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CURSO
CARPINTARIA
UNIDADE 1
LEITURA DE PROJETOS DE
ARQUITETURA
Nú c l e o té c n i c o
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Disciplina:
Leitura de projetos de arquitetura
Conteúdo programático:
Plano de ensino:
o Importância dos projetos na Construção Civil e simbologia...........................
o Leitura de projetos de arquitetura...................................................................
o Interpretação de projetos de arquitetura na obra...........................................
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1. O QUE É PROJETO?
O projeto é importante porque representa como será a edificação antes de ser construída,
mostrando como será executada cada etapa da construção; por exemplo: o projeto arquitetônico
mostra como será a distribuição dos cômodos da edificação, o projeto de formas de laje mostra
como serão montadas as fôrmas para a execução das lajes; o projeto hidro-sanitário mostra como
serão as tubulações e conexões e onde elas estarão localizadas.
Veja nas figuras abaixo que a fase de projeto é a maior responsável por problemas e
patologias que venham a existir nas construções e que influenciam bastante no custo final de um
empreendimento. Também é onde se consegue fazer as maiores interferências e mudanças.
Saber ler projetos da construção civil é entender o que significam as simbologias, linhas,
números, letras, marcadores e quadros que neles são representados, para executar de forma fiel.
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Projeto de fundações e infra-estruturas; Projeto de instalações elétricas,
Projeto arquitetônico; Projeto de ar-condicionado.
Projeto de instalações telefônicas, internet;
Os projetos são apresentados em folhas de papel que são chamadas de formatos. Eles
são de tamanhos definidos pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). O quadro
abaixo mostra os tipos de formatos:
Figura 2: Formatos
Observe que o maior formato é o A0, o formato A1 é metade de um formato A0, o formato
A2 é metade de um formato A1, o A3 é metade de um A2 e o A4 é metade de um formato A3.
Exemplo:
1 unidade no projeto
Escala 1:1 (lê-se, escala um por um)
1 unidade na realidade
• Escala de Redução: utilizada para representar um objeto em tamanho menor que o tamanho
real, como casas, edifícios, pontes, viadutos. É a escala mais utilizada na construção civil. É
representada da seguinte forma: Escala 1:2, 1:10, 1:20, 1:50, 1:75, 1:100, 1:200, 1:500, 1:1000,
que são as mais usuais na construção civil.
Exemplo:
50 unidades na realidade
• Escala de Ampliação: utilizada para representar um objeto em tamanho maior do que o tamanho
real principalmente em projetos de peças mecânicas. É representada da seguinte forma - Escala
2:1 (lê-se, escala dois por um).
As escalas de ampliação mais utilizadas são: 2:1, 3:1, 4:1, 5:1, 10:1, 20:1 etc... Resumindo; para
se trabalhar com essa escala, basta multiplicar o valor da medida indicada no desenho do objeto,
pelo valor numérico da escala.
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Exemplo:
10 unidades no
Escala 10:1 projeto
1 unidade na
Unidades de Medida usuais na Construção Civil: as unidades de medida utilizadas nos
projetos da construção civil são o centímetro (cm) para plantas baixas e estruturas de concreto
armado por exemplo, e o milímetro (mm) para projetos de montagem, detalhamentos e estruturas
pré-moldadas metálicas e de concreto.
Figura 3: Carimbo:
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2.3. O que é e para que serve a LEGENDA
A Legenda contém o significado das siglas e abreviações que cada projeto tem em
particular. Nela as especificações são listadas de forma que o projeto possa ser lido de maneira
clara e objetiva. Em projetos arquitetônicos a legenda contém, por exemplo, as dimensões de
portas e janelas.
3. PROJETOS ARQUITETÔNICOS
O projeto arquitetônico é o primeiro projeto a ser elaborado. É a partir dele que são
elaborados todos os outros projetos, como os de instalações elétricas, hidro-sanitárias, estrutural,
dentre outros.
O projeto arquitetônico mostra como é a distribuição interna dos ambientes da edificação,
os cortes, as fachadas, e a localização da construção no lote e sua relação com o entorno.
Uma boa leitura de projetos exige o conhecimento de certas representações gráficas, tais
como:
• Referência de Nível: é medido em relação a algum ponto conhecido no lote ou no entorno.
Geralmente a referência é adotada como o nível +100,00 e, a partir dela são referenciados todos
os outros níveis da construção. O nível é medido em metros (m), e representado como as figuras
abaixo:
Pedras (fachada)
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Figura 5 – Tipos de linha
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Figura 7 - Exemplo de utilização de símbolos e simbologias. Corte
• Planta baixa
É uma representação da edificação vista de cima, como se estivesse sido cortado horizontalmente a
1,50m de altura do piso. No caso de edifícios com mais de um pavimento, cada pavimento deve ser
representado em planta baixa. Representa-se o que um observador posicionado a uma distância infinita
enxergaria ao olhar do alto da edificação cortada. Veja o desenho abaixo:
A planta baixa é representada a 1,50m do chão porque assim mostra maiores detalhes como
janelas e portas, proporcionando melhor compreensão. Deve-se ter cuidado, a compreensão não é tão
simples e a planta é muito abstrata.
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Figura 8 - Simulação e exemplo de planta baixa
• Cortes
São desenhos em que a edificação é representada como se tivesse sido cortada por um ou mais
planos verticais. O objetivo dos cortes é mostrar o que a planta baixa não consegue mostrar, principalmente
os detalhes verticais, como pés-direitos, vergas, peitoris. Os cortes geralmente são passados onde se
consegue mostrar a maior quantidade de detalhes.
Há dois tipos de cortes: os cortes longitudinais, ou seja, no maior comprimento da edificação e os
cortes transversais, no menor comprimento. Veja os exemplos abaixo:
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Figura 10- Transversal
A planta baixa também é um corte na horizontal. Os elementos cortados pelo plano são
representados em traço grosso, os elementos não cortados em traço mais fino e os elementos mais
distantes são representados com um traço mais fino ainda, em qualquer tipo de corte.
• Fachadas ou elevações
Fachadas ou elevações são a representação das paredes externas, com suas aberturas (portas e
janelas) e do telhado ou da platibanda. Elas mostram como será a face da edificação.
As fachadas não são apenas as frontais, que ficam de frente para a rua, as outras faces da
construção também são fachadas.
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Figura 12: Fachada
Planta baixa, cortes e fachadas devem ser representadas sempre na mesma escala.
• Diagrama de cobertura
Inclinação do telhado: é ela que diz o quanto o telhado é inclinado. É dada em porcentagem e não
em graus. Pelo exemplo acima temos uma inclinação de 30% (trinta por cento), ou seja, trinta em cem. A
cada trinta centímetros que o telhado sobe na vertical, ele anda 100 cm na horizontal. Veja:
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Águas do telhado: é como falar quantos lados tem o telhado. Fala-se “água” porque é o sentido que
a água da chuva escorre no telhado. Um telhado, por exemplo, de duas águas, significa que em um dia de
chuva metade da água que cai no telhado segue para o lado direito e a outra metade para o lado esquerdo.
• Planta de situação
• Gradil
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• Planta de localização
Essa planta mostra a localização da edificação dentro do lote. As distancias dos afastamentos
laterais e de fundo e o afastamento frontal. Veja na figura abaixo:
• Conceitos:
Condição antiderrapante: são considerados pisos antiderrapantes, aqueles cuja constatação no
local permita a percepção ao tato de sua rugosidade e/ou porosidade, a qual possibilite boa aderência ao
ser pisado, mesmo em condições adversas, tais como sob ação de soluções saponáceas, água ou cera.
Corrimão: barra, cano ou peça similar, de superfície lisa e arredondada, localizada junto às paredes
ou guardas de escadas, para as pessoas nela se apoiarem ao subir ou descer. Um corrimão, se de desenho
compatível, pode ser parte integrante da guarda de uma escada.
Guarda ou guarda-corpo: barreira protetora vertical, maciça ou não, delimitando as faces laterais da
escada, terraço, balcões, rampas etc, e serviço de proteção contra eventuais quedas.
Piso: é o degrau da escada, onde se pisa com o pé.
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Espelho: é a distância vertical entre dois pisos.
• Dimensionamento de escadas: para dimensionar uma escada, utilizamos a fórmula de Blondel. Com ela
conseguimos dimensionar uma escada confortável para o usuário.
5.2. Largura
5.2.1. A largura da escada dever se proporcional ao número de pessoas que por ela devam transitar em
caso de emergência, sendo o mínimo o previsto em legislação municipal própria, podendo ter largura
mínima de até 0,90 m se a população usuária não exceder a 50 pessoas.
5.3. Dimensões dos degraus
5.3.1. Altura "h" compreendida entre 0,16m e 0,18 m;
5.3.2. A largura será dimensionada pela fórmula de Blondel 0,63 m <= (2h = b) <= 0,64 m;
5.3.3. Se possuir degraus em leque estes deverão ser balanceados, possuindo em sua parte mais estreita
largura não inferior a 0,15 m.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GARCIA, Gilberto & PIEDADE, Gertrudes C. R. Topografia aplicada às ciências agrárias. São Paulo. Ed.
Nobel, 1984. 256 p.
LOCH, C. & CORDINI, J. Topografia contemporânea: planimetria. 2. ed. Florianópolis: UFSC, 2000.
MELHADO, S.B. Qualidade do Projeto na Construção de Edifícios: Aplicação ao Caso das Empresas de
Incorporação e Construção. Tese de Doutorado, São Paulo, agosto 1994.
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