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TÍTULO: PROJETO: ARTES VISUAIS

AUTORES: Rosires de Andrade Carvalho D’Artes; Hugo Peregrino


INSTITUIÇÃO: UFPB
ÁREA TEMÁTICA: Cultura

APRESENTAÇÃO

Trata-se de uma ação cultural desenvolvida no Centro Cultural de São


Francisco desde o ano de 2000, com objetivo de difundir a produção artística atual,
provocando um diálogo entre a arte do passado e do presente, ali expostas, e contribuindo
para a formação de um público apreciador das mais variadas modalidades artísticas da arte
contemporânea.
Com o projeto Artes Visuais, o Centro sistematizou e organizou exposições
de arte contemporânea, criando uma regularidade de mostras de artistas estrangeiros e
nacionais, selecionados de forma democrática por critérios qualitativos. O visitante do
Centro Cultural pode, desta forma, apreciar além do monumento referencia do barroco, e da
significativa mostra permanente de arte popular brasileira, exposições periódicas de arte
contemporânea.

HISTÓRICO

O convento de Santo Antônio, com seus 400 anos de história, teve muitas funções e
utilizações. Há doze aos abriga o Centro Cultural de São Francisco, instituição que
funciona como centro irradiador de cultura seja ela popular ou erudita. Edificação
referência do barroco luso brasileiro, abriu desde o ano 2000 seus espaços expositivos para
a realização do Projeto Artes Visuais,. tem como diretor, neste período, o pesquisador de
história e doutor em Teologia, Pe Ernando Luiz Teixeira de Carvalho.
O Centro Cultural de São Francisco foi criado em 1990, ocupando o recém
restaurado complexo arquitetônico do Convento de Santo Antônio na Paraíba, em João
Pessoa, composto de cruzeiro, adro, igreja, capela dourada, casa de exercícios dos terceiros,
convento, sítio e a fonte de Santo Antônio.
Desde então, a Instituição vem desempenhando um importante e destacado papel no
cenário turístico-cultural paraibano e nacional, garantindo às mais de 200.000 pessoas que o
visitaram neste período, entre professores, estudantes, pesquisadores e turistas nacionais e
estrangeiros, o acesso público constante e o usufruto dos acervos e eventos aí realizados.
A administração do Centro Cultural de São Francisco tem sido exercida, desde sua
criação, com seriedade, competência e dedicação – marcas da equipe que faz a instituição, e
que tem sido fundamental para a preservação e ampliação do acervo, provimento e
melhoria das instalações e o desenvolvimento das atividades, tornando-o uma referência em
instituições culturais no Estado, com reconhecimento nacional.
Nos seus 12 anos de funcionamento, tem construído um perfil demarcado por uma
atuação que busca irradiar a cultura da Paraíba para além de seus muros. O Centro Cultural
de São Francisco tem se preocupado com a guarda, a preservação e ampliação de seus
acervos de arte sacra e popular, procurando dinamizar seu uso por meio de atividades
culturais e ações educativas de leitura do monumento, provocando diálogo entre as
produções artísticas das várias culturas brasileiras, em busca de reflexões sobre o tempo e a
vida no passado e no presente.
A demanda de pessoas que visitam e participam das atividades desenvolvidas na
instituição, tem aumentado consideravelmente ao longo do tempo – em 1990, quase 14.000
visitantes; já em 2000, são quase 30.000 visitantes ao ano (ver tabela em anexo). São
pessoas com os mais variados interesses, desde o simples observador, até o pesquisador do
monumento que busca também, a biblioteca, a oficina de restauração, ou ainda as escolas
que procuram envolver-se com a educação patrimonial. Para atender esta demanda faz-se
necessário manter e ampliar o programa de exposições de arte contemporânea, assim como
qualificar cada vez mais os serviços educacionais e culturais prestados pelo Centro Cultural
de São Francisco, em uma ação de educação continuada.
O presente Projeto ARTES VISUAIS 2003, a ser realizado no período de dezembro
do corrente ano a dezembro de 2003, pretende otimizar e qualificar as experiências
acumuladas no Centro Cultural de São Francisco no percurso destes 12 anos,
incrementando e consolidando os projetos em desenvolvimento, bem como as atividades e
serviços oferecidos ao público.
Integra, então, a presente proposta o Projeto ARTES VISUAIS, na sua quarta edição
em 2003, que conta com o apoio da Universidade Federal da Paraíba, e é voltado para a
promoção e a formação de um público para a arte atual. O Projeto já realizou, desde sua
primeira versão em 2000, 26 exposições, contando com a participação de mais de 80
artistas e/ou curadores e atingindo um público superior a 15.000 pessoas. Além das
exposições propriamente ditas, o Projeto ARTES VISUAIS tem realizado eventos que
visam potencializar e multiplicar sua ação, tais como: Encontros com artistas e curadores,
cursos e oficinas.
Os projetos desenvolvidos pelo Centro Cultural de São Francisco nas áreas de Artes
Plásticas, Ensino da Arte e Educação Patrimonial são iniciativas pioneiras no Estado, com
uma política democrática de divulgar a arte contemporânea e promover um diálogo entre as
artes, de forma permanente, por meio de exposições referenciais, programas de monitoria,
cursos e palestras.
O Projeto ARTES VISUAIS vem tendo alcance internacional, contando com
curadores como Sebastião Gomes Pedrosa e Maria do Carmo de Siqueira Nino (PE), Tereza
de Arruda (Alemanha), Divino Sobral (GO) e Ângela Almeida (RN), e artistas como José
Patrício (PE), Alex Cervany, José de Quadros e André Lenz (SP), Dyógenes Chaves, José
Rufino e Martinho Patrício (PB), Isabelle Borges (BA), Débora Steinhaus (RS), Luiz
Hermano e Luzia Simons (CE), Sidney Philocreon (PA), Ytfad Peled (SC), Carlos Sena
(GO) e Marília Diaz (PB/PR), entre tantos outros. Sua repercussão no âmbito nacional tem
garantido a indicação e convite à instituição para atuar em parceria com outras instituições
culturais, a exemplo do ITAÚ CULTURAL, no Programa RUMOS VISUAIS 2001/2002.
A coordenação do Projeto ARTES VISUAIS está a cargo da professora Rosires de Andrade
Carvalho (Depto. de Artes/UFPB) e do arquiteto Hugo Peregrino (PRAC/COEX/UFPB), e
sua produção conta com o envolvimento da equipe do Centro Cultural de São Francisco. A
edição do ano 2002 do Projeto, em realização, já conta com o incentivo do PROCULT, e
até o mês de julho produziu e realizou 5 exposições, atingindo um público superior a 2.000
visitantes.
Por todo o exposto, percebe-se a potencialidade existente na realização do Projeto
ARTES VISUAIS 2003 no Centro Cultural de São Francisco que, pela sua própria
localização – o conjunto franciscano da Paraíba, referência da arte barroca no Nordeste –
atrai e encanta mais ainda seus 30 mil visitantes anuais, ao propiciar o diálogo entre o
passado e o presente na arte.
Ocorre, que a continuidade, desenvolvimento, incremento e melhoria deste projeto e
atividades do Centro Cultural não podem depender apenas de escassos recursos próprios e
de apoios institucionais condicionados às disponibilidades financeiras, pois isto tem
limitado as ações, dificultado a atração de um maior número de visitantes e usuários e,
muitas vezes, impedido a realização de propostas mais arrojadas.
Assim, a aprovação da edição 2003 do Projeto ARTES VISUAIS, a ser realizado no
conjunto barroco franciscano da Paraíba, para incentivo pelo Programa Estadual de
Incentivo à Cultura – PROCULT, possibilitará a consolidação da proposta de tornar o
Centro Cultural de São Francisco um verdadeiro núcleo irradiador de cultura, tornando-se
uma ação efetiva e permanente de apoio ao desenvolvimento artístico e cultural do Estado.

CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS E CAMPO DE ATUAÇÃO

Esta denominação Artes Visuais vem renovar o conceito das Artes Plásticas, esta
caracterizada por sua formatividade e materialidade que, na concepção clássica, recebia a
denominação de Belas Artes (escultura, pintura, arquitetura) e Artes Decorativas/Utilitárias
ou Artes Menores.
Numa visão contemporânea procura-se reconhecer o valor artístico dos trabalhos
produzidos no tempo presente, independente de sua função ou do material em que é
elaborado. Considera - se o objeto meramente estético ou feito em série. Leva-se em conta
é sua força expressiva, revelada em sua maneira de formar, seja ela artesanal ou através de
processos industrializados e ou eletrônicos.
Beneficia as modalidades da maneira atual de compreender a arte, ampliando -se
para abrigar toda a produção contemporânea que provoca predominantemente a visão. São
aí elencadas: pintura, escultura, gravura, arquitetura, fotografia, vídeo, objetos, instalações,
perfomances ...
No modernismo existe uma interrelação entre criação e crítica, introjetando o artista
moderno no seu processo de criação, princípios, normas e canones de valores elaborados
criticamente.
Na “pós – modernidade” ou Idade Neo Barroco como denomina Omar Calabrase O
momento atual tem como pressuposto a transitoriedade, o pluralismo, a fragmentação, uma
vez que, neste caso, o artista não se fundamenta em regras pré-estabelecidas, em teorias e
manifestos, mas conforma suas próprias na construção de seu trabalho.
Com foco nas sociedades pós – industriais baseadas na informação, no consumo na
tecnologia em que a uma moral hedonista vem substituir os valores vigentes. Neste
contexto a relação entre crítica e obra torna–se ainda mais simbiótica. O artista não trabalha
com regras ou a partir delas, mas trabalha para construir estas regras a partir da construção
de seu objeto estético. Não é a opinião dos especialistas que valida a obra, mas a força do
paralogismo do inventor.
Causa estranheza uma instituição que, no domínio popular continua sendo chamada
de Igreja de São Francisco ou ainda Museu-Sacro, se preocupar em promover e divulgar a
arte contemporânea. Ao abrir seus espaços para a arte atual o Centro Cultural de São
Francisco se coloca de forma confortável e em sintonia com os novos paradigmas de
instituições que possuem acervos, cujos objetivos deixaram de ser o de meros guardadores
e conservadores, passando a se preocupar com sua dinamização e buscando a formação de
um público critico, apreciador de arte, aberto a várias leituras.
A proposta do Centro Cultural de São Francisco é bastante arrojada no sentido de
colocar no mesmo patamar produtos que, numa categorização mais acadêmica, estiveram
em patamares diferentes. Assim, objetos da Arte Popular encontram espaço na mostra
Brasil, Arte Popular Hoje e fazem parte do acervo, juntamente com o acervo de Arte Sacra,
representado na arquitetura, bens integrados e imaginária.

OBJETIVOS

GERAIS:
- promover e divulgar a produção artística atual;
- contribuir para a dinamização do patrimônio cultural da Paraíba;
- garantir o acesso democrático aos bens culturais, familiarizando os visitantes com
o universo das artes visuais.
ESPECÍFICOS:
- realizar o Projeto ARTES VISUAIS 2003, através da programação, seleção e
produção de mostras referenciais;
- oferecer aos estudantes da rede pública e privada de ensino a oportunidade de
apreciar exposições de arte contemporânea;
- contribuir para a formação de um público apreciador da arte;

ETAPAS DO PROJETO

O Projeto vem sendo desenvolvido em 4 etapas, a saber:

1ª - DIVULGAÇÃO DO REGULAMENTO
Nesta fase com a abertura do período de inscrições, geralmente, novembro/
dezembro, o projeto é divulgado pela mídia e através do envio do regulamento por mala
direta para artistas e instituições do Brasil e do exterior.
2ª - SELEÇÃO DAS PROPOSTAS
Após o termino das inscrições, é constituída a comissão de seleção e curadoria
composta por três especialistas na área, um representante do Setor de Arte e Cultura e um
representante da Direção do Centro.
3ª - DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS E CONFECÇÃO DA AGENDA
Os resultados são divulgados no máximo quinze dias após o término da seleção, por
meio de jornais e revistas e pelo correio. Em seguida organiza-se a agenda anual em acordo
com os participantes selecionados.
4ª - REALIZAÇÃO DAS EXPOSIÇÕES
A partir da agenda, inicia-se a produção das exposições; confecciona-se
periodicamente os convites, release, divulga-se pela imprensa e mala direta, monta-se a
exposição, organiza-se um debate com o artista, registra-se em foto e vídeo.

ABRANGÊNCIA GEOGRÁFICA E PÚBLICO-ALVO


• Público direto atingido estimado em 30.000 pessoas ao ano, composto de visitantes
estrangeiros, nacionais e locais, entre turistas, estudantes, professores, pesquisadores e
artistas, através do atendimento nos circuitos de visitação, atividades e projetos
desenvolvidos no Centro Cultural de São Francisco;
• Professores e estudantes do ensino fundamental, médio e superior, da rede pública e
particular, preferencialmente originados da Grande João Pessoa, do Estado da Paraíba e
estados vizinhos, através do atendimento nas diversas atividades e projetos educacionais;
• Instituições culturais do Estado e nacionais, em número de 190, através de
intercâmbio permanente pela remessa e recebimento de convites, material de divulgação e
da articulação de ações culturais conjuntas;
• Escolas do ensino fundamental e médio, da rede pública e particular da Grande João
Pessoa e do Estado da Paraíba, através do atendimento em visitas monitoradas agendadas;
• Artistas e curadores nacionais e estrangeiros, através da promoção, realização e
difusão de 9 exposições de arte contemporânea.

BENEFÍCIOS SÓCIO-CULTURAIS

• Garantia do acesso público e democrático aos 30.000 visitantes anuais, entre alunos
do ensino formal e informal, professores, artistas e pesquisadores, às ações e atividades
desenvolvidas no Centro Cultural de São Francisco;
• Garantia de uma ação cultural permanente de divulgação da produção artística
contemporânea.

RESULTADOS
Ano Quantidade
Exposições Artistas envolvidos Público
2000 11 38 4.710
2001 9 14 4.403
2002 (*) 7 17 4.319
(*) até novembro
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