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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

GRACIELLY PORTELA DA SILVA


MARCUS VINICIUS LEAL SILVA
PAULO CASTRO OLIVEIRA
THIAGO VINICIUS DA SILVA SENA
EUSANIO DOS SANTOS SOUSA

O QUE É FILOSOFIA:
DO MYTHOS AO LOGOS

MAIO/2010
GRACIELLY PORTELA DA SILVA
MARCUS VINICIUS LEAL SILVA
PAULO CASTRO OLIVEIRA
THIAGO VINICIUS DA SILVA SENA
EUSANIO DOS SANTOS SOUSA

O QUE É FILOSOFIA:
DO MYTHOS AO LOGOS

Parte escrita de Seminário


apresentado como requisito de
avaliação da disciplina Teorias
Filosóficas, ministrada pelo Prof.
Luis Fernando, no curso de
Licenciatura Plena em Geografia da
Universidade Federal do Piauí.

MAIO/2010
O QUE É FILOSOFIA: DO MYTHOS AO LOGOS

Nascimento da Filosofia
Desde os tempos mais antigos, a Humanidade busca responder a perguntas
do tipo: "O que nós somos?", "De onde viemos?", "Para onde vamos?", "Como
formos formados?", etc. Inicialmente, nós buscávamos essas respostas na(s)
divindade(s). Acreditamos que elas eram as responsáveis por tudo no mundo, ou,
pelo menos, pela maior parte das coisas. Na Antiguidade Clássica, as civilizações
mais antigas conhecidas (Egito, Fenícia, Hebreus, Civilizações Americanas, Grécia,
etc.) atribuíam deuses para os fenômenos naturais: sol, chuva, fogo, lua, ar, água,
etc., e para cada uma das perguntas citadas no início desse parágrafo existia uma
resposta pronta.

Essas respostas, chamadas de mitos, passaram pelos séculos como algo


intocável, indubitável. Ninguém poderia duvidar das coisas de Deus. Esses mitos
eram uma espécie de "verdade absoluta", sem discussão.

Em certo período da civilização grega, mais precisamente entre os séculos VII


e VI a.C, surgiu uma nova forma de ver o mundo. O iniciador dessa nova
racionalidade foi Tales, que vivia numa colônia grega da Ásia Menor chamada
Mileto. Mas foi somente no século V a.C., através de outro sábio grego, chamado
Pitágoras, é que surgiu o nome flosofia (philos – amante, amigo; sophia – sabedoria,
saber). A filosofia, portanto, surgiu numa época de grande crescimento intelectual,
na Grécia Antiga, principalmente pelo fato de a Grécia do século VI a.C. possuir uma
sociedade laicizada e bastante racional.

Nessa época, as respostas às coisas do mundo dadas pelos mitos foram


perdendo força, devido principalmente ao crescimento intelectual da civilização
grega que passou a não se satisfazer somente por essas respostas baseadas em
atos da(s) divindade(s). Alguns desses sábios – ou "amantes da sabedoria":
filósofos – começaram a procurar respostas mais racionais a essas perguntas,
porém, sem o endosso divino, elas necessitavam de uma prova. Portanto, a
resposta dada por filósofo acabava por convidar outro a apresentar sua resposta à
questão. Isso acabava provocando uma reação em cadeia, e o questionamento
filosófico caminhou rapidamente, e continua caminhando até hoje, porque não tem
(ou pelo menos não parece ter) fim. Essa evolução do pensamento filosófico foi
bastante notada exatamente na Grécia, onde em apenas dois séculos, viveram
vários filósofos importantes, como Tales, Pitágoras, Sócrates e Platão.

Desconstrução do Mito
O mito era, até o surgimento da Filosofia, a explicação mais aceitável acerca
das questões mais originárias do mundo (o que nós somos, o que é o mundo, por
que existimos, etc.), como também das questões ligadas a fenômenos da natureza e
do cotidiano da humanidade. Sempre agregados ao sobrenatural ou a divindade(s),
essas respostas míticas eram tomadas como verdade absoluta, visto que são algo
vindo de Deus(es).

Com o surgimento da Filosofia, essas questões ganharam uma visão mais


racional, mais palpável. A Filosofia, como cosmologia (do grego cosmos – mundo
ordenado, organizado; logos – pensamento racional, discurso racional,
conhecimento), ou seja, conhecimento racional do mundo ordenado, passa a
duvidar, a discutir, a estudar o óbvio, o que é respondido pelo sobrenatural, e dar
respostas novas, baseadas no conhecimento racional.

A racionalidade trazida pela filosofia é calcada exatamente na capacidade de


duvidar do previamente estabelecido, do óbvio. Uma sociedade que se firma no
óbvio, que tem respostas prontas a tudo, tende a se estacionar. Duvidando,
questionando, buscando outras respostas, outras alternativas, a tendência é que a
civilização cresça, exatamente porque, na busca dessas respostas, vamos
agregando mais conhecimento, evoluindo.

Legado da Filosofia
Por ser a área do conhecimento que responde e tenta desmistificar o
desconhecido, o sobrenatural, a Filosofia foi fundamental para que as civilizações
ocidentais apresentassem o nível de evolução e de intelectualidade que tem hoje,
principalmente se compararmos às civilizações orientais. Isso se deve ao fato de
que todas as teorias físicas, biológicas, psicológicas, políticas, econômicas, etc., que
mudaram a visão tradicional sobre os homens e suas instituições, todo o dinamismo
em que essas e outras teorias foram elaboradas, modificadas, reinventadas, tem a
ver com o tipo de pensamento desenvolvido no Ocidente, ou seja, com a Filosofia. O
legado da Filosofia para a civilização ocidental reside exatamente na visão
modificada a respeito do mundo, da humanidade, das coisas, da natureza, fruto dos
questionamentos filosóficos. E essa mudança de visão de mundo suscitou uma
evolução intelectual, que abriu as portas para a busca de mais conhecimentos.

Além disso, a Filosofia mudou a visão sobre os acontecimentos naturais e


humanos. Eles são, sim, necessários, mas também podem ser contingentes ou
acidentais. Por exemplo: uma pedra cai na minha cabeça enquanto ando. O fato da
pedra cair obedece a uma lei natural e necessária. E o fato de eu andar também é
necessário, visto que obedece a outra lei natural. Mas o fato da pedra cair, na minha
cabeça, naquele momento, não é algo necessário. Se eu não estivesse passando
naquele lugar, naquela hora, a pedra não atingiria minha cabeça. Ou seja: as coisas
não acontecem necessariamente porque "tem que acontecer". Elas podem ser
necessárias, mas, como no caso da pedra, podem ser contingentes ou acidentais.
Isso também muda a visão de que tudo podemos quando quisermos, se algo
sobrenatural nos ajudar. A natureza segue leis necessárias que podemos conhecer,
logo nem tudo é possível por mais que o queremos.

Conclusão
A filosofia surgiu através da admiração e do espanto de alguns gregos. Ao se
depararem com as questões originais, e insatisfeitos com as respostas dada pelo
mito, passaram a buscar respostas mais convincentes, mostrando que tudo no
mundo pode ser conhecido pela racionalidade humana, e que essa razão humana
pode conhecer a si própria. Logo, a filosofia desmistifica o sagrado, o misterioso, o
óbvio. A verdade sobre as coisas não pertence a uma parcela de escolhidos por
divindades, ela pode ser encontrada e conhecida através da nossa racionalidade,
que é a mesma para todos.

Duvidando, questionando, perguntando sobre tudo e todos (inclusive sobre


ela própria), a Filosofia contribui para o crescimento moral e intelectual da
humanidade, sendo parte importante da nossa civilização, da nossa sociedade e do
nosso cotidiano. Além disso, nos convida a buscar respostas a esses
questionamentos, fomentando, assim, a nossa curiosidade, a nossa sede de
conhecimento, evoluindo conosco.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000.


IGLESIAS, Maura. O que é Filosofia e Para Que Serve. In: REZENDE, Antônio
(org.). Curso de Filosofia: para professores e alunos dos cursos de segundo grau e
de graduação. 11. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2002.

GABOARDI, Ediovani A. O Que é Filosofia? Uma Abordagem Comparativa. Artigo


Apresentado na PUC-RS em 2004. Retirado da Internet.

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