Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Índice: Pág.
I – Introdução................................................................................................................................. 5
II – Nome do Produto ..................................................................................................................... 7
III – Descrição do Produto.............................................................................................................. 8
III.1 – Definição do Produto .............................................................................................................. 8
III.2 – Características do Produto ...................................................................................................... 9
III.2.1 - Características varietais do grão branqueado cru .................................................................9
III.2.2 - Características químicas do grão cru ..................................................................................9
III.2.3 - Características reológicas ..................................................................................................9
III.2.4 - Características da cozedura ...............................................................................................9
III.2.5 - Características especificas do arroz Carolino do Baixo Mondego ........................................... 10
IV – Delimitação da Área Geográfica ............................................................................................. 11
IV.1 – Área Geográfica de Produção ................................................................................................. 11
IV.2 – Área Geográfica de Transformação e Acondicionamento ............................................................ 12
V – Garantia dada aos Consumidores ............................................................................................ 14
VI – Prova de Origem do Produto.................................................................................................. 15
VI.1 – Rastreabilidade do Produto .................................................................................................... 15
VII – Modo de Obtenção do Produto ............................................................................................. 17
VII.1 – Operações Culturais ............................................................................................................ 17
VII.2 – Ciclo Vegetativo do Arroz Carolino no Baixo Mondego .............................................................. 21
VII.3 – Adubações ......................................................................................................................... 21
VII.4 – Gestão da Água na Cultura do Arroz ...................................................................................... 22
VII.5 – Sementeira ........................................................................................................................ 23
VII.6 – Gestão das Principais Infestantes da Cultura do Arroz ............................................................. 24
VII.7 – Principais Pragas e Doenças ................................................................................................. 25
VII.8 – Colheita do Arroz ................................................................................................................ 26
VII.9 – Secagem e Limpeza do Arroz................................................................................................ 27
VII.10 – Transporte ....................................................................................................................... 27
VII.11 – Armazenamento................................................................................................................ 28
VII.12 – Transformação e Acondicionamento na Indústria ................................................................... 28
VII.13 – Apresentação Comercial ..................................................................................................... 32
VIII – Elementos que provam a ligação do produto com o meio Geográfico.................................. 33
VIII.1 – Aspectos Gerais da Climatologia Nacional das Principais Regiões Orizícolas ............................... 33
VIII.2 – Factores Específicos da Climatologia do Baixo Mondego .......................................................... 34
VIII.3 – Síntese sobre os Factores Climáticos que induzem Especificidade à Região ............................... 40
VIII.4 – Solos................................................................................................................................ 40
VIII.5 – Aspectos Históricos e Sociológicos ...................................................................................... 41
IX – Referências relativas à Estrutura de Controlo........................................................................ 42
X – Rotulagem............................................................................................................................... 43
XI – Legislação a Cumprir ............................................................................................................. 44
XII – Bibliografia .......................................................................................................................... 45
XIII – Anexos ............................................................................................................................... 46
2
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
Figura 1 – Exemplos de pratos tipicamente Portugueses: Arroz de Lampreia e Arroz Doce ..........................5
Figura 2 – Campos de Arroz Carolino no Baixo Mondego..........................................................................................6
Figura 3 – Campos de Arroz Carolino no Baixo Mondego ....................................................................................... 8
Figura 4 – Área Geográfica de Produção do Arroz Carolino do Baixo Mondego ............................................ 12
Figura 5 – Lavoura com charrua ...................................................................................................................................... 17
Figura 6 – Gradagem com grade de discos...................................................................................................................18
Figura 7 – Passagem de “Roto-terra” .............................................................................................................................18
Figura 8 – Pá –niveladora comandada a laser ............................................................................................................ 19
Figura 9 – Escarificador a descompactar o solo após o nivelamento ................................................................ 19
Figura 10 – Roda-arrozeira .................................................................................................................................................20
Figura 11 – Ciclo Vegetativo do Arroz Carolino do Baixo Mondego......................................................................21
Figura 12 – Distribuidor centrífugo acoplado a tractor............................................................................................ 24
Figura 13 – Ceifeira debulhadora..................................................................................................................................... 26
Figura 14 – Laboratório na Indústria .............................................................................................................................. 29
Figura 15 – Tarara de Limpeza ..........................................................................................................................................29
Figura 16 – Silos/ Tulhas .....................................................................................................................................................30
Figura 17 – Despedradora...................................................................................................................................................30
Figura 18 – Descascadores mecânicos ........................................................................................................................ 31
Figura 19 – Branqueador.................................................................................................................................................... 31
Figura 20 – Selectora Cromática ...................................................................................................................................... 32
3
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
4
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
I – Introdução
Portugal é o País da Europa com o maior consumo de arroz per capita (15 kg),
evidenciando-se assim a grande importância que este produto tem na economia do
nosso País.
Aliado a este fenómeno está concerteza o gosto pela Boa Mesa, a Imaginação
Gastronómica, a Tradição e o Reconhecimento por um produto naturalmente produzido
no nosso meio, com a experiência adquirida e reconhecida ao longo de séculos fazendo
sem qualquer dúvida, parte da nossa história alimentar.
Desde o Arroz Doce ao Arroz de Lampreia, Arroz de Grelos, Arroz de Pato, Arroz de
Malandro, pratos tipicamente Portugueses, o Arroz Carolino do Baixo Mondego é rei.
5
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
6
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
II – Nome do Produto
O arroz Carolino do Baixo Mondego está abrangido pelo Anexo I do Tratado Destinado à
Alimentação Humana, classe 1.6 – Frutas, produtos hortícolas e cereais não
transformados ou transformados.
7
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
8
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
9
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
Para as mesmas variedades de arroz do tipo longo A cultivadas no país, o arroz Carolino
do Baixo Mondego manifesta uma tendência para maiores teores de amilose e uma
maior percentagem de grãos inteiros.
A análise sensorial dos grãos de arroz Carolino do Baixo Mondego, cozidos em água,
identifica grãos soltos, cremosos, macios, com camada superficial lisa e oleosa e grande
capacidade de absorção dos condimentos.
10
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
O Vale do Baixo Mondego, situado na região da Beira Litoral, abrange uma vasta
planície de origem aluvionar, com cerca de 13 500 hectares. Compreende o Vale
Principal ao longo do rio Mondego, entre Coimbra e Figueira da Foz, e parte dos Vales
Secundários, formados pela ribeira de Cernache, rios Ega, Arunca e Pranto (margem
esquerda); ribeiras de Ançã/ S.Facundo e rio Fôja (margem direita).
11
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
12
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
Pinho Leal (1882), num volume do seu dicionário refere o descasque e exportação do
arroz para o Norte do país como exemplo da industrialização da freguesia de Ul.
Segundo ele esta indústria era tão relevante quanto a do fabrico de pão de trigo, e
ambas assentavam nas moagens do rio Antuã e ribeiros da Salgueirinha e do Pego ou
Retorta (cuja reunião formava o Ul) (Anexo 1).
O negócio do descasque do arroz evoluiu de tal forma que quem tinha esta actividade ia
à procura do cereal noutros pontos do país onde a cultura se fazia. “Já descobri a
Telhada1 exclamou um dia Manuel Bastos ao regressar a casa depois de uma viagem ao
Mondego” (Anexo 1).
Esta prática do descasque de arroz proveniente da região do Mondego, fez com que ao
longo dos anos no concelho de Oliveira de Azeméis e em particular na freguesia de Ul,
se tenha adquirido um conhecimento muito profundo sobre o arroz Carolino produzido
no Baixo Mondego. Tal, permitiu que as indústrias que hoje o transformam o façam
mantendo a sua qualidade, bem como a sua identidade.
1
Lugar na Freguesia do Paião, concelho da Figueira da Foz
13
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
Só o arroz que cumpra todas estas normas poderá ser recebido pela indústria
associada, que independentemente de cumprir o estatuído por lei quanto a
armazenagem, fabrico e embalagem, deverá mencionar nas embalagens a Indicação
Geográfica Protegida.
Esta garantia será dada pela prova de origem do produto nas suas várias fases.
A garantir estas fases, os deveres e direitos dos aderentes à IGP e respectivas sanções
estão referidos no Anexo 5 deste Caderno de Especificações.
14
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
15
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
DOCUMENTAÇÃO/
FASES DE CONTROLO RESPONSABILIDADE
REGISTOS
Cadernos de Campo para a
Controlo de todas as operações Produção Integrada na Cultura
Agrupamento Produtores
culturais realizadas no campo do Arroz Carolino do Baixo
OPC (IGP)
pelos produtores Mondego
Quantidade e rendimento
industrial do arroz entregue
Controlo à entrada na
por cada produtor (dados do
Indústria
produtor e data de entrega)
16
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
Nas duas situações os trabalhos de preparação do solo iniciam-se com uma lavoura.
Esta operação pode ocorrer excepcionalmente no Outono/Inverno.
17
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
18
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
O nivelamento é feito depois da lavoura, com o solo seco, utilizando uma pá-
niveladora, comandada por uma fonte emissora de raios “laser”.
19
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
Depois da lavoura, e antes de iniciar a “rebaixa” dos canteiros, os solos são inundados e
a preparação inicia-se com uma fina lâmina de água, utilizando tractores equipados
com roda-arrozeira e grade de facas.
Caso não seja possível trabalhar a terra em seco, o nivelamento é realizado com uma
fina lâmina de água utilizando uma prancha ou pá de arrasto, acoplada ao tractor, que
garante o movimento da terra dos pontos de maior para os de menor cota. A água
funciona de nível e meio facilitador para o transporte do solo.
Este modo de preparação dos solos representa a prática ancestral, com algumas
inovações introduzidas no tipo de roda arrozeira, nos equipamentos de preparação e de
nivelamento.
Figura 10 – Roda-arrozeira
20
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
O ciclo vegetativo do arroz Carolino no Baixo Mondego tem a duração de 130 a 140 dias
constituído pelas seguintes fases:
1ª Fase - Vegetativa (60 a 65 dias) - fase com inicio na emissão do coleóptilo da
semente passando pelo afilhamento da planta até ao inicio do encanamento;
2ª Fase - Reprodutiva (cerca de 30 dias) - esta fase inicia-se com o encanamento
(início da formação da panícula) e termina com a floração;
3ª Fase - Maturação (40 a 45 dias) – inicia-se com o enchimento do grão, passando
pelas fases leitosa, pastosa e de grão duro quando se atinge a maturação.
VII.3 – Adubações
21
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
2) Adubação de cobertura
Esta adubação realiza-se no início da fase do afilhamento do arroz, aplicando cerca de
2/3 do azoto total.
Nalguns casos é feita uma segunda adubação de cobertura, que funciona como
adubação de correcção.
Nas formas de azoto utilizadas, há um predomínio do azoto na forma amoniacal. O
azoto na forma amídica e em formas mistas (amoniacal e amídico) tem aumentado nos
últimos anos.
As formas de azoto a utilizar devem ser as permitidas no Sistema de Produção
Integrada.
O arroz sendo uma planta hidrófita necessita de ser mantido com uma lâmina de água
durante a maior parte do seu ciclo. A água além de alimentar a planta funciona como
importante regulador térmico.
22
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
A sementeira é feita, normalmente, com os canteiros com uma lâmina de água, com
uma espessura de cerca de 5 a 10 cm, salvo em situações especiais que existem em
Vales Secundários do Mondego, onde a lâmina de água é bastante superior.
Durante o ciclo da cultura do arroz Carolino do Baixo Mondego são realizadas duas ou
três “quebras secas”, sendo as mais frequentes as que andam associadas com o
controlo de algas no arrozal, águas mal oxigenadas e na época de aplicação dos
herbicidas “líquidos” (ocorre entre 25 a 40 dias após a sementeira).
Drenar mais tarde os solos de textura mais ligeira garante um melhor peso específico
do grão e diminui a percentagem de trincas.
VII.5 – Sementeira
A maior parte das sementeiras no Baixo Mondego ocorrem a partir de meados do mês
de Abril até meados de Maio.
23
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
A quantidade de semente utilizada oscila entre 180 Kg/ha e 220 Kg/ha. Esta depende
fundamentalmente da época de sementeira, da variedade do arroz, do seu poder
germinativo, do estado do nivelamento dos canteiros e da altura da lâmina de água.
24
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
este prejuízo é importante fazer uma boa gestão das infestantes, adoptando técnicas
culturais adequadas.
A adopção de técnicas culturais na região é, muitas vezes, condicionada pela cultura ser
realizada em solos com deficiente drenagem que impedem a realização de rotações
culturais. Todavia, é frequente muitos agricultores adoptarem práticas culturais que
condicionam a propagação das infestantes, recorrendo a técnicas de mobilização do
solo nos canteiros e a um controlo das infestantes vivazes nas marachas.
Numa primeira fase, após a instalação da cultura do arroz (da sementeira até ao
nascimento) as gramíneas (o azevém baboso (Glyceria declinata Bréb.) e as milhãs
(Echinochloa spp.)) representam as infestantes mais importantes.
Estas infestantes são as mais competitivas para a cultura e exigem uma primeira
intervenção com herbicidas para o seu controlo.
Numa segunda fase (do nascimento ao afilhamento do arroz), a flora adventícia é muito
abundante, sendo representada além das gramíneas, pelas alismatáceas, ciperáceas e
pontederáceas entre outras.
Este período representa a segunda fase de aplicação de herbicidas no Baixo Mondego.
O critério adoptado na selecção dos herbicidas e nas misturas mais aconselhadas é feito
tendo em conta o tipo de infestante, o seu estado fenológico e as condições
meteorológicas.
As principais pragas da cultura do arroz poderão ser incluídas em dois grupos principais
(Anexo 2):
1 – Pragas do habitat aquático (interferem com a germinação do arroz);
2 – Pragas da parte aérea da planta (destroem folhas e caules do arroz).
25
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
A colheita do arroz Carolino do Baixo Mondego é feita geralmente nas três últimas
semanas de Setembro e primeira de Outubro.
A colheita é realizada com ceifeiras debulhadoras equipadas com lagartas, pelo facto de
os solos se encontrarem pouco consistentes.
26
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
Após a colheita a humidade dos grãos do arroz precisa de ser extraída até fixar-se nos
13%, valor considerado adequado para a sua conservação e para que o rendimento
industrial não seja afectado. A secagem do arroz Carolino do Baixo Mondego é realizada
em secadores do próprio produtor ou já nas indústrias.
A secagem do arroz é feita por uma ou duas vezes dependendo da sua humidade e do
tipo de secador. Isto é, o arroz dá entrada no secador e é-lhe extraída a humidade até
atingir os 13%.
O fornecimento do calor para a secagem à saída da coluna de ar ronda os 45º e no
cereal no máximo pode ir até aos 30 - 35 ºC.
O arroz depois de seco é limpo recorrendo a uma tarara que garante a remoção de
sementes de infestantes, de grãos mal conformados, ou “brançados”, além de outras
impurezas várias.
VII.10 – Transporte
27
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
VII.11 – Armazenamento
Actualmente muitos destes silos estão equipados com sondas que permitem saber
automaticamente a humidade e a temperatura, em cada momento, do cereal.
Uma temperatura baixa e estável é uma garantia de que o cereal não sofre
fermentações ou ataques de pragas. Pelo contrário, uma subida de temperatura é
sinónimo de anomalia.
28
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
O arroz antes de ser armazenado nos silos ou tulhas passa por uma tarara de limpeza,
caso tenha excesso de impurezas.
Uma vez armazenado nos silos ou tulhas fica a aguardar até ao momento de entrar
directamente no processo de transformação.
29
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
Figura 16 – Silos/tulhas
1ª fase o arroz é sujeito a mais uma operação de limpeza de modo a retirar impurezas.
Esta operação é realizada através de uma tarara de limpeza. O arroz passa
também por uma despedradora para extracção de pedras e outros corpos
estranhos que vêm misturados com a matéria-prima.
Figura 17 – Despedradora
30
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
Figura 19 – Branqueador
4ª fase o arroz depois de branqueado possui grãos partidos misturados. Para proceder
à separação dos grãos inteiros dos partidos ou trincas, o arroz passa pelas
criveiras e triores.
5ª fase finalmente o grão inteiro passa por uma selectora cromática que rejeitará os
grãos que, pela sua cor, diferem do padrão pretendido.
31
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
A partir daqui o arroz é armazenado nos silos de branco, de onde segue para a fase de
empacotamento, efectuado através de dosificadoras automáticas.
È feita uma verificação do estado das embalagens, que devem estar em conformidade
com a legislação em vigor.
O arroz Carolino do Baixo Mondego será comercializado em sacos que podem variar de
peso de 0,5 Kg a 5 Kg.
32
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
As três grandes Regiões Orizícolas do país têm condições climáticas bem distintas para
a cultura, e muito em particular no período que medeia da formação à maturação do
grão (meses de Agosto a Setembro).
É sobre este período que se centra a análise climatológica, por ser a fase determinante
das características diferenciadoras do produto final, expresso através do rendimento
industrial, dos teores de amilose e de algumas propriedades organolépticas.
33
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
pouco húmido [B1] com um índice hídrico pouco superior a 20% e um índice de
aridez da ordem dos 30%, o que significa uma moderada deficiência de água no
Verão [s];
uma evapotranspiração potencial da ordem dos 770mm, classifica-o de
mesotérmico tipo B’2 e porque apresenta uma concentração térmica estival
34
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
Radiação Global
20.000
18.000
16.000
14.000
12.000
(cal/cm2)
10.000
8.000
6.000
4.000
2.000
0
MAR.
MAI.
SET.
OUT.
JAN.
FEV.
ABR.
JUN.
JUL.
AGO.
NOV.
DEZ.
Mês
35
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
Insolação
350
300
250
(horas)
200
150
100
50
0
MAR.
AGO.
NOV.
JAN.
FEV.
ABR.
MAI.
JUN.
JUL.
DEZ.
OUT.
SET.
Mês
Temperatura do ar
30
27,5
25
22,5
20
17,5 Média
(ºC)
15 Máxima
12,5 Mínima
10
7,5
5
2,5
0
MAR.
MAI.
JAN.
FEV.
ABR.
JUN.
JUL.
AGO.
NOV.
DEZ.
SET.
OUT.
Mês
36
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
A observação do gráfico permite concluir que nos meses em que se realiza a cultura do
arroz (de Abril a Outubro) a temperatura média do ar aumenta de Abril até Agosto,
atingindo neste mês o valor médio de 22ºC. Por sua vez, no mês de Setembro, período
em que ocorre a maturação do grão do arroz, dá-se uma descida da temperatura média
para 20,8º C o que favorece uma maturação lenta.
Vento
18
16
14
12
Jusante
Km/h
10
Central
8
Montante
6
4
2
0
MAR.
MAI.
JAN.
FEV.
ABR.
JUN.
JUL.
AGO.
SET.
NOV.
DEZ.
OUT.
Mês
37
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
Humidade relativa do ar
100
90
80
70
60
9 h.
(%)
50
18 h.
40
30
20
10
0
MAR.
MAI.
JAN.
FEV.
ABR.
JUN.
JUL.
AGO.
SET.
NOV.
DEZ.
Mês OUT.
Durante os meses em que se realiza a cultura do arroz (de Abril a Outubro) a humidade
relativa média do ar às 9 horas mantém-se entre os 74 e 75%, começando a aumentar
a partir de Agosto até Outubro, atingindo em Setembro e Outubro valores na ordem dos
82 e 83%, respectivamente.
Este valor da humidade relativa do ar, associado com as temperaturas amenas no mês
de Setembro, torna a maturação do arroz num processo lento, o que limita o
aparecimento de fissuras no grão do arroz.
38
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
Nebulosidade
16
14
12
Nº médio de dias
10
8 N <= 2
6 N >= 8
4
2
0
FEV.
JAN.
MAR.
ABR.
JUN.
JUL.
AGO.
SET.
OUT.
NOV.
DEZ.
MAI.
Mês
Durante os meses em que se realiza a cultura do arroz (de Abril a Outubro) o mês com
maior nº de dias de nebulosidade é Maio. Mas durante o período da formação à
maturação do grão a nebulosidade apresenta valores muito significativos da ordem dos
15 a 16 dias/mês.
Precipitação
140
120
100
80
(mm)
60
40
20
0
JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ.
Mês
39
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
Em termos climáticos o Baixo Mondego, pela sua localização geográfica é uma Região
distinta do Vale do Tejo e do Sado. O Baixo Mondego, em toda a fase do ciclo da cultura
do arroz e em especial na fase da formação até à maturação do grão diferencia-se, das
outras regiões, nos seguintes aspectos: (1) menor nº de horas luz (1627 horas/luz
durante todo o ciclo cultural, das quais cerca de 500 horas/luz se concentram, no
período da formação à maturação do grão); (2) temperaturas médias, mais amenas e
amplitudes térmicas mais suaves, com uma humidade relativa do ar considerável; (3)
menor radiação global (cerca de 29 Kcal/cm2, durante os meses de Agosto e
Setembro).
VIII.4 – Solos
40
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
I – Núcleo
Fundamentação Histórica da Cultura do Arroz nos Campos do Mondego,
estudo inédito efectuado pela Prof. Doutora Irene Vaquinhas da F.L.U.C,
perspectivando uma resenha sobre a introdução e reflexos desta cultura no Baixo
Mondego (Anexo 4.1).
O segundo núcleo inclui publicações com abordagens diversas sobre a cultura do arroz
Carolino, respectivamente:
II – Núcleo
Canteiros de Arroz: a orizicultura entre o passado e o futuro, da autoria de
Irene Vaquinhas e José Amado Mendes, onde os autores tratam aspectos históricos
que vão desde a polémica da introdução do arroz nos campos do Mondego, o seu
aproveitamento gastronómico/turístico e, finalmente, a sensibilização para a
salvaguarda da memória histórica desta cultura através da museologia (Anexo 4.3).
41
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
42
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
X – Rotulagem
O nome ou denominação social e morada do produtor, não pode ser substituído pelo
nome de qualquer outra entidade, ainda que se responsabilize pelo produto.
43
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
XI – Legislação a Cumprir
44
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
XII – Bibliografia
DEUS, A. Afonso de [et al.] (2003) – Memória das Águas do Rio, Moinhos Moleiros
e Padeiros da Freguesia de Ul. Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis.
45
Caderno de Especificações do Arroz Carolino do Baixo Mondego
XIII – Anexos
Anexo 1 – Livro: Memória das Águas do Rio, Moinhos Moleiros e Padeiros da Freguesia de
Ul. Páginas 131 -134
46
ANEXO 1
Livro:
1. Pragas.................................................................................................................. 3
2. Doenças ............................................................................................................... 6
2
1. Pragas
3
1.1.1. Meios de luta
A luta cultural constitui um processo adoptado, com êxito, pela maior parte dos
orizicultores no combate à maioria das pragas referidas.
Importa salientar que o arroz para germinar precisa de oxigénio e da presença de
luz, para facilitar o seu desenvolvimento. Logo, um meio aquático com águas
turvas provocado por elevados níveis populacionais de fauna (micro, meso e
macrofauna) e níveis muito baixos de oxigénio é o menos próprio para o
nascimento do arroz.
Os orizicultores empiricamente adoptam um conjunto de práticas que condicionam
ou impedem o desenvolvimento das pragas, próprias do meio aquático.
4
1.1.3. Luta química
5
2. Doenças
6
Aspectos do ciclo biológico da doença
Com a P.I. foram criados meios técnicos nas Organizações de Produtores que
permitem efectuar um acompanhamento do estudo da evolução da doença, quer
através dos P.O.B. (Postos de Observação Biológica), quer pela observação directa
das várias explorações orizícolas.
O nível de conhecimento actual permite com alguma segurança aconselhar uma
intervenção química quando os níveis de ataque da doença o justificam e em
presença de condições favoráveis.
7
O recurso à luta química é pouco utilizado pelos Orizicultores dado haver um
acréscimo significativo nos custos de produção.
Os produtos químicos utilizados têm uma acção preventiva e actuam geralmente
inibindo a germinação dos conídios (esporos) ou a esporulação do fungo.
8
2.2.1. Meios de luta mais utilizados
Práticas culturais
9
2.3.1. Meios de luta
10
2.5. Mela ou “Giallume” – virose provocada pelo BYDV
Trata-se de uma doença com pouca incidência na região. Todavia, houve anos
excepcionais em que algumas explorações sofreram prejuízos consideráveis.
Os sintomas da doença nas plantas atacadas manifesta-se pela cor amarelada, pelo
tamanho ananicante e por panículas e grãos mal conformados.
A doença atinge grupos de plantas contínuas formando manchas circulares de
alguns metros quadrados, dispersas no arrozal.
O vírus tem como vector um afídeo Rhopalosiphum padi que encontra como plantas
hospedeiras várias gramíneas, designadamente a Leersia oryzoides, abundante na
região.
11
ANEXO 3
2
Média da Temperatura Média do ar – Setembro de 2005
3
Duração Total da Insolação (horas) – Agosto de 2005
4
Duração Total da Insolação (horas) – Setembro de 2005
5
ANEXO 4
Dina de Sousa
2006
O Convento
partir de meados do séc. XIX, o golpe final veio com as Invasões Francesas
frágil sobrevivência.
______________________________
(1) A.UC - Livro de Setenças e Aforamentos, doc. Nº 6, pag. 5.
2
Com a economia completamente debilitada, as religiosas sobrevivem,
até que, em 1834, por decreto de Joaquim António de Aguiar, foram extintos
mulheres que sem professarem a ordem ali viviam, para auxílio e companhia
das freiras.
A doçaria
Para celebrar acontecimentos relacionados com a vida do convento,
dignitários.
_________________________________
(2) ANTT – Livro da despesa e Recibo de Nossa Senhora da Natividade de Tentúgal 1702 –
1706, p.74/75.
3
Porém, aquando do empobrecimento da comunidade, os doces mudaram
No seu interior, sempre existiu gente do povo, como era o caso das
cidra.
4
O arroz carolino
convento. Numa altura em que eram frequentes as enterites, parece que uma
das terapias consistia numa canja de bacalhau e arroz. Aliás, prática ainda
bem como aos moinhos e às azenhas que ali abundavam. Registe-se, por
tudo indica que possa existir uma ligação entre o descasque do arroz e a
5
significativa concentração de moinhos e azenhas nesta zona, pioneiros e
6
BIBLIOGRAFIA
Fontes Impressas
ARNAUT, Salvador Dias - A Arte de Comer em Portugal na Idade Média,
Colares Editora, Sintra, 1972.
7
Fontes Manuscritas
I.A.N.T.T- Tomo 3: Cópia de Títulos Originais do Convento de Nossa Senhora
do Carmo de Tentúgal (1451 – 1684).
8
A.U.C. – Livro de Receita e Despesa do Convento de Nossa Senhora do Carmo
9
Anexo Documental
(arroz carolino)
10
Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo
Cota: Lv. 27
Pagina 3 (v)
Pagina 5
Pagina 10 (v)
Pagina11
Pagina 13 Março
* “aros”
* “Peixe Seco”
* “Peixe Seco”
Pagina 13 (v)
* “Aros”
* “Peixe Seco”
* “Dia de Saõ jozefh aros”
* “Peixe Seco”
Pagina 14
11
* “Aros”
* “Dia da encarnaçaõ aros”
* “Pagamos a hû barco q’ Trouxe pª Comonide as Castanhas e aros de Coimbra”
Pagina15 Abril
Pagina15 (v)
Pagina 16 (v)
Pagina 24 Maio
* “aros”
* “galinha a padre”
Pagina 25 Maio
Pagina 26 Junho
* “Trindade a rós”
* “Dia de Corpos aros e Carneiro”
Pagina 26 (v)
Pagina 28
* “aros e Carneiro”
12
Pagina 29 Junho (1703)
Pagina 30 (v)
Pagina32 (v)
Pagina 36
Pagina 42 9brº
* “dia () aros”
* “dia de finados (rus)”
Pagina 45
Pagina 49
* “Dia de Natal aros desfeito e Seia”
13
Pagina 50 (v)
Pagina 51
Pagina 53 (v)
Pagina 55
* “Domingo Arroz”
Pagina 56 (v)
* “Aros Domingo”
* “Provizão de Peixe Seco”
* “Domingo Aros”
Pagina 58
* “Domingo Aros”
* “Provizão do peixe Seco”
Pagina 59
14
* “2ª f. Primeira ontava aros e Seia”
* “3ª f. Dia da encarnação aros”
Pagina 60 (Maio)
Pagina 61 Abril
Pagina69 Junho
Pagina 69 (v)
15
Arquivo da Universidade de Coimbra
Cota: Nª Sª Carmo – 34
Pagina 4 9brº
Pagina 5 Dezbrº
Pagina 9 Abril
Pagina 14 Agosto
Pagina 15 Setembro
Pagina 17 9br,º
16
Pagina 18 Dezembro
Pagina 21 Março
Pagina 22 Abril
Pagina 24 Junho
Pagina 25 Julho
Pagina 27 Agosto
Pagina 29 Outubro
17
Pagina 30 9br,º
Pagina 32 Dezembro
Pagina 35 Março
Pagina 38 Maio
Pagina 40 Julho
Pagina 45 8br,º
18
Livro de Receita e Despesa do Convento de Nossa Senhora do Carmo de
Tentúgal – 1856 – 1858
Cota: Nª Sª Carmo – 35
Pagina 7 Junho
Pagina 12 9.bro
Pagina 13 Dez.bro
Pagina 18 Maio
Pagina 19 Junho
19
Pagina 21 Julho (cont.)
Pagina 30 Abril
Pagina 31 Maio
Pagina 33 Julho
Pagina 35 Agosto
Pagina 38 9.bro
* “Bacalhaó e aros q’ Veio por Várias vezes e por deferentes preços pª gastos da
Comonide”
20
Livro de Receita e Despesa do Convento de Nossa Senhora do Carmo de
Tentúgal – 1859 – 1865
Cota: Nª Sª Carmo – 36
Pagina 3 Maio
Pagina 4 Julho
Pagina 6 9.bro
Pagina 10 Junho
Pagina 11 Setembro
21
Pagina 12 9.bro
Pagina 15 Março
Pagina 16 Maio
Pagina 18 7br.º
Pagina 19 9.bro
22
Pagina 23 (v) Junho
Pagina 26 9.bro
Pagina 29 Abril
Pagina 30 Junho
Pagina 32 Outubro
Pagina 39 Novembro
23
Pagina 39 (v) Dez.bro
24
Livro Magistral de Receita e Despesa do Convento de Nossa Senhora do
Carmo de Tentúgal – 1865 – 1870
Cota: Nª Sª Carmo - 38
Pagina 95 8br,º
Pagina 97 Dez.bro
Pagina 99 Fevr.º
25
Pagina 109 9.bro
Pagina133 Fevr.º
26
Pagina 135 Abril
Pagina138 Julho
27
Livro de Receita e Despesa do Convento de Nossa Senhora do Carmo de
Tentúgal – 1865 – 1870
Cota: Nª Sª Carmo – 37
Pagina 5 Outubro
Pagina 6 Dezbrº
28
Pagina 13 (v) Março
Pagina 17 Outubro
Pagina 18 Dezbrº
* “8 Arrobas de Arros p’as Releg,as e gastos dos Rd,os P,es e Popilas” 14:800
Pagina 23 Outubro
Pagina 25 Fevr.º
Pagina 26 Abril
29
Pagina 27 (v) Julho
Pagina 29 Outubro
Pagina 30 Dezbrº
Pagina 35 Outubro
30
Livro de Receita e Despesa do Convento de Nossa Senhora do Carmo de
Tentúgal – 1871 – 1875
Cota: Nª Sª Carmo – 39
Pagina 10 8brº
Pagina12 Febrç
Pagina 13 Abril
Pagina 14 Junho
31
Pagina 16 Outubro
32
Livro de Recibo e Despesa do Convento de Nossa Senhora do Carmo de
Tentúgal – 1875 – 1876
Cota: Nª Sª Carmo – 40
Pagina 9 Maio
Pagina 15 Maio
33
Anexo Documental
(moinhos)
Tomo 15: Livro de Títulos Originais do Convento de Nossa Senhora do Carmo de
Tentúgal – 1690 – 1808
Cota: Nª Sª Carmo - 25
Pagina 53
“ Religiosas Contra Manuel Arraes de Mendonça Prestello e Cunha da Villa de Santa Comba
Daõ Comarca de Arganil”
“(…) Saõ Senhoras e pessuidoras de hum Moinho com duas Pertenças na Terra
Contigua no Citio da Ribeira de Moinhos / D Moinhos/ Termo da Villa de Tentugal os quais
partem da Nascente com a Estrada Publica do Sul com Beraras do Pessoa do Amorin e do
Poente com Nuno de Faria”
(…) de Outra verba Seguinte// Verba falhar despensa e Obrig = / tem há mais a dita Cappella de
Papo de Perdiz e dito cerca de Moinho, em (Marco) deste Termo de Sta Cristina o qual Moinho
trás hora Izabel Peres Negro a Viúva mulher que fui de Gonçallo Domingues em pertença para
sempre a saber para ella e seus filhos e netos e nada a sua geraçaõ por linha directa hade pagar
em cada hum ano (…) a dita Capella de Papo de Perdiz e seus inspiradores Nuno de Moreirae a
Barbora Isabel Dias que saõ Pinhoras do Dito Moinho e pagaraõ também as outras pessoas que
o dito Moinho depois de haverem e livre derem (…)”
9 de Dezembro de 1799
Pagina 72 (V)
3 de Janeiro de 1635
Pagina 208
“ Carta de Venda do Quarto de Hum Moinho com Sua Ribeira e mato na Ribeira de
Maçalete Termo da Vila da Povoa de S.ta Cristina”
35
(Venda ás Religiosas)
9 de Setembro de 1617
Pagina 63
Mayo de 1639
Pagina 36
“ Hum moynho na Ribeira de Maçlleyta”
“ (…) Este moinho trans Eoie Pº de guevatta Al-mox.e do Mar-qz ê Villa nova danços
(…)”
- Ayres Allvilho Almoxarife
“ E tem outro assentamento de moynho no escourall o qual tem uma casa “Telhada” e
dentro tem uma Câmara e na dita casa dianteira estnam ao presente duas moos de moer Pans”
Pagina 77
“Dote q’ fez Izabel de Faria viúva de Paulo de Parada de Trez mil rs p.lo Professar a
filha de M.el Negraô. M.ª da Anunciaçaõ”
-Ano de 1592
36
Pagina 125
- 1607
Pagina 151
Pagina 154
Pagina 43
37
“Dona Ana de Mesquita na posse de metade do Moinho na Ribeira de massallete Termo
da Villa do Povoa de Santa Cristina q’ parte com a outro metade do mesmo moinho que he dos
ditas Religiosas”
“ Vendido por 125 Mil rs, Moinho de Bernardo Arnao, Carta de venda nasta q’ sua maj
m.ª da Anunciação Consta do Tombo Velho. Da Conv.to Em o seu dotes q’ nelle est’a”
Pagina 120
- 11 de Abril de 1624
“ Moinho q’ Chamaõ do Pote com Chaõ e Ribeira, na limite da vila da povoa a Rio de
lobos”
38
ANEXO 4.3
DEVERES
DIREITOS
Infracção pouco grave – será punido com um máximo de uma advertência por escrito,
seguida de coimas a estabelecer em Assembleia Geral.
Infracção grave – será punido com as coimas a estabelecer em Assembleia-geral e se a
qualidade do produto for posta em causa, o mesmo será rejeitado, e os custos inerentes
daí resultantes serão assumidos pelo próprio. Também será sujeito a um maior nº de
visitas de controlo.
Infracção Muito Grave – será punido com coimas e a interdição temporária e/ou definitiva de
uso de certificação. No caso de ser temporária, o produtor terá de demonstrar que está a
cumprir todos os requisitos para beneficiar da IGP durante um período não inferior a 18
meses, durante o qual não poderá beneficiar da referida menção. Se o produtor continuar
a cometer infracções sem explicação credível, será proibido definitivamente de beneficiar
da IGP – Arroz Carolino do Baixo Mondego.