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1. Considerações Iniciais
As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real deverão promover o levantamento e a avaliação dos seus
estoques ao final de cada período de apuração, observando que a avaliação se dará:
a) ao final de cada trimestre, no caso de apuração trimestral do Imposto de Renda;
b) ao final do ano-calendário, no caso de apuração anual do Imposto de Renda;
c) na data do Balanço ou Balancete, para as pessoas jurídicas que optarem pela apuração anual e suspenderem
ou reduzirem o pagamento do Imposto de Renda durante o ano-calendário.
2. Obrigatoriedade de Avaliação das Mercadorias para Revenda e das Matérias-primas
Conforme dispõe o item II do art. 183 da Lei nº 6.404/76, as mercadorias, as matérias-primas e os bens em
almoxarifado serão avaliados pelo custo de aquisição.
Os bens de revenda e os ingredientes de produção, adquiridos de terceiros, devem ser avaliados:
a) pelas pessoas jurídicas que mantenham inventário permanente:
a.1) pelo custo médio ponderado; ou
a.2) pelo custo das aquisições mais recentes;
b) pelas pessoas jurídicas que não mantenham inventário permanente:
b.1) pelos últimos custos de aquisição, segundo inventário físico (PN CST nº 6/79).
2.1. Períodos de apuração
As pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real deverão apurar o Imposto de Renda por períodos trimestrais,
encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário,
observando-se que:
a) nos casos de incorporação, fusão ou cisão, a apuração da base de cálculo e do imposto devido será efetuada
na data do evento;
b) nos casos de pagamento do imposto por estimativa, a pessoa jurídica fica obrigada à apuração do lucro real
em 31 de dezembro de cada ano ou na data do evento nos casos de extinção, liquidação, cisão e incorporação (§
1º do art. 220 e parágrafo único do art. 221 do RIR/99).
2.2. Pagamento do imposto mensal por estimativa
A pessoa jurídica que optar pelo pagamento mensal do imposto por estimativa e resolver levantar balanço ou
balancete mensal e apurar o lucro real para suspender ou reduzir o Imposto de Renda deverá promover, ao final de
cada período de apuração, levantamento e avaliação dos estoques.
Ressalte-se que, embora haja a obrigatoriedade de efetuar o levantamento e avaliação dos estoques existentes, está
dispensada a escrituração do Livro Registro de Inventário (art. 12 da IN SRF nº 93/97).
2.3. Pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido ou optantes pelo SIMPLES
Conforme determina o inciso II, parágrafo único do art. 190 e o inciso II do art. 527 do RIR/99, as pessoas jurídicas
optantes pela tributação do Imposto de Renda com base no lucro presumido, assim como as Microempresas e as
Empresas de Pequeno Porte que estão enquadradas no regime do SIMPLES, ficam obrigadas a proceder ao
levantamento e à avaliação dos estoques em 31 de dezembro de cada ano-calendário.
3. Avaliação dos Estoques de Mercadorias e Matérias-primas
As mercadorias, as matérias-primas, os bens de revenda e os ingredientes de produção serão avaliados pelo custo de
aquisição. O valor dos bens existentes no encerramento do período-base poderá ser o custo médio ou das últimas
aquisições.
3.1. Composição do custo de aquisição
O custo de aquisição de mercadorias destinadas à revenda é composto pela soma do valor pago pela mercadoria, do
valor do transporte, do seguro até o estabelecimento do adquirente, dos tributos não recuperáveis pagos na aquisição
ou importação, os gastos com o desembaraço aduaneiro, e a contribuição ao FUNRURAL devida pelo produtor
rural, quando a pessoa jurídica adquirente tenha assumido o ônus do seu pagamento (art. 289 do RIR/99).
Não são computados no custo de aquisição os impostos recuperáveis pagos na aquisição dos bens.
Relativamente aos impostos importa observar que não são recuperáveis quando o adquirente dos bens não pode se
creditar do imposto por meio de escrituração fiscal, assim, temos que:
a) Imposto sobre Circulação Mercadorias e Serviços (ICMS) - no caso de estar incluído no preço pago, e se não
for recuperável fiscalmente, deve integrar o custo de aquisição, entretanto, se for recuperável não integrará o
custo de aquisição;
b) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) - no caso de o adquirente ser indústria, não compõe o custo de
produção, se, entretanto, o adquirente for comerciante varejista ou atacadista não equiparado à indústria, o IPI
comporá o custo de aquisição;
c) Imposto de Importação (II) - compõe o custo do produto em razão de não ser recuperável.
3.2. Frete cobrado como despesa acessória
As despesas de frete e seguro cobradas como despesa acessória ou mesmo quando pagas a transportador
independente e a empresa seguradora compõem o custo das mercadoria e matérias-primas.
3.3. Custo de importação de mercadorias e matérias-primas
O custo de aquisição de mercadorias ou matérias-primas importadas diretamente pela empresa compreende, além do
valor da operação cambial, frete, seguro e impostos não recuperáveis, todos os demais gastos com o desembaraço
aduaneiro.
Para facilitar o controle das importações é recomendável que, para cada importação de mercadorias ou matérias-
primas, seja aberta uma conta específica de importação em andamento para receber os débitos de todas as despesas
incorridas, tais como despesas de fretes, seguros, comissões, despesas bancárias, despesas com desembaraço
aduaneiro e aquisição de moeda estrangeira.
Não é demais observar que, por ocasião do recebimento das mercadorias ou matérias-primas, o saldo da conta
"Importação em Andamento" deverá ser transferido para a conta de estoque que abriga os referidos bens.
No caso de o contrato de importação previr o pagamento a prazo, o valor a pagar, expresso em moeda estrangeira,
deverá ser convertido em reais com base na taxa cambial (para venda) vigente na data do desembaraço aduaneiro.
Observe-se que a variação cambial incorrida até a data da entrada dos bens no estabelecimento do adquirente deverá
compor o custo de aquisição e o ajuste das variações cambiais apuradas. A partir dessa data será contabilizado como
despesa financeira.
4. Critérios de Avaliação de Estoque
Conforme dispõe o art. 295 do RIR/99, os estoques existentes na data do encerramento do período de apuração
poderão ser avaliados pelo custo médio ponderado, móvel ou fixo, (observando que o custo médio fixo será apurado
ao final de cada mês) ou pelo custo dos bens adquiridos ou produzidos mais recentemente (PEPS, Primeiro a Entrar,
Primeiro a Sair) sendo admitida, ainda, a avaliação com base no preço de venda, subtraída a margem de lucro.
4.1. Apuração do custo médio
A avaliação pelo custo médio consiste em avaliar o estoque pelo custo médio de aquisição apurado em cada entrada
de material ponderado pelas quantidades adicionadas e pelas anteriormente existentes (PN CST nº 6/79).
Exemplo 1:
Admitindo que, no período de um mês, a empresa XYZ teve a seguinte movimentação no estoque de mercadoria, a
saber:
• em 1º/10 - compra de 300 unidades ao custo unitário de R$ 250,00;
• em 10/10 - compra de 200 unidades ao custo unitário de R$ 255,00;
• em 15/10 - venda de 200 unidades;
• em 20/10 - compra de 100 unidades ao custo unitário de R$ 265,00;
• em 25/10 - venda de 140 unidades.
4.1.1. Média ponderada (móvel)