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pmd

Série
Circuito de Tecnologias Adaptadas
para a Agricultura Familiar

3. MANEJO SANITÁRIO
DE CAPRINOS
E OVINOS
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EMPARN
Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte S.A.
GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
WILMA MARIA DE FARIA Série
Circuito de Tecnologias Adaptadas
para a Agricultura Familiar
SECRETÁRIO DA AGRICULTURA, DA PECUÁRIA E DA PESCA
LAÍRE ROSADO FILHO

DIRETORIA EXECUTIVA DA EMPARN


DIRETOR PRESIDENTE
3. MANEJO SANITÁRIO
ROBSON DE MACÊDO VIEIRA
DE CAPRINOS
DIRETOR DE PESQUISA & DESENVOLVIMENTO E OVINOS
MARCONE CÉSAR MENDONÇA DAS CHAGAS

DIRETOR DE OPERAÇÕES ADM. E FINANCEIRAS


AMADEU VENÂNCIO DANTAS FILHO

Natal, RN
2006
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SÉRIE CIRCUITO DE TECNOLOGIAS ADAPTADAS SUMÁRIO


PARA A AGRICULTURA FAMILIAR
3. MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINOS E OVINOS

EXEMPLARES DESTA PUBLICAÇÃO PODEM SER ADQUIRIDOS


SETOR DE DIFUSÃO E PROFISSIONALIZAÇÃO DA EMPARN APRESENTAÇÃO............................................. 6
AV. JAGUARARI, 2192 - LAGOA NOVA
59062-500 - NATAL-RN 1. INTRODUÇÃO............................................... 7

AUTOR 2. SANIDADE...................................................... 8
Francisco Canindé Maciel
3. MANEJO SANITÁRIO...................................... 11
Médico Veterinário - Embrapa/EMPARN
E-mail: macielemparn@rn.gov.br MEDIDAS SANITÁRIAS GERAIS.................... 11
REVISÃO MEDIDAS SANITÁRIAS ESPECÍFICAS
MARIA DE FÁTIMA PINTO BARRETO POR CATEGORIA ANIMAL........................... 12

EDITORAÇÃO ELETRÔNICA PREVENÇÃO E CONTROLE DAS


LUCIANA RIU UBACH PRINCIPAIS DOENÇAS................................ 16

OUTRAS AFECÇÕES.................................... 28

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................... 30

Difusão de Serviços Técnicos 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS...................... 31


Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN; Biblioteca Central Zila Mamede

Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte.


Manejo sanitário de caprinos e ovinos / EMPARN. – Natal, RN: EMPARN,
2006.
32 p. – (Circuito de tecnologias adaptadas para a agricultura familiar ; v.
3)

1. Saúde animal. 2. Doenças infecciosas e parasitárias. 3. Controle. 4.


Prevenção. 5. Agricultura família.

RN/UF/BCZM CDU 614.9


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. . . . . . . . . . . . . . .III .Circuito
. . .de. Tecnologias
. . . . . Adaptadas
. . . . . para
. . a.Agricultura
. . . . .Familiar
... III Circuito de Tecnologias Adaptadas para a Agricultura Familiar
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APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO

A caprinovinocultura é uma atividade tradicionalmente A caprinovinocultura tem se expandido em todos os estados


empreendida pelos produtores potiguares que nos últimos anos brasileiros. Independente do objetivo da exploração, a
tem experimentado franca expansão em decorrência da forte caprinovinocultura muito tem a contribuir para o desenvolvimento
demanda por seus produtos . socioeconômico do País, e de modo particular, da região
Apesar dessa situação favorável de mercado e do número nordestina. O Rio Grande do Norte ocupa a sexta posição do
significativo de produtores inseridos nessa atividade, diversos Nordeste em relação ao efetivo caprino e a quinta quanto ao
problemas existentes nas unidades de produção ainda se número de ovinos, com 434.193 e 488.028 animais,
constituem em fatores limitantes para o aumento da respectivamente. Entre 1996 e 2005, ocorreu uma evolução de
produtividade e a oferta de produtos – carne, leite e derivados – 87,46% do efetivo caprino e 25,53% do rebanho ovino estadual,
com a qualidade e a regularidade na oferta exigidas pelos sendo as taxas de crescimento de 38,77% e 27,31% dos rebanhos
consumidores. destas espécies para o conjunto do Nordeste e de 38,69% e
8,72% para o Brasil, respectivamente, conforme estimativas do
Dentre os entraves nos sistemas produtivos, os problemas
Instituto FNP(1).
de saúde constituem-se em uma das principais causas do baixo
Em razão de sua importância econômica e social, de modo
desempenho zootécnico e econômico dos rebanhos.
particular para os estados do Nordeste, a caprinovinocultura
O objetivo desta publicação é repassar aos produtores e requer atenção cuidadosa para que possa desenvolver-se à altura
demais pessoas interessadas no setor, noções básicas de manejo, desta importância. Entretanto, desafios de diversas ordens estão
sanidade e prevenção de doenças. Tais informações estão presentes e necessitam ser superados.
disponibilizadas de maneira simples, de fácil entendimento por De maneira geral, esses animais são explorados
parte de produtores e demais pessoas que trabalham diretamente tradicionalmente em sistema de criação extensivo com reduzida
no manejo desses animais. adoção de tecnologias, o que tem sido responsabilizado pelos
A EMPARN, que ao longo dos seus 25 anos de atuação no baixos índices zootécnicos, traduzidos pela reduzida velocidade
estado tem se constituído em referência no setor agropecuário, de crescimento dos animais, abate tardio, baixo rendimento e
apresenta mais essa contribuição no sentido de fortalecer o carcaça que não satisfaz as exigências do mercado em termos
agronegócio de caprinos e ovinos no estado. de qualidade, além de idade avançada ao primeiro parto, longos
intervalos entre partos, baixa produção leiteira na vida útil das
matrizes e altas taxas de mortalidades nos rebanhos.
Robson de Macêdo Vieira
Diretor Presidente da EMPARN

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Diversas tecnologias nas áreas de alimentação, sanidade, animais devem ser bem
reprodução e manejo já se encontram disponíveis para a nutridos para
melhoria da produção e da produtividade das explorações de permanecerem saudáveis.
caprinos e ovinos, sejam direcionadas para leite, carne e pele(3,8). Desta forma entenda-se
que “bem nutrido” é o
Esta publicação coloca à disposição dos produtores e animal que ingere
interessados na produção de caprinos e ovinos, informações alimentos com qualidade e
básicas sobre o manejo sanitário e o controle das principais em quantidade suficientes
doenças que afetam estes animais, objetivando contribuir para para atender suas
a redução dos índices de mortalidade, melhoria dos sistemas necessidades de mantença e de produção(3).
produtivos e, conseqüentemente, para o desenvolvimento A saúde dos rebanhos caprino e ovino também recebe
sustentável da caprinovinocultura norte-rio-grandense. influência das instalações.
Quando construídas de
forma adequada,
proporcionam conforto e
SANIDADE proteção, facilitam o
manejo e contribuem para
A sanidade abrange uma série de atividades técnicas, a manter a saúde dos
conduzidas para manter as condições de saúde dos animais, as animais(10).
quais são influenciadas pelo meio ambiente, práticas de manejo
e pelo genótipo, entre outras causas(10). O produtor e demais pessoas que lidam com caprinos ou
A manutenção da saúde de um rebanho tem início com ovinos devem estar familiarizados com o comportamento desses
uma adequada educação sanitária das pessoas envolvidas e com animais, de forma a reconhecer imediatamente qualquer desvio
uma correta alimentação de suas condições normais. Esses animais quando saudáveis
dos animais. Assim, um apresentam(3,10):
rebanho bem alimentado é
saudável, e resiste melhor às − Vivacidade e altivez;
doenças(4). Por outro lado, − Apetite normal, selecionando e ingerindo os alimentos com
uma deficiência nutricional avidez;
aumenta o índice de − Pêlos lisos, sedosos e brilhantes;
doenças e de mortalidade − Temperatura corporal variando de 38,5 a 40,50 C;
no rebanho. Portanto, os − Fezes de consistência firme e em forma de bolotas;

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... III Circuito de Tecnologias Adaptadas para a Agricultura Familiar
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− Urina de coloração MANEJO SANITÁRIO


amarelada, odor forte e
em volume dentro da
normalidade; O manejo sanitário busca preservar a saúde dos animais
− Processo de ruminação controlando ou eliminando doenças de modo a maximizar os
presente; índices produtivos e de rentabilidade do rebanho. Para concretizar
− Boa condição corporal e estes objetivos, devem-se adotar os seguintes
porte compatível com a procedimentos(3,7,8,10,11):
idade e a raça.
MEDID AS SSANIT
MEDIDAS ANIT ÁRIAS GERAIS
ANITÁRIAS

Higiene das Instalações


− Limpeza diária dos
apriscos ou ovis por meio
de varredura;
− Limpeza dos bebedouros,
mantendo-os isentos de
algas ou de fezes e
É importante que produtores e manejadores permaneçam procedendo-se a troca
alertas para qualquer alteração nas características normais dos periódica da água;
animais, uma vez que tal ocorrência poderá significar o início de − Limpeza diária dos
alguma enfermidade. Veja alguns sinais e sintomas que podem comedouros;
indicar doenças(3,10): − Limpeza dos currais com recolhimento das fezes para
− Tristeza e isolamento do rebanho; esterqueiras ou diretamente para as áreas de pastagem;
− Diminuição, ausência ou depravação do apetite (comer terra, − Manter o ambiente
ossos, etc). criatório sempre limpo,
− Pêlos arrepiados, ásperos e sem brilho ou queda dos pêlos; sem sacos plásticos ou
− Temperatura corporal acima de 40,50 C – febre: outros detritos.
− Fezes de consistência pastosa, mole ou diarréica, com mau
cheiro, com sangue ou coloração escura;
− Urina de coloração escura, vermelha e com cheiro diferente;
− Condição corporal de magreza, porte atrofiado.

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Quar ent
Quarent ena
entena medidas devem ser adotadas para propiciar a ocorrência de partos
Os animais adquiridos de outras fazendas ou regiões normais e nascimento de cabritos e cordeiros vivos:
deverão ser mantidos em observação por um período de 30-60
dias, em local isolado, antes de serem incorporados ao rebanho. − Manter as fêmeas prenhes em lotes de animais do mesmo
Essa medida visa a garantir ao criador um conhecimento do rebanho, fornecendo alimentação de qualidade (equilibrada)
estado sanitário dos animais, ou seja, certificar-se de que os e evitando a presença de animais estranhos;
mesmos são ou não portadores de doenças. − Evitar pancadas durante o manejo dos animais;
− Retirar os animais agressivos dos lotes para evitar os
Isolamento traumatismos por cabeçadas ou chifradas;
O sistema de criação deve ter uma área afastada do centro − Evitar longas caminhadas e não permitir o contato das matrizes
de manejo, para o isolamento e tratamento dos animais doentes. com cães, gatos e urina de ratos;
− Proceder a secagem do leite das matrizes aos 45 – 60 dias antes
Descarte do parto;
É um procedimento utilizado para retirar do rebanho animal − Separar as matrizes 6 a 8 semanas antes do parto;
com doenças crônicas, portador de zoonoses ou improdutivo, − Realizar a limpeza e o corte dos pelos da cauda;
mediante o abate ou sacrifício. − Próximo à época de parição, manter as fêmeas em piquetes
próximos do centro de manejo para facilitar a assistência ao
Outras medidas de apoio parto quando necessária. Ao se aproximar o parto, a fêmea
− Alimentação equilibrada e água de boa qualidade apresenta alguns sinais que o criador mais experiente pode
− Conforto animal reconhecer facilmente. Os mais evidentes são: modificação da
− Limitar presença de animais não desejáveis (gato, cão, rato, garupa, com uma marcante depressão em cada lado da cauda,
mosca, entre outros). depressão nos flancos (a barriga baixa mais) e no início do
trabalho de parto fica inquieta, deitando e levantando com
freqüência; começa a apresentar contrações e corrimento
MEDID AS SSANIT
MEDIDAS ANIT ÁRIAS ESPECÍFIC
ANITÁRIAS AS POR C
ESPECÍFICAS CAATEGORIA opaco, ligeiramente amarelado.
ANIMAL − Após o parto, observar se a matriz expulsa a placenta;
Cuidados com a cabra e ovelha − Limpar rigorosamente as matrizes após o parto e mantê-las em
pr enhe e ao par
prenhe partto ambiente calmo, seco e com disponibilidade de água e
alimentação.
A gestação da cabra e da ovelha dura aproximadamente
cinco meses, variando de 142 a 158 dias.Durante o período de
prenhez, o criador deve dar atenção especial ao animal. Algumas

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Cuidados com as crias − Vermifugar as crias três semanas após sua saída para o pasto
Para aumentar o índice de sobrevivência dos recém- ou ao desmame;
nascidos, é necessário que o criador adote algumas práticas de − Ter maiores cuidados com as crias nascidas de partos múltiplos,
manejo, tais como: evitando rejeição e morte por subnutrição;
− Cortar o umbigo e desinfetar o coto umbilical com tintura de − Nas criações extensivas,
iodo a 10%; evitar que as crias fiquem
ao pé da mãe o dia todo,
separando-as durante a
noite em uma área
apropriada no aprisco e
colocando-as para
mamar apenas duas
vezes ao dia, pela manhã
e ao final da tarde;
− Fornecer alimento sólido (capim e concentrado) a partir do 8º
dia de vida;
− Ter uma área de pastagem cercada, reservada para os cabritos
− Garantir a mamada do colostro o mais cedo possível e cordeiros pastejarem a partir de 20 - 30 dias de vida;
(preferencialmente nas primeiras seis horas), para estimular as − Desmamar as crias aos 90 dias de idade ou quando atingirem
defesas orgânicas das crias e evitar a mortalidade neo-natal; 2,5 a 3,5 vezes o seu peso ao nascer.

Cuidados com os animais de rrecr ecr ia


ecria
− Separar os animais por sexo para evitar prenhez indesejável

Cuidados com os rrepr epr odut


eprodut or
odutor es
ores
− Estação de monta e controle reprodutivo facilitam e melhoram
a adoção das práticas sanitárias;
− Evitar a realização de trocas ou empréstimos de reprodutores
em condições sanitárias duvidosas;
− Alimentação equilibrada, de modo particular quanto aos
− Manter os recém-nascidos no aprisco durante os primeiros 15 minerais (relação ca : p).
a 20 dias de vida;

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PREVEN ÇÃ
PREVENÇÃ
ÇÃOO E C ONTR
CONTR OLE D
ONTROLE AS PRIN
DAS CIP
PRINCIP AIS DOEN
CIPAIS DOENÇÇ AS − Vermifugar os cabritos e os cordeiros ao desmame;
− Vermifugar as fêmeas duas a três semanas antes do início da
Verminose estação de monta;
A verminose é uma doença que ataca tanto caprinos como − Vermifugar todo animal de compra antes de incorporá-lo ao
ovinos e é uma das principais causas de mortalidade nessas duas rebanho;
espécies no Estado. É causada por vermes que se localizam no − Evitar a superlotação das pastagens;
trato digestivo do animal, onde se fixam e sugam o sangue do − Trocar o vermífugo (princípio ativo) a cada ano para evitar a
mesmo.Os principais helmintos identificados parasitando caprinos resistência dos vermes;
no Rio Grande do Norte incluem (6); Haemonchus contortus, − Fazer rodízio de piquetes;
Strongyloides papillosus, Cooperia sp., Oesophagostomum − Separar os animais adultos dos jovens;
columbianun, Oesophagostomum venulosum, Trichostrongylus − Adotar a estação de monta;
colubriformis, Trichostrongylus axei, Skrjabinema ovis, Trichuris − Manter cochos de alimentos e bebedouros sempre limpos;
sp., e moniezia sp. Quando o animal tem grande número de − Manter os animais presos no curral, pelo menos por 12 horas,
vermes, fica magro, fraco, sem apetite, com o pelo arrepiado e após as vermifugações.
sem brilho e em alguns casos com a “papada inchada” (edema
submandibular) e diarréia.
Para atenuar os prejuízos causados pela verminose, o
criador deve vermifugar periodicamente o rebanho. Para os
criatórios no Rio Grande do Norte, quatro vermifugações por
ano (no início, meio e final JA N FEV M A R A B R M A I JUN JUL A GO SET OUT NOV DEZ

do período seco e uma no


P E R Í O D O C H UV O S O P ER Í D O SEC O

meio do período chuvoso) Figura 1: Esquema de vermifugações estratégicas para o


apresentam resultados controle da verminose caprina no semi-árido nordestino.
satisfatórios(7). Recomenda-
se também vermifugações Outro método para orientação do tratamento anti-
nas seguintes ocasiões e helmíntico é a observação da coloração da mucosa ocular.
adoção de outras medidas Quando esta se apresenta pálida deve-se proceder a
auxiliares(3,8): vermifugação. Este método é conhecido como FAMACHA .

− Vermifugar cabras e ovelhas um mês antes ou logo após o Coccidiose ou Eimeriose


parto, pois fêmeas lactantes promovem maior disseminação É uma enfermidade comum em rebanhos que
de ovos nas pastagens; permanecem estabulados. Ataca animais de qualquer idade,

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porém é mais comum em animais jovens. Doença causada por − Repetir o tratamento 7 a 10 dias após a aplicação;
um protozoário do gênero eimeria e tem sua ocorrência − Banhar os animais recém – adquiridos antes de incorporá-los
amplificada pela falta de higiene geral, contaminação de água ao rebanho;
por fezes com oocistos, concentração das crias em ambiente − Banhar os animais pela manhã ou no final da tarde;
úmido, bem como sobrelotação nas instalações e nas pastagens − Fornecer água e alimentos antes do banho.
por animais das diversas categorias em um único lote(3,8). A sarna auricular ocorre com maior freqüência nos caprinos
Os sintomas incluem diarréia fétida, falta de apetite, do que nos ovinos. Os animais infestados apresentam milhares
desidratação, perda de peso e crescimento retardado, podendo de ácaros no interior do ouvido e ao redor da orelha, os quais
levar à morte. Nos animais adultos, esta doença é ocasional formam crostas quebradiças.
(condições de estresse). O tratamento consiste na retirada das crostas com algodão
O controle da doença é feito pelo isolamento e tratamento embebido em álcool, água oxigenada ou álcool iodado e
dos doentes com medicamentos à base de sulfa por via oral, utilização de spray repelente para evitar a formação de miíase
durante dois a três dias. A prevenção se faz mantendo-se as (bicheira).
crias separadas dos animais adultos, pois estes são portadores A miíase (bicheira) é causada pela larva da mosca “varejeira”
da doença e constituem uma fonte de infecção para os animais (Cocchliomya hominivorax), que põe seus ovos nas feridas
jovens; fazendo-se a limpeza diária dos alojamentos e bebedouros frescas. Depois de algumas horas, as larvas saem dos ovos e
e evitando-se umidade nas instalações(8). O uso de salinomicina penetram nos tecidos vivos onde se alimentam e crescem por
na dose de 1 mg / kg misturada ao leite ou ração dos 14 a 210 aproximadamente uma semana. Em seguida, caem no solo onde
dias de vida de cabritos e cordeiros é recomendado como medida se transformam em moscas, completando assim seu ciclo de
preventiva em sistemas intensivos de criação. vida. Durante o período em que as larvas permanecem na ferida,
vão comendo a carne do animal chegando a causar grandes
Ectoparasitoses estragos. O animal fica irritado, perde o apetite, emagrece e se
Os ectoparasitos que acometem os caprinos e os ovinos não for tratado pode morrer. Como medida preventiva, proceder
são os piolhos mastigador (Bovicola) e sugador (Linognathus), a desinfecção da pele após ocorrência de traumatismos, tais
os ácaros (Psoroptes caprae e demodex caprae) causadores de como: marcação, brincagem, castração, corte do cordão
sarnas e as larvas de moscas(Cocchliomya hominivorax), que umbilical e descorna, além da higienização das instalações . Para
causam prejuízos pelos danos na pele dos animais afetados. As tratar miíase já instalada, retirar todas as larvas da ferida e usar
medidas para o controle das pediculoses e das sarnas um produto repelente e cicatrizante.
contemplam(3,8,10):
− Separar os animais infestados; Ectima Contagioso
− Tratar os animais com carrapaticidas, utilizando um pulverizador É uma doença contagiosa causada por vírus, transmitida
costal; por contato direto dos animais doentes com os sadios. É também

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conhecida por boqueira e caroço só deve ser removido quando estiver mole e com os pelos
acomete principalmente caindo. Todo o conteúdo retirado do caroço juntamente com a
animais jovens, com gaze ou outros materiais que tenham sido usados durante a
morbidade de até 100%. Os operação, devem ser queimados e enterrados. Os animais
cabritos doentes perdem peso submetidos a tratamento só devem ser incorporados ao rebanho
devido à dificuldade de se quando a ferida estiver totalmente cicatrizada. Descartar os
alimentar, podendo inclusive animais com recidivas(3,11).
morrer. Manifesta-se sob a
forma de ulcerações com P ododer matit
ododermatit
matite e N ecr
Necr ótica
ecrótica
formação de crostas localizadas nos lábios, gengivas, bochechas É conhecida por frieira ou podridão dos cascos e caracteriza-
e língua, podendo afetar também a vulva e úbere das cabras se pela inflamação do espaço entre as unhas, com grande
devido à amamentação de cabritos contaminados. Os animais sensibilidade, exudação fétida, ulceração e podridão do tecido
doentes devem ser isolados e tratados com glicerina iodada a afetado, chegando muitas vezes a ocorrer perda total do casco.
10% ou violeta de genciana a 3%, depois de retiradas as crostas Ocorre devido a fatores predisponentes como traumatismos ou
das feridas(8,10). umidade excessiva do solo, associados à infecção bacteriana
(Bacteróides nodosus, Fusobacterium necrophorum)(8). É mais
Linfadenite Caseosa freqüente no período chuvoso devido a umidade excessiva no
Também conhecida como “mal - do- caroço”, é uma doença solo. A pr evenção da doença é feita com corte e limpeza
pre
causada por uma bactéria (Corynebacterium pseudotuberculosis) periódica dos cascos e uso de pedelúvio. Para o tratamento
tratamento,
que se localiza nos linfonodos, produzindo abscessos, que podem recomenda-se colocar o animal em local seco e limpo, limpar o
ser notados sob a pele na forma de caroços. Esses caroços se casco retirando as partes
localizam com maior freqüência nas regiões escapular (pá), putrefatas (podres) e tratar
auricular (pé da orelha), mandibular (queixo) e inguinal (vazio), as lesões com tintura de
podendo ocorrer também nos testículos, úberes e órgãos iodo a 10%, sulfato de cobre
internos. Para evitar que a doença ocorra em seu rebanho, o a 5% ou produtos existentes
criador deve ter o cuidado de não adquirir animais doentes, no mercado indicados para
proceder a inspeções freqüentes no rebanho, isolar e tratar os tratamento de cascos. Nos
animais com caroço, não deixando que o mesmo estoure casos graves, deve-se
naturalmente, espalhando o pus pelo chão, pois esse pus é um administrar antibióticos à
foco de transmissão da doença para os animais sadios(3,8,10). base de penicilina ou tetraciclina por via intramuscular, durante
O tratamento é feito por meio da drenagem do abscesso e três a quatro dias(3,10).
desinfecção com iodo a 10% até a total cicatrização da ferida. O

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− Tratar os ferimentos existentes no úbere ou tetas;


Br oncopneumonia
Broncopneumonia − Lavar e desinfetar o úbere das cabras e mãos do ordenhador
A broncopneumonia é uma doença dos pulmões e demais antes da ordenha;
órgãos do sistema respiratório, sendo causada por diversos − Isolar os animais doentes
agentes microbianos, associados a ambientes úmidos e a e ordenhá-los por último,
correntes de ar frio. Acometem ovinos e caprinos de todas as tendo o cuidado de evitar
faixas etárias, sendo mais freqüente em animais jovens. Os que caia leite na superfície
sintomas são descarga nasal, tosse, falta de apetite e febre. da plataforma de ordenha
Ocasionalmente a morte súbita é o único sintoma. As medidas ou no chão;
de prevenção devem contemplar: limpeza das instalações, evitar − Descartar para consumo
superlotação de animais, proteger cabritos e cordeiros de humano o leite dos
correntes de vento, do frio e da chuva, evitar a entrada de animais animais que estão sendo tratados;
doentes no rebanho, ofertar uma alimentação adequada e tratar − Eliminar as cabras com mastite crônica, pois elas atuam como
do umbigo das crias e o fornecimento de colostro logo após o um reservatório de infecção para o rebanho;
nascimento(8). O tratamento é feito com antibióticos e pode ter − Proceder à secagem adequada das matrizes 45 – 60 dias antes
bons resultados se administrado no início da doença. do parto.

Mamite ou Mastite Micoplasmose


É um tipo de inflamação do úbere causada por diversas Doença causada por inúmeras espécies do gênero
bactérias que penetram no úbere através do canal da teta. A mycoplasma. A doença é classificada em forma de síndromes,
infecção pode ser desencadeada por ferimentos nas tetas, falta sendo as mais destacadas a pleuropneumonia contagiosa dos
de higiene na ordenha, retenção de leite e alta atividade do úbere caprinos e ovinos (PPCO) pelo Mycoplasma capricolum subesp.
em animais de alta produção. capripneumoniae e a agalaxia contagiosa dos caprinos e
Animais com mamite apresentam os úberes inchados, ovino(ACCO) por Mycoplasma agalactiae(9). A transmissão se dá
quentes e duros. O tratamento deve ser feito com antibióticos através do leite e colostro, assim como as secreções das vias
de largo espectro aplicado dentro do úbere, tendo-se o cuidado aéreas. Os sintomas incluem lesões articulares, mamárias,
de esgotar totalmente a parte afetada antes de aplicar o pleuropneumônicas e oculares. A prevenção e o controle da
medicamento. A doença pode ser controlada se o tratamento doença devem ser obtidos mediante a adoção de medidas de
for feito logo no início. biosseguridade na unidade produtiva, de modo a impedir que
animais livres sejam infectados. Uma vez o rebanho afetado,
Para evitar que a doença ocorra ou se dissemine no deve-se impedir que as crias tenham contato com suas mães ou
rebanho, o criador deve ter alguns cuidados, como: qualquer outro caprino / ovino de idade mais velha. Alimentar as

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crias com leite de vaca ou colostro oriundo de cabra sadia. O − Em animais adultos, os sintomas clínicos da forma nervosa
tratamento geralmente não é eficaz(8,9) . incluem andar em círculos, cabeça caída e paralisia do nervo
facial, em associação com a forma artrítica.
Ceratoconjuntivite infecciosa (3,8)
É uma enfermidade infecto-contagiosa que afeta as A ffor
or ma ar
orma trítica da C
artrítica AE (3,
CAE 10)
(3,1
:
estruturas do olho, produzindo lacrimejamento, irritação da − É mais freqüente em
conjuntiva, ulceração e opacidade da córnea, causada por animais adultos e mais
diversos microorganismos, sendo os mais freqüentes: Richettsia, importantes em caprinos
Moraxella, Mycoplasma, Chlamydia e Neisseria. que em ovinos. Apresenta
Prevenção: isolar os animais doentes e evitar ferimentos grande variabilidade na
nos olhos dos animais. Tratamento: pomadas oftálmicas ou progressão e severidade
colírios à base de antibióticos. dos sintomas. Os primeiros
sinais da doença são os
Artrite Encefalite Caprina a Vírus – CAEV aparecimentos de
Mais conhecida por CAE, é uma doença causada por vírus manqueira acompanhado
de evolução geralmente crônica com agravamento progressivo por inchaço das juntas; o inchaço (artrite) é mais freqüente na
das lesões, perda de peso e debilidade até a morte, estando articulação do joelho (membro dianteiro), mas, pode ocorrer
presente na maioria dos rebanhos caprinos leiteiros do País. Ela em qualquer uma das articulações dos membros do animal;
se manifesta clinicamente de quatro formas básicas: nervosa ou − Com o progresso da doença o animal pode apresentar
encefálica, artrítica, pulmonar e mamária(2). dificuldade de se locomover, e perda de peso;
− Não existe tratamento específico e nem cura para a CAE artrítica.
A ffor
or ma encef
orma alítica da C
encefalítica AE (2,3,
CAE 10)
(2,3,1
Os animais acometidos podem ter uma vida aparentemente
− É a menos freqüente e afeta principalmente cabritos e cordeiros normal:
entre 2-6 meses de idade; − Nem todos os casos de
− Os animais apresentam tremores de cabeça, incoordenação, artrite são causados pelo
andar cambaleante, fraqueza progressiva dos membros, vírus da CAE. Por isso,
podendo levar a paralisia, decúbito e morte. Pode ocorrer, quando aparecer animais
também, pneumonia associada aos sintomas nervosos. com artrite no rebanho, o
− O curso da doença é de vários dias a várias semanas e não criador deve procurar
existe tratamento eficaz para a mesma. Os cabritos fazer diagnóstico
corretamente diagnosticados, devem ser sacrificados. diferencial (cultura do
fluido aspirado das juntas)

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com Clamídia e Micoplasma, pois estas bactérias também de fêmeas soro negativos, leite de vaca ou outro alimento
causam artrite. Deve considerar também a ocorrência de substituto até o desmame;
pancadas ou outros traumatismos − Fazer exame sorológico de todos os cabritos aos seis meses de
idade e repetir periodicamente até ter certeza de que estão livres
A forma pulmonar da CAE (2) de CAE. Animais soro positivos devem ser separados dos demais,
− É a forma de apresentação mais rara e de menor gravidade imediatamente.
entre os caprinos, entretanto, é muito freqüente e grave em
ovinos. Os sintomas são tosse e dificuldade respiratórias após Raiva
exercícios físicos. É uma doença causada por um vírus que se aloja no sistema
nervoso do animal. É transmitida principalmente pela mordida
A forma mamária (2) de morcegos hematófagos, podendo também ocorrer casos de
− As cabras afetadas por este quadro clínico apresentam mastite transmissão pela mordida de cães ou raposas doentes. Os
aguda ou crônica. A aguda, observada geralmente em animais sintomas clínicos aparecem entre 2 e 60 dias após o animal ter
no final da 1ª gestação, caracteriza-se pelo endurecimento do sido infectado. Observa-se mudança de hábitos do animal,
úbere com baixa ou nenhuma produção de leite. A crônica ansiedade, salivação abundante, dificuldade de engolir, e algumas
instala-se progressivamente durante a lactação, com assimetria vezes excitação e agressividade, sendo mais freqüente a forma
e endurecimento da mama e produção de leite de aspecto paralítica. Após manifestação da doença, não existe tratamento
normal. Em ambas as condições há aumento persistente dos para a mesma.
linfonodos retromamários. Em ovelhas também se observa Em regiões onde a doença ocorre, deve-se efetuar a
mastite, que pode ser importante causa de mortalidade de vacinação anual do rebanho, incluindo-se todos os animais a
cordeiros. partir de quatro meses de idade.
As vacinas devem ser conservadas em gelo e protegidas
Pr
Pree v enção e contr ole da C
controle AE (2,3,
CAE 10)
(2,3,1
dos raios solares, devendo por isso, se trabalhar na sombra.
− Fazer exame sorológico de todo o rebanho a cada seis meses;
− Separar os animais positivos dos sadios; F ebr
ebree Af t osa
− Se todo o rebanho é soro positivo para CAE, deve-se procurar É uma doença causada por vírus que acomete os
formar um novo rebanho livre de CAE, com os cabritos nascidos, ruminantes. O animal doente apresenta temperatura elevada e
separando-os das mães imediatamente após o nascimento; erupções na boca, na língua, na junção da pele com o casco,
− A principal via de transmissão é o colostro e leite das cabras no espaço ente os cascos e no úbere.
infectadas. Os cabritos devem ser isolados das mães Para o controle da doença seguir as recomendações do
imediatamente após o nascimento e alimentados com o colostro programa oficial de vacinação estadual. Os caprinos e ovinos
são considerados animais sinalizadores e atualmente não é

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recomendada a vacinação desses animais no Rio Grande do − Int


Intoo xicação por cobrcobre e ou def iciência – (ovinos) altos
deficiência
Norte. níveis de Cu ou deficiência de Mo e S nos ingredientes
alimentares ou baixos níveis de Cu no solo e forrageiras.
Clostridiose − Cálculo ur inár
urinár io (urolitíase) - excessiva ingestão de P, baixa
inário
(Tétano, Botulismo, Carbúnculo Sintomático, relação Ca: P e/ou baixo consumo de forragem.
Enterotoxemia)(3,5) − Hipo vit
Hipovit aminose - A (beta caroteno) época seca.
vitaminose
Sob esta denominação incluem-se as infecções e
toxinfecções causadas por quaisquer espécies do gênero
Clostridium. Alterações metabólicas
O controle da doença é feito por meio da vacinação de − Toxemia da prenhez – acomete as fêmeas no terço final da
todo o rebanho caprino e ovino, onde existe diagnóstico de gestação, especialmente quando múltipla decorrente de
ocorrência da mesma, usando-se vacina mista. desbalanço nutricional.
A vacinação deve ser efetuada em todos os animais. As
matrizes devem ser vacinadas entre 4 a 6 semanas antes da
parição para assegurar altos níveis de anticorpos no colostro. As Intoxicações
crias devem receber a primeira dose da vacina entre 3 a 9 − Químicas – organosfosforados, clorados.
semanas de vida e revacinadas 4 a 6 semanas após. Revacinar − Plantas tóxicas – períodos de escassez de forragens e adaptação
todo o rebanho anualmente. dos animais a novos ambientes.
− Veneno dos ofídios – picada de cobra, particularmente em
sistema extensivo de criação.
OUTRAS AFECÇÕES
Nas explorações de caprinos e ovinos ocorrem outras
alterações que acometem os animais e que não são produzidas Aspectos administrativos / econômicos
por bactérias, vírus ou parasitos. Entre essas, incluem-se as Conciliar as necessidades das unidades produtivas e as
doenças nutricionais, metabólicas, intoxicação por plantas tóxicas tecnologias disponíveis com as respectivas possibilidades
e venenos, e os traumatismos(8,10). econômicas.
Organização do rebanho com uma adequada escrituração
Alterações nutricionais; zootécnica de modo a monitorá-lo e permitir a tomada de decisão
− Timpanismo ou meteorismo – falha no mecanismo de quanto à adoção de medidas mais adequadas de otimização e
erutação; melhoria contínua do sistema produtivo.
− Empanzinamento – excesso de alimento (concentrado) falta Assistência técnica presente para as devidas orientações e/
de água e sal ou eventuais intervenções para manutenção de rumo.

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Capacitação de mão- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


de-obra e programa de
produção são aspectos
fundamentais nos quais os 1. ANUALPEC Anuário da pecuária brasileira. São Paulo: Instituto FNP. Ed.
produtores devem estar Gráfica. 2005. 340 p.
envolvidos e comprometidos. 2. CASTRO, R. S. Lentiviroses Caprina e Ovina. In: SIMPOSIO INTERNACIONAL
SOBRE CAPRINOS E OVINOS DE CORTE. 2., SIMPOSIO INTERNACIONAL SOBRE
O AGRONEGÓCIO DA CAPRINOCULTURA LEITEIRA, 1.; 2003. João Pessoa.
Anais... João Pessoa, PB. Emepa, 2003. p 133-140.
3. ELOY, A. M. X. ; ALVES, F. S. F., PINHEIRO, R. R. Orientações técnicas para
produção de caprinos e ovinos em regiões tropicais ( Editores). Sobral, CE
: Embrapa Caprinos, 2001. 80p.
4. GOUVEIA, A. M. G. Aspectos Sanitários da Caprino-ovinocultura no Brasil.
CONSIDERAÇÕES FINAIS In: SIMPOSIO INTERNACIONAL SOBRE CAPRINOS E OVINOS DE CORTE, 2.;
SIMPOSIO INTERNACIONAL SOBRE O AGRONEGÓCIO DA CAPRINOCULTURA
LEITEIRA, 1.; 2003. João Pessoa, PB. Anais... João Pessoa, PB. Emepa, 2003. p
As medidas profiláticas devem prevalecer sobre as curativas, 115-131.
pois estas últimas representam mais custos e menos lucros. 5. LOBATO. F. Clostridiose dos Pequenos Ruminantes. . In: SIMPOSIO
Para que o controle sanitário e as medidas preventivas INTERNACIONAL SOBRE CAPRINOS E OVINOS DE CORTE. 2.; SIMPOSIO
possam produzir resultados concretos e eficazes, faz-se necessário INTERNACIONAL SOBRE O AGRONEGÓCIO DA CAPRINOCULTURA LEITEIRA,
1.; 2003. João Pessoa. Anais... João Pessoa, PB. Emepa, 2003. p 153 -164.
a operacionalização eficiente de toda a estrutura do sistema de
6. MACIEL, F. C.; AZEVEDO, C. F. de Parasitismo estacional por helmintos
produção, em conformidade com as tecnologias disponibilizadas.
parasitos de caprinos na microrregião de Serra Verde no Rio Grande do
Norte. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA VETERINÁRIA, 18. Balneário
Camboriú. Anais... Balneário Camboriú, SC. 1982. p.144.
7. MAIA, M. da S.; MACIEL, F. C.; LIMA, G. F. da C. Criação de caprinos e ovinos:
recomendações básicas de manejo. Natal: SEBRAE / RN, EMPARN, 1997.
54p.
8. MEDEIROS, L. P.; GIRÃO, R. N.; GIRÃO, E. S.; LEAL, T. M Recomendações
técnicas para criação de cabras leiteiras. Teresina: Embrapa Meio-Norte,
1999. 54p. (Embrapa Meio-Norte. Circular Técnica, 25).
9. NASCIMENTO, E. R. de Micoplasmose Caprina e Ovina. In: SIMPOSIO
INTERNACIONAL SOBRE CAPRINOS E OVINOS DE CORTE. 2.; SIMPOSIO
INTERNACIONAL SOBRE O AGRONEGÓCIO DA CAPRINOCULTURA LEITEIRA,
1.; 2003. João Pessoa. Anais... João Pessoa, PB. Emepa,2003. p 141- 151.

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CAVALCANTE, A. C. R. Caprinos e ovinos: guia de saúde. Sobral : Embrapa
Caprinos, 2001. 66p.
11. ZACHARIAS, F. Higiene e Sanidade do Rebanho. In: ROCHA, J. C. da Caprinos
no semi - árido: técnicas e práticas de criação. 1ª Ed. 2003. p 293-320.

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