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Série
Circuito de Tecnologias Adaptadas
para a Agricultura Familiar
3. MANEJO SANITÁRIO
DE CAPRINOS
E OVINOS
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EMPARN
Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte S.A.
GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
WILMA MARIA DE FARIA Série
Circuito de Tecnologias Adaptadas
para a Agricultura Familiar
SECRETÁRIO DA AGRICULTURA, DA PECUÁRIA E DA PESCA
LAÍRE ROSADO FILHO
Natal, RN
2006
cartilhaCAPRINOSpdf.pmd
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AUTOR 2. SANIDADE...................................................... 8
Francisco Canindé Maciel
3. MANEJO SANITÁRIO...................................... 11
Médico Veterinário - Embrapa/EMPARN
E-mail: macielemparn@rn.gov.br MEDIDAS SANITÁRIAS GERAIS.................... 11
REVISÃO MEDIDAS SANITÁRIAS ESPECÍFICAS
MARIA DE FÁTIMA PINTO BARRETO POR CATEGORIA ANIMAL........................... 12
OUTRAS AFECÇÕES.................................... 28
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................... 30
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. . . . . Adaptadas
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. . a.Agricultura
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APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO
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Diversas tecnologias nas áreas de alimentação, sanidade, animais devem ser bem
reprodução e manejo já se encontram disponíveis para a nutridos para
melhoria da produção e da produtividade das explorações de permanecerem saudáveis.
caprinos e ovinos, sejam direcionadas para leite, carne e pele(3,8). Desta forma entenda-se
que “bem nutrido” é o
Esta publicação coloca à disposição dos produtores e animal que ingere
interessados na produção de caprinos e ovinos, informações alimentos com qualidade e
básicas sobre o manejo sanitário e o controle das principais em quantidade suficientes
doenças que afetam estes animais, objetivando contribuir para para atender suas
a redução dos índices de mortalidade, melhoria dos sistemas necessidades de mantença e de produção(3).
produtivos e, conseqüentemente, para o desenvolvimento A saúde dos rebanhos caprino e ovino também recebe
sustentável da caprinovinocultura norte-rio-grandense. influência das instalações.
Quando construídas de
forma adequada,
proporcionam conforto e
SANIDADE proteção, facilitam o
manejo e contribuem para
A sanidade abrange uma série de atividades técnicas, a manter a saúde dos
conduzidas para manter as condições de saúde dos animais, as animais(10).
quais são influenciadas pelo meio ambiente, práticas de manejo
e pelo genótipo, entre outras causas(10). O produtor e demais pessoas que lidam com caprinos ou
A manutenção da saúde de um rebanho tem início com ovinos devem estar familiarizados com o comportamento desses
uma adequada educação sanitária das pessoas envolvidas e com animais, de forma a reconhecer imediatamente qualquer desvio
uma correta alimentação de suas condições normais. Esses animais quando saudáveis
dos animais. Assim, um apresentam(3,10):
rebanho bem alimentado é
saudável, e resiste melhor às − Vivacidade e altivez;
doenças(4). Por outro lado, − Apetite normal, selecionando e ingerindo os alimentos com
uma deficiência nutricional avidez;
aumenta o índice de − Pêlos lisos, sedosos e brilhantes;
doenças e de mortalidade − Temperatura corporal variando de 38,5 a 40,50 C;
no rebanho. Portanto, os − Fezes de consistência firme e em forma de bolotas;
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Quar ent
Quarent ena
entena medidas devem ser adotadas para propiciar a ocorrência de partos
Os animais adquiridos de outras fazendas ou regiões normais e nascimento de cabritos e cordeiros vivos:
deverão ser mantidos em observação por um período de 30-60
dias, em local isolado, antes de serem incorporados ao rebanho. − Manter as fêmeas prenhes em lotes de animais do mesmo
Essa medida visa a garantir ao criador um conhecimento do rebanho, fornecendo alimentação de qualidade (equilibrada)
estado sanitário dos animais, ou seja, certificar-se de que os e evitando a presença de animais estranhos;
mesmos são ou não portadores de doenças. − Evitar pancadas durante o manejo dos animais;
− Retirar os animais agressivos dos lotes para evitar os
Isolamento traumatismos por cabeçadas ou chifradas;
O sistema de criação deve ter uma área afastada do centro − Evitar longas caminhadas e não permitir o contato das matrizes
de manejo, para o isolamento e tratamento dos animais doentes. com cães, gatos e urina de ratos;
− Proceder a secagem do leite das matrizes aos 45 – 60 dias antes
Descarte do parto;
É um procedimento utilizado para retirar do rebanho animal − Separar as matrizes 6 a 8 semanas antes do parto;
com doenças crônicas, portador de zoonoses ou improdutivo, − Realizar a limpeza e o corte dos pelos da cauda;
mediante o abate ou sacrifício. − Próximo à época de parição, manter as fêmeas em piquetes
próximos do centro de manejo para facilitar a assistência ao
Outras medidas de apoio parto quando necessária. Ao se aproximar o parto, a fêmea
− Alimentação equilibrada e água de boa qualidade apresenta alguns sinais que o criador mais experiente pode
− Conforto animal reconhecer facilmente. Os mais evidentes são: modificação da
− Limitar presença de animais não desejáveis (gato, cão, rato, garupa, com uma marcante depressão em cada lado da cauda,
mosca, entre outros). depressão nos flancos (a barriga baixa mais) e no início do
trabalho de parto fica inquieta, deitando e levantando com
freqüência; começa a apresentar contrações e corrimento
MEDID AS SSANIT
MEDIDAS ANIT ÁRIAS ESPECÍFIC
ANITÁRIAS AS POR C
ESPECÍFICAS CAATEGORIA opaco, ligeiramente amarelado.
ANIMAL − Após o parto, observar se a matriz expulsa a placenta;
Cuidados com a cabra e ovelha − Limpar rigorosamente as matrizes após o parto e mantê-las em
pr enhe e ao par
prenhe partto ambiente calmo, seco e com disponibilidade de água e
alimentação.
A gestação da cabra e da ovelha dura aproximadamente
cinco meses, variando de 142 a 158 dias.Durante o período de
prenhez, o criador deve dar atenção especial ao animal. Algumas
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Cuidados com as crias − Vermifugar as crias três semanas após sua saída para o pasto
Para aumentar o índice de sobrevivência dos recém- ou ao desmame;
nascidos, é necessário que o criador adote algumas práticas de − Ter maiores cuidados com as crias nascidas de partos múltiplos,
manejo, tais como: evitando rejeição e morte por subnutrição;
− Cortar o umbigo e desinfetar o coto umbilical com tintura de − Nas criações extensivas,
iodo a 10%; evitar que as crias fiquem
ao pé da mãe o dia todo,
separando-as durante a
noite em uma área
apropriada no aprisco e
colocando-as para
mamar apenas duas
vezes ao dia, pela manhã
e ao final da tarde;
− Fornecer alimento sólido (capim e concentrado) a partir do 8º
dia de vida;
− Ter uma área de pastagem cercada, reservada para os cabritos
− Garantir a mamada do colostro o mais cedo possível e cordeiros pastejarem a partir de 20 - 30 dias de vida;
(preferencialmente nas primeiras seis horas), para estimular as − Desmamar as crias aos 90 dias de idade ou quando atingirem
defesas orgânicas das crias e evitar a mortalidade neo-natal; 2,5 a 3,5 vezes o seu peso ao nascer.
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PREVEN ÇÃ
PREVENÇÃ
ÇÃOO E C ONTR
CONTR OLE D
ONTROLE AS PRIN
DAS CIP
PRINCIP AIS DOEN
CIPAIS DOENÇÇ AS − Vermifugar os cabritos e os cordeiros ao desmame;
− Vermifugar as fêmeas duas a três semanas antes do início da
Verminose estação de monta;
A verminose é uma doença que ataca tanto caprinos como − Vermifugar todo animal de compra antes de incorporá-lo ao
ovinos e é uma das principais causas de mortalidade nessas duas rebanho;
espécies no Estado. É causada por vermes que se localizam no − Evitar a superlotação das pastagens;
trato digestivo do animal, onde se fixam e sugam o sangue do − Trocar o vermífugo (princípio ativo) a cada ano para evitar a
mesmo.Os principais helmintos identificados parasitando caprinos resistência dos vermes;
no Rio Grande do Norte incluem (6); Haemonchus contortus, − Fazer rodízio de piquetes;
Strongyloides papillosus, Cooperia sp., Oesophagostomum − Separar os animais adultos dos jovens;
columbianun, Oesophagostomum venulosum, Trichostrongylus − Adotar a estação de monta;
colubriformis, Trichostrongylus axei, Skrjabinema ovis, Trichuris − Manter cochos de alimentos e bebedouros sempre limpos;
sp., e moniezia sp. Quando o animal tem grande número de − Manter os animais presos no curral, pelo menos por 12 horas,
vermes, fica magro, fraco, sem apetite, com o pelo arrepiado e após as vermifugações.
sem brilho e em alguns casos com a “papada inchada” (edema
submandibular) e diarréia.
Para atenuar os prejuízos causados pela verminose, o
criador deve vermifugar periodicamente o rebanho. Para os
criatórios no Rio Grande do Norte, quatro vermifugações por
ano (no início, meio e final JA N FEV M A R A B R M A I JUN JUL A GO SET OUT NOV DEZ
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porém é mais comum em animais jovens. Doença causada por − Repetir o tratamento 7 a 10 dias após a aplicação;
um protozoário do gênero eimeria e tem sua ocorrência − Banhar os animais recém – adquiridos antes de incorporá-los
amplificada pela falta de higiene geral, contaminação de água ao rebanho;
por fezes com oocistos, concentração das crias em ambiente − Banhar os animais pela manhã ou no final da tarde;
úmido, bem como sobrelotação nas instalações e nas pastagens − Fornecer água e alimentos antes do banho.
por animais das diversas categorias em um único lote(3,8). A sarna auricular ocorre com maior freqüência nos caprinos
Os sintomas incluem diarréia fétida, falta de apetite, do que nos ovinos. Os animais infestados apresentam milhares
desidratação, perda de peso e crescimento retardado, podendo de ácaros no interior do ouvido e ao redor da orelha, os quais
levar à morte. Nos animais adultos, esta doença é ocasional formam crostas quebradiças.
(condições de estresse). O tratamento consiste na retirada das crostas com algodão
O controle da doença é feito pelo isolamento e tratamento embebido em álcool, água oxigenada ou álcool iodado e
dos doentes com medicamentos à base de sulfa por via oral, utilização de spray repelente para evitar a formação de miíase
durante dois a três dias. A prevenção se faz mantendo-se as (bicheira).
crias separadas dos animais adultos, pois estes são portadores A miíase (bicheira) é causada pela larva da mosca “varejeira”
da doença e constituem uma fonte de infecção para os animais (Cocchliomya hominivorax), que põe seus ovos nas feridas
jovens; fazendo-se a limpeza diária dos alojamentos e bebedouros frescas. Depois de algumas horas, as larvas saem dos ovos e
e evitando-se umidade nas instalações(8). O uso de salinomicina penetram nos tecidos vivos onde se alimentam e crescem por
na dose de 1 mg / kg misturada ao leite ou ração dos 14 a 210 aproximadamente uma semana. Em seguida, caem no solo onde
dias de vida de cabritos e cordeiros é recomendado como medida se transformam em moscas, completando assim seu ciclo de
preventiva em sistemas intensivos de criação. vida. Durante o período em que as larvas permanecem na ferida,
vão comendo a carne do animal chegando a causar grandes
Ectoparasitoses estragos. O animal fica irritado, perde o apetite, emagrece e se
Os ectoparasitos que acometem os caprinos e os ovinos não for tratado pode morrer. Como medida preventiva, proceder
são os piolhos mastigador (Bovicola) e sugador (Linognathus), a desinfecção da pele após ocorrência de traumatismos, tais
os ácaros (Psoroptes caprae e demodex caprae) causadores de como: marcação, brincagem, castração, corte do cordão
sarnas e as larvas de moscas(Cocchliomya hominivorax), que umbilical e descorna, além da higienização das instalações . Para
causam prejuízos pelos danos na pele dos animais afetados. As tratar miíase já instalada, retirar todas as larvas da ferida e usar
medidas para o controle das pediculoses e das sarnas um produto repelente e cicatrizante.
contemplam(3,8,10):
− Separar os animais infestados; Ectima Contagioso
− Tratar os animais com carrapaticidas, utilizando um pulverizador É uma doença contagiosa causada por vírus, transmitida
costal; por contato direto dos animais doentes com os sadios. É também
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conhecida por boqueira e caroço só deve ser removido quando estiver mole e com os pelos
acomete principalmente caindo. Todo o conteúdo retirado do caroço juntamente com a
animais jovens, com gaze ou outros materiais que tenham sido usados durante a
morbidade de até 100%. Os operação, devem ser queimados e enterrados. Os animais
cabritos doentes perdem peso submetidos a tratamento só devem ser incorporados ao rebanho
devido à dificuldade de se quando a ferida estiver totalmente cicatrizada. Descartar os
alimentar, podendo inclusive animais com recidivas(3,11).
morrer. Manifesta-se sob a
forma de ulcerações com P ododer matit
ododermatit
matite e N ecr
Necr ótica
ecrótica
formação de crostas localizadas nos lábios, gengivas, bochechas É conhecida por frieira ou podridão dos cascos e caracteriza-
e língua, podendo afetar também a vulva e úbere das cabras se pela inflamação do espaço entre as unhas, com grande
devido à amamentação de cabritos contaminados. Os animais sensibilidade, exudação fétida, ulceração e podridão do tecido
doentes devem ser isolados e tratados com glicerina iodada a afetado, chegando muitas vezes a ocorrer perda total do casco.
10% ou violeta de genciana a 3%, depois de retiradas as crostas Ocorre devido a fatores predisponentes como traumatismos ou
das feridas(8,10). umidade excessiva do solo, associados à infecção bacteriana
(Bacteróides nodosus, Fusobacterium necrophorum)(8). É mais
Linfadenite Caseosa freqüente no período chuvoso devido a umidade excessiva no
Também conhecida como “mal - do- caroço”, é uma doença solo. A pr evenção da doença é feita com corte e limpeza
pre
causada por uma bactéria (Corynebacterium pseudotuberculosis) periódica dos cascos e uso de pedelúvio. Para o tratamento
tratamento,
que se localiza nos linfonodos, produzindo abscessos, que podem recomenda-se colocar o animal em local seco e limpo, limpar o
ser notados sob a pele na forma de caroços. Esses caroços se casco retirando as partes
localizam com maior freqüência nas regiões escapular (pá), putrefatas (podres) e tratar
auricular (pé da orelha), mandibular (queixo) e inguinal (vazio), as lesões com tintura de
podendo ocorrer também nos testículos, úberes e órgãos iodo a 10%, sulfato de cobre
internos. Para evitar que a doença ocorra em seu rebanho, o a 5% ou produtos existentes
criador deve ter o cuidado de não adquirir animais doentes, no mercado indicados para
proceder a inspeções freqüentes no rebanho, isolar e tratar os tratamento de cascos. Nos
animais com caroço, não deixando que o mesmo estoure casos graves, deve-se
naturalmente, espalhando o pus pelo chão, pois esse pus é um administrar antibióticos à
foco de transmissão da doença para os animais sadios(3,8,10). base de penicilina ou tetraciclina por via intramuscular, durante
O tratamento é feito por meio da drenagem do abscesso e três a quatro dias(3,10).
desinfecção com iodo a 10% até a total cicatrização da ferida. O
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crias com leite de vaca ou colostro oriundo de cabra sadia. O − Em animais adultos, os sintomas clínicos da forma nervosa
tratamento geralmente não é eficaz(8,9) . incluem andar em círculos, cabeça caída e paralisia do nervo
facial, em associação com a forma artrítica.
Ceratoconjuntivite infecciosa (3,8)
É uma enfermidade infecto-contagiosa que afeta as A ffor
or ma ar
orma trítica da C
artrítica AE (3,
CAE 10)
(3,1
:
estruturas do olho, produzindo lacrimejamento, irritação da − É mais freqüente em
conjuntiva, ulceração e opacidade da córnea, causada por animais adultos e mais
diversos microorganismos, sendo os mais freqüentes: Richettsia, importantes em caprinos
Moraxella, Mycoplasma, Chlamydia e Neisseria. que em ovinos. Apresenta
Prevenção: isolar os animais doentes e evitar ferimentos grande variabilidade na
nos olhos dos animais. Tratamento: pomadas oftálmicas ou progressão e severidade
colírios à base de antibióticos. dos sintomas. Os primeiros
sinais da doença são os
Artrite Encefalite Caprina a Vírus – CAEV aparecimentos de
Mais conhecida por CAE, é uma doença causada por vírus manqueira acompanhado
de evolução geralmente crônica com agravamento progressivo por inchaço das juntas; o inchaço (artrite) é mais freqüente na
das lesões, perda de peso e debilidade até a morte, estando articulação do joelho (membro dianteiro), mas, pode ocorrer
presente na maioria dos rebanhos caprinos leiteiros do País. Ela em qualquer uma das articulações dos membros do animal;
se manifesta clinicamente de quatro formas básicas: nervosa ou − Com o progresso da doença o animal pode apresentar
encefálica, artrítica, pulmonar e mamária(2). dificuldade de se locomover, e perda de peso;
− Não existe tratamento específico e nem cura para a CAE artrítica.
A ffor
or ma encef
orma alítica da C
encefalítica AE (2,3,
CAE 10)
(2,3,1
Os animais acometidos podem ter uma vida aparentemente
− É a menos freqüente e afeta principalmente cabritos e cordeiros normal:
entre 2-6 meses de idade; − Nem todos os casos de
− Os animais apresentam tremores de cabeça, incoordenação, artrite são causados pelo
andar cambaleante, fraqueza progressiva dos membros, vírus da CAE. Por isso,
podendo levar a paralisia, decúbito e morte. Pode ocorrer, quando aparecer animais
também, pneumonia associada aos sintomas nervosos. com artrite no rebanho, o
− O curso da doença é de vários dias a várias semanas e não criador deve procurar
existe tratamento eficaz para a mesma. Os cabritos fazer diagnóstico
corretamente diagnosticados, devem ser sacrificados. diferencial (cultura do
fluido aspirado das juntas)
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com Clamídia e Micoplasma, pois estas bactérias também de fêmeas soro negativos, leite de vaca ou outro alimento
causam artrite. Deve considerar também a ocorrência de substituto até o desmame;
pancadas ou outros traumatismos − Fazer exame sorológico de todos os cabritos aos seis meses de
idade e repetir periodicamente até ter certeza de que estão livres
A forma pulmonar da CAE (2) de CAE. Animais soro positivos devem ser separados dos demais,
− É a forma de apresentação mais rara e de menor gravidade imediatamente.
entre os caprinos, entretanto, é muito freqüente e grave em
ovinos. Os sintomas são tosse e dificuldade respiratórias após Raiva
exercícios físicos. É uma doença causada por um vírus que se aloja no sistema
nervoso do animal. É transmitida principalmente pela mordida
A forma mamária (2) de morcegos hematófagos, podendo também ocorrer casos de
− As cabras afetadas por este quadro clínico apresentam mastite transmissão pela mordida de cães ou raposas doentes. Os
aguda ou crônica. A aguda, observada geralmente em animais sintomas clínicos aparecem entre 2 e 60 dias após o animal ter
no final da 1ª gestação, caracteriza-se pelo endurecimento do sido infectado. Observa-se mudança de hábitos do animal,
úbere com baixa ou nenhuma produção de leite. A crônica ansiedade, salivação abundante, dificuldade de engolir, e algumas
instala-se progressivamente durante a lactação, com assimetria vezes excitação e agressividade, sendo mais freqüente a forma
e endurecimento da mama e produção de leite de aspecto paralítica. Após manifestação da doença, não existe tratamento
normal. Em ambas as condições há aumento persistente dos para a mesma.
linfonodos retromamários. Em ovelhas também se observa Em regiões onde a doença ocorre, deve-se efetuar a
mastite, que pode ser importante causa de mortalidade de vacinação anual do rebanho, incluindo-se todos os animais a
cordeiros. partir de quatro meses de idade.
As vacinas devem ser conservadas em gelo e protegidas
Pr
Pree v enção e contr ole da C
controle AE (2,3,
CAE 10)
(2,3,1
dos raios solares, devendo por isso, se trabalhar na sombra.
− Fazer exame sorológico de todo o rebanho a cada seis meses;
− Separar os animais positivos dos sadios; F ebr
ebree Af t osa
− Se todo o rebanho é soro positivo para CAE, deve-se procurar É uma doença causada por vírus que acomete os
formar um novo rebanho livre de CAE, com os cabritos nascidos, ruminantes. O animal doente apresenta temperatura elevada e
separando-os das mães imediatamente após o nascimento; erupções na boca, na língua, na junção da pele com o casco,
− A principal via de transmissão é o colostro e leite das cabras no espaço ente os cascos e no úbere.
infectadas. Os cabritos devem ser isolados das mães Para o controle da doença seguir as recomendações do
imediatamente após o nascimento e alimentados com o colostro programa oficial de vacinação estadual. Os caprinos e ovinos
são considerados animais sinalizadores e atualmente não é
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10. SILVA, E. R. da,; VIEIRA, L. da S.; ALVES, F. S. F.; PINHEIRO, R. R.; COSTA, A. L. da;
CAVALCANTE, A. C. R. Caprinos e ovinos: guia de saúde. Sobral : Embrapa
Caprinos, 2001. 66p.
11. ZACHARIAS, F. Higiene e Sanidade do Rebanho. In: ROCHA, J. C. da Caprinos
no semi - árido: técnicas e práticas de criação. 1ª Ed. 2003. p 293-320.