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UNIP – ALFHAVILLE

DISCIPLINA: ÉTICA E LEGISLAÇÃO


PROF. PEDRO DE SOUZA FILHO

AS VÁRIAS DEFINIÇÕES DA PALAVRA DIREITO (complemento ao


TEXTO 03: NOÇÕES BÁSICAS DE DIREITO)

INTRODUÇÃO

Durante muito tempo os vários juristas discutiram sobre a terminologia "Direito",


tendo, os mesmos, concluído que ainda não haviam chegado a uma proposição e
conceituação que abrangesse todo o conteúdo da palavra.

Dependendo do ponto de vista que se analisa, o Direito terá uma definição ou outra,
em função do enfoque, podendo ser classificado de diversas formas.

Assim, pode-se dizer que é difícil existir uma única definição que conceitue, de
forma específica, todo o sentido que a palavra "Direito" poderá assumir.

As definições podem ser nominais ou reais (lógicas).

As nominais buscam explicar determinada expressão através da análise do nome.


As definições nominais podem ser etimológicas, que analisa a origem da palavra e
sua formação; ou semânticas, que verifica os sentidos que a palavra possa ter.

Pela definição nominal a palavra "Direito" pode ser apontado como AQUILO QUE
ESTÁ RETO, CONFORME A RETA, QUE NÃO TEM INCLINAÇÃO.

Já, pela definição semântica a palavra "Direito" tem o sentido de ser UM


CONJUNTO DE LEIS, ESTAR DE ACORDO COM A LEI, QUE ESTUDA AS LEIS.

Já pela definição lógica ou real, Direito refere-se ao

CONJUNTO DE REGRAS SOCIAIS, QUE BUSCAM, ATRAVÉS DOS IDEAIS DE


JUSTIÇA, TRAZER HARMONIA AOS INDIVÍDUOS, QUE OBEDECEM POR
TEMEREM A IMPOSIÇÃO DE PENALIDADES POR PARTE DO ESTADO.

Dessa forma, "Direito" será, então, um conjunto de regras sociais, que tem em sua
base as idéias da moral, religião e regras de trato social.
Vale dizer que a característica mais marcante do Direito é a imposição de pena
pelo Estado. Embora as outras ramificações também possuam normas de controle
social, nenhuma delas possui o caráter punitivo que o Direito tem sob a tutela do
Estado.

A BUSCA DA JUSTIÇA

O ideal de Justiça é causa principal do Direito e, para atingi-lo, deverá existir


normas que tenham como base a segurança jurídica, que disciplina o respeito nas
relações entre os indivíduos e dos indivíduos perante o Estado

USOS DA PALAVRA DIREITO.


A palavra Direito pode ser utilizada em qualquer desses sentidos:

Ciência do Direito: Em sentido geral, é aquele ramo que estuda e organiza os


conceitos e institutos jurídicos, e em sentido mais amplo poderá ser a
especificação de um determinado sistema jurídico, dentro do grande conjunto que
forma o Direito. Exemplo: Matheus é estudante de Direito.

Direito Natural: é um conjunto de princípios basilares, que não são fruto da criação
da sociedade, nem do Estado, sendo, pois, um Direito que surge por exigências da
natureza. Esse Direito advém da própria natureza e suas regras serão sempre
imutáveis e universais, como o direito à vida e liberdade. Esses princípios de
Direito natural é que devem nortear a criação das leis.

Direito Positivo: são as leis que devem ser seguidas em um determinado local e
época, por imposição estatal. Vale dizer que não são somente as leis escritas, pois
há países, que embora não possuam leis escritas e organizadas, em códigos, essas
decorrem dos costumes e tem a mesma força de uma lei escrita.

Direito Objetivo: pode ser entendido como a norma propriamente dita. Exemplo: O
Direito Civil busca a defesa das partes nas relações jurídicas interpessoais.

Direito Subjetivo: é a possibilidade que a norma dá de um indivíduo exercer


determinado conduta descrita na lei. É a pretensão que surge para uma das partes,
quando a outra descumpre um dever jurídico.

Exemplo: se uma pessoa te deve um valor em dinheiro, a lei te concede o direito de


cobrar a dívida por meio de um processo judicial de execução.

RAMOS DO DIREITO

Dependendo do enfoque que se queira dar ao Direito, pode-se dizer que ele
apresenta algumas classificações.
Quanto à abrangência, pode ser Direito Comum ou Direito Especial. As regras de
Direito Comum visam toda a coletividade e envolvem quaisquer relações jurídicas,
como as leis trabalhistas. Já as regras de Direito Especial é mais centrado, e
destinado não à toda coletividade, mas tão somente a uma parcela do todo, como
no caso do menor, que possui no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), as
disposições sobre os menores.

DIREITO PÚBLICO X DIREITO PRIVADO

A princípio é importante ter em mente que o Direito é um todo harmônico, com seus
princípios e regras fundamentais que estruturam todo o sistema jurídico.
Entretanto, para facilitar o estudo, é necessário distinguir algumas categorias.

O Direito possui uma classificação muito relevante que o distingue em dois grandes
ramos: Direito Público e Direito Privado.

O Direito Público, pode ser explicado como um grande ramo de normas que
possuem natureza pública, na qual o Estado atua com seu poder, por ser um tema
de relevante caráter social e organizacional da sociedade. Já o Direito Privado
possui outro enfoque, pois visa disciplinar as relações inter-individuais, e os
interesses privados.

Dessa forma, pode-se dizer que são ramos do Direito Público: o Direito
Constitucional, Administrativo, Financeiro, Penal, Internacional Público,
Internacional Privado e Processual. E os ramos do Direito Privado são: Direito Civil,
Direito Empresarial, Direito do Trabalho. É importante dizer, nesse momento, que o
que se pretende não é fornecer conceitos específicos de cada um dos ramos acima
citados, mas tão somente abordar, de forma bastante genérica, do que tratam cada
um desses ramos.

RAMOS DO DIREITO PÚBLICO

Direito Constitucional: as normas de Direito Constitucional são normas internas e


estruturais cada Estado. Elas disciplinam as instituições políticas, a estrutura de
governo, organização dos poderes do Estado, limites de funcionamento, a
sociedade, e as garantias fundamentais de cada indivíduo. Seriam normas que
fornecem um modelo para as demais leis que surgirem. São normas que montam
toda a estrutura da sociedade e ditam os parâmetros econômicos, políticos e
sociais.

Direito Administrativo: é o ramo do Direito Público que regulamenta a atividade


estatal, com todos os serviços públicos postos à disposição da sociedade, em
busca do bem comum. Vale dizer que o Direito Administrativo se preocupa com a
prestação do serviço público, a forma e limites de atuação e ainda disciplina o
relacionamento entre entes públicos e privados, e a relação dos indivíduos com a
Administração Pública.

Direito Financeiro: O Estado, para prestar os serviços públicos em prol dos


cidadãos, necessita de recursos, que advém dos tributos (impostos, taxas e
contribuições). Assim, seria a preocupação central do Direito Financeiro, o estudo
dos princípios e diretrizes que norteiam a forma de aplicação, administração e
gerenciamento desses recursos públicos para a execução destes serviços, e ainda
o planejamento necessário de forma que a receita e despesa pública se equilibrem
no grande orçamento público. É a intenção do Direito Financeiro que o Estado
empregue seus recursos da maneira mais eficiente possível para a sociedade.

RAMOS DO DIREITO PÚBLICO

Direito Penal: ramo do Direito que disciplina as condutas humanas que podem por
em risco a coexistência dos indivíduos na sociedade. O Direito Penal vai regular
essas condutas com base na proteção dos princípios relacionados à vida,
intimidade, propriedade, liberdade, enfim, princípios que devem ser respeitados no
convívio social. Dessa forma, o Direito Penal vai descrever as condutas
consideradas crimes (condutas mais graves) e contravenções (condutas menos
grave) e as respectivas penas cominadas. Vale dizer que o Estado é o responsável
pelo direito de punir, e o faz mediante critérios pré- estabelecidos, com o intuito de
desestimular os indivíduos a transgredirem as normas, e, também, de readaptar o
indivíduo ao convívio social.

Direito Internacional Público: é o ramo do Direito voltado a disciplinar as relações


entre os vários Estados, possuindo princípios e diretrizes, que visam uma interação
pacífica entre os Estados, tanto na esfera política, econômica, social e cultural. Vale
dizer que são criados organismos internacionais, tais como a ONU (Organização
das Nações Unidas) e a OMC (Organização Mundial do Comércio), para auxiliar na
descoberta de interesses comuns, e de que forma interação dos Estados vai se dar.

Os instrumentos dos acordos entre os Estados são denominados tratados.

Direito Internacional Privado: ramo destinado a regular a situação do estrangeiro no


território nacional, pois como o estrangeiro está em local diverso de seu país,
haveria um conflito de leis a serem aplicadas no caso concreto: a lei estrangeira, ou
do local onde o indivíduo se encontra? Assim, a base do Direito Internacional
Privado seria regular essas relações e estabelecer diretrizes e normas, dirigidas às
autoridades para a resolução inerente a esses conflitos.
· Direito processual: para definir o objeto de estudo desse ramo do Direito,
primeiramente, é importante dizer que é o Estado que detém o poder de aplicar o
Direito, estabelecendo a ordem, aplicando as penalidades, e solucionando os
conflitos entre as partes, por meio de um processo judicial. Dessa forma, o ramo
em questão visa disciplinar de que forma isso vai se dar, estabelecendo princípios
e regras a serem previamente obedecidas, tanto pelo Estado, quanto pelas partes
na disputa judicial. Assim a função do Direito processual é organizar a forma de
como o Estado vai prestar esse poder-dever de julgar, e como as partes devem agir
no embate judicial.

RAMOS DO DIREITO PÚBLICO

Direito Civil: ramo do Direito Privado por excelência, pois visa regular as relações
dos indivíduos, estabelecendo direitos e impondo obrigações. O Direito Civil atua
em toda a vida do indivíduo, pois disciplina todos os campos de interesses
individuais. O Código Civil, ou seja, reunião de todas as leis de Direito Civil, é
estruturado em duas grandes partes: geral, que contém normas de caráter
abrangente, que servem a qualquer área do Direito Civil e parte especial, que trata
dos assuntos específicos. Na parte Geral encontram-se os livros que contém os
temas relativos às pessoas, aos bens e aos fatos jurídicos. Já a parte especial os
livros são: obrigações, Direito de Empresa, Direito das Coisas, Direito de Família,
Direito das Sucessões e um livro complementar das disposições finais e
transitórias. Assim verifica-se que o Direito Civil abrange todas as área do
relacionamento humano, que serão objeto de estudo durante todo o Curso de
Direito

Direito Comercial: é o ramo do Direito destinado a regular a prática do comércio,


bem como o direito das partes envolvidas. O comércio, responsável por
movimentar as riquezas de um país, deve possuir princípios e regras próprias,
visando uma justa relação entre os atores do comércio. Há regras inerentes,
também, aos títulos de crédito (formas utilizadas em pagamentos), que circulam
durante a prática comercial, como o cheque, a nota promissória, letra de câmbio,
etc.
· Direito do Trabalho: é um ramo que se destina a disciplinar as relações de
trabalho, estabelecendo princípios e regras, de forma a evitar a exploração pelo do
trabalho, e conceder direitos e obrigações recíprocos tanto aos que prestam os
serviços, quanto para àqueles cujo o serviço se destina.

Há discussão entre os juristas se o Direito do Trabalho seria um ramo do Direito


Público ou Privado. Por muito tempo, vários autores entenderam se tratar de um
ramo do Direito Público, pois apesar de suas normas disciplinarem relações
privadas, a vontade das partes ficaria limitada às regras pré- estabelecidas pelo
Estado. Contudo com o passar do tempo entenderam se tratar de ramo do Direito
Privado, pois predomina o interesse particular, em detrimento da natureza das
regras públicas. Há autores que atentam, ainda, para uma classificação mista, pois
o Direito do Trabalho teria uma esfera pública, e outra privada.
(texto organizado por Pedro de Souza Filho)

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