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1 Introdução
Resumo
As transformações que presenciamos nas úl-
Este trabalho tem como objetivo apreender timas décadas demarcam novas configura-
na trajetória política do Presidente Luiz Iná- ções na prática política, as ações fogem da
cio Lula da Silva, particularmente nas cam- dicotomia esquerda-direita e no lugar des-
panhas eleitorais de 1989, 1994, 1998, 2002 tas políticas e da subordinação das vozes às
e 2006 os sentimentos e emoções aferidas mesmas, vem à tona o poder da opinião pú-
a cada performance, enquanto estratégia de blica. A própria esfera pública se entrelaça
campanha e constituição de sua própria ima- a esfera privada. Presenciamos o declínio
gem e da apropriação destes sentimentos das clivagens tradicionais; a queda das ati-
suscitados nos discursos de seus adversá- vidades convencionais partidárias; e o declí-
rios. Partindo da premissa de que a atuação nio dos partidos políticos. A relação dos ci-
∗
Jornalista – UEPB – Universidade Estadual da dadãos com o universo das questões políti-
Paraíba. Doutoranda em Ciências Sociais – UFCG cas agora se faz essencialmente através dos
– Universidade Federal de Campina Grande. Orien- meios de comunicação de massa, sobretudo
tadora: Profa Dra : Elizabeth Christina de Andrade
da mídia eletrônica.
Lima. Este trabalho foi realizado no âmbito da dis-
ciplina: Dominação, Resistência e Identidades. Profa As formas de representação nessa nova si-
Dra Marilda Menezes. tuação são reconfiguradas. A relação dos ci-
2 Ada Kesea Guedes Bezerra
dadãos com o universo das questões públi- tica”, além de outros estudos e pesquisas que
cas, o contato entre líderes políticos e eleito- abordam a temática, analisar as candidaturas
res e mesmo o processo de governo sentiram, do Presidente Luis Inácio Lula da Silva, ao
e muito, o impacto da evolução tecnológica longo de sua trajetória política no sentido de
da mídia. apreender a forma de apropriação e expres-
Mas a espetacularização no universo da são dos sentimentos disseminados em suas
política não constitui fenômeno recente, o campanhas e suscitados em seus eleitores.
caráter espetacular da política encontrou Este trabalho parte de algumas premis-
apenas novas formas e espaços para se mani- sas elementares percebidas em pesquisa re-
festar.Novos recursos, sobretudo midiáticos alizada anteriormente. 2 A primeira é a de
são apropriados na busca pela acumulação de que o conjunto das eleições diretas para Pre-
capital político. 1 sidente da República, de 1989, 1994, 1998
Apesar do impacto permanente dos pa- e 2002, cada uma com suas peculiaridades,
drões midiáticos, sobretudo televisivo no constituem o referencial ou modelo da forma
exercício da política, é no período de disputa, atual de como se realizam as disputas elei-
ou seja, nas eleições, que melhor se constata torais no Brasil. A segunda assume que ao
esta afirmação. Neste espaço de disputa pela longo das quatro disputas presidenciais, a
visibilidade pública, a persuasão do eleito- atuação de Lula foi se aperfeiçoando e par-
rado se faz através de novas formas de dis- ticularmente em 2002, a campanha foi estra-
cursos e artifícios com a utilização de ima- tegicamente construída para adaptar-se aos
gens, narrativas e discursos direcionados a recursos da imagem, da mídia e da própria
despertar emoções e sentimentos de adesão constituição do novo “fazer política” na atu-
ou rejeição aos candidatos. alidade. A terceira revela que cada “per-
Investigar a construção de imagens pú- formance” do então candidato se construía
blicas na política contemporânea pressupõe – por vezes adequadamente, outras vezes
entender as novas formas de configuração de maneira inapropriada – de acordo com
do campo político e de seu entrelaçamento o cenário político vigente e em consonân-
com a esfera midiática. Tal empreendimento cia com o “agendamento” apresentado pela
constitui meu objeto de estudo há quase meia mídia. Na campanha de reeleição de 2006
década e apreender nos discursos de campa- que não constituiu parte integrante desta pes-
nhas eleitorais as nuanças que revelam a ex- quisa também se insere na mesma perspec-
pressão e utilização dos sentimentos e emo- tiva.
ções na prática política contemporânea cons- Para este trabalho, no entanto, a finalidade
titui parte integrante deste exercício. é apreender nestas referidas disputas, os dis-
Com este texto, pretendo a partir de 2
A pesquisa foi realizada para composição da
uma releitura dos trabalhos de Irlys Alencar análise de conteúdo de minha dissertação de Mestrado
Firmo Barreira: “A Expressão dos Sentimen- intitulada: “Mídia e Política: Uma Análise da Cons-
tos na Política” e “Ritual e Símbolo na polí- trução da Imagem Pública de Lula nas Eleições Pre-
sidenciais de 2002”. Defendida em 05 de setembro
1
Ver em Bourdieu (1990), “A Representação po- de 2006, desenvolvida no PPGS da UFCG, Campina
lítica”. Grande.
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Sentimentos e emoções no espaço da política 3
cursos que suscitavam os sentimentos e emo- político existente em uma sociedade como a
ções aferidas a cada performance do então nossa”. 3
candidato, enquanto estratégia de campanha Nessa esfera de disputas simbólicas onde
e constituição de sua própria imagem e da a imposição de uma figura política depende,
imagem de seu partido. além de fatores externos, de sua aceitação ca-
rismática e passional por parte do eleitorado,
adquire relevância incontestável o apelo e
2 A campanha política como
utilização dos sentimentos e emoções nos
espaço de disputas simbólicas discursos e narrativas políticos.
O período de campanha eleitoral representa Vale destacar ainda o papel da mídia en-
mais do que um momento de jogos de estra- quanto espaço de disputa das trocas simbó-
tégia e táticas empregadas para alcançar a vi- licas. Mas se tomarmos a idéia de Barreira
tória, representa um evento catalisador de va- (2004) de que “o papel da imprensa como
lores sociais. Um campo fértil para analisar veículo difusor da imagem dos candidatos e
dimensões da vida cultural de uma dada so- lugar de registro das ocorrências de campa-
ciedade que se evidenciam explicitamente na nha nesse período, faz pensar sobre a expres-
circunstância eleitoral. Conforme Barreira são das emoções no espaço público”. É pre-
(1996), é no período eleitoral que determi- ciso considerar assim como a autora o fez, o
nadas ações sociais se evidenciam: pensamento de Sennet (1999) sobre a perda
de sentido da vida pública e supremacia do
Ocorre uma radicalização de imagens e per- espaço privado, isto segundo Sennet, produ-
sonagens que são contrapostas. (...) uma ziria uma “inversão de valores e papéis de-
campanha política é essencialmente conflito sempenhados por atores sociais”. Barreira
simbólico, cujas regras do jogo são a exacer- (2004) sintetiza a colocação do autor da se-
bação da diferença, o enaltecimento de ap- guinte forma:
tidões e a tentativa de apropriação de valo-
res que expressam o centro da vida social. A sociedade transformada em um grande
(BARREIRA, 1996, p. 10). sistema psíquico, na expressão de Sennet
(1999), realizaria uma travessia de códigos,
A autora ao analisar a presença de rituais em prestando credibilidade ao político pelo
e símbolos na política em momentos eleito- tipo de homem que é e não por ações ou pro-
rais, apresentou a partir da observação de re- gramas que defende. Uma figura pública,
portagens, vídeos, entrevistas, fotografias e no contexto de um espaço público esvazi-
livros a simbologia, a construção de símbo- ado, deveria apresentar aos outros “aquilo
los e rituais contidos e expressos na “Cara- que sente”, sendo essa representação sobre
vana da Cidadania”, evento crucial da can- seu sentimento o móvel que suscitaria credi-
didatura de Lula para a disputa presidencial bilidade. O enfraquecimento dos papéis pú-
blicos, finalmente, converteria o discurso po-
de 1994. Neste estudo, fica evidente a “in-
teração que faz convergir os temas da ordem 3
Ver em BARREIRA (1996, p. 10). “Ritual e
da cultura e política, do espaço das crenças e Símbolo na Política”. Cadernos Ceru – Série 2, no 7,
da troca efetiva que se estabelece no contrato 1996.
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4 Ada Kesea Guedes Bezerra
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Sentimentos e emoções no espaço da política 5
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Sentimentos e emoções no espaço da política 7
em sua forma disciplinar” referente à impo- mum sempre imergiu como atestado de com-
sição adequada da imagem do político no ce- promisso com os menos favorecidos.
nário e a legitimação da candidatura. No jogo de interesses e conflitos que
acompanham as candidaturas de Lula, atra-
É possível distinguir, no âmbito das classi- vés das campanhas eleitorais do PT (Partido
ficações sobre os sentimentos, aqueles con- dos Trabalhadores) no HGPE e ao longo de
siderados positivos e outros como negati- sua trajetória política, procurou-se desper-
vos, tendo por base situações nas quais eles tar à sua identificação nos setores populares.
despertariam adesão, rejeição ou constrangi-
Embora contada com nuanças diferentes em
mento. Não por acaso, a serenidade nos de-
cada pleito, sua história de cidadão comum
bates entre concorrentes precisa ser dosada
por um mediador capaz de impedir a emer-
veio a firmar a essência da imagem do per-
gência de conflitos radicais. Do lado dos can- sonagem político.
didatos, a performance no uso da voz e das Quanto a sua trajetória política, esta tam-
atitudes em geral, exige dos profissionais do bém repercutiu de forma específica em cada
marketing o aconselhamento sobre o controle disputa, mas sempre cercada de símbolos, ri-
adequado das emoções. (BARREIRA, 2004, tuais, discursos e imagens perpassados por
P. 81). sentimentos.
Em 1989, após quase trinta anos de di-
Neste sentido, é possível afirmar que a atu- tadura militar, o país adquirira o direito de
ação de Luis Inácio Lula da Silva, ao longo voto para escolher o presidente da Repú-
de sua trajetória política, esteve perpassada blica e pela primeira vez na história de um
por sentimentos distintos oscilando entre os país governado tradicionalmente por Mare-
positivos e negativos entre os que suscita- chais, Promotores, e Generais, um operário
vam adesão ou rejeição e mesmo constran- sem formação superior se candidata e quase
gimento. é eleito, superando Brizola na briga para en-
Nas cinco campanhas em que lançou can- frentar Fernando Collor de Mello, sentiu pró-
didatura, Lula foi apresentado ao público ximo o gosto da vitória ao ser cotado como
eleitor a partir de duas narrativas principais; eleito pelas pesquisas de intenção de voto,
a de sua história de vida pessoal e a de sua conquistou 31 milhões de votos, mas per-
atuação no cenário político brasileiro. deu para Collor por apenas 5 pontos percen-
Sua trajetória pessoal como menino pobre, tuais. Foi nesta disputa que pela primeira
retirante nordestino, metalúrgico, sindica- vez a saga do retirante nordestino, operário,
lista, sem formação superior, representante cidadão comum brasileiro foi contada atra-
de uma classe social desfavorecida, o prole- vés da campanha eleitoral dos programas de
tariado, constituiu significado primordial em HEGTV (Horário Eleitoral Gratuito de Tele-
suas campanhas. Porém, com um tom di- visão), para todo o país.
ferente daquele adotado pela imprensa, nos Neste pleito, a imagem de Lula era de um
programas exibidos no HGPE de suas can- líder radical de esquerda e defensor do re-
didaturas, destacam-se incessantes tentativas gime socialista: “nem os limites institucio-
de transformar atributos negativos em positi- nais, nem os não institucionais, podem de-
vos. Neste caso, sua biografia de cidadão co- terminar nosso programa partidário e nossos
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objetivos históricos de construir uma socie- vida. Todo trabalhador sonha poder comprar
dade socialista”. (Trecho de documento do um presente de natal para o seu filho, ... po-
PT na primeira campanha eleitoral). O tema der, no dia da criança, por menor que ele seja,
central da campanha foi “Sem medo de ser dar um presente a seus filhos. Esse é um so-
feliz”. As mensagens veiculadas continham nho, esse é um sonho pequeno, ... que não
um forte teor ideológico e o apelo aos sen- é nada para quem trabalha a vida inteira, ...
timentos eram suscitados desde o slogan de que não deveria ser nada para quem trabalha
240 horas por mês, ... para quem trabalha sol
campanha. O cerne da candidatura de Lula
a sol e por que não podem fazer isso/ por que
em 1989 é o escopo de reunir os segmentos
é que não podem? Exatamente porque o sis-
populares e estabelecer uma divisão nítida de tema que predomina nesse país é um sistema
representantes, de um lado, os partidos de es- capitalista arcaico onde meia dúzia pode tudo
querda defendendo os interesses populares e e a maioria não pode nada. (Lula em comer-
do outro, seus adversários representantes das cial exibido no HGPE).
elites e dos grandes empresários. Era susci-
tado ainda o sentimento de divisão de classe Onde tiver um terreno vazio o trabalhador
social, a revolta do setor proletário e o espí- sem moradia deve invadir (Lula em comí-
rito de mudança. cio, apresentado no Programa Rede Povo, do
Os discursos eram inflamados e as ima- HGPE, sobre a reforma agrária).
gens utilizadas para a composição dos pro-
gramas do HGPE eram repletas de aforismos Com estes discursos, Lula era apresentado
e simbologias que retomavam até mesmo os como única alternativa de mudança. É possí-
sentimentos vivenciados na luta contra a di- vel perceber o apelo às emoções. Um episó-
tadura militar. O clima apresentado em seus dio de grande repercussão da campanha foi o
vídeos era de insatisfação e procurando inci- último debate promovido pela Rede Globo,
tar a “tomada de decisão” por parte da classe que levou ao ar uma edição do debate, apre-
trabalhadora. sentando os melhores momentos de Collor e
os piores momentos de Lula. 8 Neste epi-
A nossa classe dominante é hipócrita, a nossa sódio, o então candidato petista mostrou-se
classe dominante não chegou ainda na Re- em alguns momentos sem o equilíbrio emo-
volução Francesa, que foi feita há 200 anos cional necessário e segurança nas respostas.
atrás. Na hora de ganhar dinheiro eles são Este evento sinaliza também como os senti-
modernos e querem dinheiro como empresá- mentos são apropriados enquanto estratégia
rios do século 21. Na hora de pagar salários, do jogo político.
eles pagam como empresários do século pas-
sado. (Lula em comercial exibido no HGPE). Os sentimentos integram uma retórica de
conteúdos performáticos com poderes de
Todo trabalhador quer ter o direito a um em- 8
prego,... ter direito a uma casa,... ter direito Ver em “O ataque articulado dos barões da im-
prensa: a mídia na campanha presidencial de 1989”
à alimentação necessária, ... ter direito a es-
In: a síndrome da antena parabólica – ética no jor-
cola, todo trabalhador sonha com o filho ser nalismo brasileiro de Bernardo Kucinski, São Paulo,
doutor, ... em poder dar a sua família o me- Editora Fundação Perseu Abramo, 1998. p. 105 –
lhor possível, com relação às condições de 113.
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Sentimentos e emoções no espaço da política 9
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Sentimentos e emoções no espaço da política 11
Neste pleito o discurso adotado foi o da “Enquanto eles (PSDB) fazem a campanha
esperança, da mudança e sem propaganda do medo eu faço a da esperança” (OESP,
negativas a campanha foi direcionada a des- 16/10/2002).
construir o discurso do medo e do precon- Durante toda a campanha petista a fina-
ceito. lidade era desconstruir o discurso do medo
Alguns autores 10 afirmam que a mídia, so- que acompanhou toda a trajetória do partido
bretudo a televisiva se apresentou mais im- e do seu candidato a presidência. O desafio
parcial na campanha de 2002 e promoveu para a campanha do PT em 2002 consistia,
uma visibilidade jamais vista nas campanhas portanto em (re) construir a imagem pública
presidenciais. As principais revistas de cir- de Lula conferindo-lhe credibilidade e com-
culação nacional: Veja, Isto É e Época, trou- petência, de maneira que esta favorecesse a
xeram em suas páginas durante todo o pe- superação do medo e a possibilidade da vi-
ríodo de campanha matérias sobre os episó- tória. Lula deveria personificar neste pleito
dios de campanhas. Era comum perceber a esperança da mudança, mas a partir de um
a expressão e evocação dos sentimentos até itinerário novo e seguro. Habilidade de ne-
mesmo nos títulos das matérias: “Por que gociação e competência seriam atributos ne-
Lula assusta o mercado”. Matéria de capa cessários para substituir à anterior imagem
da revista Veja de 22 de maio de 2002; “O de radical e de despreparo administrativo.
Brasil pode virar uma Argentina?”. Maté- Já sua candidatura à reeleição em 2006, o
ria de capa da revista Veja de 19 de junho discurso revelava uma outra realidade, após
de 2002; “Lula não assusta mais – com a a vitória em 2002, o medo, o preconceito não
proposta de um capitalismo humanizado, o assolavam mais a figura do Presidente. A
candidato petista ganha elogios da imprensa finalidade era superar as denúncias e casos
conservadora estrangeira, é aprovado no de- de corrupção dentro do governo. Recuperar
bate da Rede Bandeirantes e é aplaudido na a imagem do PT enquanto partido de “es-
Fiesp e na Bovespa, onde antes era um sapo querda” e atestar a lisura do Presidente em
difícil de engolir”. Matéria de capa da Isto É relação aos casos de corrupção e recuperar
de 14 de agosto de 2002; “O que querem os a confiança do eleitorado. A mudança tam-
radicais do PT – Entre os petistas, 30% são bém não fazia mais parte do discurso. Pela
de alas revolucionárias. Ficaram silenciosos primeira vez a idéia de continuidade se fez
durante a campanha. Se Lula ganhar, vão presente no discurso do petista. Uma modi-
cobrar a fatura. O PT diz que não paga”. ficação no lugar de fala e de atuação polí-
Matéria de Veja de 23 de outubro de 2002. tica levou a uma mudança de discurso para-
Lula em entrevista concedida ao jornal O lelo ao cuidado em manter a identidade do
Estado de São Paulo, em 16 de outubro de Presidente-candidato.
2002, após a repercussão causada pelo de- Não constitui objetivo deste trabalho iden-
poimento da atriz Regina Duarte, desabafa: tificar os fatores determinantes da derrota de
10
Lula em suas primeiras candidaturas bem
Os autores que apresentam esta perspectiva são:
Rubim (2002), Luiz Felipe Miguel (2002) entre ou- com suas vitórias em 2002 e 2006, igual-
tros. mente não se pretende aqui assinalar as as-
sertivas ou falhas das campanhas petistas,
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12 Ada Kesea Guedes Bezerra
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Sentimentos e emoções no espaço da política 13
SCHWARTZENBERG, Roger-Gérard. O
Estado espetáculo. Rio de Janeiro: Di-
fel, 1978.
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