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INTRODUÇÃO
Os medicamentos, de uma forma geral, são administrados com o objetivo de levar um
efeito benéfico ao paciente. Geralmente isto acontece na tentativa de resolução de algum
problema orgânico. A droga é administrada conforme indicação médica e está ligada diretamente
ao problema do paciente. Pode também ser usada na profilaxia de alguns problemas que
poderiam vir a acontecer com o paciente.
Seja qual for a intenção da administração de medicamentos, a grande maioria das drogas
apresenta algum efeito colateral. Podemos dizer, então, que drogas ou medicamentos produzem
efeitos benéficos, o que é o objetivo da sua administração, mas também podem causar efeitos
maléficos, os chamados efeitos colaterais.
Todos os medicamentos têm o que se chama, em um curioso eufemismo, de “efeito
secundário” e “contra-indicação”. Há de se ter cautela na administração dos medicamentos,
observando seus efeitos benéficos, efeitos secundários e contra-indicações. Assim, pode-se
avaliar a eficácia do medicamento para determinado paciente (DUPUY & KARSENTY, 1979).
É importante o saber técnico para se executar a implementação terapêutica, bem como o
saber teórico, necessário para reconhecer problemas relacionados à terapêutica medicamentosa.
Em se tratando de Unidades de Terapia Intensiva, alguns fatos, como gravidade e
instabilidade do quadro clínico apresentado pelo paciente, quantidade e diversidade de drogas
prescritas, o próprio estresse do ambiente, falta de recursos humanos e, em alguns casos, o
despreparo do funcionário, interferem na administração de medicamentos. Com isso, a assistência
perde qualidade e o paciente padece com os erros. Infelizmente, pode-se afirmar que este tipo de
iatrogenia é freqüente em muitos hospitais, o que acarreta sérias conseqüências para o paciente,
o profissional e a instituição.
Frente aos diversos problemas relacionados à administração de medicamentos, destacam-
se dois que se relacionam de forma direta ao volume de diluição e à velocidade de administração
de cada medicamento: o surgimento de hipervolemia e flebites.
Relacionado ao volume de diluição, pode surgir a hipervolemia. Este estado é decorrente
do excessivo ganho de líquidos pelo paciente, ou seja, a perda de líquidos é muito inferior ao
ganho. Como problemática ao paciente, surgem a sobrecarga cardíaca e o edema pulmonar,
principalmente nos pacientes cardiopatas e nefropatas.
O excesso do volume de líquidos pode estar relacionado à simples sobrecarga hídrica ou à
diminuição da função dos mecanismos homeostáticos responsáveis pela regulação do equilíbrio
hídrico (SMELTZER & BARE, 2002)
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1- Qualidade na aparência pessoal: é imprescindível para que o cliente sinta segurança, além
do comportamento educado e gentil, é importante o cuidado com os cabelos, unhas, barba e
uniforme.
Lembre-se que o aspecto humano conta muito na nossa atividade e nossa apresentação também
significa respeito ao cliente.
2 - Ambiente: a sala de aplicação deve ser bem iluminada (luz natural ou branca), ventilada (veja:
um local mal ventilado pode proporcionar a absorção de partículas dos medicamentos usados, ou
facilitar a contaminação do aplicador, pois, se está junto de pessoas com diferentes enfermidades,
inclusive as infecto-contagiosas).
3 - Limpeza: absolutamente limpa (deve ser feita a limpeza e posterior desinfecção com álcool 70,
água sanitária ou outro bom desinfetante), todos os dias; o balcão onde é feito o preparo da
injeção deve ser desinfetado após cada aplicação. A limpeza inclui o chão, balcões e paredes da
sala de aplicação - é muito desagradável perceber respingos de líquidos nas paredes (por sinal,
essas perdas prejudicam a ação do medicamento, pois não é aplicada a quantidade necessária, e
revelam falta de cuidado e de técnica).
4 - Móveis e utensílios: a sala deve possuir pia com torneira, balcão com gavetas (separado da
pia), cadeira e suporte de braços, lixeira com tampa (acionada por pedal), suporte para papel
toalha, pois a toalha de pano torna-se um veículo de recontaminação das mãos, além de um anti-
séptico (álcool 70, por ex.), um recipiente com tampa para o algodão, e caixas próprias para o
descarte dos materiais perfuro-cortantes.
Tenha na sala de aplicação, todo o material necessário: seringas, agulhas, algodão, todos
guardados de forma organizada, nas gavetas do balcão. É embaraçoso quando, com um cliente
na sala, precisamos abrir a porta para pegar algo que não estava ali. a mão, no momento.
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5 - Lavagem das mãos: é um procedimento tão importante que deve merecer atenção especial. A
lavagem correta vai diminuir a quantidade de microorganismos existentes nas mãos, reduzindo
consideravelmente o risco de contaminação do nosso cliente. As mãos devem ser lavadas à vista
do cliente, ensaboando bem as mesmas, entre os dedos e os pulsos (antes de começar a esfregá-
las, lave primeiro o sabonete). Após a lavagem, deve-se enxugá-las, iniciando-se pelas pontas
dos dedos e, por último, os pulsos. Após a aplicação da injeção, devemos lavar novamente as
mãos. Cuidado com as escovinhas para unhas, na pia! Elas ficam logo sujas, apresentando
pontos pretos de bolor. É melhor nem mantê-las na sala. Além do mais, as unhas devem estar
bem cortadas, o que dispensa o uso de escovinhas.
6 - Preparo do medicamento: antes de tudo, devemos estar bem seguros com relação à
prescrição médica, tendo plena certeza do tamanho da seringa e agulha utilizadas, da quantidade
e dosagem a ser aplicada e da via de administração (se é uma injeção IM, IV, etc.).
Vamos:
a - abrir a embalagem da seringa e movimentar o êmbolo, para lubrificar o interior da mesma,
tornando mais fácil a aspiração do medicamento;
b - recolocando a seringa sobre sua embalagem fazer a desinfecção da ampola com algodão
embebido em solução anti-séptica, abrindo-a em seguida com os dedos polegar e indicador da
mão direita (tenha o cuidado de envolvê-la com algodão ou gaze, para não se cortar). Retirar o
protetor da agulha, deixando-o sobre a embalagem da seringa;
c - aspirar o conteúdo da ampola, segurando-a com os dedos indicador e médio da mão esquerda;
com os dedos polegar, anular e/ou mínimo da mesma mão, segurar a seringa, introduzindo-a na
ampola e ir, aos poucos, inclinando ampola e seringa até que todo o líquido tenha sido aspirado.
d - Lembre-se: em nenhum momento seus dedos devem tocar a agulha ou partes da seringa que
tenham contato com o medicamento ou a pele do cliente:
e - retirar o excesso de ar da seringa, e, se houver bolhas, bater levemente sobre elas com a
ponta do dedo, para deslocá-las;
f- se formos retirar o conteúdo de um frasco ampola, devemos retirar o lacre médico e desinfetar a
tampa de borracha. Homogeneizar o medicamento (pó + liquido), girando o frasco suavemente
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entre as mãos, e, introduzir a agulha na rolha do frasco, fazendo a aspiração do mesmo como foi
explicado no item c).
g- Usar duas agulhas, uma para aspirar o líquido e outra para a aplicação (esse cuidado visa
evitar o entupimento da agulha, ou desconforto para o cliente, pois a agulha, depois de introduzida
na rolha de borracha, fica "rombuda", e machuca o local da aplicação). Para facilitar a aspiração
do líquido, podemos primeiro aspirar um pouco de ar na seringa e introduzi-lo no frasco, retirando,
em seguida, o conteúdo do frasco.
Durante o preparo do medicamento, não se deve falar, pois isso pode contribuir para a
contaminação do líquido estéril.
SALA DE VACINA
Descrição do Processo:
É de responsabilidade do profissional de enfermagem da sala de vacina:
1. Fazer leitura de termômetros de máxima e mínima e momento do refrigerador (geladeira e
refrimed) pelo menos três vezes ao dia, no início de cada jornada de trabalho (manhã e tarde) e a
terceira antes do fechamento da unidade, e anotando em impresso próprio (mapa de controle
diário). Comunicar qualquer alteração de temperatura ao Enfermeiro.
2. Organizar a sala;
3. Realizar limpeza concorrente (com água e sabão nas superfícies e após realizar desinfecção
com álcool a 70%) no início do plantão;
4. Solicitar a realização diária de limpeza concorrente e quinzenalmente limpeza terminal;
5. Transferir as vacinas de uso diário da geladeira de estoque para refrimed ou caixa de isopor
com termômetro de cabo extensor;
6. No início de cada plantão repor a sala com os materiais necessários para o atendimento;
7. Executar imunização, conforme normas de procedimentos técnicos registrando o procedimento
em instrumento próprio;
8. Realizar solicitação de vacina conforme calendário, com avaliação do Enfermeiro;
9. Realizar consolidado mensal de doses aplicadas de vacina e encaminhar a à Vigilância
Epidemiológica;
10. Realizar convocação de faltosos mantendo arquivo organizado;
11. No final do dia devolver as vacinas da refrimed para a geladeira;
12. Realizar limpeza de geladeira mensalmente antes da chegada do recebimento dos
imunobiológicos ou quando a espessura de gelo no congelador estiver a 2 cm
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REGRAS GERAIS
1. A princípio, todo medicamento deve ser prescrito pelo médico;
2. Nunca administrar medicamentos sem rótulo e de origem duvidosa;
3. Verificar a data de validade do medicamento;
4. Interar-se sobre as diversas drogas, para conhecer cuidados específicos e efeitos colaterais:
- melhor horário;
- formas de diluição e tempo de validade do medicamento;
- ingestão com água, leite, sucos;
- antes, durante ou após as refeições ou em jejum;
- incompatibilidade ou não de mistura de drogas;
5. Tendo dúvidas sobre o medicamento, não administrá-lo;
6. Manter controle rigoroso sobre medicamentos disponíveis;
7. Ler atenciosamente a bula é fundamental;
8. É bom salientar que os produtos veterinários não possuem o mesmo controle higiênico-
sanitário, quando comparados aos produtos destinados ao consumo humano, portanto devem ser
evitados.
Escolha da agulha
Para aplicar com agulha ideal, deve-se levar em consideração: o grupo etário, a condição
física individual e a solubilidade da droga a ser injetada.
Conduta na Superdosagem
Na eventualidade da administração de doses muito acima das preconizadas, recomenda-
se adotar as medidas habituais de controle das funções vitais
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
Administração de medicamentos é um dos deveres de maior responsabilidade do
profissional. Requer conhecimentos de farmacologia e terapêutica médica no que diz respeito à
ação, dose, efeitos colaterais, métodos e precauções na administração de drogas.
REGRAS GERAIS
VIA PARENTERAL
É a administração de drogas ou nutrientes pelas vias intradérmica (ID), subcutânea (SC),
intramuscular (IM), intravenosa (IV) ou endovenosa (EV).
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Embora mais raramente e reservadas aos médicos, utilizam-se também as vias intra-
arterial, intra-óssea, intratecal, intraperitonial, intrapleural e intracardíaca.
Existe uma fundamental diferença entre a VIA ENTERAL, em que o medicamento é
introduzido no aparelho digestivo e a VIA PARENTERAL. Nesta, as substâncias são aplicadas
diretamente nos tecidos através de injeção, com emprego de seringas, agulhas, cateteres ou
hipospray (pistolas de vacinação pressurizadas para injetar de forma intravenosa ou subcutânea
diversas substâncias num paciente).
VANTAGENS
Absorção mais rápida e completa.
Maior precisão em determinar a dose desejada.
Obtenção de resultados mais seguros.
Possibilidade de administrar determinadas drogas que são destruídas pelos sucos digestivos.
DESVANTAGENS
Dor, geralmente causada pela picada da agulha ou pela irritação da droga.
Em casos de engano pode provocar lesão considerável.
Devido ao rompimento da pele, pode ocorrer o risco de adquirir infecção.
Uma vez administrada a droga, impossível retirá-la.
REQUISITOS BÁSICOS
Drogas em forma líquida. Pode estar em veículo aquoso ou oleoso, em estado solúvel ou
suspensão e ser cristalina ou coloidal.
Soluções absolutamente estérieis, isentas de substâncias pirogênicas.
O material utilizado na aplicação deve ser estéril e descartável, de preferência.
A introdução de líquidos deve ser lenta, a fim de evitar rutura de capilares, dando origem a
microembolias locais ou generalizadas.
1. Infecções:
Podem resultar da contaminação do material, da droga ou em conseqüência de condições
predisponentes do cliente, tais como: mau estado geral e presença de focos infecciosos.
As infecções podem ser locais ou gerais.
Na infecção local, a área apresenta-se avermelhada, inturnescida, mais quente ao toque e
dolorida.
Além disso, pode haver acumulo de pus, denominado abscesso.
Pode aparecer também fleimão ou flegmão, que é uma inflamação piogênica, com infiltração e
propagação para os tecidos, caracterizando-se pela ulceração ou supuração.
Além das infecções locais em casos mais graves, a infecção pode generalizar-se, aparecendo
então a septicemia: infecção generalizada, conseqüente à pronunciada invasão na corrente
sangüínea por microorganismos oriundos de um ou mais focos nos tecidos, e possivelmente, com
a multiplicação dos próprios microorganismos no sangue.
2. Fenômenos alérgicos:
Os fenômenos alérgicos aparecem devido à susceptibilidade do indivíduo ao produto usado para
anti-sepsia ou às drogas injetadas.
A reação pode ser local ou geral, podendo aparecer urtcária, edema, o Fenômeno de Arthus ou
mesmo choque anafilático.
O Fenômeno de Arthus é uma reação provocada por injeções repetidas no mesmo local,
caracterizada pela não absorção do antígeno, ocasionando infiltração, edema, hemorragia e
necrose no ponto de inoculação.
No choque anafilático aparece a dilatação geral dos vasos, com congestionamento da face,
seguida de palidez, alucinações, agitação, ansiedade, tremores, hiperemia, cianose, edema de
glote, podendo levar à morte.
4. Embolias:
Resultam da introdução na corrente sangüínea de ar, coágulos, óleos ou cristais de drogas em
suspensão. É um acidente grave conseqüente da falta de conhecimento e habilidade do
profissional.
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Pode ser devido à falta de aspiração antes de injetar uma droga, introdução inadvertida de ar,
coágulo, substância oleosa ou suspensões por via intravenosa, ou à aplicação de pressão muito
forte na injeção de drogas em suspensão ou oleosas, causando a rutura de capilares, com
conseqüente microembolias locais ou gerais.
5. Traumas:
Podemos dividi-los em trauma psicológico e trauma tissular.
No trauma psicológico, o cliente demonstra medo, tensão, choro, recusa do tratamento, podendo
chegar à lipotimia. O medo pode levar à exagerada contração muscular, impedindo a penetração
da agulha, acarretando acidentes ou a contaminação acidental do material.
É sempre de grande importância orientar o cliente, e acalmá-lo, antes da aplicação. Nos casos
extremos, esgotados os recursos psicológicos, faz-se necessária uma imobilização adequada do
cliente, a fim de evitar outros danos.
Os traumas tissulares são de etiologias diversas, podendo ser conseqüentes à agulha romba ou
de calibre muito grande, que causa lesão na pele ou ferimentos, hemorragias, hematomas,
equimoses, dor, paresias, parestesias, paralisias, nódulos e necroses, causando por técnica
incorreta, desconhecimento dos locais adequados para as diversas aplicações, falta de rodízio
dos locais de aplicação ou variações anatômicas individuais.
MATERIAL
Bandeja contendo: Seringas e agulhas esterilizadas. O ideal é usar material descartável.
Algodão.
Recipiente com álcool a 70%.
Serrinha, se a ampola não for semi-serrada.
Garrote.
Medicamento prescrito.
Saco para lixo.
ÁREA DE APLICAÇÃO
Na face interna do antebraço ou região escapular, locais onde a pilosidade é menor e
oferece acesso fácil à leitura da reação aos alérgenos.
A vacina BCG intradérmica é aplicada na área de inserção inferior do deltóide direito.
MATERIAL
Bandeja contendo: Seringa especial, tipo insulina ou vacina.
Agulha pequena: 13 x 3,8 ou 4,5.
Etiqueta de identificação
Saco plástico para lixo.
MÉTODO
Lavar as mãos.
Preparar o medicamento, conforme técnica anteriormente descrita.
Explicar ao paciente o que vai fazer e deixá-lo em posição confortável e adequada.
Expor a área de aplicação.
Firmar a pele com o dedo polegar e indicador da mão não dominante.
Com a mão dominante, segurar a seringa quase paralela à superfície da pele (15") e com o bisel
voltado para cima, injetar o conteúdo.
Retirar a agulha, sem friccionar o local, colocar algodão seco somente se houver sangramento ou
extravasamento da droga.
Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem.
Providenciar a limpeza e a ordem do material.
Lavar as mãos.
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OBSERVAÇÕES
A injeção ID geralmente é feita sem anti-sepsia para não interferir na reação da droga.
A substância injetada deve formar uma pequena pápula na pele.
A penetração da agulha não deve passar de 2 mm (somente o bisel).
ÁREAS DE APLICAÇÃO
Os locais mais adequados para aplicação são aqueles afastados das articulações, nervos
e grandes vasos sangüíneos:
- partes externas e superiores dos braços;
- laterais externas e frontais das coxas;
- região gástrica e abdome (hipocondrio D e E);
- nádegas;
- costas (logo acima da cintura).
Obs.: Na aplicação de injeções subcutâneas o paciente pode estar em pé, sentado ou deitado,
com a área bem exposta.
Não se deve aplicar:
- nos antebraços e pernas;
- nas proximidades do umbigo e da cintura;
- próximo das articulações;
- na região genital e virilha.
MATERIAL
Bandeja contendo:
Seringa especial de 0,5 a 1 ml (seringa para insulina).
Agulhas pequenas 13 x 3,8 ou 4,5.
Álcool a 70%.
Algodão.
Etiqueta de identificação.
Saco plástico para lixo.
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MÉTODO
Lavar as mãos.
Preparo da medicação conforme técnica anteriormente descrita.
Explicar ao paciente o que vai fazer e deixá-lo confortável, sentado ou deitado.
Expor a área de aplicação e proceder a anti-sepsia do local escolhido.
Permanecer com o algodão na mão não dominante.
Segurar a seringa com a mão dominante, como se fosse um lápis.
Com a mão não dominante, fazer uma prega na pele, na região onde foi feita a anti-sepsia.
Nesta prega cutânea, introduzir a agulha com rapidez e firmeza, com ângulo de 90º (perpendicular
à pele).
Aspirar para ver se não atingiu um vaso sanguíneo, exceto na administração da heparina.
Injetar o líquido vagarosamente.
Esvaziada a seringa, retirar rapidamente a agulha, e com algodão fazer ligeira pressão no local, e
logo após, fazer a massagem. Para certos tipos de drogas, como a insulina e a heparina, não é
conveniente a massagem após a aplicação, para evitar a absorção rápida.
Observar o paciente alguns minutos, para ver se apresenta alterações.
Providenciar a limpeza e a ordem do material.
Lavar as mãos.
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Fonte: www.diabetesbrasil.org
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Obs.: Quando a mistura de insulina regular (R) for feita com insulina lenta (L), a aplicação deve
ser feita imediatamente.
OBSERVAÇÕES
Não utilizando a agulha curta, a angulação será de 45º para indivíduos normais, 90º para
obesos e 15º para excessivamente magros.
A diluição das drogas deve ser feita com precisão e segurança. Na dúvida, não aplicar.
Na aplicação da heparina subcutânea:
a) para evitar traumatismo do tecido, não é recomendado aspirar antes de injetar a medicação;
b) para evitar absorção rápida da medicação, não se deve massagear o local após a aplicação.
Na aplicação de insulina, utilizar a técnica do revezamento, que é um sistema padronizado
de rodízio dos locais das injeções para evitar abscessos, lipodistrofias e o endurecimento dos
tecidos na área da injeção.
LOCAIS DE APLICAÇÃO
Na escolha do local para aplicação, é muito importante levar em consideração:
a) a distância em relação a vasos e nervos importantes;
b) musculatura suficientemente grande para absorver o medicamento;
c) espessura do tecido adiposo;
d) idade do paciente;
e) irritabilidade da droga;
f) atividade do cliente;
São indicadas, para aplicação de injeção intramuscular as seguintes regiões:
a) região deltoidiana - músculo deltoíde.
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b) região ventro-glútea ou de Hachstetter - músculo glúteo médio.
c) região da face ântero-lateral da coxa - músculo vasto lateral (terço médio).
d) região dorso-glúteo - músculo grande glúteo (quadrante superior externo).
ESCOLHA DO LOCAL
Embora existam controvérsias, segundo CASTELLANOS a ordem de preferância deve ser:
1º) Região ventro-glútea (VG): indicada em qualquer idade.
2º) Região da face ântero-lateral da coxa (FALC): contra-indicada para menores de 28 dias e
indicada especialmente para lactentes e crianças até 10 anos.
3º) Região dorso-glútea (DG): contra-indicada para menores de 2 anos, maiores de 60 anos e
pessoas excessivamente magras.
4º) Região deltoidiana (D): contra-indicada para menores de 10 anos e adultos com pequeno
desenvolvimento muscular.
OBSERVAÇÕES
Em nosso meio, a região FALC é usada também para recém-nascidos e a região DG também
para menores de 2 anos.
Na escolha do local, devem ser consideradas as condições musculares.
Escolha da agulha
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Para aplicar com agulha ideal, deve-se levar em consideração: o grupo etário, a condição física do
cliente e a solubilidade da droga a ser injetada.
Angulação da agulha
Nas regiões D e DG, a posição é perpendicular à pele, num ângulo de 90º.
Na região VG, recomenda-se que a agulha seja dirigida ligeiramente à crista iliaca.
Na região FALC o ângulo deve ser de 45º, em direção do pé.
MÉTODO
Preparar o medicamento conforme técnica descrita.
Levar o material para perto do paciente, colocando a bandeja sobre a mesinha.
Lavar as mãos.
OBSERVAÇÕES
Em caso de substâncias oleosas, pode-se aquecer um pouco a ampola para deixá-la menos
densa.
Em caso de substância escura, puncionar com seringa em medicação e aspirar. Não vindo
sangue, adaptar a seringa com a medicação e injetar.
Caso venha sangue na seringa, retirar imediatamente e aplicar em outro local.
Injeções de mais de 3 ml. não devem ser aplicadas no deltóide.
Região deltóide – de 2 a 3 mililitros
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Região glútea – de 4 a 5 mililitros
Músculo da coxa – de 3 a 4 mililitros
Estabelecer rodízio nos locais de aplicação de injeções.
O uso do músculo deltóide é contra-indicado em pacientes com complicações vasculares dos
membros superiores, pacientes com parestesia ou paralisia dos braços, e aquelas que sofreram
mastectomia.
MÉTODO
Puxar a pele e o tecido subcutâneo para um lado (uns 2 cm) e manter assim até o final da
aplicação.
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Com a outra mão, inserir a agulha, aspirar com a ajuda dos dedos polegar e indicador e empurrar
o êmbolo com o polegar.
Retirar a agulha e só então liberar a mão não dominante, deixando o tecido subcutâneo e a pele
voltarem ao normal.
INJEÇÃO IM
Locais de Aplicação, Delimitação da área e Posição do Cliente
1. Deltoidiana (D) Face lateral do braço, aproximadamente 4 dedos abaixo do ombro, no centro do
músculo deltóide. Preferencialmente sentado, com o antebraço flexionado, expondo
completamente o braço e o ombro.
2. Dorso-glutea (DG) Dividir o glúteo em 4 partes e aplicar no quadrante superior externo. Deitado,
em decúbito ventral, com a cabeça de preferência voltada para o aplicador - a fim de facilitar a
observação de qualquer manifestação facial de desconforto ou dor durante a aplicação. Os braços
devem ficar ao longo do corpo e os pés virados para dentro.
Deve-se evitar aplicações na região DG com o cliente em decúbito lateral, pois nessa posição há
distorção dos limites anatômicos, aumentando a possibilidade de punções mal localizadas. A
posição do cliente em pé também deve ser evitada, pois há completa contração dos músculos
glúteos nesse decúbito. A contração pode ser atenuada solicitando ao cliente que flexione
levemente a perna em que será aplicada a injeção. No caso de crianças, especialmente as
agitadas, há necessidade de uma contenção firme, sendo recomendado o auxílio da mãe,
colocando a criança em decúbito ventral no colo, segurando os braços com as mãos e colocando
as pernas da criança entre suas pernas, firmando bem.
3. Ventro-glútea (VG) Colocar a mão não dominante no quadril do paciente, espalmando a mão
sobre a base do grande trocanter do fêmur, localizando a espinha iliaca ântero-superior. Fazer a
injeção no centro da área limitada pelos dois dedos abertos em V. Nesse local não é necessária
posição especial. No entanto, especialmente no caso de principiantes a delimitação da área é
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facilitada com o paciente em decúbito lateral. Se a musculatura do paciente estiver tensa, a flexão
dos joelhos auxilia no relaxamento.
4. Músculo vasto lateral da coxa (FALC) Dividir a coxa em 3 partes e fazer a aplicação na região
ântero-lateral do terço médio. De preferência, o paciente deve ficar sentado, com a perna fletida,
ou deitado em decúbito dorsal, com as pernas distendidas.
FINALIDADES
Obter efeito imediato do medicamento.
Administração de drogas, contra-indicadas pela via oral, SC, IM, por sofrerem a ação dos sucos
digestivos ou por serem irritantes para os tecidos.
Administração de grandes volumes de soluções em casos de desidratação, choque, hemorragia,
cirurgias.
Efetuar nutrição parenteral.
Instalar terapêutica com sangue e hemoderivados.
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LOCAIS DE APLICAÇÃO
Quaisquer vias acessíveis, dando-se preferência para: Veias superficiais de grande calibre da
dobra do cotovelo: cefálica e basílica.
Veias do dorso da mão e antebraço.
MATERIAL
Bandeja contendo: Seringas de preferência de bico lateral.
Agulhas tamanhos 25 x 7 ou 8 ou 30 x 7 ou 8.
Algodão e álcool a 70%.
Garrote.
Toalha, papel-toalha, plástico ou pano para forrar o local da aplicação.
Etiqueta ou cartão de identificação.
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Luvas de procedimento.
Saco plástico para lixo.
MÉTODO
Lavar as mãos.
Preparar a injeção conforme técnica já descrita.
Levar a bandeja para perto do paciente.
Deixar a bandeja na mesa-de-cabeceira e preparar o paciente: explicar o que vai fazer; expor a
área de aplicação, verificando as condições das veias; colocar o forro para não sujar o leito.
Calçar as luvas.
Garrotear sem compressão exagerada, aproximadamente 4 dedos acima do local escolhido para
a injeção. Em pacientes com muitos pêlos, pode-se proteger a pele com pano ou com a roupa do
paciente.
Fazer o paciente abrir e fechar a mão diversas vezes e depois conservá-la fechada, mantendo o
braço imóvel.
Fazer a anti-sepsia ampla do local, com movimentos de baixo para cima.
Fixar a veia com o polegar da mão não dominante.
Colocar o indicador da mão dominante sobre o canhão da agulha, e com os demais dedos,
segurar a seringa. O bisel da agulha deve estar voltado para cima.
Se a veia for fixa, penetrar pela face anterior. Se for móvel, penetrar por uma das faces laterais,
empurrando com a agulha até fixá-la.
Evidenciada a presença de sangue na seringa, pedir para o paciente abrir a mão e retirar o
garrote.
OBSERVAÇÕES
Não administrar drogas que contenham precipitados ou flóculos em suspensão.
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Para administrar dois medicamentos ao mesmo tempo, puncionar a veia uma vez, usando uma
seringa para cada droga. Só misturar drogas na mesma seringa se não existir contra-indicação.
Usar só material em bom estado: seringa bem adaptada, agulha de calibre adequado.
Mudar constantemente de veia.
A presença de hematoma ou dor indica que a veia foi transfixada ou a agulha está fora dela:
retirar a agulha e pressionar o local com algodão. A nova punção deverá ser feita em outro local,
porque a recolocação do garrote aumenta o hematoma.
Acidentes locais:
-Esclerose da veia por injeções repetidas no mesmo local.
-Necrose tecidual: devido a administração de substâncias irritantes fora da veia.
-Hematomas: por rompimento da veia e extravasamento de sangue nos tecidos próximos.
-Inflamação local e abscessos: por substâncias irritantes injetadas fora da veia ou falta de
assepsia.
-Flebites: injeções repetidas na mesma veia ou aplicação de substâncias irritantes.
VENÓCLISE
É a introdução de grande quantidade de líquido, por via endovenosa.
LOCAIS DE APLICAÇÃO
De preferência veias que estejam distantes de articulações, para evitar que com o movimento a
agulha escape da veia.
MATERIAL
Bandeja contendo: Agulha ou escalpe*.
Equipo para soro (plastequipo).
Frasco com a solução prescrita.
Esparadrapo ou micropore.
MÉTODO
Preparo do ambiente e do paciente
Conversar com o paciente sobre o cuidado a ser executado.
Providenciar suporte para o soro.
Verificar as condições de iluminação e aeração.
Desocupar a mesa-de-cabeceira.
Preparo do medicamento
Lavar as mãos.
Abrir o frasco com a solução e o plastequipo.
Introduzir no frasco de soro, os medicamentos prescritos.
Adaptar o plastequipo no frasco.
Retirar o ar, pinçar e proteger a extremidade do plastequipo.
Rotular o frasco com nome do paciente, leito, o conteúdo da solução, horário de início e término,
número de gotas/minuto, data e assinatura do responsável pelo preparo.
APLICAÇÃO
Lavar as mãos.
Levar o material na bandeja e colocar na mesa-de-cabeceira.
Separar as tiras de esparadrapo ou micropore.
Selecionar a veia a ser puncionada.
Colocar o frasco no suporte e aproximá-lo do paciente.
Posicionar o paciente de modo a mantê-lo confortável e facilitar a visualização das veias.
Calçar as luvas.
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Prender o garrote aproximadamente 4 dedos acima do local da punção e pedir ao paciente para
abrir e fechar as mãos (se MMSS), e conservá-la fechada.
Fazer anti-sepsia da área, com movimentos firmes e no sentido do retorno venoso, para estimular
o aparecimento das veias.
Desprezar o algodão no saco plástico com o polegar da mão não dominante, fixar a veia,
esticando a pele, abaixo do ponto de punção.
Introduzir o escalpe e tão logo o sangue preencha totalmente o escalpe, pedir para o paciente
abrir a mão, soltar o garrote e adaptar o escalpe ao equipo.
Abrir o soro observando o local da punção.
Fixar o escalpe com o esparadrapo ou micropore.
Controlar o gotejamento do soro, conforme prescrição.
Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem.
Providenciar a limpeza e a ordem do material.
Retirar as luvas e lavar as mãos.
Anotar o horário da instalação.
OBSERVAÇÕES
Observar o local da punção, para detectar se o escalpe está na veia, evitando edema, hematoma,
dor e flebite.
Controlar o gotejamento do soro de 2/2 horas.
No caso de obstrução do cateter ou escalpe, tentar aspirar o coágulo com uma seringa. Jamais
empurrá-lo.
Para verificar se o soro permanece na veia:
Observar a ausência de edema, vermelhidão ou dor no local.
Colocar o frasco abaixo do local de punção, a fim de verificar se há refluxo de sangue para o
escalpe.
Devido ao risco de contaminação, não se deve desconectar o soro escalpe para ver se o sangue
reflui.
Caso os testes demonstrem problemas, providenciar imediatamente nova punção.
Em casos de pacientes inconscientes, agitados e crianças, fazer imobilizações.
Se o acondicionamento da solução for em frasco tipo "Vacoliter", ao retirar a borracha que recobre
os orifícios de entrada do equipo e do ar, observar se faz ruído pela entrada do ar. Se não o fizer,
não deverá ser usado.
Só aplicar soluções límpidas.
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Nos frascos de plástico não há necessidade de colocar a agulha para fazer o respiro. Se julgar
conveniente colocá-la, observar que não haja contaminação do conteúdo, fazendo desinfecção do
local de inserção da agulha e evitando que a agulha toque no conteúdo líquido.
Usualmente o frasco fica pendurado no suporte, numa altura aproximada de um metro acima do
leito, mas pode variar conforme a pressão que se deseja obter. Quanto mais alto estiver o frasco,
maior é a força da gravidade que impulsiona o líquido.
HEPARINIZAÇÃO
É a administração de uma solução anticoagulante (heparina ou liquemine) para evitar a
coagulação do sangue no equipo, mantendo-o o pérvio.
São bastante controvertidas as quantidades recomendadas para heparinizar.
Aplicar 0,5 a 1,0 ml da solução preparada.
OBSERVAÇÕES
O escalpe heparinizado deve ser trocado quando surgirem sinais de flebite ou infiltração como:
edema, dor e vermelhidão no local.
A heparina diluída, guardada no refrigerador a 4ºC, pode ser utilizada até 72 horas após seu
preparo.
Certos serviços de saúde já utilizam a heparina que vem diluída da farmácia, pronta para uso.
Recomenda-se trocar a solução heparizada contida no interior do cateter, a cada 8 horas, caso
não haja administração de medicamento neste período.
É utilizada, também vitamina C sem diluir, para manter o cateter desobstruido.
Obs.: 1) Para controle mais preciso de gotejamento e quantidade a ser infundida existem
aparelhos apropriados, como a bomba infusora.
CATETERES
O uso constante da rede venosa para administração de medicamentos, sangue e coleta de
sangue para exames laboratoriais, e as condições próprias das veias do paciente, às vezes
recomendam que se utilizem cateteres venosos, que podem ser de curta ou longa permanência.
O cateter de curta permanência mais comum é o Intracath. E dentre os de longa
permanência, existem os totalmente implantados (Port-a-cath) e os parcialmente implantados
(Broviac e Hickman).
Os cuidados variam conforme o tipo de cateter.
Geralmente é recomendado:
Manter o cateter sob infusão continua (preferencialmente) ou heparinizado.
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Fazer diariamente curativo no local de implantação do cateter, observando as condições locais.
Utilizar para anti-sepsia soluções a base de iodo (Povidine tópico, por exemplo).
Controlar o tempo de permanência do cateter.
Observar possíveis complicações, como febre ou outros sintomas sugestivos de infecção.
REGIÃO DELTÓIDE
-Traçar um retângulo na região lateral do braço iniciando de 3 a 5 cm do acrômio (3 dedos), o
braço deve estar flexionado em posição anatômica;
-Não pode ser com substâncias irritantes acima de 2 ml.
-Se a aplicação for feita do lado esquerdo do paciente, colocar o dedo médio na espinha ilíaca
ântero-superior e afastar o indicador para formar o triângulo.
-A aplicação pode ser feita em ambos locais.
APLICAÇÃO
-Pinçar o músculo com o polegar e o indicador, introduzir a agulha e injetar lentamente a
medicação, retirar a agulha rapidamente colocando um algodão, massagear por uns instantes.
Referências Bibliográficas
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Belo Horizonte: Editora UFMG, 1996. 191p.
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3 - http://web.unifil.br/docs/revista_eletronica/terra_cultura <acessada em 06/04/2011>
4 - http://www.hipertrofia.org/forum/topic/7995-injecao-subcutanea-e-intramuscular/ <acessada em
06/04/2011>
5 - AMATO, Alexandre Campos Moraes. Procedimentos Médicos - Técnica e Tática. São Paulo:
Roca, 2008
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6 - GODMAN & GILMAN. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 8.ed. Rio de
Janeiro:.Guanabara Koogan, 1997. 1232p.
7 - KATZUNG, Bertram G. Basic & Clinical Pharmacology. 7th ed. Stamford: Appleton .& Lange,
1998. 1151p.
8 - SOUZA, Euvira de F. Novo Manual de Enfermagem; Procedimentos e Cuidados. Básicos. 6.ed.
Rio de Janeiro: Cultura Médica, 1980. 491p.
9 - SOUZA, Euvira de F. Administração de Medicamentos e Preparo de Soluções. 3.ed. .Rio de
Janeiro: Cultura Médica, 1978. 128p.
10 - GODMAN & GILMAN. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 8 ed. Rio de
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12 - SOUZA, Euvira de F. Novo Manual de Enfermagem; Procedimentos e Cuidados Básicos. 6
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13 - SOUZA, Euvira de F. Administração de Medicamentos e Preparo de Soluções. 3.ed. Rio de
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