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IGREJA PRESBITERIANA DO JACAREZINHO

ESTUDO SOBRE O ARMINIANISMO


I - Introdução:
A proposta para nosso estudo é que tenhamos conhecimento sobre o arminianismo.
Percorreremos um pouco do caminho histórico vivido pelos personagens, quais foram às
discussões da época e quais as conclusões obtidas. Veremos, principalmente, os pontos
utilizados para combater o arminianismo e as bases bíblicas destes pontos, que foram
sustentadas pela igreja reformada da Holanda.

II – Como tudo começou


· Algumas igrejas dos países da Europa seguiam os ensinos de Lutero;
· Os protestantes dos Países Baixos, tanto no Sul (a atual Bélgica), como no norte (a
atual Holanda), seguiam o ensino de João Calvino;
· A igreja reformada (adotaram esse nome como forma simplificada), em torno de
1580 tornou-se a única reconhecida pelas autoridades civis da Holanda (as outras
eram toleradas);

III – A controvérsia e a convocação do Sínodo de Dort


· Jacobus Arminius (1560 a 1609), um teólogo holandês, pastor da Igreja Reformada
em Amsterdã, foi nomeado professor de teologia na Universidade de Leiden;
· Em 1604 Armínio apresentou uma tese sobre a predestinação e a eleição divina:
afirmava que o decreto de Deus significa que ele aceita em sua graça aqueles que se
arrependem e crêem;
· Franciscus Gomaro, também professor da Universidade, não concordou com a tese
de Armínio;
· A discussão saiu da Universidade e ganhou adeptos para os dois lados (havia grupo
arminianos e grupos gomaristas – igrejas arminianas e gomaristas. Uma era contra a
outra);
· A controvérsia era confessional, porque Gomaro e outros acusavam Armínio de
contradizer a Confissão Belga e o Catecismo e Heidelberg (oficial da Igreja Reformada
da Holanda);
· Armínio queria uma mudança na Confissão da Igreja e uma convocação do Sínodo.
Ele morreu algum tempo depois (1609), mas, seu adeptos (em 1610) publicaram “A
REMONSTRÂNCIA”(pleiteio, pedido), um manifesto, expondo o ponto de vista
teológico em 5 pontos:
1) Deus elegeu os que creriam;
2) O sacrifício de Cristo é para todos;
3) A fé é um dom da graça de Deus;
4) Esta graça pode ser rejeitada;
5) Também crentes podem causar a própria perdição;
· Os gomaristas publicaram a “CONTRA-REMONSTRÂNCIA”, com 7 pontos:
1) Deus escolhe alguns a fim de salvá-los por Cristo;
2) Este decreto também se aplica as crianças;
3) Aos eleitos Deus dá a fé;
4) Para eles é o sacrifício reconciliatório de Cristo;
5) O Espírito os renova;
6) O Espírito os guarda na fé;
7) Eles mostram gratidão através das obras;
· O Sínodo foi convocado por influência de Maurício de Orange, conde de Nassau
(ele passou a freqüentar a igreja gomarista, com toda a sua corte), que em 1617
desarmou as tropas dos magistrados arminianos e depôs as autoridades arminianas;
· Convocaram o Sínodo para a Cidade de Dort (uma das principais cidades da
Holanda e a província mais poderosa da República), com delegados eleitos por todos
os Sínodos Provinciais, em 1618, com 154 sessões, em sete meses;
· Havia 39 pastores e 19 presbíteros dos Sínodos Provinciais. Cada faculdades de
teologia das Universidades do país e cada seminário elegeu representante. Havia,
também, representantes de outras localidades;
· Os arminianos foram condenados e a comissão preparou o texto dos “cânones” ou
regra de doutrina, expondo a “doutrina reformada”, que foi aceita por todos os
delegados, na sessão plenária do dia 06 de maio de 1619;

IV – Importância doutrinária
O arminianismo coloca Deus em posição de dependência do homem. O resultado do
Sínodo de Dort não negligencia a responsabilidade humana, mas salienta a salvação pela
graça de Deus, como disse o apóstolo Paulo em Romanos 9.16: “assim, pois, não
depende de quem quer, ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia”. Há
quatro áreas importantes:
1) Para a teologia: quem é Deus? Ele é o soberano que escolhe pela graça, sem
depender de nenhuma condição humana (Gomaro). Armínio dizia que Deus
aguardava o ato do homem e dependia da fé (prevista) para escolher os que
acreditassem;
2) Doutrina sobre o homem: Armínio dizia que o homem poderia rejeitar o dom da
fé e que era responsável por sua salvação através da sua vontade. Gomaro dizia
que quando Deus concede o dom da fé o homem não pode e nem vai rejeitar esse
dom (não depende da vontade ou do consentimento humano);
3) A pregação: Armínio dizia que o homem tem condição de tomar decisão livre, pró
ou contra a salvação. A pregação só precisava persuadir o homem a aceitá-la.
Gomaro dizia que a pregação era uma ordem de Deus para que os ouvintes
cressem nas promessas firmes do Evangelho, na salvação do pecador pela graça
de Deus;
4) O trabalho pastoral: Gomaro dizia que todo o trabalho pastoral tinha que apontar
para a obra de Cristo como base da salvação e que Armínio estava errado em
achar que Deus escolhia as pessoas com base em sua fé prevista.

V – Ensinos arminianos e calvinistas


Os Cinco Pontos do Arminianismo
1. Vontade Livre;
2. Eleição condicional;
3. Expiação Universal;
4. A graça Pode Ser Impedida;
5. O Homem Pode Cair da Graça;
Os Cinco Pontos do Calvinismo
1. Depravação Total;
2. Eleição Incondicional;
3. Expiação Limitada;
4. Graça Irresistível;
5. Perseverança dos Santos;
1) Vontade Livre
Arminianismo - O homem é dotado de vontade livre. A queda do homem não foi total (foi
parcial) e restou nele bem suficientemente capaz de habilitá-lo a querer aceitar Cristo
como Salvador. O homem é autor do próprio arrependimento e da fé para a salvação,
uma vez que a vontade do homem (segundo o ponto de vista de Arminius) é uma das
causas de sua regeneração, isso se o homem desejar “livremente” cooperar com o
Espírito Santo (João 3.6; Atos 2.38; 16.31; Romanos 10.9; 1João 3.23);
1) Depravação Total
Calvinismo – A depravação do homem como resultado da queda é total. O homem não
possui “livre vontade” porque está escravizado ao pecado. Todos os homens neste mundo
nascem espiritualmente mortos em “delitos e pecados”. O homem é depravados no
sentido de estar morto, cego, surdo e incapaz de ser ensinado nas coisas de Deus (a
depravação atinge toda a humanidade: Romanos 3.11-12; 5.12; Jeremias 17.9;
Provérbios 20.9; nascidos espiritualmente mortos: Salmo 51.5; 58.3; João 3.3; Gênesis
8.21; Efésios 5.8; atraídos pelo mal: João 3.19; Efésios 2-2-3; o homem depravado é
indefeso ao ensino espiritual: 1Coríntios 2.14).
2) Eleição condicional
Arminianismo – Ensinava que a eleição estava baseada no pré-conhecimento de Deus
em relação àquele que deve crer. O ato de fé por parte do homem é a condição para ele
ser eleito para a vida eterna, uma vez que Deus previu que ele exercia livremente sua
vontade, num ato de volição positiva para com Cristo. O homem deve decidir-se por Cristo
e deixar que Cristo entre em seu coração, por que Deus não viola a vontade do homem,
dando-lhe vida ou abrindo-lhe o coração, se o homem não permitir (1Pe 1.2; Rm 11.2; Pv
3.5; Mc 1.15; 11.22; João 5.24);
2) Eleição incondicional
Calvinismo – A eleição está baseada inteiramente na livre vontade de Deus, desde que o
homem é incapaz de dar a vida a si mesmo, de abrir seus próprios olhos ou de ensinar a
si mesmo a verdade espiritual. Deus é quem toma a iniciativa de eleger e agir em favor do
homem. A obra da regeneração precede a fé e o arrependimento e, por isso, é obra de
Deus. Ele abre o coração do eleito e cria nele a capacidade de querer e de fazer o bem
que agrada a Deus, pois, de outra maneira, ninguém seria capaz de crer (é Deus quem
escolhe: Jo 15.16; At 13.48; Sl 65.4; Fp 2.13; a eleição é baseada no propósito de Deus:
Ef 1.11; 2Tm 1.9; conhecimento baseado no propósito de Deus: Rm 8.28; o homem sendo
incapaz Deus precisa tomar a iniciativa: Jo 6.44; Mt 11.27; Hb 12.2; At 16.14; Lc 17.5; a
vontade de Deus será realizada: Is 55.11);

3) Expiação universal
Arminianismo – Deus ama a todos e Cristo morreu por todos e de que o Pai não quer que
ninguém se perca. A morte de Cristo oferece a Deus base para salvar a todos, contudo,
cada homem deve exercer sua livre vontade para aceitar a Cristo (Jo 1.12; 1.29; 3.16;
1Pe 3.9; At 10.43);
3) Expiação Limitada
Calvinismo – Raciocina que se Cristo morreu por todos, todos serão salvos. Se só os
eleitos são salvos, então Cristo morreu só pelos eleitos. Ainda que seja verdadeiro que o
sangue de Cristo é suficiente, em valor, para expiar o pecador de todos os homens, é
claramente eficiente para aqueles que são salvos pelo favor imerecido de Deus (Cristo
morreu pelos eleitos: Jo 6.37; 14.15; Rm 5.8; 8.32; Gl 1.3-4; Ef 5.25; Cristo orou em favor
somente dos eleitos: Jo 17.9; por isso somente os eleitos são salvos: Mt 1.21; 2Pe 3.9; Cl
1.12-14; 2Ts 2.13;

4) A graça Pode Ser Impedida


Arminianismo – Afirma que à vontade de Deus é que todos os homens sejam salvos,
porém essa vontade de Deus pode ser obstruída ou resistida pelo homem, visto que ele
tem a faculdade de se autodeterminar (= de opor-se à vontade de Deus!). Uma vez que
Deus ama a todos os homens, indiscriminadamente, ele convida a todos os homens por
meio de seu Santo Espírito, procurando guiá-lo à fé em Cristo. A chamada do evangelho é
acompanhada pela graça suficiente e universal, porém essa graça não é irresistível,
porque pode ser obstruída ou resistida pela livre vontade do homem (Jo 1.2; 3.16, 18-21;
5.40; 8.45);
4) Graça Irresistível
Calvinismo – Crêem que é da vontade de Deus que sejam salvos somente aqueles que
Deus deu a seu amado Filho, desde a eternidade. Por isso, Deus certamente, em sua
graça soberana, agirá de tal modo que o eleito se voltará irresistivelmente para Cristo.
Deus não força os eleitos a confiarem em seu Filho, mas, ao invés disso, dá-lhes a vida.
O espírito humano morto tem a Satanás como irresistível; mas os espíritos humanos
vivificados (pela regeneração) têm ao Deus dos vivos como irresistível! Para os
calvinistas, pois, a regeneração (que é obra de Deus realizada no homem) deve preceder
o verdadeiro arrependimento e a fé (A vontade de Deus é irresistível: 4.33; Is 46.9-10;
55.11; Deus quer a salvação dos eleitos: Jo 6.37-39; Deus gerou àqueles que quis: Tg
1.18; Jo 1.13; consumou sua obra dando vida: Jo 5.21; Ef 2.4-5; At 11.18; a salvação é
eficazmente aplicada pelo Espírito Santo: Tt 3.5; 2Co 3.18; At 9.15);

5) O Homem Pode Cair da Graça


Arminianismo – Uma vez que a salvação resulta da autodeterminação do homem (que
exerce sua livre vontade para escolher a Cristo), ele é responsável por conservar-se
salvo, mantendo continuamente a fé e a obediência. Se ele, depois de ter aceitado a
Cristo uma vez, decidir contra Cristo e a vida eterna, rejeitando-os, ou deparar-se com a
responsabilidade de viver uma vida santa e, também, um grande encargo, e rejeitar tudo,
ele certamente “cairá da graça” e se perderá (Gl 5.4; Hb 6.4-6; 10.26-27);
5) Perseverança dos Santos
Calvinismo – A salvação é do Senhor e nenhuma parte dela depende de qualquer
condição da parte do eleito – pois depende totalmente de Deus que quer salvar àqueles
que ele deu a seu amado Filho. Por ser dádiva de Deus, a salvação nunca pode ser
perdida. Os santos de Deus certamente perseverarão até o fim, porque Deus lhes
prometeu que nenhum deles poderá ser arrebatado de suas mãos. Perseveraremos
porque Ele quer que perseveremos! (A perseverança depende de Deus: Jd 24; Ez 11.19-
20; 36.27; Dt 30.6; a perseverança não depende do eleito: 1Pe 1.5; 2Tm 1.12; 4.18; Deus
quer que os santos perseverem: Sl 37.28; 1Ts 5.14; Fl 1.6; portanto, a salvação não pode
ser perdida: Jo 6.39; 10.27-29; Rm 8.37-39).

VI – Conclusão
O Sínodo de Dort condenou os arminianos e formulou os cinco pontos do
calvinismo, combatendo os cincos pontos dos arminianos. Assim, a fé reformada se
posicionou reafirmando suas crenças nas Sagradas Escrituras e na soberania de Deus.
Por isso, devemos nos aprofundar ainda mais no estudo da Bíblia “para que não mais
sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo
vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro”
(Efésios 4.14). Conhecer a Palavra e a história da Igreja de Deus é tornar-se firme e
inabalável na fé em Cristo Jesus, nosso Senhor.

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