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TEXTO COMPLEMENTAR DE CIÊNCIAS

Turma: 8º ANO Data: Valor: pts Pontos obtidos

Professor (a) : Wagner


Aluno:
www.escolacrista.com.br
escolacrista@blogspot.com.br
Ass.dos pais :

Versículo:

BOTULISMO
O botulismo é uma intoxicação alimentar pouco comum e potencialmente letal causada pelas
toxinas produzidas pela bactéria Clostridium botulinum. Essas toxinas são os venenos mais potentes
que se conhece e podem produzir danos graves dos nervos e músculos. Como elas produzem
lesões nervosas, são denominadas neurotoxinas.
A classificação médica do botulismo é feita de acordo com a sua origem. O botulismo de origem
alimentar é resultante da ingestão de alimentos contaminados. O decorrente de uma ferida é
resultante de uma ferida contaminada. O botulismo do lactente também é decorrente da ingestão
de alimentos contaminados e afeta lactentes.

Causas
A bactéria Clostridium botulinum forma esporos. Como as sementes, os esporos podem
permanecer em um estado de latência durante muitos anos e são muito resistentes à destruição.
Em condições ideais (presença de umidade e de nutrientes e ausência de oxigênio), os esporos
começam a crescer e produzem uma toxina. Algumas toxinas produzidas pelo Clostridium botulinum
são proteínas altamente tóxicas que resistem à destruição por parte das enzimas protetoras do
intestino. Quando o alimento contaminado é consumido, a toxina penetra no organismo pelo sistema
digestivo, causando o botulismo alimentar.
As conservas caseiras são a fonte mais frequente do botulismo, embora alimentos comerciais
tenham sido responsáveis em cerca de 10% dos surtos.
Os vegetais, os peixes, as frutas e os condimentos são as fontes alimentares mais comuns. A carne
bovina, os laticínios, a carne suína e de aves e outros alimentos também foram responsabilizados
por casos de botulismo. O botulismo devido a uma ferida ocorre quando esta é contaminada pelo
Clostridium botulinum. No interior da lesão, as bactérias produzem uma toxina que é então absorvida
para o interior da corrente sanguínea e produz os sintomas.
O botulismo do lactente ocorre mais frequentemente em lactentes com dois a três meses. Ao
contrário do botulismo alimentar, ele não é causado pela ingestão da toxina pré-formada, mas é
resultante da ingestão de alimentos que contêm esporos, que desenvolvem-se no intestino do
lactente produzindo toxinas.
A causa da maioria dos casos é desconhecida, mas alguns deles foram relacionados ao consumo de
mel. O Clostridium botulinum é comum no meio ambiente e muitos casos podem ser decorrentes da
ingestão de pequenas quantidades de poeira ou de terra.

Sintomas
Os sintomas manifestam-se subitamente, comumente 18 a 36 horas após a entrada da toxina no
organismo, embora eles possam manifesta-se 4 a 8 horas após a entrada da toxina.
Quanto maior for a quantidade de toxina que entra no organismo, mais precoce será a manifestação
da doença. Geralmente, os indivíduos que adoecem nas 24 horas que sucedem a ingestão do
alimento contaminado apresentam um quadro mais grave. Os primeiros sintomas comumente
incluem a boca seca, a visão dupla, a ptose palpebral e a incapacidade de focar objetos próximos.
As pupilas não contraem normalmente quando expostas à luz durante o exame oftalmológico,
inclusive podendo não contrair em absoluto. Em alguns indivíduos, os primeiros sintomas são a
náusea, o vômito, as cólicas estomacais e a diarréia. Outros indivíduos não apresentam esses
sintomas gastrointestinais, principalmente aqueles que apresentam o botulismo devido a uma
ferida. O indivíduo afetado apresenta dificuldade de fala e de deglutição.
A dificuldade de deglutição pode levar à aspiração de alimentos e à pneumonia aspirativa. Os
músculos dos membros superiores e inferiores e os respiratórios apresentam uma fraqueza
progressiva à medida que os sintomas avançam gradualmente, de cima para baixo.
A incapacidade dos nervos para funcionar adequadamente afeta a força muscular, apesar da
sensibilidade ser preservada. Apesar da gravidade dessa doença, o estado mental geralmente
permanece inalterado. Em aproximadamente dois terços dos casos de botulismo do lactente, a
constipação é o sintoma inicial.
Em seguida, ocorre a paralisia dos nervos e músculos, começando na face e na cabeça e atingindo
finalmente os membros superiores, os membros inferiores e os músculos respiratórios. Os nervos de
um dos lados do corpo podem ser mais lesados que os do outro lado. Os problemas variam de uma
letargia discreta e um tempo prolongado para se alimentar até a perda acentuada do tônus muscular
e a incapacidade de respirar adequadamente.

Diagnóstico
No botulismo alimentar, o padrão característico do comprometimento nervoso e muscular pode
levar o médico a estabelecer o diagnóstico. No entanto, os sintomas são frequente e
equivocadamente considerados como devidos a causas mais comuns de paralisia como, por
exemplo, um acidente vascular cerebral.
Uma provável origem alimentar provê uma pista adicional. Quando o botulismo ocorre em duas ou
mais pessoas que consumiram o mesmo alimento preparado no mesmo lugar, o diagnóstico torna-se
mais fácil, mas ele somente é confirmado através da detecção da toxina no sangue ou da cultura de
fezes positiva para a bactéria.
A toxina também pode ser identificada no alimento suspeito. A eletromiografia (um exame que
analisa a atividade elétrica dos músculos) revela contrações musculares anormais após a
estimulação elétrica em quase todos os casos de botulismo.
O diagnóstico de botulismo devido a uma ferida é confirmado quando a toxina é encontrada no
sangue ou quando uma cultura de amostra de tecido da ferida é positiva para a bactéria. A
identificação da bactéria ou de sua toxina em uma amostra das fezes do lactente confirma o
diagnóstico do botulismo do lactente.

Prevenção e Tratamento
Os esporos são altamente resistentes ao calor e podem sobreviver à cocção por várias horas.
Contudo, as toxinas são destruídas imediatamente pelo calor e, consequentemente, o cozimento do
alimento a 80 °C durante 30 minutos previne o botulismo alimentar.
O cozimento dos alimentos imediatamente antes de seu consumo quase sempre previne a
ocorrência de botulismo alimentar, mas os alimentos cozidos de modo inadequado podem causá-lo
quando guardados após a cocção. As bactérias podem produzir algumas toxinas em temperaturas
baixas de até mesmo 3°C, a temperatura usual de um refrigerador.
É essencial que o acondicionamento de alimentos (caseiros ou comerciais) seja adequado, assim
como o aquecimento dos alimentos enlatados utilizados em casa antes de serem servidos.
Os alimentos enlatados que apresentam qualquer evidência de deterioração podem ser letais e
devem ser descartados. Além disso, as latas inchadas ou com vazamentos devem ser
imediatamente descartadas. O mel não deve ser dado a crianças com menos de 1 ano, pois ele
pode conter esporos.
Mesmo quantidades mínimas de uma toxina que penetra no organismo por meio da ingestão, da
inalação ou da absorção pelo olho ou de uma solução de continuidade cutânea podem causar uma
doença grave.
Por essa razão, todo alimento que possa estar contaminado deve ser descartado imediatamente e
com cuidado. O indivíduo deve evitar o contato com a pele e as mãos devem ser lavadas
imediatamente após a manipulação do alimento.
Um indivíduo com suspeita de botulismo deve procurar um hospital imediatamente.
Frequentemente, o tratamento é iniciado antes dos resultados de exames estarem disponíveis.
De qualquer modo, eles devem ser solicitados para confirmação do diagnóstico. Para livrar o
organismo de qualquer toxina não absorvida, o médico pode induzir o vômito, realizar uma lavagem
gástrica e pode administrar um laxante para acelerar a passagem do conteúdo intestinal.
O maior perigo do botulismo é o comprometimento respiratório. Os sinais vitais (pulso, frequência
respiratória, pressão arterial e temperatura) são controlados regularmente.
Caso ocorram problemas respiratórios, o indivíduo deverá ser transferido para uma unidade de
terapia intensiva e pode ser mantido temporariamente sob ventilação mecânica. A terapia intensiva
reduziu a taxa de mortalidade por botulismo de aproximadamente 70% no início deste século para
menos de 10% atualmente.
A alimentação parenteral (por via venosa) também pode ser necessária. A antitoxina botulínica não
reverte o dano causado, mas pode retardar ou inclusive interromper a deterioração física e mental, o
que permite que o corpo vá se recuperando espontaneamente ao longo dos meses.
Assim que o diagnóstico for estabelecido, a antitoxina botulínica é administrada o mais rapidamente
possível, pois a probabilidade de êxito é maior quando ela é administrada nas primeiras 72 horas
após o início dos sintomas. Atualmente, a antitoxina botulínica não é recomendada no tratamento do
botulismo do lactente, mas a sua eficácia para esse tipo de botulismo vem sendo estudada.
Fonte: mmspf.msdonline.com.br

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