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Oto de Sá Cavalcante
Diretor Executivo Ari de Sá Cavalcante Neto
Supervisão Pedagógica Ademar Celedônio
Georgia Marinho
Regina Gadelha
Coordenação Geral Alexandre Albuquerque
Coordenação Editorial Arlete Castelo Branco
Consultores Educacionais Anna Paula Barreira
Igor Sampaio
Ottávia Rodrigues
Raison Pinheiro
Atendimento a Escolas Conveniadas Karla Araújo
Organizadores
Airton de Farias
Francisca Barros
Ficha Técnica
Cuba e a OEA........................................................................................................11
Gripe Suína............................................................................................................14
Crise Econômica....................................................................................................16
As Eleições no Irã..................................................................................................24
Exercícios ..............................................................................................................34
Propostas de Redação..........................................................................................57
Resumos Esquemáticos......................................................................................166
Os 20 Anos do Massacre da Praça
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\\ Um Colosso
Dicas de Vestibular | Atualidades
A China é uma das civilizações mais antigas do mundo, com mais de cinco
mil anos de história. É o país com o maior número de habitantes do mundo,
em cerca de 1,3 bilhão de pessoas, algo em torno de 20% da população do
planeta. Quando da expansão marítima europeia no século XIV, a China co-
nhecia tecnologias bem desenvolvidas em várias áreas – foram os chineses
que inventaram a bússola, a pólvora, o papel e a imprensa, por exemplo.
No século XIX, o gigantesco mercado consumidor representado pela po-
pulação chinesa tornou o país alvo da cobiça das potências imperialistas. A
China acabou sendo obrigada a se abrir e submeter-se às potencias capita-
listas.
No século XX, iniciam-se movimentos armados para expulsar as potên-
cias estrangeiras que dominavam a China, destacando-se os nacionalistas de
Chiang Kai-Shek e comunistas liderados por Mao Tsé-Tung. Em pouco tempo
começou uma guerra civil entre nacionalistas e comunistas. Nos anos 1930,
a China é atacada pelo Japão, já no contexto da II Guerra Mundial. Expulsos
os japoneses, a China volta a sofrer com a guerra civil, que os comunistas
vencem em 1949 (era a chamada Revolução Chinesa). Os nacionalistas fogem
para a Ilha de Formosa, onde criam a chamada China Nacionalista ou Taiwan,
capitalista (a China vermelha ainda hoje considera Taiwan uma província re-
belde).
A implantação do socialismo foi dramática – na tentativa de reconstruir
a sociedade, Mao Tsé lançou nos anos 1960 a chamada Revolução Cultural,
resultando na morte de milhões de chineses mortos de fome ou executados
pelo Estado autoritário, além de uma economia estagnada.
Em 1978, Deng Xiaoping assumiu o poder e iniciou um processo de refor-
mas econômicas, baseadas na abertura ao capital estrangeiro e na prática de
livre mercado na agricultura, indústria e comércio. Manteve, por outro lado, o
controle político com a “mão-de-ferro” do Partido Comunista.
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Em maio de 1989, durante uma reunião sino-soviética e da visita do então
\\ A China Hoje
Nos anos posteriores ao massacre, o modelo econômico de abertura e a
ditadura política continuaram.
Economicamente, o país conheceu, nos últimos anos, um extraordinário
crescimento, atraindo investimentos estrangeiros e exportando produtos de
baixo custo e quase sem concorrência no mercado internacional (os salários
pagos são baixos e quase não há direitos trabalhistas, e denúncias dão conta
da grande exploração dos operários chineses: trabalham seis a sete dias por
semana e 12 horas por dia).
O PIB (Produto Interno Bruto) da China é de US$ 3,5 trilhões, o que faz do
país a terceira maior economia do planeta, atrás apenas de Estados Unidos
e Japão. Perto de 400 milhões de pessoas saíram da pobreza absoluta nos
últimos anos, muitas delas vindas do campo e trabalhando nas fábricas das ci-
dades, onde produzem desde produtos piratas até componentes eletrônicos
sofisticados. Atualmente, a China apresenta uma excelente educação, com
pesquisas de ponta e analfabetismo de 4% (nos anos 1960, era de 60%).
A ditadura chinesa apresenta uma estreita relação comercial com os Es-
tados Unidos, numa das grandes contradições da política externa deste país,
que diz defender as “liberdades democráticas” no mundo.
A China continua com um regime político autoritário, burocrático, con-
trolado com punho firme pelo Partido Comunista e com apoio de uma nova
burguesia que surge no país em virtude da expansão econômica. Impera ain-
da a corrupção (apesar de o governo punir os casos até com pena de morte),
desrespeito ao meio ambiente e falta de liberdades civis. De certo modo,
a prosperidade econômica serviu para diminuir o descontentamento com a
falta de democracia.
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A Coreia do Norte e os Testes Nucleares
Dicas de Vestibular | Atualidades
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Com a derrocada da União Soviética e a dos regimes comunistas no Leste
\\ Jogo Perigoso
O projeto nuclear da Coreia do Norte seria parte de uma estratégia de
fortalecimento do regime comunista e de sobrevivência externa. Apesar dos
discursos dos Estados Unidos e da Coreia do Sul de diálogo e coexistência
pacífica, a política externa neoconservadora norte-americana nos últimos
anos, especialmente no governo de George W. Bush, passou ao líder norte-
coreano Kim Jong-il a ideia de que os americanos queriam derrubar o regime
comunista de qualquer maneira. Lembremos que em 2002, George Bush in-
cluiu a Coreia do Norte no que chamou “eixo do mal”, ao lado do Irã e Iraque
– certamente não ajuda muito numa negociação associar um país ao “mal”...
Assim, investir em armas nucleares foi a maneira encontrada por Kim Jong-il
de frustrar qualquer plano ocidental de derrubá-lo. A Coreia do Norte apre-
senta o quarto maior exército do planeta, com aproximadamente 1, 2 milhão
de soldados, com um grande arsenal de armas.
A queda de Kim Jong-il, todavia, não interessaria à China. Esta, que faz
fronteira e é aliada da Coreia do Norte há décadas, é fundamental na reso-
lução do problema. Os chineses não desejam o aumento da influência dos
Estados Unidos na estratégica Península Coreana (o que se daria possivel-
mente, com o fim do regime norte-coreano) e nem querem que milhões de
pessoas famintas e desesperadas cruzem sua fronteira no caso do regime co-
munista entrar em colapso. Por outro lado, a China também não quer a Coreia
do Norte com armas nucleares, pois isso significaria maior independência e
poder de barganha de Kim Jong-il em relação a Pequim. Um jogo de xadrez.
Há também quem enxergue no programa nuclear da Coreia do Norte uma
maneira de forçar a abertura de negociações com os Estados Unidos e a nova
gestão de Barack Obama, visando por fim às sanções econômicas que o regi-
me comunista sofre há anos em virtude de seus testes com armas nucleares.
\\ Controle Nuclear
A partir do final dos anos de 1960, com uma forte pressão popular inter-
nacional contra o perigo das armas nucleares, os governos de vários países
passaram a assinar acordos para controlarem os arsenais do planeta. No fun-
do, era uma maneira desse “clube nuclear” se proteger de novos membros e
garantir seu poder bélico e interesses estratégicos.
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São consideradas potências nucleares atualmente: Rússia, Estados Uni-
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dos, Reino Unido, China, França, Israel, Índia e Paquistão. Coreia do Norte e
Irã já tem ou estão perto de terem armas nucleares também – daí a pressão e
os embargos para abortarem seus programas.
Os riscos, afora um confronto nuclear, são de que ocorram acidentes em
usinas, gerando danos ao meio ambiente e às populações e de que as armas
caiam nas mãos de grupos extremistas, a exemplo da Al-Qaeda.
O que parece, a Coreia do Norte ainda não é capaz de miniaturizar uma
ogiva nuclear (ou seja, não tem tecnologia para “colocar” uma ogiva num
míssil) e atingir alvos distantes, a exemplo da Europa e Estados Unidos.
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Cuba e a OEA
\\ A Revolução Cubana
As relações entre Cuba e os Estados Unidos entraram em atrito a partir
da Revolução Cubana de 1959, quando Fidel Castro, Ernesto Che Guevara e
outros derrubaram a ditadura de Fulgêncio Batista. Este estava no poder há
25 anos e era um importante aliado dos Estados Unidos. Até então, Cuba era
uma espécie de “Las Vegas do Caribe”: grupos mafiosos americanos explora-
vam cassinos, bordéis e o turismo local, enquanto turistas norte-americanos
passavam férias na Ilha, deleitando-se com festas, jogatina e prostituição.
No comando do país, Fidel começou um programa de reformas sociais e
políticas que irritaram profundamente as elites cubanas e o governo dos Esta-
dos Unidos, a exemplo de uma reforma agrária e a nacionalização de empresas
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estrangeiras. Boa parte das elites cubanas migrou especialmente para Miami
Dicas de Vestibular | Atualidades
(EUA), onde ainda hoje faz cerrada campanha contra o regime castrista, e
os Estados Unidos adotaram várias medidas visando isolar e consequente-
mente fazer naufragar a revolução. Ante a pressão dos Estados Unidos, Cuba
cada vez mais se aproximou da União Soviética, declarando-se socialista.
Exemplo das retaliações norte-americanas a Cuba é o embargo econô-
mico, decretado em 1962, logo após o rompimento das relações diplomá-
ticas entre as duas nações. O embargo suspendeu todas as importações e
exportações entre os países (no governo Bill Clinton, em 1999, ampliou-se o
embargo, proibindo-se as filiais estrangeiras de companhias estadunidenses
de comercializar com Cuba, a valores superiores a 700 milhões de dólares
anuais).
A medida está em vigor até hoje e teve três efeitos: aumentou a antipatia
da América Latina em relação aos Estados Unidos, comprometeu a economia
de Cuba (que importa 80% do que consome) e serviu, ironicamente, para
fortalecer o regime de Fidel, ao unir a população contra um inimigo externo
e culpabilizar o embargo pelas mazelas do país.
Nessa mesma conjuntura, os Estados Unidos obtiveram que a OEA expul-
sasse Cuba da organização e a isolasse diplomaticamente. A decisão foi ado-
tada na 8ª Assembleia em Punta del Este, Uruguai, em 1962. Quatorze países
votaram pela suspensão, Cuba votou contra e seis países se abstiveram (Ar-
gentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador e México). As hostilidades entre Cuba
e Estados Unidos foram além do embargo econômico e o boicote político –
por várias vezes, a CIA (Agência Central de Inteligência, em inglês – o serviço
de informações e espionagem dos Estados Unidos) tentou assassinar Fidel.
\\ A Revolução Ilhada
Apesar das dificuldades econômicas, o regime comunista cubano conse-
guiu sustentar-se, contando com o apoio, é verdade, da antiga União Soviética.
Com a derrocada do socialismo real no Leste Europeu e na própria União So-
viética no final dos anos 1980 e início da década seguinte, a economia cubana
quase entrou em colapso, com constantes faltas de energia elétrica, combustí-
vel, racionamento de alimentos etc. Foram adotadas, então, algumas medidas
de abertura econômica, a exemplo de investimentos e estímulo ao turismo.
Com a saúde abalada, Fidel afastou-se do poder em 2006 e em fevereiro
de 2008, após 49 anos no cargo, entregou a presidência ao irmão, Raúl Cas-
tro. O novo governo adotou medidas para aumentar a produtividade das em-
presas estatais e permitiu aos cubanos a comprar computadores e celulares.
Cuba tem 11,4 milhões de habitantes e ocupa a 51ª posição no IDH (Índice
de Desenvolvimento Humano – mede o grau de “desenvolvimento” dos paí-
ses) da ONU (o Brasil está em 72º lugar). O país também é lembrado pela exce-
lente qualidade da saúde e educação (a taxa de analfabetismo é quase zero).
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Os opositores cubanos, porém, sofrem perseguição política. Faltam di-
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Gripe Suína
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\\ Outras Pandemias
Ao longo do século XX, aconteceram três pandemias no planeta. A pri-
meira deu-se em 1918, ficando conhecida como gripe espanhola ou gripe
pneumônica – foi tida como uma das mais mortíferas doenças de todos os
tempos. Estima-se tenha matado entre 20 e 100 milhões de pessoas por todo
o mundo. A doença teve o primeiro caso nos Estados Unidos, em março de
1918. Em pouco espalhou-se pela Europa e outros lugares (era a época da I
Guerra Mundial e muitas tropas estavam sendo deslocadas). A designação
“gripe espanhola” talvez se deva ao fato de a imprensa na Espanha, não par-
ticipando na guerra, haver noticiado livremente que civis em muitos lugares
do mundo estavam adoecendo e morrendo em grandes proporções.
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Em 1957, teve-se o que ficou conhecida como gripe asiática. Iniciou-se na
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Crise Econômica
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A partir de 2004, porém, os juros nos EUA começaram a subir (foi uma
\\ Crise Global
No mundo da globalização financeira, a crise americana logo propagou-
se, fosse pelo pessimismo do mercado (é a chamada “crise de confiança” –
numa época de incertezas, o dinheiro para de circular: quem possui recursos
sobrando não empresta, quem precisa de dinheiro para cobrir falta de caixa
não encontra quem forneça...), fosse pela diminuição do comércio com os
EUA. Empresas passaram a cortar seus investimentos ou a fecharem as por-
tas, aumentando o desemprego e o achatamento de salários.
Para evitar um caos ainda maior, os governos de vários países passaram a
injetar trilhões de dólares visando socorrer empresas em dificuldades – uma
prática, por sinal, totalmente contrária aos princípios do chamado neolibera-
lismo, de que não deve o Estado intervir no mercado. Por tal razão, há quem
afirme que a presente crise foi a pá de cal no neoliberalismo. Há um silêncio
constrangedor atualmente entre os antigos defensores do Estado mínimo...
Além de emprestar dinheiro a empresas, os governos adotaram outras
medidas, a exemplo de estatizar empresas com risco de falência (outra medi-
da totalmente contrária aos ideais do neoliberalismo) e a garantir os depósitos
feitos pelos clientes nos bancos (para evitar uma corrida das pessoas às agên-
cias bancárias, temendo que estas quebrassem e não lhes reembolsassem).
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\\ A Crise e o Brasil
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Se de início o Brasil não foi atingido pela crise, a médio prazo, porém, foi
inevitável o “contágio”, em virtude da interligação da economia capitalista
globalizada. Vários setores nacionais passaram a sentir a redução da oferta de
crédito por parte dos bancos (grandes empresas que dependiam de financia-
mento externo passaram a encontrar menos linhas de créditos disponíveis) e,
em seguida, pela queda das exportações e importações (são os EUA ainda o
nosso principal parceiro comercial), e da própria demanda interna (com a cri-
se, houve uma redução do consumo das pessoas), que foi o grande propulsor
do crescimento brasileiro nos últimos anos. Em decorrência, houve o avanço
do desemprego e uma expectativa de desaceleração no crescimento econô-
mico do País – ainda que se espere que no Brasil a situação fique melhor que
na maioria dos países desenvolvidos e emergentes.
Os setores econômicos que mais sentiram a queda da demanda no Brasil
(e igualmente no resto do mundo) são o automotivo, o imobiliário e o de bens
de capital (ligado aos investimentos). Isso deu-se porque tais segmentos ven-
dem produtos que dependem diretamente de financiamentos, cada vez mais
reduzidos.
Nessa conjuntura, o governo federal tomou algumas medidas para ten-
tar reforçar as vendas e estancar as demissões. Entre tais medidas, teve-se a
redução temporária das alíquotas do IPI (Imposto sobre Produtos Industriali-
zados) sobre automóveis e eletrodomésticos da “linha branca” e a injeção de
R$100 bilhões no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social) para realizar empréstimos.
O reflexo da crise se espelhará no desempenho do PIB (Produto Interno
Bruto) brasileiro, cujo crescimento este ano talvez não chegue a 1%, bem
diferente dos 4% esperados antes da crise.
A crise provocou um efeito dominó. Com a bancarrota do setor imobiliário, os
especuladores internacionais procuraram outras áreas para aplicar seus capitais
e obter lucros – no caso, a bola da vez foi o setor de alimentos (ou seja, passa-
ram a investir em empresas que negociavam commodities, isto é, negociavam
soja, milho, trigo etc.). A procura por esse setor levou a um aumento do preço
internacional dos grãos (de novo a “lei da oferta e da procura”). Por essa razão,
entende-se a crise alimentar do início de 2008, que atingiu vários países pobres
os quais não tinham como pagar pelo aumento da cotação dos grãos. Ao con-
trário do que foi propagado a época por certas revistas semanais, não era a falta
de alimentos em si que provocava o aumento dos preços dos alimentos, mas
um ataque especulativo. Depois, com o próprio evoluir da crise internacional, os
preços dos alimentos voltaram a cair...
Outra consequência da crise, e que teve particular repercussão no Brasil,
foi a forte queda nos mercados acionários. Com medo da crise financeira
aumentar, os investidores/especuladores tiraram o dinheiro das Bolsas, con-
sideradas investimentos de risco. Dessa forma, escasseiam recursos para as
empresas investirem e a crise aumenta, o que faz os investidores/especula-
dores novamente tirarem mais dinheiro. Para manter aquele dinheiro em suas
fronteiras, os governos mantêm elevadas as taxas de juros.
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Os 80 Anos da Crise de 1929
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Assim, as camadas mais pobres do país não foram beneficiadas com a pros-
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Mesmo nos EUA, país construído sob o ideal liberal, o Estado passou a
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Os 20 Anos da Queda do Muro de Berlim
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\\ A Construção do Muro
Com o fim da Segunda Guerra, a Alemanha nazista e sua capital Berlim
foram divididas em quatro zonas de ocupação entre URSS, EUA, Reino Unido
e França. Em 1949, com a radicalização da Guerra Fria, o país acabou sendo
dividido em dois, as repúblicas Federal da Alemanha (Ocidental - capitalista)
e Democrática Alemã (Oriental - socialista). O mesmo aconteceu com a cida-
de de Berlim, dividida em Berlim Ocidental (capitalista) e Berlim Oriental (so-
cialista) – havia, porém, um sério problema: Berlim Ocidental ficava dentro da
Alemanha Oriental, ou seja, havia uma cidade capitalista no lado socialista!
Berlim Ocidental recebeu milhões de dólares e se tornou uma joia de pro-
paganda do capitalismo dentro do bloco comunista. Era também um local
por onde os EUA e seus aliados ocidentais infiltravam espiões para vigiar o
inimigo socialista.
A expansão econômica de Berlim Ocidental e o autoritarismo reinante na
Alemanha Oriental levavam milhares de pessoas a migrar/fugir para o lado
capitalista. Assim, para conter tais fugas, em 1961 a União Soviética ergueu
o Muro de Berlim. Chamado pelo Ocidente de “Muro da Vergonha”, o Muro
de Berlim tornou-se o maior símbolo da Guerra Fria, representando a divisão
do mundo em dois modelos sócio-econômico-ideológicos. Para os alemães,
afora a divisão de seu país (separando famílias e territórios), era uma lem-
brança viva da II Guerra Mundial e das consequências desta.
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\\ A Queda
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As Eleições no Irã
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Pressionado pelo Ocidente, o Irã passou a desenvolver um programa nu-
\\ Teocracia e Eleições
Ao contrário do Ocidente, onde prevalecem regimes laicos (ou seja, se-
paração entre Estado e religião), o Irã é uma república teocrática, estando o
poder político e religioso nas mãos do Líder Supremo, o aiatolá Ali Khamenei.
É este que controla as Forças Armadas, a Justiça e a imprensa estatal (rá-
dio e TV), além de indicar quem pode concorrer aos cargos eletivos do país.
Abaixo do Líder Supremo, está o Conselho dos Guardiães, órgão legislativo
formado por seis clérigos e seis juristas.
Na recente eleição, houve uma polarização entre o atual presidente Mah-
moud Ahmadinejad e o oposicionista tido como moderado Mir-Hossein Mou-
savi. Setores ocidentais veem com ressalvas Ahmadinejad, por suas posições
tidas como radicais, a exemplo de defender a destruição do Estado judeu de
Israel e a continuidade do programa nuclear iraniano (neste caso, visando mos-
trar força e defender o regime contra seus não poucos inimigos). Mousavi, por
sua vez, apresenta o apoio das mulheres (oprimidas pelo machismo iraniano,
que usa o islamismo para justificar a submissão feminina), dos estudantes e da
classe média reformista que desejam maior aproximação como o Ocidente.
A campanha eleitoral foi até calma, ocorrendo um recorde de 84% de
comparecimento às urnas (o voto não é obrigatório no Irã). Ahmadinejad foi
reeleito com 24,5 milhões de votos, 62,7%, contra 33,7% de Mousavi. A opo-
sição, de imediato, alegou que houve fraude nas eleições.
As suspeitas deram-se em virtude do anúncio da reeleição de Ahmadi-
nejad duas horas após o fechamento das urnas (normalmente, a contagem
de mais de 40 milhões de votos em cédulas de papel, escritas à mão, leva
mais tempo). Além disso, pesquisas apontavam ao menos uma disputa mais
apertada entre os candidatos, não uma vitória do presidente com tamanha
vantagem de votos no primeiro turno.
Passaram, então, a ocorrer protestos com milhares de pessoas pelas ruas
de Teerã. Aconteceram mesmo algumas mortes e dezenas de pessoas saíram
feridas em confronto com a polícia e a temida Guarda Revolucionária, agru-
pamento militar de elite.
25
O governo tacha os manifestantes de “baderneiros” e acusa agentes de
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Outros Caminhos da Índia
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Os arianos dividiram a sociedade da Índia em castas, ou seja, em grupos
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\\ A Independência
No século XVII e XVIII, após séculos negociando as famosas especiarias
orientais com a Europa, a Índia caiu sobre o domínio do imperialismo inglês.
No século XIX, várias revoltas anticoloniais ocorreram na região, sendo dura-
mente sufocadas pelos britânicos.
As lutas nacionalistas contra os ingleses eram inicialmente lideradas pelo
Partido do Congresso (ou Congresso Nacional Indiano), fundado em 1885 e
que representava a população hindu, e pela Liga Muçulmana, fundada em
1906, que representava, obviamente, os muçulmanos. Hindus e islâmicos,
mesmo com suas diferenças, aliaram-se contra o Império Britânico. A oposi-
ção ao imperialismo contou com luta armada, greves, sabotagens, atentados
e até a resistência pacífica, liderada por Mahatma Gandhi, na década de 20.
Gandhi se tornou, então, o grande líder do movimento pela libertação do
país. Os ingleses, buscando evitar uma confrontação radical, adotaram a es-
tratégia de libertação gradual da Índia, para preservar, pelo menos, sua influ-
ência econômica, e estimularam as rivalidades entre hindus e muçulmanos. A
Liga Muçulmana passou a defender não só a independência, mas a criação de
um Estado islâmico separado da Índia hindu.
Após a II Guerra Mundial, a decadente Inglaterra aceitou a independência
da região. Não se manteve, porém, a unidade política da região. Surgiram a
Índia propriamente (com uma população majoritariamente hindu), Paquistão
(população de maioria islâmica), que por sua vez foi dividido em Paquistão
Ocidental e Paquistão Oriental, e o Siri Lanka, na ilha do Ceilão, de maioria
budista.
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Milhões de pessoas tiveram que se deslocar em direções opostas e estou-
\\ Crescimento Econômico
A partir do início dos anos 1980, a Índia passou a apresentar algumas ca-
racterísticas marcantes que despertaram crescente atenção dos analistas in-
ternacionais, como taxas elevadas e sustentáveis de crescimento econômico,
da renda per capita e das exportações de bens e serviços. Integra o que é
chamado de BRIC (acrônimo de Brasil, Rússia, Índia e China), países de eco-
nomia capitalista emergente.
A economia da Índia tornou-se a 12ª maior do mundo. O PIB do país,
em 2007, chegou à casa dos U$900 bilhões, com um crescimento de 8% em
relação ao ano anterior. O setor de serviços, em particular, tem sido o motor
dinâmico do crescimento indiano desde o início dos anos 1990. A indústria
igualmente prospera, destacando-se a produção de aço, equipamentos e
máquinas, cimento, alumínio, fertilizantes, têxteis, juta, biotecnologia, produ-
tos químicos, softwares e medicamentos.
Isso se deu especialmente com uma política de liberalização econômica
(privatizações, quebra de monopólios, diminuição das barreiras alfandegá-
rias etc.), atraindo investimentos estrangeiros – afora as vantagens oferecidas
pelo governo, a mão-de-obra na Índia é das mais baratas e exploradas do
mundo.
Apesar de milhões de pessoas terem saído da pobreza, o crescimento
econômico beneficiou apenas uma parcela da população, ou seja, a pros-
peridade econômica não desconcentrou renda. Da população de quase um
bilhão e 200 mil pessoas, cerca de 40% (algo em torno de 455 milhões) man-
têm-se na linha de pobreza.
A Índia busca maior participação das decisões internacional, integrando
o G-4, ao lado de Brasil, Japão e Alemanha, desejando, inclusive, um lugar
permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.
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Os 30 Anos da Lei da Anistia
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No final dos anos 1970, a Ditadura Militar vivia profunda crise política e
econômica. Instalados no poder com o Golpe de 64, o qual contara com am-
plo apoio de setores conservadores, os governos dos militares eram atingi-
dos pela inflação, endividamento externo, crise mundial do petróleo, pressão
do governo Jimmy Carter dos EUA pela democratização da América Latina,
greves e manifestações cada vez maiores da oposição, reunida em torno do
MDB (Movimento Democrático Brasileiro).
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As oposições falavam em uma anistia “ampla, geral e irrestrita”, ou seja,
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Norte-americanos Começam a Deixar o Iraque
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Para os EUA seria muito importante estabilizar de vez o Iraque, em virtude
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Exercícios
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4. Assinale o correto:
a) Tem-se que uma Pandemia acontece quando há uma contaminação global
por uma doença. Assim, os casos de gripe suína não caracterizam uma
pandemia.
34
b) Ao longo do século XX, aconteceram pandemias. A primeira deu-se em
35
7. Sobre a Índia é correto:
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9. Em 2009, comemoram-se os 150 anos da publicação da obra A origem das
11. Segundo dados do IBGE (2006), o estado de São Paulo tem-se caracterizado
por um número maior de pessoas que dele saem. Segundo estudiosos, tal
fenômeno é relativamente novo e diz respeito, principalmente, à:
a) “migração de retorno” de estrangeiros radicados no Estado os quais, por
motivos de ordem econômica, estão voltando a seus países de origem,
cujas economias demonstram, na atualidade, maior dinamismo.
b) emigração de paulistas para os Estados Unidos, atraídos por melhores
condições de trabalho e de vida, bem como pela possibilidade de remeter
valores às suas famílias que aqui permanecem.
c) “migração de retorno” de brasileiros, sobretudo nordestinos, que, ao bus-
carem melhores condições de vida, e por não as encontrarem, retornam
a seus estados de origem.
37
d) migração de paulistas para outros estados do país, em busca de novas
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12.
I. Durante a partilha da África, nos tratados da Conferência de Berlim, no
final do século XIX, essa região coube à Itália;
II. É uma região de tradicional rivalidade religiosa entre cristãos e muçulma-
nos;
III. Aproximadamente 45% da população dessa região vivem na miséria e
enfrentam secas e inundações recorrentes;
IV. É uma região estratégica, uma vez que é rota internacional de petróleo.
A sub-região do continente africano, a que se referem I, II, III e IV, está cor-
retamente assinalada em:
a) d)
b) e)
c)
38
13. A União Europeia viveu um grande dilema político quando realizou plebis-
14.
CENSURA POLÍTICA NA INTERNET
LÍBIA
CHINA
VENEZUELA
IRÃ VIETNÃ
PAQUISTÃO
ETIÓPIA
NOS PAÍSES MONITORADOS
Incisiva ou substancial
Suspeita de censura
Sem evidências
5690 km
NOS PAÍSES NÃO MONITORADOS
Sem dados
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15. “(...) Para os mais velhos, Mao é um constrangimento. É raro encontrar quem
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16. Com base nesses gráficos sobre 15 cidades, pode-se concluir que, no ano
de 1995,
40
c) as cidades mais populosas, por hectare, são aquelas que mais consomem
Então,
a) apenas I e III estão corretas.
b) apenas I e II estão corretas.
c) apenas II e III estão corretas.
d) I, II e III estão corretas.
e) apenas III está correta.
41
19. Nos cadernos internacionais dos principais jornais, já se tornou rotina a lei-
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1600
1200
800
400
0
A
h
t ão
s il
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s ia
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ão
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Ch
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N ig
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Pa q
Ind
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42
c) emergentes como a China, Índia e Brasil terão pequeno aumento demo-
(www.google.com.br)
43
c) regime tarifário brasileiro com a retomada do diálogo entre os países do
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Mercosul.
d) estrutura agrícola paraguaia com a ação das forças de direita do governo
recém-eleito.
“Há países com mais de 60% da população constituída por índios, como
Bolívia e Guatemala. E há um país como México, que está ao redor de
12%. Dependendo das condições, não há sentido pleitear essa autonomia
[de estados indígenas na América], especialmente se ela ficar submetida a
governos que não estão interessados em repassar recursos para o desen-
volvimento dessas populações. Há setores do zapatismo e do movimento
indígena boliviano que de fato pleiteiam a autonomia, mas ao mesmo tempo
estão buscando integrar-se. É importante diferenciar movimentos que bus-
cam maior inserção dos indígenas no mundo globalizado, de movimentos
extremados, fundamentalistas, que querem a autonomia a qualquer preço,
mesmo que ela venha isolar ainda mais os indígenas.”
Nestor García Canclini, em entrevista a O Estado de São Paulo, 2 de julho de 2007, in http://txt.estado.com.br/
suplementos/ali/2006/07/02/ali-1.93.19.20060702.4.1.xml
44
d) movimento indígena boliviano tem evidente conotação esquerdista e luta
25.
Desempenho Industrial Estadual — Taxas anuais reais de crescimento
10
–5 CE PE BA MG ES RJ SP PR SC RS
45
b) A China e o Japão, que tradicionalmente disputavam o mercado asiático,
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27. O governo dos EUA resolveu reativar, desde o dia 1.o de julho de 2008, a IV
Frota voltada para operações navais na América Latina, marcando uma nova
etapa nas suas relações com esta região. Na primeira metade do século XIX,
essa relação foi caracterizada por ideias que defendiam a liberdade comercial
e o princípio da não intervenção de nações estrangeiras, sintetizado pelo
lema “América para os americanos”. Como foi denominada essa política?
a) Doutrina do Big Stick
b) Aliança para o Progresso
c) Pan-americanismo
d) New Deal
e) Doutrina Monroe
28. “A crise financeira que assola Wall Street, que dura quase 14 meses, atingiu
seu auge na semana passada e trouxe a todas as mentes o fantasma da crise
de 1929 e da Grande Depressão dos anos 30. A crise parecia suspensa na
sexta-feira com a súbita euforia nos mercados diante do anúncio de inter-
venção do governo americano.
(...) Ao longo da semana, a maior economia do mundo se converteu em um
imenso laboratório onde estão sendo testadas as ideias para o capitalismo
financeiro do século XXI. Em 1929, começou a maior crise financeira que o
mundo já viu. Ela se alastrou por quase uma década e se confundiu, ao final,
com o rearmamento em três continentes e com a Segunda Guerra Mundial.
Fez surgir no Hemisfério Norte um capitalismo de face mais humana, mitigado
pela necessidade política de incluir e proteger seus cidadãos. É possível que
a crise atual leve à construção de um novo modelo cujos contornos estão
sendo definidos neste exato momento.”
Revista Época, 22/09/2008
46
A respeito da “crise de 1929” e do “Capitalismo Financeiro” praticado no
Então,
a) apenas I e II estão corretas. d) apenas II está correta.
b) apenas II e III estão corretas. e) I, II e III estão corretas.
c) apenas I e III estão corretas.
29.
F
0o
900 km
Adaptado de IBGE, 2002.
47
30. É comum encontrar, nas referências sobre a urbanização no século XX,
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31. Ao ritmo atual, o mundo só conseguirá atingir duas das oito Metas do Milênio:
cortar pela metade a pobreza medida pela renda (a proporção de pobres
vivendo com menos de 1 dólar/dia) e diminuir em 50% o número daqueles
que ainda não têm acesso à água potável. Mesmo essas Metas só devem ser
alcançadas graças aos progressos de apenas dois países: China e Índia.
(PNUD − ONU − Relatório do Desenvolvimento Humano – 2003)
48
32.
0 500km
< 5000
©HT-2003 MGM-Libergéo
33. A rede McDonald’s foi fundada na década de 1940 por Dick e Maurice
McDonald, mas comprada e vastamente expandida por Ray Kroc a partir
dos anos 1950. Kroc, um imigrante tcheco, foi aparentemente o primeiro
empresário que aplicou os princípios da produção em massa a um setor de
serviços. Em consequência de suas inovações, hoje cerca de 50 milhões de
pessoas por dia comem em um McDonald’s em mais de 120 países.
A rede McDonald’s tornou-se um dos símbolos de algumas das principais
mudanças, ocorridas em diversos países, nos últimos cinquenta anos. Sua
história se confunde com a das relações econômicas internacionais.
Uma mudança que pode ser representada pela expansão dessa rede e sua
respectiva causa histórica são:
a) mundialização da cultura – extinção da dualidade local/global.
b) padronização do consumo – expansão de empresas transnacionais.
49
c) americanização dos costumes – internacionalização tecnológica do setor
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industrial.
d) uniformização dos hábitos alimentares – integração mundial dos mercados
nacionais.
35. Qual das seguintes afirmações explica, sinteticamente, o fim da União So-
viética?
a) O regime entrou em colapso porque os dirigentes estavam desmoraliza-
dos, desde as denúncias de Kruschev no XX Congresso do Partido.
b) O regime deixou de ser sustentado pelo Exército, adversário tradicional
do Partido Comunista.
c) A vitória militar dos Estados Unidos na Guerra Fria tornou inviável a ma-
nutenção do regime.
d) O colapso do regime deveu-se à crise generalizada da economia estatal,
combinada com o fracasso da abertura controlada de Gorbatchov.
e) Os líderes soviéticos abandonaram a crença no socialismo e decidiram
transformar a União Soviética em um país capitalista.
50
37.
51
( ) O censo de 1970 revelou que o país havia se tornado majoritariamente
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52
40. O petróleo lidera e continuará liderando o ranking das fontes energéticas
53
42. Em relação à charge apresentada, marque a única resposta incorreta com
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www.biodieselbr.com
54
43. A recente decisão do ministro da Justiça Tarso Genro de conceder refúgio
44. Como forma de combater os efeitos da crise financeira internacional iniciada em 2007
e agravada nos anos de 2008 e 2009, o governo federal brasileiro tem tomado uma
série de medidas para estimular o consumo e evitar o aumento do desemprego no
Brasil. Assinale, dentre as alternativas seguintes, a única que apresenta uma medida
real recente tomada pelo governo brasileiro nesse sentido.
a) Elevação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) incidente na
compra de veículos acima de mil cilindradas, compensando a redução
do IPI dos carros populares (até mil cilindradas).
b) Elevação da parcela dos compulsórios bancários (parcela dos depósitos
bancários que as instituições financeiras são obrigadas a recolher ao Banco
Central), como forma de diminuir os recursos disponíveis ao crédito.
c) Elevação das alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras)
cobrado das empresas e pessoas físicas nas operações de crédito.
d) Criação de duas novas alíquotas no IR (Imposto de Renda) das pessoas
físicas, medida válida a partir do ano fiscal de 2009, aliviando a carga desse
imposto sobre os assalariados passíveis da cobrança de IR.
e) Proibição de o Banco Central emprestar dólares a bancos que se com-
prometessem a repassar os recursos aos exportadores.
55
45. A crise econômica internacional foi o principal tema discutido no encontro
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GABARITO
Atualidades
01. C 02. C 03. C 04. B 05. B 06. D 07. D 08. B 09. C 10. B
11. C 12. B 13. E 14. C 15. B 16. A 17. B 18. C 19. E 20. B
21. C 22. A 23. E 24. A 25. E 26. C 27. E 28. C 29. A 30. B
31. D 32. A 33. B 34. B 35. D 36. D 37. B 38. D 39. E 40. E
41. D 42. D 43. E 44. D 45. E 46. C
56
Propostas de Redação
Proposta 2:
Como representante do movimento estudantil chinês elabore um manifesto
destinado a conscientizar seus colegas acerca da importância de lutar contra o
regime totalitário de seu país.
Proposta 3:
Em reunião com aliados econômicos, Hu Jintao pronunciará um discurso res-
saltando as vantagens do regime comunista chinês. Escreva esse discurso.
Proposta 4:
Através de um texto dissertativo, reflita sobre o contraste existente entre a
liberdade econômica e o regime autoritário.
Proposta 5:
Noticie o que ocorreu na Praça da Paz Celestial naquele fatídico 4 de junho
de 1989.
Proposta:
Releia: “A ONU estuda novas sanções à Coreia do Norte, embora se saiba que
anteriormente essas medidas não provocaram efeitos.”
Cuba e a oea
Proposta:
Com o fim da Guerra Fria, muito se discute acerca da manutenção do embargo co-
mercial a Cuba e da expulsão do país da OEA (Organização dos Estados Americanos).
Em um artigo de opinião, diga se você é favorável à permanência dessas medidas de
isolamento como forma de pressionar o país por reformas democráticas, ou se defen-
de o abrandamento das restrições como forma de estimular o diálogo.
57
GRIPE SUÍNA
Dicas de Vestibular | Propostas de Redação
Proposta:
CRISE ECONÔMICA
Proposta:
Você foi convidado pela equipe de publicidade responsável pelo site chamado
“Universo Econômico” a escrever a apresentação da seção “Crise 2008”. Enfo-
cando as causas e consequências no panorama econômico mundial, desenvol-
va um texto expositivo para esse assunto(seção).
Proposta:
AS ELEIÇÕES NO IRÃ
Proposta 1:
Proposta 2:
58
OUTROS CAMINHOS DA ÍNDIA
Proposta 1:
Proposta 2:
Proposta:
59
TEMA 1: Meio Ambiente e Armas Nucleares
Dicas de Vestibular | Propostas de Redação
Texto I
De Volta a Bikini
Um documentário brasileiro mostra como a vida renasceu com
exuberância nos mares do Atol de Bikini, palco de testes nucleares
americanos nos anos 40 e 50.
Marcelo Marthe
TERRA ARRASADA
Explosão atômica em Bikini nos tempos da Guerra Fria
(no alto) e seus corais nos dias de hoje (acima):
do inferno ao paraíso.
60
No contexto da Guerra Fria, que opunha os Estados Unidos à, então,
Proposta I
Você, habitante de uma das ilhas do paradisíaco Atol de Bikini, foi informa-
do de que teria de ser removido da região porque lá ocorreriam vários testes
nucleares. Numa ilha suficientemente distante, ao avistar o grande cogumelo
atômico que destruiu o seu lar e devastou a sua bela terra natal, o que você
sentiu? Quais foram suas reações? Relate essa trágica experiência.
61
Proposta II
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Proposta III
Sessenta anos após o término dos testes realizados no Atol de Bikini, a
radiação continua a causar problemas tanto ao meio ambiente quanto ao ho-
mem. Você acha justo que uma nação remova aborígines para realizar tes-
tes de armas nucleares? A situação desses exilados não guarda semelhan-
ças tanto com a dos índios do Novo Mundo, “esmagados” pela colonização
europeia, quanto com a dos japoneses de Hiroshima e Nagasaki, vítimas de
bombas atômicas? Manifeste seu ponto de vista em um artigo de opinião a
ser publicado em um jornal de grande circulação.
Proposta IV
Você sabia qual era a origem da palavra aportuguesada biquíni? Como
editor de uma enciclopédia eletrônica, escreva um verbete no qual estejam
contemplados os diferentes significados do vocábulo assim como as explica-
ções necessárias ao seu perfeito entendimento.
62
Texto II
63
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Katsumi Kasahara/AP
Soldados japoneses patrulham base militar em Akita, norte do Japão,
após Coreia do Norte lançar foguete.
64
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Parte do foguete deve cair Localizada no oceano Pacífico,
a 120 km da costa japonesa entre o Japão e o Havaí
Arte/Folha de S.Paulo
» Japão deve movimentar » EUA, Coreia do Sul e Japão
bateria antiaérea PAC-3 vão monitorar o lançamento
para a costa, na região com navios de guerra
de Tóquio equipados com interceptores
de mísseis
Fonte: Graphic News
Proposta VI
Por que alguns países, como o Brasil, têm tecnologia nuclear e desenvolvem progra-
mas de lançamento de satélites sem que isso cause receio em outros povos enquanto o
mundo inteiro se preocupa quando nações como Irã e Coreia do Norte tentam fazer o
mesmo? Será que isso tem algo a ver com transparência e a tradição pacífica de uns ou
com o isolamento e o discurso beligerante de outros? Em um artigo de opinião, apre-
sente seu ponto de vista sobre o assunto e enumere algumas características que um país
deve ter para gerar confiança e credibilidade internacionais.
65
Texto III
Dicas de Vestibular | Propostas de Redação
Duda Teixeira
Sygma/Corbis/Latinstock
PASSADO Explosão no Atol de Mururoa, na Polinésia Francesa, em 1973: os testes
na atmosfera já foram banidos.
66
de o presidente Mahmoud Ahmadi-
67
Proposta VII
Dicas de Vestibular | Propostas de Redação
Proposta VIII
Proposta IX
68
TEMA 2: MÁFIA
Guido Motani/Corbis/Latinstock
JURADO DE MORTE
Saviano: um escritor de talento e um homem de coragem sobre-humana
69
Mais assustador ainda é quão fundo a Camorra se infiltrou em setores
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Isabela Boscov
Revista Veja, edição 2091, com adaptações.
Texto II
O livro vendeu 1,2 milhão de cópias na Itália, foi traduzido para 42 línguas
e sua adaptação para o cinema foi nomeada para concorrer ao Oscar.
No entanto, em uma entrevista ao jornal italiano La Repubblica, o escritor
afirma ser uma “vítima do próprio sucesso”.
Desde o lançamento de Gomorra, em 2006, o autor, de 29 anos, vive com
proteção policial armada durante 24 horas diariamente porque recebe amea-
ças da Camorra, como é conhecida a máfia napolitana.
70
“O que me mantém com vida, minha verdadeira proteção, é estar atento
Proposta I
Como é a experiência de viver ameaçado pela máfia e cercado por segu-
ranças? Em uma página do diário de Roberto Saviano, relate um dia na vida
do jornalista ameaçado, mostrando como o medo e as precauções necessá-
rias alteraram a rotina e dificultaram as atividades mais simples do dia-a-dia
do jovem escritor.
Proposta II
Preocupado com a situação vivida por Roberto Saviano, que teve a cora-
gem de denunciar a máfia e agora enfrenta ameaças de morte, produza um
texto para uma campanha comunitária com o objetivo de convencer a popu-
lação de Nápoles a vencer o medo e a denunciar o crime organizado.
Proposta III
A liberdade de expressão é um dos pilares da democracia e um dos mais
básicos direitos do homem. Durante anos, houve uma constante preocupa-
ção em proteger essa importante conquista de possíveis tentações autori-
tárias de governos legítimos, mas raramente escutamos alguém falar sobre
como protegê-la da ação de grupos manifestamente criminosos. Em um
texto dissertativo, apresente uma sugestão sobre como os governos po-
deriam proteger seus cidadãos de entidades ilegais, como a Camorra, no
que concerne à liberdade de expressão. Exemplos: programas de proteção à
testemunha, delação premiada, promoção de filmes, livros e reportagens de
caráter denunciativo etc.
71
TEMA 3: EDUCAÇÃO
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Texto I
A crise que estamos esquecendo
72
Proposta I
Proposta II
Produza uma crônica argumentativa em que a sua reflexão parta de um fato
envolvendo relacionamentos entre pais e filhos ou entre escola e alunos.
Texto II
73
PARCERIA – O conteúdo da prova do novo Enem ainda não foi definido
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Proposta III
Imagine que você foi convidado a proferir uma palestra no seminário Jo-
vens rumo ao vestibular. Para essa ocasião, exponha, no seu texto, como você
avalia a forma tradicional do vestibular, se esse processo seletivo deveria ter
sido mudado ou não e se concorda com o novo modelo de vestibular que
será implantado.
Proposta IV
Escreva um editorial para uma revista chamada Vestibulando e nela expo-
nha uma avaliação sobre o estilo de prova Enem. Inicialmente, apresente qual
o significado dessa prova como critério de avaliação. Em seguida, apresente
dois argumentos favoráveis ou contra a aplicação dela no novo formato de
vestibular e, para concluir o texto, ratifique sua opinião com um breve co-
mentário ou sugira uma outra forma de avaliação, caso seja contra esse novo
método. Lembre-se de que um editorial apresenta a opinião da revista.
74
Tema 4: lei
75
Samuel Moreira, líder da bancada do PSDB na Alesp, afirma que “o pro-
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jeto garante o direito individual de quem fuma e de quem não fuma”. “Ado-
tando essa medida, reduziremos os fumantes e melhoraremos os índices de
saúde nos próximos anos”, completou.
Moreira acredita também que a proibição ao fumo em locais fechados
não causará uma onda de desemprego no setor de bares e restaurantes. “A
lei valerá para todos, por isso, acreditamos que não haverá desemprego”,
disse o tucano, que defende que a permissão de fumódromos pela lei pre-
judicaria pequenos proprietários devido ao alto custo. “Esse projeto joga as
pessoas contra as pessoas, é uma lei que não vai pegar”, contestou o deputa-
do Hamilton Pereira, do PT, por considerar que o projeto vai contra “o direito
às liberdades individuais”. Dos 18 votos contra o projeto, 17 foram da bancada
do PT (o outro foi do PV).
O líder petista na Assembleia, Rui Falcão, defendeu o aumento do preço
do maço do cigarro para dificultar o acesso das pessoas ao fumo, em contra-
posição às medidas presentes no projeto do governo paulista. O deputado
ainda espera que a população cobre do governador José Serra medidas efe-
tivas para o tratamento dos fumantes. “Mais do que repressão, é importante
educar a população dependente do fumo”, disse Falcão.
Questionado sobre se a lei vai pegar nos estabelecimentos situados em
regiões de periferia, Samuel Moreira disse que o governo fará ampla campa-
nha para que toda a população se adapte às novas regras, já que o respon-
sável por restringir será o proprietário do lugar. De acordo com o deputado,
quem não cumprir a lei poderá ser encaminhado à delegacia e até ser preso
– a ação policial serve tanto para o fumante quanto para o local onde o fu-
mante está.
Do UOL Notícias, em São Paulo, 07/04/2009 – atualizada às 22h08
76
Texto II
É proibido fumar
Diz o aviso que eu li
É proibido fumar
Pois o fogo pode pegar
Mas nem adianta o aviso olhar
Pois a brasa que agora eu vou mandar
Nem bombeiro pode apagar
Nem bombeiro pode apagar
Eu pego uma garota
E canto uma canção
Nela dou um beijo
Com empolgação
Do beijo sai faísca
E a turma toda grita
Que o fogo pode pegar
Nem bombeiro pode apagar
O beijo que eu dei nela assim
Nem bombeiro pode apagar
Garota pegou fogo em mim
Sigo incendiando bem contente e feliz
Nunca respeitando o aviso que diz
Que é proibido fumar
Que é proibido fumar
É proibido fumar (agora!)
Diz o aviso que eu li
É proibido fumar
Pois o fogo pode pegar...
Composição: Roberto Carlos e Erasmo Carlos
77
Proposta I
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Proposta II
78
TEMA 5: DOM HÉLDER CÂMARA
79
afastamento do jovem padre Hélder Câmara da Ação Integralista Brasileira.
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80
No plano internacional, Dom Hélder contribuiria para a fundação do Con-
81
reformar a Igreja de Cristo, livrando-a dos compromissos com os poderosos e
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Proposta I
Em comemoração ao centenário de D. Hélder Câmara, o jornal de sua ci-
dade publicou uma série de textos homenageando o cearense ilustre. O seu
foi um dos selecionados. Escreva-o no formato editorial.
82
Proposta II
83
TEMA 6: FLAGELO
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Texto I
“Se não há alma, se os africanos não se ajudam, não se pode resolver o fla-
gelo (da sida) com a distribuição de preservativos”, disse Bento XVI. Digam
se houve algum Papa que tenha dito coisa diferente sobre os preservativos?
O Papa está atento às causas da sida e não apenas às consequências. Daí
o seu conselho para a humanização do sexo. A sua afirmação não é novidade,
mas, ao dizê-lo a caminho da África, onde a sida é um grande flagelo, pode
ter comprometido o êxito da viagem, por mais que chame a atenção para o
continente mais esquecido e explorado.
Talvez nos convenha reduzir o problema ao sim ou ao não ao preservativo,
para nos alienarmos face a tantos africanos a morrer de fome. Antes de se
despedir dos Camarões, Bento XVI disse a doentes da sida, malária e tuber-
culose: “Sei que junto de vós a Igreja Católica está fortemente empenhada
numa luta eficaz contra estes terríveis flagelos”.
A própria ONU reconhece que a Igreja Católica tem papel de relevo no
combate às vítimas da sida. Mais de um quarto de todas as instituições liga-
das ao tratamento dos doentes da sida é da iniciativa da Igreja Católica.
Enquanto isso, os fazedores de opinião contentam-se com críticas ao
Papa e lavam as mãos, como nada mais lhes comovesse o coração diante de
quem sofre ou morre de sida. Lá sabem por que é que o anticlericalismo se
serve frio!
(http://jn.sapo.pt/Dossies/)
Proposta I
Como você analisa a postura do Papa retratada no texto acima? Responda
em um artigo de opinião.
Proposta II
Assumindo o papel de liderança dos movimentos populares, escreva uma
carta a Bento XVI criticando suas declarações no continente africano.
84
Texto II
85
E a gente se pergunta: já que esses justiceiros estão tão loucos de vonta-
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de de matar, por que não exigem a pena de morte contra a injustiça social?
É justo um mundo em que a cada minuto destina três milhões de dólares aos
gastos militares, enquanto a cada minuto morrem quinze crianças por fome
ou doença curável? Contra quem se arma, até os dentes, a chamada comuni-
dade internacional? Contra a pobreza ou contra os pobres?
Por que os adeptos fervorosos da pena de morte não exigem a pena de
morte contra os valores da sociedade de consumo, que cotidianamente aten-
tam contra a segurança pública? Ou por acaso não convida ao crime o bom-
bardeio de publicidade que aturde a milhões e milhões de jovens desem-
pregados ou mal pagos, repetindo para eles dia e noite que ser é ter, ter um
automóvel, ter sapatos de marca, ter, ter, e que, quem não tem, não é?
E por que não se implanta a pena de morte contra a pena de morte? O
mundo está organizado a serviço da morte. Ou não fabrica a morte a indús-
tria militar, que devora a maior parte dos nossos recursos e boa parte das
nossas energias? Os senhores do mundo só condenam a violência quando
são outros os que a exercem. E este monopólio da violência se traduz em
um fato inexplicável para os extraterrestres e também insuportável para os
terrestres que ainda queremos, contra toda evidência, sobreviver: nós, huma-
nos, somos os únicos especializados no extermínio mútuo e desenvolvemos
uma tecnologia da destruição que está aniquilando, de passagem, ao planeta
e a todos os seus habitantes.
(...) E em vias de implantar a pena de morte, que tal se condenarmos à
morte o medo? Não seria saudável acabar com essa ditadura universal dos
assustadores profissionais? (...)
(...) Se as ditaduras militares e os políticos ladrões foram sempre mimados
pelos bancos internacionais, não nos acostumamos já a aceitar como fatali-
dade do destino que o povo pague o garrote que o golpeia e a cobiça que
o saqueia?
Mas será que se divorciaram para sempre o bom senso e a justiça? Não
nasceram para andar juntos, bem pegadinhos, o bom senso e a justiça?
(...)
Agora o mundo está triste porque se vendem menos carros. Uma das con-
sequências da crise mundial é a queda da próspera indústria automobilística.
Se tivéssemos algum resto de bom senso e um pouquinho de sentido de jus-
tiça, não teríamos que celebrar essa boa notícia? Ou por acaso a diminuição
de automóveis não é uma boa notícia, do ponto de vista da natureza, que
estará um pouquinho menos envenenada e dos pedestres, que morrerão um
pouco menos?
86
(...)
Proposta III
87
TEMA 7: REVITALIZAÇÃO
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Texto I
Não é truque de computador
Rio Cheonggyecheon, em Seul, na Coreia do Sul, após ser recuperado pela prefeitura do local
88
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Rio Cheonggyecheon, em Seul, na Coreia do Sul, antes da demolição do viaduto
que cobria o canal
89
Sem viaduto e com menos trânsito
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Proposta Única
Segundo o diretor de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente da
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Marce-
lo Salles, “Esse é o tipo de iniciativa que tem resultado a longo prazo. A recu-
peração do Tâmisa [rio que corta Londres], por exemplo, levou mais de 100
anos.” No Oriente, apesar de menos complexo, o problema foi solucionado
rapidamente. É torcer para que ele inspire as tomadas de decisões por aqui.
Pensando nos problemas urbanísticos e ambientais de sua cidade, es-
creva uma carta à Prefeitura Municipal (dirija-se à prefeita ou ao secretário
de infraestrutura) cobrando medidas para melhorar a qualidade de vida da
população. Se possível, apresente soluções que possam ser efetivadas pelo
Poder Público.
90
TEMA 8: ENERGIA LIMPA
Ficar preso no trânsito prejudica a todos. Gera mais poluição, causa stress,
perda de tempo e de dinheiro. Mas a empresa israelense Innowattech en-
controu uma maneira de produzir algo positivo dessa catástrofe dos tempos
modernos: energia a partir da pressão dos veículos no piso.
“Nós podemos produzir eletricidade em qualquer lugar onde haja uma
estrada agitada usando energia que normalmente é desperdiçada”, explicou
à agência britânica Reuters Uri Amit, presidente da Innowattech. Com uma
equipe de 12 pessoas e o investimento privado de US$ 3 milhões, a empresa
pretende instalar geradores embaixo de calçadas, malhas viárias e ferroviá-
rias capazes de armazenar energia a partir do movimento e peso por meio do
processo de “piezeletricidade”. Assim, quanto mais congestionado o trânsito
estiver, melhor.
Ligada ao Instituto de Tecnologia Technion de Israel, a Innowattech deve im-
plantar o projeto a partir de 2010 nas principais cidades do mundo, começando
pelas israelenses e norte-americanas. A empresa trabalha atualmente em um
programa piloto para instalar os geradores em shoppings e no metrô de Nova
York, por exemplo, para captar a energia do movimento de pedestres.
91
O professor Haim Abramovich, fundador da organização, explica que
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uma avenida com menos de 1,6 quilômetro (uma milha), quatro faixas e por
onde cerca de mil veículos circulam por hora pode criar aproximadamente
0.4 megawatts de potência, o suficiente para alimentar 600 casas. No futuro,
os cientistas do projeto desejam aprimorar a tecnologia para armazenar mais
energia e distribuí-la em escala nacional.
O custo de implantação atual dos geradores israelenses é de US$
650 mil por quilômetro, o que equivale a US$ 6,5 mil por kilowatt. Entretanto,
o presidente da empresa, Amid, observa que o custo deve cair 60% quando
alcançarem a produção em massa, tornando o sistema mais barato do que a
energia solar. “O lado bom é que o sistema não demanda muito espaço como
a energia solar”, afirmou o professor Abramovich para a agência de notícias
israelense Israel21c. “Nós podemos produzir energia onde ela é necessária,
sem a necessidade de usar cabos para transportar essa potência.”
Grandes empresas já demonstraram interesse no empreendimento da In-
nowattech. A multinacional Mc Donald’s, por exemplo, teve a ideia de instalar
o sistema em suas filas, para que os consumidores gerem energia enquanto
esperam para comer um Big Mac. “Acredito que as pessoas vão começar a
pular e dançar sabendo que ao fazer isso vão criar energia. Vai ser bom para
a saúde delas”, defende Abramovich.
http://www.planeta-inteligente.com/
Proposta I
E você? O que pensa a respeito da nova tecnologia? Vê mais vantagens ou
desvantagens? Comente sobre em um artigo de opinião.
Proposta II
Convidado por uma agência publicitária para divulgar o novo empreendi-
mento da Innowattech em seu país, produza um anúncio destacando a rela-
ção custo-benefício da energia a partir do trânsito.
Proposta III
Escreva uma carta ao fundador da organização israelense criticando ou
elogiando o empreendimento da Innowattech.
92
Texto II
A vela tem formato de paraglider e flutua de 100 a 300 metros acima do nível do mar.
93
Wrage conta que a ideia de construir uma vela propulsora de navios sur-
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giu quando tinha 15 anos e seus dois hobbies eram empinar pipas e andar
de barco. “A ideia veio depois que percebi a imensa energia gerada pela
minha pipa em movimento”, ele descreveu ao jornal britânico The Indepen-
dent. “No dia seguinte, andei de bote e notei que ele ia muito devagar. Então
levantei a questão: por que não podemos usar a imensa energia do vento
para movimentar barcos? Nunca entendi isso como impossível”.
Os investidores, porém, demoraram a acreditar, como Wrage, que o pro-
jeto era mais do que possível: economicamente viável. Segundo ele, depois
de suas apresentações era considerado um louco. “As pessoas me falavam
que não funcionaria, mas ninguém explicava por que achavam isso”, ele afir-
mou ao jornal britânico The Guardian. Em 2005, porém, o preço do barril de
petróleo aumentou acima de US$60. “De repente, ficou muito mais fácil de
levantar dinheiro”, conta Wrage.
Ainda assim, há quem não bote fé no Skysails. Mesmo a empresa tendo
ganhado mercado nos últimos anos. “A indústria é, por natureza, muito con-
servadora e cuidadosa”, justificou Edwin Lampert, editor da revista Marina
Engineers Review, ao Guardian.
De acordo com reportagem da Rede Globo, cada vela do Skysails custa
em torno de R$5 milhões, ou um pouco mais de €1,6 milhão, “um custo, se-
gundo os capitães dos navios que já operam com o sistema, que pode ser
recuperado em apenas 50 viagens transatlânticas. Ou seja, em 10 anos, no
máximo, o investimento se paga só com a economia que o vento provoca.”
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http://www.planeta-inteligente.com/
Proposta IV
Proposta V
94
TEMA 9: MELHOR EMPREGO
Ele receberá US$105 mil para zelar por ilha paradisíaca. Ben Southall, de
34 anos, divulgará paraíso em blog.
95
Para concorrer ao “emprego dos sonhos”, aberto a pessoas de qualquer
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nacionalidade, era necessário saber nadar, mergulhar, ter bom trato com as
pessoas, e fazer fotos e vídeos.
O vencedor trabalhou como guia turístico na África, dirigindo projetos de
caridade no Reino Unido, como administrador de um festival de música. Ele
gosta de correr maratonas e escalar montanhas.
Proposta Única
Você foi um dos que soube do cargo de zelador da ilha australiana, em-
polgou-se com a oferta de trabalho e participou da seleção.
96
TEMA 10: ENCHENTES
Vítimas
Conforme a defesa civil de Santa Catarina, 106 mortes foram confirmadas
até 29 de Dezembro de 2008, sendo 135 mortes contando as 29 vítimas não-
confirmadas pelo IML, até 29 de Janeiro de 2009.
Moradores transitando à barco pela enchente, em Transeuntes passando durante a chuva em Itajaí.
Itajaí, Santa Catarina.
97
Texto II
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98
cheia estes rios transbordaram; e sabem aonde foram parar as águas destes
* – http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2358112.xml&template=3898.
dwt&edition=11445§ion=1015
advogada ambientalista e educador ambiental, integrantes da ong Ambiental Acqua Bios e do programa
Eco&Ação, website http://www.ecoeacao.com.br/.
99
Texto III
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Famílias abrigadas no parque de exposições de Moradores de Trizidela do Vale voltam aos poucos
Bacabal lavam roupas e louça em meio à lama e ao para suas casas à medida que as águas começam a
lixo. Mais de mil pessoas estão alojadas no local baixar. Muitos encontraram os imóveis destruídos.
Cerca de 400 mil pessoas foram afetadas, de alguma forma, pelas enchen-
tes no Maranhão, segundo a Defesa Civil do Estado. Milhares de pessoas
foram expulsas de suas casas pelas chuvas que castigam o Vale do Mearim,
uma das regiões mais afetadas pelas enchentes.
Em Trizidela do Vale, o município mais atingido, as águas chegaram a
inundar quase 90% da cidade. Segundo a Defesa Civil, 15,5 mil dos cerca de
18 mil habitantes de Trizidela do Vale foram afetados pelas cheias.
O drama se repete em Bacabal e outras cidades banhadas pelo rio Mea-
rim, que subiu mais de 5,5m acima de seu nível normal.
Quem não pode se hospedar com parentes ou amigos, acaba em um dos
abrigos improvisados, em ambientes superlotados e sem condições sanitá-
rias adequadas.
Com a interdição de estradas por causa das chuvas, milhares de pessoas
na zona rural ficaram isoladas, sem poder receber remédios e alimentos.
100
Texto IV
101
Além disso, o Governo do Estado disponibilizou um helicóptero para levar
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donativos até as áreas mais alagadas. Até o meio-dia de ontem, a Defesa Civil
do Estado havia distribuído 300 toneladas de alimentos, nove mil cobertores,
sete mil fronhas, cinco mil colchões, sete mil lençóis, sete mil travesseiros,
sete mil mosquiteiros, 8,5 mil toalhas e dois mil filtros de barro. Somente o
Corpo de Bombeiros, em parceria com a TV Jangadeiro, arrecadou mais de
nove toneladas de alimento em cinco dias.
Texto V
Como ajudar
Corrente de solidariedade
Proposta I
102
Proposta II
Proposta III
Enchentes no Ceará
Proposta IV
103
TEMA 11: JUVENTUDE
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Texto I
Tribos urbanas
104
Ainda existem outros, como os rockabillies, que amam o rock dos anos
Proposta I
Em um artigo de opinião, responda aos questionamentos abaixo:
• O fenômeno das tribos urbanas é um modismo, simplesmente?
• Estes jovens são assim para si ou para os outros? Isto é, vestem-se e
agem dessa forma por convicção, ou para serem vistos e notados numa cida-
de/sociedade onde o anonimato é o maior medo?
Proposta II
Proposta III
105
TEMA 12: CORRUPÇÃO
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Texto I
A crise do Senado
O Senado brasileiro vive hoje uma de suas principais crises. É uma suces-
são de escândalos: começou (ou ampliou-se) com a denúncia (comprovada)
de que o então diretor-geral do Senado, Agaciel Maia - no cargo desde l995
(e por indicação de senador José Sarney) não havia declarado à Receita Fe-
deral uma mansão avaliada em 5 milhões de reais. Essa foi uma de uma série
de irregularidades que vieram à tona depois, como a chamada “farra das
passagens” - que beneficiaram tanto senadores quanto deputados federais
de vários partidos e até ex-senadores, como 11 que não tinham mais manda-
tos e assim mesmo emitiram 291 passagens aéreas; o absurdo da assistência
psicológica e odontológica vitalícia para mulheres ou maridos de parlamen-
tares (e até mesmo para o diretor geral do Senado e o diretor dos Recursos
Humanos), um motorista muito bem pago (12 mil reais) para ser mordomo
da filha do presidente do Senado e atual governadora do Maranhão E mais
recentemente a descoberta dos 312 boletins não publicados, com 663 atos
administrativos.
Esse escândalo mais recente – o dos atos administrativos – conforme ma-
téria publicada no jornal Estado de S.Paulo beneficiou diretamente 37 sena-
dores, de vários partidos (2 do PT, 5 do DEM, 2 do PSDB, 11 do PMDB, etc.),
ou seja, é pluripartidário.
Mas o problema central, a meu ver, é que há uma crise da instituição legis-
lativa (que atinge os senadores, claro, muitos dos quais cúmplices e/ou bene-
ficiários dos esquemas descobertos até agora), que se insere numa crise mais
geral da representação política - que não é específica, nem do Brasil apenas,
nem tampouco do Senado (até porque o que tem ocorrido na Câmara dos
Deputados não é muito diferente), é uma crise de credibilidade das institui-
ções, que se reflete na fragilidade de nosso sistema partidário.
Quando nos referimos à crise mais geral, para alguns da própria democra-
cia representativa, há de se levar em conta as especificidades do Brasil. Como
mostra Raymundo Faoro, no excelente livro “Os donos do Poder” (publicado
em l959), o Brasil é um país de larga tradição patrimonialista, ou seja, de uso
privado do Estado, daí a “naturalidade” com que se empregam familiares
para cargos públicos (ou a criação de cargos para beneficiar apaninguados,
como ocorreu com alguns dos chamados “atos secretos” do Senado recen-
temente), isso num contexto de uma cultura política do favor e do débito
político.
106
O senado, através do seu presidente, tem tomado algumas medidas im-
107
Texto II
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108
Proposta I
Proposta II
109
TEMA 13: EXTRAS
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Texto I
A tragédia se repete
Proposta Única
Texto II
Proposta Única
110
Texto III
Copinho de plástico
Papel Quase 100 anos
De 3 a 6 meses
Garrafa plástica
Mais de 100 anos
Caixa de papelão
No mínimo, 6 meses Latinha de cerveja
Mais de 100 anos
Embalagem de leite
Também uns 6 meses
Linha de pesca
Pano Além de 600 anos
De 6 meses a 1 ano Fralda descartável
Filtro de cigarro Cerca de 450 anos
5 anos
Lixo radioativo
Chiclete Uns 250 000 anos
5 anos
Vidro
Cerca de 1 milhão de anos
Madeira pintada
13 anos
Texto IV
111
Proposta I
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Proposta II
Texto V
A notícia correu o mundo. Uma menina de nove (9) anos, estuprada e vi-
ciada regularmente por seu padrasto, engravida de gêmeos. Os médicos de
uma maternidade pública do Recife, que lhe aplicaram medicamentos a fim
de interromper a gravidez de alto risco, e a mãe da menor, por ter autorizado
o aborto, foram excomungados pelo inacreditável substituto de Dom Hélder
Câmara, José Cardoso Sobrinho.
Esse senhor, bem vestido, bem nutrido e bem cuidado, do alto de seu tro-
no de Arcebispo de Olinda e Recife, não excomungou o padrasto que abusou
da enteada. Se o rapaz assim desejar, receberá a sagrada comunhão domin-
go que vem, após passar pelo confessionário e confessar seus pecados, pedir
perdão a Deus e rezar algumas orações como penitência.
Perguntas que eu faria a José Cardoso Sobrinho se tivesse a infelicidade
de cruzar com ele numa calçada: se essa criança tivesse um câncer no útero,
o senhor excomungaria sua mãe e os médicos que a operassem? Não? Pois
será que não entra em sua cabeça que, no útero de uma menina de nove (9)
anos, dois fetos frutos de um estupro são o mesmo que dois tumores cance-
rosos? Em tudo e por tudo?
112
Mas eu não vou cruzar com ele, bem sei. Esse tipo de arcebispo só anda
113
Salvar a vida da menina não é levado em consideração? O que era pre-
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mente era salvar os tumores que ela carregava em seu corpo? É isso o é que
ele chama Lei de Deus?
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/
Texto VI
114
Repercussão
Alta
Proposta Única
Analise os dois textos, atentando para os argumentos utilizados, e escreva
um artigo de opinião no qual você expressa seu entendimento a respeito da
decisão do arcebispo dom José Cardoso Sobrinho de excomungar a mãe e a
equipe médica e não excomungar o padrasto da menina.
115
Tema 14: O homem e as novas tecnologias
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Proposta 1
Leia os textos abaixo. Com base neles, reflita e siga as instruções seguintes:
Texto 1
A Flor e a Náusea
Preso à minha classe e a algumas roupas,
Vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjôo?
Posso, sem armas, revoltar-me?
Texto 2
116
Texto 3
Proposta 2
Texto 1
117
Portanto, é preciso ter cuidado e estar atento para todos os detalhes que
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compõem esta atraente faca de dois gumes que é a relação via Internet. Por um
lado, quem entra nessa pode ganhar o prêmio de um encontro mais direto com
os sentimentos verdadeiros de um possível parceiro. Mas, por outro lado, se ar-
risca a se apaixonar por um personagem que nunca existiu. Vale a pena tentar?
Segundo Alice Bittencourt, “vale, desde que se saiba dosar. A Internet é
como o álcool. É uma maravilha, mas só até o ponto em que começa a tirar
você da realidade. É preciso saber a hora de parar. Até porque, se a pessoa
perde a noção do limite, acaba caindo numa frustração. Nada substitui o to-
que, o cheiro, o olhar”. Para quem está decidido a explorar as possibilidades
eletrônicas de encontrar um amor virtual, vale um mergulho nas águas que
atraem navegantes de todas as espécies.
Virgínia Cavalcanti, www.educacional.com.br, 6/11/06
Texto 2
Teclada vai, teclada vem, e um encontro é marcado. Parece fácil, mas não
é. A jornalista Alice Sampaio passou dois anos estudando como são os na-
moros via Internet. A notícia que ela trouxe não é nada animadora: “relacio-
nando-se apenas pela rede, dificilmente você vai encontrar quem procura”.
Atenção corações solitários: o amor é cego, mas quem se arrisca a buscar um
namoro virtual deve ficar de olhos bem abertos. Como cupido, a Internet não
é dos melhores. A constatação é da jornalista Alice Sampaio, autora de Amor
na Internet — Quando o Virtual Cai na Real (Editora Record). De tanto ouvir
falar em quem achou a cara-metade pela Internet e de ouvir maravilhas sobre
o amor à primeira teclada, ela resolveu tirar essa história a limpo. E com seus
próprios nicknames (apelidos).
Foram 16 meses navegando em salas de bate-papo e sites de encontro e
mais um ano e meio de entrevistas com internautas. Ao final da jornada, ela
descobriu que a maioria dos relacionamentos termina como a famosa canção
de Mário Lago começa: “Nada além de uma ilusão...” Se a Internet não faz
milagres, erro maior é acreditar que um namoro pode ficar apenas no plano
virtual. “É pior que amor platônico, pois, nestes, as pessoas pelo menos se
apaixonavam por alguém que já tinham visto”, compara.
Segundo ela, “amor virtual é virtual mesmo, é uma fantasia absoluta”. Para
azar dos tímidos, o único jeito é mesmo marcar um encontro, “cair na real, ver
se o parceiro é o que diz ser”, recomenda. Mesmo cara a cara, os amores vir-
tuais parecem mais fadados ao fracasso que ao final feliz. E, dessa vez, quem
sofre são os românticos. “Como o físico é descoberto por último, acontece
que um ou outro, na maioria das vezes, não gosta da imagem do parceiro e a
coisa pára por aí”, explica.
118
Se de santo casamenteiro a Internet não tem nada, os chats abrigam de
Após a leitura dos textos, reflita sobre as questões que seguem e escreva
um texto ARGUMENTATIVO:
• O que está levando homens e mulheres de todas as idades a procura-
rem cada vez mais por este tipo de relacionamento?
• Até que ponto se pode obter satisfação emocional em uma relação vir-
tual?
• E o que acontece quando a emoção sai da telinha do computador e tem
que confrontar a realidade da vida?
• Quem afinal procura uma relação com alguém que nunca viu?
Proposta 3
Texto 1
Do mesmo modo que os Estados-nações se bateram para do-
minar territórios, e com isso dominar o acesso e a exploração
das matérias-primas e da mão-de-obra barata, é concebível
que eles se batam no futuro para dominar as informações.
Lyotard, 1986, p.5
119
A geopolítica do capitalismo informacional e a Sociedade Global
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da Informação
Texto 2
“Inclusão Digital” é a denominação dada, genericamente, aos esforços
de fazer com as populações das sociedades contemporâneas – cujas estrutu-
ras e funcionamento estão sendo significativamente alteradas pelas tecnolo-
gias de informação e de comunicação – possam:
120
• obter os conhecimentos necessários para utilizar com um mínimo de
Texto 3
“A inclusão digital praticada não é a mera oferta de cursos básicos de
computação, mas ações educativas que consideram as necessidades, inte-
resses e problemas enfrentados no cotidiano da comunidade.”
trecho da matéria de capa da revista Universidade Pública, Inclusão Digital, ano IV, nº 26,
maio/junho de 2005
Texto 4
Computadores na praia
A partir da leitura dos textos, escolha uma (ou mais de uma, se achar con-
veniente) das questões que seguem e desenvolva um ARTIGO DE OPINIÃO,
considerando os binômios: inclusão/exclusão (social / digital):
1. Quem são os excluídos digitais em nossa sociedade, por que, para que e
qual o significado de incluí-los no mundo digital?
2. As ações e os métodos no campo da inclusão digital têm cumprido seus
propósitos de incluir os indivíduos na sociedade da informação?
3. Qual o papel do uso de software livre e das políticas públicas nos processos
de inclusão digital?
4. Se há, de fato, uma exclusão digital acontecendo, que possibilidades teremos
para minimizá-la ou superá-la, além das iniciativas de inclusão digital em vigor,
no contexto social, político e econômico da sociedade contemporânea?
121
Proposta 4
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Texto 1
Biblioteca digital
Os livros digitais não faziam muito sentido há pouco tempo, até que surgi-
ram os serviços de busca como Google, Yahoo, Ask e MSN. Quando milhões
de livros forem digitalizados e os textos ficarem prontos disponíveis em um
único banco de dados, a tecnologia de busca permitirá o acesso e a leitura
de qualquer livro escrito. Será uma biblioteca realmente grande e seremos
capazes de acessá-la a partir de qualquer aparelho que tenha uma tela. Dos
tabletes até hoje, os humanos “publicaram” pelo menos 32 milhões de livros,
750 milhões de artigos e ensaios, 25 milhões de canções, 500 milhões de
imagens, 500 mil filmes, 3 milhões de vídeos e programas de TV e 100 bilhões
de páginas da internet.
Todo esse material está atualmente nas bibliotecas e arquivos de todo
o mundo. Uma vez digitalizado, tudo isso poderá ser condensado (de acor-
do com os atuais recursos tecnológicos) em discos rígidos de 50 petabytes
[que equivale a 52, 4 milhões de gigabytes]. Seria preciso hoje um edifício
do tamanho de uma biblioteca municipal para abrigar 50 petabytes. Com a
tecnologia do futuro, tudo caberá em um iPod. (...)
Bill McCoy, gerente geral de negócios editoriais da Adobe, comenta: “Al-
guns de nós temos milhares de livros em casa, podemos ir a belas e bem
equipadas livrarias e fazer compras no Amazon.com. O efeito mais dramático
das bibliotecas digitais não será sobre esses poucos felizardos, mas sobre as
bilhões de pessoas cujo acesso aos livros é difícil”. As vidas desses sem-li-
vros — estudantes do Mali, cientistas do Cazaquistão, idosos do Peru — será
transformada quando uma versão simples da biblioteca universal for coloca-
da em suas mãos. (...)
Em breve, um livro fora da biblioteca digital será como uma página da
web fora da web, pedindo ar para respirar. De fato, a única forma de o livro
preservar sua pálida autoridade em nossa cultura é inserir seus textos na bi-
blioteca universal.
(Kevin Kelly é editor da Wired).
• Escreva uma CARTA para o autor do texto, concordando com seu ponto de
vista ou refutando-o (atenção especial ao último parágrafo).
122
Tema15: Olhares Urbanos
Texto 1
À cata da vida
Eles estão em todo canto, vasculhando o lixo da cidade à procura de ma-
terial reciclável, fonte de renda para a família. A Prefeitura contabiliza 8 mil
catadores nas ruas de Fortaleza – uma população de trabalhadores à margem
de qualquer regulamentação.[...]
A pesquisa Diagnóstico da situação socioeconômica e cultural de mate-
riais recicláveis de Fortaleza, realizado pelo Imparh (Instituto Municipal de
Pesquisas, Administração e Recursos Humanos) identificou que a maioria dos
catadores (27,9%) tem entre 18 e 25 anos, idade de quem procura o primeiro
emprego, já são chefes de família, têm mais de um filho e precisam de uma
renda. Logo atrás, vem a faixa etária de 31 a 40 anos, quase 30% não termina-
ram a 4ª série (Ensino Fundamental) e 22,6% são analfabetos, não têm quali-
ficação nenhuma. Apenas 9,1% dos catadores continuam a estudar. A coleta
de materiais recicláveis deixou de ser uma fonte de renda extra duas ou três
vezes na semana, para ser a atividade principal do chefe da casa.
[...]
Na maioria das vezes sem se dar conta, o catador desempenha um papel
fundamental na sociedade de consumo, promove a reciclagem, é agente am-
biental e contribui para minimizar o impacto das 90 mil toneladas de lixo pro-
duzidos mensalmente por Fortaleza, captando 5 mil toneladas de resíduos
recicláveis por mês. Os números são da Empresa de Limpeza e Urbanização
(Emlurb). “Essa tarefa é do poder público, mas os catadores acabam trabalhan-
do de graça para ele”, chama a atenção o psicólogo Luis Massilon, coordenador
do curso de “Capacitação para Coletores de Resíduos Sólidos” promovido em
parceria pela Organização Não Governamental (ONG) Cáritas e pelo Instituto de
Desenvolvimento Sustentável e Energias Renováveis (Ider).
Apesar da importância do trabalho, o catador ainda é “persona non gra-
ta”. “Quando a gente encosta, o sujeito fica desconfiado, com medo, a pes-
soa parece que fica incomodada, sabe?”, diz Antônio Carlos do Nascimento,
41. O catador altera o cenário da metrópole, vaga noite e dia pela cidade,
atrapalha o trânsito e às vezes rasga sacos de lixo procurando o que interessa.
“O problema maior, o que causa conflito, é o estranhamento da miséria. No
imaginário social, o catador equivale ao próprio lixo”, diz Lídia Pimentel. Su-
jos, descalços, sem equipamento de segurança, atravancando o fluxo de car-
ros, vasculhando latões de lixo, eles se multiplicam pela cidade. Estão sempre
perto, cruzando o caminho, mas se mantêm afastados, à margem do resto,
num universo pouco conhecido por quem não o habita.
Mariana Toniatti, O Povo, Ciência e Saúde, de 24 a 30 /10/ 2006 – texto adaptado
123
Texto 2
Dicas de Vestibular | Propostas de Redação
Texto 3
124
Sabendo dessa realidade vivida pelos catadores de lixo, que têm a coleta
Proposta 6
Texto 1
Texto 2
125
São raros os condomínios que separam o material reciclável. No prédio
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126
Tema 16: Cidadania / Direitos Humanos
Texto 1
O trabalho infantil nas zonas urbanas pode causar mais impactos à saúde
do que o trabalho infantil rural. A constatação é do pesquisador da Escola
Superior de Agricultura Luiz de Queirós (Esalq-USP), Alexandre Nicolella, que
analisou os dados da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar (PNAD), de
1998 e 2003, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Fraturas,
problemas respiratórios, queimaduras, cortes e dores musculares são algu-
mas das consequências relatadas.
Nicolella não imaginava chegar a essa conclusão. “É surpreendente, pois
esperava encontrar os maiores impactos no trabalho rural”, diz em Brasília.
O pesquisador analisou os dados de 144 mil pessoas de 5 a 20 anos, e a
evolução delas em cinco anos (período que separa os dois levantamentos do
IBGE), para concluir que o trabalho na zona urbana oferece maiores riscos à
saúde das crianças.
O setor de comércio e serviços é o maior empregador de menores nas
cidades. Eles aparecem como vendedores ambulantes e também como em-
pregados domésticos. De acordo com a PNAD de 2004, o Brasil tem 1.113.756
meninas entre 5 e 17 anos trabalhando como empregadas domésticas. Mui-
tas sem salário, longe da família e da escola.
Enquanto o Ministério do Trabalho tornou a fiscalização constante nas
áreas rurais, a exploração da mão-de-obra infantil nas cidades em serviços
domésticos é mais difícil de coibir por não ser tão visível. “Elas estão expostas
a abusos físicos e sexuais”, alerta Itamar Batista Gonçalves, gerente da área
de proteção especial da Fundação Abrinq. “Temos de cobrar uma atuação
firme dos conselhos tutelares, pois não podemos prever como será o desen-
volvimento físico e mental dessas crianças.”
Chama a atenção na pesquisa a ausência de resultados piores no meio
rural. Nicolella explica que isso se deve ao fato de a maioria das crianças
empregadas em atividades agrícolas trabalhar ao lado dos pais, como
nas pequenas propriedades de agricultura familiar no Rio Grande do Sul.
127
“Isso não quer dizer que trabalhos de extremo risco, como no corte de cana-
Dicas de Vestibular | Propostas de Redação
de-açúcar e no sisal, não influenciam a saúde”, diz. “Esse tipo de trabalho não
é bom nem para o adulto, imagine para uma criança”.
Mas como essas atividades são cada vez mais combatidas, e o número
de crianças nessas condições é pequeno em relação ao total, seu impacto
extremamente negativo se dilui na média dos resultados.
Para o procurador do Ministério Público do Trabalho de Campinas, Ricar-
do Garcia, ainda assim a situação do trabalho infantil no campo não deve ser
subestimada. Ele admite que desde o final da década de 1990 os números
melhoraram bastante, principalmente nas grandes lavouras, mas relata que
ainda existe abuso e perigo para os menores em regiões do Estado de São
Paulo.
O procurador cita o trabalho nas culturas de algodão e laranja como
exemplos de atividade econômica onde a presença de crianças trabalhando
nas lavouras é frequente.
Emílio Sant’Anna, O Povo, 10/6/06.
Texto 2
“Por sobre a terra há densas florestas, e rios, e montanhas, e senhas cheias
de espinheiros. E no fim da terra encontra-se o mar que iremos cruzar em
breve. E no fim do mar encontra-se Jerusalém. Não temos governantes nem
guias. Mas para nós todas as estradas são boas. Embora não saiba falar, Nico-
las caminha como nós, Alain e Denis, e as terras são todas iguais, e igualmen-
te perigosas para as crianças. (...)”.
Marcel Schwob. A Cruzada das Crianças.Tradução: Dorothée de Bruchand. Florianópolis:
Editora Paraula, 1996. p 60-61.
128
Tema 17: Violência: no Brasil e no Mundo
Texto 1
Texto 2
Desde 1993, taxa de homicídios caiu quase 80%, chegando a 17 por 100 mil
habitantes. Além de transporte público e ciclovias, capital investiu no ensino,
tornando-se o epicentro na América Latina da ideia de Cidade Educadora.
Luiz Angel Blandon, 38, ex-guerrilheiro das Farc (Forças Armadas Revolu-
cionárias da Colômbia), tem entre suas funções distribuir gratuitamente livros
em pontos de ônibus de Bogotá. É um projeto chamado “Livros que voam”:
o beneficiário precisa se comprometer a passar o livro adiante e exigir que
o próximo a recebê-lo não interrompa a corrente literária. “Não fazia mais
sentido ficar guerreando”, explica.
129
Personagens como Blandon são uma das explicações da redução da vio-
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lência em Bogotá. De 1993 até este ano, a taxa de homicídios da cidade caiu
quase 80% e está em 17 por 100 mil habitantes, quase igual à da cidade de
São Paulo, o que significa dizer que, apesar do notável avanço, ainda está
longe do satisfatório. Como aceitou deixar as armas, Blandon entrou em um
programa público de reinserção. Ganha um salário para ajudar a melhorar
Bogotá, promovendo, entre outras tarefas, a corrente literária. Além desse
ex-guerrilheiro, os livros também ajudam a explicar o avanço na segurança.
“A cidade investiu, além do aprimoramento da repressão, em urbanismo
combinado com educação”, afirma o sociólogo Jairo Arboleda, responsável
no Banco Mundial, na Colômbia, pelo estímulo a parcerias comunitárias com
o setor público.
Bogotá criou nos últimos anos uma rede de gigantescas bibliotecas em
bairros mais pobres, cujo papel primordial é recuperar o espaço público de-
teriorado e facilitar a convivência. O impacto visual dessas construções é se-
melhante ao dos CEUs, as modernas e amplas escolas públicas na periferia
de São Paulo.
O acesso à rede de bibliotecas é facilitado por uma ciclovia de 305 qui-
lômetros e, mais importante, por um corredor de ônibus batizado de Trans-
Milênio. A prefeitura se inspirou em Curitiba, com seus bi-articulados e o pa-
gamento antecipado do bilhete feito em imensas e transparentes cabines na
rua. A diferença é que, em Bogotá, o corredor não só levou transporte rápi-
do e de qualidade às áreas mais distantes como se transformou em imensos
calçadões para pedestres, alguns deles ajardinados ou com fontes de água.
“É impressionante como o TransMilênio subiu a auto-estima dos moradores.
Virou um motivo de orgulho coletivo”, afirma Arboleda.
Coluna originalmente publicada na Folha de S.Paulo, editoria Cotidiano, 16/10/2006.
Texto 3
130
A violência é a maior causa de morte na população jovem masculina. A cada
Proposta 9
Texto 1
131
Com o intuito de investigar a situação de violação dos direitos humanos
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132
Texto 2
133
Proposta 10
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Texto 1
134
• Crie um FOLHETO para divulgar as ideias de uma campanha comunitária a
Proposta 11
Texto 1
Deficiência é o nome dado a toda perda ou anormalidade de uma estru-
tura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica. Diz respeito à biologia
da pessoa. Este conceito foi definido pela Organização Mundial de Saúde. A
expressão “pessoa com deficiência” pode ser aplicada referindo-se a qual-
quer pessoa que possua uma deficiência. Contudo, há que se observar que
em contextos legais ela é utilizada de uma forma mais restrita e refere-se a
pessoas que estão sob o amparo de uma determinada legislação.
Até bem recentemente usava-se o termo “deficiente” para denominar
pessoas portadoras de deficiência, porém o termo leva consigo uma carga
negativa depreciativa da pessoa, que foi ao longo dos anos se tornando cada
vez mais rejeitada pelos especialistas da área e em especial pelos próprios
portadores. Atualmente a palavra é considerada como inadequada e que
promove o preconceito a respeito do valor integral da pessoa.
site pt.wikipedia.org,3/11/06.
Texto 2
Como nomear pessoas com deficiência
Diante dessa realidade complexa, as sociedades construíram termos e ex-
pressões para designar, caracterizar e diferenciar as pessoas com deficiência.
(...) Todas essas palavras e rótulos expressam posicionamentos diante dessas
realidades humanas, em diversos contextos históricos e culturais, mais ou me-
nos preconceituosos.
(...) Elas retratam a dificuldade de se nomear, não somente um evento
biológico ou acidental, mas todo um relacionamento afetivo e social com o
outro, em sua diferença e alteridade (...)
Cada época introduz novos termos para designar as pessoas com deficiência
e condena os termos anteriores. Muitas vezes, a semântica amaciada, pretensa-
mente não discriminatória e bem intencionada acaba escondendo, e não expli-
citando uma condição humana e pessoal irredutível e bem específica. Está-se
diante de uma realidade diferenciada, inegável. Mesmo quando os termos em-
pregados parecem ser ou pretendem parecer politicamente corretos.
135
Não se trata de criar uma cultura da deficiência, um modelo deficitário
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Texto 3
136
Baseando-se no contexto da coletânea exposta:
Proposta 12
Texto 1
Incentivo à leitura
O melhor exemplo é o dos pais
137
e ao ler histórias, apresentar o livro como sendo parte dessa história. Para
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138
– A tecnologia é importante, mas não deve substituir o prazer da leitura.
Com um PANFLETO aos pais dos alunos da escola onde você estuda,
conscientize-os da importância da leitura e mostre-lhes o papel que eles têm
na educação dos filhos.
139
Tema 20: Relação de gênero e poder
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Proposta 13
O Poder Judiciário deve reconhecer a união estável entre pessoas do
mesmo sexo?
Texto 1
140
O TSE, recentemente, considerou que o relacionamento homossexual es-
KENARIK BOUJIKIAN FELIPPE, 47, juíza de direito em São Paulo, é presidente da Federação de Associações de
Juízes para a Democracia da América Latina e Caribe e secretária do Conselho Executivo da Associação Juízes para
a Democracia.
141
Texto 2
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NÃO
Realidades diversas, tratamentos distintos
142
admitem a “união estável entre pessoas do mesmo sexo”. Nesse sentido, a
143
Tema 21: Religião e Liberdade de Expressão
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Proposta 14
Texto 1
De acordo com as pesquisas de opinião, a maioria das pessoas no mundo
diz que a religião é muito importante em suas vidas. Muitas diriam que suas
vidas não fariam sentido sem a religião. É tentador aceitar o que dizem sem
questionamento, declarar que não há mais nada a dizer – e deixar por isso
mesmo. Quem pode querer interferir com a coisa, seja lá o que for, que atri-
bui sentido às vidas das pessoas?
Se fizermos isso, porém, estaremos propositalmente deixando de lado
algumas questões sérias. Será que qualquer religião pode conferir sentido de
uma maneira que devemos respeitar e honrar?
Daniel Dennet, diretor do Centro de Estudos Cognitivos da Universidade de Tufts.
Mais! Folha de São Paulo 12.fev.2006.
Texto 2
Terça-feira, dia 12 de setembro, cidade de Ratisbona (ou Regensburg),
Alemanha. O papa Bento XVI sentia-se literalmente em casa. Estava em seu
país natal e visitava a universidade onde foi vice-reitor e ensinou teologia en-
tre 1969 e 1971. Diante de cientistas e professores universitários, assim como
personalidades eclesiásticas, o sumo pontífice, em aula magna, analisou a
natureza do Islã. Afirmou que o caminho do ser humano para a fé passa pelo
discurso racional e nunca da violência.
“A vontade do Deus do Islã não está subordinada à razão”, declarou o
chefe da Igreja Católica. (...) “A fé é fruto da alma, não do corpo. Quem quiser
conduzir alguém à fé precisa falar bem e argumentar corretamente em vez
de usar a violência e a ameaça”, reiterou ele. “Não atuar segundo a razão é
contrário à natureza de Deus”. (...) Bento XVI também tratou de outros temas
delicados, afirmando que o fanatismo destrói a imagem de Deus e que o evo-
lucionismo enquanto ciência por si só não explica a origem do mundo.
Mas a tranquila aula magna do sumo pontífice ali proferida provocou um
grave incidente entre o mundo islâmico e a Igreja Católica. No discurso, ao
fazer associação entre a razão e a violência, tomou como referência uma fra-
se do imperador bizantino Manuel II (1350-1425), o Paleólogo, num diálogo
com um sábio persa: “Mostre-me as coisas novas introduzidas por Maomé e
só encontrarás coisas más e desumanas, como ter ordenado difundir com a
espada a fé que prega”.
144
Foi o bastante para que um verdadeiro turbilhão de críticas, protestos
Texto 3
O Papa Bento XVI fez o seu controvertido discurso na Alemanha um dia
depois do quinto aniversário dos ataques de 11 de setembro de 2001. É difícil
acreditar que sua referência aos traços inerentemente violentos do islamismo
tenha sido acidental. (...)
Por virem depois da crise das charges dinamarquesas, suas declarações
envolvem extremo perigo. Convencerão mais mulçumanos de que o Ocidente
sofre de uma incurável islamofobia e está envolvido em uma nova cruzada.
Simplesmente não podemos arcar com o custo desse tipo de fanatismo.
O problema é que pessoas demais no mundo ocidental compartilham in-
conscientemente desse preconceito, convictas de que o islã e o Alcorão pro-
movem a violência de modo irreprimível.
Os terroristas de 11 de Setembro, que na verdade violaram princípios es-
senciais do islamismo, confirmaram essa bem enraizada percepção ocidental
e são encarados como mulçumanos típicos – não como os extremistas que
realmente eram.
Karen Armstrong, historiadora das religiões. Mais! Folha de São Paulo. 24/9/2006.
Texto 4
O Alcorão condena a guerra em geral e permite apenas a de autodefesa.
Opõe-se firmemente ao uso da força em questões religiosas. Tem uma vi-
são inclusiva; reconhece a validade de toda religião corretamente orientada
e enaltece todos os grandes profetas do passado [cf. Alcorão 5, 65; 22, 40-43;
2, 213-15]. Ao pregar à comunidade pela última vez, Maomé recomendou aos
fiéis que utilizassem a religião para compreender os outros, pois somos todos
145
irmãos: “Nós vos criamos a partir de um homem e uma mulher e vos organi-
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146
Proposta 15
147
Texto 2
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148
Proposta 16
149
Texto 2
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150
Texto 3
151
3. Ao acrescentar à caricatura do profeta a noção de violência indistinta, o
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Proposta 17
Texto 1
A China é uma antiga unidade histórica, cultural e geográfica na parte
continental do leste da Ásia, incluindo algumas ilhas que desde 1949 foram
divididas entre a República Popular da China (que inclui a China Continental,
Hong Kong e Macau) e a República da China (que inclui Taiwan e algumas
ilhas da Província Fujian).
A palavra China costuma referir-se a regiões que, em termos mais especí-
ficos não fazem parte dela, como é o caso da Manchúria, da Mongólia Interior,
o Tibete e Xinjiang. Nos meios de comunicação ocidentais, “China” refere-se,
normalmente, à “República Popular da China”, enquanto que “Taiwan” se re-
fere à “República da China”. Muitas vezes, em termos informais, especialmen-
te entre chineses e ingleses (no contexto do mundo dos negócios), “a Grande
Região da China” refere-se ao sentido mais lato, tal como foi apresentado no
parágrafo anterior.
A palavra portuguesa China, bem como o prefixo associado, Sino-, deri-
vam, provavelmente, de “Qin” (pronúncia “tchim”, onde o “q” é pronunciado
como um “t” álveo-palatal, como o “ch” na palavra inglesa “chest”, e o “in”
como o “im” do português “latim”). Há quem defenda, no entanto, que Chi-
na derive da palavra chinesa para chá (igual à palavra em português que,
aliás, tem origem etimológica no mandarim) ou, mesmo, de “seda” (note-se,
em jeito de nota de rodapé, que é vulgar a associação entre a palavra “chi-
na” e os produtos que têm aí a sua origem: “china”, em português, também
pode significar porcelana) . Qualquer que seja, contudo, a origem da palavra
“China” (que é uma palavra europeia, não existindo em qualquer das línguas
152
sino-tibetanas) foi-se perdendo à medida que era filtrada pelos vários povos
Texto 2
Em 28 anos, a China comunista empreendeu uma revolução capitalista
na economia. Com Deng Xiaoping no comando, o país se abriu para investi-
mentos estrangeiros (através de Zonas Econômicas Especiais), incentivou a
propriedade privada no campo e desestatizou a produção. O crescimento
passou a ser veloz e consistente. Partindo de um patamar baixo em 1978, a
nação cresceu à média de 9,9% nos anos 1980, 10,3% nos anos de 1990 e,
agora, perto de 9% a partir de 2000. Os resultados mais aparentes são a mo-
dernização do país e a redução da miséria dos 1,3 bilhão de habitantes. Hoje
a nação é 12 vezes mais rica do que há 25 anos. Sua economia equivale à soma
do Brasil, do México, do Chile e da Dinamarca.
Extraído de Atualidades Vestibular – 1o semestre de 2006 – Ed. Abril.
Texto 3
A velocidade da revolução educacional acompanha o ritmo do espantoso
crescimento econômico. Em 1976, a China emergia do período de trevas da
Revolução Cultural (que, como se sabe, era inteiramente anticultural), durante
o qual a atividade intelectual do país ficou paralisada, professores universitá-
rios foram forçados a criar gado e as escolas se tornaram centros de adoração
ao líder Mao Tsé-tung.
Nessa época, os índices de analfabetismo beiravam a casa de 60% – um
desastre para um país com aspirações a potência mundial. Em apenas três
décadas, a China conseguiu erguer um sistema de ensino eficiente o bastante
para emplacar duas de suas universidades entre as melhores do mundo (se-
gundo rankings mundiais que medem a produção acadêmica), formar nada
menos que 1,2 milhão de pesquisadores com doutorado e reduzir o analfabe-
tismo a 4%. Isso num universo de dimensões chinesas.
As salas de aula do país absorvem 240 milhões de estudantes de todos
os níveis – uma vez e meia a população inteira do Brasil. É a maior concentra-
ção de alunos do mundo. Conclusão: mesmo partindo de uma situação de
atraso catastrófico, há três décadas, e lidando com as complicações de uma
engrenagem de proporções gigantescas, a China conseguiu alcançar uma
produção acadêmica expressiva em todos os níveis de ensino. Está na frente
do Brasil. (...)
153
Outra estratégia que impulsiona o progresso do ensino é atrair de volta
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pessoas que deixaram o país, sobretudo nas décadas de 70 e 80, para estudar
e trabalhar no exterior. Elas saíram de uma China na qual o brilhantismo era
malvisto (e mesmo punido, durante os anos da Revolução Cultural) e onde um
cientista no topo ganhava no máximo o equivalente a 100 dólares por mês.
Estão desembarcando num país inteiramente mudado. Na novíssima China,
os bons cientistas ostentam status de celebridade. Recebem convites para
participar de programas de televisão de grande audiência e chegam a ser
parados na rua para distribuir autógrafos. O salário médio de um pesquisador
chinês é hoje de 2.000 dólares.
Revista Veja, 9/8/06.
Texto 4
Os dirigentes chineses pressionam também para que qualquer joint ven-
ture com uma grande empresa estrangeira traga no seu bojo transferência
de tecnologia. A General Motors bateu a Ford numa disputa pela instalação
de uma fábrica em Xangai porque aceitou erguer um centro de pesquisa e
desenvolvimento ali, transferindo tecnologia de última geração para a região.
São 270.000 empresas estrangeiras brigando por espaço na China. Alcançam
algo que o Brasil nunca pensou em conseguir. As companhias automobilís-
ticas chinesas possuem parcerias com empresas estrangeiras concorrentes.
Conseguem, portanto, acesso aos segredos de seus dois sócios – em ne-
nhum outro lugar se veem contratos assim.
Revista Veja, 9/8/06.
Texto 5
154
Jamais tive uma aula de física ou de química. A biblioteca foi queima-
155
Tema 23: Notícias (Mundo / Brasil)
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Proposta 18
Texto 1
A linguagem jornalística
Texto 2
Da imparcialidade
Mundo
1. “Chaves fecha 34 emissoras de rádio.”
2. “Raul Castro reitera que está disposto a dialogar com EUA.”
3. “Farsas da opressão impostas pelos aiatolás, as iranianas fazem ouvir suas vozes.”
4. “A Nobel da Paz e líder do movimento democrata birmanês, Aung San Suu
Kyi, foi condenada a três anos de trabalhos forçados por violar sua prisão
domiciliar.”
5. “Alemanha condena nazista à prisão perpétua por massacre.”
6. “Cientistas mergulharam em mais de 1.400 estudos e concluíram que o risco
de danos irreversíveis é mais forte do que o previsto.”
7. “Companhias aéreas alertam pilotos sobre procedimentos em caso de pane
para evitar um acidente como o do Airbus da Air France.”
8. “O que já mudou na aviação após o desastre com o Airbus.”
9. “Brasil e Paraguai fecham acordo sobre Itaipu; brasileiros pagarão o triplo
por energia.”
10. “Secretário-geral das Nações Unidas alerta para ‘catástrofe climática.”
156
BRASIL
157
Tema 24: Outros temas relevantes
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Tema 1
Tema 2
A revolta do outro
158
Gêneros Textuais
Anúncio
É um texto de intenção persuasiva a fim de obter consumidores. O nível
de linguagem deve estar de acordo com o público que se pretende atingir,
utilizando-se geralmente a variedade informal culta da língua. Os verbos nor-
malmente estão no imperativo.
Apólogo
Texto que ilustra um ensinamento de vida através de situações alegóricas
semelhantes às reais, envolvendo normalmente seres inanimados que agem
como pessoas. Os apólogos têm o objetivo de modificar e reformar os con-
ceitos humanos, levando as pessoas a agir de maneira diferente no âmbito
moral e social. Geralmente, a linguagem é culta e formal.
Artigo de Opinião
É um texto de intenção persuasiva em que defende um ponto de vista so-
bre determinado assunto. Deve-se fundamentar tal ponto de vista com base
em argumentações. O autor pode colocar-se de modo pessoal (1ª pessoal
do plural) ou de modo impessoal (3a pessoa do singular). A estrutura varia
bastante, mas comumente é disposta em três partes: há uma tese inicial na
introdução, uma argumentação/refutação no desenvolvimento e uma conclu-
são. A linguagem segue o padrão culto formal.
Ata
Relato de fatos e resoluções tomadas numa assembléia ou reunião com
fins de registro. Comumente em estilo formal e objetivo, traz, em seu início,
menção de data, local e nome dos participantes da assembléia ou reunião.
Após isso, seguem-se as resoluções tomadas a partir da pauta preestabeleci-
da. No final, constam as assinaturas de quem secretariou a reunião e lavrou a
ata e de todos os participantes. Geralmente, há ausência de parágrafos, a fim
de evitar que modificações sejam feitas após o documento já lavrado.
159
Autobiografia
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Ver biografia.
Blog
Ver diário.
Biografia
Texto narrativo sobre os fatos particulares das diversas etapas da vida de
um indivíduo ou personagem. Pode ser elaborada seguindo-se a ordem cro-
nológica ou não. Quando o indivíduo biografado é o mesmo que cria o texto,
tem-se a autobiografia. Convém empregar linguagem culta formal.
Bula
Em farmacologia, bula é um texto que apresenta informações sobre um
medicamento, tais como composição, indicações, posologias, contra-indica-
ções, interações medicamentosas, etc. Linguagem culta formal.
Carta Aberta
É uma carta que trata de um assunto de interesse coletivo, diferentemen-
te da carta pessoal, que aborda assuntos particulares. Pode ser usada como
maneira de protestar e/ou alertar contra certa problemática. Usa-se também
como veículo de conscientização de uma população, um indivíduo ou uma
instituição a quem a carta é dirigida. Sua estrutura é variável, mas geralmente
há uma introdução que contextualiza o problema; um desenvolvimento, em
que se analisa a dificuldade e se apresentam argumentos; e uma conclusão,
através da qual se solicita uma mudança ou uma resolução do problema. Lin-
guagem culta formal.
160
Carta do Leitor
Conto
É um texto literário limitado ao essencial, apresentando os elementos bá-
sicos da narrativa: tempo e lugar (limitados), fatos e personagens (em número
reduzido). O enredo apresenta normalmente a seguinte estrutura: situação
inicial, complicação, clímax e desfecho. O narrador pode ser observador ou
personagem, empregando geralmente a linguagem culta, formal ou informal,
dependendo da situação comunicativa.
Crônica
A crônica é um gênero eminentemente brasileiro, criado e desenvolvido
aqui, talvez a partir do interesse nacional pelo cotidiano e, até mesmo, pela
vida alheia; não como fofoca, mas como poesia. Frequentemente narrativo,
a crônica é um texto curto, rápido. Nas palavras de Fernando Sabino, um de
nossos maiores cronistas, é: “um comentário leve e breve sobre algum fato
do cotidiano. Algo para ser lido enquanto se toma o café da manhã”. Ainda
segundo Sabino, o cronista pretende apenas recolher da vida diária algo de
seu disperso conteúdo humano. Ele visa ao circunstancial, ao episódico, per-
seguindo o acidental. Em vestibulares, linguagem culta informal.
Crônica Argumentativa
É um texto híbrido, mescla de narração e argumentação. Comumente, a
crônica argumentativa desenvolve sua tese a partir de um fato retirado do
cotidiano, mote para o desenvolvimento do texto. Linguagem culta informal.
Depoimento
É um texto em que são narrados fatos vividos por uma pessoa. Há, portan-
to, uma intenção pedagógica: ensinar algo aos leitores. Esse formato textual
apresenta os elementos básicos da narrativa: fatos, pessoas, tempo e espaço.
O narrador é sempre o protagonista. Verbos e pronomes são empregados
predominantemente na 1ª pessoa. Os verbos oscilam entre o pretérito perfei-
to e o presente do indicativo. Emprega-se o padrão culto formal da língua.
161
Diário
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Discurso
Mensagem oral ou texto escrito, geralmente formal, a ser lido perante um
público. Comumente expositivo e argumentativo, o discurso é feito com um
encadeamento lógico e ordenado de ideias, a fim de expressar a maneira de
pensar e agir e/ou as circunstâncias identificadas, ou não, com certo assunto,
meio ou grupo a quem se dirige o discurso. É interessante mencionar uma
saudação inicial.
Editorial
O editorial é um texto da responsabilidade da direção do jornal ou da re-
vista, que deverá acompanhar cada número da publicação e que se debruça
sobre os acontecimentos mais marcantes da atualidade ou dessa edição do
periódico, comentando, analisando, exortando – em suma, fazendo opinião;
não uma opinião qualquer, mas a opinião do jornal ou da revista. É esta ca-
racterística que distingue o editorial dos outros textos argumentativos do
jornal ou revista.
Ensaio
É um texto literário breve, em prosa, situado entre o poético e o didático,
caracterizado pela liberdade crítica e pelo tom pessoal assumido pelo autor,
que expõe suas ideias, críticas e reflexões a respeito de um tema. Consiste,
portanto, na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema.
Difere do artigo, principalmente, no que tange à forma de expressão das
ideias: enquanto no artigo são expressas opiniões, no ensaio pressupõe-se o
amadurecimento de convicções, ou seja, o autor apresenta uma argumenta-
ção convincente, resultado de uma reflexão baseada em dados.
Entrevista
A entrevista jornalística tem objetivos diferentes dependendo da informa-
ção veiculada e do público-alvo. Em qualquer entrevista, alguém (entrevista-
dor) faz perguntas e outra (entrevistado) responde. O entrevistador estabele-
ce um plano e prepara suas perguntas antes do encontro com o entrevistado.
No encontro, acontece a conversa, que geralmente é gravada para, depois,
transformar-se em texto escrito.
162
Fábula
Folheto
Texto persuasivo de intenção publicitária impresso em folha avulsa, com
distribuição corpo a corpo feita em locais de grande circulação. Com essa
variedade textual, o autor apresenta produtos ou ideias e deseja levar o leitor
ao seu consumo ou à sua aceitação. Configura-se, portanto, como uma ex-
posição de características, levando-se em conta os diferenciais do produto e
a pertinência das ideias. O nível de linguagem deve estar de acordo com o
público a que se pretende atingir.
Manifesto
É um texto de intenção persuasiva, a fim de denunciar uma problemática
pública, ou seja, de interesse de um determinado grupo de pessoas, e cha-
mar a sociedade a uma ação conjunta para a sua resolução. Geralmente há,
ainda, cobrança às autoridades públicas competentes, mostrando, com pro-
priedade, os principais pontos do problema: causas e consequências. Apesar
de não haver estrutura rígida para a elaboração de um manifesto, comumen-
te ele apresenta título, menciona o problema ou a reivindicação em questão
e arrola argumentos no corpo do texto e apresenta, no final, local e data. Ele
pode ser também uma declaração pública de estilo formal, construída em
interlocução direta com seu público-alvo, em que um governo, um partido
político, uma escola literária, um grupo de pessoas ou uma pessoa, etc. ex-
põem certa posição, decisão, programa ou concepção.
Notícia
É um gênero textual cujo objetivo é informar ao leitor fatos atuais, com
simplicidade, concisão e precisão. A linguagem desse texto é formal, clara e
objetiva. Para tanto, deve-se utilizar frases curtas. Não se pode esquecer de,
no primeiro parágrafo, apresentar o lide (ou lead): “O quê? Quando? Onde?
Como? e Por quê?”. Em vista de vestibulares, a manchete (ou título principal)
só será utilizada se for solicitada pela proposta.
163
Panfleto – ver folheto.
Dicas de Vestibular | Propostas de Redação
Parábola
É uma narração alegórica que se utiliza de situações e pessoas para com-
parar a ficção com a realidade e, através dessa comparação, transmitir uma
lição de sabedoria de caráter comumente religioso ou ético. A parábola
transmite uma lição moral através de uma linguagem simbólica. Diferencia-
se da fábula e do apólogo por ser protagonizada por seres humanos, o que
é menos frequente nestes gêneros textuais. É uma espécie de texto muito
comum nos evangelhos.
Parecer Crítico
Gênero textual no qual, além da resenha da obra, constam a avaliação das
ideias expostas, a apresentação dos aspectos positivos e negativos, a justifi-
cativa da avaliação e, finalmente, deve constar do parecer o aconselhamento,
ou não, da adoção da obra analisada.
Receita
Em culinária, são orientações para o preparo de uma iguaria. Uma recei-
ta costuma apresentar um título e uma estrutura dividida em ingredientes e
modo de preparo. A primeira parte da estrutura relaciona os ingredientes
e as quantidades necessárias para o feitio do prato. A segundo instrui com
relação ao preparo.
Relatório
É um gênero textual através do qual se expõem os resultados de ativida-
des variadas. Nesse gênero, cabe haver referências aos textos analisados, no
entanto sem transcrição. Na conclusão, você pode apresentar constatações do
que fora exposto, sem repetir o já escrito. Utiliza-se linguagem impessoal.
Resenha Crítica
Informa sobre o lançamento de um objeto cultural – disco, livro, show, peça
teatral, exposição, etc. – e avalia seus aspectos positivos e negativos. Tem inten-
cionalidade persuasiva, que estimula o público a “consumir”, ou não, o objeto
em questão. Normalmente, há uma introdução que apresenta breve histórico
da obra, seguido de descrição de suas partes e de uma avaliação de seus as-
pectos mais significativos; geralmente são feitas comparações com outras obras
do mesmo autor ou com obras de outros autores. Pode-se comentar sobre a
importância da obra no contexto atual. Os verbos ficam predominantemente no
presente do indicativo, numa linguagem culta e formal.
164
Resumo
Sinopse
É um texto expositivo que apresenta, de forma resumida, o conteúdo de
um objeto cultural, geralmente com a intenção de antecipar o que é a obra.
Quem resume deve exprimir, em estilo objetivo, os elementos essenciais do
objeto analisado. Por isso não cabem, numa sinopse, comentários ou julga-
mentos ao que está sendo condensado.
Uma sinopse pode apresentar dados técnicos referentes à obra e também
serve para despertar a atenção de quem a lê. Nesse sentido, é importante
contar a história, mas deixar o leitor com curiosidade para saber mais.
Testamento
É a manifestação de última vontade pelo qual uma pessoa dispõe para
depois da morte, de todos ou de uma parte dos seus bens. Normalmente os
testamentos contém disposições de ordem patrimonial, mas também podem
ter disposições de outra natureza, tais como: a nomeação de um tutor, a con-
fissão de uma dívida ou o reconhecimento de um filho. É revogável porque o
testador pode sempre, a qualquer momento, revogá-lo, modificando-o total
ou parcialmente. É pessoal, porque insusceptível de ser feito por meio de
representante. É singular, porque não se admite a conjunção de pessoas. Não
podem testar, no mesmo ato, duas ou mais pessoas.
Verbete
Em lexicografia, é cada entrada de dicionário, enciclopédia, glossário, etc.
Trata-se de um texto de definição e exposição. Nele, deve haver a definição
de um termo considerando-se suas acepções denotativas e conotativas, além
de generalizações e particularizações referentes ao uso do termo em varia-
dos contextos. Quanto à forma, pode-se utilizar a divisão em parágrafos ou a
paragrafação única – nesse caso, lembrar-se de usar números ou letras para
separar os tópicos, assim como nos verbetes de dicionário.
165
português
Dicas de Vestibular | Resumos Esquemáticos
166
português
ADJ. → S1 + S2 + ... + SN
Adjetivo anteposto concorda com Ex.: Escolheu bom lugar e hora.
o substantivo mais próximo. Escolheu má hora e lugar.
SN + ... + S2 + S1 ← ADJ.
Adjetivo posposto concorda com o
substantivo mais próximo ou vai para Ex.: Um abraço e um beijo demorado /demorados.
o plural do dominante Considero amáveis o aluno e a aluna.
O adjetivo com função de predicativo
do objeto → plural do dominante.
Caso Particular
> É proibido, é bom, é necessário, é preciso.
Se, nessas expressões o sujeito não vier antecipado de artigo, tanto o verbo como o adjetivo ficam invariáveis.
Ex.: É proibido entrada.
É proibida a entrada.
Cebola é bom.
A cebola é boa.
Literatura Brasileira
Os gêneros, estilos e épocas literárias:
Nome do Estilo
Abrangência de Época Aspectos Históricos Principais Linhas
ou do Movimento
Medievalismo/ Teocentrismo Poemas de amor cavalhei-
Trovadorismo Do SÉCULO XII ao XV, Grande temor a Deus. Gran- rescos. Cantigas. Novelas
Essa tendência não existiu no na Europa feudal. de domínio da Igreja. Feu- de cavalaria: exaltação do
Brasil, já que não houve uma dalismo. guerreiro cristão.
Idade Média brasileira.
167
português
Dicas de Vestibular | Resumos Esquemáticos
Nome do Estilo
Abrangência de Época Aspectos Históricos Principais Linhas
ou do Movimento
168
matemática
a)Termo Geral
an = a1 + (n – 1) . r c)Transformações trigonométricas
an = ap + (n - p) . r
b)Propriedade
am + an = ax + ay ⇔ m + n = x + y
Progressão Geométrica
a)Termo geral
an = a1 . qn – 1
tg
an = ap . qn – p
tg
b)Propriedade
am . an = ax . ay ⇔ m + n = x + y
tg
c)Produto dos termos
Pn =
Logaritmos
d)Soma dos termos
Sn = a)Definição
ax = b ⇔ x =
e)Soma dos termos de uma PG infinita e b)Condição de existência
convergente (-1 < q < 1)
Existe logb se, e somente se:
a
c)Propriedade
Trigonometria =0
a)Ângulos notáveis =1
0o
30 o
45 o
60
o
90 o
= ⇔ b=c
sen 0 1 + = logab . c
– = logab/c
cos 1 0
tg 0 1
169
matemática
Dicas de Vestibular | Resumos Esquemáticos
PA . PB = PC . PD
d)Equação segmentária de uma reta (
(
α = BD - AC
2
Ponto em que a reta toca o eixo y.
Ponto em que a reta toca o eixo x.
PA . PB = PC . PD
(
β = BD + AC
2
e)Equação reduzida de uma circunferência
“O” é centro da circunferência
(x – xo)2 + (y – yo)2 = r2
Raio
(
α = AB e β = AB
(
Coordenadas do centro
2
170
matemática
a2 = b2 + c2 – 2 . b . c . cosÂ
Lei dos senos
Ax3 + Bx2 + Cx + D
h)Fórmulas para a área de um ∆ABC
Área = Área =
Área = Área = p . r
Área =
Indica a concavidade
A=– ⇒∩
Soma dos ângulos internos
Si = 180º . (n – 2)
Soma dos ângulos externos
Se = 360º
Número de diagonais
Produtos Notáveis
b)Coordenadas do vértice
a)Que envolvem quadrados
(a + b)2 = a2 + 2ab + b2
(a - b)2 = a2 - 2ab + b2 ou
(a + b + c)2 = a2 + b2 + c2 + 2ab + 2ac + 2bc
ou
(a + b) . (a - b) = a2 – b2
Polinômios b)Propriedade
a)Forma geral
P(x) = an . xn + an - 1 . xn - 1 + ... + a2 . x2 + a1 . x + a0 ou
b)Forma fatorada
Se x1, x2, x3, ..., xn são raízes de P(x), então:
P(x) = an . (x - x1) . (x - x2) . (x - x3) . ... . (x - xn)
171
172
Dicas de Vestibular | Resumos Esquemáticos
física
física
173
174
Dicas de Vestibular | Resumos Esquemáticos
física
química
175
química
Dicas de Vestibular | Resumos Esquemáticos
Ação Deslocamento
aumento da temperatura para a reação endotérmica (∆H > 0)
diminuição da temperatura para a reação exotérmica (∆H < 0)
aumento da pressão total para a reação com contração de volume
diminuição da pressão total para a reação com expansão de volume
aumento da concentração de reagentes para a formação de produtos
aumento da concentração de produtos para a formação de reagentes
Eletroquímica
Pilha Principais Funções Orgânicas
Processo de oxidorredução espontâneo. Hidrocarbonetos Fórmula geral
∆Eº > 0 (produz energia). Alcanos CnH2n+2
Eletrólise Alcenos e ciclanos CnH2n
Processo de oxidorredução não-espontâneo. Alcinos, alcadienos e ciclenos CnH2n–2
∆Eº < O (consome energia). Aromáticos benzênicos CnH2n–6
O O
==
CH3 –– CH2 –– C
==
ALDEÍDO R –– C
––
H
––
H propanAL
O
O
==
CH3 –– C
==
CETONA R –– C
––
CH3
––
R1
propanONA
O
O
==
CH3 –– CH2 –– C
==
ÁCIDO CARBOXÍLICO R –– C
––
OH
––
OH ÁCIDO propanOICO
O O
==
CH3 –– CH2 –– C
==
ÉSTER R –– C
––
O –– CH3
––
O –– R1
propanoATO DE METILA
176
química
––
––
R –– N CH3 –– CH2 –– CH2 –– N
––
––
H H
(primária) PROPILAMINA
AMINA
R1 CH3
––
––
R –– N CH3 –– CH2 –– N
––
––
H H
(secundária)
METILETILAMINA
R1 CH2 –– CH3
––
––
R –– N –– CH3 –– CH2 –– CH2 –– N
––
R2 CH3
(terciária) METILETILPROPILAMINA
O O
==
==
R –– C CH3 –– CH2 –– C
AMIDA
––
––
NH2 NH2
(primária) propanoAMIDA
> Tautomeria *
Configuracional ou espacial > Eliminação: ocorre em álcoois, haletos etc.
> Geométrica (cis-trans) Ex:
Ex.: C C H C Álcool
H3C –– CH — CH3 + KOH →
–– –
–– –
–– –
–– –
;
–
C == C C == C |
–
H H C H C
cis trans
H3C — CH == CH2 + KC + H2O
177