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SISTEMA REPRODUTOR

SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

O sistema reprodutor masculino é formado por:


• Testículos ou gônadas
• Vias espermáticas: epidídimo, canal deferente, uretra.
• Pênis
• Escroto
• Glândulas anexas: próstata, vesículas seminais, glândulas bulbouretrais.
Imagem: GOWDAK, Demétrio; GOWDAK, Luís Henrique. Atlas de Anatomia Humana. São Paulo, Ed. FTD,

1989.

Testículos: são as gônadas masculinas. Cada testículo é composto por um emaranhado


de tubos, os ductos seminíferos Esses ductos são formados pelas células de Sértoli (ou de
sustento) e pelo epitélio germinativo, onde ocorrerá a formação dos espermatozóides. Em meio
aos ductos seminíferos, as células intersticiais ou de Leydig (nomenclatura antiga) produzem
os hormônios sexuais masculinos, sobretudo a testosterona, responsáveis pelo
desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos e dos caracteres sexuais secundários:

• Estimulam os folículos pilosos para que façam crescer a barba masculina e o pêlo pubiano.
• Estimulam o crescimento das glândulas sebáceas e a elaboração do sebo.
• Produzem o aumento de massa muscular nas crianças durante a puberdade, pelo aumento
do tamanho das fibras musculares.
• Ampliam a laringe e tornam mais grave a voz.
• Fazem com que o desenvolvimento da massa óssea seja maior, protegendo contra a
osteoporose.

Epidídimos: são dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde os
espermatozóides são armazenados.
Canais deferentes: são dois tubos que partem dos testículos, circundam a bexiga
urinária e unem-se ao ducto ejaculatório, onde desembocam as vesículas seminais.
Vesículas seminais: responsáveis pela produção de um líquido, que será liberado no
ducto ejaculatório que, juntamente com o líquido prostático e espermatozóides, entrarão na
composição do sêmen. O líquido das vesículas seminais age como fonte de energia para os
espermatozóides e é constituído principalmente por frutose, apesar de conter fosfatos,
nitrogênio não protéico, cloretos, colina (álcool de cadeia aberta considerado como integrante
do complexo vitamínico B) e prostaglandinas (hormônios produzidos em numerosos tecidos do
corpo. Algumas prostaglandinas atuam na contração da musculatura lisa do útero na
dismenorréia – cólica menstrual, e no orgasmo; outras atuam promovendo vasodilatação em
artérias do cérebro, o que talvez justifique as cefaléias – dores de cabeça – da enxaqueca. São
formados a partir de ácidos graxos insaturados e podem ter a sua síntese interrompida por
analgésicos e antiinflamatórios).
Próstata: glândula localizada abaixo da bexiga urinária. Secreta substâncias alcalinas
que neutralizam a acidez da urina e ativa os espermatozóides.
Glândulas Bulbo Uretrais ou de Cowper: sua secreção transparente é lançada dentro
da uretra para limpá-la e preparar a passagem dos espermatozóides. Também tem função na
lubrificação do pênis durante o ato sexual.
Pênis: é considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino, sendo formado
por dois tipos de tecidos cilíndricos: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso (envolve e
protege a uretra). Na extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça do pênis, onde
podemos visualizar a abertura da uretra. Com a manipulação da pele que a envolve - o
prepúcio - acompanhado de estímulo erótico, ocorre a inundação dos corpos cavernosos e
esponjoso, com sangue, tornando-se rijo, com considerável aumento do tamanho (ereção). O
prepúcio deve ser puxado e higienizado a fim de se retirar dele o esmegma (uma secreção
sebácea espessa e esbranquiçada, com forte odor, que consiste principalmente em células
epiteliais descamadas que se acumulam debaixo do prepúcio). Quando a glande não consegue
ser exposta devido ao estreitamento do prepúcio, diz-se que a pessoa tem fimose.
Imagem: Superinteressante coleções O Corpo Humano - Sexo: a Atração Vital.

A uretra é comumente um canal destinado para a urina, mas os músculos na entrada


da bexiga se contraem durante a ereção para que nenhuma urina entre no sêmen e nenhum
sêmen entre na bexiga. Todos os espermatozóides não ejaculados são reabsorvidos pelo corpo
dentro de algum tempo.
Saco Escrotal ou Bolsa Escrotal ou Escroto: Um espermatozóide leva cerca de 70
dias para ser produzido. Eles não podem se desenvolver adequadamente na temperatura normal
do corpo (36,5°C). Assim, os testículos se localizam na parte externa do corpo, dentro da bolsa
escrotal, que tem a função de termorregulação (aproximam ou afastam os testículos do corpo),
mantendo-os a uma temperatura geralmente em torno de 1 a 3 °C abaixo da corporal.

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO


O sistema reprodutor feminino é constituído por dois ovários, duas tubas uterinas
(trompas de Falópio), um útero, uma vagina, uma vulva. Ele está localizado no interior da
cavidade pélvica. A pelve constitui um marco ósseo forte que realiza uma função protetora.
A vagina é um canal de 8 a 10 cm de comprimento, de paredes elásticas, que liga o
colo do útero aos genitais externos. Contém de cada lado de sua abertura, porém internamente,
duas glândulas denominadas glândulas de Bartholin, que secretam um muco lubrificante.
A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular - o hímen - que fecha
parcialmente o orifício vulvo-vaginal e é quase sempre perfurado no centro, podendo ter
formas diversas. Geralmente, essa membrana se rompe nas primeiras relações sexuais.
A vagina é o local onde o pênis deposita os espermatozóides na relação sexual. Além
de possibilitar a penetração do pênis, possibilita a expulsão da menstruação e, na hora do parto,
a saída do bebê.
A genitália externa ou vulva é delimitada e protegida por duas pregas cutâneo-mucosas
intensamente irrigadas e inervadas - os grandes lábios. Na mulher reprodutivamente madura,
os grandes lábios são recobertos por pêlos pubianos. Mais internamente, outra prega cutâneo-
mucosa envolve a abertura da vagina - os pequenos lábios - que protegem a abertura da uretra
e da vagina. Na vulva também está o clitóris, formado por tecido esponjoso erétil, homólogo
ao pênis do homem.

Imagem: Superinteressante coleções O Corpo Humano - Sexo: a Atração Vital

Ovários: são as gônadas femininas. Produzem estrógeno e progesterona, hormônios


sexuais femininos que serão vistos mais adiante.
No final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já tem todas as células
que irão transformar-se em gametas nos seus dois ovários. Estas células - os ovócitos
primários - encontram-se dentro de estruturas denominadas folículos de Graaf ou folículos
ovarianos. A partir da adolescência, sob ação hormonal, os folículos ovarianos começam a
crescer e a desenvolver. Os folículos em desenvolvimento secretam o hormônio estrógeno.
Mensalmente, apenas um folículo geralmente completa o desenvolvimento e a maturação,
rompendo-se e liberando o ovócito secundário (gaemta feminino): fenômeno conhecido como
ovulação. Após seu rompimento, a massa celular resultante transforma-se em corpo lúteo ou
amarelo, que passa a secretar os hormônios progesterona e estrógeno. Com o tempo, o corpo
lúteo regride e converte-se em corpo albicans ou corpo branco, uma pequena cicatriz fibrosa
que irá permanecer no ovário.
O gameta feminino liberado na superfície de um dos ovários é recolhido por finas
terminações das tubas uterinas - as fímbrias.
Tubas uterinas, ovidutos ou trompas de Falópio: são dois ductos que unem o ovário
ao útero. Seu epitélio de revestimento é formados por células ciliadas. Os batimentos dos cílios
microscópicos e os movimentos peristálticos das tubas uterinas impelem o gameta feminino até
o útero.
Útero: órgão oco situado na cavidade pélvica anteriormente à bexiga e posteriormente
ao reto, de parede muscular espessa (miométrio) e com formato de pêra invertida. É revestido
internamente por um tecido vascularizado rico em glândulas - o endométrio.

FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

PUBERDADE: os testículos da criança permanecem inativos até que são estimulados


entre 10 e 14 anos pelos hormônios gonadotróficos da glândula hipófise (pituitária)

O hipotálamo libera FATORES LIBERADORES DOS HORMÔNIOS


GONADOTRÓFICOS que fazem a hipófise liberar FSH (hormônio folículo estimulante) e LH
(hormônio luteinizante).
FSH à estimula a espermatogênese pelas células dos túbulos seminíferos.
LH à estimula a produção de testosterona pelas células intersticiais dos testículos à
características sexuais secundárias, elevação do desejo sexual.

TESTOSTERONA

Efeito na Espermatogênese. A testosterona faz com que os testículos cresçam. Ela


deve estar presente, também, junto com o folículo estimulante, antes que a espermatogênese se
complete.
Efeito nos caracteres sexuais masculinos. Depois que um feto começa a se
desenvolver no útero materno, seus testículos começam a secretar testosterona, quando tem
poucas semanas de vida apenas. Essa testosterona, então, auxilia o feto a desenvolver órgãos
sexuais masculinos e características secundárias masculinas. Isto é, acelera a formação do
pênis, da bolsa escrotal, da próstata, das vesículas seminais, dos ductos deferentes e dos outros
órgãos sexuais masculinos. Além disso, a testosterona faz com que os testículos desçam da
cavidade abdominal para a bolsa escrotal; se a produção de testosterona pelo feto é
insuficiente, os testículos não conseguem descer; permanecem na cavidade abdominal. A
secreção da testosterona pelos testículos fetais é estimulada por um hormônio chamado
gonadotrofina coriônica, formado na placenta durante a gravidez. Imediatamente após o
nascimento da criança, a perda de conexão com a placenta remove esse feito estimulador, de
modo que os testículos deixam de secretar testosterona. Em conseqüência, as características
sexuais interrompem seu desenvolvimento desde o nascimento até à puberdade. Na puberdade,
o reaparecimento da secreção de testosterona induz os órgãos sexuais masculinos a retomar o
crescimento. Os testículos, a bolsa escrotal e o pênis crescem, então, aproximadamente mais
10 vezes.
Efeito nos caracteres sexuais secundários. Além dos efeitos sobre os órgãos genitais,
a testosterona exerce outros efeitos gerais por todo o organismo para dar ao homem adulto suas
características distintivas. Faz com que os pêlos cresçam na face, ao longo da linha média do
abdome, no púbis e no tórax. Origina, porém, a calvície nos homens que tenham predisposição
hereditária para ela. Estimula o crescimento da laringe, de maneira que o homem, após a
puberdade fica com a voz mais grave. Estimula um aumento na deposição de proteína nos
músculos, pele, ossos e em outras partes do corpo, de maneira que o adolescente do sexo
masculino se torna geralmente maior e mais musculoso do que a mulher, nessa fase. Algumas
vezes, a testosterona também promove uma secreção anormal das glândulas sebáceas da pele,
fazendo com que se desenvolva a acne pós-puberdade na face.
Na ausência de testosterona, as características sexuais secundárias não se desenvolvem
e o indivíduo mantém um aspecto sexualmente infantil.

¯Hormônios Sexuais Masculinos

Glândula Hormônio Órgão-alvo Principais ações


estimulam a produção de testosterona
pelas células de Leydig (intersticiais) e
Hipófise FSH e LH testículos
controlam a produção de
espermatozóides.

estimula o aparecimento dos caracteres


diversos
sexuais secundários.

Testículos Testosterona induz o amadurecimento dos órgãos


genitais, promove o impulso sexual e
Sistema Reprodutor
controla a produção de
espermatozóides
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
A pituitária (hipófise) anterior das meninas, como a dos meninos, não secreta
praticamente nenhum hormônio gonadotrópico até à idade de 10 a 14 anos. Entretanto, por
essa época, começa a secretar dois hormônios gonadotrópicos. No inicio, secreta
principalmente o hormônio foliculo-estimulante (FSH), que inicia a vida sexual na menina em
crescimento; mais tarde, secreta o harmônio luteinizante (LH), que auxilia no controle do ciclo
menstrual.
Hormônio Folículo-Estimulante: causa a proliferação das células foliculares
ovarianas e estimula a secreção de estrógeno, levando as cavidades foliculares a
desenvolverem-se e a crescer.
Hormônio Luteinizante: aumenta ainda mais a secreção das células foliculares,
estimulando a ovulação.

Hormônios Sexuais Femininos


Os dois hormônios ovarianos, o estrogênio e a progesterona, são responsáveis pelo
desenvolvimento sexual da mulher e pelo ciclo menstrual. Esses hormônios, como os
hormônios adrenocorticais e o hormônio masculino testosterona, são ambos compostos
esteróides, formados, principalmente, de um lipídio, o colesterol. Os estrogênios são,
realmente, vários hormônios diferentes chamados estradiol, estriol e estrona, mas que têm
funções idênticas e estruturas químicas muito semelhantes. Por esse motivo, são considerados
juntos, como um único hormônio.
Funções do Estrogênio: o estrogênio induz as células de muitos locais do organismo,
a proliferar, isto é, a aumentar em número. Por exemplo, a musculatura lisa do útero, aumenta
tanto que o órgão, após a puberdade, chega a duplicar ou, mesmo, a triplicar de tamanho. O
estrogênio também provoca o aumento da vagina e o desenvolvimento dos lábios que a
circundam, faz o púbis se cobrir de pêlos, os quadris se alargarem e o estreito pélvico assumir
a forma ovóide, em vez de afunilada como no homem; provoca o desenvolvimento das mamas
e a proliferação dos seus elementos glandulares, e, finalmente, leva o tecido adiposo a
concentrar-se, na mulher, em áreas como os quadris e coxas, dando-lhes o arredondamento
típico do sexo. Em resumo, todas as características que distinguem a mulher do homem são
devido ao estrogênio e a razão básica para o desenvolvimento dessas características é o
estímulo à proliferação dos elementos celulares em certas regiões do corpo.
O estrogênio também estimula o crescimento de todos os ossos logo após a puberdade,
mas promove rápida calcificação óssea, fazendo com que as partes dos ossos que crescem se
"extingam" dentro de poucos anos, de forma que o crescimento, então, pára. A mulher, nessa
fase, cresce mais rapidamente que o homem, mas pára após os primeiros anos da puberdade; já
o homem tem um crescimento menos rápido, porém mais prolongado, de modo que ele assume
uma estatura maior que a da mulher, e, nesse ponto, também se diferenciam os dois sexos.
O estrogênio tem, outrossim, efeitos muito importantes no revestimento interno do
útero, o endométrio, no ciclo menstrual.
Funções da Progesterona: a progesterona tem pouco a ver com o desenvolvimento
dos caracteres sexuais femininos; está principalmente relacionada com a preparação do útero
para a aceitação do embrião e à preparação das mamas para a secreção láctea. Em geral, a
progesterona aumenta o grau da atividade secretória das glândulas mamárias e, também, das
células que revestem a parede uterina, acentuando o espessamento do endométrio e fazendo
com que ele seja intensamente invadido por vasos sangüíneos; determina, ainda, o surgimento
de numerosas glândulas produtoras de glicogênio. Finalmente, a progesterona inibe as
contrações do útero e impede a expulsão do embrião que se está implantando ou do feto em
desenvolvimento.

CICLO MENSTRUAL
O ciclo menstrual na mulher é causado pela secreção alternada dos hormônios folículo-
estimulante e luteinizante, pela pituitária (hipófise) anterior (adenohipófise), e dos estrogênios
e progesterona, pelos ovários. O ciclo de fenômenos que induzem essa alternância tem a
seguinte explicação:
1. No começo do ciclo menstrual, isto é, quando a menstruação se inicia, a pituitária
anterior secreta maiores quantidades de hormônio folículo-estimulante juntamente com
pequenas quantidades de hormônio luteinizante. Juntos, esses hormônios promovem o
crescimento de diversos folículos nos ovários e acarretam uma secreção considerável de
estrogênio (estrógeno).
2. Acredita-se que o estrogênio tenha, então, dois efeitos seqüenciais sobre a secreção
da pituitária anterior. Primeiro, inibiria a secreção dos hormônios folículo-estimulante e
luteinizante, fazendo com que suas taxas declinassem a um mínimo por volta do décimo dia do
ciclo. Depois, subitamente a pituitária anterior começaria a secretar quantidades muito
elevadas de ambos os hormônios mas principalmente do hormônio luteinizante. É essa fase de
aumento súbito da secreção que provoca o rápido desenvolvimento final de um dos folículos
ovarianos e a sua ruptura dentro de cerca de dois dias.
3. O processo de ovulação, que ocorre por volta do décimo quarto dia de um ciclo
normal de 28 dias, conduz ao desenvolvimento do corpo lúteo ou corpo amarelo, que secreta
quantidades elevadas de progesterona e quantidades consideráveis de estrogênio.
4. O estrogênio e a progesterona secretados pelo corpo lúteo inibem novamente a
pituitária anterior, diminuindo a taxa de secreção dos hormônios folículo-estimulante e
luteinizante. Sem esses hormônios para estimulá-lo, o corpo lúteo involui, de modo que a
secreção de estrogênio e progesterona cai para níveis muito baixos. É nesse momento que a
menstruação se inicia, provocada por esse súbito declínio na secreção de ambos os hormônios.
5. Nessa ocasião, a pituitária anterior, que estava inibida pelo estrogênio e pela
progesterona, começa a secretar outra vez grandes quantidades de hormônio folículo-
estimulante, iniciando um novo ciclo. Esse processo continua durante toda a vida reprodutiva
da mulher.
1º dia do ciclo  endométrio bem
desenvolvido, espesso e vascularizado
começa a descamar  menstruação

hipófise aumenta a produção de FSH,
que atinge a concentração máxima por
volta do 7º dia do ciclo.

amadurecimento dos folículos ovarianos

secreção de estrógeno pelo folículo em
desenvolvimento

concentração alta de estrógeno inibe
secreção de FSH e estimula a secreção
de LH pela hipófise / concentração alta
de estrógeno estimula ocrescimento do
endométrio.

concentração alta de LH estimula a
ovulação (por volta do 14º dia de um
ciclo de 28 dias)

alta taxa de LH estimula a formação do
corpo lúteo ou amarelo no folículo
ovariano

OBSERVAÇÃO: A ovulação ocorre
corpo lúteo inicia a produção de
aproximadamente entre 10-12 horas após o pico de LH. progesterona
No ciclo regular, o período de tempo a partir do pico de

LH até a menstruação está constantemente próximo de
estimula as glândulas do endométrio a
14 dias. Dessa forma, da ovulação até a próxima
secretarem seus produtos
menstruação decorrem 14 dias.

Apesar de em um ciclo de 28 dias a ovulação
aumento da progesterona inibe
ocorrer aproximadamente na metade do ciclo, nas produção de LH e FSH
mulheres que têm ciclos regulares, não importa a sua

duração, o dia da ovulação pode ser calculado como
corpo lúteo regride e reduz
sendo o 14º dia ANTES do início da menstruação. concentração de progesterona
Generalizando, pode-se dizer que, se o ciclo 
menstrual tem uma duração de n dias, o possível dia da menstruação
ovulação é n – 14, considerando n = dia da próxima
menstruação.
Exemplo: Determinada mulher, com ciclo
menstrual regular de 28 dias, resolveu iniciar um
relacionamento íntimo com seu namorado. Como não
planejavam ter filhos, optaram pelo método da
tabelinha, onde a mulher calcula o período fértil em
relação ao dia da ovulação. Considerando que a mulher
é fértil durante apenas nove dias por ciclo e que o
último ciclo dessa mulher iniciou-se no dia 22 de
setembro de 2001, calcule seu período fértil e marque
na folha de resposta a soma dos seus 9 dias férteis.

Resposta: Considerando o primeiro dia do ciclo como 22 e que seu ciclo é de 28 dias,
temos:
22 23 24 25 26 27 28 29 30
[01 02 03 04 05 06 07 08 09]
10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Menstruará novamente no dia 19/10 (n). Ocorrendo a ovulação 14 dias ANTES da
menstruação, esta se dará no dia 05/10 (considerando a fórmula n - 14, teremos: 19 - 14 = 5,
ou seja, dia 05 será seu provável dia de ovulação). Como seu período fértil aproximado
localiza-se 4 dias antes e 4 dias após a ovulação, então o início dos dias férteis será 01/10 e o
término, 09/10. Resposta: 45.

Podemos, então, dividir o ciclo menstrual em 4 fases:


1. Fase menstrual: corresponde aos dias de menstruação e dura cerca de 3 a
7 dias, geralmente.
2. Fase proliferativa ou estrogênica: período de secreção de estrógeno pelo
folículo ovariano, que se encontra em maturação.
3. Fase secretora ou lútea: o final da fase proliferativa e o início da fase
secretora é marcado pela ovulação. Essa fase é caracterizada pela intensa ação do
corpo lúteo.
4. Fase pré-menstrual ou isquêmica: período de queda das concentrações
dos hormônios ovarianos, quando a camada superficial do endométrio perde seu
suprimento sangüíneo normal e a mulher está prestes a menstruar. Dura cerca de dois
dias, podendo ser acompanhada por dor de cabeça, dor nas mamas, alterações
psíquicas, como irritabilidade e insônia (TPM ou Tensão Pré-Menstrual).

HORMÔNIOS DA GRAVIDEZ

Gonadotrofina coriônica humana (HCG): é um hormônio glicoproteíco, secretado


desde o início da formação da placenta pelas células trofoblásticas, após nidação (implantação)
do blastocisto (*). A principal função fisiológica deste hormônio é a de manter o corpo lúteo,
de modo que as taxas de progesterona e estrogênio não diminuam, garantindo, assim, a
manutenção da gravidez (inibição da menstruação) e a ausência de nova ovulação. Por volta da
15ª semana de gestação, com a placenta já formada e madura produzindo estrógeno e
progesterona, ocorre declínio acentuado na concentração de HCG e involução do corpo lúteo.
O HCG também concede uma
imunossupressão à mulher, para que ela não
rejeite o embrião (inibe a produção de
anticorpos pelos linfócitos); tem atividade
tireotrófica e também estimula a produção de
testosterona pelo testículo fetal (estimula as
células de Leydig a produzirem maior
quantidade de androgênios), importante para a
diferenciação sexual do feto do sexo
masculino.

(*) O blastocisto é um estágio inicial


do desenvolvimento embrionário, formado por
uma camada de células denominada
trofoblasto ou células trofobláticas que
envolve o botão embrionário. Após a nidação
o trofoblasto forma projeções na mucosa
uterina chamadas vilosidades coriônicas,
principais responsáveis pela produção de
HCG.

Hormônio lactogênio placentário humano: é um hormônio protéico, de estrutura


química semelhante à da prolactina e da somatotrofina hipofisária. É encontrado no plasma da
gestante a partir da 4ª semana de gestação. Tem efeito lipolítico, aumenta a resistência materna
à ação da insulina e estimula o pâncreas na secreção de insulina, ajudando no crescimento
fetal, pois proporciona maior quantidade de glicose e de nutrientes para o feto em
desenvolvimento.

Hormônio melanotrófico: atua nos melanócitos para liberação de melanina,


aumentando a pigmentação da aréola, abdomên e face.

Aldosterona: mantém o equilíbrio de sódio, pois a progesterona estimula a eliminação


do mesmo, e a aldosterona promove sua reabsorção.

Progesterona: relaxa a musculatura lisa, o que diminui a contração uterina, para não
ter a expulsão do feto. Aumenta o endométrio, pois se o endométrio não estiver bem
desenvolvido, poderá ocorrer um aborto natural ou o blastocisto se implantar (nidação) além
do endométrio. Este hormônio é importante para o equilíbrio hidro-eletrolítico, além de
estimular o centro respiratório no cérebro, fazendo com que aumente a ventilação, e
conseqüentemente, fazendo com que a mãe mande mais oxigênio para o feto. Complementa os
efeitos do estrogênio nas mamas, promovendo o crescimento dos elementos glandulares, o
desenvolvimento do epitélio secretor e a deposição de nutrientes nas células glandulares, de
modo que, quando a produção de leite for solicitada a matéria-prima já esteja presente.
Estrogênio: promove rápida proliferação da musculatura uterina; grande
desenvolvimento do sistema vascular do útero; aumento dos órgãos sexuais externos e da
abertura vaginal, proporcionando uma via mais ampla para o parto; rápido aumento das
mamas; contribui ainda para a manutenção hídrica e aumenta a circulação. Dividido em
estradiol e estrona - que estão na corrente materna; e estriol - que está na corrente fetal, é
medido para avaliar a função feto-placentária e o bem estar fetal.

HORMÔNIOS DO PARTO
A ocitocina é um hormônio que potencializa as contrações uterinas tornando-as fortes
e coordenadas, até completar-se o parto.
Quando inicia a gravidez, não existem receptores no útero para a ocitocina. Estes
receptores vão aparecendo gradativamente no decorrer da gravidez. Quando a ocitocina se liga
a eles, causa a contração do músculo liso uterino e também, estimulação da produção de
prostaglandinas, pelo útero, que ativará o músculo liso uterino.

Imagens: www.embarazada.com
O parto depende tanto da secreção de ocitocina quanto da produção das
prostaglandinas, porque sem estas, não haverá a adequada dilatação do colo do útero e
conseqüentemente, o parto não irá progredir normalmente. Não são bem conhecidos os fatores
desencadeantes do trabalho de parto, mas sabe-se que, quando o hipotálamo do feto alcança
certo grau de maturação, estimula a hipófise fetal a liberar ACTH. Agindo sobre a adrenal do
feto, esse hormônio aumenta a secreção de cortisol e outros hormônios, que estimulam a
placenta a secretar prostaglandinas. Estas promovem contrações da musculatura lisa do útero.
Ainda não se sabe o que impede o parto prematuro, uma vez que nas fases finais da gravidez,
há uma elevação do nível de ocitocina e de seus receptores, o que poderia ocasionar o início do
trabalho de parto, antes do fim total da gravidez. Existem possíveis fatores inibitórios do
trabalho de parto, como a proporção estrogênio/progesterona e o nível de relaxina, hormônio
produzido pelo corpo lúteo do ovário e pela placenta.
A progesterona mantém seus níveis elevados durante toda a gravidez, inibindo o
músculo liso uterino e bloqueando sua resposta a ocitocina e as prostaglandinas. O estrogênio
aumenta o grau de contratilidade uterina. Na última etapa da gestação, o estrogênio tende a
aumentar mais que a progesterona, o que faz com que o útero consiga ter uma contratilidade
maior.
A relaxina aumenta o número de receptores para a ocitocina, além de produzir um
ligeiro amolecimento das articulações pélvicas (articulações da bacia) e das suas cápsulas
articulares, dando-lhes a flexibilidade necessária para o parto (por provocar remodelamento do
tecido conjuntivo, afrouxa a união entre os ossos da bacia e alarga o canal de passagem do
feto). Tem ação importante no útero para que ele se distenda, a medida em que o bebê cresce.
O nível de relaxina aumenta ao máximo antes do parto e depois cai rapidamente.
Ainda não se conhecem os fatores que realmente interferem no trabalho de parto, mas
uma vez que ele tenha iniciado, há um aumento no nível de ocitocina, elevando muito sua
secreção, o que continua até a expulsão do feto.

OS HORMÔNIOS E OS MECANISMOS DA LACTAÇÃO

O início da lactação se dá com a produção de


leite, que ocorre nos alvéolos das glândulas mamárias. O
leite sai dos alvéolos e caminha até o mamilo através dos
seios lactíferos.
O estrogênio, associado aos hormônios da
tireóide, aos corticosteróides adrenais e a insulina,
promovem o desenvolvimento das mamas. Este
desenvolvimento vai ser acentuado pela ação da
progesterona, que também estimula a proliferação dos
dutos.

Durante a gravidez, há a necessidade de uma proliferação dos alvéolos e dos dutos para
a lactação. Isto ocorre devido à ação dos hormônios progesterona e estrogênio. O lactogênio
placentário e a prolactina também são muito importantes na preparação das mamas.

A prolactina começa a ser produzida ainda na puberdade, mas em pequena quantidade.


O surto deste hormônio acontece em decorrência da gravidez, e é aumentado, gradativamente,
durante a amamentação. Tal hormônio é responsável pelo crescimento e pela atividade
secretora dos alvéolos mamários. O lactogênio placentário age como a prolactina,
desenvolvendo os alvéolos.
Estes dois hormônios estão presentes durante toda a gravidez, porém suas quantidades
não são aumentadas, devido a inibição causada pelos altos níveis de progesterona e estrogênio.
Ao final do trabalho de parto, há uma queda nos níveis destes dois últimos hormônios,
ocasionando um aumento nas quantidades de prolactina e lactogênio placentário, o que
possibilita o início da produção de leite. Enquanto houver a sucção do mamilo pelo bebê, a
prolactina continuará produzindo leite. Isto acontece porque quando o bebê faz esta sucção nos
mamilos, estimula o hipotálamo a secretar o fator liberador da prolactina, mantendo seus níveis
e, conseqüentemente, a produção de leite. A produção de leite só irá diminuir ou cessar
completamente se a mãe não amamentar seu filho, pois neste caso, não haverá mais a
estimulação decorrente da sucção do mamilo. A sucção do mamilo também estimulará a
hipófise posterior, que irá secretar ocitocina. Este hormônio é o responsável pela ejeção do
leite. Tal mecanismo ocorre porque a ocitocina contrai os músculos ao redor dos alvéolos,
fazendo com que o leite caminhe até o mamilo. O leite só começa a ser produzido depois do
primeiro dia do nascimento. Até este período, haverá a secreção e liberação do colostro, que é
um líquido aquoso, de cor amarelada, que contém anticorpos maternos.

Glândula Hormônio Órgão-alvo Principais ações


estimula o
desenvolvimento do
FSH ovário
folículo, a secreção de
estrógeno e a ovulação

estimula a ovulação e o
LH ovário desenvolvimento do
corpo amarelo.

estimula a produção de
leite (após a estimulação
Prolactina mamas prévia das glândulas
mamárias por estrógeno
Hipófise e progesterona).

- secretado em
quantidades moderadas
durante a última fase da
gravidez e em grande
quantidade durante o
Ocitocina Útero e mamas parto. Promove a
contração do útero para
a expulsão da criança.
- promove a ejeção do
leite durante a
amamentação

Ovário Estrógeno crescimento do corpo e


dos órgãos sexuais;
estimula o
diversos
desenvolvimento das
características sexuais
secundárias.

inibe a produção de FSH


hipófise e estimula a produção de
LH

Sistema Reprodutor estimula a maturação


dos órgãos reprodutores
e do endométrio,
preparando o útero para
a gravidez
hipófise inibe a produção de LH

completa a regeneração
da mucosa uterina,
estimula a secreção das
útero glândulas endometriais
e mantém o útero
Progesterona
preparado para a
gravidez.

estimula o
desenvolvimento das
mamas
glândulas mamárias para
secreção láctea.

estimula a produção de
progesterona e
Placenta HGC corpo lúteo estrógeno; inibe a
menstruação e nova
ovulação.

ATO SEXUAL MASCULINO


Ereção e

Lubrificação

A ereção do pênis é
fundamental para a sua introdução na
vagina da mulher.
A estimulação da glande
desencadeia impulsos sensitivos que
vão para a porção sacral da medula
espinhal e, se o indivíduo se encontra
com disposição psíquica adequada,
os impulsos reflexos retornam,
através das fibras nervosas
parassimpáticas aos órgãos genitais.
Esses impulsos dilatam as artérias do
tecido erétil do pênis e,
provavelmente, também contraem as
veias, inflando o pênis. Também
desencadeiam a secreção de muco
pelas glândulas bulbo-uretrais,
localizadas na porção terminal da
uretra, lubrificando o pênis.

Ejaculação
Quando o grau de estimulação sexual atinge um nível crítico, os centros neurais
localizados na extremidade da medula espinhal enviam impulsos através dos nervos simpáticos
aos órgãos genitais masculinos para iniciarem a peristalse rítmica nos ductos genitais. A
peristalse começa no epidídimo e passa através do ducto deferente, das glândulas seminais, da
próstata e do pênis, promovendo a ejaculação.
OBS: os espermatozóides são inativos em meio ácido. Tornam-se ativos em meio
alcalino, fornecido pelo líquido da próstata.
PÊNIS: O TAMANHO É IMPORTANTE?

Geralmente, o pênis atinge seu tamanho


definitivo aos 16/17 anos de idade e 80% dos pênis
eretos situam-se entre 11 e l6 cm, sendo 14 cm a
medida mais comum. O pequeno tamanho do pênis em
repouso não é relevante; é no estado ereto que ele
exerce sua função. O prazer feminino independe do
tamanho do pênis, mas sim de um conjunto de fatores
que cerca o ato sexual: clima, desejo, grau de excitação
e "habilidade" do parceiro. A maioria das vaginas tem
uma profundidade entre 09 a 12 cm.

Portanto, a grande maioria dos pênis adequa-se a quase todas as vaginas. A


insatisfação quanto ao tamanho do pênis é uma queixa comum no consultório do urologista.
Na maior parte dos casos a insatisfação não deriva de uma queixa do parceiro, mas sim do
desejo do paciente de possuir um pênis maior, seja por desconhecimento das medidas normais,
seja por comparações errôneas com outros pênis, principalmente com os vistos em revistas ou
filmes eróticos, ou através de "vantagens" contadas por amigos. Porém o que observamos na
prática é bem diferente. Cerca de 90% dos casos enquadram-se nas seguintes condições: 1-
pênis de tamanho normal, adequado para sua função. 2-pênis de tamanho normal, adequado
para sua função, "escondido" parcialmente pelo aumento da gordura pré-pubiana comum nos
obesos. 3-pênis de tamanho normal, adequado para sua função, em um homem alto com pênis
proporcionalmente pequeno. 4-pênis de tamanho normal, adequado para sua função, mas
parcialmente encoberto por uma implantação anormal da bolsa escrotal. Como cada caso é
único, em dúvida solicite a avaliação de um urologista. Mas atenção: Bombas de vácuo e
aparelhos "esticadores" não possuem a simpatia da comunidade urológica e os "milagres" a
eles atribuídos não têm comprovação científica. Não há estudos sobre as conseqüências do seu
uso, portanto, é melhor não arriscar.

INFERTILIDADE
⇒ causa mais freqüente: infecção nos ductos genitais masculinos.
⇒ testículos congenitamente deficientes, incapazes de produzir espermatozóides
normais (mais raro).
⇒ quantidade de espermatozóides muito baixa na ejaculação, mesmo que sejam
normais (75 milhões ou menos).

INFERTILIDADE TEMPORÁRIA
⇒ aquecimento excessivo dos testículos, inviabilizando os espermatozóides (já foi
usado como método contraceptivo antigamente por árabes, que ficavam sentados na areia
quente do deserto para aquecer os testículos).
⇒ determinadas substâncias, como o gossipol, presente na pasta de semente de
algodão, que desativa a enzima responsável pelo amadurecimento dos espermatozóides (usado
na nova pílula masculina e descoberto na China há 20 anos, quando pesquisadores da
Organização Mundial de Saúde começaram a estudar uma população que apresentava baixos
índices de fertilidade e cujos hábitos incluíam ingestão de grande quantidade de pasta da
semente de algodão).
⇒ alguns processos alérgicos.
⇒ cigarros, bebidas alcoólica, maconha à diminuem a quantidade de espermatozóides.

VASECTOMIA X CASTRAÇÃO

A vasectomia é o modo de esterilização mais eficiente


que se conhece. Ela é feita em consultório médico após a
aplicação de uma anestesia local. Realiza-se uma incisão em
cada saco escrotal para a localização dos canais deferentes. Em
seguida eles são cortados e realizados todos os procedimentos
pós-cirúrgicos. Depois de 1 a 2 meses o homem pode se
considerar estéril.
A castração significa a retirada cirúrgica dos testículos.
Em certa época era usada como método de esterilização. Hoje
esta operação é efetuada em homens com câncer de próstata ou
testículos. Seu efeitos no homem são: redução do desejo sexual,
mudança do timbre de voz, barba mais rala e aumento de peso.
Termos correlacionados são: emasculação (um sinônimo para
castração) e penectomia, que é o termo que correlaciona-se as
cirurgias efetuadas no pênis.

MECANISMO DE EREÇÃO E IMPOTÊNCIA


A disfunção erétil, antes conhecida por impotência, é a incapacidade de se obter ou
manter uma ereção adequada para a prática da relação sexual. Não deve ser confundida com a
falta ou diminuição no "apetite sexual", nem como dificuldade em ejacular ou em atingir o
orgasmo. Milhões de homens passam por esse problema. As estatísticas mostram uma
incidência de 5% nos homens aos 40 anos e até 25% aos 65 anos.
O homem apresenta, normalmente, de 3 a 5 ereções por noite, sem se dar conta, o que
é importante para oxigenar o pênis e quase todos os homens sexualmente ativos já
experimentaram um episódio de impotência pelo menos uma vez na vida.
O pênis só se enche de sangue se o
organismo produzir uma substância chamada
óxido nítrico, que dispara uma cascata de
reações químicas que relaxam os vasos
sangüíneos e as células dos corpos cavernosos.
Relaxados, os vasos e os músculos dos corpos
cavernosos ficam abertos para a entrada de
sangue. A impotência ocorre quando não há
esse relaxamento (o que os medicamentos
como o Viagra tentam corrigir).

Pênis saudável em repouso

Quando o pênis está relaxado e não há nenhum tipo de excitação sexual, a quantidade
de sangue que entra pelos vasos sangüíneos do corpo esponjoso é a mesma que sai.

Mecanismo que impede a Ereção

Quando o cérebro recebe um


estímulo sexual, as células do corpo
cavernoso do pênis liberam óxido
nítrico. Este óxido ativa a enzima
guanilato ciclase, resultando no
aumento do nível de uma molécula
chamada GMP cíclico (guanosina
monofosfato cíclica ou GMP cíclica),
produzindo relaxamento da
musculatura lisa nos corpos
cavernosos e aumentando o influxo
de sangue. Mas a enzima PDE 5
(fosfodiesterase 5) pode estragar
tudo, inativando a GMP cíclica.
Quando isso ocorre, a mesma
quantidade de sangue que entra, sai
do pênis e ele não fica ereto o
suficiente para a penetração da
vagina.
VIAGRA: com o Viagra, entra em
ação o princípio ativo sildenafil, que
bloqueia o mecanismo da fosfodiesterase.
Com isso, a GMP cíclica volta a entrar em
ação. Desse modo, os vasos do corpo
esponjoso se dilatam para o sangue entrar
até o ponto de expandir o tecido erétil e
comprimir as veias que fazem o sangue sair
do pênis. Assim, a droga prolonga a ereção,
resolvendo o drama da impotência. Mas o
estímulo sexual, que inicia todo o processo,
é fundamental para a ereção.

VASOMAX: entra em ação o


princípio ativo fentolamina, que induz uma
enzima chamada AMP a transformar-se em
outra, a AMP cíclica, que aumenta e relaxa
as células musculares dos corpos cavernosos
e artérias, que se enchem de sangue.
APOMORFINA: estimula a
produção do hormônio ocitocina, que
provoca relaxamento dos vasos e dos corpos
cavernosos, aumentando a irrigação
sangüínea.

PRÓTESES PENIANAS: as
próteses penianas são também consideradas
opções terapêuticas válidas para o tratamento
da disfunção erétil (DE), mas usualmente só
são utilizadas em pacientes portadores de
disfunção erétil de origem orgânica, e como
opção final. Podem ser de 3 tipos: rígidas,
semi-rígidas ou infláveis.

1. Próteses rígidas: Estão praticamente descartadas na prática diária.


2. Próteses semi-rígidas: Consistem basicamente de um par de cilindros.siliconizados
com um cabo de fios de prata, aço ou outra liga metálica, o que confere boa rigidez e ao
mesmo tempo maleabilidade. Estes cilindros são colocados um em cada corpo cavernoso do
pênis. Uma das vantagens deste tipo de prótese é a maior facilidade do implante, além de um
custo menor quando comparado às próteses infláveis.
3. Próteses infláveis: Podem ser constituídas por uma, duas ou três peças. Nas
próteses de um volume, o reservatório e a bomba estão contidas no próprio cilindro; nas de 2
volumes, a bomba está separada do cilindro que contém o reservatório; nas de 3 volumes
encontramos um par de cilindros, um reservatório líquido e uma bomba que é utilizada para
levar o líquido do reservatório até os cilindros, todos de maneira independente.

O êxito de um implante de prótese peniana está diretamente ligado aos seguintes


aspectos: auto-estima do paciente, satisfação pessoal do paciente e da parceira, técnica
operatória correta e os cuidados no pré e pós-operatório. É muito importante que não se crie
falsas expectativas no paciente ou sua parceira, discuta-se o tipo de prótese a ser implantado, a
possibilidade de perda de sensibilidade na glande peniana e algumas vezes uma diminuição do
volume ou do tamanho do pênis.
Entre as complicações podemos encontrar infecção local (2 a 10% dos casos), falhas
mecânicas da prótese (4% dos casos) ou lesões dos corpos cavernosos com saída da prótese.
Quando bem indicada, as complicações do implante de prótese peniana diminuem bastante e os
índices de satisfação dos pacientes são altos, variando de 66 a 92%.

A ejaculação precoce é inconfundível. Em essência, é a condição na qual o homem


torna-se incapaz de exercer um controle adequado sobre o seu reflexo ejaculatório, resultando
que, uma vez excitado, atinge o orgasmo rapidamente, antes, durante ou logo após a
penetração, sem que deseje.
São inúmeras as hipóteses levantadas para as causas da ejaculação precoce. Sabemos
que a ejaculação precoce é a dificuldade que o homem possui em perceber as sensações que
antecedem o orgasmo, mas o que o leva a não aprender essa sensação é uma incógnita.
Apesar de muitos estudiosos acreditarem na hipótese da ansiedade, o uso de
medicamentos isolados para este fim não têm apresentado resultados satisfatórios. É muito
mais importante descobrirmos a origem da ansiedade e tratá-la do que encobri-la com drogas,
tendo em vista que ela interfere no mecanismo da percepção.
A hipótese de um comportamento condicionado por masturbação e coitos rápidos
também não é totalmente descartada, tendo em vista que o comportamento sexual é aprendido.

CAUSAS ORGÂNICAS: se a história sexual do paciente indica que ele sempre teve
dificuldade para exercer o controle ejaculatório, e é fisicamente sadio, é muito pouco provável
a existência de uma causa orgânica para a queixa.
Por outro lado, é indicado um exame urológico e neurológico quando um paciente com
histórico de bom controle ejaculatório tornar-se um ejaculador prematuro. Neste caso, a
incontinência ejaculatória pode ser indicativa de outras complicações, o que é extremamente
raro.
CAUSAS PSICANALÍTICAS: segundo a teoria psicanalítica, os ejaculadores
precoces seriam os homens que escondem sentimentos sadistas inconscientes em relação às
mulheres. De acordo com essa teoria, o propósito do ejaculador precoce seria perturbar a
felicidade da mulher, privando-a de prazer. O tratamento baseado nesta hipótese procuraria
revelar e resolver conflitos edipianos inconscientes do paciente, na expectativa de que, obtido
este resultado, o pensamento sadista com relação à mulher cessaria e automaticamente o
funcionamento sexual se tornaria perfeito.
Apesar das inúmeras contribuições da Psicanálise, o que observamos é que o
tratamento da ejaculação precoce através desta técnica apresenta pouco sucesso. Atualmente,
nenhum estudo sistemático sobre a funcionalidade da técnica foi publicado. Nos tratamentos
que obtiveram êxito, os sintomas do paciente só foram melhorados depois de anos,e, mesmo
assim, não se pode afirmar categoricamente que tenha sido em função da técnica utilizada.

TRATAMENTO: o tratamento consiste em fazer com que o homem adquira a


habilidade em perceber e controlar as sensações que antecedem o orgasmo. Inúmeras técnicas
são utilizadas, deixando sempre claro que a situação sexual foi concebida para ser
extremamente prazerosa. Manobras que visam tirar o prazer não são terapêuticas.
Será que compensa?
Os esteróides anabolizantes são derivados sintéticos da
testosterona - hormônio sexual masculino responsável pelo
crescimento e desenvolvimento de órgãos sexuais masculinos e
pela manutenção dos caracteres sexuais secundários, que
incluem crescimento e maturação da próstata, vesícula
seminal, pênis e escroto. Além do mais, a testosterona, ajuda
no engrossamento das cordas vocais, na alteração da
musculatura do corpo, distribuição de gorduras e retenção de
nitrogênio, água e eletrólitos pelo corpo.
Reduzem em até 85% a secreção de testosterona pelos
testículos, que podem atrofiar-se. Diminuem a produção de
gonadotrofinas hipofisárias e os testículos passam a ser menos
estimulados (feed back negativo).

Essas drogas estão associadas a


numerosos efeitos colaterais, sendo contra-
indicados para estimular condições atléticas.
Mesmo assim, devido à sua capacidade de
queimar gorduras e, ao mesmo tempo, ativar as
células de crescimento humano; muitos atletas e
adolescentes apelam para a ajuda dessas
substâncias, sem se importar com as
conseqüências, que podem ser catastróficas. Os
primeiros, devido à pressões dos patrocinadores
e do lema: o que importa é vencer! Os
segundos, porque desejam ver seu corpo mudar
da noite para o dia e se tornarem super-homens
cobiçados pelas mulheres e invejados pelos
homens. Não importa o motivo... Nas
academias, alguns professores de ginástica
despreparados "receitam" para seus "pupilos";
colegas e amigos usam. E o melhor: não
aconteceu nada a eles ainda. Por que "comigo"
irá acontecer?
Esse pensamento consegue cada dia mais
reunir adeptos do uso dessas drogas. Alguns mais
prevenidos também se automedicam com remédios
para o fígado, tentando evitar qualquer catástrofe
incontrolável. De qualquer forma, uma coisa é certa:
seu emprego prolongado provoca esterilidade,
impotência, ginecomastia (crescimento exagerado
das mamas), lesões no fígado e nos rins, doenças
cardíacas, depressão, ansiedade e outros distúrbios
psiquiátricos. E o que seria emprego prolongado?
Uma semana, dois meses, um ano? E agora
pergunto: vale a pena?

ATO SEXUAL FEMININO

Ereção e Lubrificação

Localizadas ao redor da abertura da


vagina, existem massas de tecido erétil,
iguais ao pênis masculino. A excitação da
mulher (psíquica e física) causa impulsos
parassimpáticos que passam da medula
espinhal caudal a esse tecido, fazendo-o
ingurgitar-se, o que origina uma abertura
estreita, porém flexível do canal vaginal.
Os impulsos parassimpáticos
também fazem com que as glândulas de
Bartholin, localizadas em ambos os lados da
vagina, secretem grande quantidade de muco
(principal responsável pela lubrificação que
facilita os movimentos do pênis na vagina).

Orgasmo

Quando o grau de estimulação sexual (maior na área do clitóris) atinge intensidade


suficiente, o útero e as tubas uterinas iniciam contrações peristálticas rítmicas, em direção à
cavidade abdominal (orgasmo). Acredita-se que as contrações peristálticas impulsionem o
sêmen para as tubas uterinas.
Tabus, mitos e verdades

Primeiramente, o que é
virgindade? Quem sabe? A princípio
virgindade era um tabu, nada mais
que um tabu que pregava que a
mulher deveria se entregar
imaculada ao marido, ou seja, casar
sem nunca ter tido algum tipo de
relação sexual.

De uns tempos pra cá, a virgindade continua sendo um tabu. A mulher é virgem
enquanto nunca tiver tido um relacionamento sexual. Entretanto, hoje em dia, para permanecer
virgem, a mulher procura formas alternativas de sexo, tal como o sexo anal e o oral. Mas não
são o sexo anal e o oral, tipos de relacionamento sexual? Sim.
Percebemos, então, que a virgem, hoje, é aquela que mantém o hímen imaculado,
intacto, inteiro. Esquece-se, no entanto, que existem outras formas de se romper o hímen que
não o sexo. Como exemplo, sabemos que certos tipos de hímen podem se romper com o uso de
absorventes internos. E ainda, é possível que o hímen não se rompa durante uma relação sexual
em que haja, de fato, penetração. Quer dizer que nesses casos, a mulher deixa de ser ou
continua sendo virgem, respectivamente? Não mesmo! Conceito de virgindade é quase que
subjetivo. Virgens deveriam ser aquelas pessoas, mulheres ou homens que nunca tiveram
qualquer tipo de relacionamento sexual íntimo com outra pessoa. Mesmo assim caberia ao bom
senso discernir o que é um relacionamento sexual íntimo, para que não se pense que "amassos"
ou mesmo que a masturbação mútua tira a virgindade.
É surpreendente constatar que uma película tão fina, com 3 milímetros de espessura,
tenha tamanho peso simbólico. Antigamente, a virgindade era um sinal obrigatório de
dignidade para a mulher solteira. Hoje, pode parecer uma marca anacrônica, face à liberação
sexual (nem sempre consciente) dos jovens. Na realidade, o hímen tem função muito mais
importante do que atender a expectativas sociais. Localizado na entrada da vagina, tem o papel
é protegê-la, uma vez que na infância a menina não produz hormônios suficientes para se
defender de possíveis infecções.
Esperamos que este conceito de virgindade caia em desuso, pois ele não passa de um
rótulo.
A gravidez na adolescência é, quase
sempre uma gravidez não planejada e, por
isso, indesejada. Desde 1970, a incidência de
casos tem aumentado significativamente, ao
mesmo tempo em que tem diminuído a
média de idade das adolescentes grávidas.
Na maioria das vezes a gravidez na
adolescência ocorre entre a primeira e a
quinta relação sexual e elas procuram o
serviço de saúde entre o terceiro e quarto
mês de gravidez.

O parto normal é a primeira causa de internação de brasileiras entre 10 e 14 anos de


idade nos hospitais que têm convênio com o SUS (Sistema Único de Saúde) em todos os
Estados brasileiros. Do total de internações de meninas e jovens, de l0 a 14 anos, 16% foram
relativas a partos normais ou cesarianas.
Quando a gravidez se dá antes dos dezesseis anos as complicações ocorrem com maior
freqüência. A imaturidade física, funcional e emocional da jovem predispõe ao surgimento de
complicações como o aborto espontâneo, parto prematuro, maior incidência de cesárea, ruptura
dos tecidos da vagina durante o parto, dificuldades na amamentação e depressão. Por tudo isso,
a maternidade deve ser encarada como um momento sério e que necessita de grande
responsabilidade dos jovens.
E como explicar esse aumento de incidência de gravidez, numa época em que nossos
adolescentes estão mais bem informados sobre o uso de camisinha na prevenção de DSTs
(Doenças Sexualmente Transmissíveis) e métodos anticoncepcionais? Provavelmente o não
uso de camisinha deve-se a fatores, como:

• abuso de álcool e outras drogas psicoativas è sexo inseguro;


• namoro firme: se for pedido o uso de camisinha o(a) parceiro(a) pode desconfiar de
infidelidade;
• paixão: imagem falsa de segurança negando os riscos inerentes ao não uso de preservativos;
• apelo erótico dos meios de comunicação: propaga-se sexo como algo não planejado e
comum e, na maioria das vezes, ninguém se infecta nem adoece;
• pensamento machista de que AIDS ainda só é transmitida através de relações homossexuais
ou drogas injetáveis.
A sua primeira relação sexual foi a de seu(ua) parceiro(a) também? Se não foi, não
adianta eliminar o uso de camisinha por métodos anticoncepcionais hormonais (pílulas
anticoncepcionais), pois nenhum dos dois estará seguro de não ser portador de alguma DST (a
menos que realize exames e freqüente o médico especializado regularmente – urologista, para
homens e ginecologista, para mulheres). E se um dos dois nasceu portador do vírus da AIDS e
não teve coragem de comentar (ou nem sabe)? Vale a pena se expor?
Esse pensamento de que “só acontece com os outros” pode colocar qualquer um em
uma grande encrenca, não acha?
Que tal incorporar a conscientização e praticar, usando camisinha?

AINDA UM TABU???

Sob um ponto de vista restrito, masturbação é a


estimulação dos próprios genitais usando as mãos e dedos ou
com o auxilio de objetos. De maneira mais ampla, a
masturbação pode ser definida como a estimulação dos órgãos
genitais, ânus, mamilos e outras partes do corpo, uti1izando-se
as mãos e objetos, podendo ser realizada pela própria pessoa ou
pelo(a) seu(sua) parceiro(a). Em linguagem popular a
masturbação masculina é denominada punheta e a feminina
siririca. A maioria das pessoas se masturba durante,
praticamente, toda a vida. São muitos os relatos de crianças que
se masturbam com menos de três anos de idade.

Os dados referentes à masturbação são variáveis, porém consistentes. Podemos dizer


que na idade adulta a maioria das mulheres e a quase totalidade dos homens se masturbam. No
Brasil, 69% dos homens e 56% das mulheres consideram a masturbação saudável.
A prática da masturbação é mais intensa na infância / adolescência e na idade
avançada, períodos da vida nos quais a pessoa pode não ter parceiro(a) sexual, mas a maioria
das pessoas se masturba mesmo quando envolvidas em relacionamentos estáveis.

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A MASTURBAÇÃO

A masturbação é prejudicial à saúde?

Não. A masturbação não causa nenhum mal físico ou menta1. Ao contrário, masturbar-
se é uma forma saudável de alivio da tensão sexual e de entendimento da própria sexualidade,
além de ser uma prática de sexo seguro.
Segundo publicação da Revista Galileu de agosto 2003, pesquisadores do Conselho
Victoria de Câncer, na Austrália, concluíram que masturbação cinco vezes por semana pode
reduzir em um terço os riscos de homens entre 20 e 50 anos desenvolverem câncer de próstata
(o mesmo não se aplica para as relações sexuais).

Qual a freqüência normal de masturbação?

Depende. Algumas pessoas se satisfazem masturbando-se uma vez por semana, outras
diariamente. Se a freqüência de masturbação chega a causar perturbação na atividade diária ou
lesões nos órgãos genitais, a pessoa deve procurar ajuda especializada.

A masturbação atrapalha o desenvolvimento da sexualidade?

Ao contrário, a masturbação ajuda no desenvolvimento da sexualidade. Mulheres que


se masturbam têm mais chance de gozar com a penetração do que as que nunca se masturbam.

Posso perder a virgindade me masturbando de vez em quando?

Depende. Se você utiliza acessórios e os introduz ou força a abertura vaginal, pode. Se


apenas acaricia o clitóris e a vulva sem forçar a abertura, é improvável que o hímen se rompa.

Na Grécia Antiga, a homossexualidade era uma


prática natural e esteticamente bela. Com a civilização
judaico-cristã, caiu em desgraça. Chegou a ser
considerada doença - equívoco que se prolongou até 1974
- quando a Organização Mundial de Saúde riscou-a de sua
lista de enfermidades. As pesquisas sobre uma possível
origem genética, realizadas a partir de 1991, causaram
polêmica. Mas um novo caminho surgiu, embora os
estudos não sejam conclusivos, nem descartem as causas
emocionais e culturais.

Hoje já se sabe que não se trata de uma opção, mas de uma condição - tão humana
quanto andar, comer ou respirar. Mesmo assim o assunto continua a ser tabu, envolto em
preconceito e na falta de informação.
A orientação sexual, quer para heterossexuais, quer para
homossexuais não parece ser algo que uma pessoa escolha. Alguns estudos
recentes indicam que a orientação sexual tem uma grande influência
genética ou biológica sendo, provavelmente, determinada antes ou pouco
depois do nascimento. Sendo estes estudos não conclusivos, é irresponsável
assumir que a homossexualidade é uma escolha. Tal como os
heterossexuais, os homossexuais descobrem a sua sexualidade como um
processo de crescimento. A única escolha que o homossexual pode tomar é
a de viver a sua vida de acordo com a sua verdadeira natureza, ou de acordo
com o que a sociedade espera dele. Descrever a homossexualidade como
um simples caso de escolha é ignorar a dor e confusão por que passam
tantos homens e mulheres homossexuais quando descobrem a sua
orientação sexual. É absurdo pensar que esses indivíduos escolheram
deliberadamente algo que os deixa expostos à rejeição por parte da família,
amigos e sociedade. Este preconceito também ignora todos os homossexuais
que tentaram viver a sua vida como heterossexuais, escondidos atrás de uma
fachada de casamento, sempre sentido um vazio e falta de realização
pessoal. Há ainda muito a aprender sobre a sexualidade humana.

Mais tolerância
Numa sociedade que tenta ainda condenar qualquer tipo de nuance da sexualidade que
ultrapasse o modelo heterossexual, não é difícil entender os conflitos sociais e pessoais que as
minorias sexuais têm de enfrentar. Não é à toa que nos Estados Unidos, por exemplo, onde há
mais estatísticas a respeito, o número de adolescentes homossexuais que cometem suicídio é de
2 a 6 vezes maior do que os não-homossexuais, representando a triste marca de 30% de todos
os casos de suicídio registrados com adolescentes.
Violência contra si próprios; violência da sociedade contra eles. Os casos de
assassinatos de homossexuais no Brasil vêm crescendo, segundo estudos feitos pelo Grupo
Gay da Bahia, um dos mais atuantes do Brasil.
Será que uma pessoa escolhe viver assim? Será que pode ser julgada e condenada por
que não segue os padrões sexuais estruturados pela sociedade? E se seu pai, mãe, irmão, irmã,
filho ou filha fosse homossexual? Você ainda assim continuaria pensando que foi uma opção
de vida e por isto devem ser castigados ou entenderia melhor?
Você assistiu ao deprimente filme “Beleza Americana”? Se não, assista e reflita sobre,
caso tenha algum preconceito a respeito.
Ninguém quer conviver com diferenças e marginalizações, mas às vezes elas surgem
para nos ajudar a crescer e respeitar o próximo. Pense a respeito.
Perguntar não ofende

Todo atraso de menstruação significa gravidez?

Não. A partir da primeira menstruação, a menina ainda


demora de seis meses a um ano para chegar ao amadurecimento
total de seu sistema reprodutor e hormonal. Por isso, nesse período
é comum haver grandes atrasos de menstruação ou, ao contrário,
ocorrer mais de um episódio de sangramento por mês. Na vida
adulta, distúrbios hormonais também podem provocar alterações
no ciclo menstrual. Mas, se o atraso for acompanhado de sono,
tontura.

Por que a AIDS não se transmite através do beijo?

A transmissão oral do HIV é um evento raro, até mesmo quando há sangue e exsudato
(matéria resultante de processo inflamatório e que, saindo de vasos sangüíneos, se deposita em
tecidos ou superfícies teciduais - constituída de líquido, células, fragmentos celulares, sendo
caracterizada por alto conteúdo protéico) presentes. A saliva inibe a ação de infectividade do
vírus HIV. O rompimento hipotônico pode ser um mecanismo importante, através do qual a
saliva mata leucócitos infectados e impede sua ligação às células epiteliais da mucosa e a
produção de HIV, evitando, desta forma sua transmissão.
Porém, um volume suficiente de fluido isotônico (sangue, exsudatos e leite) evita a lise
de leucócitos, porque dilui a saliva. O fluido seminal também protege as células infectadas
contra a ação da saliva.
Nunca foi relatada a transmissão pelo beijo, entre parceiros não sexuais, mas já
houve relato de transmissão por mordida, segundo dados da U.S. Department Of Health And
Human Services.

Quais os riscos do sexo anal?

O reto e o ânus são órgãos com intensa irrigação sangüínea e é comum a existência de
fissuras (pequenos cortes) nessa região. Por essa razão, o sexo anal é a fonte mais fácil de
transmissão de doenças por via sangüínea, como hepatite e aids. Ao contrário do ânus, a vagina
tem uma mucosa espessa, com pouca vascularização, que torna difícil a ocorrência de
sangramento. Por isso, no sexo anal, é ainda mais importante o uso da camisinha. Para evitar
machucados, pode-se usar também um gel lubrificante.

O que é ponto G?

O ponto Grafemberg, mais conhecido como ponto G (recebe esse nome porque teria
sido descoberto pelo ginecologista alemão Grafenberg), é uma pequena saliência altamente
sensível e erógena, do tamanho de uma moeda de 5 centavos, localizada no fundo da parede
frontal da vagina de todas as mulheres.
Ele desencadeia um tipo de orgasmo diferente do clitoriano, quando as mulheres
alegam sentir ondas de prazer percorrendo o corpo inteiro, não apenas a genitália. Com a
estimulação do ponto G, as sensações são muito mais profundas e, algumas vezes,
incontrolavelmente prazerosas.
HOMEM: Os homens também têm o seu próprio ponto G: a próstata, uma glândula
localizada logo abaixo da bexiga. Parece com o ponto G feminino, porque é altamente erógena
e fica escondida na parte interna do corpo.
Mas, na prática, os cientistas ainda não conseguiram provar sua existência.

Uma mulher pode ficar grávida mesmo se o homem não ejacular durante o ato sexual?

Pode sim. Embora algumas pessoas pratiquem o chamado "coito interrompido" como
forma anticoncepcional, existe o risco de gravidez porque, antes da ejaculação, o pênis elimina
um líquido lubrificante, secretado pelas glândulas bulbouretrais e epidídimo, que pode conter
espermatozóides.

O que é fimose? Por que e quando é necessária a cirurgia?

Fimose é a dificuldade, ou mesmo a impossibilidade de expor a glande ("cabeça" do


pênis) porque o prepúcio ("pele" que recobre a glande) tem um anel muito estreito. O prepúcio
colado na glande é freqüente e normal nos primeiros anos de vida (aos 6 meses somente 20%
dos meninos conseguem expor totalmente a glande, mas quase 90% já o conseguem aos 3
anos).
Assaduras e cicatrizes (fibrose) retraem a pele, tornando o anel prepucial mais estreito.
Também existem casos de crianças em que os pais, preocupados com o acolamento entre a
glande e o prepúcio fazem "massagem", forçando a pele, e ocasionando pequenos
traumatismos (microtraumatismos), que ao cicatrizarem tornam o anel estreito, e aí formam
uma verdadeira fimose. Essa massagem, ao causar dor e desconforto também cria na criança o
medo de que alguém mexa nos seus genitais. Este medo interfere na higiene peniana e, ao não
se realizar uma boa higiene, ocorrem as inflamações ou infeções do prepúcio, que são outra
causa da fimose. Este medo também dificulta a aceitação da cirurgia, dos cuidados pós-
operatórios, e interfere na aceitação da sexualidade.
A cirurgia, denominada circuncisão ou postectomia, visa:
a) Permitir a higiene adequada do pênis.
b) Permitir no futuro um relacionamento sexual satisfatório.
c) Evitar ou corrigir a PARAFIMOSE (quando o orifício de abertura do prepúcio, por
ser muito estreito, fica preso logo abaixo da glande, com dor, inchaço imediato e dificuldade
de urinar.
d) Diminuir o risco de balano-postites (infeções do prepúcio e glande), infeções
urinárias, doenças venéreas e do câncer no pênis.
e) Diminuir o risco de câncer de colo de útero na sua futura esposa.
Em relação à cirurgia, nos
casos não complicados aguarda-se
até ao redor dos 7 - 10 anos de
idade , por 3 motivos:
a) Neste período pode
ocorrer o descolamento normal do
prepúcio, a cura, não necessitando
mais da cirurgia.
b) Até os 5 - 6 anos o
menino realiza sua identificação
sexual, chamada Fase Fálica,
portanto o menino já entende a
necessidade da cirurgia, e não corre
o risco de achar que foi cortado um
pedaço do seu pênis (Síndrome da
Castração)
c) Antes da adolescência,
quando as ereções mais frequentes
tornam o pós-operatório mais
doloroso e aumentam o risco das
complicações.

Observações:

a) A fimose não impede, nem prejudica o crescimento do pênis, portanto a cirurgia não
vai ajudar o crescimento do mesmo.
b) É estimado que mais de 18% dos meninos não circuncidados podem ter indicações
cirúrgicas até os 8 anos de idade.

Mulheres virgens podem fazer uso de absorvente interno sem perder a virgindade?

Depende do tipo de hímen. Se for do tipo anular (olhar em sistema reprodutor


feminino) provavelmente não haverá problemas. A melhor maneira de se informar é
consultando o ginecologista.

Tenho suspeita de ovário policístico. Posso fazer ecografia transvaginal, mesmo sendo
virgem, sem comprometer minha virgindade?

O aparelho utilizado na ecografia transvaginal é bastante fino. Se seu hímen for do tipo
anular (olhar em sistema reprodutor feminino), provavelmente não será comprometido, desde
que avise ao médico que realizará a ecografia que ainda é virgen. No mais, o melhor é
conversar com o (a) ginecologista abertamente, colocando todas as suas dúvidas e medos a
respeito.

O que é cisto ovariano e ovário policístico?

O primeiro refere-se a pequena coleção de líqüido que aparece em um ou em ambos os


ovários. Pode causar discreta dor em um lado na região baixa do abdômen, sem relação com a
menstruação. Não causa obesidade, alterações hormonais, nem alterações menstruais. Muitas
vezes, os cistos ovarianos são assintomáticos e são descobertos por acaso durante a realização
de ultra-som ou mesmo durante uma cesárea.
Quando ocorrem distúrbios no ciclo menstrual, obesidade, muitas vezes acompanhados
de acne ("espinhas") e hirsutismo (aumento da quantidade de pelos ou mudança na sua
distribuição), podemos estar diante de outra doença, a Síndrome dos Ovários Policísticos
(S.O.P.) - também conhecida como Síndrome de Stein-Leventhal - causa importante de
esterilidade conjugal.
Ao contrário do anterior, a SOP é acompanhada de intensas e complexas
anormalidades hormonais que são, ao mesmo tempo, causa e conseqüência desta doença. Na
prática, é multiforme, isto é, assume várias formas, desde a mais leve, com poucos sintomas,
até a mais acentuada, com todas as alterações citadas. Há também diversas graduações dos
quadros intermediários.
É altamente aconselhável a consulta a um ginecologista com especialização na área de
Ginecologia Endócrina; este encontra-se mais afeito aos meandros e dificuldades próprios ao
manejo desta doença.
(Dr.Irineu Wajntraub - Ginecologista e Obstetra - São Paulo- SP -
www.nib.unicamp.br/svol/artigo40.htm)

Métodos anticoncepcionais (contraceptivos)

A prevenção da gestação não planejada é fundamental, principalmente para adolescentes e


adultos jovens sexualmente ativos, que devem ser orientados precocemente, uma vez que a
idade para início das relações sexuais está diminuindo cada vez mais, enquanto estão
aumentando o número de adolescentes grávidas.
Os métodos contraceptivos podem ser divididos didaticamente em: comportamentais, de
barreira, dispositivo intra-uterino (DIU), métodos hormonais e cirúrgicos.
A escolha do método contraceptivo deve ser sempre personalizada levando-se em conta
fatores como idade, números de filhos, compreensão e tolerância ao método, desejo de
procriação futura e a presença de doenças crônicas que possam agravar-se com o uso de
determinado método. Como todos os métodos têm suas limitações, é importante que saibamos
quais são elas, para que eventualmente possamos optar por um dos métodos. Todavia, na
orientação sobre os métodos anticoncepcionais deve ser destacada a necessidade da dupla
proteção (contracepção e prevenção as DST e HIV/AIDS), mostrando a importância dos
métodos de barreira, como os preservativos masculinos ou femininos.

A) Métodos comportamentais:

Método Rítmico ou Ogino-Knaus (do calendário ou tabelinha):


procura calcular o início e o fim do período fértil (já explicado anteriormente
no ciclo menstrual) e somente é adequado para mulheres com ciclo menstrual
regular. A mulher deve ser orientada, inicialmente, a marcar no calendário os
últimos 6 a 12 ciclos menstruais com data do primeiro dia e duração,
calculando então o seu período fértil e abstendo-se de relações sexuais com
contato genital neste período. É pouco eficaz se não for combinado com
outros métodos, como preservativos ou espermicidas, pois depende da
abstenção voluntária nos períodos férteis da mulher, onde a libido (desejo
sexual) se encontra em alta.

Temperatura basal: método oriundo na observação das alterações fisiológicas da


temperatura corporal ao longo do ciclo menstrual. Após a ovulação, a temperatura basal
aumenta entre 0,3 e 0,8o C (ação da progesterona). A paciente deve medir a temperatura oral,
durante 5 minutos, pela manhã (após repouso de no mínimo 5 horas) antes de comer ou fazer
qualquer esforço, e anotar os resultados durante dois ou mais ciclos menstruais. Esse
procedimento deve ser realizado desde o primeiro dia da menstruação até o dia em que a
temperatura se elevar por 3 dias consecutivos.
Depois de estabelecer qual é a sua variação normal, e o padrão de aumento, poderá usar a
informação, evitando relações sexuais no período fértil.
Uma grande desvantagem do método da temperatura é que se a mulher tiver alguma
doença, como um simples resfriado ou virose, todo o esquema se altera, tornando impossível
retomar a linha basal, ou saber se o aumento de temperatura é devido à ovulação ou a febre.
Método do Muco Cervical (Billing): baseia-se na identificação
do período fértil pelas modificações cíclicas do muco cervical,
observado no auto-exame e pela sensação por ele provocada na vagina
e vulva. A observação da ausência ou presença do fluxo mucoso deve
ser diária. O muco cervical aparece cerca de 2 a 3 dias depois da
menstruação, e inicialmente é pouco consistente e espesso. Logo antes
da ovulação, ele atinge o chamado "ápice", em que fica bem grudento.

Testa-se colocando o muco entre o indicador e o polegar e tentando-se separar os dedos. É


necessária a interrupção da atividade sexual nesta fase, permanecendo em abstinência por no
mínimo 4 dias a partir do pico de produção, período em que se inicia o período infértil
novamente.
Esse método também exige observação sistemática e responsabilidade por parte da mulher
durante vários meses, até conhecer bem o seu ciclo e o muco. No entanto, qualquer alteração
provocada por doença, ou quando a mulher tem pouco ou muito muco, o método se torna pouco
confiável.
Coito interrompido: baseia-se na capacidade do homem em pressentir a iminência da
ejaculação e neste momento retirar o pênis da vagina. Tem baixa efetividade, levando à
disfunção sexual do casal, e deve ser desencorajado.

B) Métodos de Barreira

Estes métodos impedem a ascensão dos


espermatozóides ao útero, sendo fundamentais na
prevenção das DST e AIDS. Junto com a pílula
anticoncepcional e o coito interrompido, são os
métodos não definitivos mais utilizados.
Condom ou camisinha ou preservativo: quase
todas as pessoas podem usar; protege contra doenças
sexualmente transmissíveis, inclusive AIDS; previne
doenças do colo uterino; não faz mal a saúde; é de
fácil acesso.
O condom masculino é um envoltório de látex que recobre o
pênis, retendo o esperma no ato sexual, impedido o contato deste e de
outros microrganismos com a vagina e o pênis ou vice-versa.
Uso da masculina: desenrolar a camisinha no pênis ereto,
antes de qualquer contado com a vagina, ânus ou boca. Deve ser
retirada do pênis imediatamente após a ejaculação, segurando as
bordas da camisinha para impedir que os espermatozóides escapem
para a vagina.
A camisinha possui lado certo para desenrolar, para
saber qual é o correto, basta tentar desenrolar se não der ou
for muito complicado vire a pontinha para o outro lado.

Depois de retirá-la da embalagem, deve-se apertar a


pontinha (dando uma leve torcidinha) para evitar que fique
com ar porque, se ficar com ar, ela pode estourar com mais
facilidade. Lembre-se que o pênis deve estar ereto (duro).

Segurando a ponta apertada ir desenrolando a


camisinha sobre o pênis até chegar à base. Depois de
desenrolar até a base evite ficar passando a mão, pois pode
retirar o lubrificante e fazer com que a camisinha estoure
com mais facilidade. Agora está tudo pronto para se ter
uma relação sexual protegida.

A camisinha deve ficar desta forma no pênis.

Quais as chances de que a camisinha masculina


falhe?

A taxa de falha varia de 3 a 14 mulheres em 100


podem ficar grávidas em um ano de uso.
O condom feminino constitui-se em um tubo de
poliuretano com uma extremidade fechada e a outra aberta
acoplado a dois anéis flexíveis também de poliuretano na
cérvice uterina, paredes vaginais e vulva. O produto já
vem lubrificado devendo ser utilizado uma única vez,
destacando-se que o poliuretano por ser mais resistente
que o látex pode ser utilizado com vários tipos de
lubrificantes.
Uso da feminina: retirar da embalagem somente na
hora do uso. Flexionar o anel de modo que possa ser
introduzido na vagina. Com os dedos indicador e médio,
empurrar o máximo que puder, de modo que fique
sobrando um pouco para fora, o que deve permanecer
assim durante a relação. Retirar logo após a ejaculação,
rosqueando o anel para que não escorra o líquido seminal
para dentro da vagina.
Se usada corretamente, sua eficácia é alta, varia de
82 a 97%.
Efeitos colaterais: alergia ou irritação, que pode ser
reduzida trocando a marca e tipo e com uso de
lubrificantes à base de água.

Diafragma:é um anel flexível, coberto por uma membrana de


borracha fina, que a mulher deve colocar na vagina, para cobrir o colo do
útero. Como uma barreira, ele impede a entrada dos espermatozóides,
devendo ser utilizado junto com um espermicida, no máximo 6 horas
antes da relação sexual. A adesão da paciente depende da utilização
correta do dispositivo. A higienização e o armazenamento corretos do
diafragma são fatores importantes na prevenção de infecções genitais e no
prolongamento da vida útil do dispositivo. Por apresentar vários
tamanhos (de acordo com o tamanho do colo uterino), deve ser indicado
por um médico para uma adequação perfeita ao colo uterino. Deve ser
usado com espermicida. Recomenda-se introduzir na vagina de 15 a 30
minutos antes da relação sexual e só retirar 6 a 8 horas após a última
relação sexual de penetração.
Esponjas e Espermicidas: as esponjas são feitas de
poliuretano, são adaptadas ao colo uterino com alça para sua
remoção e são descartáveis (ao contrário do diafragma), estão
associadas a espermicidas que são substâncias químicas que
imobilizam e destroem os espermatozóides, podendo ser
utilizados combinadamente também com o diafragma ou
preservativos. Existem em várias apresentações de espermicidas:
cremes, geléias, supositórios, tabletes e espumas.

Dispositivo Intra-Uterino (DIU): os DIUs


são artefatos de polietileno, aos quais podem ser
adicionados cobre ou hormônios, que são
inseridos na cavidade uterina exercendo sua
função contraceptiva. Atuam impedindo a
fecundação, tornando difícil a passagem do
espermatozóide pelo trato reprodutivo feminino.
Os problemas mais freqüentes durante o uso
do DIU são a expulsão do dispositivo, dor pélvica,
dismenorréia (sangramentos irregulares nos meses
iniciais) e aumento do risco de infecção (infecção
aguda sem melhora ou infecções persistentes
implicam na remoção do DIU). Deve ser colocado
pelo médico e é necessário um controle semestral
e sempre que aparecerem leucorréias (corrimentos
vaginais anormais).
Mulheres que têm hemorragias muito abundantes ou cólicas fortes na menstruação, ou que
tenham alguma anomalia intra-uterina, como miomas ou câncer ginecológico, infecções nas
trompas, sangramentos vaginais ou alergia ao cobre não podem usar o DIU. Não é aconselhado
para nulíparas (mulheres que nunca engravidaram).
A gravidez raramente ocorre (eficácia alta, variando de 95 a 99,7%) com risco de
abortamento no 1o e 2o trimestres. A retirada do DIU pode ser feita após avaliação ultra-
sonográfica, considerando os riscos para o embrião. Se a retirada não for possível por riscos de
abortamento, a paciente deve ser acompanhada a intervalos curtos de tempo e orientada em
relação a sangramentos vaginais e leucorréias.

Lançado recentemente no Brasil, o Mirena é um novo


método endoceptivo, como o DIU. Trata-se de um
dispositivo de plástico ou de metal colocado dentro do útero.
É um DIU combinado com hormônios. Tem forma de T,
com um reservatório que contém 52 mg de um hormônio
chamado levonogestrel que age na supressão dos receptores
de estriol endometrial, provocando a atrofia do endométrio e
inibição da passagem do espermatozóide através da cavidade
uterina.
O Mirena atua liberando uma pequena quantidade de hormônio diretamente da parede
interna do útero, continuamente por cinco anos. Ele também torna o muco do cérvix (colo do
útero) mais espesso, prevenindo a entrada do esperma. A dosagem é equivalente a tomar duas a
três mini-pílulas por semana. A diferença do Mirena em relação aos outros dispositivos intra-
uterinos é que ele evita muitos efeitos colaterais.
Vantagens:

• A menstruação pode desaparecer completamente em algumas mulheres após poucos meses.


• Tem duração de cinco anos.
• Método seguro (1 a cada 1000 mulheres poderão engravidar).
• Risco de gravidez ectópica reduzido (cerca de 2 a cada 10.000 mulheres ao ano).
• Reduz dores menstruais.

As desvantagens são semelhantes às do DIU.


Índice de falha: 0.1%

D) Anticoncepção Hormonal

Anticoncepcional Hormonal Combinado Oral (AHCO): o


AHCO consiste na utilização de estrogênio associado ao
progesterona, impedindo a concepção por inibir a ovulação pelo
bloqueio da liberação de gonadotrofinas pela hipófise. Também
modifica o muco cervical tornando-o hostil ao espermatozóide,
altera as condições endometriais, modifica a contratilidade das
tubas, interferindo no transporte ovular.
Existem diversos tipos de pílulas. As mais comumente
receitadas são:

1. pílulas monofásicas: toma-se uma pílula por dia, e todas


têm a mesma dosagem de hormônios (estrogênio e
progesterona). Começa-se a tomar no quinto dia da
menstruação até a cartela acabar. Fica-se sete dias sem
tomar, durante os quais sobrevém a menstruação.
2. pílulas multifásicas: toma-se uma pílula por dia, mas
existem pílulas com diferentes dosagens, conforme a fase
do ciclo. Por isso, podem ter dosagens mais baixas, e
causam menos efeitos colaterais. São tomadas como as
pílulas monofásicas, mas têm cores diferentes, de acordo
com a dosagem e a fase do ciclo: não podem ser tomadas
fora da ordem.
3. pílulas de baixa dosagem ou minipílulas: têm uma
dosagem mais baixa e contém apenas um hormônio
(geralmente progesterona); causando menos efeitos
colaterais. São indicadas durante a amamentação, como
uma garantia extra para a mulher. Devem ser tomadas
todos os dias, sem interrupção, inclusive na menstruação.
Idealmente, a pílula só deve ser tomada depois de se fazer um
exame médico completo em um ginecologista, que receitará a
mais adequada para cada caso.

Desvantagens:

• Pode causar efeitos colaterais em algumas mulheres, como náusea, sensibilidade dos seios,
ganho de peso ou retenção de água, alterações no humor, manchas na pele, dor de cabeça,
aumento na pressão sangüínea.
• Em algumas mulheres podem causar riscos à saúde. Desta forma, mulheres fumantes, com
problemas cardíacos, com doenças do fígado e do coração, hipertensão, suspeita de
gravidez, flebite ou varizes, glaucoma, enxaqueca, derrame, ou obesidade não devem usar
pílulas.
• É menos efetiva quando tomada com algumas drogas. Certas medicações, especificamente
antibióticos interferem na ação das pílulas, tornando o controle menos efetivo.
• Uma falha no esquema de tomar a pílula pode cancelar ou diminuir sua efetividade.
• Tomada por muito tempo, pode aumentar o risco de câncer de mama.
• Não é recomendada para mulheres com menos de 16 ou mais de 40 anos.

Pílula pós-coito ou pílula do dia seguinte: a anticoncepção de emergência é um uso


alternativo de contracepção hormonal oral (tomado antes de 72 horas após o coito) evitando-se a
gestação após uma relação sexual desprotegida. Este método só deve ser usado nos casos de
emergência, ou seja, nos casos em que os outros métodos anticoncepcionais não tenham sido
adotados ou tenham falhado de alguma forma, como esquecimento, ruptura da caminsinha,
desalojamento do diafragma, falha na tabelinha ou no coito interrompido, esquecimento da
tomada da pílula por dois ou mais dias em um ciclo ou em caso de estupro. Este contraceptivo
contém o levonorgestrel, que é um tipo de progesterona. O levonorgestrel previne a gravidez
inibindo a ovulação, fertilização e implantação do blastocisto.

É importante esclarecer que essas não são pílulas de aborto


e não causam aborto, e elas não ajudarão se a mulher já
estiver grávida. Ela pode ajudar somente a prevenir a
gravidez. Esta medida tem causado vários efeitos colaterais e
não deve ser usada regularmente.

Um tablete original contém dois comprimidos. O primeiro comprimido deve ser tomado
no máximo 72 horas após a ocorrência de uma relação sexual desprotegida (nunca após esse
prazo). O segundo deve ser tomado 12 horas após o primeiro. Se ocorrer vômito, a dose deve ser
repetida.
Nem sempre surte resultados e pode ter efeitos colaterais intensos. Os sintomas mais
comuns são náusea, dores abdominais, fadiga, dor de cabeça, distúrbio no ciclo menstrual,
tontura, fragilidade dos seios, e, em casos menos comuns, diarréia, vômito e acnes.
Com efeito semelhante, podem ser utilizados quaisquer anticonceptivos hormonais orais
contendo apenas progesterona ou combinados, contendo 0,25 mg de levonorgestrel e 0,05 mg de
estinilestradiol (Evanor, Neovlar) ou contendo 0,15 mg de levonorgestrel e 0,03 mg de
etinilestradiol (Microvlar, Nordette).

Índice de falha:
Se usada até 24 horas da relação - 5 %.
Entre 25 e 48 horas - 15 %.
Entre 49 e 72 horas - 42 %.

Injetáveis: os anticoncepcionais hormonais injetáveis são anticoncepcionais


hormonais que contém progesterona ou associação de estrogênios, para
administração parenteral (intra-muscular ou IM), com doses hormonais de longa
duração.
Consiste na administração de progesterona isolada, via parenteral (IM), com
obtenção de efeito contraceptivo por períodos de 1 ou 3 meses, ou de uma
associação de estrogênio e progesterona para uso parenteral (IM), mensal.

Injeção mensal Injeção Trimestral

Quais as chances de que a injeção falhe?


A taxa de falha na injeção mensal varia de 0.1% a 0.6% ou seja, de cada mil mulheres que
usam durante um ano, de uma a seis engravidam. A taxa de falha da injeção trimestral é de 0,3%
ou seja, de cada mil mulheres que usam durante um ano, apenas três engravidam.

A injeção pode fazer mal para a saúde?

• Alterações do ciclo menstrual: pequeno sangramento nos intervalos entre as menstruações,


sangramento prolongado, e amenorréia (ausência de menstruação)
• Ganho de peso
• Dor de cabeça leve
• Vertigens

Outros métodos hormonais

IMPLANON (implante hormonal): microbastão de hormônio sintético similar à


progesterona, que é implantado no antebraço (com anestesia local) e inibe a ovulação. Dura três
anos.

Clique na figura para ver o filme


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Imagens: www.implanon.de/patient/ tx_faq_answ.htm


Filmes: www.villarsgyn.ch/ implanon.htm

Nuvaring®: é um anel vaginal contendo Etonogestrel e


Etinilestradiol que é colocado na vagina no 5º dia da menstruação,
permanecendo nesta posição durante três semanas.
A maior vantagem é que a mulher não precisará tomar a
pílula todo dia e nem esquecerá. Outra vantagem é que os
hormônios serão absorvidos diretamente pela circulação evitando
alguns efeitos colaterais desagradáveis da pílula oral.
NuvaRing® pode ser colocado com a mulher deitada, agachada, ou em pé.

O anel após ser retirado da embalagem deve ser flexionado conforme visto na figura.

A mulher deve introduzi-lo na vagina empurrando-o com o dedo até não senti-lo mais.

NuvaRing® após colocado não é sentido pela paciente.


A colocação é no 5º dia da menstruação e deve permanecer no local por 21 dias.
Para retirar o Nuvaring® basta inserir o dedo na vagina e puxar o anel.
Deverá ser feita uma pausa de 7 dias e NOVO anel deve ser utilizado por mais 21 dias.

Evra® (adesivo anticoncepcional): Foi lançado no Brasil em Março de 2003 o Evra®. O


Evra é um adesivo anticoncepcional que deve ser colado na pele, em diversos locais do corpo,
permanecendo na posição durante uma semana.
A maior vantagem é que a mulher não precisará tomar a pílula todo dia e nem esquecerá.
Outra vantagem é que os hormônios serão absorvidos diretamente pela circulação evitando
alguns efeitos colaterais desagradáveis da pílula oral.

Veja onde pode ser colocado o Evra:

A maior vantagem é que a mulher não precisará tomar a pílula todo dia e nem esquecerá.
Outra vantagem é que os hormônios serão absorvidos diretamente pela circulação evitando
alguns efeitos colaterais.

E) Métodos definitivos
Laqueadura tubária e Vasectomia: a esterilização (laqueadura tubária e vasectomia) um
método contraceptivo cirúrgico e definitivo, realizado na mulher através da ligadura ou corte
das trompas impedindo, o encontro dos gametas masculino e feminino e no homem, pela
ligadura ou corte dos canais deferentes (vasectomia), o que impede a presença dos
espermatozóides no líquido ejaculado. Quando houver indicação de contracepção cirúrgica
masculina e, principalmente, a feminina deve ser baseada em critérios rígidos, observando-se a
legislação vigente.

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