda está se perguntando: Por que preciso fazer os estágios curriculares?; a resposta
é: Porque você necessita aprender a profissão que escolheu e que essa aprendizagem contribua
para reafirmar sua escolha profissional.
Considere que vai aprender com aqueles que já têm experiência, além de aprender com as
particularidades da realidade escolar situada num contexto social específico. Com o objetivo de
alicerçar essas aprendizagens, é importante que nesse processo haja interação, parceria entre a
instituição de origem do acadêmico e a escola, considerando professores, alunos e comunida-
de escolar de modo geral. Pimenta (2008, p. 100) considera como questões básicas: “o sentido
da profissão, o que é ser professor na sociedade em que vivemos, como ser professor, a escola
concreta, a realidade dos alunos nas escolas de ensino fundamental e médio, a realidade dos
professores nessas escolas, entre outras”.
Considere que os estágios oportunizam um novo olhar sobre aquilo que você vê no dia
a dia, mas que passa despercebido. Pode ser espaço de reflexão da sua atividade de docência,
ressignificando-a, uma vez que a identidade profissional é algo em constante (re)construção.
Além disso, os estágios são considerados uma modalidade de formação contínua.
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Tendo em vista que você vai realizar o primeiro estágio deste curso neste semestre, vamos
situá-lo resumidamente e os demais a serem desenvolvidos nos próximos semestres. Você já deve
saber que os cursos de Graduação têm sua proposta definida num Projeto Pedagógico. Assim, os
diferentes componentes específicos, os componentes pedagógicos e neles os Estágios Curricu-
lares, compõem o currículo do curso de formação de professores. Esse é um processo planejado,
em que os estágios são articulados aos demais componentes curriculares do curso, tendo em
vista que todos são responsáveis pela qualificação profissional do professor.
Por ocasião dos estágios você tem a oportunidade de conhecer estabelecimentos de Ensino
Fundamental e de Ensino Médio, sua organização educativa, sua fundamentação teórico-con-
ceitual, seus modos de funcionamento e práticas educativas em realização (atuações no espaço
escolar, o desenho dos planejamentos, a aplicação de metodologias, o trabalho interdisciplinar),
o que é o currículo e a gestão curricular nas escolas e nas salas de aula, seus sujeitos, as relações
no interior e fora da escola, e ainda, nos últimos estágios, exercer a atividade de docência.
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Fonte: Projeto Pedagógico do Curso de História da Unijuí Versão 2008/1; Projeto Pedagógico do
Curso de Geografia da Unijuí Versão 2008/1; Projeto Pedagógico do Curso de Sociologia da Unijuí
Versão 2008/1.
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escolas do Ensino Fundamental (a partir da 5ª. Série) e do Ensino Médio. No primeiro estágio
você pode optar por um desses níveis de ensino, no entanto se você for acadêmico do curso de
Sociologia, será necessário escolher uma escola de Ensino Médio.
Nessa trajetória o tripé formado pelo acadêmico, pela universidade e pela escola pode ter
avanços consideráveis nos conhecimentos em jogo: o acadêmico, enquanto alguém que busca
sua formação para a docência, se beneficia da experiência de profissionais da escola; a univer-
sidade, enquanto formadora de professores, que por um lado pode modificar e enriquecer sua
proposta curricular a partir da apropriação de vivências do estágio de seus acadêmicos e, por
outro lado, ao valorizar a contribuição das escolas-campo, é efetivamente parceira destas no pro-
cesso de formação inicial de professores; e o acolhimento do aluno-estagiário pela escola e pelo
professor, que além de contribuir na formação dos futuros educadores, concorre para a formação
contínua do professor por meio do compartilhamento das experiências e de sua reflexão, o que
pode significar um debruçar-se sobre o que faz, como faz e a explicitação de referenciais teóricos
que embasam esse fazer. Sendo a universidade considerada, por excelência, o espaço formativo
da docência, ela pode instigar os atores das escolas a assumirem seu papel de pesquisadores e
traçar esta atitude como caminho metodológico para a formação da docência de estagiários e de
professores dos sistemas de ensino.
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segundo os objetivos de cada momento da formação. Sendo assim, o estágio não pode ficar sob
a responsabilidade de um único professor da escola de formação, mas envolve necessariamente
uma atuação coletiva dos formadores”.
Assim, antes da sua entrada nos estabelecimentos de ensino é importante que você tenha,
além de uma fundamentação teórico-conceitual para a compreensão dos contextos, dos modos
de funcionamento e das práticas educativas que aí acontecem, uma compreensão dos aspectos
legais implicados.
Seção 3
O primeiro estágio curricular: a escola
Talvez as atividades de estágio deste semestre sejam, para você, as primeiras relacionadas
à escola. Por isso, acompanhe os próximos esclarecimentos e reflexões com atenção. Assim você
vai verificar que não é necessário ter receios ou se assustar.
* Todas as atividades que vai realizar foram selecionadas para que, ao final deste semestre,
você tenha se aproximado e se integrado à escola.
* Você conta com as orientações deste livro para o planejamento e execução das atividades
propostas, além do contato com a professora orientadora do estágio. Também pode contar
com a colaboração dos profissionais da escola de estágio, como a direção, a equipe peda-
gógica, professores e pessoal administrativo.
A essa altura você deve ter percebido que não há possibilidade de “cair de paraquedas”
em uma escola e achar que isso seria suficiente para desenvolver seus estágios.
Como você tem quatro estágios a desenvolver, uma sugestão é que escolha ou adote uma
escola onde poderá realizar todos eles. A escola se constitui em campo de conhecimento muito
amplo para a aprendizagem de saberes necessários à docência, de forma que uma vivência
sequencial em determinada escola permitirá uma maior aproximação e integração com suas
diversas facetas, qualificando o processo de aprendizagem.
É necessário lembrar que as instituições têm por objetivo educar nos diferentes níveis de
ensino, e cada qual apresenta especificidades. Na imersão na escola é importante dar atenção à
diversidade de características que a compõe, seus objetivos, sua estrutura e funcionamento, sua
cultura específica, para que seja possível fazer uma análise do contexto, elaborar proposta de
observação, perceber e entender as instituições escolares, suas diferenças e semelhanças.
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um olhar crítico durante o processo de aproximação da realidade SANTOS, Helena Maria dos. O
Estágio Curricular na formação de
escolar para entender seus múltiplos aspectos e assim compreendê-la professores: diversos olhares.
nas relações que podem ser estabelecidas entre os estudos teóricos Trabalho apresentado no Grupo
de Trabalho 8: Formação de Pro-
efetivados nos diferentes componentes curriculares e a prática ob- fessores, da 28ª Reunião Anual
servada no espaço da escola. Helena Maria dos Santos salienta que da Anped (Associação Nacional
de Pós-Graduação e Pesquisa em
alguém novo no espaço escolar, não condicionado ao seu cotidiano, Educação), realizada de 16 a 19
terá condições de desenvolver a dimensão de um “olhar estrangei- de outubro de 2005, em Caxam-
bú – MG. Disponível em: <www.
ro” em relação a este contexto e, no exercício da reflexão em torno anped.org.br/reunioes/28/textos/
dessa prática, poderá construir novos conhecimentos. Vale lembrar gt08/gt0875int.doc>. Acesso em:
7 jan. 2010.
que a definição de “observar” é muito mais ampla do que apenas
ver e ouvir, pois também exige examinar fatos e fenômenos que se
Clipart
deseja estudar.
Fonte: <http://4.bp.blogspot.
Procure atentar para as recomendações que constam no quadro com/_brsJ6hge9gY/SwWkQXB_
D7I/AAAAAAAACXs/X1OhP7ZX-
a seguir, de modo que você possa desenvolver seu primeiro estágio G4A/s400/DICA.png>. Acesso
com tranquilidade, sensibilidade, seriedade e qualidade. em: 7 jan. 2010.
DICAS
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Tenha uma postura de pesquisador ético com as pessoas entrevistadas resguardando suas
identidades e funções nos registros e análises realizados no espaço escolar (se utilizar
nome de professor ou aluno empregue um nome fictício para evitar comprometer a indi-
vidualidade dos envolvidos na sua observação).
Procure articular a prática e a teoria durante as observações, bem como na fase de siste-
matização.
Como você vai conhecer a escola? Você pode começar sua pesquisa lançando um olhar
analítico sobre a realidade escolar a partir de observações, conversas informais, história oral,
entrevistas organizadas, participação em estudos, em festividades e eventos da escola e da comu-
nidade; realizando pesquisa em arquivos e documentos, que são registros do cotidiano escolar
reveladores de como a escola percebe a si mesma, suas intenções e suas reflexões a respeito
de sua prática pedagógica. Lembre-se que essa atividade de observação e análise auxilia você,
futuro professor, a ter um desempenho profissional consentâneo com as suas funções.
De agora em diante você vai inserir-se ainda mais na proposta e nas atividades deste estágio
de observação/interação. A seguir constam explicitações que pressupõem relações formais entre
a universidade, o acadêmico e a instituição de ensino dos sistemas de Educação Básica.
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estágio curricular supervisionado
a) A ementa descreve os estudos e atividades deste estágio. Nela são priorizados estudos relacio-
nados ao contexto social da escola e a sua proposta pedagógica. Veja a ementa na íntegra:
A identificação do contexto social em que a escola está situada e o estudo de seu projeto político-
pedagógico: o processo de sua elaboração, os elementos teóricos e metodológicos que o orientam,
a organização curricular e a forma de sua efetivação (Proposta Pedagógica do curso de Graduação,
Unijuí, 2008).
1ª) Conhecendo a escola: memórias e trajetórias. Para esta atividade de observação e pesquisa
você poderá se debruçar sobre: o histórico da instituição; a composição organizacional da
escola; a estrutura didático-pedagógica; memórias da escola retratadas pelos sujeitos da
comunidade escolar, etc. (veja Unidade 2, Seção 4).
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Período de preparação:
. ler o livro
Primeiro mês
. entender a proposta e as possibilidades de observação
(março)
. visitar a escola para conseguir o espaço e coletar dados necessários ao Termo de Com-
promisso de Estágio
Entrada na escola:
Segundo mês . primeiras observações guiadas pelo responsável indicado pela escola
(abril) . verificar a possibilidade de observação e interação/participação em atividades da escola
. elaborar o projeto de observação com apoio da escola
Sistematização:
Quinto Mês
. entregar o relatório final
(julho)
. realizar avaliação escrita presencial
e) Avaliação proposta neste componente: 100 pontos divididos entre os trabalhos a serem apre-
sentados, e os prazos estabelecidos para seu envio.
Avaliação prevista:
Agora que você já se inteirou da proposta, veja que iniciativas deve tomar!
1º) Leia este livro para entender bem as temáticas e tome conhecimento das atividades delas
decorrentes. Leia também as demais orientações que constam na Biblioteca Virtual da co-
munidade deste componente no Conecta/Unijuí.
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4º) Elabore seu projeto de observação para que você saiba, com
clareza, o que vai observar e para que a escola possa tomar co-
nhecimento dos seus desejos, bem como encaminhar seu trabalho
de observação.
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7. Revisão bibliográfica: neste item você vai escrever em que ou em Normas da ABNT
quais conhecimentos se apoia, se fundamenta para realizar esta Associação Brasileira de Normas
Técnicas, que regulamenta as
observação. Sugerimos que você leia os demais capítulos deste formas de elaboração e apresen-
livro para buscar referências e subsídios à escrita deste referen- tação dos trabalhos acadêmicos.
Disponível em: <http://www.abnt.
cial teórico (de qualquer forma, antes de realizar as atividades na org.br>. Você pode encontrar
escola é necessário que você tenha lido todos os capítulos). mais informações nas normas
NBR 6023 – Informação e Docu-
8. Metodologia: defina o percurso previsto em relação às observações, mentação: Referências – Elabo-
ração e NBR 14724 – Informação
o modo de fazer (como?). Na tentativa de realizar uma observação e Documentação: Trabalhos
participante na escola procure prever diversas alternativas para acadêmicos – Apresentação.
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Unidade 2
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Seção 1
Conhecendo a escola: memórias e trajetórias
Escolher uma escola é poder vivenciar momentos de encontro entre os professores, gesto-
res, funcionários, alunos e familiares, que possuem visões diferentes e até antagônicas sobre a
compreensão das condições em que se têm produzido significados e sentidos da profissão docente
e da escola como um todo. Nesse espaço está você, que pode ser um educador em formação e
vai interagir com diferentes saberes, com valores, contradições que afetam e repercutem na sua
constituição como futuro professor. O que o levou a escolher a escola em que pretende realizar
seu estágio? De que forma essa escola poderá contribuir e fazer parte de sua constituição como
um professor em formação?
As indagações são geradas nas relações, no contato com a realidade que vai situá-lo numa
outra posição. Não como mero observador, espectador, mas com a possibilidade de estar imerso
nas vivências cotidianas e na intrincada rede de relações que se estabelecem dentro da escola
num movimento gerado por intenções, desejos, manifestações, contradições, diferenças, tensões,
diálogos e silêncios.
Nessa parte queremos levá-lo a buscar referências da escola para compreender sua histó-
ria, sua inserção enquanto instituição escolar numa determinada comunidade e sociedade, bem
como sua trajetória, que é constituída por determinações do sistema de ensino e sobretudo pelos
sujeitos que dela fizeram e fazem parte.
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Toda a instituição escolar tem uma trajetória que explica sua instalação e organização
atual, um sentido de existência, uma razão em estar naquele lugar. Nesse sentido é importante
perguntar:
Como essa escola foi construída, quais as pessoas envolvidas, como a comunidade esco-
lar participou desse processo? Que reivindicações, necessidades, lutas, encontros, articulações
mobilizaram a comunidade? Qual o movimento estabelecido que resultou na fixação da escola
naquele determinado lugar, no bairro, na cidade?
Ezpeleta e Rockwell (1986) desenvolvem uma análise em que privilegiam a ação dos sujeitos
na relação com as estruturas sociais. Desse modo a escola seria um espaço no qual coexistem,
de um lado, uma organização do sistema de ensino que atribui funções, propõe parâmetros para
definição de conteúdos, define, mantém a ordenação dos tempos e espaços escolares, a fim de
distinguir trabalhos e relações sociais; de outro, os sujeitos – professores, alunos, funcionários
que criam e tecem uma trama própria e singular de inter-relações, produzindo na escola um
processo contínuo de construção social.
A escola, como espaço sócio-cultural, é entendida, portanto, como um espaço social próprio, ordenado
em dupla dimensão. Institucionalmente, por um conjunto próprio de normas e regras, que buscam
unificar e delimitar a ação dos sujeitos. Cotidianamente, por uma complexa trama de relações sociais
entre os sujeitos envolvidos, que incluem alianças e conflitos, imposição de normas e estratégias
individuais, ou coletivas, de transgressão e de acordos. Um processo de apropriação constante dos
espaços, das normas, das práticas e dos saberes que dão forma à vida escolar (Ezpeleta; Rockwell,
apud Dayrell, 1996, p. 137).
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A escola estabelece uma interação com outros sujeitos sociais que são provenientes do lugar
onde está inserida: as famílias que fazem parte da comunidade. Essas famílias têm concepções
e expectativas próprias decorrentes de suas construções, representações e simbolizações em re-
lação à escola e, ao mesmo tempo, uma compreensão situada em expectativas que a sociedade
mais ampla projeta a escola a cada momento histórico.
A escola tem uma inserção na comunidade local. Em muitas delas, a grande maioria dos
alunos que a frequentam moram nas proximidades, o que pode ser observado cotidianamente
pela chegada de jovens, crianças, professores, funcionários e familiares, articulando-se num
movimento que dá sentido e dinamicidade ao espaço escolar. As famílias chegam à escola acom-
panhando seus filhos e no dia a dia podemos verificar uma intensa movimentação de alunos de
diferentes idades que, num ritual cotidiano, repetem percursos, gestos, diálogos.
Como a escola considera essa nova inclusão, ao receber alunos que vêm de outros lugares,
de outras comunidades?
Enguita (2004) analisa as novas mudanças ocorridas na relação da escola com seu entorno
quando mostra a derrocada das certezas em torno da educação. Não há mais relação entre educa-
ção e garantia de emprego, entre valores sociais e valores escolares, necessidades e desejos das
famílias e de educadores. Por outro lado, há sempre mais demanda por educação de qualidade,
relacionando economia e informação, sociedade democrática e capacidade intelectual de análise
e reflexão, família e educação sempre melhor, governos e desenvolvimento social e econômico.
Estas e outras contradições mostram a crise educacional, consequência das mudanças rápidas
e com as quais ainda não aprendemos a conviver.
Nas palavras de Enguita, estamos vivendo uma mudança intrageracional. Não basta mais
que cada geração incorpore os valores da geração anterior e produza o seu mundo, pois cada uma
vai passar por vários mundos distintos. Isso envolve o mundo do trabalho, cuja necessidade está
na raiz do desenvolvimento da espécie, na criação dos instrumentos, da modificação da natureza
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Quais as exigências por novos saberes e fazeres diante das atuais formas de relação escola/
família/sociedade/conhecimento? Não seria a rigidez curricular com que se conduz o aprendi-
zado escolar um impedimento para adiarmos o compromisso com as necessidades dos alunos e
de suas famílias?
Diante do quadro de incertezas sobre educação, uma certeza permanece: a educação precisa
promover aprendizagens para permitir que as crianças e os jovens se desenvolvam, constituam
suas inteligências, fornecendo condições básicas para superar os limites da natureza.
As incertezas se referem a quais valores culturais temos de significar; com quais signifi-
cados; de que maneira? Como os professores e familiares expressam essas intenções, valores
culturais e necessidades? Como se dão as mudanças ou permanências e como estas afetam o
entendimento sobre o trabalho pedagógico na escola?
A derrocada das certezas, esclarece Enguita (2004), está associada a três mudanças que
afetam o sistema educacional: econômica, política e familiar.
A mudança nas relações familiares é um tema próximo a nós e temos uma maior respon-
sabilidade para com ele. Na educação brasileira, consideráveis mudanças ocorreram na relação
escola/família. Hoje as famílias entregam os seus filhos às escolas para que os cuidem, os socia-
lizem, ao mesmo tempo em que não aceitam o controle por parte das escolas, pois elas próprias
tiveram acesso à educação e têm opiniões divergentes sobre a forma de educar e socializar. As
famílias de antes, porém, não existem mais. Eram famílias enormes, constituídas por vários adultos
e várias crianças. Hoje os adultos estão nos empregos ou atrás deles, as famílias são pequenos
núcleos com um ou dois filhos; às vezes um só adulto, constantemente ausente. As mulheres
desses núcleos não estão mais disponíveis em meio expediente, como ocorria quando exerciam
a única profissão disponível, a de professoras, em tempos não tão distantes.
Todos buscam a escola! A procura é enorme e sempre mais cedo. Há uma transferência
de responsabilidade, uma responsabilização pela custódia das crianças, uma expectativa por
ela. Não há outra instituição que possa fazê-la, nem mesmo a rua de um bairro, um vilarejo, as
pequenas comunidades, nas quais a proximidade permitia a reciprocidade social, moral, ética,
de iniciação nas regras sociais, etc. Os moradores de uma rua, de um prédio, de um bairro, não
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O que importa é compreender que a família e a escola ficaram sozinhas nessa tarefa (controlar a con-
duta de seus filhos), que nenhuma outra instituição virá e nem pode vir a socorrê-las, a não ser em
funções secundárias e que, portanto, cabe a elas uma nova divisão de tarefas adequada, suficiente e
eficaz (2004, p. 69-70).
O seu trabalho de pesquisa deve ser iniciado nos primeiros momentos do estágio, pros-
seguindo todo o semestre na busca de possibilidades para articular práticas de pesquisa com
pessoas que estiveram e estão ligadas à escola. O trabalho deve ser pautado em observações, em
conversas informais, em entrevistas planejadas, no estudo e análise de documentos, na participa-
ção em festas e eventos na escola e na comunidade e em atividades curriculares desenvolvidas
pela escola, entre outros.
Também podem ser buscados elementos sobre a cultura escolar em outra dimensão, aquela
encontrada nos diferentes registros do cotidiano escolar. Muito deles, guardados em armários,
arquivos ou esquecidos em gavetas, revelam que há uma produção escrita dos fazeres e saberes
profissionais. Cartas, bilhetes, diários de classe, cadernos de atividades, fichas de avaliação, re-
latórios pedagógicos ou burocráticos expressam como professores, em determinados momentos,
pensam a escola como um lugar de produção da escrita e de registros sobre intenções e reflexões
da prática pedagógica.
Recomendamos que você esteja atento à consulta desse material e consiga estabelecer
laços de confiança para ter a possibilidade de pesquisá-lo.
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estágio curricular supervisionado
Os professores que fazem parte da escola no momento atual também têm suas trajetórias
de vida pessoal e profissional. É uma boa oportunidade para você, que está na formação inicial,
entrar em contato com as lembranças, histórias e representações sobre as experiências forma-
tivas que esses educadores constroem no seu cotidiano. Podemos usar a investigação por meio
de narrativas, que consiste num modo de estudar e analisar a experiência, produzir significados
para as experiências passadas e presentes, tendo em vista a possibilidade de outras futuras.
O sentido de experiência, nessa perspectiva, ressalta a sensibilidade inerente a esses momentos que
não são apenas vividos, mas possuem a potencialidade de mobilizar idéias, crenças e valores que fazem
com que o indivíduo se posicione e (re)signifique seu modo de agir e pensar, evidenciando assim o
caráter formador da experiência (Freitas; Fiorentini, 2001, p. 3).
Assim, não compreendemos mais o professor como um mero profissional que faz uso de
conhecimentos produzidos por outros e que age de forma passiva na realização de suas tare-
fas. Reconhecemos os saberes construídos pelos docentes no âmbito do seu trabalho, quando
organizam, sistematizam e orientam suas ações. Diante desse contexto de produção acerca da
temática dos saberes docentes, a fim de melhor compreender a natureza dos saberes produzidos
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e mobilizados pelos professores no dia a dia de seu trabalho, bem como desvelar o processo, o
movimento no qual se dá esta produção, propomos que você mantenha um contato com o pro-
fessor de sua área de formação para estabelecer laços de confiança e organizar alguns encontros
em que possa interagir com ele.
Segundo os estudos de Shulman, Gauthier e Tardif, é possível afirmar que o professor não
é apenas um técnico que aplica conhecimento produzido por outros, ou então um agente deter-
minado por mecanismos sociais, mas é um sujeito que assume sua prática e produz significados
para ela; um sujeito que possui um conhecimento “e um saber-fazer proveniente de sua própria
atividade e a partir da qual ele a estrutura e a orienta” (in Tardif, 2002, p. 230).
Desse modo o professor de sua área de formação, ao falar sobre o seu saber-fazer, estabelece
um modo de relatar e refletir sua experiência, produzindo sentido ao que pensa e diz de suas
práticas e como isso vai se transformando ao longo de sua vida profissional.
Você pode viver esse processo de pesquisa narrativa a partir de histórias que são contadas,
de entrevistas não estruturadas, análise de fotos, textos, anotações que são mencionadas ao narrar,
registros biográficos e memoriais que o professor produziu com outro objetivo, cartas e e-mails
que podem ser trocados entre os participantes.
Esse material pode ser organizado em um diário de registros para ajudá-lo a produzir os
textos que irão compor seu relatório de estágio.
Seção 2
A escola e sua dinâmica curricular
Uma das questões que levam à reflexão e discussão em nossas escolas diz respeito ao
desenvolvimento do currículo. Essa temática mobiliza professores, gestores, pais e comunidade
escolar.
Como essas questões se manifestam no espaço escolar? Como a escola envolve-se na dis-
cussão e análise de suas práticas curriculares? Como os professores participam dessa elaboração?
Como as experiências geradas mostram novas possibilidades de organização curricular?
Para responder a essas e outras questões é preciso entender quais as concepções que atra-
vessam as proposições dos currículos escolares.
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Há distintas concepções de currículo que são influenciadas pelos diversos modos como
a educação é concebida historicamente e pelas influências teóricas que se colocam como mais
consideradas em determinado momento.
Moreira e Candau (2008) observam que o debate sobre currículo reflete variados posicio-
namentos teóricos e compromissos relativos aos
conhecimentos escolares, sobre procedimentos e relações sociais que conformam o cenário em que
os conhecimentos se ensinam e se aprendem, sobre as transformações que desejam efetuar nos alu-
nos e alunas, sobre valores que desejam inculcar e sobre as identidades que pretendemos construir.
Discussões sobre verdade, poder e identidade marcam, invariavelmente, as discussões sobre questões
curriculares (Silva, 1999a, apud Moreira; Candau, 2008, p. 18).
Cabe ainda destacar que existem práticas na escola que não estão expressas nos planos de
ensino e propostas curriculares e que representam o currículo oculto. Nem sempre são explícitas
essas práticas, que se revelam nas atitudes e valores transmitidos de forma dissimulada por meio
das relações sociais que se manifestam no cotidiano escolar. Fazem parte do currículo oculto as
práticas e rituais, regras, procedimentos de rotina, organização do espaço e tempo escolar, modos
de distribuir turmas, organizar os alunos na entrada e saída da escola, entre outras.
Dessa forma, o professor desempenha importante papel no processo curricular, pois é atu-
ante e viabilizador na construção de currículos que se materializam na escola e na sala de aula.
Por essa razão é necessário que esteja sempre envolvido em estudos, discussões e proposições
de novas alternativas para a organização curricular.
Quando você chegar na escola em que fará seu estágio, perceberá, desde o primeiro ins-
tante, o movimento interativo do seu cotidiano: os profissionais que ali atuam, os alunos e seus
pais, a comunidade na qual está inserida. É nesse movimento que se organizam o espaço/tempo
de aprender e ensinar, a relação de subjetividades e a socialização.
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Antônio Nóvoa tivas que permitam a escuta e o diálogo, que podem ser projetados
Leia a entrevista, na íntegra, para o plano das trocas culturais, do compartilhamento dos saberes
no site <http://www1.folha.
uol.com.br/folha/treinamento/ e compromissos políticos conjugados entre sujeitos de diferentes
educacao/te2406200505.shtml>. experiências, idades e responsabilidades sociais.
Acesso em: 30 nov. 2009.
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da geração anterior, esse fato era bem aceito pelas famílias e adoles- Disponível em: <http://www.
scielo.br/scielo.php?script=sci_
centes” (Xavier, 2008, p. 472).
arttext&pid= S1413-
24782003000300004&lng=
Atualmente há várias situações que revelam as intenções de pt&nrm=iso>. Acesso em: 30
permanência dos jovens na escola. Desde os que ainda acreditam nov. 2009.
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Como os jovens encontram na escola um espaço para que suas culturas tenham visibilidade
e se realizem como possibilidade de inclusão e protagonismo?
Como emitem opiniões e manifestam interesses sobre práticas que encontram mais sentido
nos espaços e tempos escolares? O que dizem sobre a escola em relação aos trabalhos desenvol-
vidos nas mais diversas áreas do conhecimento?
Como a escola organiza seu currículo levando em conta ações educativas e culturais que
favoreçam o compartilhamento de diferentes saberes?
Sugerimos que você crie oportunidades de conversas informais com os jovens, que esteja
atento ao movimento dos alunos nos diferentes espaços/tempos na escola, às interações entre os
grupos, aos sinais de socialização, aos vínculos estabelecidos entre eles e os demais sujeitos da
escola e como o currículo pode se articular diante de uma proposta que leve em conta o potencial
das experiências coletivas juvenis.
Por que não pensar o currículo como um tabuleiro de xadrez, em que algumas peças se movem com
alguma previsibilidade e linearidade e outras peças, como cavalos, reis e rainhas, fazem movimentos
surpreendentes? Esta é uma metáfora de crítica aos currículos rígidos e uniformizadores que tentam
comunicar e fazer sentido para sujeitos de múltiplas necessidades e potencialidades. É assim que
enxergo o desafio de organização de currículos flexíveis, capazes de comunicação com os sujeitos con-
cretos da escola, sem que, com isso, se abdique da busca de inventariar permanentemente a unidade
mínima de saberes em comum que as escolas devem socializar (Carrano, 2008, p. 206).
As categorias espaço e tempo que configuram a educação formal foram concebidas no início
da modernidade e conferiram base à escola quando esta assumiu um espaço que lhe é próprio,
construído para tal fim. O planejamento dessas edificações (início do século 20) teve como con-
sequência a instalação da escola seriada e as políticas de construções escolares. A disposição
interna dos espaços nesses edifícios escolares era importante, pois possibilitava trabalhar numa
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a arquitetura escolar interfere na forma de circulação das pessoas, na definição das funções para cada
local. Salas, corredores, cantina, pátio, sala dos professores, cada um destes locais têm uma função
definida a priori. O espaço arquitetônico da escola expressa uma determinada concepção educativa.
Um primeiro aspecto, que chama a atenção, é o seu isolamento do exterior. Os muros demarcam cla-
ramente a passagem entre duas realidades: o mundo da rua e o mundo da escola, como que a tentar
separar algo que insiste em se aproximar. E a escola tenta se fechar em seu próprio mundo, com suas
regras, ritmos e tempos (1996, p. 147).
Ao analisar o espaço da escola não podemos nos deter somente na análise de sua mate-
rialidade, mas o que ele representa e como os sujeitos vão atribuindo, a partir de suas vivên-
cias, múltiplos sentidos, produzidos na complexidade das interações. “A escola enquanto lugar
construído é, simultaneamente, matéria organizada e energia que flui, que se decompõe e se
recompõe. O espaço educa” (Frago, 2001, p. 77).
Como é a arquitetura da sua escola de estágio? Como ela apresenta esse movimento de
organização e recriação do espaço escolar? Como a escola propõe a organização do espaço e
como ele efetivamente é usado, pensado, recriado pelos sujeitos da escola?
A escola é espaço e lugar. Algo físico e material, mas também uma construção cultural. Ao
revelar a sua arquitetura e a sua espacialidade, ressalta os impactos objetivos e subjetivos que
ela proporciona aos seus usuários, pois todo espaço é um lugar percebido. E a percepção é um
processo cultural, construído socialmente (Frago, apud Tavares, 2003, p. 57).
Tavares (2003, p. 55), em sua etnografia do espaço em uma escola pública, apresenta o
corredor como o lugar mais intensamente praticado no sentido de ser vivido e experimentado,
reinventado por todos na escola. É o espaço “onde menos parecem vigorar os ritos e normas da
escola. É um lugar de trânsito, repleto pelas singularidades de seus protagonistas, principalmente
pelos estudantes, que ao reinventarem-no como seu pedaço instituem nele outras dimensões
materiais e simbólicas”.
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(...) transitar no corredor é conectar-se com a alma da escola, pois é lá que a escola mais fala. Toda
vez que um acontecimento (uma novidade, um projeto, uma confusão, uma fofoca, enfim, algo que
mobilize a escola) explode, irrompe, ele é tematizado no corredor, seja como tragédia, como drama,
como comédia (Tavares, 2003, p. 55).
Descreva, situe e analise a organização, uso e ressignificações dos espaços que se produzem
mediante processos de negociação, de disputas, de inclusão, de reinvenção, de disciplinamento
e regras.
O espaço escolar leva em conta a presença de coletivos diversos, crianças, jovens, adultos
trabalhadores da EJA e alunos portadores de deficiências?
Como é concebido o espaço da sala de aula pelos professores e alunos, lugar onde os jovens
e adultos estudantes permanecem mais tempo na escola?
Você pode propor aos alunos que descrevam, comentem, produzam desenhos de suas per-
cepções sobre o que representa o espaço da escola para eles, em todas as dimensões, desde a sala
de aula, os espaços mais formais e instituídos até os espaços recriados de significado por eles.
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O tempo do recreio, por exemplo, é sempre curto, passa rápido, com vários eventos ocor-
rendo ao mesmo tempo e os alunos podendo se envolver com todos eles. Já o tempo de sala de
aula tende a ser longo, ligado ao fazer, um contínuo “transformar a impaciência em hábito, num
claro processo de disciplinação” (Dayrell, 1996).
Os tempos escolares são múltiplos, pois cada sujeito, nas diferentes posições que ocupa na
escola, imprime sentidos próprios ao tempo instituído. No tempo de sala de aula podem coexistir
vários sentidos. Para o professor o tempo é de interagir com o conhecimento, mas para o aluno
pode ser, única e exclusivamente, o tempo do convívio, do encontro, da socialização.
Nesse aspecto é importante que os currículos e as escolas possam questionar-se sobre o seu
ordenamento temporal e cumprir os trâmites para garantir a permanência e o direito de crian-
ças, jovens e adultos à educação. Estudos mostram que a rigidez desse ordenamento é causa de
repetências e abandono escolar.
Segundo Gomes (2008, p. 40) a articulação entre currículo, tempos e espaços escolares
pressupõe uma nova estrutura de escola que se organiza em torno de uma concepção mais am-
pla de educação, entendida como pleno desenvolvimento dos educandos. Os alunos devem ser
considerados o eixo da ação pedagógica e da realização de toda e qualquer proposta de currículo.
Assim, os conteúdos escolares, a distribuição dos tempos e espaços estarão interligados ao objetivo
da formação e vivência sociocultural próprias das diferentes temporalidades da vida.
Como a escola administra o tempo escolar no que diz respeito à definição do calendário,
da distribuição das aulas, dos horários de cada área do conhecimento, dos dias de provas, dos
intervalos e recreio, dos dias letivos, de recuperações, de feriados, de atividades em turnos in-
versos aos das aulas?
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Quais as tensões e conflitos na organização dos tempos escolares manifestados pelos pro-
fessores, pela equipe de gestão e alunos?
Que tipo de organização curricular e que ordenamento temporal dos currículos e dos pro-
cessos de ensinar e aprender estão sendo referidos pela escola, professores e famílias, atendendo
às novas compreensões sobre as demandas aos sujeitos escolares e às múltiplas dimensões da
sua formação?
Constatamos, por meio de algumas práticas, esses mecanismos de controle nos planos
de ensino e nas agendas de classe em que devem constar os conteúdos que são efetivamente
trabalhados, previstos nos guias curriculares. Outro aspecto ligado ao controle é a realização de
provas únicas aplicadas aos alunos de forma periódica, incentivadas e propostas por algumas
escolas, secretarias municipais, estaduais e MEC como forma de avaliar e controlar o trabalho
docente no desenvolvimento do programa, de competências e aprendizagem dos alunos.
Essa compreensão está muito presente nas discussões sobre currículo escolar e leva os
professores a definirem quais os conteúdos que precisam ser trabalhados e quais conhecimentos
devem fazer parte do currículo para que os alunos possam ser considerados escolarizados.
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Dessa forma, é possível uma nova compreensão de currículo, deixando de lado sua pro-
posição como modelo ou como produto para entendê-lo como um processo pelo qual os sujeitos
ressignificam suas experiências, a partir dos seus saberes, em todos os momentos e em todas as
escolas.
Outro aspecto que é preciso entender na organização curricular diz respeito à seleção e
organização dos saberes e conhecimentos que fazem parte do currículo escolar. Que saberes são
considerados válidos para fazer parte do conjunto de conhecimentos escolares? Como são orga-
nizados? Que estudos e discussões são feitos na escola e na sua área de formação? Ao assumir
um trabalho na escola o que você faria para significar os conhecimentos propostos no currículo
para planejar sua atuação?
A organização mais tradicional dos saberes e conhecimentos escolares se fez por meio
da definição por disciplinas e matérias escolares. Algumas delas foram determinadas a partir
de um corpo de conhecimento ligado à organização da ciência (História, Sociologia, Biologia)
ou pela junção de disciplinas científicas (Ciências, Estudos Sociais). Outras foram decididas a
partir de um campo de saber, cujo conjunto de conhecimentos foi considerado importante num
determinado momento histórico (Educação Física, Programa de Saúde e outras). Essa seleção
foi baseada no critério científico, o que nos leva a perguntar: Por que essa forma se torna a mais
validada? Que outros saberes podem fazer parte da organização curricular?
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O que se ensina em uma disciplina escolar não é o único conhecimento possível nessa
disciplina. Ao constituí-la da forma como a conhecemos muitos outros saberes de referência
participaram e participam do processo. Há, portanto, escolhas anteriores das quais participam
saberes que se originam além das instituições produtoras do conhecimento científico, as refe-
rentes ao mundo do trabalho; aos desenvolvimentos tecnológicos; às atividades desportivas e
corporais; à produção artística; ao campo da saúde; às formas diversas de exercício da cidadania;
aos movimentos sociais (Terige, apud Moreira; Candau, 2008, p. 22).
Dessa forma, o conhecimento escolar pode ser entendido como uma construção específica da esfera
educativa, não como uma mera simplificação de conhecimentos produzidos fora da escola. Conside-
rando, ainda, que o conhecimento escolar tem características próprias que o distinguem de outras
formas de conhecimento. Ou seja, vemos o conhecimento escolar como um tipo de conhecimento
produzido pelo sistema econômico mais amplo, produção essa que se dá em meio a relações de poder
estabelecidas no aparelho escolar e entre esse e a sociedade. O currículo, nessa perspectiva, constitui
um dispositivo em que se concentram as relações entre sociedade e a escola, entre os saberes e as
práticas socialmente construídos e os conhecimentos escolares (Moreira; Candau, 2008, p. 22).
Diante dessa compreensão podemos refletir: Por que é necessário compreender como os
conhecimentos escolares são propostos e reproduzidos/ construídos em diferentes momentos
históricos? Como isso interfere nas práticas docentes? Isso pode nos encorajar a testar novas
práticas educativas?
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marcá-los de forma distinta de seus contextos originais. Esse processo MOREIRA, Antonio Flavio Barbo-
sa; CANDAU, Vera Maria. Educa-
não pode ser radical, sob pena de apagar as marcas de sua produção ção escolar e cultura(s): construindo
caminhos. Rev. Bras. Educ.
com as necessárias ligações que possui com o mundo social em que
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são construídos. 2003. Disponível em: <http://
www.scielo.br/scielo.php?script=
sci_abstract&pid= S1413-
Numa proposta de currículo os conhecimentos são novamen- 24782003000200012&lng=
pt&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso
te recontextualizados, agora no âmbito do processo escolar. Nesse
em 30 nov. 2009.
sentido, é praticamente impossível reproduzir as condições originais
do contexto de sua produção. Para que esses conhecimentos passem
a ter sentido a recontextualização na escola é necessária, agora in-
fluenciada também por outras práticas sociais e pelas condições e
decisões da escola.
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É, pois, no confronto e acomodação entre modelos e lógicas culturais diversos que se realiza a circu-
laridade entre culturas no interior da ação educativa e, nesse processo, identidades e subjetividades –
fragmentadas, plurais e multirreferenciadas – se constroem na convivência com o “outro” do ambiente
escolar (Tura, 2002, p. 168-169).
1. A proposta curricular
Como está organizada a proposta curricular de sua área de atuação? Como ela foi or-
ganizada? Quais os conhecimentos propostos para cada série dos Ensinos Fundamental e
Médio e como foram selecionados? Que estudos são realizados para subsidiar a proposta?
Como os professores que atuam na escola no presente momento participaram e participam
da sua organização?
2. O trabalho do professor
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Parâmetros Curriculares
3. Os saberes Nacionais do Ensino
Fundamental e Médio
Que saberes são aceitos como válidos para fazer parte do rol
Disponível no site das Secretarias
de conhecimentos escolares? Que relações se estabelecem com
do Ensino Fundamental e Médio
os saberes dos alunos? Como incorporam novos conhecimentos e do MEC. Disponível em: <www.
reelaboram saberes com sentidos e significados corporificados pelo portal.mec.gov.br/seb>.
4. Os alunos
5. Reflexões
Seção 3
Projeto Político-Pedagógico da escola
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Sugestão de Leitura
e de gestão financeira” foram concedidos à escola pelo artigo 15 da
VEIGA, Ilma Passo Alencastro. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9.394/96).
Inovações e projeto político-pedagó- Está, portanto, garantida legalmente a possibilidade de construção,
gico: uma relação regulatória ou
emancipatória? Cad. Cedes, Cam- de organização, de decisão e de autonomia da escola. Isso ocorre por
pinas, v. 23, n. 61, p. 267-281,
meio do planejamento escolar, constituído de um processo político e
dez. 2003. Disponível em: <www.
scielo.br/pdf/ccedes/v23n61/ pedagógico, em que o diagnóstico da realidade encaminha as toma-
a02v2361.pdf>.
das de decisão em função de um determinado fim.
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Apesar de o PPP definir e organizar as ações cotidianas da escola a curto, médio e longo
prazos, é um projeto sempre inconcluso, pois seu caráter de provisoriedade deve estar presente
devido à necessidade de ser suscetível às mudanças e para que não sejam impedidas as trans-
formações requeridas pelo constante movimento de renovação educacional. Em vista disso, o
projeto estará em permanente (re)construção, pois se aperfeiçoa e se atualiza em processo.
ORIENTANDO A OBSERVAÇÃO
Nas Unidades anteriores você foi orientado sobre as observações que poderia realizar na
escola. Por isso, procure articular as novas sugestões com aquelas já fornecidas, para que os
diferentes aspectos se integrem e se relacionem no seu trabalho, tendo em vista que a escola
é uma totalidade com múltiplas facetas.
Sugerimos que busque informações sobre o processo de constituição do PPP. Uma alterna-
tiva para esta atividade é conversar com pessoas da escola que ocupem funções diferenciadas,
além de pais e alunos, visando a entender como o projeto foi concebido.
Seguem algumas sugestões para orientar sua pesquisa: motivos que originaram o projeto;
quem participou da elaboração e de que forma; adesão voluntária ou não para esta elaboração;
que articulações aconteceram nessa produção e como ocorreram; como avaliam este trabalho;
se o PPP está em execução; se os novos integrantes da escola conhecem esse projeto.
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ORIENTANDO A OBSERVAÇÃO
Sobre a relação político-pedagógica busque compreender como a escola fez essa apro-
ximação; como apresenta e assume compromisso com a formação do cidadão; princípios que
evidencia relacionados à autonomia da escola, à solidariedade entre os sujeitos da educação; o
estímulo à participação de todos no projeto comum; o que orienta a projeção das perspectivas,
de seu alcance social e as formas de viabilizá-las.
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A estrutura básica de um PPP Quando a escola explicita seu referencial teórico-filosófico e po-
BETINI, Geraldo Antonio. lítico tem o propósito de apresentar sua visão de mundo, de sociedade,
A construção do Projeto Político-Pe-
dagógico da escola. Disponível em: de homem, de conhecimento, de educador, de ensino-apredizagem,
<www.unipinhal.edu.br/ojs/edu- bem como sua percepção do contexto sociocultural dos alunos e de
cacao/include/getdoc.php?id>.
suas famílias, das relações com a comunidade e com outras entidades.
Esses fundamentos embasam as decisões relacionadas às estratégias
e às propostas práticas de ação, à projeção das perspectivas de seu
alcance social e as formas de viabilizá-las.
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dito/escrito e o feito. Além disso, a avaliação dos alunos deve estar prevista de forma clara, de
modo que tanto professores quanto estudantes tenham evidenciada a perspectiva da sua inten-
cionalidade pedagógica e da sua função social.
Outra função do PPP é definir seu entendimento de organização dos tempos escolares (dias
letivos, feriados, férias, horas por componente e por professor) e dos espaços com suas priorida-
des, o que já foi amplamente detalhado anteriormente.
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ORIENTANDO A OBSERVAÇÃO
– planejamento das áreas, dos componentes de ensino, das aulas (sugerimos que você dê atenção
especial a sua área de formação): como os componentes curriculares se integram na proposta
da escola; a interação de cada área disciplinar específica no conjunto das aprendizagens
curriculares dos alunos, o papel da flexibilidade e da diferenciação curricular nas situações
de ensino e aprendizagem, a visão do professor sobre o seu componente de ensino.
– formação continuada (professores da sua área de atuação): estudos, atualizações que rea-
lizam, forma de incentivo, etc.
60
EaD
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