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Questões tão claras de se fazerem mas tão difíceis de chegar a qualquer conclusão que me indique o
caminho certo a seguir.
Criatividade como é indicado num dicionário quer dizer "função da inteligência humana que torna o
homem superior ao que ele mesmo cria" e numa segunda instância é a "personalidade criadora
insuperável própria do homem" e noutro lado "a criatividade é um processo da qual emerge algo novo e
único, com significado para as pessoas".
Então siginifca que é uma capacidade única humana própria da nossa inteligência e que permite a
criação de algo que ultrapassa a própria condição humana?
E o que define ensinar? "Transmitir conhecimentos e competências a"; "doutrinar; instruir sobre" e
"indicar".
Definições e significados que sozinhos parecem fazer sentido. Mas como conjugar e conseguir a
transmissão de conhecimentos com aquisição desses conhecimentos com a possibilidade de fazer
emergir desse processo a hipótese nessa relação potenciar e possibilitar a criação de algo novo e único,
com significado para as pessoas.
?
transmitir conhecimentos
+
adquirir conhecimentos
=
criar algo novo e único
?
Penso que no processo de ensino-aprendizagem, a criatividade, pelo menos de forma teórica e escrita
nos diversos papeis que regulam o ensino, como conceito, está presente como ponto essencial na
caracterização do novo aluno e da nova pessoa que vai ser integrada na sociedade envolvente.
Mas como dar espaço à criatividade na sala de aula, em quais disciplinas ela poderá ser explorada e
trabalhada com os alunos? E qual é o processo a aplicar? Há fórmulas milagrosas que nos dirão o que
fazer perante a grande diversidade de algo tão subjectivo, como alunos em fase de crescimento e de
reconhecimento das suas vontades, dos seus ideias, dos seus gostos... Na descoberta de tudo. Desde o
seu corpo, o seu relacionamento com os outros e o seu papel neste mundo louco e cada vez mais em
constante evolução e movimento, que são martelados com "carradas" de informação através da
televisão e ainda mais pela internet...???
Como ser criativo e explorar a criatividade na sala de aula, se aos professores no seu percurso
preparativo para a docência não são facultadas ou pelo menos trabalhados processos criativos a
trabalhar na escola e com os seus alunos?
Aos professores, é-lhes muito difícil sair da rotina diária metodológica, pautada por catapultas de
matéria a debitar ao aluno. Quantas vezes surge um tema que poderia levar à exploração de respostas e
estimulação da imaginação do aluno e à qual não é possível dedicar pouco ou nenhum tempo porque se
não a matéria a dar fica atrasada e depois até ao teste intermédio ou exame final não ficam dados os
conteúdos programados?
Isto é mais evidente nas áreas disciplinares das línguas, ciências sociais e exactas.
Nas ditas áreas das expressões, como música, desenho, educação visual, teatro, tecnológica, haverá,
talvez ainda, uma possibilidade de nestas áreas explorar a criatividade, de debater ideias, de fomentar
ainda mais, e isso é importante, a interligação das diferentes disciplinas e de dar ao aluno a visão geral
de que quando mais o seu saber for alargado, melhor estará preparado para trabalhar numa
determinada área. Um bom deportista, será talvez melhor se entender melhor a física e a química
aplicada ao desporto; um bom físico será sempre melhor entender a sua língua materna; será-se melhor
escultor se perceber de anatomia ou de materiais... e por aí adiante....
Mas as disciplinas das ditas áreas de expressões são cada vez menos valorizadas, ainda há espaço para o
desporto, para a música, para o desporto, claro que com algumas "restrições" consoante as
possibilidades técnicas e financeiras existentes nas diferentes escolas.
No entanto, nas artes, é onde, parece-me a mim de um modo talvez mais evidente, muitas vezes o
conhecimento se revela interligado revelando os diferentes conhecimentos de outras disciplinas.
Pela minha pouca experiência, neste caso de leccionar uma disciplina, que aparentemente cada vez tem
menos importância, Educação Tecnológica, mas a qual consegue reunir os diferentes conhecimentos e
através da descoberta dos alunos na resolução de projectos e de trabalhos específicos revelar a
importância dos conhecimentos diversos apreendidos nas outras disciplinas (história, geometria,
matemática, física, química, materiais, etc).
Talvez, numa escola ideal, haveria tempo tanto para que aos alunos lhes fosse passada a informação de
cada disciplina, mas que ao mesmo tempo, existir também outras disciplinas ou áreas onde poderiam
explorar a sua capacidade imaginativa e criativa e exploratória do aluno em resolver certos problemas,
aos quais para buscar as suas respostas seria necessária recorrer transversalmente às diferentes
disciplinas e os conteúdos específicos ir procurar as suas possíveis respostas.
A criatividade, em grande escala para o comum dos mortais, significa que alguém nasce com uma certa
aptidão para uma área, são artistas. Uns nascem com uma sensibilidade para a música, outros para o
desenho, outros para a matemática, para física, para as letras, e por aí adiante.
Mas mais do que isso, penso que o ser criativo será talvez mais do que ser-se um "habilidoso" para
certas áreas, será o ter uma capacidade para analisar a realidade de uma forma diferente, de ver e
percepcionar o seu meio e de encarar os problemas com uma visão diferente das demais pessoas à sua
volta, das normas concebidas e estabelecidas.
No entanto, cada vez mais na nossa sociedade, a criatividade é cada vez mais valorizada. O indíviduo
será mais valorizada, quanto maior e melhor for o seu nível de adaptação ao seu meio e aos problemas
cada vez mais frequentes que tem que resolver tanto no seu mundo pessoal como no mundo
empresarial e de trabalho.
aprender aprender aprendizagem ensinar professor criar sonhar sonhar ensinar aprendizagem aprender
No fim, apesar de tudo, também nós (possíveis futuros docentes e formadores e transmissores de
informações e conhecimentos) temos que desenvolver a nossa criatividade para desenvolver a
criatividade dos nossos alunos.... Aprender a dar espaço aos alunos não só nas nossas salas de aulas,
mas também no recreio, nos intervalos e também nas suas casas e com o seu meio familiar.